All language subtitles for I.Wake.Up.Screaming.1941.1080p.BluRay.H264.AAC-RARBG

Baseado no romance:
"EU ACORDEI GRITANDO",
de Steve Fisher

Extra! Extra!
Leiam tudo a respeito!

Modelo loura assassinada!
O assassino est� solto!

- Ei, rapaz!
- Sim, senhor.

BELA MODELO ASSASSINADA

Obrigado.
Extra! Leia tudo a respeito!

- Seja claro, ser� bom pra voc�.
- Quando encontrou o corpo?

- Por que fez isto?
- Eu n�o fiz.

- Voc� j� disse isto antes.
- Foi e vou dizer outra vez.

- Posso repetir quantas vezes quiserem.
- Ou�a, irm�o.

Parece que ainda n�o entendeu.
Ser� frito por isto.

- Isto d� cadeira el�trica.

Sim, se provarem que fui eu
e n�o acredito que consigam.

- Acho que podemos.

Fica mais teimoso, quando
rodeado pelo seu pessoal, n�o?

Por que n�o fica onde eu possa v�-lo?
Isto n�o importa.

Quando viu Vicky Lynn
pela primeira vez?

Ou�am companheiros.
Por que n�o gravam isto

para que possam ouvir
quantas vezes quiserem?

Conte, Frankie,
s� mais uma vez.

Comece de quando a viu pela primeira
vez no restaurante da 8� avenida.

- Ok, o MacDonald. Por voc�, fa�o isto.
- Obrigado.

Eu tinha ido assistir uma
luta de boxe com uns amigos.

Entramos para tomar um caf�, e

- e bolo com caf�.
- Isto � tudo?

N�o, mas o resto
n�o estava no menu.

Voc� n�o poderia
pagar se estivesse.

- Sabe de uma coisa?
- Sim.

Estou perdendo tempo
trabalhando como gar�onete.

Frankie, voc� est� perdendo o controle.

Aposto que posso pegar aquela garota e
em seis meses, p�-la no topo das escadas.

Que escadas? Voc� promoveu todos,
de pugilistas a bailarinas

mas duvido se mesmo voc�, mestre,
transformaria em dama uma gar�onete.

Com as roupas certas, nos lugares e com
as pessoas certas, ela poderia passar.

Seria divertido tentar,
mesmo que n�o desse certo.

Chegou ela, Frankie.
Use seu charme.

Gostaria de ir ao Clube
El Chico amanh� � noite?

- � onde tenho ido.
- N�o estou brincando.

Voc� usar� uma estola preta e a
introduzirei na sociedade. O que acha?

Acho que est� louco.

Eleanor, gostaria que me visse
representando Romeu. Foi magn�fico.

- Isto foi h� muito tempo, n�o?
- Qual sua idade?

Querida Sra. Handel, isto
n�o conto nem pra minha m�e.

- Ah.
- Quem � aquela mo�a linda?

- Boa noite, Mr. Christopher.
- Boa noite.

J� escolhi sua mesa.

Estou com sorte. Conhe�o
o homem que est� com ela.

- Quem �?
- Frankie Christopher, promotor esportivo.

Lutas de pugilistas, h�quei,
carnavais no gelo e garotas.

Principalmente garotas.
Com licen�a.

- Vinho com o jantar e depois caf�.
- Est� certo, senhor.

- Ol�, Christopher.
- Ol�, Ray.

Srta. Lynn, apresento o
famoso ator, Robin Ray.

Ator? � verdade?
Como vai?

Ou�a, sua gar�onete, n�o me venha
com esta pose de dama, ou te mordo.

- Estou exagerando?
- Sim, mas n�o est� mal.

Ol�, Christopher.
Como v�o as coisas?

- O que acha?
- Acho que est�o indo bem.

Srta. Lynn, gostaria que conhecesse
Larry Evans, o colunista.

- Larry, esta � a Srta. Vicky Lynn.
- Como vai, Sr. Evans?

- L� muitos artigos a seu respeito.
- De fato. Espero que elogiosos.

Claro. A maioria
saiu em sua coluna.

- Assim.
- Continue assim, Vicky. Vai bem.

Sim. Isto n�o estava programado.
Bem, sentem-se rapazes.

Sente-se. Lynn? Lynn?
Os Lynns de Baltimore, por acaso?

N�o, n�o. Minha fam�lia � de Boston,
da casa do feij�o, conhece?

Ah, �? N�o me diga.

- Vamos dan�ar a pr�xima mazurca?
- eu amaria.

- n�o, voc� n�o.
- Espere. Espere.

N�o trouxe a Srta. Lynn para
voc�s. Vamos, briguem por ela.

Se ela tiver que dan�ar
com algu�m ser� comigo.

Resolvam isto fazendo prevalecer
a idade sobre a beleza.

- Vire-se. Eu a vi primeiro.
- N�o pode falar comigo assim.

- Cavalheiros, cavalheiros.
- Desculpem. Lady Handel pede desculpas

e gostaria de jantar com o Sr.
Christopher e seus convidados.

Bem, ficaremos encantados.

Bem, j� conseguiu, Vicky. S� precisa
mexer os p�s e encontrar um caminho.

- Vamos, Vicky.

Tudo bem, rapazes.
Vamos.

Apresento a Srta. Lynn
e o Sr. Christopher. Senhora Handel.

- Como vai, Srta. Lynn?
- Como vai?

- E o Sr. Christopher.
- Como vai?

- N�o querem sentar?
- Obrigado.

Robin, voc� senta aqui.

Voc� ainda n�o estabeleceu seu pre�o.

Bem, farei tudo que puder: estar�
na minha coluna de vez em quando.

Ser� melhor que tenha seu
nome relacionado ao meu.

N�o vejo porque.

Boa noite, Harry.
Posso pegar minha chave?

Pegue a chave para a
Srta. Lynn, r�pido.

Bem, boa noite, cavalheiros.

Foi maravilhoso, estou
muito agradecida por tudo.

- Bem, n�o podemos subir um momento?
- � melhor n�o.

� muito tarde, e vamos
acordar minha irm�.

- Boa noite. Boa noite.
- Boa noite.

- Boa noite.
- Venho te buscar amanh� cedo.

Estarei esperando por voc�.

- "Irm�."
- Odeio garotas que t�m irm�s.

- De que est� se queixando? J� a viu?
- N�o, voc� j�?

- N�o.
- Ent�o estamos iguais.

O dia em que estivermos iguais,
saberei que estou acabado.

Por que est� t�o preocupado?
Ela ainda n�o � ninguem.

Mas vai ser, e quando for, vai
ficar feliz de estar por perto.

Por que achou que faria algo por ela?
Este � meu neg�cio: Promo��o.

Ela era bonita, jovem, boa pessoa.
O que mais voc� quer?

- Eu fa�o as perguntas.
- Se apresse. Tenho um encontro no Garden.

- Ok, MacDonald.
- Ou�a, Frankie.

Houve um assassinato e estamos
tentando entender os fatos.

Isto � tudo.

- Como se chama?
- Jill Lynn.

- Algum apelido?
- N�o. Me chame de "Jill".

- Que rela��o tinha com a falecida?
- Era minha irm�.

H� quanto tempo vive em Nova York?

Bem, Vicky morava aqui faz tempo,
e depois que minha m�e morreu

vim de Chicago
morar com ela.

Apesar de dividirmos o apartamento,
nos vimos pouco nas �ltimas semanas.

- Por que?
- Bem, sou taquigrafa no centro

e Vicky trabalhava
� noite num restaurante.

- T�nhamos hor�rios diferentes.
- O que sabe sobre Frankie Christopher?

Nada, exceto que foi quem primeiro
deu a Vicky aquelas grandes ideias

sobre tornar-se uma celebridade.

