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INVESTIGADOR PARTICULAR

- Galt est�?
- Ele est� no pr�dio.

Volta logo. Posso ajudar?

Tenente Reeves.

Talvez possa me ajudar,
se souber de algo que eu queira saber.

N�o sei de nada que n�o
descobrir� perguntando ao Sr. Galt.

Lealdade � uma boa qualidade.

- H� quanto tempo trabalha para ele?
- H� v�rias semanas.

- O que sabe sobre ele?
- Gosto dele.

Ele a mant�m ocupada?

Aponto l�pis,
datilografo, atendo o telefone

e n�o me meto onde n�o devo.

Veja quem est� aqui.

Ol�, Reeves.

- Em que est� trabalhando?
- Declara��o de renda.

V� direto ao assunto. O que quer?

Por que n�o me disse
que mudaria de escrit�rio?

Por que deveria?
Avisei ao encarregado das licen�as.

- Mas n�o a mim. Tamb�m quero saber.
- Por qu�?

Tenho um interesse pessoal em voc�.

Prometi aos meus amigos na Calif�rnia
que voc� n�o se meteria em encrencas.

� um jovem impulsivo.

Veja bem, fui enganado
quando estava na costa oeste.

Tudo o que pe�o agora
� a chance de ter um neg�cio honesto.

Estou obedecendo �s regras
e n�o deixo nem uma v�rgula passar.

Espero que n�o. Isso aqui parece bom.

Boa vista e uma secret�ria bonita.

Seja esperto e continue na linha.

S�o quase seis. Queria ir embora,
se n�o houver mais nada.

H� sim.

Jante comigo.

� parte do trabalho?

Hoje �.

Ser� que um detetive conseguiria
encontrar um par de meias finas?

- Vou tomar nota.
- As condi��es de trabalho est�o melhores.

DIVERS�ES PENNY

Vejam a garota
acertar a bola. � uma bola m�.

Ela n�o conhece sua pr�pria for�a.

Fora, senhorita.

O que acha?

Subam. Quem quer acertar a bola agora?

N�o foi ruim.

- Como consegue depois de tanta comida?
- Meu pai era �rbitro na liga profissional.

- Em que mais posso derrot�-Io?
- Que jogos gosta de jogar?

H� v�rios lugares
para se jogar perto da rua 52.

- Entre eles seu apartamento?
- � s� coincid�ncia.

N�o trabalhamos juntos h� muito tempo,
mas sei quando est� tentando um truque.

- Sempre ando preparada.
- Os homens gostam de se arriscar.

N�o na minha liga. "Jogo para valer",
ela disse com um sorriso.

Tem troco? Dez centavos.

Ganhe algo
sempre que puxar a corda.

- Examinemos a concorr�ncia.
- Certo.

- Tome.
- D�-me mais uma.

Posso demiti-la
e contratar uma secret�ria taitiana.

N�o vai gostar delas.
Aquelas saias de grama s�o inflam�veis.

N�o h� um desses para mulheres?

Que �tima secret�ria.

Calma, n�o vou demiti-la.

Acho que algu�m est� nos seguindo.

Eu sei. O cara de terno branco.
Quase 1,80 m, cabelo castanho.

Sapatos esportivos.
Anel no dedinho esquerdo.

N�o olhe para ele.

Vamos.

- Nunca fui seguida.
- Isso dep�e contra os homens americanos.

- Por que ele est� nos seguindo?
- Talvez goste de seus olhos azuis.

Vou coloc�-la em um t�xi. D� a volta
e pare em frente ao escrit�rio.

- E depois?
- Vou convid�-Io a me contar o que h�.

Se ele se sair bem, vou reanim�-Io.
Quando ele for embora, voc� o segue.

Certo, mas...

- O que tem feito?
- O que acha?

Poderia estar fazendo muitas coisas.
� teimoso, impulsivo e acha que � dur�o.

- E tem alguns defeitos tamb�m.
- Diga um deles.

Sentimentos quanto a mulheres.
Tem medo de emo��es.

- Seu cora��o est� em um cofre de a�o.
- E voc� � do tipo inflam�vel.

Consigo ser calorosa.

Boa noite.

Boa noite, Kathleen.
Vejo voc� de manh�.

Tenho uma surpresa
debaixo do chap�u. Vamos dar uma volta.

Vire-se contra a parede.

Pernas afastadas.

Incline-se.

Passe o que tem.

Funcionam como soco ingl�s, certo?

Eles s�o proibidos.

S� carrego meu troco
da maneira mais dif�cil.

Vamos brincar de perguntas e respostas.

Responda corretamente
e talvez deixe seus dentes inteiros.

O que voc� faz?

O mesmo que voc�. Detetive particular.

Resposta errada.

N�o trabalhamos em um caso
sem carregar nossa licen�a.

Eu a deixei em casa.

Vou ensin�-Io.

Posso tornar as coisas dif�ceis.

- H� quanto tempo me segue?
- Dois dias.

- Quem est� pagando?
- Um cliente.

N�o sei quem �.
Ele me paga pelo correio.

Sabe que n�o posso contar.
� anti�tico.

Voc� e eu
estamos mergulhados em �tica.

Qual � o nome dele?
Quem o est� pagando?

Jardine.

Repita.

Anthony Jardine.

Como ele �?

