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A ESPADA DE LANCELOT

Legenda Traduzida por TUPAK
PARA O FRIENDSHAREPT - SET/2014

Camelot.

Capit�o da Guarda, Capit�o!

Est�o chegando uns cavaleiros
com o bras�o de Cameliard

Por aqui.

Sua Majestade, o rei.

Onde est� Lancelot, o Franc�s,
n�o o avisaram?

Estive em seus aposentos
e ele est� doente.

- Santo Deus.
- Pelo amor de Deus, conte isso.

Ele estava no banheiro, nu,
massageando-se como se tentasse remover.

Remover o qu�?
Seja claro.

A praga.

Uma espuma branca o cobria
como a baba de um cavalo.

Eu n�o queria falar para ningu�m,
mas ele deveria contar.

Talvez Merlin conhe�a algum rem�dio.
Lancelot � meu amigo.

Espere.

N�o chegue perto.

Eu n�o estou entendendo.
Por que n�o?

Eu o vi coberto por uma coisa horr�vel.

Do seu corpo saia uma espuma branca,
creio que era uma praga.

Uma praga...

Desculpe, mas o que viu

era a espuma de uma subst�ncia
que Merlin me deu para o banho e fazer a barba.

Veio do Oriente.
Trazida por um monge sax�o.

Se chama sab�o, vem do latim sapon.

Se � uma praga, que se estenda
entre aqueles que n�o se lavam.

Ter�amos uma corte asseada e fina.

Damas, como rosas,
homens radiantes como Lancelot.

Majestade, tenho uma rima.

Para Lancelot,
O Cavaleiro Perfumado de Camelot.

Seus inimigos se rendem a seus p�s,
s� porque ele cheira t�o bem.

Muito engenhoso.

Edric, pegue o prato e o jarro.

Como voc�s sabem,

Chegou um mensageiro
do rei Leodogrand de Cameliard.

Voc�s sabem o que est� em meu cora��o.

Sim, � verdade, eu pedi
a m�o de sua filha Guinevere.

Esperemos que este casamento traga
amor e fraternidade em ambos os reinos.

Aqueles que j� a viram
v�o entender o que sinto.

Eu gostaria de convidar
o cavaleiro para nossa mesa.

Que ele desfrute de nossa
grande hospitalidade.

majestade
o mensageiro de Cameliard, Senhor...

Quem �?

- Sir Tors.
- Sir Bors.

- Meu nome � Tors.
- Se chama Tors.

Venha, cavaleiro.
Junte-se a nossa mesa

como mensageiro
de um nobre rei.

Meu rei ordenou-me
n�o me ajoelhar.

Ele n�o acha ser voc� o sucessor deste reino
por lei como o filho de Uther.

Guardas prendam-no!

Senhor! Ele � um cavaleiro
obedecendo ao seu rei.

Lancelot tem raz�o, Solte-o.
D�-Ihe comida e bebida.

Eles n�o me proibiram
comer ou beber, obrigado.

A mensagem.

Vamos ler as palavras de seu rei,
n�o temos nada contra voc�.

- Leia em voz alta.
- Sim

- Arturo conhecido como da Bretanha.
- Leia em Ingl�s.

- Para aqueles que n�o sabem Latim.
- Sim

Ele diz que depois de receber a mensagem,

certamente ir� querer lutar contra ele.

Para n�o matar homens valiosos
de ambos os reinos,

prop�e resolver os dois assuntos
de uma s� vez

seus direitos ao trono
e o casamento de sua filha,

pelo combate.

- Voc� n�o deve...
- Deixe-me...

Que o cavaleiro que voc� eleger
volte com o meu mensageiro

apenas acompanhado
por seus escudeiros.

Vamos trat�-lo de forma justa
e ele vai enfrentar a Sir Dorjak.

- Dorjak?
- � um campe�o completo.

- Ele lutou contra os hunos.
- Quer�amos test�-lo.

Prossiga Lancelot.
O duelo � at� a morte ou at� cair do cavalo?

At� a morte, segundo suas palavras.

ele tamb�m diz que se
o seu cavaleiro vencer

ele ser� devolvido
com o cetro do reino e com sua filha

como s�mbolos de fidelidade
e dedica��o � causa comum.

Senhor!
Deixe-me ser eu o representante!

Levante-se, Lancelot.

Ser�s o meu campe�o.

Et filius et spiritus sanctus. Am�m.

Eu j� cuidei de tudo.

- Obrigado.
- � o m�nimo.

J� escolheu arma?

- O machado.
- Voc� quer uma bebida?

N�o, mas mantenha
uma jarra fresca e protegida do sol.

Seria injusto desejar
que voc� possa beb�-la?

Se Deus quiser, beberemos juntos.

Levarei para a arena.

Bem, vamos come�ar.

Vai come�ar o desafio aceito...

entre Sir Dorjak de Cameliard
e Sir Lancelot de Camelot.

Eles v�o combater em duelo

para resolver as quest�es

entre Sua Majestade
Leodogrand rei de Cameliard,

e um tal Arthur que se proclama
o rei de toda a Inglaterra.

Ser� uma luta at� a morte
com quatro armas de guerra.

Lan�a.

Espada.

Machado e martelo.

Sir Dorjak,
sabes o que est� em jogo.

Nossa soberania e minha filha.

- Fa�a o poss�vel para vencer.
- Nunca me venceram no cavalo.

- E n�o vai ser esse Lancelot que o far�.
- Oremos por ele.

Boa sorte.

Eu deveria ter dito que sou
leal ao meu rei.

Sem d�vida.

Isto se demonstra com a��es,
e n�o com palavras.

Vamos l� Dorjak!

Agora Dorjak.

A quest�o em lit�gio
foi resolvida.

Viva a Arthur
Rei de toda a Inglaterra,

e sua noiva,
a Princesa Guinevere

futura rainha da Inglaterra.

