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O BARQUEIRO DO VOLGA

A Revolu��o Russa...
palavras que fizeram hist�ria!

Mas a nossa n�o � a hist�ria
de uma cruzada,

ou uma luta, ou uma vit�ria.

N�o defende qualquer causa
nem toma partido.

� a hist�ria de pessoas:

Um pr�ncipe, uma senhora e um barqueiro
do Volga:

Um dia mundos totalmente opostos
e ao seguinte agarrados pela garganta

e imersos em um turbilh�o
de chamas e terror.

Explicar a Revolu��o
n�o � nossa tarefa.

O homem n�o pode explic�-la.

R�ssia, antes da Revolu��o...

um velho magn�fico castelo
no Volga.

E a seus p�s, a alegre desordem
de um acampamento t�rtaro...

criaturas n�mades e selvagens...
com suas pr�prias leis.

Stephen, um ferreiro mudo, com os bra�os
de a�o e lingua de chumbo,

apesar de toda a sua for�a
n�o pode falar.

Mariusha, uma mulher T�rtara
de m�os sujas e sedentas,

que ambiciona tudo na vida.

"Voc� roubou meu material!
Maldita seja!

Voc� � uma rata t�rtara!"

"Voc�, mudo idiota! No amor n�o pode
dar marteladas em uma mulher

como se fosse uma de suas ferraduras."

Puxando e arrastando
contra a corente,

os Barqueiros do Volga,
Mulas humanos russas,

est�o transportando grandes cargas para cima
e para baixo do rio.

...os p�s cansados...
maltratado e sem-teto...

...Cantando para n�o sentir
a dor de couro.

Feodor, com seu amplo seio
e sua voz...

incans�vel porque
sonhava com a liberdade.

A nossa � uma can��o de trabalho
e esperan�a,

curvou-se sob as cordas, Volga
acima, Volga abaixo, em pleno sol...

Todos por um.

Dimitri Orloff, um pr�ncipe russo,
Oficial da Guarda do czar,

mas hoje apenas um homem

que espera um "sim" ou "n�o"
de uma mulher.

E a mulher... a princesa Vera...
nessa maravilhosa situa��o feminina

quis dizer "sim"
mas, na verdade, dizer "n�o".

"Voc� ser� minha prisioneira at�
voc� me dar uma resposta!"

"Voc� iria segurar a mulher que
voc� ama com correntes?"

"Uma T�rtara para verificar as cartas!

Talvez as cartas digam
que voc� tem um rival!"

"Eu vejo um belo oficial apaixonado por voc�!
Voc� deve se casar com ele!"

"Sangue!"

"Essa voz parece ser a alma da R�ssia"

"Um sentimento ador�vel, querida,

mas a alma t�m corpo,
neste caso, um corpo sujo.

Venha e veja por si mesma."

"V� a "alma russa"
nesses pobres animais?"

"Coragem, companheiro!

As cordas da escravid�o sempre
s�o mais fracas e em breve v�o quebrar.

"Sua voz � ouvida acima dos outros.
Parecia levar uma mensagem."

"Pessoas como voc� n�o entende
a mensagem da minha m�sica".

"Limpe isso!"

"Limpe isso!"

"N�s os barqueiros
tamb�m usamos decora��o!"

...Um dia n�s vamos dizer-lhe
"Limpe isso".

"Agora corre o nosso sangue...
amanh� vai correr o de outro."

Fa�scas de fogo que arde latente...

"H� anos a R�ssia � governado por m�os
in�teis e perfumadas como estas!"

No Castle, sobre o ardente
vulc�o,

o velho pr�ncipe
Nikita sela um compromisso.

"Ei, c�es...
Vire-se para colocar o cinto!"

"Por que voc� n�o me ama?

"Na minha vida n�o h� lugar
para uma mulher.

Eu perten�o a R�ssia
e ao dia da liberdade."

"Certifique-se de que a R�ssia n�o fa�a a
barba e torne-se princesa!"

"Ou�a apenas a minha m�sica...
a can��o de amor."

Pr�ncipe Dimitri Orloff/Revolu��o Vermelha/

Governo em perigo/
Contacte imediatamente.

"Que suas m�os
mantenha meu cora��o sob cust�dia."

"Que seus olhos s� vejam meu amor."

"E que seus l�bios n�o se esque�a de
ro�ar o meu."

E ent�o, rumores e reclama��es... gemidos
e arrependimentos de uma R�ssia gigante...

pessoas com nervos em frangalhos,
cora��es desesperados...

� o fim.

�s armas! A luta!
Chegou o dia da liberdade!

Agora, dois grandes ex�rcitos se revoltam
em um copro a corpo pela R�ssia.

O Ex�rcito Branco formado
por aristocratas,

enfraquecidos pelo
poder e luxo

e o Ex�rcito Vermelho, formado por
camponeses e mulheres,

endurecidos pela fome
e o trabalho...

com uniformes de todos os tipos...

� a voz da nova R�ssia,
clamando por seus direitos.