Alto, loiro.

Bem-vestido. Ele se acha classudo.

- Onde voc� mora?
- Com meu cunhado, na rua 23.

Qual � o telefone dele?

Chelsea. 043510.

- Sim?
- Fred Foss est�?

- N�o.
- Quando ele volta?

N�o sei.
Quer deixar algum recado?

Se eu o pegar me seguindo de novo,
vou enfiar isso em sua garganta.

Mande lavar o terno.
Jardine gosta de tudo muito limpo.

Fico com isso. Tenho p�ssima
mem�ria para nomes e n�meros.

Talvez eu o procure de novo.

Est� ocupado, companheiro.

Voc� o despistou?

Est� tudo bem.

Precisa de William Powell
como seu secret�rio.

Quem � ele?

Voc� n�o vai ao cinema?
� o detetive em A Ceia dos Acusados.

Est� misturando muito refrigerante.

- Quem era aquele homem?
- Terno Branco?

- Foi contratado.
- Quem o contratou?

� melhor voc� esquecer tudo isso.

Estou com cheiro de Judas
desde que encostei nele.

Abra o cofre de a�o.
Quero saber e ajudar.

N�o posso, garota.

Mas gostei do que disse.

Gostei.

Ou�a,

se n�o quiser perder esse olhar inocente,
saia enquanto a porta est� aberta.

Ou se envolver� com corruptos,
advogados duvidosos, esc�ria ou coisa pior.

Talvez comigo.

Gosto das chances. Vou me arriscar.

E vou ficar.

Seja o que for,
sinto que poder� lidar com isso.

E gosto de seu estilo.

Obrigado.

Agora que j� disse isso,
acho que � hora de ir para casa.

- At� amanh�, chefe.
- � melhor come�ar a me chamar de Brad.

E quanto �s meias, de que tamanho?

M�dio.

Vou tomar nota.

Boa noite.

GALERIAS CATHCART

- Boa noite, Sr. Jardine.
- Boa noite, Henry.

Boa noite.

- Que bom rev�-la, Sra. Reynolds.
- Que festa linda, me lembra...

A Sra. Cathcart
est� no sal�o de dan�as.

Praticamente moro aqui.
Nem deveria ter ido embora ontem.

� um prazer t�-Io aqui.
N�o se esque�a do jantar amanh�.

Estarei aqui. Onde est� Mari?

Em algum lugar l� dentro,
desperdi�ando seu charme com idiotas.

Vamos entrar?

A esposa do cr�tico austr�aco.
Parece uma caipira que cria frangos.

- Sra. Kingsley, Sr. Jardine.
- � um prazer.

- Conhece Lucy Wilding.
- Que bom rev�-la.

- Sr. E Sra. Bryson.
- � um prazer.

E a mulher
que ilumina meus anos de decl�nio.

S� estamos fazendo
tr�s anos de casamento.

Voc� ainda
n�o entrou em decl�nio, meu velho.

Ent�o por que percebi
uma �nfase nada sutil em "meu velho"?

Somos um retrato perfeito
da Bela e da Fera.

�s vezes voc� � mesmo uma besta.

Vai me perdoar enquanto eu a divertir.
Mas senilidade � imperdo�vel.

N�o fale assim. Voc� � o homem
mais atraente aqui, e sabe disso.

Lembre-me de dizer a voc�
que a adoro, querida.

Quanta gente. Todos vieram.

Uma mistura nauseante de Park Avenue
e Broadway. Isso prova que sou liberal.

Seja sincero. Est� comemorando
seu anivers�rio de casamento

e fazendo neg�cios para a galeria
de arte ao mesmo tempo.

Nunca misturo neg�cios e sentimentos.
A n�o ser que seja lucrativo.

Mas n�o haver� uma exposi��o amanh�?

� s� uma coincid�ncia que me deu
muito trabalho para providenciar.

Talvez tenha conseguido
o Turner para voc�.

A paisagem? Que maravilha!

Fiquei animada.
Sabe o que quero dizer.

- Com licen�a.
- Certamente.

A alegria da arte � o �nico �xtase
restante que n�o � imoral, nem ilegal.

- Recebeu meu Van Gogh?
- Esta tarde.

Eu teria preferido dinheiro.

Mas se n�o tiver, o quadro servir�.

Acredito que poderei vend�-Io.

- Pode me dar as cartas, por favor?
- Certamente.

Estou muito orgulhoso
de voc� esta noite, querida.

Todos os homens aqui a cobi�am.

N�o quero que cres�a.

Deve permanecer
sempre jovem, como uma madona,

que vive, respira e sorri.

- E que pertence a mim.
- Querido.

Resid�ncia dos Cathcarts.

Acho que ele est� aqui.
Pode me dizer seu nome?

Diga que � o cara de S�o Francisco.

Venha c�.

Quer uma moeda?

Aqui. Agora cale-se!

Funcionou como disse.

Levou duas noites para me descobrir.

Ele me levou ao escrit�rio e me bateu.

Fingi ser um fracote.

Disse o nome.

Quando ouviu, ficou perturbado.

Atingiu-o no ponto certo.

Certo.

CLUBE DA CARTOLA

Esse tipo de m�sica mexe comigo.

Eles s�o bons.

Voc� nem estava ouvindo.

Em que est� pensando?