Quando isto come�ou?

Perceb� que era s�rio na noite
que ela chegou da boate.

Era bem tarde e dormi no sof�.

Jill. Jill, O que acha?
Consegui. Sou um sucesso.

- O que � tudo isto?
- Sabe o que aconteceu?

A Sra. Handel convidou-me
para a mesa dela.

Conheci os grand�es, dancei
com os mais belos jovens.

Tive d�zias e d�zias de convites.

Convites pra que?

N�o volto mais pro reles emprego
no restaurante. - O que?

Por que deveria? Entendi que
estava desperdi�ando meu tempo.

- Posso ser algu�m.
- Vicky, fala s�rio sobre sair do emprego?

Claro. Por que continuaria servindo
mesas se posso fazer outras coisas?

Vicky Lynn, perdeu o ju�zo?

N�o. Tomei consci�ncia. S� isto.

Frankie Christopher
acha que tenho futuro.

- Quem � Frankie Christopher?
- Jill, todos o conhecem.

- � um famoso promotor de esportes.
- O que ele quer fazer?

Patinar ou descer as Cataratas
do Niagara num tonel?

Jill, tenho oferta para posar para capa
de revista e fazer propaganda de cigarro.

Vicky, quando mam�e morreu
prometemos cuidar uma da outra.

N�o acha que esta sendo tola?

- O que quer dizer?
- Este Frankie Christopher.

Pessoas deste n�vel o que v�o
querer com gente como n�s?

- Jill, eles v�o me ajudar.
- De que forma?

V�o me glamourizar.

Devem ter come�ado como uma
brincadeira, mas depois de ver

as promessas milion�rias desta noite

Entendi que posso dar as
cartas e chegar ao topo.

Vicky, n�o vai conseguir
subir t�o facilmente.

Uma semana seu rosto est� em capa de
revista na outra vai estar nas cinzas.

Sei que pare�o boba. Gosto
de divertir-me como todos.

Jill, � muito doce
mas somos diferentes.

Sei o que quero e como conseguir.

Ent�o, pode parar de
preocupar-se comigo?

Ok.

O que precisa � de dormir. Se perde
sua apar�ncia, perde seu ganha-p�o.

Boa noite.

Quando viu pela primeira
vez Frankie Christopher?

Na manh� seguinte.
Estava preparando o caf� da manh�

- Vicky, acho que ele chegou.
- Ok. Vou me arrumar.

- A Srta. Lynn est�?
- Qual Srta. Lynn?

A glamourosa ou a simples?

- � irm� dela.
- Voc� � r�pido.

- Sou Frankie Christopher.
- Foi o que pensei.

- Posso entrar?
- Claro.

Claro, aqui � uma bagun�a, mas pode
encontrar um lugar pra sentar

Diga, por que tanto sarcasmo?
Ainda n�o conhece nada sobre mim.

Nada sei sobre arte,
mas sei o que me agrada.

Que ideia � esta de fazer
de Vicky uma celebridade?

N�o h� nada oculto. Acredito nisto
sinceramente. Afinal � meu neg�cio

descobrir talentos e promov�-los.

Veja. D� uma olhada.

A hora de comer no zool�gico.
A SRA. HANDEL E AMIGOS NO CHICO CLUB

- Onde voc� est�?
- N�o apare�o nas fotos.

Fotografo os que quero promover.
Fico nos bastidores, onde devo estar.

- Modesto voc�, n�o?
- N�o muito.

� s� uma supersti��o.

- � o Frankie?
- Sim, querida.

Segure-o pra mim, Jill.
N�o o deixe ir embora.

Saia e o segure voc� mesma.

- Bom dia, Frankie.
- Que bela roupa est� usando.

Daquele momento em diante, a vida
dela ficou grandiosa, vertiginosa.

Era chamada pra tudo.
Ofertas pra posar para an�ncios

desfilar roupas, integrar o bal� no
gelo. Toda forma de publicidade.

Lembrou as li��es de
canto que mam�e pagou

e de repente come�ou a
sentir-se uma cantora.

Frankie conseguiu que
ela cantasse numa banda.

Finalmente, uma manh�, as
coisas chegaram ao climax.

N�o sei porque est� demorando.
Deixei um recado horas atr�s.

Bem, Jill, por que
est� t�o nervosa?

Por nada. Exceto porque ele
vai ficar totalmente louco.

- N�o se preocupe. Cuido dele.
- Agrade�o.

- N�o gostaria de estar na sua
pele nem por todo ouro de Kentucky.

- Acha que � ele?
- Conhe�o a batida. Entre.

- O que h�?
- Bem, n�o vai ser bem um casamento.

Sinto muito.
Fiquei acordado a noite toda.

Querido, algo terr�vel aconteceu.

N�o sei como te dizer,
� t�o embara�oso, mas

Claro que sei tudo que
tem feito por mim, mas, bem

a vida � t�o incerta
hoje em dia, n�o �?

- V� ao ponto.
- Bem, eu

- Eu vou embora.
- Embora? Pra onde?

N�o pude evitar, realmente n�o.
Bem, conheci este homem, e

S�o s� neg�cios,
voc� entende.

- Pra onde vai?
- Pra Hollywood.

Hollywood?

Como disse, o conheci e ele quis
que eu fizesse um teste para o cinema.

N�o vi nenhuma maldade
nele, ent�o disse sim.

Nada te diria se ele fosse mau.
Queria te fazer uma surpresa.

Mas tudo foi maravilhoso e
assinei um longo contrato.

- Quando vai?
- Amanh� � noite.

- Parab�ns.
- Frankie, espere.

Veja, tenho sido
sincero com voc�, n�o?

- Por que n�o me disse?
- Frankie, sei o que est� pensando.

Afinal, voc� me tirou do restaurante,
apresentou-me gente importante

e toda esta coisa, mas, bem,
tenho minhas escolhas tamb�m.

Mas era em mim que
estavam interessados.

Muitos me acham muito atraente.
Voc� n�o criou isto.

- N�o sou nenhum Frankenstein, voc� sabe.
- N�o tenho certeza.

- Entre.

Robin, Larry, que
simp�tico voc�s virem.

- Qual o problema? O que aconteceu?
- Est� bem?

- Vim logo que recebi seu recado.
- Querido Robin, querido Larry

Algo terr�vel aconteceu.

Por tudo isto comecei a achar que
eu estava errada e Vicky certa.

Afinal, ela tinha fechado
um contrato com Hollywood

e eu ainda datilografando
e quebrando minhas unhas.

Este � o problema de dar conselhos.
Muitos deles s�o errados.

Quando Vicky falou daquele
emprego sem que eu soubesse, eu

bem, quase caio morto.

- Ent�o, em vez disto, a fez cair morta?
- N�o, sabich�o.

Fiz exatamente o que farias:
Tomei um porre.

- Importa-se de baixar um pouco o som?
- De jeito nenhum.

- As mulheres s�o todas iguais.
- Pelo amor de Deus, que diferen�a isto faz?

Precisamos delas.
S�o um mal necess�rio.

Pode imaginar ela fugindo de mim
depois de tudo que fiz por ela? Eu!

Que voc� fez por ela?
O que fez por ela?

Bem, levei-a para os melhores lugares.
Foi vista comigo em todos os lugares.

- Fiz com que ela se sentisse importante.
- Sim, canastr�o.

N�o pensou que achariam que
havia algo entre voc�s, pensou?

Se n�o fosse pela tua coluna,
pensariam que era tua enfermeira.

Veja, seu colunista de meia tijela.

Eu j� era famoso quando trocavam
tuas fraldas 20 vezes ao dia.

Por que brigarmos? Estamos todos
na mesma. � melhor admitirmos.