Nessa guerra,
lutamos e vencemos

Cradelement de Gales,
Cl�udio e Clarence de Northumberland.

Lot de Orkney, Brandagorus
de Latanbore, Morangore e Ulfus...

- Desculpe aborrec�-la.
- N�o estou aborrecida.

� o cansa�o da viagem, embora
eu esteja acostumada a montar.

- Voc� monta como um rapaz.
- Eu fui criada como um, por n�o ter um irm�o.

Eu sempre montei
na ca�adas com prazer.

Mas esta viagem
longa e lenta � outra coisa.

H� um bonito lago raso
onde acamparemos.

- Tamb�m nada como um garoto?
- Na �gua voc� n�o se parece com um.

Vivian, traga-me uma toalha.
Eu vou ficar com frio ao sai.

- Aqui j� tem uma senhora.
- N�o � suficiente. Traga-me outra e minhas roupas.

Deus, que magia � essa?

Veio de Merlin e se chama sab�o.
Limpa e suaviza a pele.

- Como desliza.
- Use-o, lavar� os seus pecados.

Como � agrad�vel.
Faz voc� se sentir...

N�o seria magia?
Um feiti�o ou encantamento?

J� ouvi hist�rias de Merlin.

� uma po��o do amor.

Despertar� a paix�o
de seu amado

misturado com uma dose
de car�cias e beijos.

N�o zombe de mim.

Por favor, eu desisto.

- Piedade.
- N�o haver� tr�gua.

Eu quero um padre!

Eu n�o vejo nenhum.
Nem freiras.

Voc� vai afogar a sua rainha?

Voc� ainda n�o � rainha, � s�
uma menina que merece um mergulho.

N�o.

Piedade.

Aqui est� a toalha, senhora.

Espero que ainda esteja com frio.

Voc� chegou a tempo de salv�-la.

Eu ia rebatiz�-la.

Eu estou te dando.

A po��o do amor.

- Bom, mas n�o o suficiente.
- Vamos ver.

- Uma moeda de ouro?
- Ok.

Boa Nova,
Sir Lancelot venceu Dorjak.

Vem com a princesa,
Vou avisar ao rei.

- Por nosso rei,
- Viva o rei.

Deixe que os outros se alegrem.

Eu n�o vou ser o herdeiro de meu pai
se a donzela Ihe der um filho.

S� vou ser um bastardo.

Meu sonho de ser rei
desaparecer�.

Devo agir como uma flecha,
r�pido e mortal...

Um alvo.

Quem paga tanto para matar
uma mulher? Quem � ela?

Voc� faz muitas perguntas.
Fa�a o seu trabalho e cale a boca.

Eu vi o brilho do metal
Fique atr�s de mim.

Tors, os escudos.

Uma emboscada!

N�o pense, lute.

Lhes devo a vida.

E eu a minha.

Foi uma troca justo.
A sua vida tem igual import�ncia.

Se voc� tivesse sido morto
eu n�o ia querer viver.

N�o diga mais nada,
perder�amos tudo que valorizamos.

Voc� valoriza a honra acima de tudo?

Eu devo.

E voc� tamb�m deve.

Coitadinha,
poderiam t�-la matado.

E tamb�m a voc�, Lancelot.

Devemos livrar esta ilha
de todos esses bastardos.

Como rei de toda a Inglaterra,
Vou estabelecer a ordem.

Pobre menina, ela deve
ter passado por um terr�vel pavor.

Imagina uma crian�a indefesa
nessa situa��o.

Assustada sim,
mas n�o indefesa.

Ele pr�pria matou um bandido,
sabe como lidar com uma espada.

N�o diga, � verdade?

Vai ser uma boa rainha
e m�e de reis.

Por que demora tanto tempo para se trocar?

Ela quer estar perfeita para voc�,
banhada, fresca e perfumada.

Sim, eu n�o deveria ser impaciente.

Entenda, mas eu tremo, suo as m�os
e meu cora��o dispara.

lembre-se que voc� � o noivo
e n�o a noiva.

� verdade, n�o deveria me assustar.

Voc� j� falou para ela de mim
ou o nosso casamento?

Ela se alegra por ser a minha prometida?

Nada poderia agrad�-la mais.

- � mesmo? Ser� que voc� n�o se enganou?
- N�o, foram essas quase as suas palavras.

Bem, � um bom come�o.

� bonita?
Radiante, se bem me lembro.

- Voc� tem uma excelente mem�ria.
- Eu quero faz�-la feliz.

- Muito feliz.
- Voc� a far�, senhor.

Que mulher n�o gostaria de ser ela?

Sabes t�o bem quanto eu
e toda a corte

que n�o h� homem n�o mais nobre,
nem um rei e mais humano.

Como ela poderia n�o estar feliz?

Obrigado querido e sincero amigo.

E obrigado pela felicidade
que ganhou para mim.

- Qualquer cavaleiro...
- Teria vencido...?

E a noiva, como demora a
se banhar e vestir-se!

Um ex�rcito leva menos tempo
para se preparar para a batalha.

- Devo esperar...?
- Creio que ela est� vindo com Merlin.

Alteza, a Princesa
Guinevere de Cameliard.

Bem-vindo a Camelot,

querida Guinevere.

Voc� deve tomar uma decis�o.
Sabes o que �?

- Sim senhor.
- Bem, eu n�o.

Majestade, j� est� tudo pronto.

E eu, j� estou ha uma semana.

D� a ordem se podemos prosseguir.

Podem ent�o prosseguir!

Alteza, segure a m�o de Lancelot

e dirija-se para o altar
ao toque das trombetas.

Est� na hora.

Sim, senhora.

Voc� deve ser a noiva
mais orgulhosa e feliz do reino.

Eu n�o sinto orgulho.

