All language subtitles for Motyle (1972)

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Eu estou bem, obrigado. E voc�?

Aqui est� calor. Como em esta
Hillsborough? Est� calor tamb�m.

-Oi, m�e.
- Voc� me reconheceu?

Quando � voc�, o telefone
n�o toca, mas diz:

"M" como um milh�o de coisas
que me deu, "A" como ...

Esqueci o que significa o "A".

Parece que voc�
esqueceu mais coisas.

Como voc� est�?

Bem, obrigado. E voc�?

Muito bem. Como est� o tempo?

Est� calor. E como
est� em Hillsborough?

- Est� calor aqui tamb�m.

- Como � o seu apartamento?
- �timo, eu gosto.

- O que voc� fez ontem � noite?
- Ontem � noite? Nada.

Sa� com uns amigos?

Uma festinha.

Eu n�o sei quantas.

- Quer que eu diga n�mero de pessoas?
- Se n�o for segredo.

- 12 e meio. � o suficiente para voc�?
- J� faz tempo?

- Estou com saudade. -
Eu gostaria de visit�-lo.

N�o!

Donny, eu vou amanh� para a
cidade. Tenho que passar na Sacks!

Eu disse "n�o" e disse a s�rio.

N�o me importo, eu vou!

Porque n�s combinamos assim!

O acordo foi de dois meses.

meses inteiros e eu
quero cada minuto.

Donny, voc� � t�o irritante,
isso me d� vontade de chorar.

- O qu�?
- Que barulho � esse?

- � na porta ao lado.
- Quem mora l�?

- Uma garota.
- Como se chama?

N�o sei, ainda n�o nos
encontramos. Mal posso ouvi-lo.

Ligue-me amanh�.

Eu n�o posso ouvi-lo.
Aguarde um momento.

Sinto muito. N�o posso ouvi-lo.

Por favor, baixe a TV. N�o
precisa desligar, apenas baixar.

N�o � televis�o, � r�dio.

As paredes s�o finas como papel. - Eu
sei. Quase pode-se ver atrav�s dela.

N�o, n�o mesmo.

Que tal uma x�cara de caf�?

- Obrigado, tomei a pouco.
- N�o pra voc�, para mim.

Sim, claro, Venha.

- Oi. Sou Jill Tanner.
- Don Baker.

Se importaria ... de fechar o z�per
da minha blusa? N�o consigo alcan�ar.

- Voc� se importou que eu me convidei?
- Nem um pouco. A �gua est� pronta.

Sua sala � maior do que a minha.

- H� quanto tempo voc� se mudou?
- Um m�s.

E n�o � s� a sala, mas o
apartamento todo. Al�m do banheiro.

Tenho tr�s quartos,
incluindo a cozinha.

Voc� tem tudo arrumado.

- Tudo � bem arranjado.
- � f�cil quando voc� n�o tem nada.

Eu n�o arrumo nada, apenas
jogo em todos os lugares.

Receio que seja pregui�osa.

Uau! eu gosto disto.

N�o gosto disso.

- O que � isso?
- O qu�?

- Neste suporte.
- � a minha cama.

- Sua cama?

- Uau!
- Voc� gosta?

- Essa � a cama mais legal
que j� vi. E j� vi muitas.

- Voc� fez isso?
- N�o, antes de mim uns hippies moravam aqui.

- Eles fizeram isso.
- N�o tem medo de cair?

- Pode quebrar alguma coisa.

- A gente pode cair
de qualquer cama.

- Isso � verdade.

Eu podia ter ficado com o seu ap�.
Escolhi este por causa da cama.

- Creme ou a��car?

- S� puro, obrigado.

- Por favor.
- Obrigado.

- O caf� � a minha salva��o.

- Comprei flores, que estupidez,
tamb�m toalhas, guardanapos,

- mas esqueci do caf�.

Precisa de toalhas
ou guardanapos? -N�o.

- Alguma outra coisa
- Eu tenho l�mpadas.

