All language subtitles for Europe from Above 4 - 06 - Roménia

Esta é a Roménia,

como você nunca viu antes.

De cima, vamos revelar
uma paisagem contrastante

onde antigas lendas e tradições rurais

foram preservadas nas
profundezas das montanhas

e onde a engenharia
moderna e a inovação

se combinam para conduzir uma
nação, reconstruindo seu passado.

Nesta série,

faremos um tour aéreo pela Europa.

Filmado ao longo de um único ano

e através da mudança das estações,

vamos descobrir a cultura,

história e engenharia

que construíram as grandes
nações europeias que vemos hoje.

A Roménia fica na encruzilhada
da Europa central, oriental e sudeste.

Com Sérvia e Hungria a oeste

e Ucrânia e Moldávia
ao norte e nordeste.

O rio Danúbio forma a
fronteira natural da Roménia

com a Bulgária ao sul,

e a cordilheira dos Cárpatos
domina seu coração.

A paisagem contrastante da Roménia

é definida por vastas planícies,

colinas ondulantes e
montanhas escarpadas.

Seguindo o rio Danúbio

revela a cabeça esculpida
de Decebalus,

rei dos dácios, que governou
esta terra nos tempos antigos.

Castelos de contos de fadas
e igrejas fortificadas

permanecem como um lembrete de
quando os saxões assumiram o controle

durante a idade média.

As vastas planícies da Roménia
são dominadas pela agricultura.

O país tem uma população de
cerca de vinte milhões de pessoas

e pouco menos da metade
deles vive em áreas rurais.

Hoje, o país é um dos principais
produtores de alimentos da Europa.

Em dezembro,

uma camada de neve cai nos
vales históricos da Roménia.

Telhados urbanos mudam
de vermelho para branco,

e as cidades montanhosas se
transformam num conto de fadas fosco,

quando o inverno chega à Roménia.

No inverno,

As estâncias de esqui da Roménia
atraem cerca de 1,2 milhões de turistas.

Esquiar não era popular
aqui até o início do século XX,

quando a família real que
governava a Roménia na época

começou a tendência para
os desportos de inverno.

As primeiras competições
oficiais de trenó e esqui

eram realizadas nos campos em
frente à residência real da época,

Castelo de Peles.

Enquanto Peles nos
impressionava com seu luxo,

O castelo de Corvin foi originalmente
construído como uma fortaleza no século XV

para defender as fronteiras
do império húngaro,

mas há um castelo que se destaca

por causa dos mitos
e lendas que o cercam.

romance de Bram Stoker, Drácula,

é o conto sombrio de um
vampiro sugador de sangue

que viveu nas profundezas do
coração histórico da Roménia,

na região da Transilvânia.

A descrição detalhada de seu castelo

revela que estava localizado no alto
de um vale empoleirado em uma rocha.

Há um castelo que se
aproxima muito dessa descrição.

Este é o castelo de Bran.

Apesar do tamanho diminuto,

esta fortaleza do século XIV é uma
das principais atrações da Roménia.

Todos os anos, centenas de
milhares de turistas vêm aqui

para entrar no castelo,

graças à sua associação
com a terrível lenda de Drácula.

Com a aproximação do Natal,

cabe à curadora Mihaela

para dar a este ícone do
horror uma reforma festiva.

É aquela época especial do ano

e que Natal seria se não tivéssemos
uma árvore de Natal, certo?

Enquanto a equipe puxa a
árvore gigante para a posição,

nossas câmaras voadoras revelam o segredo
da localização precária do castelo de Bran.

A estrutura guarda a única passagem
de montanha por quilômetros.

Qualquer viajante que pretenda
viajar entre a Transilvânia

e a vizinha Valáquia,

teria que pagar uma portagem aqui
ou enfrentar as consequências.

Nos tempos medievais,

o pátio estaria cheio de soldados
cozinhando comida em fogueiras,

e fazendo armas para defender o reino.

E essas paredes teriam sido brilhantes
com bandeiras durante todo o ano

para que todos pudessem
reconhecer quem governava a região.

Na verdade, as bandeiras
mudam a aparência do castelo,

nós as usamos para
enfeitar o corredor da cerca,

mas também para recordar a todos
a bela história deste monumento.

