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NEW YORK DIA-A-DIA
De O. O. Mclntyre

Os que viram os ensaios de ''Avenida
dos Milh�es'' dizem que Gary Blake,

ator e autor, criou os esquetes mais
divertidos de sua brilhante carreira.

A VOZ DA BROADWAY
De Louis Sobol

''Avenida dos Milh�es'', o espet�culo mais
inteligente da temporada, estr�ia hoje.

INDO � CIDADE
com Mark Hellinger

Garotos, garotas
gargalhadas e grunhidos

Se for verdade, Gary Blake ter�
sua grande chance com Mona Merrick

em seu pr�prio espet�culo,
''Avenida dos Milh�es''.

BROADWAY
DE ED SULLIVAN

Os cambistas est�o fazendo a festa
com ''Avenida dos Milh�es''

Cada dois bilhetes
est�o sendo vendidos a 22 d�lares.

ESTR�IA HOJE: GARY BLAKE EM AVENIDA
DOS MILH�ES, COM MONA MERRICK

J.J. DIBBLE APRESENTA ''AVENIDA DOS
MILH�ES'', UM NOVO TEATRO DE REVISTA

DE, E COM,
GARY BLAKE E MONA MERRICK

''HE AIN'T GOT RHYTHM''
MONA MERRICK E OS RITZ BROTHERS

- O que est� estudando?
- Psicologia.

- E voc�, querida?
- Filosofia.

N�o levem muito a s�rio,

- pois conhe�o um professor renomado.
- � mesmo?

� mesmo?

As primeiras noites me entediam.

UMA NOITE TRANQ�ILA EM CASA
COM A GAROTA MAIS RICA DA AM�RICA

Al�. Sim, Capit�o.

Seu pai ao telefone, Srta. Mimi.

Sim, papai.

Seu amigo explorador est� atrasado
para o jantar. Onde est� ele?

No Clube Feminino de Flatbush, falando
sobre o amor entre os esquim�s.

Querido papai,
preciso de um dinheirinho para as compras.

Pode me dar 50 ou 60 mil?

O que fez com os 73 mil
que lhe dei na semana passada?

Papai, se vai se comportar assim...

Sr. Sims, o famoso explorador do �rtico.

- Frederick, � voc�.
- Eu?

P�LO NORTE

BANHOS

- Sauda��es, Capit�o.
- Ol�, Capit�o.

Diga-me, todos est�o contentes?

Onde est� Freda?

Dois anos no �rtico,
e eles me ridicularizam.

Al�m disso, as focas nunca me seguiam.

Capit�o, este � Dr. Cotzopole,
que descobriu o girino.

Neste canto, com 57 kg, Dr. Matzopole,
que descobriu o figurino.

- Oi, Capit�o. Estou bem.
- Espere um pouco.

Cavalheiros,
quero apresentar minha filha, Mimi.

Andei pensando e decidi financiar
sua pr�xima expedi��o ao �rtico.

- Tudo bem. Irei ao P�lo Sul.
- Mas, querido,

o P�lo Sul j� foi descoberto.

J� foi descoberto?
Ent�o vou redescobri-lo.

O que ganharei se der seu nome
a uma montanha no norte?

- Um milh�o de d�lares.
- N�o aceite menos de 100 mil d�lares.

- Ou � engana��o.
- E a m�o de minha filha.

- Legal, fico com essa �ltima.
- Deixe disso.

- Quantos anos ela tem?
- Faz 16 hoje.

Gostaria de parabeniz�-lo, Capit�o.

16. E um para garantir.

Diga-me, Capit�o...

Vamos, papai.

- Onde est� o gerente?
- Bem ali, senhor.

� o gerente deste espet�culo?

Sim. Espero que tenha gostado.

Como ousa permitir
tamanha exibi��o de impertin�ncia!

H� algo engra�ado no P�lo Norte,
ou em minhas expedi��es ao �rtico?

- � tudo pela divers�o.
- Divers�o, com certeza!

Meus advogados
lhe mostrar�o como � divertido!

Tudo isso � um ultraje!

Um homem com minha reputa��o!
Tr�s expedi��es, e fazem piada.

- N�o admitirei isso, ouviu?
- Vou processar esse espet�culo.

Falarei com o prefeito, o governador
e, se for preciso, irei a Washington.

- Deseja ver algu�m?
- Sim, quero ver o Sr. Gary Blake.

Desculpe, Senhorita,
mas s� depois que o espet�culo acabar.

Sou a Srta. Caraway.
Posso v�-lo agora?

Acho que posso dar um jeito.
Direi ao Sr. Blake que est� aqui.

- N�o, entrarei sozinha. � surpresa.
- Entendi.

- Onde � o camarim do Sr. Blake?
- Bem ali, onde est� a estrela.

Mas n�o passaria da porta,
pois ele est� se trocando.

- Trocando...
- Entre.

A senhorita deve conhecer o Sr. Blake.
Eu os deixarei a s�s.

Como vai?

� isso o que penso de voc�.