Ap�s alguns meses,

A bandeira do ex�rcito branco � derrubada,
perigosamente humilhada,

e Feodor, o barqueiro do Volga,
intensifica no Ex�rcito Vermelho,

ele � enviado para recrutar soldados
entre as pessoas do Volga.

"H� sete nomes que n�o respondem.
Onde est�o?"

"Eles s�o servos do castelo
de sua princesa.

Eles est�o proibidos de sair."

"Vamos saudar o Castelo,
Camaradas,

com um "bouquet" de artilharia".

E, em um magn�fico castelo velho
no alto da colina...

um velho pr�ncipe arrogante
despreza a revolu��o.

"Pai, olha! Venha aqui!
para n�s!"

"Querida, o jantar est� servido."

"Sob as primeiras �rvores h� uma
carruagem e tr�s cavalos escondidos...

No interior, h� roupas
camponesas para disfar�ar!"

"Desculpa chegarmos
t�o tarde para o jantar."

"Sirvamos o que comer."

"Venham, camaradas, hoje � noite
O Pr�ncipe e a Princesa convidam-nos".

"Fa�a o que dizem.
N�s n�o temos escolha."

"Sirvamos o que comer."

"Ei, passa esta bandeja ao pr�ncipe!

Para uma mudan�a,
Desta vez ser� ele quem vai servir voc�!"

"Prove e veja se precisa de sal."

"Est� perfeito."

"Perfeito."

"Eu nunca pensei
que a pele poderia ser t�o branca!"

"Camaradas, Vamos beber todos
� nova R�ssia!!

"Ela n�o bebeu!"

"Limpe-o!"

"Limpe-o!"

"Por que cansar as pernas
correndo atr�s dele,

quando existe um verdadeiro trof�u
aqui?

Foi culpa da mulher.
Fa�a-a pagar!"

"Minha vida n�o importa.
Eu salvei a sua pela R�ssia!"

"Um de voc�s dar� sua vida
pela dele.

Eu n�o me importo quem.
Escolha entre v�s".

"Eu preferiria morrer a ficar
nas m�os de todas essas pessoas!"

"J� est� decidido... eu vou morrer!"

"A garota est� certa.
Uma vida jovem por uma vida jovem!"

"N�o somos a m�fia, somos o ex�rcito!
Formem filas e abandonem o quarto!"

"Um ex�rcito inteiro para atirar em
uma mulher? Basta somente um homem!"

"Voc� est� certo. N�o podemos desperdi�ar
seis cartuchos em uma mulher.

Muni��o � muito cara!"

"Voc� vai fechar a porta
ou voc� vai atirar em mim

como num espet�culo
para entreter todas essas pessoas?"

"N�s vamos dar-lhe cinco minutos!

Se at� l� n�o tiver sido baleada,
N�s vamos entrar e atirar."

"Voc� tem cinco minutos para rezar.
�s 9 voc� vai morrer."

"Eu n�o estou acostumada a esperar."

"N�s esperamos pela liberdade
h� 500 anos...

ent�o voc� pode esperar a morte
durante cinco minutos."

"Voc� tem quatro minutos!"

"Voc� cantou para ter coragem, certo?
Por que n�o eu?

N�s dois n�o somos russos?"

"Rosas!
O perfume do amor e da vida!"

"Ei! O que est� fazendo com que a menina
a�?"

"Voc� tem dois minutos!"

"Isso pode acalmar seus nervos!"

"Brindo pela velha R�ssia!"

"Tome-lhe o resto. � a aus m�o que
n�o deve tremer, n�o a minha."

"Voc� n�o pode me subornar."

"Eu n�o vou suborn�-lo, Sr. barqueiro...
Vou te dar um pr�mio.

Uma Medalha de Honra
por atirar em uma mulher indefesa."

"Huh! Necessita de ajuda, Feodor?"

"Voc� tem trinta segundos!"

"Quando quiser!"

"Por Deus! Voc� � corajoso!"

"Se voc� n�o matar essa mulher agora,
n�s iremos faz�-lo."

"Vamos l�, companheiros, � isso."

"Vamos jog�-la no Volga!"

"Eu mesmo a jogarei no Volga!"

"Pare ele, seus idiotas!
Ele n�o a matou!"

"Isto n�o � sangue!
� vinho!"

"L� em baixo h� cavalos escondidos!"

"Por que voc� me salvou, barqueiro?"

"Porque eu n�o podia atravessar a tua
pele branca com uma bala."

Uma pousada, escondida perto

da fronteira entre
o Ex�rcito Branco e Vermelho,

mudan�as de bandeira com cada avan�o
e retirada de ambas as for�as.

Hoje � noite est� sob a bandeira vermelha.

"Quem � essa mulher?
Parece nobre!"

"Patroa, minha esposa e eu estamos
cansado ap�s uma longa viagem.

Nos acompanhe at� ao quarto."

"Camarada, tenho muitos anos,
na frente de uma estalagem,

para n�o reconhecer
um casal!"

"N�o tenha medo. Nem sequer tocaria
se fosse a �ltima mulher na terra!"

"Isso significa "l�der"!
Deveria colocar "Traidor!"

