All language subtitles for 30.Monedas.S02E02.Las.tierras.del.sueno.1080p.HMAX.WEB-DL.DUAL.DD5.1.H.264-FLUX

Qual foi o motivo da sua investiga��o
em Pedraza?

Viemos descobrir onde est�o as pessoas.

A terra engoliu-as?

A Elena n�o melhorar� hoje,
amanh� nem depois.

O que v�o fazer-lhe?
Quem tem um plano?

N�o posso dizer.
Porque est�o todos no Inferno.

Nesse momento, ter�s algo na m�o.

Isso, esse objeto, � o que importa.

Protege-o. � determinante.

Abrir um portal com uma pedra?
O que significa isso, Antonio?

Vendido ao nosso amigo e benfeitor,
o Sr. Christian Barbrow.

UM ANO ANTES

Vergara, meu querido filho.

N�o sei como sair daqui,
mas vou conseguir.

�s t�o teimoso. Adoro.

N�o s�o incr�veis, os da superf�cie?
Fracos, inconstantes, in�teis.

Sempre com um sofrimento perene.

Sem voc�s, eu n�o existia.

Dou-vos o prazer e o sofrimento do desejo.

� o meu dever.

Pare com este disparate.
O que quer de mim?

Durante s�culos, apoiei o bem
ou o mal, conforme era necess�rio.

No entanto, pela primeira vez,

enfrento algu�m novo.
N�o o conheces.

Vergara, este homem n�o quer nada.

Pior ainda, o que ele quer � mesmo o nada.

NICE, FRAN�A

A menina est� a sair.

Bom dia.

Espero que esteja tudo do seu agrado.

Depois de tudo o que pass�mos,
n�o me tratas por tu?

� uma quest�o de respeito.

E eles s� est�o aqui para sua seguran�a.

- Pode entrar e sair quando quiser.
- Obrigada.

Se n�o gostar da casa,
podemos arranjar-lhe outra.

H� v�rias parecidas nesta zona.

- Est� tudo bem, n�o se incomode.
- N�o � inc�modo.

- Quanto tempo tenho de ficar aqui?
- N�o est� a perceber.

Estou a tentar dizer-lhe
que a casa � sua.

Desculpe?

A casa, os jardins, o espa�o todo.
� tudo seu.

Que surpresa!

- E porqu�?
- Por gratid�o.

- O que fiz para o merecer?
- Bem...

Enquanto metade da C�ria romana
rastejava pelo ch�o,

implorando um pouco de poder,
a moeda ficou a seus p�s.

- Escolheu-a.
- Exatamente.

Foi voc� que o disse. Sem mod�stia.

- Vamos comer?
- Vamos.

Desde o primeiro momento
senti uma liga��o entre n�s.

- Falamos a mesma l�ngua.
- Adiante.

Quando nos der a moeda,
faremos uma festa,

algo pequeno, mas elegante.

Vou apresent�-la aos outros.
Somos quatro.

- Quatro?
- Dois em Vars�via e um em Paris.

As outras moedas est�o nas m�os de
grupos de poder a que n�o acedemos.

A ideia � t�-las todas,
como pode imaginar.

- Claro.
- Temos um plano,

mas explicar-lhe-ei a seu tempo.

Faltam 27. Parece dif�cil.

Eu conto 26.

Ainda n�o disse
se quero fazer parte de algo.

Pensei que esta casa
pudesse ajud�-la a decidir.

Esta casa e que mais?

N�o sei, n�o sei. Que tal...

- Tenho uma surpresa para si.
- A s�rio?

Aqui est� ele.

Apresento-lhe o Octavio,
o seu novo amigo.

� �timo, mas n�o entendo.

Digamos que � completamente seu,
como o carro desportivo.

Meu? E o que significa isso?

Pode fazer comigo o que quiser.

Farei tudo o que pedir.
Sou seu escravo.

Octavio, j� est� claro, obrigado.

N�o percebo do que se trata.