Espere um pouco!

Gostaria muito de brigar,
mas me falta tempo.

- Mas n�o me faltam palavras!
- Desculpe, tenho de trocar de cal�a.

Voc� � ignorante e est�pido!

Mesmo assim, ainda tenho de trocar de cal�a.

Fez meu pai parecer rid�culo
e me fez de boba!

Desculpe se o esquete a ofendeu.
N�o foi a inten��o.

- Como ousa rir da minha vida privada!
- Voc� n�o tem uma. Vive num aqu�rio.

- O qu�?
- Todos sabem sobre Mimi Caraway.

lsso lhe d� o direito de me fazer
de boba? A vida � minha!

Voc� � uma figura p�blica,
como Mae West ou Max Schmeling.

- Vira not�cia quando se maquia.
- Suas opini�es n�o me interessam.

Ordeno que tire o esquete do espet�culo.
Imediatamente! Voc� me ouviu?

- Sou um mero ator.
- Um o qu�?

- Ganho a vida fazendo caretas.
- E muito feias, por sinal.

Algo me diz que n�o gostou do espet�culo.
Vou devolver seu dinheiro.

Seu emergente descarado!

E voc� � a pessoa
mais sem esportiva que j� conheci.

N�o disse o que penso a seu respeito.
Eu o esbofetearia de gra�a.

J� fez isso.

- Adeus. Que garota ador�vel.
- Ponha-me no ch�o!

Joe! Tenho algo para voc�.
Coloque isso de volta na cobertura.

Tem de fazer sil�ncio.
H� um espet�culo acontecendo l� fora.

- Vou interromper seu espet�culo.
- Quieta. A plat�ia vai ouvi-la.

N�o! Se n�o tirar o esquete do espet�culo,
gritarei at� cansar!

- Quieta!
- N�o ouse me mandar ficar quieta!

- No beco, Joe.
- Quer...? Ponha-me no ch�o!

Ponha-me no ch�o! Vou mandar prend�-los
por isso, seus animais!

Deixem-me entrar!

Se eu vir essa garota de novo,
me digam onde fica a sa�da.

- Que aud�cia esbofete�-lo.
- Ela bateu de verdade.

N�o gosto da id�ia
de uma mulher batendo em voc�.

Exceto eu.

Com licen�a.

ABOBRINHAS DI�RIAS DE WINCHELL

Parece que uma batalha pessoal
come�ou ontem entre Mimi Caraway,

representando a Park Avenue,
e Gary Blake, pela Broadway

Fora, fora, estou mandando!

Fora daqui.

Des�a!

- Bom dia, papai.
- Bom dia.

Adoro v�-lo brincando com os c�es.

Quantas vezes tenho de pedir
que se livre desses elefantes?

- Como vai sua indigest�o?
- Bem.

Algo que saiu
na coluna do Winchell vai alegr�-lo.

''Mimi Caraway ficou t�o irritada
com o teatro do horror de Blake

sobre seu pai e Frederick Sims,
o explorador que adora se promover,

que correu para os bastidores
e esbofeteou seu rosto.

O esquete, que � muito engra�ado,
� o sucesso do espet�culo

e se os Caraways n�o est�o achando
gra�a, s�o os �nicos na cidade.''

Pronto. Toda Nova York
est� rindo de n�s.

E 13 dos meus amigos me ligaram
para que eu n�o deixasse de ler.

Voc� � advogado. Fa�a algo.

Vamos processar o teatro?

- N�o creio que tenhamos...
- Vamos processar.

- Processaremos a todos.
- Sr. Sims.

Bom dia a todos.
Como est�o passando esta manh�?

- N�o ag�entarei essa alegria toda.
- A cidade inteira est� rindo de n�s.

- Pensei nesse casinho insignificante.
- Casinho insignificante?

- Decidi que n�o me rebaixarei.
- N�o se rebaixar�?

Um homem com minha reputa��o
n�o se perturbar� com bobagens.

- O urso polar n�o liga para moscas.
- Nem todos somos ursos polares.

� sobre isso que queria falar com voc�.

Sra. Peters.

Meu Deus do c�u, o que est�
fazendo com essa roupa esquisita?

- Virei russa.
- Ficou louca.

H� pouco, fez papel de boba com
jiu-j�tsu e sapateado. Agora � russa.

Tenho de me manter ocupada. Umas se
casam de novo, outras t�m reumatismo.

Estou estudando bal� russo.
Esque�o de meus parentes. Menos de voc�.

- Obrigada, tia Fritz.
- Recebi seu pedido de socorro.

Qual � o motivo da histeria agora?

- J� viu isso?
- � s�?

S�? Percebe que a honra
de nossa fam�lia foi manchada?

Honra de fam�lia? Bobagem.

- Seu av� era ladr�o de cavalos.
- � por isso que adoro cavalos!

Minha querida irm�,
se n�o est� preocupada, eu estou.

Pessoas da vida p�blica sabem
que ser�o alvo de caricatura.

� o pre�o da fama.