Nem felicidade.

Lancelot, salve-me.

- De qu�?
- De mim mesma, disso tudo.

� o que voc� sempre quis, ser a rainha.

Minha mente queria,
mas n�o o meu cora��o.

O rei te ama.

Diga uma palavra e eu cairei em seus bra�os.

N�o direi nada.

Diga-me que voc� gostaria de ser ele
antes que seja tarde demais.

� muito tarde.

Benedicat voc� omnipotens Deus,

Pater et Filius,
et Spiritus Sanctus.

Am�m.

- Venha e beber vinho.
- Eu estou tonto, j� tomei dois.

Que bebedor! Antes de terminar a
noite voc� tomar� mais dois.

Hoje todos se amam
e s�o felizes.

Sabe os nossos antigos
inimigos e Brandagorus Ulfus?

Sim.

Ulfus tem uma cicatriz sua.

Se curou bem?
Da pr�xima vez ter� mais sorte.

- Maldito...
- Calma, ele � o bra�o direito do rei.

O Rei Ihe confia a vida e a mulher.

Matarei estas malditas moscas!

D�-me comida r�pido.

a menos que Lamorak
tenha acabado com tudo.

Acabo de beber com doze cavaleiros
que um ano atr�s eu teria matado.

Alguns ainda merecem isso.
D�-me uma galinha.

Uma galinha, venha.

Que festa bonita e emocionante,
merece uma rima.

Artur, o velho
se casou com uma jovem dama.

Eles dizem que o beb� ser� macho,
se novembro se ligar a maio.

Um pr�ncipe tomar� seu trono,
enquanto outros me far�o de tolo.

S� um tolo diria isso de voc�.

- Voc� me ama?
- Como nunca amei ningu�m antes.

Podemos ir longe se juntarmos
nossos destinos com uma m�o pesada.

Meu destino n�o mudar� pela
paix�o tardia de meu falecido pai.

Eu vou mudar o destino,
Eu vou quebr�-lo.

N�o v�o tirar de mim
o que � meu, meu �nico objetivo.

- Foi apenas um desmaio.
- Leve-a para seus aposentos.

Merlin, venha.

N�o se preocupe, foi apenas
um ligeiro desmaio.

� normal para uma jovem
num dia como este.

Que a festa continue.

Permitam-me esquecer que eu sou o rei
E hoje sou apenas um noivo.

- O que aconteceu?
- Voc� desmaiou.

Lancelot O que podemos fazer?

Agora e sempre...

nada poderemos fazer.

Lancelot...

O que poderia ter sido...?

- Parece que foi o casamento.
- N�o, tor�a para que n�o seja.

Como deve ter sido dif�cil levar a noiva
para o quarto nupcial.

Deixe-me, usar minha
jarra contra a sua adaga.

Manchar� de sangue a t�vola
redonda?

Guardem as armas, antes que
eu as fa�a em peda�os.

Fique de olho aberto no torneio de ver�o.

Havia rostos tensos
em um dia de festa.

Pelo rei, pela rainha
e pela sua noite de n�pcias.

Ao rei, a rainha e sua noite de n�pcias!

Querido, por que n�o posso ir?
Eu tenho feito isso desde menina.

Em Cameliard
muitas damas ca�am.

Aqui n�o � esse o costume.
A Ca�a � bruta e selvagem.

N�o arriscarei nem um fio
de seus lindos cabelos dourados.

Eu odeio ficar o dia todo
fofocando com minhas amas.

Vejo que voc� se diverte.

- Baixem as armas.
- O que pretende?

Se as damas est�o entediadas
que Lancelot conte uma hist�ria.

Lancelot.

Senhor?

- Eu preciso de voc�.
- Imediatamente.

Onde j� se viu
uma esposa discutir com seu marido?

Mas eu gosto
sempre que cede

- Voc� me ama um pouco?
- Claro, meu senhor.

Voc� � am�vel e gentil,
e honra e respeita uma mulher.

Sim, eu te amo,
pelo que sei do amor.

Eu n�o pe�o mais do que isso.

- Tenha muito cuidado.
- Meu cuidado ser� excessivo.

A partir de agora me chamar�o de
Arthur, o rei da prud�ncia.

J� que h� tanto para o que voltar...

� dif�cil de acreditar, mas � bom saber.

Lancelot...

Voc� � capit�o da guarda,
fa�a com que a rainha se divirta.

O que quer que seja
desde que n�o seja perigoso.

N�o fa�a cara de muchocho,
me d� um beijo.

Amanh� vamos montar e passear,
mas galopar � para os homens.

Adeus, amor.
Tenha um bom dia.

Adeus, meu senhor.

Eu quero que voc� saiba que,
como sua rainha,

Eu n�o s� me considero
uma s�dita leal, mas tamb�m amiga.

� uma honra.

E voc� me salvou a vida.

Por isso me entristece mais
que estejas me evitando.

N�o � isso.

� que...

Eu tenho os meus deveres,
assim como voc�.

- � isso.
- Isso me tranquiliza e me sugere...

Um gin.

Vamos.

- Vamos, l�.
- A ca�a.

Como ele dizia,

eu devo te procurar quando eu precisar.

N�o suporto a minhas damas.

Fofocas e boatos...

S� me sentar e ficar arranjando flores.

Desculpe a minha presen�a no jardim,
mas sua majestade me permite us�-lo.

- Eu tamb�m permito.
- Obrigado.

De nada.

Continue lendo esse o manuscrito,
e fingindo que n�o pensa em mim.

O que voc� l� t�o interessado?

As Odes de Hor�cio.

Um autor romano com uma filosofia reconfortante.

Sim? O que ensina?

Para desfrutar o que se tem
e n�o ansiar o inating�vel.

Deve ser consolador.

Por que...?

Uma �ltima pergunta e eu n�o mais
o incomodarei.