Que talvez voc� n�o fique
por perto por muito tempo.

- Estou pensando na secret�ria taitiana.
- N�o vai gostar dela.

Talvez n�o.
Saias de grama fazem barulho.

- Eu disse que s�o inflam�veis.
- E voc� tamb�m.

Por favor!

Vamos dan�ar?

O que h�?

Sinto que algo se aproxima
e n�o sei o que �.

Sou eu.

- O que houve com o cara ontem � noite?
- Terno Branco?

Ele entregou o jogo,
mas a hist�ria � fraca.

Eu n�o estaria t�o nervoso
s� por sua causa.

Estaria,
pois eu jogo para valer, lembra?

Quer me contar?

Se for esperta,
vai sair dessa agora, r�pido.

Sinto que estou em apuros.
Algo vai acontecer.

E quando acontecer, voc� estar�
encrencada e sofrer� muito.

Saia dessa agora.

Voc� n�o � um bom vendedor.

Voltarei em um minuto.

Voc� seria esperta se fosse embora.

- Eu ia procur�-Io de manh�.
- O que fez?

- S� queria conversar.
- V� em frente.

Um advogado pilantra, com escrit�rio
de luxo, secret�ria e nenhum caso.

O nome dele � Jardine.

Ele mandou algu�m me seguir.

Acho que quer
continuar de onde parou.

Achei que depois de S�o Francisco,
ele o deixaria em paz.

E vai. � s� para ficar registrado.

- N�o chegue muito perto.
- Continuo seguindo as regras.

Jardine
n�o � do tipo que segue as regras.

Eu sei.

Decidi esperar.

N�o quero que se encrenque sozinho.

Al�m do mais,
voc� despertou meu instinto materno.

Quero cuidar de voc�.

Voc� o odeia, certo?

- Quem?
- O homem que contratou o Terno Branco.

� f�cil odi�-Io.

O que ele tem contra voc�?

Nada. Ningu�m tem e nunca ter�.

Nem voc�.

Certo, mas lembre-se
que consigo caras novos bem barato.

Tome.

Compre duas d�zias.

Prefiro compr�-Io
em uma queima de estoque.

Adoro liquida��es.

E se n�o conseguir meias de tamanho
m�dio, pode ser pequeno ou grande.

Vou tomar nota.

Vamos terminar a dan�a.

- Obrigada. Boa noite.
- "Boa noite"?

N�o posso subir?

Estou com sede. Quero beber �gua.

L� vai voc� de novo,
chutando a bola para fora.

Voc� est� bem?

- Voc� est� bem?
- Sim.

- Ele o atingiu?
- N�o, arranhei no hidrante.

� melhor relaxar um pouco.
Vamos � Sra. Schwartz tomar um caf�.

Entrem. Sentem-se.

- Posso ajud�-Ios?
- Sra. Schwartz, caf� quente.

Com certeza. Uma boa x�cara de caf�.

Foi um acidente?

N�o sei.

Eu vi o carro.
Anotei parte da placa tamb�m.

- Qual �?
- 6-3-N-9 alguma coisa

- Que marca?
- Acho que era um Lincoln.

- Pegue isto.
- Obrigado.

Consegue verificar o n�mero?

Vou ligar para um tira que conhe�o.
Ele pode checar e me ligar.

O que acha que vai provar?

Talvez nada.
Mas conhe�o um cara bom no volante.

� preciso ser bom em S�o Francisco.

Por causa das ladeiras.

- H� um telefone aqui?
- L� atr�s, na parede.

Est� ficando tarde.
Preciso ir a Scarsdale.

A essa hora?

Infelizmente.

Que vida agitada
a de um colecionador de arte.

H� seis meses tento conseguir
uma paisagem de Turner.

E o dono decidiu
falar de neg�cios logo hoje.

Preciso fechar o neg�cio esta noite.
J� o vendi � Sra. Kingsley.

- Ent�o n�o poder� barganhar.
- Os amantes da arte nunca barganham.

Talvez eu n�o volte
antes do amanhecer.

Como eu detesto o amanhecer.

Sempre parece que a grama
ficou do lado de fora a noite toda.

- Quer que eu o deixe em algum lugar?
- Estou de carro. Boa noite.

Boa noite.

- Scarsdale.
- Sim, senhor.

- Quanto tempo at� identificar a placa?
- Ele vai me ligar em um minuto.

- Pare de me olhar assim.
- Assim como?

Como se eu fosse objeto de experi�ncias.

Um cara chamado Jardine
est� com medo de mim.

Ele mandou me seguir.
Acho que tentou me matar hoje.

Vai continuar tentando.
Ficou satisfeita?

N�o. Quero saber por qu�.

Eu era detetive em S�o Francisco.
Esse cara, Jardine, era meu s�cio.

Ele era advogado.

Era bom com as mulheres.
Elas vinham atr�s dele aos montes.

Ele usava seu charme
e um pouco de chantagem tamb�m.

Nunca suspeitei, at� que o peguei
roubando dinheiro da firma.

Eu o confrontei.
Ele prometeu devolver.

Fomos � sua casa em Burlingame
para ele abrir seu cofre particular.

No caminho, ele me bateu,
jogou u�sque em mim

e me colocou ao volante
para uma voltinha.

Bati em um caminh�o
e o motorista morreu.