- Certamente voc� se divertiu com isto.
- � a� que se engana.

Tudo que tive foi um aperto de m�o,
um sorriso e uma promessa.

Tinha que ficar sentado com a tal irm�
esperando Vicky chegar em casa.

- Est� brincando.
- Foi assim. Noite ap�s noite.

Nunca ganhou sequer uma lembran�a?

Bem, eu ganhei isto.

Ela me deu isto uma
vez ap�s um encontro.

Disse que eu subisse para
o apartamento dela e esperasse.

Esperei e ela entrou com voc�.

Fui desprezado.
Havia outro para o �lbum de recortes.

Me pergunto se n�o havia mais algu�m
na vida dela o tempo inteiro.

Bem, se havia, era bem escondido.

Houve algu�m na vida dela antes
deste Frankie Christopher?

Na sua �ltima visita a Nova Iorque,
por exemplo, h� um ano atr�s?

Um pequeno incidente que possa
recordar pode ser muito �til.

Ela estava trabalhando muito
no restaurante na �poca.

N�o tinha muito tempo pra
estar andando por a�, e

Agora que mencionou isto, lembrei de
uma coisa estranha que aconteceu.

N�o pensei muito nisto
na ocasi�o, mas, bem

Eu estava sentada no restaurante esperando
que ela terminasse para irmos pra casa

quando...

- Estarei com voc� num instante.
- Ok.

Vicky?

Parece que tem um admirador.
Um rapaz te olhava pela janela

como um lobo olha para
os tr�s porquinhos.

Estou acostumada com isto.
Com aquela janela de vidro

tenho tanta privacidade quanto
um manequim vestida numa camisola.

N�o me preocupo com isto.

� aquele.

- Me d� medo.
- Vai ter que se acostumar com isto.

Tem mais lobos em Nova
Iorque do que na Sib�ria.

Eu o v� v�rias vezes depois disto.

Ele nunca disse nada, aproximou-se
ou nos importunou de alguma forma

mas me deixava aflita.

Havia algo estranho nele, a
forma que ele olhou pra ela

a forma como aparecia
inesperadamente nos lugares.

Talvez se pudesse encontrar aquele
homem, teria encontrado o assassino.

Um estranho misterioso, n�o?

Jovem, tem que fazer melhor que isto.
Eu e meu companheiro n�o nascemos ontem.

- Por que tenta proteger Frankie Christopher?
- N�o estou tentando proteg�-lo.

S� n�o acredito que tenha feito isto.

J� houve algo entre voc� e
este Frankie Christopher?

- O que quer dizer?
- Esteve apaixonada por ele, n�o foi?

- � mentira!
- Esteve mas ele n�o te deu chance

ent�o tirou sua irm� do caminho.

Deixe-me sair daqui!
N�o tem direito de falar comigo assim.

- O que pensa que �?
- Um mal pago detetive tentando chegar aos fatos.

Bem, exijo ver alguma autoridade daqui!

- Quero ver o cabe�a daqui!
- Chame o Cornell.

- N�o queremos ser rudes com voc�, s� se for preciso.
- J� disse que n�o fui eu.

Inspetor, est� sendo
chamado l� dentro.

Certo, rapazes.
Mantenham-no esperto. Volto logo.

- Aqui est�.
- Obrigada.

Bem, jovem.
Aqui est� o chefe.

� ele!
Este � o homem!

- O que � isto? - Ela est� louca.
Disse que viu um estranho misterioso

espreitar pela janela
do bar onde sua irm� trabalhou.

- Agora diz que era Ed.
- O que diz, Ed? Espreitava pela janela?

Claro. Quando acontece � no meu distrito.
� meu trabalho vigiar as pessoas, Srta. Lynn.

Admito que ele d� a impress�o
de ter feito alguma coisa

mas no momento do assassinato,
estava em Albany comigo.

Frankie Christopher levou voc� e sua irm�
pra passear na noite antes do assassinato.

O que aconteceu naquele passeio?

N�o houve nada importante.
Vicky s� imaginou coisas.

- Como voc�?
- N�o estou imaginando nada! Te vi com certeza!

Tudo bem. Sou um observador.
Agora, sobre o passeio...

- Bem, � t�o bobo. Eu odeio
- Vamos, fale.

Christopher acabou de me contar tudo,
ent�o acho melhor n�o esconder nada.

Bem, foi na noite anterior que
Vicky foi para Hollywood.

Frankie veio nos pegar para passearmos.

Est�vamos passeando de carro,
sem pensar muito em nada, quando

Vamos sentir muito
ao v�-la partir, Vicky.

- N�o, n�o v�o. V�o alegrar-se.
- O que?

V�o ficar felizes de
ficarem longe de mim.

Jill est� apaixonado por voc�. N�o percebeu?
Vicky, n�o seja boba.

N�o sou.
Sei disto h� muito tempo.

Ele tentou encobrir, mas percebi.

Est� louca. Jamais isto
me passou pela cabe�a.

Eu sei.
� mais profundo que isto.

Por isto � t�o perigoso.
Algo vai acontecer.

Vamos voltar agora, vamos?

Ela disse pra Christopher,
"Vai agradecer por estar longe de mim."

- Foi assim, palavra por palavra?
- Sim. Mas ela n�o quis dizer isto!

O que quis dizer jamais saberemos.
Foi o que ela disse que conta.

Agora conte-nos quando e
onde encontrou o corpo.

Bem, era por volta
das 17:30 da tarde.

Tinha saido cedo do escrit�rio.

Quando sa� do elevador,
senti que havia algo errado.

N�o sei como explicar, mas havia
m�sica vindo do apartamento, e

- Vicky!
- Acabei de entrar, neste segundo.

� ela?

Jill, n�o acha que fiz isto, acha?

N�o acha, n�o �?

N�o sei bem o que
aconteceu depois disto.

S� lembro da sala
cheia de policiais.

Muito obrigado, Srta Lynn.
Foi muito �til.

- Eu desisto.
- D�o-se por vencidos muito f�cil.

Que tal botarmos as cartas na mesa?

O que Vicky quis dizer exatamente com:
"Vai agradecer por estar longe de mim"?

- De onde tirou isto?
- N�o importa. O que ela quis dizer?

- N�o sei.
- Vou te contar o que ela quis dizer.

Ela sabia que estava ressentido
por ela ter se afastado.

Quando deixou teus dois amigos
no bar, come�ou a ficar b�bado.

Bebeu a noite inteira e no dia seguinte.
Sua mente ficou mais e mais enfurecida

at� ficar louco de ci�mes
e com o orgulho ferido.

E digo que subiu e
matou-a a sangue frio.

- N�o � verdade!
- � verdade!

Tenho vontade de te
matar agora mesmo!

- Calma, Ed. Calma.

� tudo por hoje, Frankie.
Sinto t�-lo aborrecido.

Que tal duas entradas para o rodeio?

N�o precisa de entradas para o rodeio.

Se conseguir mais um par de touros
aqui, poder� ter seu pr�prio rodeio.

O inspetor adjunto quer ver Christopher
no escrit�rio dele agora mesmo.

Que tal Frankie?
Ele talvez queira desculpar-se.

Obrigado.

- Por que o tratou t�o mal?
- N�o sei.

Tenho 15 anos de experi�ncia nisto.

Se ele n�o � o culpado,
eu assumirei a culpa.

- A� vem ele.
- O que h�, Frankie?

- D�-nos um tempo, ok?
- O que foi que ele disse?

- Sinto, rapazes. Sem problema.
- Permita-me.

- Que � isto? - Ouv� que Ed Cornell
est� encabe�ando a investiga��o.

� verdade.-Irm�o, se ele disse que
voc� est� condenado, de fato est�.

Ele nunca perdeu um
caso em sua carreira.

