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Uma mulher que saiba dar a
volta n�o ficar� atada. - MAE WEST

Ia a caminho da loja de ferragens,
quando passei pela sex shop local.

Homens de cabedal l� dentro,
mesmo com este tempo.

� um neg�cio muito duro!

CARL

� a terceira vez que ele liga.

F�-lo parar e s� convincente.

Carl? Desculpa, meu.
Fiquei preso numa coisa.

Perdi a no��o do tempo,
sabes como �.

Ouve, preciso que me
substituas, pode ser?

Obrigado. Fico a dever-te.

- Vemo-nos amanh�.
- Ligo-te amanh�.

Ligo-te amanh�.

- O que vais fazer?
- N�o sei. Ainda n�o me decidi.

N�o tens de fazer isso
que est�s a fazer.

Quem diz?

J� te divertiste, n�o foi?

Que divers�o?

Mataste o Felix.
Raptaste-me a mim

Fizeste-me chorar, fizeste-me
sentir envergonhada.

N�o te conhecia na �poca.

Lembras-te do que disseste?

Disseste que me comerias o cu,
a todas as horas, � hora certa,

e que depois me cortarias e
mandarias os peda�os ao Dwight.

- Foi s� para o assustar, nunca...
- Foste t�o paternalista.

Ter�s uma empolgante hist�ria de
sobreviv�ncia para contar em festas.

Como se eu n�o fosse nada,
um bichinho para tu brincares.

E depois...

julgaste-me.

Que andas a fazer? Enrolada
nas costas do teu marido?

Como se eu merecesse castigo.

Como se eu fosse a culpada
de me acontecer isto.

Eu n�o te conhecia.

E agora conheces?

Porqu�?

Porque me observavas
pela janela � noite?

A pensar em qu�?

O que querias fazer comigo?

Nada.

Nada?

Estava preocupado contigo,
s� isso.

Porque estarias
preocupado comigo?

Eu disse-te,
sentia-me respons�vel.

- Querias salvar-me?
- Bem, claro.

- Sim? Ser o meu cavaleiro andante?
- Que mal tem isso?

Eu � que fa�o as perguntas.

Este � o meu espet�culo.

Eu fa�o coisas,
tu �s o boneco.

Est�s maluca!

Isso querias tu.

O que achaste que aconteceria?

Que eu me apaixonaria?

Foi isso que tu pensaste?

Pois.

Ficaria t�o grata que me
aninharia nos teus bra�os,

deixava-te proteger-me.

Seu pat�tico atrasado mental.

Lambe.

N�o tiveste fantasias comigo?

Pois aqui estou eu.

Rosalie?

Rosalie?

O que foi?

Tenho de ir � casa de banho.

- Est�s a brincar.
- N�o.

Precisas de ajuda?

- Precisas de te sentar?
- N�o.

Ent�o, pronto.

Est� a dar um filme de terror.

� com a n�o-sei-quantas, a
atriz negra clara, muito bonita.

Entrou num daqueles filmes
de super-her�is.

Ela faz de psiquiatra neste.

Uma acad�mica.

Quem teve essa ideia de g�nio?

Acorda no seu
pr�prio hosp�cio.

Se calhar � uma pris�o.
Ela agora � uma das loucas.

J� viste esse?

Ai n�o falas comigo?

O Dwight foi expulso da
Pol�cia, n�o se aguentou.

Passou seis meses
desempregado,

dentro do apartamento, todo
lixado com metanfetaminas.

No segundo encontro em
que sa�mos, ele disse-me:

"Tu �s a mi�da mais bonita
que eu j� vi!"

Acho que ele queria dizer
a mais burra.

O meu pai tamb�m era viciado.

Aparecia ao fim duma semana, com
flores tristes para a minha m�e.

Andava pela casa como um turista:
"Tenho andado a perder isto tudo?

Como � que eu podia querer
perder isto tudo?"

Bolo de morango, c�ozinho.

Fiz para ti, meu
c�o de guarda.

Come.

Anda l�. Enfia a� o teu
focinho e come isso.

Toma.

Sei que n�o queres ouvir isto,
mas est�s muito engra�ado.

Talvez dev�ssemos mostrar ao
teu patr�o? O que diria ele?

Tenho de admitir. Estou
a gostar do teu sil�ncio.

ORPHING

Ouve! � o Bennie,
o vizinho do 4B!

- Estou aqui preso!
- Cala-te.