Homic�dio culposo.

Dois anos.
Pena reduzida por bom comportamento.

Jardine tinha preparado um �libi.

Indestrut�vel.

Foi a �Itima vez que soube dele,
at� o Terno Branco aparecer ontem.

Agora voc� sabe por qu�.

Sim, s� n�o sei por que
voc� n�o me disse isso antes.

Os homens gostam de se manter
por cima, e n�o de parecerem idiotas.

N�o � esse o verdadeiro motivo. Conte.

Voc� n�o � t�o dur�o.
S� pensa que �.

Consegui fazer com que
se abrisse, e sabe disso.

Qual � o endere�o?

Certo. Obrigado.

Querida.

- Est� se arriscando.
- Ele demorar� a voltar.

Mas n�o me importo mais.

Fico feliz, querida.

- Vou lhe servir uma bebida.
- Por favor.

� t�o estranho.

Ele me ama e me d� tudo
que um homem pode dar a mulher.

Mas ainda n�o � suficiente.

Eu sei, querida.

Aqui est�.

Voc� est� chateada.

Por que n�o bebe de uma vez?

Cigarro?

Eu tentei.

Fiz um p�ssimo neg�cio
e tentei mant�-Io.

Mas s� fico sentada ouvindo
seus quadros estalarem de velhos.

Quero que me leve com voc�. Por favor.

Mari, Hardy pode sustent�-la,
mas ele n�o a faz feliz.

Eu te amo, mas n�o tenho dinheiro.

- Que diferen�a faz?
- Voc� j� me emprestou dinheiro.

Acha que quero passar minha vida
sendo cuidado como um c�o de estima��o?

Temos minhas j�ias.
Vai ficar com elas por mim.

- Queria que dissesse isso, mas eu...
- Chega de "mas".

Diga quando podemos ir.
E deve ser logo.

Talvez amanh�.

Tenho de cuidar
de uns neg�cios primeiro.

Avisarei.

Ainda cuidando
dos neg�cios femininos.

V� com calma.

O que voc� quer aqui?

S� vim lhe dar um aviso.

Desista. Pare de me seguir.

- Pare de me fazer de bobo.
- N�o sei o que quer dizer.

Explicarei em termos simples.
Como dois anos por homic�dio culposo.

Eu me lembrava de sua cara bonita
o tempo todo que fiquei na pris�o.

Se n�o for esperto, n�o ter� mais
essa cara, e nem outra qualquer.

N�o mandei que o seguissem.
E n�o estou atr�s de voc�.

Nem sabia que estava solto.
E estou sendo sincero.

Voc�, sincero? Penduraria sua m�e
em um a�ougue por alguns centavos.

Telefonista?
Chame a pol�cia. Depressa.

Batom bonito,
garota, seja l� quem for.

Mas o est� desperdi�ando
com o cara errado.

- Quem era?
- Ningu�m que voc� conhe�a.

- Liguei para a pol�cia.
- O qu�?

Chegar�o em um minuto.

N�o percebe que a encontrar�o aqui?
Saia pelos fundos.

- O que se passa aqui?
- Nada, guarda.

- Recebemos uma chamada.
- Eu estava sozinho, lendo.

Uma mulher ligou.

Voc� l� coisas pesadas.

Quem era o cara? O marido?

Esque�a dela. Quem era o cara?

Temos de fazer o relat�rio.
Se n�o falar, ter� de ir conosco.

- N�o podemos conversar?
- Qual � o nome dele?

Seu nome � Galt.

Bradford Galt.

"Galt, Bradford."

"Briga. Apartamento 204."

- Esqueceu o chap�u.
- Obrigado.

- Voc� est� bem?
- Perfeito.

Seu casaco est� rasgado.

Precisa ver o outro cara.

- Posso subir?
- � claro.

O que houve?

N�s conversamos.

Uma coisa levou a outra
e ele levou com a direita.

Depois disso, ele parou de falar.

E onde isso levou voc�?

A lugar nenhum,
mas me sinto bem melhor.

- Venha para seu lugar.
- N�o, obrigada.

Se est� se sentindo t�o bem assim,
j� posso ir para casa.

- E seu instinto materno?
- N�o funciona depois do p�r-do-sol.

Voc� costura bem.
Tem outros talentos?

Sei cozinhar.

EXPOSl��O.
VELHOS MESTRES-MODERNOS.

Meu Turner n�o � divino?
Ele o afeta aos poucos.

Parece que est� falando
de um tipo de fungo.

N�o corra.
Prometeu me mostrar o novo Raphael.

O de que vem falando h� anos?
Preciso v�-Io.

Chegou ontem. Est� no cofre.

- Vamos v�-Io agora?
- Que maravilha.

- Vamos ver o Raphael?
- Gostaria muito.

� o retrato que aquela fam�lia
italiana se recusou a vender?

Sim. Eu o vi h� anos
e o achei encantador.

Quando n�o pude compr�-Io,
fiquei obcecado com a id�ia de t�-Io.

T�pico de voc�.

� s� a paix�o de um colecionador
de verdade, minha cara.

A fam�lia Peruscini teria vendido,
mas o velho conde se recusava.

N�o poderia compr�-Io enquanto ele
vivesse. Felizmente, decidiu morrer.

E eu o comprei.

Mas � Mari.