Sei que, recentemente, perdeu algu�m
muito importante na sua vida.

- Refere-se ao meu marido?
- Exato.

Imagino que tenha sido
um grande golpe emocional,

o que � dif�cil de resolver,
mas em termos meramente f�sicos,

garanto-lhe que o Octavio
pode compens�-la.

Tenho a certeza que pode, mas...

Enfim, � como o carro,
temos outros modelos.

Mas se n�o lhe agradava,
bastava dizer-me.

N�o disse que podia fazer
o que quisesse com ele?

Vou embora. Estou cansada.

Tem de ser mais intuitivo, Lagrange.
� Lagrange, n�o �?

Surpreenda-me.

E outra coisa.

N�o perdi o meu marido.
Que fique bem claro.

Saiam, por favor.

Obrigada.

SEP�LVEDA, ESPANHA

Toma. Chegou esta sobre viagens
no tempo, multiverso, metaverso...

J� n�o queremos isso
Agora queremos carrapatas.

Carrapatas?

Sim, carrapatas, piolhos, insetos.
Uma revista sobre natureza ou cromos.

- E o Stephen King?
- N�o, isso � fic��o.

N�o queremos fic��o.

Pois eu acho a vida real
uma desilus�o, inacredit�vel.

Tens de desviar assim ou � o carro?

N�o, �s tu que est�s velha.

Continua em frente.

- Laguna.
- O pr�prio.

Vira � direita, para a nacional,
eu indico. Como me encontraram?

N�o encontr�mos.
Procur�mos a sua mulher.

Se tocas na minha fam�lia rebento-te.

- Temos de falar.
- Sim. Como da �ltima vez, n�o?

Eu num gancho e tu a apagar cigarros
nos meus p�s.

N�o me lembro disso.

Eu n�o me esqueci.

Vira � direita, para a nacional.

Sai do carro.

Sai da merda do carro. Vamos.

Para a cabana.

Quem mais sabe disto?

Laguna, est� enganado.
N�o estou com eles.

N�o est�s com ningu�m.
O que queres de mim?

- Saber o que aconteceu.
- N�o me imites.

Essa frase � minha. Eu � que
pergunto: "O que aconteceu?"

Estavas com aquelas pessoas,
cumpriste as suas ordens.

- Executaste-as!
- J� lhe disse que n�o me lembro.

Azar.

S� me lembro de acordar ao lado
do corpo da minha parceira.

Ela estava morta
e todos tinham desaparecido.

Durante meses tentei convencer-me
de que tinha acabado ali.

N�o sente o mesmo? N�o tem a sensa��o

de que isto s� agora come�ou?

H� algo, n�o sei o qu�,

que cresce cada vez mais. Quando
dermos por isso, ser� tarde demais.

O Antonio diz o mesmo.

O Antonio? Ele est� bem?

Sim, est� comigo.

- Continua a ter vis�es?
- Sim.

- Eu aponto-as.
- Aponta-as?

Num caderno. Para me lembrar
dos nomes, dos detalhes.

Como sei que posso confiar em ti?
Como sei que n�o me est�s a enganar,

que vou acabar como tu,
a pendurar pessoas em ganchos?

Se algo n�o lhe agradar
j� sabe o que fazer.

Porque raio est�s a filmar?

Porque est�s a filmar? Quem � ela?

Calma, meu, isto � para o YouTube.

N�o publico e pronto.
Estou a registar detalhes

e a compil�-los, como tu. Desculpa.

- Quem � ela?
- Haruka.

Haruka.

D�i-me mais a mim do que a ti, sabias?

N�o. Sou sempre eu
que acabo a pedir desculpa.

Tens de ser sempre a v�tima?

Aconte�a o que acontecer,
�s quem sofre mais!

Todos te querem consolar
e eu n�o casei para isso!

Ent�o, porque casaste? Porqu�?

- O qu�?
- Ouviste bem.

Porque casaste, Merche?

Se � para come�ares assim,
� melhor ires.

� verdade, Merche.