Por que os escritos s�o
em latim ou grego, e n�o em Ingl�s?

� uma l�ngua h�brida,
composta de v�rias l�nguas.

N�o h� s�mbolos para escreve-la.

Que pena.
Eu gostaria de escrever mensagens para o rei.

Como por exemplo "eu te amo".

Como se escreveria isso em latim?

� simples.
Eu vou te mostrar na areia.

Eu te amo � uma palavra simples.

"amor".

E o "a voc�" � " I."

Assim se escreve "eu te amo".

Lancelot.

Por fim, eu tenho a dizer...

Eu te amo,
Eu te amo, eu te amo...

Capit�o da Guarda, Capit�o.

- Trazemos um ferido.
- Cuidado.

Cedric,
O que aconteceu?

Eu n�o posso falar.

- Deixe que eu me sente.
- Traga um vinho, r�pido.

Sem cerim�nia, me diga.
Que m� not�cia me traz?

A Guerra.

A Guerra?
- Respire fundo. Fale.

Ulfus e Brandegorus atacaram
e destru�ram as cidades costeiras.

Eles n�o deixaram nenhum sobrevivente.

Lutamos no forte em v�o.

Apenas tr�s escaparam.

Eu juro por tudo que � sagrado
que pagar�o com suas vidas.

Eles e seus asseclas.

- A que dist�ncia eles est�o?
- A tr�s ou quatro dias daqui.

Eles est�o parando para devastar
queimar, matar, estuprar...

Quantos s�o e qual � seu
armamento?

S�o cerca de 200 ou mais a cavalo e
mais uns cem a p�.

Eles levam espadas,
machados e tudo mais.

Pode ser o dobro, ou at� mais.
Eu n�o sei.

Como fa�o para enfrent�-los
com t�o pouco tempo?

Antes que possamos receber ajuda
estar�o diante das muralhas.

Beba e se recupere.

Permita-me...

D�-me sua opini�o,
sobre tudo.

Como voc� disse, n�o podemos
organizar um ex�rcito poderoso.

Eles sabem disso.

Deixe-me partir com alguns homens
para reter o inimigo.

At� vossa majestade reunir os aliados.

Voc� me surpreende.
Voc� quer que eu fique longe da batalha?

Eu n�o posso ficar parado
enquanto meus homens lutam.

Sua bravura � muito conhecida
para precisar ser provada.

E tamb�m sua coragem.

S� voc�, o soberano da ilha,

poder� exigir a lealdade e obedi�ncia
de nossos aliados.

Eu n�o posso negar,
Ainda que isso me pese.

Bom conselho.

Escolha os seus homens.

Deixe metade das for�as
se tivermos de nos defender.

Eric, Brian,
leve aos meus aposentos.

Merlin, eu preciso falar com voc�.

- Conversaremos antes que voc� parta.
- Sim, senhor.

- �s armas!
- Vamos dar-Ihes o que merecem!

Eu n�o podia deix�-lo partir sem um beijo.
Voc� me ama?

Sim, meus cabelos dourados.

Que Deus me ajude, mas eu te amo.

Jure que voc� voltar� ou morrerei.

Eu voltarei, s� para voc�.

- Voc� � um madrugador.
- Eu n�o tive sono.

- � melhor ficar sentado do que dormir no ch�o.
- Sim, n�o � uma cama de plumas.

Eu tamb�m n�o dormi.
Eu nunca consigo antes de uma batalha.

� mesmo?

Nem eu, n�o sei porqu�.

- Eu n�o estou com medo.
- E voc�?

Eu estaria morto se n�o
fosse por voc� na emboscada.

- Espero que estejas comigo hoje.
- Obrigado.

Ningu�m sabe ainda,
Mas foi minha primeira batalha.

- Ah, �?
- Tamb�m foi meu primeiro homem morto.

Eu nunca estive
em uma batalha como esta.

N�o h� qualquer diferen�a, esta �
apenas mais longa e custar� mais para ganhar.

Voc� n�o tem outra malha melhor?
E aquela que usaste em Camelot?

Era de algu�m que me emprestou.
Esta � a minha.

Eu tenho uma de reserva
em minha tenda, Leve-a.

N�o, eu n�o poderia.

Eu ordeno. Estou certo de que voc�
vai lutar bem e a gl�ria ser� minha.

obrigado,
Eu n�o o decepcionarei.

- Tem sido f�cil.
- Eu n�o quero prisioneiros, mate-os.

As mulheres n�o.

N�o podemos perder mais um dia,
e dar-Ihes tempo para se preparar.

- Meus homens querem a sua recompensa.
- Seus homens n�o, voc�.

E quem vai me impedir?

- Bem, afaste seus homens do vinho.
- Traga-os para junto de minha tenda.

As mulheres junto a tenda.

Nada de prisioneiros.

Eles est�o cercados por �gua em tr�s lados,
vamos incendiar o outro lado.

Atire.

Re�nam suas armas!
A luta!

Atire.

Atire.

Prepare.

Atire.

Atire.

Vamos em frente, r�pido.

- Nos cercaram.
- Voc� deve ir para a floresta.

- Vamos para a floresta!
- Vamos lutar na floresta!

Atire.

Atire.

Tomem posi��es e disparem.

Atirar.

Atirar.

Atirar.

Agora.

Atirar.

Vamos nos esconder na floresta.

Todos para a floresta, vamos l�.

Atirar.

Atirar.

Atacar!

Voc� j� teve sua estreia.
N�s Ihes demos o que mereciam.

Mas Ulfus e Brandagorus escaparam.

- N�s os derrotamos.
- E fizemos isso tudo juntos.

Venha.

Que vista...

Um grande dia que ir� perdurar
nas can��es e na hist�ria.

Quem dera eu estivesse l� para ver.

Calma, menina.
Voc� n�o deveria estar l�.