A semelhan�a n�o � s� acidente.

- Quer dizer que foi retocado?
- Certamente n�o.

Encontrei o retrato
antes de conhecer Mari, e o idolatrei.

Quando nos encontramos, foi como
se eu j� a conhecesse h� muito tempo.

- E a desejasse.
- Que rom�ntico.

- Talvez, se prefere ser sentimental.
- Ele detesta sentimentos.

A luz n�o � boa aqui.
Por que n�o o leva para cima?

Vou mandar enverniz�-Io de novo.
E tamb�m quero uma nova moldura.

- Vamos?
- Queria poder lev�-Io para cima.

- Podemos partir esta noite?
- Sim, querida.

Temos de ir � casa da Sra. Kingsley.

Posso dar uma desculpa
e encontr�-Io em seu apartamento.

Certo.

- Pe�a a MacDonald que tranque o cofre.
- Sim.

- Algu�m o viu entrar?
- Vim pela porta lateral, como ordenado.

E tamb�m nunca o vi em minha vida.

Que bom. Agora me conte o que houve.

- Foi um busto-crusto.
- O qu�?

- Um fracasso.
- Continue.

Galt foi � casa de Jardine ontem
e bateu nele, mas foi tudo.

Algu�m chamou os tiras,
mas Galt escapou.

- A que horas foi isso?
- Por volta de uma hora.

Se quer minha opini�o,
acho que est� perdendo seu tempo.

Galt � esperto. N�o vai
se encrencar de novo.

Se n�o conseguir faz�-Io
matar Jardine, deixe que eu o fa�a.

Posso enfiar uma bala nele
sem despertar suspeitas.

- Ligue para ele.
- Para quem?

Galt.

E pare de jogar cinza no meu tapete.
� um Kashan leg�timo.

S� um momento, por favor.

Mal acabou de voltar
e j� a abandonou de novo.

E eu o quero de volta.
Ele precisa de mim.

Cumpri minha miss�o
ao encontrar seu marido.

- � sua miss�o segur�-Io.
- Sei que...

O homem do terno branco
est� na linha.

Tem grana?

Talvez. O que est� vendendo?

Jardine, bem barato.

Ele demora a dar lucro
e preciso ir embora.

- Quer saber o que ele anda fazendo?
- Precisa de 200 d�lares para ir embora.

Preciso de duas notas para a viagem.

Onde? No seu escrit�rio?

- N�o, est� sendo vigiado.
- Venha � minha casa. Oeste 504 com a 52.

Apartamento 307. 19h30.

Esta noite?

Certo.

Avisarei se n�o puder ir.

Certo.

Pronto.

Sim, mas como
vai fazer Jardine cair nessa?

Depois de ontem, n�o vai visitar Gail
para ser surrado mais um pouco.

Ele estar� l�.

Por que n�o estaria?

Afinal ele � um dos
meus amigos mais pr�ximos.

Confiei nele.
Agora ele confiar� em mim.

- Como posso ver um filme enquanto...
- O filme demora uma hora.

- Voltarei �s oito.
- Quero ir.

Terno Branco n�o falar�
se voc� estiver l�.

Um, por favor.

Nunca pensei que fosse implorar
para ir ao seu apartamento.

J� esteve l�. Avisarei se precisar
de mais costura ou comida.

� um de seus talentos tamb�m, n�o �?

V� embora.

Por que n�o voltou
para me buscar? O que houve?

Nada.

- Eu a verei em sua casa.
- Deixe-me entrar.

Ficarei aqui
at� que abra a porta.

O que h�?

Este � Tony Jardine.

N�o tenho respostas.

Mas a pol�cia as encontrar�.
E elas apontar�o para a minha casa.

- � imposs�vel.
- Apostarei nisso.

- Precisa chamar a pol�cia.
- E dizer o qu�?

Que algu�m colocou �ter em meu rosto
e me fez desmaiar?

Que acordei e Jardine
estava com a cabe�a esmagada?

E eu com o ati�ador na m�o? Ainda v�o
estar rindo quando me eletrocutarem.

N�o pode cuidar disso sozinho.

N�o venha com leis e justi�a.
A pol�cia trabalha com fatos.

Os fatos s�o falsos,
daqui at� o corredor da morte.

- Agora saia e me deixe pensar.
- Eu s� queria ajudar.

Obrigado,
mas n�o pode. Agora v�.

Preciso ganhar tempo
e descobrir o que houve.

Agora saia daqui.

Coloquei o ati�ador no lugar.

- Quero ajud�-Io.
- Estar� encrencada se eu n�o fizer nada.

Se n�o fizermos nada. N�o me importo.

O que fizeram a voc�, fizeram a mim,
e ficarei a seu lado, de meia e tudo.

Pode parecer bobagem,

mas acho que o homem do terno branco
queria que voc� o visse aquela noite.

� claro que sim. Nenhum cara esperto
usaria terno branco para seguir algu�m.

Por que aquele carro
quase me atropelou?

Eu deveria saber disso. Jardine
n�o queria me pegar. Mas algu�m quer.

Algu�m que sabia
sobre Jardine e mim em S�o Francisco.

Algu�m que queria que eu pensasse
que Jardine estava atr�s de mim.

Mas quem?

N�o sei. N�o h� pistas.

Talvez algo de que tenha se esquecido.