Antes, t�nhamos um objetivo comum
que era muito simples,

sermos felizes.

Achas que somos felizes?

N�o quero falar disso.

� disso que temos de falar, Merche!

O que se passa, Paco?

- Queres dizer-me alguma coisa?
- Sim.

H� um ano que somos apenas
s�cios numa empresa.

Ou assim parece.
Achas que temos algo em comum?

Sabias desde o in�cio!
Sabias que n�o podia ter filhos!

- Merche, acalma-te.
- Vai-te lixar!

Achas que sou idiota?
Que n�o sei do que se trata?

Do que se trata?

Achas mesmo que tens
hip�teses com ela?

- J� saiu.
- Ol�.

Ol�, meu amor. Ol�!

Meu amor.

MADRID, ESPANHA

- Ol�.
- Ol�, Paco.

A rapariga da 212 j� teve alta.

N�s vamos a seguir, j� o sinto.

A s�rio, aquela rapariga estava mal
e em 15 dias recuperou.

Deram-lhe alta. Vi-os no corredor,
a ela e ao marido.

Ele � muito simp�tico.
At� me abra�ou e tudo.

O que � isto?

O que te puseram?

O que te puseram?

Por amor de Deus.

O que...

Paqui!

- Paqui! Anda c�.
- Agora n�o posso, Paco.

- Tens de ver isto.
- O que foi?

Anda.

- Onde est�?
- O qu�?

- O feto da casa de banho!
- Que feto?

Isto n�o faz sentido.

A Elena tinha um feto seco
na barriga!

- N�o vi nada.
- N�o? E o que � isto?

Deves ter visto na casa de banho.
Onde est�?

N�o me toques! S� puxei o autoclismo!
Calma! J� chega!

Paco, calma. Paco,
olha para mim. Tens de dormir.

Esta press�o esgota qualquer um.
Por favor.

- Chega!
- Deve ter sido ele.

- Quem?
- O homem que entrou no quarto.

- Aqui?
- Sim.

H� uns dias, entrou aqui
um padre de gabardina preta.

Ouve, Paco,

vou buscar um comprimido
e tu vais dormir, sim?

Se n�o o tomares, ficas internado.
Est� bem?

- Chega, j� chega.
- Est� bem.

Voil�!

C� estamos convosco, mais uma vez,
Ratazanas da Noite,

a tentar descobrir o que aconteceu
aos desaparecidos de Pedraza.

Um deles parece ter-se escondido
aqui, neste moinho de vento.

Que raio est� ela a fazer?

Haruka, agora n�o.

Pousa isso ou bato-te tanto que n�o
te levantas durante dois dias!

- Est� bem.
- Relaxa, sim? V� l�.

Antonio!

Antonio, n�o fiques nervoso.

Ela est� connosco.
Olha quem te veio ver.

O t�pico quarto de maluco.

As fotos unidas por fios.

- Desculpa?
- Que estranho...

Ele nunca sai, tem medo.

Ganhou coragem.

Paras de filmar
com a merda do telem�vel?

- Antonio, onde est�s?
- Vamos.

- N�o pode ter ido longe.
- � o Labatsky!

- N�o foi longe.
- Antonio!

Se fosse pela estrada,
t�nhamos passado por ele.

Antonio!

- Est� ali.
- Raios. Antonio!

Desce da�!

Ele adora alturas.
N�o me perguntes porqu�.

V� um ponto alto e trepa.

Desce da�!

N�o posso. Estou ocupado.

- Devem ser as vozes.
- Merda.

- Antonio!
- N�o, Haruka. N�o, por favor.

Talvez daqui a pouco, sim?

Que inferno!

Antonio!

O que � isto?

Antonio!

Cuidado, Antonio!

Tem cuidado. Olha,

a Salcedo est� aqui.

- N�o queres descer?
- Quando ela sair.

- Falei com ela. Confio nela.
- Eu n�o.

Ent�o, o que fa�o?
Digo-lhe que est�s ocupado?