Quero iniciar um processo
contra esse espet�culo.

Pensei nisso. N�o h� base legal
para entrarmos com um processo.

Rid�culo. O cara no esquete
tinha uma barbicha igual � minha.

Considere o caso Finnegan
contra a revista Society Scandals...

N�o quero saber
de Finnegans ou revistas!

Papai, calma.

O problema � que voc�
n�o se exercita o suficiente.

Como posso lidar com a situa��o
se voc� fica pulando como um sapo?

Se tivesse senso de humor,
riria do esquete e esqueceria disso.

Qual � a quarta posi��o? Ah, sim.

Eu me recuso a rir e a esquecer.
Vou process�-los!

- Meu prezado Capit�o, o senhor...
- N�o sou seu prezado Capit�o!

- N�o sou prezado Capit�o de ningu�m!
- Capit�o, isso acabou de chegar.

N�o � lindo?

Posso v�-lo sentado em sua banheira

brincando com o barquinho
em um mar bravio de bolhas de sab�o.

� um modelo do Cup Defender, com o
qual competirei contra a lnglaterra.

Com esse barco,
parece que tem chances de vencer.

Ainda est� aqui? Eu o mandei
processar o teatro. Fa�a isso!

N�o temos base legal.
Estou tentando convenc�-lo disso.

Entrarei com o processo, nem que
seja a �ltima coisa que eu fa�a.

- Diga a eles que os processarei.
- Certo.

Sr. Trivet.

Tem certeza de que n�o temos
a menor chance contra eles?

Se formos aos tribunais, os jornais
transformar�o tudo em uma farsa.

Se seu pai se acalmar, diga-lhe
que sugiro que esque�a o assunto.

- Ele disse que n�o tenho esportiva.
- Quem disse isso?

Gary Blake.

Eu n�o tenho esportiva?

Mostrarei a ele.

GAZETA POLICIAL

EM CARTAZ NO TEATRO GALETY

ENTRADA PARA OS BASTIDORES

Nossa, voc� est� linda.

Que gentil de sua parte dizer isso.

Pode me dar uma foto sua?

- Com certeza.
- Obrigada.

Nossa! N�o tem uma de meia-cal�a?

- Bilhete de uma mo�a, Sr. Blake.
- Mais cartas de f�s.

Ou�am isso.

''Prezado Sr. Blake, quando disse que
eu n�o tinha esportiva, me irritei,

mas agora que me acalmei, queria
uma chance de provar que est� errado.

Que tal jantarmos hoje � noite?''
Assinado, Mimi Caraway. O que acham?

- Ela quer algo.
- Vou dizer uma coisa.

Milion�ria ou balconista,
ela est� atr�s de publicidade.

Acho que n�o.
Talvez queira se desculpar.

Mas ela ainda est� esperando,
quer uma resposta.

- Ela quer uma resposta?
- Sim. Ela est� aqui.

- O que diremos � senhorita?
- Ela tem um carr�o.

Diga a ela: ''por que n�o?''

Por que n�o como?

Diga a ela: ''por que n�o?''

Por que n�o? Por que n�o.

Vai acabar levando outra bofetada.

N�o se preocupe. Desta vez,
vou me abaixar. Assim espero.

- Ol�.
- Ol�, Mona.

- Voc� est� elegante.
- Tenho um encontro para o jantar.

Pensei que ir�amos ao Tony's
comer espaguete juntos.

Mas gravata branca, cartola...
Parece que seu apetite mudou.

Sabe como me sinto quanto � alta
sociedade. � pegar ou largar.

Boa noite.

N�o se esque�a de usar o garfo certo.

E nem vou apertar a m�o do maitr�.

At� amanh�.

- Boa noite, Frank.
- Boa noite, Gary.

De quem � esse carro?

Da Mimi Caraway.

Parece que o Gary
vai entrar na alta roda esta noite.

Desculpe pela noite passada.

- Esque�a. Sobre aquele esquete...
- Esque�a.

Certo.

Vamos nos esquecer de tudo
e come�ar do zero?

- Como se n�o nos conhec�ssemos.
- Estranhos sozinhos na cidade grande.

N�o me conhece e n�o o conhe�o.

- Nunca ouvimos falar um do outro.
- Exatamente.

- Formamos um belo casal.
- Eu estava pensando nisso.

- Desculpe.
- Ol�.

- Ol�.
- Como est�?

- Quando voltaram?
- H� uma semana.

Liguei tr�s vezes na semana passada.
Quero apresentar o Sr...

- A prop�sito, qual � o seu nome?
- Hasenpfeffer.

Sr. Hasenpfeffer, Sr. e Sra. Warren.

- Como vai?
- � um prazer conhec�-lo.

- Obrigado.
- Desculpe.

- Como tem passado?
- Ol�, Jack.

- Bem. Mary, como vai?
- Bem.

- Esta � a Srta... Qual � seu nome?
- Hasenpfeffer.

- Sr. e Sra. Jackson.
- Como v�o?