- Vem ajudar-me!
- Cala-te!

Tenho estado acorrentado!
Ajuda-me, por favor!

N�o estou a brincar,
dou-te um tiro nos miolos,

se n�o te calas.

�s um c�o mau.

Mau!

Muito, muito mau!

Tens de aprender
a ter maneiras.

Isto � para n�o esqueceres
quem manda.

Fica quieto.
N�o te vou magoar.

Vais ter alguma circula��o,
mas continuas preso.

Sim, � dif�cil.

Levarias algum
tempo a libertar-te.

N�o digo que seja imposs�vel,
mas s�o elas resistentes.

Desculpa, n�o posso fazer nada
quanto �s cal�as.

Tens muitas giras no arm�rio.

Est�s a pensar: "Credo!
No que fui eu meter-me?

Esta mulher � doida varrida."

N�o tens essa sorte.

J� estive louca algumas vezes
na vida. Isto sou eu s�.

Estive louca de depress�o
durante uns... dois anos e meio?

Perdi tr�s beb�s.

Endometriose.
Sabes o que isso �?

N�o, tamb�m achei
que n�o saberias.

� muito comum nas mulheres.

� uma doen�a em que o revestimento
do �tero cresce para fora.

D�i como...

Ia dizer como dar � luz, mas nenhum
de n�s sabe o que isso �, certo?

Em retrospetiva,
foi uma d�diva, claro.

Ter filhos do Dwight
teria sido um fardo horr�vel,

mas isso n�o me fez sentir melhor,
por ter abortado aqueles beb�s.

Sabes, o aborto espont�neo
� t�o comum,

que acham que uma em cada cinco
gravidezes acaba em aborto,

mas nunca ningu�m fala disso.

� uma grande
fonte de vergonha.

At� h� um dia para celebrar o
Aborto Espont�neo. 15 de outubro.

N�o � uma data sinistra?

N�o sei bem se comemora a mem�ria
das crian�as que nunca nasceram,

ou se comemora as mulheres
que passaram por isso.

Dir-se-ia que � a primeira, mas
eu espero que seja a segunda.

Fiquei muito em baixo e o Dwight
n�o me fez sentir melhor, claro.

S� me fez querer fumar erva
e ver televis�o.

N�o conseguia encontrar nada
que me devolvesse � vida.

At� conhecer o Felix, quando
nos mud�mos para o nosso pr�dio.

Ele era t�o simp�tico,
t�o educado,

t�o otimista, sem aquelas cenas
falsas, verdadeiramente am�vel.

Um ser humano de
primeira categoria.

Eu gostava muito
de estar com ele.

Fez-me ter vontade de p�r
batom de novo, de me pentear.

Lembrar-me de piadas, para
ter algo para partilharmos.

E ent�o, um dia, pedi-lhe
para fazer amor comigo.

S� uma vez, para ver como
seria estar com algu�m bom.

� isto que tu queres?

� isto que tu queres?

Sim. � isto que tu queres?

C� est�s tu.

�s doentia, sabias?

- Faz isso outra vez.
- Afasta-te de mim.

V� l�.

V� l�.

Tu precisas de ajuda.

Podes bater-me, se quiseres.

Sim. Sim.

J� fizeste isso antes,
n�o foi, Bennie?

No teu trabalho, j� tiveste de
bater em mulheres antes, n�o foi?

Podes faz�-lo comigo.

N�o te vou bater,
para de me pedir.

Posso matar-te,
mas n�o te vou bater.

J� mataste mulheres antes?

- Partiste pesco�os como um galho?
- Cala-te.

Chefe, lamento imenso.
Eu posso explicar.

Sim, senhor.
Estou a caminho.

O que est�s a fazer?

Quando n�o consigo dormir,
cozinho.

- O que �?
- Paella Valenciana.

O arroz com
camar�o e chouri�o?

N�o, Paella Valenciana.

Eu sei um total de tr�s coisas
em espanhol.

Vamos muchacho, tetas
calientes e mas duro.

Quatro. Eres enorme.

Eres enorme?

Um tipo precisava que dissesse
isso antes de se vir.

Vamos muchacho,
mas duro, mas duro.

Eres enorme.

Os 50 d�lares mais
r�pidos de sempre.

S� cobras 50
d�lares por queca?

Nunca o comi. Isto era
enquanto lhe puxava as cal�as.

- E deixava-me dar comida aos patos.
- O qu�?

Patos. No quintal?