Quando ela sair, eu des�o.
Tenho de acabar isto.

Est� bem. Mas tem cuidado, por favor.

- Est� bem?
- Sim!

Parece que n�o pode ser hoje.
Talvez outro dia.

Est� bem. N�s voltamos.

Diz-lhe que trago chocolate
e churros. Ele adora.

Passa-me a lanterna.

Est�o aqui v�rios f�sicos
do in�cio do s�culo XX.

Einstein, Bohr, Planck e Schr�dinger.

E muitos fios que levam
a recortes de porcos.

Santo Deus. Significa
que h� uma liga��o direta

entre o matadouro de Pedraza
e a f�sica qu�ntica.

Merda!

- De que te ris?
- Nada, desculpa.

Temos de entender
que � a mente de um louco.

� tudo incompreens�vel,
mas a vida real tamb�m o �

e, se pudesse escolher,
preferia esta merda.

O que queres que diga?

H� uma liga��o direta entre tudo
isto. S� temos de a encontrar.

- S� isso.
- Olha.

� um computador qu�ntico.

Est� diretamente ligado �s moedas
de Judas e a Erich Von Daniken.

O que significa? N�o fa�o ideia.

Mas vou descobrir, porque o Antonio
� como um r�dio,

apanha tudo, as ondas, ouve tudo.

Vivemos no moinho de vento

porque ele diz que aqui ouve melhor
e eles n�o nos veem.

Algum problema com o nosso m�todo
de investiga��o?

- Mas que... N�o.
- Olha.

Este � o homem que caiu da varanda.

- Sim.
- Qual varanda?

- Explico depois.
- E este � o que o substituiu.

� poderoso, aparece muito.
Eles t�m muito medo dele.

- Padre?
- N�o. Mas � o que diz o Antonio.

- Como se chama?
- Barbrow.

� Christian Barbrow.

- O l�der da BEPHAM.
- O que � a BEPHAM?

Fraternidade pela Paz
e Harmonia entre os Homens.

Uma seita. A cor deles � o azul.
Vestem-se de azul e s�o malucos.

Ele � multimilion�rio.

Vive numa frota de iates, escreve
fic��o cient�fica e autoajuda.

E metade de Hollywood,
metade, pertence � seita.

Supostamente, a empresa � dele.

� como um puzzle gigante,

tem de ser formado
a partir dos cantos ou pelas cores.

Ando h� meses nisto.

N�o sei, estou perdido,
desculpem. N�o sei.

Laguna, esta gente est� em Pedraza.

S�o os novos donos do castelo.

- O namorado dela morreu l�.
- N�o era namorado.

Que castelo? Em Pedraza?

N�o voltei l�
desde que tudo aconteceu.

O que faz este tipo em Pedraza?

NOVA IORQUE, EUA

O que veio primeiro, a galinha
ou o ovo?

Alguns diriam a galinha,
mas tamb�m � preciso um ovo.

� como o Big Bang.

Deve ter havido algo antes, n�o?

Ou vem tudo do nada,
sem a ajuda de ningu�m?

N�o sei o que veio primeiro,

mas sei que algu�m ou algo do exterior

os p�s ambos aqui.
Esta narrativa � nossa.

S� quando dominarmos o passado
� que dominaremos o futuro.

Sabem porqu�?

Porque quando chegarmos ao fim,
estaremos de volta ao in�cio.

Desculpe incomod�-lo, Sr. Barbrow,

sou um admirador do seu trabalho.

N�o � inc�modo nenhum.

Ter�a-feira, 20 de mar�o,
equin�cio da primavera.

� o um momento �nico nos pr�ximos 35 anos

em que Saturno estar� alinhado
com J�piter.

N�o conseguiu antes
e n�o vai conseguir agora.

- Conhe�o os seus disfarces.
- Essa pedra s� serve para uma coisa.

Trabalho para algu�m
que n�o quer que aconte�a.

Diga ao seu chefe
que se quiser negociar comigo

tem de vir pessoalmente.