O castelo foi construído numa
época em que o império húngaro

estava sob ameaça do
império turco otomano.

Quaisquer visitantes indesejados
seriam recebidos por uma chuva de flechas

voando das pequenas
janelas das paredes do castelo.

A torre de observação é a
parte mais antiga do castelo

e lar dos moradores favoritos
de Drácula, os morcegos.

Embora não haja morcegos
vampiros vivendo na Roménia,

existem algumas espécies locais que gostam
de visitar o castelo de vez em quando

e nos lembrar das lendas.

O castelo está pronto para
receber seus visitantes no Natal,

mas só falta uma coisa,

as luzes.

Os vales densamente
florestados do norte da Roménia

estão repletas de cidades tradicionais,

que ainda hoje prosperam
no comércio de madeira.

Transportando este bem precioso

das encostas íngremes das
montanhas é um grande desafio,

especialmente durante o inverno,

mas uma cidade tem uma solução surpreendente.

Do alto,

O norte da Roménia parece
se dobrar em montanhas altas

e vales profundos.

Um olhar mais atento às passagens
da montanha revela uma ferrovia

deslizando pelos desfiladeiros íngremes,

mas esta é uma ferrovia como nenhuma outra.

Essa é a Mocanita,

a última ferrovia a
vapor florestal do mundo.

Mergulhando baixo sobre a linha

revela que estes não são comboios comuns,

são máquinas de bitola estreita,

quatro vezes menor que
um comboio a vapor normal.

Por mais de cem anos,

estas pequenas locomotivas
transportam madeira

das florestas do topo
das montanhas da Roménia

aos madeireiros de uma
vila chamada Viseu de Sus.

Nos meses frios de inverno,

o comboio sai da estação
antes do amanhecer

para que a equipa tenha tempo suficiente
para chegar ao seu destino final ao meio-dia.

Hoje, Iulian e Stefan

levantei cedo para pegar uma
dessas pequenas locomotivas

numa viagem de 31
quilômetros nas montanhas.

Eles têm apenas 25 e 27 anos,

mas cresceram em Viseu de Sus

e dirigir uma dessas locomotivas a
vapor era o seu sonho de infância.

Se não trabalhamos como uma equipa,
não podemos fazer o trabalho.

O maquinista não pode mover
a locomotiva sem um fogueiro

e o fogueiro não pode
movê-la sem o maquinista.

A equipe chama o comboio,
Mocanita, que significa pastor

porque se move lentamente a
apenas dez quilômetros por hora,

como um pastor com seu rebanho.

Quase na metade do caminho
e a equipa faz uma paragem

para reabastecer a locomotiva
a vapor com água do rio.

E para molhar
as hastes do pistão.

Isso parece muito
trabalho para o século XXI,

mas a Mocanita não serve apenas
para transportar madeira da serra,

também tem um vagão de passageiros

para os visitantes pagantes
apreciarem as vistas.

Substituindo esta linha de
bitola estreita por uma moderna

teria um impacto devastador
sobre a indústria turística local.

600 metros montanha acima,

chegam ao depósito onde devem
ancorar dez vagões carregados de madeira.

Mas sem nenhum lugar
para girar seu comboiozinho,

Iulian tem que anexá-los
à frente da locomotiva

e fazer a viagem de volta para trás.

Neste momento da minha vida,
não gostaria de fazer mais nada.

Eu tive alguns empregos diferentes no passado,

mas acho que este é o mais
interessante e adoro este trabalho.

A Mocanita voltou a
servir bem a comunidade,

entregando seu bem mais precioso
para as fábricas de madeira locais

e mantendo vivas as velhas tradições.

Quando termina a época festiva,

a neve cobrindo fortalezas
medievais e telhados da cidade

derrete,

e as florestas ao redor da
cidade de Brasov ficam verdes.

Primavera é aqui.

Nas cidades da Roménia,

as pessoas aproveitam a primavera

aproveitando os parques
locais e shows ao ar livre.

capital da Roménia, Bucareste,

é um centro movimentado
para indústrias de alta tecnologia

com o dobro de profissionais
de TI que a média europeia.

Outro hub de tecnologia
em rápido crescimento

é a cidade de Cluj,

e não muito longe dessas ruas pitorescas

encontra-se talvez a atração
turística mais estranha da Roménia.