Tome. Pendure o crepe no Cornell.
A carreira dele morreu.

Sr. Christopher, sinto muito
ter causado um inconveniente.

Espero que n�o tenham sido duros com voc�.
N�o, n�o. Sem problema.

Portaram-se como
perfeitos cavalheiros.

O fato � que algu�m cometeu um
terr�vel engano. Eu estava explicando

para a Srta. Lynn que parecia t�o
l�gico que voc� fosse o culpado.

- N�o parece mais?
- N�o. Acho que sabemos quem � o assassino.

- Quem �?
- Um rapaz chamado Harry Williams

telefonista do edif�cio.

- Importa-se se eu for agora?
- N�o mesmo, Srta. Lynn.

Sinto t�-la importunado.

- Adeus.
- Adeus.

O que o fez pensar que foi Williams?

- Acabamos de receber um telefonema.
- Williams sumiu desde �s 5:30 de ontem.

Ele est� escondido em algum
lugar, assustado e tr�mulo.

- Mas n�o se preocupe. N�s o encontraremos.
- Bem, � melhor que se apresse

porque se eu o encontrar primeiro,
haver� outro assassinato.

Jill!

Jill, n�o podemos ser amigos?

� uma boa hora pra pensar nisto.

Sinto que tenha contado aquela
hist�ria sobre o carro.

N�o pude evitar. Al�m do
mais, n�o significa nada.

Vicky n�o sabia o que estava
dizendo. Concorda, n�o?

Claro.
Posso te deixar em casa?

N�o, obrigada. N�o quero mais
lembran�as que o necess�rio.

NOVO SUSPEITO NO CASO DE ASSASSINATO
DE LYNN:
HARRY WILLIAMS, O TELEFONISTA,
PROCURADO PARA INVESTIGA��O.

Bem, � a primeira vez que tenho
um pesadelo de olhos abertos.

- O que voc� quer?
- Um dia vai falar enquanto dorme

e quando este dia
chegar estarei por perto.

N�o tem sentido, Cornell.
N�o sou deste tipo.

- Conseguiu autoriza��o?
- N�o. � uma iniciativa minha.

- Estou fazendo do meu jeito.
- Ent�o saia. Nada de ratos no meu quarto.

Ei, espere. Voc� parece n�o entender
que estou te fazendo um favor.

Estou te mantendo atualizado
sobre o andamento do caso.

Por exemplo, encontrei esta bagana
de cigarro no guarda-roupas dela.

Havia tamb�m um chinelo
como se tivessem usado

como se algu�m tivesse
esperado l�, escondido.

- Costuma fumar em arm�rios fechados?
- N�o desde que eu era menino.

� da marca que voc� fuma.

Segundo a �ltima estat�stica, 10
milh�es de pessoas fumam esta marca

inclusive o ex�rcito e a marinha.

- Talvez haja um suic�dio em massa.
- Sei que isto n�o significa muito

mas toda coisinha conta.

Quando juntar todas as evid�ncias,
vou te amarrar

como um porco no matadouro.

Talvez estejam escondendo de voc�

mas me disseram no quartel
que acham que foi Harry Williams.

- Acho que est�o errados.
- eu sei.

Eles acreditam que foi Williams,
mas voc� � um teimoso.

- Voc� � o esperto. N�o � isto?
- Talvez.

Sabe, voc� parece uma pe�a de museu.

Devia usar uma lupa e um
daqueles chap�us com tapa orelhas.

Por que n�o olha naquela caixa?

- Bot�es de colarinho.
- � isto.

Voc� � maravilhoso. Sabe, vou
andar por a� contigo s� pra rir.

N�o me importo com goza��es.

Voc� � muito convencido, Frankie.
Fez sucesso por muito tempo.

Primeiro com Vicky Lynn e agora
com a irm� dela. Saia j� daqui.

Encontre Harry Williams. Esta � sua miss�o.
E se eu te pegar de novo por aqui

v�o ter que te juntar com uma peneira.

Ol�, Harry.

- Ol�, Srta. Lynn.
- Pensei que tinha ido embora.

S� fui ao Brooklyn
ver meus pais.

N�o pensei em causar tanto alvoro�o.
Expliquei tudo para os guardas.

- Oh. eu pensei
- Bem, n�o devia pensar isto, Srta. Lynn.

Sabe que eu n�o faria uma
coisas destas, n�o sabe?

Sim.

Vou me mudar. Vim pegar as coisas de Vicky.
Sim, eu sei.

O encarregado me
disse que viria.

Est� tudo aqui empacotado,
pronto pra levar.

- Mas quem empacotou?
- Fui eu.

Bem, n�o deveria ter feito isto.
Voc� n�o tinha autoriza��o.

Quis ajudar.
Pensei que poderia ajudar.

Bem, j� que fez, muito obrigada.
Vai ajudar-me a carreg�-las?

Al�?

S� um instante. � o Sr. Christopher.
Ele quer falar com voc�.

Diga que n�o estou,
que fui embora.

- Ela n�o est�. Foi embora.
- Pra onde ela foi?

Ele quer saber
pra onde voc� foi.

Diga que n�o tem o endere�o.

Sinto.
N�o temos o endere�o.

- O funeral foi tranquilo?
- Sim, foi. N�o havia ningu�m exceto eu.

- Gostaria de ter ido.
- Por que n�o foi?

Achei que n�o deveria.

- Adeus, Srta. Lynn.
- Obrigada, Harry, por ajudar-me com a bagagem.

N�o quero seu dinheiro.

D�-me os relat�rios sobre Robin Ray
e Larry Evans no caso de Lynn.

Sim, senhor.

- Bom dia, chefe.
- O que quer?

- Nada.
- Ent�o saia e comece a trabalhar.

Est� desanimado com este caso, Cornell.
N�o conseguiu nada ainda.

- Tenho minhas suspeitas.
- Suspeitas? O que adiantam sem provas?

Agora com Harry Williams descartado,
voltamos ao in�cio.

Vou conseguir algo,
s� preciso de tempo.

- Pensei que tinha dito que n�o foi Williams.
- N�o estou falando sobre Williams.

- Me refiro a Frankie Christopher.
- Christopher. Christopher!

Voc� s� fala em Christopher.
E sobre os outros?

Aquele ator canastr�o Robin Ray ou Larry
Evans, o colunista? Vamos investig�-los.

� melhor deixar o colunista pra l�
at� que consiga algo mais s�lido.

- Ele poderia escrever uma resenha negativa.
- Certo. Convoque o ator.

- Ele n�o mata nem um rato.
- Estou perguntado tua opini�o?

Traga o ator agora!

Certo. Acho que est� perdendo tempo.

- Posso trazer Frankie Christopher tamb�m?
- O que quer com ele?

- Conseguiu algo novo?
- N�o, s� o quero por perto.

- Ol�, Robin.
- Ol�, Christopher.

- O que faz por aqui?
- Pediram-me pra vir.

Parece que sou o preferido deles.

� muito rid�culo.
N�o tenho nada a ver com isto.

S� vim porque fui obrigado.

Como s�o estas coisas?
O que fizeram com voc�?

nada demais. � como jogar
"handball", onde s� voc� � a bola.

Devia estar usando aventais.

- Tenho medo que estrague seu terno.
- Est� falando s�rio?

- O que acha?
- Por aqui, rapazes.

Sigam-me.

- Sem luzes?
- Voc� tem sorte.

V� andando. Voc� � um ator.
Finja que vai ser executado.

Sentem bem ali, camaradas.

Deixe-me sair!
Deixe-me sair daqui!

Leve-o pro meu escrit�rio.

Havia tanta juventude,
tanta vida

em Vicky que a simples vis�o
dela trouxe-me esperan�a.