Posso perguntar-te uma coisa?

Alguma vez te
preocupas com ela?

- A Alice?
- N�o, a Jett.

Temos um acordo,
n�o nos preocupamos.

Mas tu preocupas-te?

A Daisy n�o � como os outros.

Chamas-lhe Daisy?

N�o � frente dela.

Ent�o, n�o te preocupas
que ela se magoe?

- Fazes muitas perguntas.
- Sim, sou naturalmente curiosa.

- Fala-me do teu irm�o.
- Meio-irm�o. A metade burra.

- E se ele te encontra?
- Ele n�o faz ideia onde estou.

Isto � delicioso.

N�o vais comer?

S� � suposto comer ao almo�o.

E nunca, nunca
ponhas lhe chouri�o.

CARTER A CHAMAR

Sim.

O qu�?

- Lamento, amigo.
- Onde a encontraram?

Crenshaw Park,
num contentor do lixo.

Antes de entrar,
deves saber algo.

Como?

Como? Tiro, esfaqueada, o qu�?

Jack, cortaram-lhe a cabe�a.

E a m�o direita tamb�m.

Identific�mo-la
pelas impress�es.

- Quando a viste a �ltima vez?
- Na noite anterior.

Onde?

Passei por casa dela.

- Passaste a noite?
- N�o.

Estiveste em casa com a Helen?

N�o, discutimos,
fui dormir para o carro.

Discutiram sobre a Josie?

Pergunto o que tu discutes?

Eu sou divorciado.

Ent�o, quando passaste por l�?

Espera.

Espera, que est�s a fazer?

Est�s a brincar comigo?

Conheces o Phillip Epstein?
� corretor.

N�o.

Foi encontrado em casa dela.
Levou dois tiros na testa.

- De certeza que n�o conheces?
- Sim.

Ela disse se
andava com algu�m?

- N�o andava com ningu�m!
- Estou do teu lado.

S� digo que far�o perguntas.

Porra, �s um idiota.

Porque quis ser transferida,
longe de ti?

Esta erva � fria.

Isto � sobre um caso teu
ou � sobre n�s?

Posso perguntar uma coisa?

Estou curioso em rela��o
a algo nos �ltimos...

Acho que nos
�ltimos tr�s meses.

Porque me aturas?

Porque eu vi logo
que eras dos bons.

N�o te preocupes
com os �ltimos tr�s meses,

mas com os �ltimos tr�s anos.

A� vem ela.

N�o. Aqui vem nada.

A melhor forma de ter resposta
� n�o perguntar.

Dito como uma verdadeira
interrogadora.

N�o vou discutir contigo hoje.

Porque n�o?

Porque tens aquele olhar, como
se estivesses zangado com Deus.

- Tu n�o te zangas com Ele?
- N�o.

Pois, tenho de aprender
algumas coisas.

Queres falar sobre isso?

Algu�m matou a Josie.

O qu�?

Quem?

S� me ocorre um tipo louco para fazer
aquilo assim, mas n�o bate certo.

- O que lhe fizeram?
- Acredita, n�o queres ouvir.

Diz-me.

Cortaram-lhe a m�o e a cabe�a.

Deixaram o corpo
num contentor.

Jack. Que est� a fazer o
Carter para te proteger?

O Carter � um palha�o.

- E se vierem atr�s de ti?
- Ningu�m vem atr�s de mim.

N�o sabes isso.
Como � que sabes isso?

A histeria n�o vai ajudar.

- E Josie falou de ti?
- N�o o faria.

- Como sabes?
- Ela n�o o faria.

- Cortaram-lhe a m�o e ela n�o faria?
- Nem pensar.

Conhece-la assim t�o bem?

Tu perguntaste
e estou a dizer-te.

Mas n�o te rales com isto,
� o meu trabalho.

Sendo ao contr�rio,
se te tivessem cortado a m�o,

n�o achas que
talvez a entregasses?

Como � que isso � relevante?

- Aonde vais?
- Fazer caf�.

Quero saber, para meu proveito,
quem s�o os bons e os maus.

Ela fez o qu�?

Sinceramente, nem sabia
se ia dizer-te at� te dizer.

Se deixas mulheres urinarem-te
na cabe�a,

n�o se sabe que mais far�o.
- Eu estava bem atado.

E dizes que a
seguir te deu banho?

Com uma esponja,
como uma enfermeira.

Numa sequ�ncia de sonho de um filme
pornogr�fico. Muito meticulosamente.