A Transilvânia é um
vasto planalto expansivo

que domina o centro da Roménia.

No coração desta região,
encontra-se a cidade de Turda.

Esta cidade despretensiosa

é o lar de um dos destinos turísticos
mais espetaculares da Roménia.

De cima, não há muito para ver,

apenas um parque de estacionamento
e um pequeno edifício.

Um olhar mais atento revela
uma série de lagos salgados,

mas não muito mais.

Então, quem vem aqui e por quê?

A resposta está nas profundezas do subsolo.

Este é o local da maior mina
de sal histórica da Roménia,

cinco cavernas cavam profundamente no solo.

As operações de mineração aqui
estão terminadas há muito tempo,

mas é o que esses espaços
estão preenchidos hoje

que atrai 800.000 visitantes por ano.

Voando profundamente abaixo da superfície da Terra

revela uma visão aérea surpreendente,

um elevador panorâmico transporta as pessoas
para um parque de diversões subterrâneo.

É o lar da única roda
gigante subterrânea do mundo.

Um lago de barco,

mini golfe

e muitas outras atrações.

Robert Stoica, um dos guias turísticos

chega cedo todos os dias para garantir que
a mina esteja pronta para os visitantes.

A primeira coisa que as pessoas
costumam dizer quando entram na mina,

é, "Uau".

O primeiro trabalho do dia de Robert

é acender mais de 300 luzes.

Que transformam as
cavernas de um buraco negro

para um mundo subterrâneo espetacular.

Voar alto revela a escala
deste país das maravilhas.

A mina foi criada
há mais de 700 anos

e cada uma dessas cavernas
foi criada pela remoção do sal.

O sal já foi parte de um antigo mar

que cobria esta região.

As estranhas marcas nas paredes da caverna

são cicatrizes históricas

feito por martelos e cinzéis

centenas de anos de extração.

A mina é tão grande,

a equipe de manutenção usa
carros minúsculos para se locomover.

Hoje, eles precisam substituir uma luz
numa das principais atrações do parque.

Com a luz arranjada,

Robert está pronto para receber
os primeiros visitantes do dia.

Enquanto a mina Theresa é usada
principalmente para relaxamento,

a mina Rudolf é onde a diversão começa.

Estou realmente orgulhoso do meu trabalho.

É um privilégio trabalhar aqui.

Salina Turda é um lugar único

onde as pessoas preservaram seu passado

e encontraram uma forma
moderna de celebrar a sua história.

Na primavera,

As cidades e vilas medievais
da Roménia ganham vida.

Em Nasaud,

milhares de pessoas se
vestem com trajes tradicionais

para comemorar o dia do traje
folclórico da Roménia,

e nas comunidades mais remotas da Roménia,

esforços estão sendo feitos para preservar
muito mais do que apenas costumes e culturas.

No oeste da Roménia,

a ponta das montanhas dos Cárpatos

é dividido por um vale maciço,

empurrando através das
nuvens revela uma visão notável,

um rio serpenteia pelas
planícies como uma enorme cobra,

e nas suas margens ficam
dezenas de aldeias históricas.

Esta é a comuna de Gurasada,

uma coleção de aldeias famosas
por suas igrejas históricas.

Localizada nas
proximidades do rio Mures,

essas comunidades dependem fortemente
da pesca e da agricultura tradicional,

mas as velhas igrejas ortodoxas

sempre foram o centro
da vida social.

A mais conhecida é a
igreja de São Miguel Arcanjo,

construída no século XIII.

O clima severo da Roménia
afetou o telhado do edifício

e hoje precisa de reparos urgentes.

O telhado é revestido com telhas
tradicionais de carvalho no lugar de telhas.

Estes telhados são agora tão raros na Roménia,

esta igreja é uma das quatro únicas
construídas neste estilo que sobrevivem aqui.

O telhado danificado também ameaça

as espetaculares pinturas
religiosas de 300 anos

que adornam as paredes da torre sineira.

Hoje, uma organização
voluntária romena

está numa missão para resgatar
a igreja de São Miguel Arcanjo.

Entre eles está a estudante
de arquitetura, Cezara.