- Posso fazer uma pergunta pessoal?
- Claro.

- Por que n�o quer ver sua m�e?
- Como voc� sabe?

- Voc� pode me ouvir, eu posso ouvi
-lo.

- Acho que o som passa
- Pela porta.

- � mesmo, aquilo � uma porta?

- Seu apartamento e meu
um dia foram uma su�te.

- Para alug�-lo deixaram as portas
trancadas, Mas poderiam unific�-los, parece.

- Tinha feito uma pergunta.
- Esqueci o que voc� perguntou.

- Por que voc� n�o quer
que sua m�e venha aqui?

- � uma longa hist�ria.

- N�o, � uma hist�ria
curta mas leva muito tempo.

- Ela quer que eu volte para casa, n�o confia em mim,
- Eu me tornei independente.

- Finalmente, concordamos
em tentar por dois meses.

- Isso me d� 2 meses
por minha conta.

- Depois devo ir.

- Por que disse a ela que foi
numa festa na noite passada?

- Voc� ouve tudo que eu falo, hein?
- Um pouco.

- Tenho de estar numa festa,
sen�o ela n�o me deixa em paz,

Estou aqui porque
quero meu espa�o.

Ela n�o entende que eu
queira ficar aqui sozinho.

Ela odeia esse lugar.
Ela odeia a vida aqui.

N�o sabe o que estou querendo. Ela olha
e diz "voc� me d� vontade de chorar".

- E chora mesmo.
- N�o ela s� amea�a.

- Se ela quiser chorar.
Basta olhar o meu apartamento.

Pelo menos voc� leva a s�rio.

Voc� tem idade suficiente pra viver
sozinho. Eu tenho 19 � Qual a sua idade?

De acordo com a opini�o materna
Eu tenho 11 e vou fazer 10

Minha m�e � o oposto; queria ser minha
filha e que eu fosse crian�a a vida toda.

Ela n�o aparenta sua idade. Adora
quando dizem que parecemos irm�s.

E se n�o disserem, ela diz.

- Voc� trabalha?
- N�o

- Mas toco viol�o e
tenho uns projetos.

Sei.

- Ouvi voc� dizer ontem � noite.
- Sinto muito.

N�o, isso � bom. S�rio.
Pensei que fosse uma grava��o.

N�o consigo ler m�sica,
ent�o aprendo ouvindo.

E depois?

Tentarei fazer sucesso
com algum tipo de projeto.

Uma coisa eu sei. N�o
voltarei para Hillsborough.

- O que � Hillsborough?
- Voc� n�o sabe?

N�o, n�o conhe�o nada por aqui.

Sou de Los Angeles.

Nunca fui mais pro norte.

Hillsborough tem cerca de
10 milh�es de habitantes

- � onde voc� mora? N�o.

- Moro aqui. L� eu vivia.
- Eu entendo.

Qual o seu nome?

Jill Tanner.

Tecnicamente, sou a Sra. Benson.
Me casei quando tinha 16 anos

Dezesseis? Quanto
tempo ficou casada?

Pareceu uma semana ...

Na verdade, foram apenas 6 dias.

Como foi?

Me desculpe, n�o gosto
de falar sobre isso.

- Ent�o n�o fale. Sinto muito. -
Mas deixe-me lhe dizer uma coisa.

�s vezes voc� tem que fazer
o que quer. Para n�o explodir.

Jack era descontrolado.

Como um adolescente? As meninas
amadurecem mais cedo, certo?

Quando nos conhecemos, era
como fogos de artif�cio.

Cada dia era como o 4 de julho.

E de repente est�vamos na
frente do juiz que nos casando.

- H� quanto tempo voc� conhecia ele?
- N�o sei. Duas, tr�s semanas.

Acabara de me casar! E mal
tinha feito o ensino m�dio.

Ainda tinha dois dias de testes
pra fazer. Nem me lembro deles.

E ent�o eu ouvi o padre:

"Jack, voc� aceita
Jill como sua esposa? "

Voc� pode imaginar come�ar
a vida como Jack e Jill?