Ele tem m�s recorda��es.

Da �ltima vez que veio,
foi crucificado.

Envolve-se demasiado.

Se quer ser dono do mundo,
posso ajud�-lo.

Acha que preciso de ajuda?

Posso ensinar-lhe truques muito
melhores do que esse, garanto-lhe.

Em troca da minha alma?

Est� a precisar de novos truques.

N�o quero este mundo,
n�o gosto dele.

Quero um novo.

PARA O MEU QUERIDO L�CIFER,
CHRISTIAN BARBROW

Desculpe. Por favor, deixe-me entrar
no quarto cinco.

N�o posso explicar agora,
mas vi coisas.

Deixe-me entrar. Confie em mim.
Paqui, por favor.

Porque � que n�o pode entrar?

Est� perturbado. N�o � boa ideia.

Quero ver se ela est� bem!

- Lamento, Paco, n�o.
- Por favor.

Paqui, s� cinco minutos
e depois sai, como de costume.

Um momento, por favor.

- Sob tua responsabilidade.
- Sim?

Ent�o, vou.

N�o gostas do cami�ozinho,
amor, porqu�?

- �s t�o giro!
- Muito bem.

- Experimente estes.
- Sim.

Os de l�tex. Os outros nem pensar.

- Precisa de alguma coisa?
- Nada.

- Podemos fazer...
- Com ele, estou satisfeita.

Devia ver a sua cara.
Acho que finalmente acert�mos.

N�o deve ter sido f�cil.

Acima de certos valores,
as pessoas perdem os escr�pulos.

- E legalmente?
- Os pap�is est�o em ordem.

� teu filho perante qualquer
tribunal do mundo.

E agora, em troca, dou-te a moeda.

� essa a ideia?

Basicamente, sim, � essa a ideia.

Pega nela, est� naquela gaveta.

Adoro-te.

A culpa n�o � minha.

Devia ter imaginado. Est�o unidos.

S� quer estar comigo.

Se a deixo e saio, segue-me.

Faz tudo para voltar para ti.

- Escolheu-te.
- Eu sei.

- Eu sabia.
- Agarra-a pelos ombros.

- Paco, deixa a Elena onde est�!
- Agarra-lhe os ombros.

Paco!

Elena, aqui!

Aqui em cima. Vou tirar-te daqui!

N�o! N�o abras a porta! N�o!

Tens de acordar, Elena. Ouve!

- Quando o tiveres contigo.
- O qu�?

Um livro. Quando o tiveres na m�o,
n�o olhes!

Procura o Lombardi.
Ele sabe o que fazer.

Lembra-te, Elena! Lombardi!

Lombardi! It�lia.
Procura o Lombardi.

Foge! Corre, Elena! N�o penses!

Corre!

Paco, o que est�s a fazer?

- Onde � que ele vai?
- Parem-no!

- Paco!
- Para!

- Onde vais?
- N�o quero magoar-vos.

- Paco, perdeste o ju�zo.
- N�o quero magoar-vos. Deixem-me.

N�s tamb�m n�o, mas se insistires,
usamos a for�a.

- Vamos, larga a Elena.
- Para tr�s!

Merda.

- Paco, sai do elevador.
- Para tr�s!

Para. Espera!

Larga-a, Paco.

Larguem-na, por favor!

- Mais? Vais voar.
- N�o tenho essa sorte.

Ignora o teu pai, Ricardito,
ele gosta muito de ti.

S� n�o tem maturidade
para ter uma rela��o

sem insultar o outro.

� inseguran�a. Explico-te quando
fores mais velho, est� bem?

N�o digas essas coisas ao rapaz,
que ele pode compreender-te.

- Descobriste alguma coisa?
- N�o, nem vou descobrir.

Ricardito, espera-te
uma adolesc�ncia foleira.

N�o te posso passar informa��o,
Mar�a, porque � ilegal.

N�o posso falar contigo.

N�o estou a falar contigo.
Estou no parque com o meu filho.