Ela pertence aos antigos Hasenpfeffers.

- Da Filad�lfia?
- E de Boston.

- Vamos tomar ch� mais tarde?
- Sim. At� logo.

Vamos jogar boliche.

N�o v�o embora, pessoal.

- � aqui?
- Sim. Certo, Binns, abra.

Pronto.

Cuidado.

- Espere por n�s.
- Certo, senhor.

Que cheiro bom.

Agrad�vel e acolhedor, n�o?
Vamos nos sentar aqui?

O que v�o querer?

Temos hamb�rgueres, presunto e ovos,
bacon e ovos, costeleta, batata frita.

Torta de ma��, de p�ssego,
damasco, coco, creme,

merengue de lim�o e ''b�ba''.

O qu�?

Ma��, p�ssego, merengue...
O que acham de sopa, garotos?

- Que tipo de sopa?
- Legumes, creme de tomate,

aspargo, ervilha e rabada.

- Queremos caf�.
- E sonhos.

Caf� e sonho a caminho.

Ei, cara, passe o sal
e a pimenta, por favor.

� claro.

Obrigado.

Ei, senhor,
passe o ketchup, por favor.

A caminho.

Ei, garota.

Passe o a��car, por favor.

A caminho.

Dois sonhos,
dois caf�s. Mais alguma coisa?

- Uma colher.
- Pegue.

Pegue.

- � assim.
- � assim.

- Para que serve o buraco?
- Ventila��o.

As moscas aqui s�o terr�veis.

Diga de quais n�o gosta
e eu as matarei para voc�.

Obrigado, companheiro.

- Ei, cara, passe o a��car, por favor.
- � claro.

- Obrigada.
- N�o h� de qu�.

- Ei, capit�o, quanto �?
- Dois caf�s, quatro sonhos, 30 centavos.

N�o usamos este.

- N�o morderam?
- Nem amassamos.

- Certo. 25 centavos.
- Quanto � isso em francos?

- Franco n�o trabalha mais aqui.
- E em rublos?

- Rublos? lsso � russo!
- Russo!

O Pal�cio de lnverno, o czar,
a neve, os sinos dos tren�s, os lobos.

- lsso me lembra Moscou.
- Mishka, me leve a Moscou com voc�.

Antes de irem, quero 25 centavos.

Voc� s� pensa em uma coisa.
D� 25 centavos a ele.

Certo. Tome. 25 centavos.

Gastei meus �ltimos dez d�lares
no tiro ao alvo. Vai ter de me emprestar.

Sirva-se.

S� temos 13 centavos.

N�o quero saber. Quero 25 centavos.

Pode confiar em mim.
N�o tenho uma cara honesta?

N�o posso comprar sonhos com sua cara.
Quero 25 centavos.

- Vamos dizer quem somos.
- Sou Gary Blake.

N�o � minha culpa.

Como voc� � famoso!
Direi quem sou.

Certo. Sou Joe Papaloupas. E da�?

- Como vai?
- Ol�.

- Este � o Sr. Pap...
- Papaloupas.

- Como vai?
- O que � isso? Tenho de fazer mais tortas.

- Que tipo de tortas?
- Ma��, p�ssego, coco, creme...

- Vamos. Entramos nesse ponto.
- S� se me derem 25 centavos!

- Ele quer 25 centavos.
- Quero 25 centavos.

Ou�a, Sr. Papaloupas...
Ou posso chamar-lhe de Joe?

Por 25 centavos,
pode me chamar de qualquer coisa.

- Tenho uma proposta a fazer.
- Tenho tortas a fazer.

Devemos 25 centavos, mas n�o temos.

Meu chap�u vale 25 d�lares.
Eu o darei a voc�.

N�o quero chap�us! Tenho um! Veja!

Mas n�o � como esse. Veja.

- Experimente. Veja.
- N�o gostei!

N�o quero olhar.

Nada mal. Como ficou atr�s?

- Lindo. Sra. Papaloupas vai adorar.
- Acha mesmo?

Neg�cio fechado.
Espero n�o ficar entalado.

- At� logo.
- At� logo, lembran�as � Sra. Papaloupas.

- E aos Papaloupazinhos.
- Espero que gostem do chap�u. At� logo.

Que cara bonito.

- Veja, um r�dio. lmagine!
- Ligue-o.

Legal, hem?

- Esse velho entende de neg�cios.
- Com certeza.

- Est� se divertindo?
- Est� sendo muito agrad�vel.

Quatro horas
como Srta. e Sr. Hasenpfeffer.

- Ningu�m para lembrar-lhe que � rica.
- Ningu�m para lembrar-lhe...

N�o, n�o vamos brigar.

- Onde estamos?
- Ainda no Central Park, senhor.

Podem ficar na carruagem
escutando m�sica, senhor.

Ou v�o se sentar no segundo banco
� esquerda. � muito popular.

Dizem que tem
uma bela vista da Lua, senhor.

- Obrigado pela dica.
- De nada.

Acho que � minha dan�a.