E ent�o ele disse: "...
At� que a morte os separe".

De repente me senti como num
funeral n�o num casamento.

- Deus!
- � t�o m�rbido! Eu odeio isso.

Uma vez que voc� se casou,
Por que pelo menos n�o tentou?

Tentei! Eu tentei ...
Por seis dias, eu tentei.

- Mas eu sei que foi um erro.
- Voc� o amava?

- De certa forma sim.
- Quem sabe?

Eu n�o sei. Mas s�
porque que algu�m ama voc�

n�o significa que voc� tem
que passar a vida junto.

Jack me amava.
Realmente me amava.

Eu n�o queria feri-lo. E eu odeio
isso. N�o quero machucar ningu�m.

O casamento � um compromisso,
certo? E eu n�o consigo me ligar.

- Voc� entende?
- Sim, eu entendo, mas eu discordo.

Ent�o, voc� realmente entende.

- Uau E eu pensei, que fosse relaxada.
- O que voc� quer dizer?

Voc� sabe algo que eu n�o sei,

me diga por que voc� jogou
as cinzas sobre a mesa.

- Voc� pegou o cinzeiro?
- Est� aqui. Voc� � cego?

Sim.

- O que quer dizer com "sim"?
- Sim, eu sou cego.

T� brincando. Pare com isso.

N�o, eu sou cego.
Eu sempre fui cego.

Realmente cego? N�o s� da vis�o?

� pior. Voc� nunca enxergou.

Deus!

� t�o ruim n�o ver nada.

Espere, tenha calma.
Eu estou acostumado.

- Por que n�o disse antes?
- Estou dizendo isso agora.

- Por que s� agora, e n�o quando entrei?
- Voc� n�o perguntou.

Por que eu deveria
ter perguntado?

"N�o se entra na casa e n�o diz:
"Sou Jill Tanner. Voc� � cego?"

E eu n�o conhe�o ningu�m que diga:
"Don Baker, cego como um morcego".

Voc� podia me
dizer. Eu teria dito.

Eu n�o sabia que isso importava.

Deus! Da �ltima vez que
vi voc� da janela ...

� lugar arejado pra fumar.

Eu pensei que estava me espiando.

- Esse � um pensamento positivo.
- Eu queria chamar a pol�cia.

- E se eu ligasse?
- Ent�o voc� seria presa.

Voc� � t�o legal, t�o ajustado.

N�o sou. Eu n�o fiz nada pra
me ajustar. Eu nasci assim.

Seria diferente se eu
enxergasse e depois ficasse cego.

Cegueira � normal para mim.

Eu tinha seis anos quando
descobri que nem todos eram cegos.

At� ent�o, para mim
N�o havia diferen�a.

Relaxe. Podemos rir um
pouco, vai ser melhor.

- Risos? Cegueira?
- N�o, da cegueira

- N�o posso esquecer?
- Voc� � o primeiro cego conhe�o.

Parab�ns. Pena que n�o
d�o pr�mio pra isso.

Quer dizer, conheci um homem
cego na rua, ele tinha um c�o ...

- Por que voc� n�o tem um c�o?
- Chama muita aten��o.

Posso cuidar de
mim mesmo sozinho.

Voc� n�o tem dificuldade de
se mover em San Francisco?

Quero dizer ...
para mim � dif�cil!

S� tenho que
planejar meu caminho.

Sei exatamente quantos passos para a
lavanderia, a farm�cia, a padaria ...

- Onde � a lavanderia? Eu preciso de uma.
- Perto da padaria.

Ao sair da casa, na rua s�o
44 passos da porta principal.

- Eu n�o notei. -
Deixe-me lhe mostrar.

Voc� me ... Voc� me leva!

E quanto ao apartamento?

Se bater nos m�veis?
Voc� pode se machucar.

N�o, eu sei tudo sobre o lugar.

A cama ... viol�o ...