Ela está feliz em dar seu tempo de graça

para obter conhecimento em primeira
mão da antiga arte de fazer telhas.

É incrível que eu possa conhecer
como as coisas são realmente construídas

na vida real num lugar como este

e conheça o patrimônio
que temos hoje.

Num país onde
os gastos públicos

na renovação de edifícios
históricos é limitada,

este grupo desempenha uma função vital.

A equipa trabalha de forma totalmente voluntária

e concentram-se principalmente
em intervenções urgentes

como substituir telhados danificados
e proteger paredes do colapso.

Este edifício é muito importante
para a nossa identidade cultural

porque é algo bem tradicional
que só se faz neste lugar

quase 1.000 anos atrás.

É uma tradição que está
quase perdida na Roménia.

Trabalhar com as telhas de
carvalho é uma experiência inusitada

que aproxima a equipa
de arquitetos do passado.

Muitos voluntários, como Cezara,
moram a quilômetros de distância do local

e vão passar o verão inteiro
trabalhando aqui, sem parar.

Mas para eles vale a pena,

para ver os frutos de seu
trabalho finalmente revelados.

Quatro meses depois,

o telhado da igreja é totalmente
coberto com telhas novas de carvalho.

É uma visão reconfortante tanto para
a equipa quanto para a comunidade

cuja igreja está agora
segura nas próximas décadas.

À medida que os dias se tornam mais quentes e mais longos,

as praias de areia dos resorts
do Mar Negro da Roménia

passam por uma transformação colorida

e os romenos invadem as
ruas das cidades e vilas antigas

para comemorar a chegada do verão.

O verão une as
pessoas de todo o país.

O Festival da Árvore de Tília

reúne pessoas nos
campos verdes de Luncavita

para celebrar a cultura
local e ouvir música ao vivo.

Mas como as temperaturas
de verão atingem o pico,

no campo da Roménia,
é hora da colheita.

A paisagem da Roménia é
dominada pela agricultura,

cerca de 60 por cento de toda
a nação são terras agrícolas,

uma área quase quatro
vezes o tamanho da Suíça.

Perto da capital do país, Bucareste,

a paisagem aparece como uma
incrível manta de retalho às cores,

e no verão,

esta região sofre uma
surpreendente transformação aérea.

Os campos ao redor de Amaru

irrompem numa explosão vibrante de amarelo,

como a famosa safra de girassol da
Roménia floresce por menos de um mês.

A Roménia é o maior produtor
europeu de sementes de girassol.

Com uma colheita anual de
cerca de dois milhões de toneladas.

Emanuel Dinca lidera uma equipa

cuidando de uma das maiores
quintas de girassol da região.

Quando você passa pela
plantação de girassóis florescendo,

não importa o quanto você
esteja chateado ou stressado,

seu dia se renova

e você é mais feliz.

Mas essas flores amarelas
não são boas para Emanuel,

ele precisa esperar que as plantas
morram antes de poder colher suas sementes.

O sol quente do verão
transforma os campos dourados

num mar de castanho e preto.

Quando as condições estão certas,

Emanuel monta um exército de
máquinas do tamanho de monstros

para apanhar as sementes
o mais rápido possível.

120 lâminas cortam a
vegetação resistente.

As máquinas apanham os campos de
flores em linhas perfeitamente retas

e separam as cabeças
de girassol de seus talos.

Então, sacodem as
sementes preciosas das cabeças

e transferem-nas para um tanque de
armazenamento na parte traseira da ceifeira.

Falta uma tarefa para
Emanuel e sua equipa.

Elas carregam as sementes preciosas
num comboio de quatro camiões

para levar às fábricas para processamento.

Eu cresci no campo em torno
de girassóis e outras culturas,

mas este é o mais bonito.

Se eu nascesse uma segunda vez,

Eu gostaria de nascer na Roménia novamente.

As terras férteis da Roménia e
o clima continental temperado

também oferece as condições ideais de crescimento

para trigo, milho, milho e frutas.

Outras indústrias romenas
proeminentes incluem a produção química,

processamento de metal
e fabricação de máquinas.

Alguns destes produtos são transportados
para a Europa através do rio Danúbio,

mas para as exportações internacionais,

Os movimentados portos do Mar Negro da Roménia são fundamentais.