Ela fez com que eu me sentisse
como talvez n�o me sinta nunca mais

tanto na minha vida
como na minha profiss�o.

Mas quando disse isto ela riu de mim.
Disse que eu era coisa do passado.

Que iria a alguns lugares e
n�o queria que a relacionassem

com uma estrela decadente.

Arranjei um teste no
cinema pra n�s dois.

Um diretor que conheci disse
que ia nos dar uma chance.

Mas quando chegou
o dia ela foi s�.

Eles decidiram que
n�o precisavam de mim.

Bem, n�o pude aguentar aquilo.
Fui l� e armei um esc�ndalo.

Poucos dias depois, quando ela chamou
por Christopher, Evans e por mim

Fingi que n�o sabia de nada.

Fingi pra mim mesmo que n�o importava.

Mas eu eu n�o a matei!

- Onde voc� estava no dia que ela morreu?
- No sanat�rio

na rua 77 leste.

Vou �s vezes l� quando n�o estou
bem e eles cuidam de mim.

- Pode confirmar isto com o m�dico.
- Verifique.

J� chequei.
Ele estava mesmo l�.

Ent�o l� vai mais
um dos seus suspeitos.

- � tudo por hoje, cavalheiros?
- Por hoje.

Ol�, Frankie. Vejo que eles
ainda est�o te deixando sair.

- Entro e saio quando quiser. Me fizeram
membro do conselho. Cornell est� decaindo.

De acordo com meu calend�rio,
voc� deveria estar sendo executado.

Uh-oh.

- Bem, veja se n�o � o operador 13.
- Os pregos do seu caix�o.

- Ol�, Inspetor.
- Pode levar-me ao norte da cidade, Frankie?

Claro. � um prazer servir
um ghoul. Por aqui.

Pode deixar-me entre a 58th e
a Madison. Moro na esquina. - Ok.

Sinto ter que te pedir isto, mas
estou quase sem dinheiro ultimamente.

Voc� sabe, gastei muito tentando
arranjar provas contra voc�.

Bem, se precisar de
alguma coisa, me diga.

Acho que v�o me devolver quando eu
apresentar as provas para seu julgamento.

Sempre fazem isto nestes casos. Pego um cara
no meu tempo livre e o mando pra cadeia.

- Ent�o tenho o pagamento de volta.
- Que boa vida.

Como um lixeiro, mas de gente.

Consegui as evid�ncias que precisava.

Poderia te prender hoje, mas iria
conseguir um defensor esperto

e escapar com vida em vez
de ir pra cadeira el�trica.

N�o fico satisfeito enquanto
n�o te ver na cadeira.

Voc� � um gatuno, Cornell. Faz com que
eu me sinta dirigindo um carro funer�rio.

Conhe�o seu tipo. J� v� centenas.
N�o te assustei o bastante

para te fazer cometer suic�dio,
mas te deixei preocupado.

E quando o dia chega,
eles todos agem diferente.

Alguns gritam. Outros desmaiam.

Alguns acendem um cigarro
e dizem algo espirituoso

mas fica preso nas gargantas deles,
especialmente quando s�o enforcados.

Certo, Dr�cula. Tire seu
cad�ver podre deste assento.

- Obrigado.
- Por nada.

N�o vou demorar.
S� um ou dois dias.

POL�CIA DE NOVA IORQUE- O NOVO ENDERE�O
DE JILL LYNN � 90� OESTE 215 AP. F.

Boa noite, Srta. Lynn.

- O que quer?
- Te fazer algumas perguntas.

J� fez perguntas o suficiente.
Agora, v� embora.

N�o seja assim Srta. Lynn.

Quer encontrar o homem
que matou sua irm�, n�o?

- Claro.
- Talvez eu possa ajud�-la.

Talvez possa me ajudar.
� uma quest�o de justi�a.

Belo lugar voc� conseguiu.

O Jardim da Esperan�a.
Acredita em esperan�a, Srta. Lynn?

Naturalmente. Qual � a gra�a
de viver sem esperan�a?

Pode-se viver assim.

Srta. Lynn, presinto que
sabe mais do que me disse.

- Especialmente sobre Frankie Christopher.
- N�o � verdade.

Disse a voc� tudo o que sabia.
O que mais pode haver?

Se eu soubesse n�o perguntaria
pra voc�, perguntaria?

Agora, ou�a. Sei pelo que voc� est�
passando. Mas justi�a � justi�a.

este sujeito � um farsante
e se aproveitou da sua irm�.

Quando ela tentou se afastar,
ele a matou.

N�o acredito nisto.

- Estava apaixonada por ele, n�o estava?
- N�o, eu n�o!

Sim, voc� estava.

Sua irm� e eu sab�amos disto.

Est� apaixonada por ele e tenta
encobri-lo, mas n�o vai funcionar.

Vou peg�-lo, com ou sem sua ajuda.

Nunca me enganei.
Ele � o culpado.

Se soubesse como seria bom
pra voc�, me ajudaria.

- Saia daqui!
- Insiste que ele � inocente, n�o?

Mas n�o tem certeza.
Isto est� te deixando louca.

Se tivesse certeza n�o
esconderia de mim, esconderia?

Saia daqui!

Tudo bem, Srta. Lynn.

Mas pense nisto.

QUERIDA VICKY:
Depois do que voc� fez ontem � noite,
quanto mais cedo desaparecer melhor.

Ligue-me com o Sr. Frank Christopher.
Columbus 46738.

JILL:
Sinto n�o ter atendido seu telefonema.
Seria �timo ouvir sua voz.
Vou te pegar �s 7:30.
Franky

- Est� muito bonita.
- Obrigada.

- Pra onde vamos?
- Primeiro vamos ver a luta.

Frankie, acha realmente que devemos?

Por que n�o?
N�o tenho do que me envergonhar.

- Eu sei, mas
- N�o se preocupe.

Vou te levar para a galeria
onde est�o os entusiastas.

- Veja aquele rapaz!

� isto, Lloyd!
D�-lhe duro!

D� sua esquerda nele!
Deixe que ele sinta sua esquerda!

D� de novo!

- Aquilo foi bom?
- Foi? N�o foi mal!

Ele parece t�o pequeno.
N�o sei quem � quem.

Tenho um pouco daquele
rapaz de short verde.

Tenha calma!
Aproveite o tempo!

Ele � um grande menino.
Est� comigo desde pequeno.

- Calma!
- Alguma vez trouxe Vicky aqui?

Nunca.
Ela n�o se interessava.

V� depois dele! N�o fique parado
como se estivesse sendo ordenhado!

Cuidado com o est�mago, seu pateta!

O est�mago dele!

- Quem perdeu?
- Uh, o de cal��o verde.

- O que ele est� fazendo?
- Est� caido no ch�o.

- Cinco, seis
- Falta! Falta!

Bem, apesar de tudo,
� um grande lutador.

- Acho que ele foi bem.
- Foi culpa do �rbitro.

Ele � m�ope.
S� o mantemos por caridade.

- Ol�, Frankie. Como vai?
- Ol�, Gus. Como v�o os neg�cios?

- Ah, mais ou menos.
- Eu amo esta vizinhan�a.

Cresci aqui.

At� deixei de falar o " L".
Costumava soar como um trov�o.

- Alguma vez trouxe Vicky aqui?
- N�o. Vicky gostava de boates.

Nunca estive numa
boate de Nova Iorque.

- O que?
- N�o.

Veja, nunca conheci um homem
que pudesse pagar a entrada.

Senhora, vamos consertar isto agora mesmo.

- Pegasus Club.
- Sim, senhor.

- Ol�, Frankie.
- Ol�. Como v�o as coisas?

N�o muito bem. Eu ainda ou�o
aquele barulho na minha cabe�a.