... banheira ...

... jaqueta ... minha bengala ...

... porta de entrada ...

... estante de livros ...
vinho, copos, c�moda, gavetas ...

... sapateira ...

- O que � este livro?
- Braille.

Mesa de jantar, banheira ...

... cozinha ...

... ketchup, �leo, sal,
pimenta, a��car, caf�.

- Deus!
- E se voc� devolveu o cinzeiro ...

Voila! Se voc� n�o mexer nas coisas,
Eu sou t�o bom como qualquer outro.

� melhor!

Pelo menos pra mim, n�o
consigo encontrar nada.

Voc� precisa ver.

Sinto muito.

- Eu queria dizer ...
- Sei o que voc� queria dizer.

Eu sou mais um, como
os outros, s� n�o vejo.

Cegueira n�o me incomoda, mas
sim as rea��es das pessoas.

Como n�o agir naturalmente ...

Aguns tentam mostrar
compaix�o, mas n�o podem

porque isso � marca
registrada da minha m�e.

Seja voc� mesmo.

Eu sempre achei que pessoas
cegas s�o um pouco assustadoras.

Com certeza. Dormimos durante o dia,
penduradas de cabe�a para baixo no chuveiro

Na escurid�o levantamos e
voamos pelas janelas das pessoas.

Por isso que, dizem
"cego como um morcego."

Fala s�rio agora. S�rio.

Voc�s t�m um sexto sentido?

N�o. Se eu tivesse um sexto sentido,
como um cego teria apenas cinco, certo?

Paladar, audi��o?, Eu tenho os
sentidos mais agu�ado do que voc�.

Porque � mais usado.

Vou te mostrar uma coisa..

Me gire.

Gire bastante.

- Alguma coisa est� na minha frente.
- Janela.

Uau. Como voc� faz isso?

Vis�o de sombra.

O que � isso?

A capacidade de sentir o
que est� diante de voc�.

Voc� pode sentir
isso. � como o calor.

Todos sentem isso tamb�m, o
cego inclusive, mas melhor.

Vou tentar.

� uma vantagem ser cego.

� �timo que voc� n�o
tenha crescido ressentido.

Voc� n�o sente
nenhuma frustra��o.

Pra mim foi horr�vel me
adaptar Eu n�o podia ver.

- Claro que eu era irritante.
- Duvido muito.

N�o, n�o. Eu n�o era
t�o alegre como voc� �.

N�o tenho qualidades maravilhosas
como coragem e perseveran�a.

Nem eu. Eu sou apenas
naturalmente ador�vel.

Voc� � mais do que isso.

Voc� tem uma
personalidade muito forte.

Sim, sou fant�stico.

"N�o desapare�o dentro
dessa boa noite. "

"Sinto no crep�sculo
o antagonismo. "

- Dylan Thomas.
- Quem?

- � um verso de um poema de Dylan Thomas.
- S�rio?

Fiz uma cita��o de
Dylan Thomas sem saber?

Como � poss�vel? Eu
fiz isso e n�o sabia.

N�o sei onde aprendi isso.
Posso citar Mark Twain.

A minha frase favorita
de Mark Twain. Quer ouvir?

Posso come�ar?.

"S� pe�o para ser livre.
As borboletas s�o livres ".

"A humanidade certamente n�o
pode negar a Harold Skimpole "

"O que n�o nega �s borboletas."

Voc� gosta?

Sim, muito. Exceto que quem
escreveu n�o foi Mark Twain.

- Como assim?
- Dickens escreveu.

- Voc� tem certeza?
- Sim.

� do personagem Harold Skimpole
da "casa sombria" de Dickens.

Eu citava Dickens. Na verdade,
mesmo achando que era Mark Twain.

Mas se voc� diz que ...

Voc� leu ... Oh Deus!

Leio Dickens e li tamb�m maioria
das obras de de Mark Twain.

Pare de se desculpar por cada
palavra. S�o impressos em Braille.

� terr�vel perguntar a um
cego se leu alguma coisa.