Ao longo da história, o Mar Negro formou
uma rota comercial vital para a Europa.

Até os antigos gregos
usavam o porto de Constanta,

que fica na moderna Roménia.

Zoom em Constanta hoje

revela que esta antiga cidade portuária

está tão ocupada como sempre 2.000 anos depois.

Todos os anos, Constanta pode movimentar
até 100 milhões de toneladas de mercadorias

e esta uma seção do porto

é dedicada a segurar e carregar
grandes navios graneleiros

com grãos romeno, como o trigo.

O grão é armazenado
dentro desses enormes silos.

Cada um pode conter até 10.000 toneladas.

Nossas câmeras aéreas

têm acesso exclusivo ao carregamento
de um graneleiro chamado Thor,

com 60.000 toneladas de
trigo destinadas ao Egito.

Isso é suficiente para
fazer 84 milhões de pães.

Serhan Yardimci é o
Diretor de Operações aqui.

Tenho um total de 15 anos de
experiência em gestão portuária.

Tenho orgulho disso porque é
um ambiente muito desafiador,

e gerindo todos esses navios,

barcaças, vagões, logística,

é como jogar xadrez.

Nunca nos cansamos.

A equipa começa a trabalhar imediatamente,

enchendo o navio com grãos
dos silos gigantes do porto.

Do alto, é possível ver que o
navio tem sete porões separados.

Isso é para que o peso do grão possa
ser distribuído uniformemente pelo navio.

Coloque tudo num só lugar

e o navio corre o risco de tombar para um lado

ou mesmo partindo ao meio.

Uma vez que o primeiro
porão está meio cheio,

a equipa passa para a próximo.

Serhan ordena que duas barcaças
despejem grãos do outro lado do navio.

Embora ofuscado pelo tamanho do porão,

cada uma das conchas do guindaste flutuante

transporta até 15 metros cúbicos de grãos.

Escondido entre esses
monstros mecânicos

está uma equipa de engenheiros especialistas

que mantêm a operação em execução.

36 pessoas no total em seis turnos

trabalhará dia e noite antes que Thor
esteja finalmente pronto para zarpar.

Temos uma grande coisa
que precisa comunicar

e trabalhar de mãos dadas.

É uma adrenalina contínua.
Nós gostamos.

Três dias e 60.000
toneladas de trigo depois,

o transportador graneleiro, Thor,

está finalmente pronto para zarpar para o Egito.

O peso do grão no seu casco

significa que agora está 7 metros
mais baixo na água do que antes,

mas o mais importante
para Serhan e a equipa,

é que esteja perfeitamente equilibrado.

Alimentar o mundo
juntos, este é o nosso lema.

Somos um elo forte e importante
na cadeia de abastecimento alimentar

e sabendo dessa importância,
tentamos fazer o nosso melhor.

Graças ao trabalho árduo
de Serhan e sua equipa,

A Roménia exporta mais de 12
milhões de toneladas de grãos por ano

e ajuda a alimentar o mundo.

À medida que o ano avança,

o delta do Danúbio sofre
uma transformação dramática.

Nas cidades, as árvores
perdem suas folhas.

E as colinas que cercam as antigas
cidades montanhosas ficam castanhas.

Quando o outono chega na Roménia.

A movimentada capital
da Roménia, Bucareste,

é uma das cidades de alta tecnologia
que mais crescem na Europa.

Os elegantes edifícios do final do
século XIX e início do século XX,

como o Ateneu,

Palácio do CEC

e o arco triunfal

deu a Bucareste o apelido
de pequena Paris do Oriente.

Apoiado pela União Soviética,

o partido comunista romeno
chegou ao poder de 1946 a 1989.

Durante este tempo,

a liberdade de expressão e a liberdade
de religião foram severamente limitadas.

A maior lembrança deste período

é o enorme Palácio do Parlamento.

Construída em concreto, aço e mármore,

pesa cerca de quatro milhões de toneladas

e é o edifício mais pesado do mundo.

O palácio foi encomendado pelo
ditador comunista, Nicolae Ceausescu,

mas talvez a coisa mais
estranha sobre este mega projeto

foi como Ceausescu encontrou
o espaço para construí-lo.