- Porra.
- Pois.

Estou? Sim.

Tens a certeza?

Obrigado, Curtis.

Era o meu amigo da For�a
Especial de Jacinto Salas.

Passou a semana no cais 70.
N�o chegou hero�na nenhuma.

Achas que o mi�do
que te perseguiu mentiu?

Sabes o que eu acho?
Que algu�m avisou o Jacinto.

Quem sabia disto?

Tu, eu, o Carl.

- N�o foi o Carl.
- Junior, mas ele n�o tinha detalhes.

E a Jett.

Vicky? Vicky?

Porra. Merda.

- Est� tudo bem?
- Sim, tudo bem, meu.

- Henry?
- Ol�, meu! Seth!

- � a tua casa?
- � da minha namorada.

- Ela est� bem?
- S� bebeu demasiado.

- Posso entrar?
- A casa est� um caos.

- Os gatos.
- Como se chama a tua namorada?

- Qu�?
- Ela n�o tem nome?

- Vicky.
- Importas-te que fale com a Vicky?

Queres falar com ela? Achas...
Que achas que te dir�?

Est�s metido nalgum sarilho?

Eu? N�o, meu.
Entra, est� tudo bem.

Porque � que
tiveste de fazer isso?

Credo! Preciso de um tapete.

Olha para ti, seu idiota.

Consegues ouvir-me?

Est�s a fingir estar
inconsciente, �?

Desde que saibas
que falo a s�rio.

Bolas, � verdadeiro?

Ainda n�o acabei contigo.

O que est�s a fazer?

SIN GUN CLUB

Sim...

Henry?

Querido?

Fica quieto.

Conta-me a hist�ria toda.
Tu, Henry, Nolan, o carro.

Eu n�o sei de nada.

- S� um momento, cavaleira.
- N�o pares, querido. D�-me.

- S� um momento.
- Deixa, explode dentro de mim.

Bem, tu �s demais.

- Sim.
- Acordei-te?

- N�o, que se passa?
- Preciso de boleia.

- Est� tudo bem?
- Agora sim. Encontrei obst�culos.

- Ainda n�o acab�mos.
- Onde est�s?

A andar para norte em Flying Point,
a chegar a uma rua, Hays Lane.

Estou a� em cinco minutos.

Podes deixar-me no trabalho,
ao menos?

Agora? Para qu�?

Talvez ainda consiga dar
a volta � noite.

� o m�nimo que podes fazer.

Anda l�.

Temos de voltar a
casa do Meadows.

Porqu�?

O carro ainda est� l� ao lado.

- Est�s bem?
- Hei de sobreviver.

MCKAY
L� FORA 1 HORA

Ela est� a dormir,
n�o te preocupes.

Vais fazer-me muitas
perguntas, n�o vais?

N�o sou a tua mulher
nem o teu padre.

� s� uma bailarina
que conheci na outra noite.

Tem forma��o cl�ssica.

V� l�, Jett, Nunca pensas
em sexo num trabalho?

N�o durante. Nunca.

Depois, sempre.
Certo como um rel�gio.

Exato, libertar a tens�o.

Isto foi s� isso.

Disseste para voltar aqui.

Terminei a noite, passei pelo
trabalho dela e ela estava na pausa.

Mas isto n�o acabou. Estamos
de servi�o at� amanh� � noite.

Ouve bem o que dizes.
De servi�o?

V�s isto tanto como um emprego,
que penso porque n�o arranjas um.

Quando te vires livre dela,
podemos ir.

- Pensei que �amos amanh� de manh�.
- Quero ir hoje.

O que aconteceu ali?

Um idiota estava a espiar-nos.
O queridinho da Vicky.

Ele tentou que eu fizesse
um acordo com ele,

mas o seguran�a apanhou-o
e ele deu-lhe um tiro.

Portanto, eu dei-lhe um tiro.

A Vicky apareceu
e contou-me tudo.

A casa pertence a um paciente
do m�dico, o carro � do Charlie.

O Charlie Baudelaire?

O m�dico � viciado em apostas.

A d�vida foi paga
pelo sindicato russo.

Mandaram algu�m para o convencer,
para apagarem a d�vida.

Achas que aquele
� o teu homem?

Fica tudo bem embrulhado,
isso de certeza.

Mataste-a?

Est� bem, est� bem.

Cap�tulo e versos.

O tipo que abordou o Nolan.
Chama-se Evans?