Por causa de voc� eu tra�
meus companheiros e minha causa."

"O Ex�rcito Branco!
Salve-se quem puder!"

"Voc� tem sido maravilhoso, barqueiro!"

"Venha depressa!
O Ex�rcito Branco est� aqui!

"Eles s�o os seus!
Agora voc� estar� segura!"

"Eu espero nunca v�-la novamente!"

"� o pr�ncipe Dimitri, seu homem!"

"Excel�ncia, meu �nico quarto individual
est� ocupado por um casal apaixonado.

Voc� n�o quer incomod�-los
na noite de n�pcias"

"Dimitri vai mat�-lo
se ele nos encontrar juntos aqui!"

"Deixe o quarto livre para mim!"

"N�o atire neles!
Eles s�o o meu povo!"

TELEGRAMA

O PAL�CIO DO PR�NCIPE NIKITA
SAQUEADO PELOS VERMELHOS.

SE DESCONHECE O PARADEIRO DO PR�NCIPE.
A PRINCESA VERA DETIDA.

"Leve-me ao seu comandante!
Eu sou a princesa Vera!"

"N�s encontramos um l�der vermelho
e sua namorada.

Podemos levar a mulher para
divers�o no por�o?"

"Sim, fa�a a suas esposas o que
eles fizeram com as nossas!"

"Senhores... acabamos de tirar
esta senhora de seu leito nupcial!

Vamos confort�-la
pelo que perderam!"

"Voc�s, os vermelhos t�m considerado
as mulheres, despojos de guerra.

Talvez agora pensem de outra forma
quando verem a sua pr�pria esposa!"

"Animais! Esta � a Princesa Vera,
minha noiva!"

"Se � uma princesa e sua noiva,

Por que ela estava trancada no
quarto com o l�der vermleho?"

"S� me passei por sua esposa
para salvar a minha vida!

N�o significa nada para mim!"

"Este homem n�o significa nada para voc�?
Absolutamente nada?"

"�Absolutamente nada!"

"Amanh� � noite ser� celebrado
o Baile oficial em Daroslav.

Adicione ao resto das festividades
a execu��o deste L�der vermelho."

A cidade de Daroslav,
agarrando ambos os lados do Volga,

a �ltima j�ia da coroa
da R�ssia antiga.

O antigo Pal�cio Imperial,
Quartel do ex�rcito branco,

onde os �ltimos aristocratas
invenc�veis

dan�am � beira do abismo Vermelho.

Mas, sob o ritmo da m�sica
outro som se ouve...

o rugido amea�ador das
as �guas turbulentas do rio Volga.

O avan�o do Ex�rcito Vermelho!

"Voc� v�, n�o h� diferen�a
entre o seu povo e o meu.

Um ex�rcito � necess�rio
para atirar em um homem."

"Com a morte t�o perto, posso dizer-lhe
o que n�o podia dizer em vida."

"Eu te amo e te amarei at�
a �ltima batida do meu cora��o."

"Voc� n�o ouve os barqueiros cantar
a velha can��o?"

"Eu te amei mais do que qualquer coisa
no mundo,"

"Mas se voc� se manter a seu lado, estes homens
v�o atirar exatamente nos dois."

"Voc� tem sofrido nas m�os dessas pessoas,
camarada, voc� escolhe."

"Ele n�o pode decidir por n�s.

Ele nos traiu uma vez
pode faz�-lo novamente!"

"Ele vai provar a sua lealdade ao decidir
o que fazer com essas pessoas!"

"Coloque esses homens
a frente do barco...

que nos arraste Volga acima
at� o Supremo Tribunal!"

"E coloque as mulheres com eles!"

"E coloque as mulheres com eles!"

"Se voc� colocar essa mulher na frente
do barco, eu vou com ela!"

"Olha, uma beleza branco,
que eles esqueceram!"

"Ajuda-me, ajuda-me, Stephan!
Diga-lhes quem eu sou, diga-lhes quem eu sou!

Puxando e movendo
contra a mar�...

A Flor da R�ssia, puxando
um barco do Volga,

como se fosse gado.

"A nossa � uma can��o de trabalho
e esperan�a, nos curvamos sob as cordas.

M�e Volga, Irm�o Volga, rio acima,
nos movemos sob o sol. Todos por um."

Diante do Supremo Tribunal, um pr�ncipe,
uma senhora e um barqueiro do Volga.

"Se eu tenho servido a nossa causa,
se eu mere�o algo de suas m�os,

Pe�o a vida desta mulher,
porque eu a amo..."

"...E a vida deste homem,
porque ele a amo!"

"Como recompensa por seus servi�os
a nossa causa,

Teremos miseric�rdia
com estes prisioneiros..."

"...N�s damos a escolha entre unir-se
a n�s... ou ex�lio da R�ssia".

"Voc� vai precisar do sangue
da velha R�ssia

para ajud�-los a construir
a nova R�ssia."

"E para mim, o ex�lio."

"A nossa � uma can��o
de trabalho e esperan�a.

Rio acima, nos movemos sob o sol.
Todos por um."

bosco60