Nos anos 1980,

O centro histórico da cidade
de Bucareste foi transformado

quando Ceausescu ordenou que
escavadeiras destruíssem milhares de casas

para abrir espaço para seu projeto de vaidade.

No entanto, um olhar mais atento hoje

revela um vasto novo
edifício com cúpulas douradas

ergue-se ao lado do
palácio do parlamento.

Esta é a Catedral da Salvação do Povo,

a construção deste mega projeto

foi iniciado em 2010,

e quando concluída, será a
maior catedral ortodoxa do mundo.

Já é 40 metros mais alto
que o palácio do parlamento.

Nicolae Cringasu é um padre ortodoxo

e também coordenador
deste estaleiro de obras único.

Por quase 150 anos,

os romenos fizeram os maiores
esforços para construir esta catedral.

Não era possível até os dias de hoje,

quando os trabalhos começaram e como
você pode ver, eles estão indo muito bem.

Hoje, Nicolae está
supervisionando a instalação

de um dos principais ornamentos
da fachada frontal do edifício.

É a peça final de uma
moldura de janela ornamentada,

mas sua forma estranha
e peso de 600 kg

torna um desafio para levantar.

A solução engenhosa da equipa de construção

é prendê-lo dentro de uma estrutura de
aço construída sob medida sobre rodas.

O quadro permite que a
equipe levante o surround

através do andaime sem tombar,

e puxe-o para a posição
quando chegar ao nível certo.

A decoração mais ambiciosa das catedrais

é melhor visto de cima.

11 cúpulas douradas
brilham sob o céu.

A cúpula central é a
terceira mais alta do mundo,

subindo 124 metros acima do solo.

Quando vejo as cúpulas douradas,

Tenho a sensação de que
sob eles há algo muito precioso,

é a vida intensa do
povo da Roménia

que vivem sua fé fortemente
por sua conexão com Deus.

A catedral é
controversa para muitos.

Acabará por custar uns
espantosos 400 milhões de euros,

com uma fatia significativa
do erário público.

Mas, para Nicolae, valerá a pena

pelo que significa para o estatuto de
Bucareste como uma moderna capital europeia.

Na Europa, todas as capitais
dos países têm grandes catedrais.

Bucareste era a única capital
que não tinha uma grande catedral.

Agora, se Deus Todo-Poderoso nos ajudar a terminá-lo,

esperamos ser como os
outros países europeus.

No extremo leste da Roménia,

o Danúbio forma o maior
delta fluvial da Europa.

Todo outono, os romenos celebram
a cultura pesqueira da região

com um festival de sopa de peixe.

Estas extensas zonas húmidas

abrigam mais de 300
espécies nativas de pássaros

incluindo a maior colônia de
pelicanos brancos da Europa.

A corcova verde profunda
do delta do Danúbio

é tão grande, pode ser
visto claramente do espaço.

Grande parte dela pertence
ao condado romeno de Tulcea.

Durante séculos, esta região
esteve em grande parte isolada

do resto da nação,

cortado pelo poderoso Danúbio,

mas um olhar mais atento hoje

revela que um ambicioso
projeto de engenharia civil

está definido mudar tudo isso.

Esta é a Ponte Braila.

Quando estiver completa,

este projeto de 485 milhões de euros

será a ponte suspensa mais
longa que já cruzou o Danúbio,

e a segunda mais longa
da Europa continental.

Viorel Esanu

é um dos engenheiros que
supervisiona a construção deste projeto.

Este projeto melhorará
substancialmente

a vida das pessoas ao redor

e sou muito grato pela oportunidade
que me foi dada de trabalhar neste projeto.

Hoje, nossas câmeras
aéreas têm acesso exclusivo

para um momento marcante.

Subindo até 192 metros de altura,

engenheiros audaciosos concluirão
a instalação do último cabo de aço

que compõe a suspensão da ponte.

Uma série de grades de metal funcionam
como passarelas para os trabalhadores

com uma visão aterrorizante para a queda abaixo.

Você tem que ser corajoso e
também tem que ser apaixonado

fazer este tipo de trabalho e

trabalhar neste
tipo de condições.

Uma roda engenhosa

carrega o cabo final ao longo
do vão de dois quilômetros.

E os trabalhadores usam martelos
para compactá-lo.