Mas Lancelot n�o deixou nenhuma
possibilidade de mais batalhas.

Eu n�o o vejo.
Onde ele est�?

� ele que chefia estes homens?

Parece que �, mas ele est� longe.

Em uma maca...

- � ele?
- Rezo para que n�o seja.

Deus, n�o permita que
ele esteja morto.

Ali est�.

Sim, � ele.
� Lancelot.

Ele n�o est� morto.

Tenho vergonha
do meu comportamento,

mas � o seu campe�o.

Nosso amigo.

Eu n�o podia suportar.

Nem eu, querida.

Nem eu.

Olha...

Eu sou rude,
N�o tenho palavras am�veis para...

Sem mais rodeios, veio pra c�
fugindo de rumores e olhares.

O que voc� quer,
palavras condescendentes?

Sim.

Eu j� tenho preocupa��es suficientes,
sem as suas palavras.

Preocupo-me com os seus inimigos,
sejam eles quem forem.

N�o deveria duvidar de voc�.

Perdi o sentido da amizade.

E coisas como dever,
lealdade, honra...

Eu n�o sei o que fazer.

Voc� achou que ela me prenderia
em uma teia de seda e ouro?

Eu n�o poderia nem contar quantas
batalhas tenho vencido por mulheres.

Ainda d� tempo para irmos.

Para o seu castelo,
Na Alegre Guarda.

Dal�, navegaremos para a Gr�-Bretanha.

Os hunos invadiram a Fran�a.

Haver� aventuras e recompensas.

Eu rejuvenes�o s� de pensar.

Est� bem.

Hoje � noite eu sou capit�o da guarda.
Partiremos ao amanhecer.

Alguns dias em casa...

mas me obede�a
e permane�a no seu posto.

Talvez Modred
queira que esta seja a sua noite.

- Estou sendo claro?
- Sim, com certeza..

Ent�o estamos combinados.

J� me vejo nos bra�os daquela mulher...
ou at� onde conseguir.

Como se chamava, Ivette?
N�o, Antoinette.

N�o importa, vou me lembrar
antes que ela chegue ao barco.

Que barco?

Barco, Majestade?

Deixe-o, mentir n�o faz sentido.
Vou explicar.

Voc� me surpreende.
Nenhum cavaleiro mentiria para sua rainha.

Vamos, Sir Lamorak.

Majestade.

Quando partir�, sedutor?

Apesar do que voc� tenha ouvido
e fa�a o que eu fizer,

- No meu cora��o...
- No seu cora��o?

Eu n�o deveria confiar em um franc�s.

Minha menina loura mimada fica
logo enfurecida se algo a desagrada.

- Assim eu gosto ainda mais.
- Voc� mente. Voc� nunca me amou.

Voc� zombou do meu amor tendo
um barco a zarpar para Inglaterra.

Se eu ficar sem poder te amar,
ser� o fim para n�s dois.

Eu n�o pensei que voc� teria medo.

H� coisas mais tem�veis,
do que ser queimado na fogueira.

Como ser queimado pelo fogo que nos une.

Voc� parece uma menina mimada,
sente, mas n�o pensa.

� melhor do que ser um homem,
que pensa, mas n�o sente.

Me deixar assim, sem me dizer nada, como
se eu fosse a filha de um estalajadeiro.

Nem mesmo um obrigado ou um adeus.

Eu n�o teria partido sem
ter me encontrado com voc�.

S� isso? Sendo a �ltima noite,
voc� poderia ser mais generoso.

Ningu�m sabe Lamorak,
Somos a comitiva da corte.

Modred contar� ao rei,
E Artur e recorrer� a lei.

Para irrit�-lo ou a voc�.

Pois ent�o me leve para a
Fran�a ou para qualquer lugar.

A Rainha e um cavaleiro franc�s?
Nunca ter�amos paz.

Entendi... Ent�o � um adeus.
Nada o far� mudar.

Vir� me ver hoje � noite,
apenas isso?

- Eu n�o suporto isso.
- No seu quarto? Seria fatal.

Nem Modred ousaria espionar
em meus aposentos.

Eu espero terminar a guarda,
N�o importa a hora.

Jure-me que voc� vir�.

Eu n�o posso coloc�-la em perigo.

N�o, amor.
Devemos dizer adeus aqui.

Bem.

Eu n�o implorarei mais.

Nos despedimos para sempre.

Mas eu vou te esperar.

E o meu falc�o voou e capturou
a presa do falc�o de Modred.

Foi divertido
ver a cara do Modred.

E eu o fiz pagar a aposta.

� tarde.
Beba seu vinho e relaxe.

Gostaria de acrescentar a po��o para dormir?

Se, dobrar a dose.
Eu vou dormir sem pesadelos.

Voc� precisa de uma mudan�a,
mais a��o.

Por que n�o Inicia uma pequena guerra?

N�o � isso.

Venha, seja corajoso e tome.
N�o � t�o amargo.

N�o?

Olhe-me e me diga se h� algum rem�dio
para aliviar meu cora��o.

Posso te dizer que o bom Deus deseja

que durma sabendo que com o sol
ir�o embora as raz�es para sua infelicidade

� o suficiente?

Sim. Eu beberei e dormirei tranquilo
at� despertar em seus bra�os.

Voc� est� convencido?

Eu te amo, n�o sabes o quanto.

Eu sei.

- O tempo passa r�pido.
- N�o me deixe.

O sol j� est� nascendo,
� arriscado.

Quero te abra�ar um pouco mais,
S� um pouco mais.

Deixe-me ver.

Quero me lembrar assim,
depois de ter te amado.

Como vou viver sem voc�?

Me ajude.

O tempo ajudar�.

Para voc�, sim.

Voc� tem seu mundo de homem:
Torneios, guerras, mulheres.