N�o tive mais problemas com a lei.

Nada de d�vidas,
maridos furiosos, vingan�a, nada.

As pessoas n�o matam
e culpam os outros por divers�o.

Mas n�o faz sentido. O que
quer que eu fa�a? Chame algum g�nio?

- N�o faz sentido, mas...
- O qu�?

Se eu encontrasse o Terno Branco,
talvez conseguisse algo.

- Onde est� a carteira?
- No meu apartamento.

Vamos.

- E ele?
- S� limpam aqui uma vez por semana.

A faxineira nunca limpa debaixo da cama.
Isso vai me dar uma vantagem.

Pergunte ao zelador onde estou.
Diga que tocou e ningu�m atendeu.

- V� para casa. Eu a encontro l�.
- Certo.

- Quem �?
- Eu.

- H� bebida naquele arm�rio.
- Obrigado.

Aqui est�.

Fred Foss, 328 Leste com a rua 23.

- Acho que descobriremos algo.
- Como sabe que � o Terno Branco?

Meu ded�o diz que sim. Vamos.

- Fred Foss mora aqui?
- No t�rreo, pelos fundos, por ali.

Obrigado.

Onde est� Fred Foss?

O que quer comigo? N�o fiz nada.

- Esta carteira � sua?
- Sim.

Eu a perdi no metr�.

- Obrigado.
- Voc� � Fred Foss?

Com certeza. Pergunte aos vizinhos.

- Os cinco d�lares n�o est�o aqui.
- N�o quero seus cinco d�lares.

Obrigado.

L� se foi minha �Itima pista.

Sinto-me morto por dentro.

Estou encurralado em um canto escuro
e n�o sei quem est� me acertando.

Muito bem.

Encontre-me amanh�.
Mesmo local, mesma hora.

- Quem �?
- Sou eu, querida.

S� um minuto.

Entre.

J� passam das nove, querida.
A Sra. Kingsley nos espera �s dez.

N�o posso ir.
Estou com uma dor de cabe�a horr�vel.

Certo.

Sinto muito, querida.

Vou dormir.
Por que n�o vai sem mim?

Nem pensaria nisso, querida.

A Sra. Kingsley ficar� chateada.

Ela n�o se chateia facilmente.

Mas prometi
me encontrar com Tony l�.

Tenho um assunto delicado
para tratar com ele.

Ent�o n�o � melhor voc� ir?

Acho que pode esperar.

Prefiro ficar aqui com voc�.

N�o � importante?

N�o. Mas � um problema
que ele tem compet�ncia para tratar,

um homem com tanta experi�ncia legal,
em todos os seus aspectos duvidosos.

Voc� est� t�o misterioso.
Do que se trata?

O clich� mais antigo do mundo.

Um de meus amigos, que se enganou
pensando que tinha um casamento ideal,

descobriu recentemente
que h� um outro homem.

Tony n�o trata de div�rcios, trata?

O marido n�o quer div�rcio.

Quer dizer que ele a quer de novo?

E como dizem nos achados e perdidos,
oferece uma recompensa por sua volta.

Quer dizer que o outro homem
pegaria o dinheiro e iria embora?

Quando um homem pobre,
sem nenhuma virtude apreci�vel,

sucumbe � esposa de um homem rico,

deve-se suspeitar que seu interesse
seja mais financeiro que passional.

Mas como ela se deixaria
enganar por tal homem?

Veja o Tony, por exemplo.

Nunca imaginaria que estivesse
interessado em Lucy Wilding.

- Mas est�.
- Ele sempre a odiou.

Lamento dizer
que a odiou bem intimamente.

N�o � poss�vel.
Ela � muito velha para ele.

O amor n�o � territ�rio exclusivo
dos adolescentes, minha querida.

� um mal do cora��o
que atinge todas as idades.

Como meu amor por voc�.

Meu amor por voc� � a �nica doen�a
que tive desde crian�a.

E � incur�vel.

- Quem �?
- O leiteiro.

- Bom dia.
- Bom dia.

Obrigada.

Nada.

Talvez eu deva
contratar um agente de publicidade.

- Que horas s�o?
- Sete.

Se eu soubesse quem estava
me seguindo, n�o seria t�o ruim.

Como lutar se n�o sabe
contra quem est� brigando?

- Sai derrotado antes de come�ar.
- Eu o conhe�o.

- N�o vai deixar que saiam dessa.
- N�o tenha tanta certeza.

J� aconteceu antes.
Podem me prender muito facilmente.

Certo, ficaremos sentados
sentindo pena de voc�.

Ergueremos um Muro das Lamenta��es.

Mas n�o d� uma de Poliana,
dizendo que tudo dar� certo.

N�o sou o homem dos milagres.

Se a empregada
olhar debaixo da cama, estou perdido.

Beba isto.

Olhe para mim.
Um monumento de for�a, nervos de a�o.

N�o se preocupe. A mancha sai.

Mancha.

- Sujei o terno branco de tinta.
- E da�?

Precisa limpar o terno.
A lavanderia deve ter seu endere�o.

� uma cidade suja.
H� lavanderias a cada esquina.

Elas n�o lavam as roupas, e sim
as mandam para tinturarias industriais.

- N�o deve haver muitas delas.
- E se ele n�o mandou lavar o terno?