Com certeza, senhor.

Aqui est�o o banco e a Lua,
ent�o este deve ser o local.

Mesmo que n�o seja,
� bom estar a s�s aqui, com voc�.

N�o est� ficando rom�ntico, est�?

Por que n�o?

Entre.

Bom dia, senhor.
Acho que chegamos a casa.

Obrigado.

- O que � isso? A Esta��o Central?
- Eu moro aqui.

Obrigado pela noite maravilhosa. Voc�
e seu cavalo foram �timas companhias.

Obrigado, senhor.

- De quanto � o preju�zo?
- Vejamos, senhor.

Dois mais dois s�o quatro.

- Quatro mais quatro s�o...
- Oito.

Obrigado.
Deixarei isso com o senhor.

- Ele deixar� que cuide disso.
- Sim. Eu sei.

- Veja, agora � minha vez.
- N�o, ainda � por minha conta.

- Tome. � o melhor que posso fazer.
- N�o posso ficar com o casaco.

- Fique com ele.
- Muito obrigado, senhor.

- E aqui vai uma gorjeta
- Muito obrigado.

- Bom dia.
- Bom dia, senhor.

- Tem de entrar?
- Meu querido, j� � de manh�.

Percebeu que passamos a noite fora?

No P�lo Norte,
as noites duram seis meses.

N�o falemos sobre o P�lo Norte.

Entendi. O explorador.

- Quanto ao esquete...
- Agora n�o importa.

lmporta. Farei algo a respeito.
Farei com que o tirem do espet�culo.

Sabe, no in�cio desta noite,
eu o odiava.

Mas acabei gostando muito de voc�.

As pessoas que chegam ao amor
pelo riso s�o sortudas.

Quando est�vamos no parque...

Eu n�o estava brincando.

Nem eu.

Estas tamb�m s�o
do Sr. Blake, senhorita.

N�o s�o lindas?
Mas onde devo coloc�-las?

- Coloque-as aqui.
- Sim, senhorita.

- Leve estas para a biblioteca.
- J� est� cheia.

Ent�o coloque-as perto dajanela.
E tenha cuidado.

- Bom dia, querida.
- Bom dia.

- Nossa, onde arrumou essas flores?
- Ele � divino, maravilhoso.

Quem � divino? Quem � maravilhoso?

- O que ele faz? � um florista?
- N�o, querida. Voc� vai ador�-lo.

� ele!

- Aqui fala o Sr. Hasenpfeffer.
- Al�, querido.

Tenho m�s not�cias. Eles se recusaram
a tirar o esquete do espet�culo.

Tive uma briga com o produtor.
Disse que se n�o tirasse, eu sairia.

N�o vou deixar. O espet�culo � um grande
sucesso. Significa muito para voc�.

Sei que significa.

- Mas fiz uma coisa quase t�o boa.
- O qu�?

Andei trabalhando nele
e o mudei de tal maneira

que n�o ser� ofensivo. Prometo.

Que gentileza. Voc� � um amor.
Poderei v�-lo esta noite?

N�o conseguir� me evitar.

A fam�lia inteira vai assistir ao espet�culo.

Vai ter de conhecer papai.
E vai adorar a tia Fritz.

Se ela � sua parente,
com certeza. Como ela �?

Ela � s� uma senhora ador�vel.

Gorro de renda, cadeira de balan�o,
tric�. Uma velhinha mesmo.

Engra�adinha!

- Talvez jantar depois do espet�culo?
- Com certeza.

O �nico problema
� que esta noite ainda est� longe.

At� logo, querido.

Estou apaixonada.

Sirva-se.
Quer batatinha? Quer um pouco?

Estou mexendo no esquete dos Caraways.
Reescrevi parte dele.

- N�o estava bom?
- � o sucesso do espet�culo, s� isso.

Eu sei.
Poderemos obter os mesmos resultados

sem fazer a Srta. Caraway parecer tola.

� praticamente a mesma coisa,
s� o atenuei um pouco.

N�o precisa mais entrar
com aquela cigarrilha enorme,

- ou usar as j�ias de imita��o.
- Vai melhorar bastante o esquete.

Com certeza. � o seguinte: faremos
a mesma entrada, mas sem os c�es.

- N�o brincaremos com quem ama c�es.
- Tem raz�o.

Representarei o velho
com um pouco mais de dignidade.

Voc�, que faz Mimi,
torne-a um pouco mais feminina.

A id�ia � n�o fazer
a Srta. Caraway parecer rid�cula.

� claro que n�o. N�o devemos
faz�-la parecer rid�cula.

Uma senhorita chamada Mimi Caraway

quer falar-lhe ao telefone, por favor.

Certo, Step. Com licen�a.

Ele est� louco se acha que farei
o papel de idiota para aquela rica�a.

Parece que o esquete foi reescrito.
Nada nele nos causar� embara�o.

Certo, querido. Gary deu sua palavra.

- John, � voc�.
- Quieta.

Al�. Sim, Capit�o.

Seu pai ao telefone.