Mas eu n�o tenho vida sem voc�.

S� posso desejar a voc�.

Eu n�o sou nada, nada.

Eu morrerei.

Voc� n�o morrer�.

Pense que no futuro h� esperan�a.

E por ela viver�s.

E sobreviver�s.
Porque eu sempre vou te amar

como agora.

Adeus, meu amor.

Meu �nico amor, adeus.

Entregue a espada.
Tudo acabou.

Lancelot!

Venha r�pido.

Gareth, Gareth!

Detenha-o.

Peguem-no!
N�o deixem fugir.

Fale r�pido.
Tem not�cias de Lancelot?

Ele e Lamorak
Chegaram ao Castelo da Guarda Alegre.

A Metade dos homens voltou
e o resto aderiu a Lancelot.

Come�amos uma nova guerra
de carne branca e cabelo dourado.

E Dagonet?

Dele n�o se sabe nada
desde que chorava junto a rainha

quando a levamos para a pris�o.

E na cidade o que aconteceu?

Muitos fecharam as portas e janelas.
Outros querem ver a fogueira.

Voc�, tamb�m, chora por uma desleal.

Me perdoe, mas eu
estou triste por meu irm�o.

Eu n�o queria aumentar a sua dor.

O que aconteceu com ele?

Foi capturar Lancelot, ele estava
desarmado sob a escada.

Lancelot o matou.

Nada disso tem a ver
com o Lancelot que eu conhecia.

Ele estava encurralado.
Ele combatia cegamente.

Eu duvido que ele saiba
que o tenha matado.

Ele manchou as m�os
com o sangue de Gareth.

Antes eu tinha dois amigos leais,
agora apenas um e um grande �dio.

Eu sei.

Amor e �dio s�o t�o pr�ximos

s� a espada mais afiada
pode separ�-los.

Deixe-me procur�-lo
antes que ele parta para a Fran�a.

Acalme-se.
Lancelot pode esperar.

As Trombetas.

J� come�aram.

A lei diz: A Fogueira.

Eu fiz a lei.

Se eu quebrar a lei
n�o poderei continuar a reinar.

Estou certo Merlin?

A Quem eu devo obedecer?

A esta Inglaterra que tanto
sangue custou para eu unir?

Ou ao meu cora��o?

Muitas vezes eu te disse que voc�
n�o deveria a tomar por esposa.

Era um amor imposs�vel.

Mas ter� que decidir por si s�,

Ser� que a vida de uma jovem
vale mais que a paz de uma na��o?

Isso eu n�o posso responder por voc�.

Em meu cora��o, eu s� sinto
a esperan�a de um mundo melhor.

Sem guerras,
grandes ou pequenas.

De qualquer jeito, j� � tarde demais.

Sim.

�.

A fogueira.

Ajuda-me, Senhor.

Seu rosto e suas m�os.

Sua pele branca como a neve.

Seu cabelo dourado.
Doce e cheia de vida.

Deus meu!

O que eu fiz?

O que posso fazer?

Guardem as espadas.

Elas n�o v�o deter suas flechas.

N�o chegaram os refor�os de Mordred?

N�o, mas em Camelot se diz...

que o Marqu�s de Cornwall
enviar� catapultas e ar�etes.

Para qu�? O Castelo
� intranspon�vel por terra.

N�s atacaremos � noite,
quando os barcos estiverem prontos.

Em meses.

Lancelot.

Covarde!

Traidor!

Farsante!

Ou�a o que eu estou dizendo!

Eu te desafio a lutar
com as armas que voc� escolher.

Venha descobrir o que � coragem.

Assassino desleal.

Vou te matar com uma
espada cravada no cora��o.

N�o se atreva a fugir.

Covarde.

- Era Gawaine com outro desafio?
- Todos os dias, todos os dias!

Eu gostava muito dele.
Mas eu cortaria sua garganta...

Se fosse outra pessoa... mas ele.

Ele sabia o quanto voc� gostava de Gareth.
Deveria saber que voc� n�o queria mat�-lo.

Cale-se!

Controle a l�ngua e o apetite.

- Sinto muito...
- Eu n�o quero suas desculpas.

Eu n�o me sinto melhor com isso, guarde
seus conselhos para si, e n�o me siga.

Deixe-me em paz.

Ele � t�o covarde quanto
traidor e assassino.

- Lancelot � um covarde?
- Eu digo que �, maldi��o!

Gawaine...

- Perd�o.
- Eu nunca o vi Lancelot recusar um desafio.

Eu tenho o desafiado a cada semana.

Uma quest�o pessoal
� prefer�vel a esta sangria.

Recusa-se a lutar contra n�s.

- N�o parece ser covardia.
- � simples, voc� n�o v�?

ele te ama e n�o levantar�
a espada contra voc�.

Que os seus arqueiros lancem flechas e
�leo fervente n�o mostra nenhuma lealdade.

Devemos nos ocupar com
as tropas e os barcos.

Vamos l�, vamos.

Feche a cortina, o vento est� frio.

Obrigado, irm�.

De quem � esse sangue?

De um menino de Cameliard.

Voc� n�o se cansa do papel
de anjo misericordioso?

Era um rapaz da minha p�tria,
um escudeiro.

Ele era um campesino
na corte de meu pai.

Ele disse que me amava
apesar de sua idade.

Eu o conhe�o.
Como est�?

Sua hist�ria de amor acabou.

Ele morreu no meu colo.

N�o � o primeiro nem ser� o �ltimo.

Troque essa roupa,
voc� parece uma freira.

Por voc�, eu gostaria de ser.

Voc� j� terminou tamb�m
a nossa hist�ria de amor?

- Agora � s� frieza e indiferen�a?
- Que indiferen�a? Deus Meu!

Voc� apenas passe uma hora comigo.

Vivo cercada por um muro de sil�ncio.