De jeito nenhum. Na verdade, eu
leio muito bem com meus dedos.

N�o me importo que pergunte se
li um bom livro recentemente.

- J� pediu a algu�m para ler algo pra voc�?
- Sim. Revistas, jornais ...

- Posso ler pra voc�?
- Sempre. O que voc� quiser ...

- Que revistas voc� gosta?
- Time, Newsweek, The Berkeley Barb ...

- Quero saber o que est� acontecendo no mundo.
- Que eu n�o posso ler.

Eu nunca sei o que
est� acontecendo.

- Na verdade eu n�o me importo.
- N�o diga isso.

At� os animais est�o
interessados, S� vegetais n�o.

Voc� tem algo de seu
interesse, 'Uma coisa.

Comida! Acho que eu estou muito
interessada. Estou faminta.

E sobre a liberdade? Voc�
est� tentando ser livre, certo?

Liberdade? � coisa mais
importante do mundo para mim.

- Depois da
comer. - Sirva-se.

Obrigado. Meu
apetite me envergonha.

Voc� sabe muito sobre as
coisas, est� interessado em tudo.

- Eu n�o sei muito sobre renas.
- Est� muito feliz, certo?

- Por que voc� acha isso?
- Porque voc� ainda pode crescer.

Eu sei das minhas limita��es

Acho que tem mais
potencial do que voc� pensa.

- Ent�o me fale ...
- N�o, diga voc� mesma.

o dia quando ele me conheceu Eu
poderia te amar, se voc� deixar.

Mesmo quando voc�
tocou meu rosto e disse:

"Como � f�cil esquecer-me."

Borboletas s�o livres ...

E n�s tamb�m ...

Isto � o m�ximo! Fazer
m�sica e ainda cantar.

N�o �? Voc� gosta?

- Claro eu amo!
- Eu escrevi.

Ainda n�o est� pronta, mas eu gosto
para mim as borboletas s�o tranquilas.

� incr�vel!

Sobre a m�sica, tudo que
eu sei. Estudei na escola.

- Voc� terminou a escola?
- Terminei o ensino m�dio ... apenas.

Minha m�e queria que eu
fosse � faculdade. Eu queria

ir pra UCLA, mas
encontrei um apartamento.

- Voc� poderia gravar um �lbum.
- Sim, eu estou esperando para ser descoberto.

Quando voc� for descoberto, e
for a algum lugar para tocar,

Voc� vai estar vestindo isso?

Eu nunca pensei nisso. Voc�
tem algo contra a minha roupa?

Parece que sua m�e comprou.

T�o ruim?

Depende de onde voc� for tocar. Elas
s�o boas se voc� tocar num banco.

- Eu acho que voc� deveria ser mais descontraido.
- Minha m�e me compra roupa.

Eu gostaria que voc�
escolhesse algo mais avan�ado.

- Sim? Como o qu�?
- O que voc� gostasse.

- Talvez alguma hora?
- Agora?

Okay. N�o tenho nada para fazer
de qualquer maneira. Vamos l�.

- Voc� n�o vai pegar uma bengala?
- N�o, vou pegar no seu bra�o.

- Voc� vem, ou n�o?
- Sim. Espere aqui, vou pegar minha bolsa.

Cuidado!

44!

Voc� estava certo, 44
??passos at� a lavanderia!

- Por que voc� veio pra c�?
- Eu queria experimentar outra coisa.

- Pensou que voc� ficaria?
- Eu n�o penso sobre isso.

Vou ver como vai ficar.
Talvez eu seja atriz.

Digo talvez, eu n�o sei
o que o amanh� trar�.

Vou participar de uma
audi��o em um pequeno teatro,

Como se diz "Workshop C�smica."

� sobre uma menina que se apaixonou
por um homossexual e se casou.

Originalmente era um alco�latra,
Mas os homossexuais est�o na moda

Agora farei uns filmes, eles
ter�o que mudar umas cenas.