Sim, papai querido.

O que quer, sua morsa velha e gorda?

Minha querida, se quiser ir � �pera,
� melhor se apressar.

Mas n�o quero ir � �pera.

Ficarei aqui e darei banho nos porcos.
Quero que voc� e titia me ajudem.

- Sou eu.
- Calada!

Vamos embora daqui.

- Mande buscar meu carro.
- Sim, senhor.

Foi a exibi��o mais infeliz que j� vi.

O esquete ficou pior que antes.

Eu sei. Nunca imaginei
que Gary faria algo assim.

Est� rindo de qu�?
O que h� de t�o engra�ado?

N�o rio tanto assim desde a noite
em que voc� chutou o mordomo

e quebrou o ded�o do p�.

- O que h�?
- Onde est� o Gary? Ele � o pr�ximo.

- O que h�?
- Ache o Gary. Ele � o pr�ximo.

- Boa noite, senhor.
- Boa noite, James.

- Est� bem frio, senhor.
- Frio?

- Sim, senhor. A neve est� nevando.
- � mesmo?

- O vento est� soprando.
- Mas...

Quase tudo certo, senhor.

Estou surpreso.

Como p�de fazer aquilo?

Que coisa horr�vel.

- Muito bom.
- � f�cil, n�o �?

- N�o.
- Est� pronta para sua primeira aula?

Pronto, Professor!

- N�o me apresse. Acabei de tomar caf�.
- Upa-la-l�!

- Ai! Minha opera��o.
- N�o foi nada.

- Nada.
- Senhora, para frente e para tr�s.

- Pare de fazer c�cegas em mim.
- Desculpe.

Como estou indo?

Ol�, querida. Entre.

O que est� fazendo?

Depois de me ver no esquete,
desisti de tudo o que for russo.

Vou aprender algo novo.
Este � Herr Hanfstangel,

dos Cinco Hanfstangels Voadores.

- 16 anos com os Ringling Brothers.
- Como vai?

- O maior trapezista da Am�rica.
- N�o. Do mundo.

- Posso falar com a senhora a s�s?
- � claro.

- Com licen�a, Herr Professor.
- Certamente.

Parece que se levantou
antes do caf� da manh�. Por qu�?

- N�o consegui dormir.
- Por que n�o tomou um son�fero?

Nunca fiquei t�o triste na vida.

Quanto mais penso no que Gary Blake
fez a mim, mais irritada fico.

Gary me ligou hoje de manh�.

- Ligou para voc�?
- Sim, est� vindo para c�.

- Por que ele vem aqui?
- N�o sei.

Talvez ele queira falar sobre voc�.

- Que aud�cia querer falar com a senhora.
- Tem algum recado para ele?

Diga que ele � o ser mais desprez�vel
que tive a infelicidade de conhecer.

- Mais alguma coisa?
- Sim.

Se ele acha que me fez de boba,
espere at� eu acabar com ele.

N�o adianta chorar pelo gim derramado.

- O estrago foi feito. Esque�a.
- Nunca esquecerei.

N�o v� fazer
nada de que se arrependa.

- Vamos falar sobre isso.
- N�o quero falar! Quero agir.

- O que pode fazer a respeito?
- Fazer? Ver�.

Deixe-me explicar.
Tentei falar com voc�.

N�o estou interessada.

- Meu jovem?
- Ol�.

Suba aqui. Quero falar com voc�.

J� vou.

Al�. Desculpe, mas o Sr. Dibble
est� em reuni�o. Pode ligar depois?

Ol�, rapazes.

Que reuni�ozinha alegre!

Por que toda essa como��o?

- Leia isto.
- Saiu em todos os jornais da cidade.

Depois do que houve ontem � noite,
os Caraways poder�o causar problemas.

Voc� � o advogado,
entende disso. O que acha?

O primeiro esquete estava bom,
mas depois da mudan�a de ontem,

os Caraways podem process�-lo
por danos e arruin�-lo.

O inverno est� chegando. Acha mesmo?

Eles t�m um �timo caso.
Mas talvez n�o queiram a publicidade.

- Todos querem publicidade.
- Tudo o que pode fazer � ficar quieto

- e esperar que isso passe.
- Passar? Quer dizer, estourar.

E me estourarjunto. Que sorte a minha.

N�o se preocupe.
Talvez eles n�o o processem.

Quando as pessoas s�o ricas assim,
fazem qualquer coisa por dinheiro.

- Sr. Dibble?
- O que quer? O qu�?

Srta. Caraway est� aqui.

- Mimi Caraway?
- Em pessoa.

- O que eu disse?
- Ela vai process�-lo.

N�o se descontrolem.
N�o se deixem levar pelos nervos.

Pelo amor de Deus, n�o se exaltem.
Fa�am-me um favor: fiquem quietos.

Quieto, por favor.

E voc� tamb�m! Vejamos.

Santa Periquita! Por favor,
fiquem calmos e n�o se exaltem.

Cuidarei da situa��o.
Quietos, por favor.