Enquanto muitos homens morrem por n�s,
voc� medita sobre a sua honra.

E voc� recusa o �nico caminho
para a nossa liberdade.

Matar Arthur e Gawaine?

Existe paz para os problemas que
afligem meu cora��o e minha mente?

Eu te amo.

Isso � mais do que posso suportar.

N�o me pe�as que
atente contra a minha honra.

Que desonra h� em
aceitar os seus desafios?

Lutar de homem para homem de modo limpo.

Voc� arrisca tanto quanto eles.

Eu ensinei a Gawaine tudo que ele sabe,
Ele n�o teria chance alguma contar mim,

Seria assassinato.

Eles n�o ter�o nenhuma piedade com voc�
se iniciar o combate.

- Se esperamos que...
- Eu n�o levantarei minha espada contra Arthur.

- Mesmo que isso me custe a vida.
- E se for a minha vida ao inv�s da sua?

Se voc� me amasse buscaria
uma solu��o, uma oportunidade.

Est� em suas m�os.

Voc� pode nos dar felicidade
com um movimento de espada.

Est� bem...

� o suficiente.
Talvez voc� tenha raz�o.

N�o h� outro caminho.

- Eu vou acabar com isso.
- Quando?

- Quando Gawaine voltar.
- E Arthur?

Eu Ian�arei um desafio
ele n�o vai recusar.

- N�o deixe que nada te detenha.
- Nem o fogo do inferno...

Ir� me deter.

Amor...

N�o temo por voc�.
Ningu�m poder� venc�-lo.

Se estima sua vida, admita
que eu n�o quis matar o Gareth.

- Diga e eu te soltarei.
- Mate-me assassino, como fez com meu irm�o.

Mate-me, assassino.

Desleal.

Traidor.

Apesar de tudo...
Eu te concedo tua vida Gawaine.

Eu n�o poderia te matar, assim
como a Gareth, ele era meu amigo.

V� embora.

Leve ao rei uma mensagem.

Esta � a Mensagem senhor:

A Arthur, rei da Inglaterra:

J� morreram muitos homens e
morrer�o mais por um �nico culpado.

Jure que n�o haver� repres�lias,
que meu povo ser� livre.

Todos sem exce��es.

E eu me renderei e me
submeterei a sua vontade.

- Senhor, ele assinou sua pr�pria senten�a de morte.
- Prop�e condi��es, o que ele quer?

- Por acaso n�o s�o culpados Guinevere e os outros?
- Sim, mas se jurassem obedi�ncia...

Desculpem-me. Mas algu�m aqui pode falar de
Lancelot, por mais dif�cil que seja,

sem lembrar dos seus gestos de
honra, camaradagem e amizade?

Calem-se todos.

Merlin.

Meu mais s�bio conselheiro,
voc� n�o falou.

Voc� � o rei, senhor.
Esse � o meu conselho.

Sim.

Com a coroa e o cetro,
Eu zelei pelo bem-estar do reino.

Todos pensam e sentem como homens.

Mas devo agir com a mente e
o cora��o de um rei.

- Boa tarde, eu estou feliz em v�-los.
- Tamb�m estou Majestade.

Nem majestade, ou rainha.
Eu sou apenas uma mulher apaixonada.

Fale das condi��es de seu Rei
para o desafio.

Meu amor, deixe-me
sentar aos seus p�s.

Sente-se tamb�m Merlin.

Quando ser�?

Meu rei...
Minha senhora,

n�o haver� combate.

N�o haver� combate?
Este � o grande rei de voc�s?

N�o o ofenda.

Ser� que o queimador de mulheres
recusa o desafio?

N�o houve nenhum desafio.

- O rei...
- No houve um desafio?

Lancelot se ofereceu a se
submeter a vontade do rei.

Se seu povo for liberado.

Voc� n�o vai fazer isso.
N�o, meu amor, n�o far� isso.

Acalme-se, querida.

O rei � misericordioso.
Se aceitar, cessar�o as mortes

para mim, voc� e para os outros.

Voc� pode nos deixar a s�s?

Continue.

Eu serei banido para a Fran�a.

E voc� ser� escoltada
para o mosteiro de Glastonbury.

Meu amor,

pense e ver� que � a �nica
esperan�a de sermos felizes.

N�o vejo mais do que freiras
preto e branco e ora��es.

Jejuns e sinos.

Eu ouvi sinos suficientes
esta manh�.

O rei n�o exige que voc� fa�a votos.

Todo mundo sabe que
Arthur est� doente.

Ele n�o vai viver por muito tempo.

Estarei na Gr�-Bretanha
e voc� segura no convento.

At� que eu venha busc�-la;
vi�va, mas n�o por minha culpa.

Pois nos restam alguns dias.

Dever�amos estra gratos por isso.

Quando devo partir?

Ao amanhecer.

Ao amanhecer?

� parte do trato.

E eu tomarei um barco em 3 dias.

Lamorak ir� comigo.

Artur vai recebe-los com honra.
Merlin vai te acompanhar.

Eu n�o vou a cavalo.

Eu vou a p�.

Eu n�o levarei lembran�as de minha
felicidade, s� o que tiver no corpo.

Mostre integridade,
Comporte-se como a rainha que voc� �.

Eu farei isso.

Mas abrace-me forte esta noite.

Esta noite t�o curta.

Algo no meu cora��o me diz

que � o fim do nosso amor.

Obrigado.

Est� tudo est� bem nesta terra.
Mas quando o sol vai sair novamente?

Ele sair�.

Mas n�o com o inverno em seu cora��o.

N�o h� barcos a vista.

Deve haver� not�cias da Inglaterra
na pousada do porto. Vamos.

- Bom dia.
- Bom dia.

Queremos algo para comer e vinho.

Lamentavelmente a comida quente ainda
n�o est� pronta, mas conseguirei algo frio.