- Voc� � gay?
- N�o, s� cego.

Cuidado. Um degrau!

Um dos meus maiores amigos � gay.
Denis ... o designer. Ele � bom.

- Ele que me fez esta blusa.
- Tenho certeza que � linda.

Na verdade, ele fez pra
ele, mas eu peguei dele.

S�o engra�ados, bem soltos.

Eu n�o gosto de l�sbicas. Elas
s�o t�o r�gidas e n�o naturais.

O diretor � meu amigo e acha
que pode me testar para um papel,

mas devo ser aprovada pelo autor.

- Qual Diretor?
- Acho que voc� n�o conhece.

Seu nome � Ralph
Suntory. � de Los Angeles.

Veio fazer pe�as em pequenos
teatros, Mas n�o aconteceu,

ent�o ele veio pra c�, entendeu,
trabalhamos em "Workshops C�smica".

Enquanto est�vamos
juntos, ele queria se casar

Mas eu n�o quero
passar por isso. .

Voc� o amava?

Eu n�o tenho certeza
de amar ningu�m.

Mesmo, eu n�o quero. � um
vinculo. Algu�m sempre sofre.

Vamos entrar. Eles
t�m coisas incr�veis.

- Cuidado com o degrau.
- Vamos subir ou descer?

Subir. N�o posso pensar em tudo.

- Posso ajud�-lo? - N�o,
obrigado. S� vamos olhar.

Que tal isso?

N�o, n�o � para
voc�, Mas para Dennis.

- Boa ao toque.
- Vou lev�-la.

- Eu vou
compr�-la. - N�o

- Por favor, deixe-me
compr�-la ... - N�o

T�, bom ...

Ei ... segura.

- Sim, n�o � ruim.
- N�o teria algo melhor?

Okay, aguarde ...

Sim, vamos tentar isso.

Tire isso e a camisa tamb�m.

- Voc� encontrou alguma coisa?
- Don, este � o Sr. Espargos.

N�o, meu nome � Roy Straton.
A loja � que chama Espargos.

Eu a chamo assim, porque gosto de
aspargos Eu considero um vegetal agrad�vel.

Voc� pode ver uma
batata, uma cebola,

Mas voc� nunca v� um
aspargo. Sempre um ma�o.

- Amarrado com os outros.
- Voc� v� uma ervilha.

Mas eu n�o gosto de ervilhas.

Este parece
perfeito. Experimente.

Me d� sua m�o ...

- Adequado para uma rena, eu gosto disso.
- Uau.

- � dez.
- Eu n�o pare�o uma placa de propaganda?

Sim ... Ainda falta
um chap�u. Agora sim.

- Que tipo de chap�u?
- Querida, aqui tem tudo.

Por aqui.

Talvez um quepe confederado?
N�s vendemos um monte deles.

Sim, eu j� vi muitos.

N�o como esse .

- O que voc� acha?
- Acho que n�o.

O que � isso? Tirol�s.

- Tirol�s, bem.
- Parece decente.

Eu gosto! O que acha.

- O que voc� acha?
- N�o Eu pare�o a Heidi!

Tenho uma coisa especial,
preciso apenas encontr�-lo.

Aqui est�. O que voc� acha?

- O que � isso? Bon� da
Legi�o Estrangeira Francesa.

Eu amo isso.

Ele assenta-se perfeitamente. Parece
que nasceu com ele. Olhe pra voc�.

No espelho!

- Ele � ...
- Sim, sou. Pare de murmurar.

- Pe�o desculpas. Eu n�o sabia ...
- Por que, n�o � culpa sua.

- N�o penso nisso. Como n�s.
- Quanto � que o bon�?

- O negocio � ...
- Quanto custa?

- A camisa, o colete e a blusa para Jill?
- Ei, tem The Berkeley Barb.

Pode pegar.

- Voc� tem revistas pornogr�ficas?
- N�o

Uma pena, vejo apenas
aquelas impressas em Braille.