Isto � muito ruim. Vamos. Pe�a um
belo jantar e veja o que acontece.

- Obrigado, Frankie.
- Continue lutando.

- Quem � este?
- Era um �timo peso pesado

mas agora vive b�bado.

Ele sempre ouve os sinos.

Parece que sabia que voc�
ia dar aquele dinheiro pra ele.

Sempre dou.
Posso ser um ex-famoso algum dia.

Talvez isto n�o seja apropriado, Frankie.
Tem certeza que devemos ser vistos juntos?

Nunca tive tanta certeza em minha vida.

Bem, o que acha?

Desculpe, menina.
Tenho que afundar um navio.

- Gostaria de dan�ar?
- N�o, obrigada.

N�o estou com vontade de dan�ar.

Por que de repente me
telefonou esta noite?

� muito simples.
Eu estava s�

e achei que voc� tamb�m.

- Isto � tudo?
- Claro.

Bem, n�o sei se gostaria de ser mais um
membro do Clube dos Cora��es Solit�rios.

Voc� faria melhor se
verificasse os an�ncios.

"Solteiro, 75,000 d�lares,
com dois olhos de vidro."

Seu problema � fingir que n�o se preocupa
com as coisas, mas preocupa-se.

Estava muito aborrecido com
a morte de Vicky, n�o estava?

Claro. Se eu pudesse encontrar
o cara que fez isto

poderia economizar um pouco
da eletricidade do estado.

- Ela foi uma boa mo�a.
- Voc� a amava?

N�o. Acha que se eu a amasse

iria explor�-la do jeito que fiz?

Vicky era bonita, alegre e divertida.

Ela tinha muitas ofertas e eu
queria coloc�-la no lugar certo.

Afinal, � o meu neg�cio.

Mas quando um homem
realmente ama uma mulher

ele n�o quer ver seu rosto
estampado nos jornais e revistas.

Quer guard�-la pra si.

Nunca pensei nisto.
Agora me deu vontade de dan�ar.

Esque�a o espi�o japon�s
com uma Kodak e decifre isto:

"Qual irm� de qual mo�a
recentemente assassinada

est� saindo com o
namorado da mo�a morta?

Dan�ando sobre sua
tumba, posso dizer.

O assassino ainda
precisa ser encontrado."

- Voc� dan�a bem.
- Vicky dizia que sou terr�vel.

Bem, dan�ar
Depende com quem.

Sim, eu sei.

O que achou do seu primeiro
clube em Nova Iorque?

foi maravilhoso.
Especialmente a dan�a.

Obrigado.
Onde gostaria de ir agora?

� muito tarde.
Onde costuma ir?

Se eu disser, voc� vai rir.

Diga.
Gosto de dar boas gargalhadas.

- Vou nadar.
- Nadar? Onde?

No Lido Plunge. Sabe, quando fui
crian�a no Distrito Oriental

costuma ser a maior
aventura da minha vida

tirar quinze minutos para ir ao Lido.

Nunca fiquei o suficiente.
Ent�o, agora como tenho condi��es

nado sempre que posso.

Al�m do mais, � saud�vel.

Se tem um dinheiro extra
gostaria de acompanh�-lo.

- Est� brincando?
- N�o.

Est� convidada.

- Ol�.
- Ai. Voc� faz doer meus olhos.

- Obrigada, senhor.
- Posso convid�-la para ir � piscina?

Engra�ado, eu ia te
pedir justamente isto.

Fant�stico. Vamos.

Bem, gosta da piscina?

- � maravilhosa.
- Esta � minha ideia de luxo.

Sabe, se eu herdasse uma mina de ouro

teria uma piscina em cada compartimento

e voc� poderia nadar em todas elas.

Diz isto para todas as
mo�as que v�m aqui?

Nunca trouxe uma mo�a aqui!

- Oi, Frankie!
- Ol�.

- Bem, aqui estamos.
- Foi uma noite maravilhosa.

Obrigado.
Voc� tem sido maravilhosa.

Frankie, pode subir um instante?

Tem uma coisa de Vicky que sei que
ela gostaria que voc� tivesse.

Claro.

� um bilhete que voc�
escreveu pra Vicky.

Encontrei-o entre as coisas dela,
antes que a pol�cia chegasse

"Querida Vicky, depois do que
voc� fez ontem � noite

quando mais cedo sumir melhor"

- Eu escrevi isto?
- Tem sua assinatura.

Bem, foi depois daquele passeio.

O que ela disse, foi
foi muito injusto com voc�.

Sei qual a inten��o dela, mas
n�o acho que algu�m pense assim.

Por que n�o o entregou?

Eu n�o sabia at� esta noite.

Foi quando est�vamos dan�ando.

De repente entendi a
carta e outras coisas mais.

Gostaria de dar uma olhada
nessa carta se n�o se importa.

"Querida Vicky, depois do que
voc� fez ontem � noite

quando mais cedo sumir, melhor."

Am�vel da sua parte
deixar por escrito.

Certo, Murphy.
Espere no corredor.

Sabia que estava escondendo algo.

Voc� � tipo Mona Lisa.
Reconhe�o a uma milha de dist�ncia.

- Oh!
- Jill!

- Bem, aqui estamos, Frankie.

Tenho esperado este momento faz tempo.

- Est� tentando culpar-me
- N�o preciso te culpar.

Voc� mesmo se culpou.
O que diz deste bilhete?

Qualquer um poderia escrever um
bilhete destes. Eu estava exausto.

Bem, vai ter muito tempo pra descansar
antes que eu acabe contigo.

Encontrei isto no teu quarto.

Prova "A,"
uma chave inglesa.

Vicky foi golpeada atr�s da orelha com uma
arma do tamanho de um punho, mas bem mais dura.

� uma arma��o.
Est� tentando incriminar-me!

Voc� � o respons�vel

"Uma arma��o."
� o que todos dizem.

Murphy me viu tir�-las
da gaveta da sua c�moda.

Jill, n�o acredita em
tudo isto, acredita?

O que importa no
que ela acredita?

O que importa no
que ela acredita?

Voc� parece um rato
numa caixa sem buraco.

Bem, eles far�o um pra
voc�, Sr. Don Juan

2 m por 1, cheio de cal

N�o devia ter feito isto, Jill.
Isto faz de voc� uma cumplice.

R�pido, pela cozinha.
H� uma porta que d� para o corredor.

V�.
Deixe o policial comigo.

R�pido, agente!
Ele est� tentando escapar!

Foi pelo dormit�rio!

Sinto por ser t�o lenta, mas n�o estou
acostumada a fazer estas coisas.

Est� indo muito bem. Espero que o dono
n�o se importe de usarmos suas coisas.

Vou deixar pra ele um
bilhete pedindo desculpas.

- Voc� � magn�fica, Jill.
- Voc� tamb�m.

- Por que fez isto?
- N�o sei.

Mas quando te v� t�o indefeso sendo
amea�ado por aquele grandalh�o

tive que bater nele.

Esta foi a �nica raz�o?

N�o.

Acho que Vicky estava certa
a nosso respeito, n�o?

- Feliz?

O que acha?

Frankie, temos que sair desta
cidade o mais r�pido poss�vel.

Tem certeza que quer
ir adiante com isto?

Sabe, n�o � muito divertido ser
casada com um homem perseguido.

Eu n�o me importo.

Al�m disso, a maioria dos homens
casados parece perseguido.

Frank!

O que primeiro temos que fazer
pela manh� � conseguir dinheiro.

Tenho alguma coisa depositada
numa caixa da cidade.

- Deve estar sendo vigiada, n�o?
- N�o esta.

Ela est� no meu nome verdadeiro.

Frank, voc� n�o � mesmo
um delinquente, �?