N�o importa.
Escute h� alguma not�cia da Inglaterra?

N�o, faz um m�s desde o �ltimo barco.

N�o h� comida quente, mas trar�
comida fria e vinho. E nada da Inglaterra.

Essa estalajadeira � muito bonita.

�s vezes eu gostaria de
saber mais franc�s.

- O suficiente para saber o que ela pensa.
- Voil�. Vou pegar o vinho.

Acho que ela vai precisar de ajuda.

Lancelot.

- Tome, se � isso que voc� quer.
- Preferiria isso cravado no cora��o de Modred.

Eu agora sei que v�o queria
matar Gareth.

- O que o traz, meu amigo?
- Voc�. Tenho te procurado por meses.

- Eu vi o seu cavalo e o de Lamorak.
- Ele est� tentando conquistar a estalajadeira.

- Alguma not�cia da Inglaterra?
- Arthur morreu nas m�os de Modred.

Tudo aconteceu
como eu temia.

L� se foi meu Rei e amigo.

Eu o tra�, mas sempre o amei.

Merlin morreu, o resto est� bem.

Lady Vivian se envenenou
quando Modred a abandonou.

Gawaine...
Voc� est� doente.

Me perfuraram um pulm�o a mando de Mordred.
Toda a Inglaterra est� em guerra.

precisamos de voc�
para derrotar Modred.

Eu cansei de morte, s� quero
irei a Glastonbury buscar Guinevere.

N�o se eu disser o que aconteceu l�.
N�o � t�o grave, mas � s�rio.

Modred e seus homens invadiram l�.

A rainha e algumas
freiras fugiram para o Pa�s de Gales.

Modred matou o resto
e queimou o convento.

Eu estava enganado Gawaine.
Devo continuar matando.

Voc� n�o quer deixar
esta sua abomin�vel Bretanha?

J� houve Um tempo em que eu te esbofetearia
por insultar a terra onde nasci.

Calma, acabaremos com
Modred e faremos isso juntos.

Palavra.

Haver� terras e riqueza
para aqueles lutarem bravamente.

Lutar at� que a trombeta
toque a retirada.

Fa�a isso e o inimigo
vai cair na armadilha.

Vai soar a trombeta de novo

e arqueiros atacam pelos
flancos e retaguarda.

Ent�o vamos cerc�-los
e cairemos em cima deles.

E os mataremos!

este ex�rcito est� reunido aqui
para salvar a Inglaterra

da espada dos traidores
e do machado dos b�rbaros.

Dos estupros e pilhagem,
da injusti�a e do medo.

Por tudo isso

cada homem lutar�
enquanto estiver vivo.

Todos os que est�o aqui
devem se lembrar que hoje

n�o devemos vencer uma batalha,
mas acabar com a guerra.

Para a retaguarda!

Apontar e atirar!

Atirar!

Atirar!

Trumpeta!

Arqueiros, em linha.

Arqueiros Preparar. Atirar!

Atirar!

Atirar!

Atirar!

Atirar!

Atirar!

Atirar!

Atirar!

Atirar!

Para a direita.

Atirar!

Atirar!

Atirar!

A Carga!

Estamos cercados, retirada.

Eu sou a Madre Superiora.
Conhe�o a raz�o que te traz aqui.

Eu pe�o que lembre-se de onde voc� est�

e que todos visitantes devem ir
com o toque de dos sinos.

Minha rainha...

- Por que voc� usa h�bitos?
- Eu sou uma novi�a.

Gra�as a Deus que cheguei a tempo.
Voc� pensou que n�o viria?

Eu tenho cavalo e roupas para voc�.

Por que voc� n�o me olha?

O que eu vejo em seus olhos?
Pena?

Do medo que vem dos meus olhos?

Como voc� pode ficar

com seus l�bios perto de mim
e n�o desejar me beijar e abra�ar?...

Lancelot...

Voc� n�o deve me falar assim.

Em breve vou tomar os votos
para ser freira dessa ordem.

N�o.

Eu rezo para que voc� possa entender.

Antes que voc� pense mal de mim,
nem para que sofras tanto.

Faria qualquer coisa
para n�o te causar dor.

N�o.

Voc� n�o pode cortar o cabelo,
nem os la�os de nosso amor.

Uma vida juntos nos espera,
� tudo o que sempre desejamos.

O calor do amor,
crian�as, nossas vidas...

Por isso n�s sofremos tanto.

O que aconteceu com voc�?

� dif�cil de explicar
o que me aconteceu neste �ltimo ano.

Nem eu mesma entendo muito bem.

Logo no in�cio no convento, rezava
pelas coisas mundanas que eu tinha perdido.

Tudo que voc� acabou de mencionar.

Depois minhas ora��es mudaram,
Eu n�o sei como ou por que.

Rezei para outras coisas.
A paz de nossas almas.

O perd�o de Deus.
E por seu amor.

Agora eu sei que a luz
de que a igreja falava,

que muitos procuram por toda as suas vidas,
Eu a vi brilhar.

E eu a seguirei at� a minha morte,
e al�m dela.

Voc� a encontra se voc� tentar,
a sua pr�pria maneira e com a ajuda de Deus.

sua bondade
� mais dura do que qualquer a�o.

Eu n�o tenho armas para lutar contra voc�.

N�o h� nenhuma maneira
de chegar ao seu amor.

O toque dos sinos.

Eu tenho que ir...

para sempre.

Pra onde?
Para qu�?

Minha penit�ncia

Tem sido um longa
e termina aqui com voc�.

Quem sabe

tudo tenha se reduzido a isto.

Devo ter for�a.

Como voc� tem.

Vou orar.

O que mais eu posso fazer?

Vou orar por voc�
todos os dias e todas as noites da minha vida.

Adeus.

Meus lindos cabelos dourados.