Ele n�o andaria por a�
em um terno manchado. N�o � bom.

� uma longa lista.

Vamos dividi-la.

� cedo para se usar ternos brancos.
Vamos encontr�-Io se estiver aqui.

Se encontrar,
vai receber cinco pratas. Mexa-se.

Recebemos alguns ternos brancos,
mas nenhum manchado de tinta.

Desculpe, nenhum terno branco.

Estes s�o os contratos
e este, seu hor�rio no dentista.

Galerias Cathcart.

Um Sr. Smith, de S�o Francisco.

� tudo.

N�o h� nada nos jornais.

Eu disse que o neg�cio foi feito.
O que posso fazer se n�o o encontraram?

Isso me parece estranho.
Tem certeza de que deu tudo certo?

O que quer que eu fa�a,
anuncie no jornal?

Ou resolvemos isso hoje
ou irei at� a galeria.

E entrarei pela porta da frente.

Tenho um compromisso �s tr�s
no Edif�cio Grant. Encontre-me l�.

Espere um pouco.

Edif�cio Grant. 31� andar. �s tr�s horas.

Viatura 15.

- Que horas s�o?
- 13h45.

N�o � linho riscado.
Um terno de linho branco.

Obrigado.

Broadway 1.164. Tentativa de furto.

Viatura 21.

Inc�ndio em armaz�m.

Esqueceu de seu juramento de escoteiro?

Pensei que deixaria Jardine em paz.

- Estou limpo.
- Acredito em voc�.

De qualquer modo,
ele n�o deu queixa.

N�o o culpo por bater nele,
mas tinha de invadir e quebrar os m�veis?

Terei de tomar sua condecora��o
se n�o deix�-Io em paz.

Achei melhor avis�-Io.

Obrigado.

Al�? Isso mesmo.

� o terno. Usou que nome?

S� um minuto.

Entendi. Qual � o endere�o?

Obrigada, senhor.
Vou lhe enviar vinte d�lares.

- N�s o encontramos.
- Que �timo.

Martha.

- Onde est� Martha?
- O qu�?

- Onde est� Martha?
- Pediu demiss�o ontem.

Ainda bem.

Um homem chamado Stauffer
mora aqui? Um cara forte.

Saiu h� meia hora, com malas e tudo.

Para onde foi?

Tira?

- � importante.
- Eu sei.

- Para onde ele foi?
- Ela n�o sabe de nada.

Sei sim. Eu o ouvi no telefone.

Ent�o diga a ele.

Querida, quer uma moeda?
Para onde ele foi?

- Para um pr�dio.
- Que pr�dio?

O mesmo do presidente. O de barba.

Edif�cio Lincoln?

Edif�cio Grant?

- Ele estava doente.
- Estava?

Disse que ia pegar
c�scara-sagrada na galeria.

A gente pega
c�scara-sagrada em uma galeria?

N�o sei, querida. Pegue.

Estamos sozinhos.

N�o entendo
por que n�o saiu nada nos jornais.

Tem certeza de que nada saiu errado?

Quando fa�o algo, fa�o direito.
� porque ainda n�o o encontraram.

Vim do banco direto para c�.
N�o tive tempo de contar.

N�o pare o tr�fego. Saia daqui.

Todos, por favor.

Para tr�s.

- O que houve?
- Para tr�s.

- N�o parem.
- Ele pediu para ir ao Edif�cio Grant.

Ele parecia bem,
at� me pediu que o esperasse.

Como eu poderia saber
que se mataria?

Ele caiu como uma bomba.

Suas malas ainda est�o no porta-malas.

� engra�ado.
Nunca vi nenhum deles quicar.

Volte aqui!
Ele est� roubando meu carro!

EM CASO DE PROBLEMAS, V� �
GARAGEM 1� AVENIDA COM A RUA 60

O jogo acabou.
Nada de cart�o, carta, coisa alguma.

Fiquei sob a mira de um rev�Iver
para pegar essas coisas

e a trilha acabou
em uma cal�ada da Quinta Avenida.

- Ele nunca ser� identificado.
- Algo aparecer�.

O tintureiro deu o nome e endere�o
de Stauffer. A garota, do Edif�cio Grant.

O que mais apareceria? Posso ser
burro, mas sei quando cheguei ao fim.

- Eu n�o cheguei.
- Ningu�m lhe pediu para chegar.

Acabarei na pris�o. N�o escaparei.

Escapar� se usar a cabe�a.
Por exemplo, que mais a garota disse?

- Nada que fizesse sentido.
- O que disse?

Algo sobre Stauffer pegar c�scara-sagrada
na galeria. Sabe o que � isso?

C�scara-sagrada na galeria.

Nem h� c�scara-sagrada em galerias.

Talvez estivesse doente e tivesse
ido a um m�dico no Edif�cio Grant.

H� uma galeria de arte
na Quinta Avenida.

Galerias Cathcart.

O que Stauffer
teria a ver com uma galeria de arte?

Nada, a n�o ser
que haja alguma conex�o.

Tem raz�o. Na casa de Jardine,
havia um quadro desembrulhado.

� Reeves. Tire isso do caminho.

Sairei pelos fundos. Fique pronta.
Vou encontr�-la em sua casa.

- Para onde vai?
- Absorver cultura na galeria.

- Onde est� Galt?
- N�o est� aqui.