N�o me digas a mim,
mas diz ao teu filho.

Sabes que empresa francesa
negoceia na bolsa espanhola?

- O supermercado?
- Uma muito maior.

O Projeto R-N-U-K. Sabes o que faz?

- Brinquedos?
- Quase.

Fabrica armas numas instala��es
que tem em Minsk.

- Armas e hot�is?
- Vai brincar.

Sim.

Fabricam armas, nanotecnologia,

e v�o transformar o castelo
de Pedraza num hotel.

O que tem um hotel em Seg�via
a ver com nanotecnologia?

Nada.

J� � tarde. Ricardo.

- N�o.
- Ricardito, anda. Hora do banho.

Amanh� h� escola. Vamos.

- Quem est� por tr�s disto?
- Diz adeus � tia Mar�a.

- Adeus, tia Mar�a.
- Adeus.

Adeus.

- Havia alguma coisa entre voc�s?
- � assim t�o �bvio?

A linguagem corporal n�o mente.

- Estava a empurrar o baloi�o.
- Claro.

Chega, Laguna.

JEAN GIRAUD
CL�NICA HYGIEIA

- N�o acredito.
- Conhece-lo?

Vamos.

O cordeiro chegou,
est�o prontos?

H� muita atividade aqui.

Tem de baixar a frequ�ncia.

- Vamos continuar.
- Sim.

Temos de rever as mensagens
da �ltima sess�o.

O paciente tr�s declarou
que Monsenhor Reinhold

estava � direita da varanda,
ao lado do Cardeal Jacobi.

Objeto 1543. Vamos come�ar
a transfer�ncia para o grupo. Agora.

Ainda nada. Vou tentar outra coisa.

- O que se passa?
- Parece que foi Mart�n, o guarda,

que matou os animais.

Deu-nos muita informa��o.

Mas n�o sabe nada sobre as moedas.

Duplica a dose.

Mart�n, o que te assusta mais
nisto tudo?

Para seguir os seus pensamentos
em tempo real...

Sen�o, temos de esperar
pela interpreta��o.

� a mulher dele?

Sim, a que se suicidou.

Presumo que esteja tudo gravado.

Claro. Temos 200 horas disto.

- � dif�cil encontrar algo novo.
- Isto � novo, idiota.

Localiz�mos a moeda?

Sim, grava��o de tr�s c�maras
dos cinco minutos seguintes.

- Levou-a o De la Cruz.
- Desculpa?

Foi o De la Cruz, o mexicano,
que a levou.

Estou a ver.

Continuo com o Mart�n?

� ele que tem mais informa��o.

Mas vejo que o sinal est� limpo.

N�o o deixes enlamear
com motivos pessoais.

Continua.

O que est�s a fazer?

A trabalhar. E tu?

- Porqu� esse interesse pelas chaves?
- N�o sei.

N�o ficas stressado
por n�o saberes?

- � melhor deixar-me ir.
- Certo.

� isso que fazes,
deixares-te ir?

O que � melhor para isso
do que um moinho de vento?

Daqui v�-se Sep�lveda.

- H� quanto tempo tens poderes?
- Que poderes?

De ouvir vozes. Isso � um poder.

N�o sei. H� alguns anos.

Para que saibas, �s m�dium.

E tu �s muito bonita.

Na aldeia n�o h� mulheres assim.

Espero n�o estar a incomodar.

N�o, de todo.

Na escola, aconteceu-me o mesmo.

- Tinhas poderes?
- N�o.

- Riam-se de mim.
- Ningu�m se ri de mim.

- Desculpa, queria dizer...
- Eu sei o que querias dizer.

Trata-me como um idiota
e eu atiro-te do moinho.

Est� bem.

Estou farto de falar com pessoas
que me acham um idiota.

As pessoas n�o pensam
t�o r�pido como eu.

Tenho de dizer metade das coisas
que me passam pela cabe�a,

pois se disser tudo, n�o me calo.

Eu sei tudo.