Fa�am-me esse favor.

Sei o que farei.
Direi a ela que n�o estou.

Mas voc� est�.

Quero falar com o senhor.

- Acho que podemos chegar a um acordo.
- � por isso que estou aqui.

Sente-se.

Como tem passado? Que bom.

Entendo que houve algum engano
e aceite minhas desculpas.

N�o quero suas desculpas.
Quero comprar seu espet�culo.

Sim... O qu�?

A senhorita quer comprar seu espet�culo.

Ela quer comprar o espet�culo.

Senhorita, est� brincando comigo?

Quero comprar seu espet�culo
e vai vend�-lo para mim.

Ela disse que vou vend�-lo.

N�o posso. � um sucesso colossal,
e espero ganhar uma fortuna com ele.

Fui falar com meus advogados
e sei exatamente o que posso fazer.

Posso encerrar seu espet�culo
e tir�-lo do ramo.

Ent�o vamos acabar com a conversa fiada.

Sim, acho melhor parar com isso.

Era de se esperar. Meu primeiro sucesso
em cinco anos, e isso me acontece.

Quanto?

Bem, vejamos,
isso requer um pouco de c�lculo.

Primeiro, h� o sal�rio
do produtor. Ou seja, eu.

O custo geral da produ��o.
O cen�rio e o artista c�nico.

Depois tem o livreto,
as letras e a m�sica.

Os figurinos. Meias-cal�as
para as garotas, coisas desse tipo.

Lantejoulas, etc.
Vejamos... E tem a orquestra.

O letreiro na frente do teatro
e os assistentes de palco.

O que mais?
Deve haver mais alguma coisa.

Ah, sim. O sal�rio dos atores.

- Aqui est� seu cheque.
- Obrigado. Kelly, olhe. Fora.

N�o quero que saibam que comprei
o espet�culo antes de amanh� � noite.

Se a not�cia se espalhar,
cancelo o neg�cio. Entendeu?

Com certeza. Neg�cios s�o neg�cios.
Boa sorte. Vamos embora.

- Agora trabalham para mim.
- Sim, senhora.

Quero falar com Walter Winchell.

Eddie, quero que consiga
mais 400 pessoas para hoje � noite.

Espalhe-os pelo teatro.
Darei as instru��es mais tarde.

Cuide para que os lanterninhas
n�o fa�am nada, caso haja problemas.

- Qual � o segredo?
- Se eu contar, n�o ser� segredo.

Sr. Winchell?

Tenho uma boa para voc�.
Compare�a ao espet�culo de Gary Blake hoje.

Algo muito empolgante vai acontecer.

O qu�? N�o importa quem eu seja.
Se quiser um furo de reportagem, apare�a.

At� logo.

Quero que contate todos os outros
colunistas para que compare�am hoje � noite.

Sim, senhora.

- Mandou chamar os Ritz Brothers?
- Sim.

Eles chegaram.

Com certeza isso � muito interessante,
mas meu tempo � limitado.

- Como vai?
- Ao que parece, voc�s s�o engra�ados.

Por qu�? Est� procurando encrenca?

Vou lhes dar a chance
de serem bem engra�ados.

- Quero que fa�am o seguinte.
- O qu�?

QUARTOS MOBILIADOS E REFEI��O
SRA. MORAN - SEGUNDO ANDAR

Ol�, formosura.

- Nossa, voc� est� linda!
- Foi o que ele me disse.

Esse rapaz quer dan�ar com voc�.

Vamos!

N�o sei o que acontecer� hoje,

mas se eu desmaiar,
carregue-me at� meu carro.

�? E se eu desmaiar primeiro?

lsso � um crime.

- Oi, Fig.
- Oi, rapazes.

Parab�ns por sua atua��o de hoje.
Nunca esteve t�o magn�tico.

Meu contrato.
Pelo menos eu n�o trabalho para voc�.

- Mas n�o pode...
- Quando disse que n�o tinha esportiva,

o gato tinha comido minha l�ngua.
Voc� � uma menina mimada!

Usou seu dinheiro em um truque barato
e covarde. Espero que esteja contente.

Ontem � noite, Mimi Caraway
pregou uma pe�a em Gary Blake

Enquanto ele ainda estava ofuscado,
ela comprou seu espet�culo

e o fez bancar o idiota...

A plat�ia rolou de rir � custa
dele no teatro, ontem � noite,

e toda a Broadway
est� rindo dele hoje!

TONY'S
VINHOS ITALIANOS

- Ol�, Helena.
- Ol�, Gary.

Grandes acontecimentos hoje, hem?

Ol�, do�ura. Posso me sentar?

- Se quiser.
- Com certeza.

Luigi, que tal
nos dar uma aten��o aqui?

Comida para um homem faminto
e vinho para uma linda mulher.

Nada daquela tinta vermelha
que voc�s andam servindo aqui.

Champanhe.
Hoje � uma noite de celebra��o.

Trarei uma garrafa do melhor
champanhe que tenho na casa.