Eu acho voc� n�o agradou
quando pediu uma revista porn�.

Voc� achou que n�o
foi normal Eu vi?

Eu n�o sei ... De qualquer
maneira, ele teve um choque.

- E quanto a voc�?
- Eu?

Estou em estado de choque
desde que nos conhecemos.

Que voc� acha que disso,
podemos jantar juntos esta noite?

Eu acordei de um coma!

Para o jantar, temos o suficiente.
Salame e salada de batata.

Eu amo isso.

- Posso fazer alguma coisa?
- Fique em p� na porta. Voc� pode passar.

A mesa n�o combina.

Quero dizer, salame e salada de
batata n�o � pra comer na mesa.

Vamos comer no ch�o.
Faremos um piquenique.

Eu tenho uma id�ia
melhor. Vamos para a praia.

- Na praia?
- Sim.

Eu sei de uma faixa de areia,
onde quase ningu�m nunca vai.

- Onde?
- Al�m da mesa de jantar.

- Quando voc� � cego d� para ver melhor.
- S�rio? E o que diz sobre a marola?

- Eu vejo um lugar muito melhor.
- Onde?

- Ao lado da cama.
- Perfeito.

- � heredit�ria a cegueira?
- Isso � o que eu ouvi.

- Seu pai enxerga?
- Duvido muito. Est� morto a seis anos.

Pode ter problemas irritantes.

- Voc� sente falta dele?
- Sim, n�o.

Ele era meu �nico amigo, quando
eu cresci. Eramos muito chegados.

Foi duro para mam�e,
quando ele morreu,

porque que ela teve
de ser a m�e e o pai.

A irm� e o irm�o, o m�dico, o advogado,
e o congressista, rabino, pastor, capel�o!

- Sinto muito. A faca fica � esquerda ou � direita?
- direita.

- Por que ficou cego? O que disse o m�dico?
- Ele disse que foi um v�rus.

Significa que ele n�o sabe.

Ouvi dizer que as mulheres que tem s�filis
tem crian�as cegas. Sua m�e n�o teria?

Quando voc� conhec�-la,
diga-me o que acha dela.

- Quando ser�?
- Daqui a um m�s.

Resta-me um m�s antes que
ela venha ver como me sai.

Quando o rel�gio bater, a lua
se encaixa na porta silenciosa.

Talvez tenha ouvido falar disso, ela escreveu
uns livros. Seu nome � Florence Baker.

N�o me parece familiar. Mas n�o sou
confi�vel. Posso citar, sem saber.

Ela fez livros para crian�as.
Adivinhe sobre o que?

Sobre crian�as?

Todos eram sobre um menino cego,
chamado de pequeno Donny Dark.

- O Pequeno Donny Dark?
- Sou eu.

Voce faz qualquer coisa
para parecer interessante.

N�o, eu juro. Eu
odeio esse nome, Donny.

- Diga-me, quando eu
chegar � praia. - Pare!

- Pela primeira vez no ch�o.
- � t�o pr�tico.

Voc� pode sentar em v�rias posi��es
diferentes! Ou voc� pode deitar, se quiser.

- A mesa � t�o restritiva.
- Como o amor?

Sim. E voc� nunca sabe o
que fazer com os cotovelos.

Est� faltando alguma coisa ...

- J� sei.
- Onde voc� est� indo?

Voc� vai ver!

- Flores.
- Acho que vai dar um toque de eleg�ncia.

E agora me fale sobre Donny Dark.

Para mim, gosto mais.

Donny tem 12 anos. Ele nasceu cego, como
eu. Mas para Donny n�o � um obst�culo.

Dirige carros, voa em aeronaves,

Os outros sentidos
s�o t�o desenvolvidos,

que a um quil�metro de dist�ncia
ele ouve um assalto a banco.

sentido a conspira��o
comunista contra o governo,

� um lutador incans�vel
contra o crime e a injusti�a.