Claro que n�o. Passei a usar o nome
Christopher por ser f�cil de pronunciar.

- Qual seu verdadeiro nome?
- Odeio falar.

Tem que me dizer j� que vou us�-lo.

Ok. Botticelli.

Botticelli.
Sra. Botticelli.

Bem, n�o � nada mal.

O que vamos fazer por enquanto?

Vou te mostrar como jogar
escondido numa grande cidade.

- Frankie?
- Sim?

Quantas vezes temos que ver isto?

N�o me diga que j� cansou.

- Estou s� come�ando a aquecer.

Ningu�m parece particularmente
interessado, exceto voc�.

Provavelmente esperando pela revolu��o.

Calce seus sapatos, mo�a.

Se eu tivesse que ver aquele filme
outra vez, preferia me entregar.

N�o a culpo.
Agora, ou�a.

Quero que me espere na biblioteca
at� que eu pegue o dinheiro.

- Por que n�o posso ir com voc�?
- Acho que � melhor ficarmos separados.

- Vai estar segura l�.
- O que o faz pensar que � seguro?

Ningu�m em s� consci�ncia
estaria numa biblioteca �s 9:00.

E se algo der errado
vai me encontrar aqui.

- Tenha cuidado.
- Certo.

Bem, jovem.
Venha conosco.

- O que fez com Frankie?
- N�o se preocupe com isto.

- Venha.
- N�o o machucaram?

- Seu pessoal n�o sabe ler?

SIL�NCIO
N�o Fale Alto

Sinto, vov�.

Fique por aqui.

CHRISTOPHER FOGE DA POL�CIA. EMITIDA
ORDEM DE PRIS�O AO PROMOTOR DE ESPORTES.

Extra! Extra!
Leia tudo a respeito!

Extra! Extra!
Adquira seu jornal!

Leia tudo a respeito!
Extra! Extra!

Extra! Extra!
Leia tudo a respeito!

Extra! Extra!
Leia tudo a respeito!

Ol�, Frankie.

- Carregando uma arma?
- Quem pode dizer?

Pode ser uma arma ou um tubo.

Ou o meu dedo.

Mas n�o vai se arriscar, vai?

N�o. N�o � necess�rio.

- O que tem em mente, Frankie?
- Voc� prendeu Jill.

Ela n�o tem nada a ver com isto.

- Solte-a e me entregarei.

Tornou-se um rom�ntico
incorrig�vel, n�o?

Se sacrifica e tudo mais.

N�o � normal.
N�o tenho que negociar contigo.

Vou te abordar eventualmente.
Se n�o for amanh�, ser� na pr�xima semana.

Se n�o for na pr�xima
semana, no pr�ximo ano.

O tempo n�o � nada na minha vida.
� na sua.

Cada minuto � uma eternidade
para algu�m na sua situa��o.

Voc� se equivocou
desta vez, Cornell.

Na delegacia me disseram
que voc� nunca erra.

Mas desta vez est� querendo
condenar um homem inocente.

Isto � o que voc� diz,
mas n�o vai me convencer.

Te seguirei at� o t�mulo.
Escreverei meu nome na tua l�pide.

Voc� n�o � um policial
procurando um assassino.

� um louco, Cornell.
Devia aposentar-se.

Claro.
Por que n�o chama um policial?

Certo, Cornell.
Mas vou te dizer uma coisa.

Voc� nunca vai me condenar.
Vai ter que me matar primeiro.

N�o vou matar ningu�m.

Sou muito esperto. Nem sequer carrego
uma arma. Pode revistar-me.

- N�o te tocaria nem
com luvas esterilizadas.

- Tome. Coma um doce.
- Ei, leia tudo a respeito!

Assassino em liberdade!
Leia tudo a respeito!

Extra! Extra! Assassino em liberdade!
Leia tudo a respeito!

- Ol�, Chefe.
- Ol�.

Alguma pista de Christopher?

J� leu "A Vida Sexual
da Borboleta" de Faber?

- Cornell, est� louco?
- � engra�ado.

� a segunda vez que me perguntam
isto esta noite. Coma um doce.

O que tem a ver "A Vida Sexual
da Borboleta" com o caso Lynn?

Faber era um naturalista.

Ele conseguiu uma borboleta f�mea
na �frica que vale 1,000 d�lares.

Ele a conservava numa caixa de
vidro do seu apartamento em Paris.

Mas ningu�m nunca conseguiu
o macho da esp�cie.

Um dia, deixou a borboleta fora da caixa

e em poucas horas,
ele tinha 10,000 d�lares

de raras borboletas africanas
voando pelo quarto.

Muito interessante.
Muito interessante mesmo!

Mas o que tudo isto tem a ver com
o caso Lynn, posso perguntar?

Quero uma ordem
de soltura para a m��a.

S� a deixe fora da caixa.
A natureza far� o resto.

Teremos Frankie na rede at� amanh�.

Sim, acho que tem raz�o.

Mas se errar desta vez, Cornell

ser� o fim da sua brilhante carreira.

Tem certeza que ser� assim?

Claro. Tenho mais que voc�.

PORQUE EU PROMETI.

- Frankie!
- Jill, o que est� fazendo aqui?

- Como saiu?
- Eles deixaram.

deixaram, para que voc� os
conduzisse direto pra mim.

N�o fui uma escoteira pra nada.
Eles pensam que ainda estou no apartamento.

Sim?
Bem, estamos saindo da cidade agora.

Espere um instante.
Encontrei algo.

Aqueles cart�es.
-Estavam nas flores do funeral de Vicky.

- De onde vieram?
- N�o sei.

Talvez n�o seja preciso
sairmos da cidade.

Espere aqui.

CEMIT�RIO ROSEDALE

Boa noite. Sinto incomod�-lo,
mas sou do Evening Ledger.

Me mandaram aqui com uma miss�o.
Posso entrar?

Claro. Claro.
Entre.

Sabe, fico feliz de ver
algu�m que ainda se move.

Bem, o que posso fazer por voc�?

Fui designado pra escrever uma
reportagem sobre Vicky Lynn.

Pensei em que poderia ajudar-me.
Algo diferente ou excepcional

um pequeno incidente ligado
ao funeral, por exemplo.

Lynn, Lynn.
Deixe-me ver.

Esta mo�a foi assassinada
na rua 76, n�o foi?

- Foi assim.
- Bem, n�o sei mais o que eu possa dizer.

S� recebemos ordens de
sepult�-la como qualquer outra.

- Algu�m tem vindo visit�-la?
- N�o.

- Havia muitas flores no funeral?
- N�o. S� o-

Espere um instante.

Lynn, Lynn. 266.

Bem, aquele t�mulo tem recebido
flores desde que ela morreu.

- Quem manda estas flores?
- N�o sei.

Nunca tem assinatura no cart�o.

As flores v�m de uma floricultura
perto da Times Square.

De nome Carting ou Keating
ou algo parecido.

- Tem uma lista de telefones?
- Claro.

Bem ali.
Pegue-a.

KEATING
Coroas de Flores e Vel�rios

Sinto muito, Srta. Smith. Costumo
colaborar com os jornalistas

mas neste caso
estou entre duas fogueiras.

Ent�o o homem que tem mandado
flores � um jornalista?

Bem, de certo modo sim,
mas n�o � um rep�rter.

- Ele escreve uma coluna?
- Bem, n�o posso dizer isto

ou eu o entregaria.

Obrigada, Sr. Keating.
Acho que j� entendi.

N�o me envolva em problemas.

- Quem � ele?
- Seu amigo colunista.

Bem, isto � uma grata surpresa.

Que � isto de invadir meu
apartamento no meio da noite?

O que sabe a respeito de Vicky Lynn?

Muito engra�ado me perguntar isto.
Nada sei a respeito.