Eu nunca o vi.

Diz-me o que
queres, posso ajudar.

N�o tens nada para trocar.

Tenho a sensa��o que � a �nica vez
na tua vida que est�s nesta posi��o.

Lamento muito.

Por favor, n�o me mates.

Ias fugir com o
dinheiro, n�o ias?

Esperta como tu, mereces melhor,
numa cidade pequena, com idiotas.

Tenho medo.

Consegues largar a tua vida
e nunca mais voltar?

Porra, sim.

N�o est�s preocupada com ela?

H� peritos a trabalhar agora,
acho que n�o consigo competir.

Lembras-te do nosso primeiro
trabalho juntos?

Podemos n�o fazer isto agora?

Vamos embebedar-nos e lembrar
os velhos tempos noutro dia.

A quest�o � que eu estou
a pensar lev�-la comigo.

Eu sei o que isto parece.

J� te contei a
minha ida ao M�xico?

H� dois, dois anos e meio,

tomei uma dose xam�nica de salvia
divinorum, uma planta psicoativa

da floresta pluvial
de Sierra Mazateca, no M�xico.

- J� ouviste falar disso?
- N�o.

Os xam�s Mazatec creem que a planta
� a encarna��o da Virgem Maria.

Ska Maria, chamam-lhe eles.

Podes imaginar
o qu�o fortes s�o as vis�es.

N�o consegui conduzir durante
tr�s meses,

mas a coisa mais n�tida que vi, como
um farol a orientar-me at� casa,

foi um pequeno anjo azul.

Como a sininho,
com cabelo azul

e o corpo em miniatura
mais proporcionado que j� vi.

E, valha-me Deus, pelo
vale e at� � floresta negra,

se aquela mi�da de rabo ao l�u

n�o � a personifica��o
daquele anjo de cabelo azul...

n�o sei o que �.

Percebes que a deixei no clube de
strip e ela voltou de livre vontade?

Isso n�o � um sinal?

Clarificando, h� um seguran�a
morto num apartamento,

com um morto que � o namorado
da namorada do idiota

que nos falou disto.

Temos de ir embora j�.

- Que mais?
- Pepinos.

- Tamb�m org�nicos?
- De prefer�ncia.

- Aqui tens, menina.
- Obrigada.

H� um tipo
sinistro nos frescos.

Ai sim? O que fez?

Chamou-me "menina"
e sorriu assim.

Est� bem, fica ao p� de mim.

Ali est� ele.

Olha para ti, toda limpinha.

Tamb�m fazes compras aqui?

O que queres?

Acho que nos conhecemos
nos frescos, n�o foi?

� uma crian�a muito s�ria.

Gelado Brambleberry Crisp?

N�o tinham disto
quando �ramos mi�dos.

Preciso de chamar a seguran�a?

E que dizes? Que viste o teu
irm�o e ele elogiou o gelado?

O que � que tu queres?

N�o respondes aos e-mails,
mudaste de n�mero.

N�o tenho nada
para falar contigo.

V�s, dizes uma coisa dessas
e isso magoa-me.

Preciso de falar uma
coisa contigo. Serei r�pido.

Eu serei r�pida.

Se te aproximares de mim,
mando magoarem-te.

Agora desanda, para sempre.

A m�e disse-te
para n�o falar com estranhos?

Aposto que sim.

N�o, mas a Maria disse para confiar
no meu instinto com um asqueroso.

- Quem � a Maria?
- Eu sou a Maria. Deves ser o irm�o.

Tens falado de mim �s pessoas,
mana?

J� alguma vez te esmagaram uma
melancia org�nica na cabe�a, Neal?

De papel ou de pl�stico?

Achas que mandas no teu pr�prio
destino, mas n�o mandas.

Esta � tua oportunidade
de te afastares.

Achas que tenho
medo de uma melancia?

- Senhora?
- Pode ser de papel.

Deixa a minha fam�lia em paz.

Que se passa com o teu irm�o?

Ele est� doente.

Que � que ele tem?

N�o � nada.

Caiu de cabe�a vezes demais quando
era pequeno e � um pouco louco.

Nada de preocupante.

Tenho andado a ligar o dia
todo, o Nolan desapareceu.

O que queres fazer?

Fica quieta. Eu trato disso.

Que queres dizer, "fica
quieta"? Estamos expostos.

Chego dentro de momentos.

Est�s aqui, em Claymore?