O melhor n�o ser� suficiente.

Sabia que a encontraria aqui.

H� muito tempo
n�o viemos aqui, certo?

Certo.

N�o me importo de dizer
que estou feliz em v�-la.

Fico feliz por voc� estar feliz.

Como eu sempre digo: que mundo pequeno.

O que voc� sempre diz?

Sempre digo: ''onde est� o champanhe?''

Certo. Cad� o champanhe?

A caminho.

Engra�ado. Estou fazendo como na m�sica:
baixando o n�vel na Park Avenue.

De qualquer modo, n�o funcionou.
Acho que eu estava na rua errada.

Com certeza.

Um garoto do outro lado da cidade
� feito de bobo.

Pelo menos n�o tenho mais de ver
aquela mulher. Ainda bem.

A voc�, querida.

Nunca achei que fosse um bom ator.
Agora tenho certeza.

- O qu�?
- Nada. Estou pensando em voz alta.

- � sua.
- � nossa.

Mimi Caraway se casa
com o explorador hoje

- Marie, me traga uma bebida.
- Est� quase na hora da cerim�nia.

- Quero uma bebida, e das grandes!
- Sim, senhorita.

N�o adianta. Por favor, um momento.
Srta. Caraway n�o receber� ningu�m.

Ela vai me receber!

Volte aqui! N�o pode entrar a�.

- N�o pode entrar aqui.
- J� entrei.

Desculpe, mas terei de pedir que saia.

N�o sairei antes de falar
com a Srta. Caraway.

Ent�o?

Tentei falar com voc� pelo telefone,
mas se recusou a me atender.

- Ent�o pensei em usar este m�todo.
- Prossiga.

S� vai levar um minuto
e um minuto muito importante para voc�.

Muito bem.

- A s�s.
- Esperem l� fora, por favor.

N�o chegarei mais perto
de flores de laranjeira do que isso.

- O que voc� quer?
- N�o tomarei muito do seu tempo.

N�o vim aqui porque quis
ou porque adoro voc�.

Vim para resolver as coisas
para Gary Blake.

Nada que diz respeito a ele me interessa.

lsso n�o me perturba.
Espero que n�o esteja brava.

Mas quero que saiba
que ele n�o foi culpado pelo esquete.

- N�o foi ele. Fui eu.
- O que quer dizer?

Gary mudou o esquete tirando
as partes desagrad�veis para voc�.

Eu acrescentei o resto.
Ele s� o viu na hora do espet�culo.

Por que fez uma coisa dessas?

Por que as mulheres
fazem as loucuras que fazem?

Eu gostava dele e achava que ele
gostava de voc�. Ent�o quis separ�-los.

Ent�o fiz uma coisa terr�vel
com ele, n�o fiz?

N�o diria que foi agrad�vel.

Onde ser� que ele est� agora?

Saiu de seu hotel em um t�xi cheio
de malas. Ningu�m sabe para onde foi.

Ent�o acho que � tarde demais.

S� queria que soubesse
que n�o foi culpa dele.

- Foi corajosa em vir me contar.
- Mais coragem que raz�o. Boa sorte.

Obrigada.

- Sim, Senhorita.
- Onde est� tia Fritz?

Ela ligou dizendo que n�o vir�.

- N�o vir�?
- Nem eu entendi direito.

Disse que sabia que voc� teria dor
de cabe�a, e que uma j� bastava.

� s�.

- Fred, n�o est� um pouco nervoso?
- N�o. Tenho certa experi�ncia.

V�o mesmo passar
a lua-de-mel no P�lo Norte?

Por que n�o? Queria que tiv�ssemos
nos casado l� tamb�m.

- E que voc�s estivessem presentes.
- A cerim�nia j� vai come�ar.

L� vamos n�s, cavalheiros.

Certo, rapazes. Toquem. E bem alto!

Por aqui.

Fora!

R�pido, o t�xi est� esperando. Entre.

Para a prefeitura, e r�pido!

J� disse fora!

Quem me trancou naquela sala
com a alcat�ia de lobos?

Fora!

- Onde est� Mimi?
- N�o sei, mas sua gravata est� torta.

Por que vamos para a prefeitura?

Tirar uma certid�o de casamento,
para que se torne a Sra. Hasenpfeffer.

Sr. Hasenpfeffer!

Acho que caf� e sonhos
s�o um �timo caf� da manh� nupcial.

Especial de hoje:
p� de porco e chucrute.

Temos sopa de legumes, creme de tomate,
aspargo, ervilha e rabada.

Torta de morango, damasco, coco,
groselha-espinhosa, creme de banana,

- ou merengue de lim�o.
- O qu�? N�o tem ab�bora?

- N�o tem ''b�ba''.
- N�o tem ''b�ba''?

- Certo, caf� e sonho.
- Para dois.

Dois caf�s e dois sonhos a caminho.

Plaza 35097.

Legendas Visiontext:
Renata Silva

Lan�amento:
http://sofilmacosfenix.blogspot.com/
e
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