Ent�o por que manda flores pra
sepultura dela todos os dias?

ent�o j� descobriu?

- Posso explicar isto facilmente.
- Ent�o explique.

- Prometi pra ela.
- Prometeu?

- Sim. Posso fumar?
- Sem problema.

- Voc� n�o precisar� disto.
- Achei que deveria tentar.

Seria muito bom pra mim
se eu pudesse te entregar.

Ent�o tamb�m acha
que sou o culpado?

Sim, e todos acham.

O que o fez prometer
mandar flores para Vicky?

Bem, no dia do assasinato, levei Vicky �
esta��o para reservar as passagens de trem.

Ent�o esteve com Vicky na tarde
em que ela foi assassinada?

- Sim.
- Por que n�o disse isto para a pol�cia?

Porque n�o sou idiota.
Voc� contou sua vers�o para a pol�cia.

- E de que te serviu?
- Isto n�o importa. Continue.

Quando voltamos ao apartamento,
ela havia esquecido a chave dela.

Perguntou se eu tinha
a que ela havia me dado

e eu disse que havia
me livrado da chave.

querido, a chave
mestra foi perdida tamb�m.

Imagino que n�o possamos fazer
mais nada, mas sente e espere

at� que o telefonista volte.

Pelo que v� deste rapaz,
ele pode demorar horas.

Vou subir pela escada de
inc�ndios e abro pra voc�.

Por que, Larry, nunca
fez algo t�o galante?

Voc� n�o me conhece.

- Pronto, senhora.
- Larry, voc� � t�o doce.

Agora vou embora, estou um
pouco triste com isto.

esque�a.

Se n�o tivesse certeza
que eu seria um sucesso, teria

Bem, nunca fiz algo assim.

Tenho certeza que vai ser um sucesso.
Voc� tem um grande cora��o.

- N�o vai me esquecer, vai?
- N�o, pelo menos por duas semanas.

- Duas semanas n�o � muito tempo, �?
- Para um colunista �.

Te direi o que farei. Nas primeiras
duas semanas vou te mandar flores.

Vai dar uma �tima
impress�o onde voc� estiver.

Larry,
vai fazer isto mesmo?

- Promete?
- Prometo.

Uma promessa � uma promessa.

Espero que ainda passe uma boa impress�o
seja onde ela estiver.

- Acho que sim. O que fez depois?
- Sa�.

O rapaz do painel de controle
estava l� quando voc� desceu?

N�o. Lembro que o painel
estava buzinando quando passei.

Percebeu algu�m estranho
por perto quando entrou?

Sim, mas n�o como voc� disse.
Havia um cheiro de cigarro no ar.

Pensei que talvez
Jill tivesse acabado de sair

Jill estava no escrit�rio.

Bom alento.
N�o acha que foi ele, acha?

Bem, sabe o que deve fazer?

- D�-me meia hora, depois telefone pra ele.
- Frankie, estou assustado.

- N�o fa�a isto, por favor!
- � a �nica chance que tenho.

Vou agarr�-la.

Boa sorte, querido.

Controle-se.
Odiaria fazer um buraco em voc�.

Baixe este revolver, Frankie.
J� tem muito contra voc�.

N�o antes que me ou�a. Tenho pistas do
assassino mas preciso de sua ajuda.

Sinto, Frankie.
Estou do outro lado da cerca.

Tudo bem. Vou te fazer uma boa proposta.

Confiaremos um no outro por meia hora.

Bem, acho que s� meia
hora n�o trar� preju�zo.

- Mas fico com isto por via das d�vidas.
- Vamos.

Al�, Harry.
Aqui � Vicky.

Harry, aqui � Vicky!

Por que fez isto, Harry?

N�o me ama?

N�o! N�o!

Por que fez isto?

- Vamos fale.
- N�o te direi nada.

- N�o vou te contar!
- Voc� a amava, n�o?

V� embora!
Deixe-me em paz!

Entrou com a chave mestra e
esperou por ela no apartamento.

Quando Evans entrou pela janela para faz�-la
entrar, voc� se escondeu no arm�rio.

Depois que ele foi embora, voc� saiu.
Tentou agarr�-la, mas ela gritou.

- Ficou assustado e a matou.
- Eu n�o sabia o que estava fazendo.

Eu juro. Ela gritava
e eu perdi a cabe�a!

Claro. Claro, eu entendo.

- Voc� entende? Entende?
- Claro.

Contei tudo a um policial quando
ele me seguiu at� o Brooklyn.

Ele disse que tamb�m entendia.

Disse que eu voltasse pra c� e ficasse
calado que ele esqueceria o assunto.

- Qual policial?
- Bem, o grandalh�o.

- Ed Cornell?
- Este mesmo.

Ouviu isto, Mac?

Cornell sabia que eu era
inocente o tempo inteiro.

Sim? Sim, Jill. Tudo bem.
Ele confessou.

Frankie, estou t�o feliz.
Vou descer.

Mac, quero mais um favor

Cinco minutos a s�s com Cornell.

Ok, Frankie.
Espero que consiga falar com ele.

Ol�, Cornell.

Espero que n�o se importe
por eu ter entrado assim.

Veio se entregar?

N�o devo. Acabei de ter uma longa
conversa com Harry Williams.

Deve ter sido muito esclarecedora.

Sim. Muito.

Sou um homem doente, Frankie.

- Da alma, Cornell.
- Talvez.

Voc� sabia que foi Williams
que matou Vicky, sempre soube.

- Claro. N�o sou est�pido.
- Sabia e mesmo assim tentava me condenar.

- � verdade.
- Por que?

Por que n�o prendeu Williams?
Ele foi um dos que a matou.

Perdi Vicky bem antes de
Williams mat�-la.

Voc� foi um dos que
afastou-a de mim, n�o ele.

N�o me fa�a rir!

Sim. Sei que � engra�ado pra voc�

um verme como eu
admirando uma mulher como Vicky.

Eu a segui por meses antes de
ter coragem de falar com ela.

Costumava ficar rodeando
o restaurante � noite

pra ver se ela chegaria bem em casa.

Ent�o, finalmente,
tive uma chance de ajud�-la.

Foi na festa de ano novo.

Dois sujeitos tentaram
abord�-la e eu impedi.

Ela mostrou-se

realmente agradecida e am�vel.

Tomamos um caf� juntos.

Eu a v� v�rias vezes depois disto,
e foi sempre igual.

Ela me valorizava.

Ent�o comecei ter esperan�a de
nos conhecermos melhor

para que eu adquirisse coragem pra
pedir pra se casar comigo algum dia.

Eu peguei este apartamento

e comecei a mobili�-lo.

Comprei o perfume que ela gostava.

Queria surpreend�-la.

Ent�o voc� veio com seus grandes
planos de fazer dela algu�m!

Convencendo-a que era
deslumbrante e todas aquelas coisas!

Por que n�o a deixou em paz?

Ela come�ou a ficar
boa demais pra mim.

Senti-me como um tolo
com este apartamento.

Eu poderia ter te matado
na ocasi�o, Christopher.

Por que n�o matou?

Porque botei o anzol na sua
boca, e queria te ver sofrer.

Bem, est� tudo terminado agora, Cornell.
Voc� vai ser mandado pra longe.

Sim, mas n�o pra onde pensa.

O cara que me vendeu este rem�dio

disse que ele cura tudo.

Frankie!

Frankie, voc� est� bem?

Sim, estou bem.

Vamos.
Vamos sair daqui.

Robin, eu-

Quem � aquela mo�a t�o bela?

A Sra. Botticelli.

- Nunca a vi antes.
- Eu tamb�m n�o.

Ambos s�o estranhos pra mim.

Tradu��o JRamalho.
Revisao AlanMugiwara-san.