Sim, depois explico. At� j�.

Mant�m-te alerta. Se ele
n�o chegar em cinco, vamos.

Evans, espero
bem que sejas tu.

Sou. Dois SUV.

Tr�s tipos comigo.
N�o te preocupes.

Queres contar-me
o que se passa?

O Nolan ligou-me em p�nico.

Uma enfermeira que � tudo para ele
desapareceu. Ele est� arrasado.

Podes diz�-lo,
sabias que ele era um amador.

Nunca entendi de que
vale discutir o passado.

Ent�o, o que queres fazer?

O planeado. Os meus ajudam os teus
a descarregar para o contentor.

- Para onde vai?
- Um colecionador no Dubai

paga tr�s vezes
o pre�o do leil�o.

Ouve, eu sei que parece que
recebes pouco pelo trabalho,

mas isso � com o
meu empregador.

Eu n�o disse nada.

- Eles est�o connosco.
- Entendido.

Certo, podem come�ar.

O Sr. Bestic est� contente
com o teu trabalho,

sobretudo como lidas
com obst�culos quando surgem.

H� outro saco no carro
com a mesma quantia para ti,

se concordares tratar de Nolan
e da sua enfermeira.

Se ele precisa
de matar algu�m,

h� imensa gente nesse ramo
de neg�cios.

Acho que ele agora te v�
de outra forma,

com Frank Sweeney e Blair fora
do caminho, depois do Savoy.

E agora o namorado da enfermeira
e o pol�cia alugado de Portsmouth.

Tens uma bela
rede de informa��es.

� uma coisa que
n�s fazemos bem.

� importante saber
no que somos bons.

Diz ao teu patr�o que sou uma
ladra, � nisso que eu sou boa.

SERVI�OS MAR�TIMOS DE HEDDLE

- Sim.
- Ol�.

� m� altura?

Bem, eu estou...

Sim, estou a trabalhar.

Querias dizer alguma coisa?

N�o era bem dizer.

S� que estava a pensar em ti.

Est� bem.
Obrigado por me informares.

Podes dizer: "Eu tamb�m
estava a pensar em ti."

- Mas n�o estava.
- N�o acredito em ti.

Est�s no teu direito.

Sou assim t�o
f�cil de esquecer?

Eu n�o disse isso.

Ainda est�s zangado comigo?

Porque n�o vens at� c�,
para falarmos sobre isso.

- Porque � que eu faria isso?
- Por montes de raz�es.

- N�o acho que seja boa ideia.
- Porque n�o?

Podes estar a
sentir-te territorial.

Tu tens piada.

Porque n�o me perguntas
o que estou a fazer?

O que est�s a fazer?

Estou deitada no sof�,
com as cuecas nos tornozelos.

Uma m�o no telefone,
a outra entre as pernas.

� suposto eu acreditar em ti?

Eu digo sempre a verdade.
Mesmo quando minto.

Estou a pingar.

Se achas que vou cair
em alguma armadilha...

Despacha-te.

Posso ajudar?

N�o, chefe.

Est� a ver algo especial?

Sim, mas n�o �s tu.

Talvez deva ir andando, ent�o.

Porqu�?

Porque este bairro � privado.

Bairro privado.
Que significa isso?

Significa que n�o gostamos
de pessoas suspeitas.

Estudaste direito na
faculdade, Wesley?

- Eu conhe�o-o?
- Ainda n�o, mas eu conhe�o-te.

- �s pol�cia?
- N�o estou aqui como pol�cia.

N�o. Est�s aqui como qu�?
Um idiota?

Espertinho.

Se sabes o que � bom para ti,
sugiro que apanhes a roupa e entres.

O que acontece se ficar aqui?

Faz como quiseres,

mas eu n�o recomendo
que te aproximes.

Que vais fazer se eu for a�?

N�o estou aqui para te magoar,
Wesley,

mas se tu n�o reconheces
uma situa��o m� � tua frente

e decidires aproximar-te, sou
capaz de te dar um tiro no peito.

�s pol�cia, n�o podes amea�ar-me
assim. Tens um mandado?

Um mandado?
Devia procurar alguma coisa?

Tal como qu�?
A cabe�a de algu�m?

Uma cabe�a?

Est�s drogado ou assim?

N�o.

- Tu j� n�o sei.
- Pois, ningu�m sabe de nada.

Vai � tua vida.
Vai beijar o c� do teu mestre.

Tens um p�ssimo...