Imaginas a press�o?

Deve ser perturbador.

Seja como for, at� logo.

- Onde vais?
- Para baixo.

Mas n�o assim!

- N�o podem fazer isto!
- Sim, campe�o, como queiras.

- N�o podem prender-me!
- Diz isso � Pol�cia!

Levar um paciente � for�a.
V�o castigar-te!

Vamos.

- Como est� ele?
- Um guerreiro.

- Posso v�-lo?
- Claro.

Fique tranquilo, padre,
que ele n�o sai dessa cama.

Filho, acalma-te.
Vai acontecer o inevit�vel.

� como se j� tivesse acontecido.

� melhor assim.

Culpas-te a ti mesmo

pelo que aconteceu � Elena,

mas fizeste a coisa certa.

Vim avisar-te de que ele chegou.

Veio de longe porque precisa
de te pedir uma coisa.

N�o o desiludas.

- Padre, o que acha?
- Est� nervoso, mas bem.

Disse-lhe que dava aux�lio
espiritual aos doentes.

N�o � o primeiro a ter medo
ao ver um padre.

Mas parecia outro, estava fora de si.

A rapariga � tudo o que ele tem.

Pensar que esta situa��o n�o tem
solu��o pode enlouquecer qualquer um.

Claro. E n�o h� mais nada?

- O que queres que haja?
- Algo estranho.

Disse-me que viu coisas e n�o sei.

N�o h� nada de estranho aqui.

Certo.

N�o esperes um grande discurso,
n�o h� tempo.

H� algumas coisas
que t�m de ser feitas e j�.

Tira a Elena daqui,
mas usa a cabe�a, n�o te percas.

N�o nos serve de nada
se um daqueles idiotas estragar tudo.

Procura um s�tio sossegado.

Um hotel, uma pens�o, sem muita gente.

Outra coisa.

Vais precisar de algu�m com
conhecimentos m�dicos espec�ficos.

Ambos sabemos que n�o �s um tarado,

por isso, n�o te sintas culpado.

Ouve. N�o foi ningu�m daqui.

N�o fiques louco de ci�mes,
nem nada disso.

Aceita-o graciosamente,
como S�o Jos�.

Entendes? Est�s a entender?

� inexplic�vel.

� um mist�rio.

� o teu destino e o nosso.

Ele assim quer.

- Anda brincar connosco.
- N�o nos deixes!

GINECOLOGIA

V�s como tinha raz�o? Aqui est�.

- O que est�o a fazer?
- O que fazes aqui, Paco?

O que fazes tu aqui, por Deus?
O que achas que estou a fazer?

Quando tentaste lev�-la,
suspeitei de algo.

N�o � a primeira vez que acontece.
Fiz-lhe um teste.

Quem me dera estar enganado,
mas n�o. N�o me enganei.

�s escumalha. Est�s a ouvir?
Escumalha.

- N�o lhe toquei!
- N�o? Ent�o, quem foi?

N�o foi o Esp�rito Santo.
O Esp�rito Santo?

Os tipos da funer�ria chegaram.
Despacha-te. Tens os documentos?

N�o. Eu pego nela.

- V� l�!
- Est� bem.

- Vais ajudar-me, certo?
- A pousar isto?

�s parvo ou qu�? Vamos!

- Vai para onde?
- Para a Funer�ria M-30.

- De certeza?
- Como assim?

- N�o seria a primeira vez.
- Diz Salvador de Madariaga, 111.

- Vens?
- Vou fumar um cigarro.

Pare o carro!

- Pare o carro!
- Ele � louco?

Pare o carro!

- O que se passa?
- Est�s louco?

- Que est� ele a fazer?
- N�o sei, � louco.

- Chama a Pol�cia.
- Elena.

- Est� louco.
- Tira-o dali!

Tira-o tu, porra!

V� l�, respira, por favor.

Acorda.

Acorda, por favor.

Lamento muito.

- Para, meu!
- O que est�s a fazer? N�o! Para!

Para!