Pode se despedir dele.
Ser� condenado � morte por homic�dio.

- Posso ajudar?
- Quero dar uma olhada.

Estamos quase fechando,
mas se eu puder ajud�-Io...

Pode me mostrar a galeria
e falar sobre os quadros.

- E queria lhe fazer umas perguntas.
- Ao seu dispor.

O Sr. Pagacelli apareceu hoje?
O grande cr�tico holand�s.

- N�o o conhe�o.
- Um cara forte com nariz quebrado.

Usa um terno branco
mesmo fora da �poca.

- Tem certeza de que n�o o viu?
- Tenho.

Talvez goste de algo assim.

Acho que n�o.
Parece que colocaram enchimento nela.

ANTHONY JARDINE.
ADVOGADO, V�TIMA DE HOMIC�DIO

Corpo descoberto por faxineira
no apartamento do ex-s�cio.

Entre.

- Quer que feche o cofre?
- Todos j� se foram?

- S� h� um cliente com a Srta. Dennis.
- Eu mesmo trancarei.

- Boa noite.
- Boa noite.

Esta � uma das melhores de Donatello.

- Quanto custa?
- Quarenta mil d�lares.

- Embrulhe.
- Vai levar?

- Quanto custa o pedestal?
- � s� um pedestal comum.

Preciso dele.

- Quem � o dono daqui?
- Hardy Cathcart.

- Ele est�?
- Creio que sim.

Sei que uma venda pequena n�o me d�
privil�gios, mas queria v�-Io.

Com certeza. Acompanhe-me.

O Sr. Cathcart
deve estar no cofre. Fique � vontade.

- Ficarei.
- Ele subir� logo.

N�o h� pressa.

Um cavalheiro est� em seu escrit�rio
querendo comprar o Donatello.

- Quer o pedestal tamb�m.
- Podemos fazer isso.

Quer lev�-Io consigo.
Pediu-me que o "embrulhasse".

- O Donatello?
- Sim, senhor.

Eu mesmo cuidarei disso.
Pode ir agora.

- Boa noite.
- Boa noite.

- O Sr. Cathcart subir� logo.
- Obrigado.

- Gostaria de um c�lice de cherry?
- N�o gosto.

- Boa noite.
- Boa noite.

Eu...

Desculpe. Pensei
que meu marido estivesse aqui.

- Sra. Cathcart?
- Sim.

Seu marido
est� l� embaixo. Subir� logo.

Obrigada.

Acho que temos
um conhecido em comum.

Anthony Jardine.

� um amigo do meu marido.

- Tem o visto ultimamente?
- H� muitos dias.

Acho que n�o o ver�
por muito, muito tempo.

- Ele foi assassinado.
- Assassinado?

� por isso
que vim ver seu marido.

Hardy o matou.

Como ousar encostar nela?
Tire suas m�os dela!

Que bom v�-Io se revelar finalmente.
Reduz sua import�ncia.

Estranho.

V�-Io aqui me faz
rever a opini�o que tenho de voc�.

Ela melhorou.

Vamos?

- Prefiro privacidade.
- Para qu�?

Para nossa conversa.

L� embaixo.

Veio me ver.
Sobre o Donatello, certo?

Na verdade, estou interessado
em uma obra de arte moderna.

Algo frio como uma est�tua agora.

Foi conclu�do na noite retrasada.

Acho que pertence
� sua cole��o. Um Tony Jardine.

Bobagem. N�o lido com coisas
sem valor como um Jardine.

N�o cuidou bem dele.

� mesmo?
O que foi encontrado em sua casa?

Foi enviado ao colecionador errado.

- Tem certeza de que n�o � seu?
- Absoluta.

O Jardine pertence mesmo a voc�.

- Pagou por ele.
- Paguei?

Algu�m pagou o grandalh�o
para acabar com ele. Ou foi de gra�a?

Talvez o tenhajogado dajanela
para ficar com o que era dele.

Sua imagina��o
come�a a me aborrecer.

- Entre a�.
- N�o vai sair dessa...

N�o?

� um criminoso. Eu o peguei.

Sua esposa sabe que matou seu namorado.
Acha que ela ficar� calada?

O que ela faz n�o � da sua conta.
Deixe-a fora disso.

O corpo de Jardine foi encontrado
na sua casa, e isso encerra o assunto.

De jeito nenhum.

Voc� me incriminou, mas a pol�cia
descobrir� que voc� tem mais motivos.

� a �nica coisa razo�vel
que disse at� agora.

Em um julgamento, nossos motivos
dar�o um caso interessante.

Quem sabe merecer� ser levado
ao Supremo Tribunal?

Infelizmente,
n�o estar� presente durante o veredicto.

Agora entre a�.

Mac, acha que algu�m em s� consci�ncia
compraria um lixo desses?

Com certeza. � arte.

Obrigado.

Boa noite.

Eu o verei de manh� cedo.

Pode ser mais tarde?
Temos um compromisso no cart�rio.

Ele ainda n�o me pediu, mas eu disse
desde o come�o que jogava para valer.

Ent�o teremos de deixar
para amanh� � tarde.

Vejo voc� � tarde. E parab�ns.

- Obrigado.
- Boa noite.

Legendas Visiontext:
Renata Silva

PORTUGUESE - BR