Os cabos da ponte

estendem-se em 16 cabos
no topo das torres altas.

Em breve serão usados

suspender os 86 segmentos
de blocos pré-fabricados

que compõem o tabuleiro rodoviário
de dois quilômetros de extensão.

Após quase 20 minutos
de martelar pesado,

Viorel está feliz porque o
último cabo está comprimido.

OK.

E esta etapa tão importante
na construção da ponte

está finalmente completa.

Estou muito orgulhoso deste projeto

e sinto-me muito feliz por ter essa equipa

que trabalha 24
horas por dia para

concluir essa tarefa
e atingir esse marco.

Em mais de dois anos e meio,

este projeto notável

transformou um trecho
não utilizado do Danúbio

numa mega estrutura crescente

quase pronta para transportar
até 7.000 veículos por dia

e respirar a vida econômica

na região mais isolada da Roménia.

No extremo norte da Roménia,

várias igrejas sobreviveram
ao regime comunista.

Escondidas nas remotas
montanhas dos Cárpatos.

Eles incluem os mosteiros Borsana,

famosos por seus telhados
de telhas e pináculos altos.

Mais um sobrevivente aqui

possui talvez a visão aérea
religiosa mais incomum da Roménia.

Do alto das nuvens,

a cordilheira dos Cárpatos

parece surgir na Roménia
como uma onda rebentando.

E no norte, dá origem a
vales fluviais profundos

e remotas aldeias de montanha.

Ampliar revela um edifício
verde brilhante incomum

que brilha como uma esmeralda.

Esta é a Igreja da Natividade
da Santa Virgem Maria.

Construída em 1886,

esta capela ortodoxa

é um dos destinos turísticos
mais populares da Roménia,

mas as pessoas não se reúnem aqui

apenas para maravilhar-se com a
torre alta ou o telhado de cores vivas,

eles vêm visitar o cemitério.

Aqui, mais de 800 cruzes brilhantemente decoradas

contar as histórias de quase todos os
que morreram na cidade de Sapanta.

Gheorge Stan Coltun

tem a tarefa de fazer novos cruzamentos

e manter o cemitério
em perfeitas condições.

Se alguém visitar o cemitério,

eles vão conhecer a
comunidade da aldeia Sapanta,

o que eles faziam para viver,

que trabalho o falecido
teve na vida, coisas assim,

que não pode ser encontrado
em nenhum lugar do mundo.

É unico.

Essas cruzes incomuns são famosas

porque as histórias de vida que eles
revelam podem ser desarmantemente francas

e surpreendentemente bem-humorado.

Debaixo desta pesada
cruz está minha sogra,

tente não acordá-la

pois se ela voltar para casa,
ela vai morder minha cabeça.

Outras cruzes retratam o papel
das pessoas na comunidade,

ou seus momentos mais felizes da vida.

Esses epitáfios alegres
e imagens coloridas

são a razão pela qual este local é
conhecido como o Cemitério Alegre.

Hoje é dia de Todos os Santos

e é um dia especial para Gheorge.

Ele quer repintar
algumas das antigas cruzes

para que estejam em perfeitas condições
para quando os visitantes chegarem.

Enquanto o sol se põe,

a luz de milhares de velas

ilumina o cemitério enquanto as famílias
se reúnem para lembrar seus entes queridos.

Gheorge acende velas para
um túmulo muito especial.

É dedicado à primeira
pessoa a pintar estas cruzes,

Stan Ioan Patras.

Ele morreu em 1977

tendo esculpido mais de 700 cruzes

inclusivé a dele.

Quando a noite cai,

o cemitério se transforma
num mar de luz.

De cima, é uma
visão surpreendente.

O Cemitério Alegre é único.

É um lugar onde as vidas das pessoas
que se foram permanecem entre nós.

Elas vivem através dessas
cenas, dessas cruzes coloridas.

Elas não vão embora, eles estão
apenas descansando um pouco

e elas esperam por nós.

Durante séculos, o povo romeno

aproveitaram ao máximo
sua fértil paisagem.

Hoje, eles trabalham para
preservar suas tradições

e superar seu passado turbulento.

Este país é o lar de velhas lendas

e tecnologias inovadoras,

que se misturam sem esforço para construir
a grande nação europeia que vemos hoje.