E no final de cada livro recebe
uma medalha da Pol�cia ou FBI

e sempre diz:

"O pior cego, � aquele
que n�o quer ver. "

Voc� vai pegar o salame?

- Desde quando a Pol�cia e o FBI d�o medalha?
- A partir do momento que minha m�e diz.

- Que vamos beber?
- Eu tenho vinho.

- Nada mal.
- Salame?

Eu quero tudo.

-- Garotos l�em esses livros? - Quieta,
estou no caminho de volta pro piquenique.

Voc� acabou com o salame

- Sua m�e ainda escreve?
- Ela escreveu seis livros quando eu era crian�a.

N�o como Mary Poppins, mas eles
eram populares quando voc� � cego.

Eu n�o sei exatamente o que foi.

Acho que foi uma
proje��o, Eu poderia ser.

Uma esp�cie de Super-Homem cego.

Voc� foi para uma
escola especial?

Eu fui para uma escola regular.

At� eu terminar a escola, nada de
especial aconteceu, at� um ano atr�s.

O que aconteceu h� um ano?

Perto de n�s moravam os Fletcher.
Linda sua filha andou ficando comigo.

Foi o meu primeiro amigo intimo.
Foi fant�stico e selvagem.

Me levando a todas
as partes poss�veis.

Linda me deu algo que eu n�o tinha
com mais ningu�m. Auto-confian�a.

Ela mudou a minha vida.

Me incentivou a sair de casa.
Encontrei este apartamento.

Na sua companhia, eu estava
com medo. Mas eu fiz isso.

- Talvez tenha sido um erro, eu n�o sei ...
- N�o! N�o foi!

Voc� fez o que tinha que fazer.
O que aconteceu com Linda?

Ela se juntou com um amigo do
trabalho e foi viver no M�xico.

Eu gostaria que ela n�o tivesse
ido. Eu n�o deveria dizer isso.

Eu estou aqui. Mesmo ao lado.

Sempre que voc� precisar
de mim, � s� bater.

Mesmo que voc� n�o bata,
� suficiente um sussurro.

E eu vou ouvi-lo.

- Sabe duma coisa? E se abrirmos essa porta.
- Que porta?

Do meu apartamento.
Eles devem ter a chave.

Poder�amos nos comunicar desta
forma e n�o atrav�s do corredor.

O zelador tem algumas chaves, mas
n�o sei se podemos lhe perguntar.

- Acho que n�o.
- Por que n�o? N�s somos amigos?

Sim, mas n�s estariamos vivendo
juntos praticamente. Como seria?

O que � que tem? N�o
vejo qualquer problema.

- Aposto que consigo com uma faca afiada.
- � hora de empurrar essa c�moda.

Mova pro seu lado.

- Vou ligar para a portaria.
- Deixa eu tentar.

Voc� conseguiu! Est� aberta. Eu ia arrumar
mais tarde! N�o olhe, Est� uma bagun�a!

Eu n�o olho.

Deus! Sinto muito.

Eu tenho que me acostumar
com isso Mas n�o sei quando.

Deixe aberta.

Okay, mas me diga quando fechar,
Sen�o posso quebrar meu nariz.

Gostaria de estar vivendo
com Linda em vez de mim?

Nunca pensei sobre isso.
Por que voc� pergunta?

Eu s� quero saber
se voc� ainda a ama.

Eu disse, que a amava?

Se eu for muito pessoal,
me diga? e eu me calo.

Eu odeio quando sou curiosa

Voc� a amava?

Sim?

Acho que todo mundo
tem seus segredos.

E este � o meu.

- Como ela era?
- Era muito bonita.

Como voc� sabe?

Quando eu sentia o rosto dela,
Eu podia imaginar como ele era.

Eu posso sentir as
formas e a textura.

- Voc� sabe com eu sou?
- N�o.

- Eu sou incr�vel.
- S�rio?

Eu n�o iria mentir sobre isso.

Imaginei por um
minuto como voc� seria,

- Eu queria v�-la com meus olhos.
- Deixe que eu te conto como sou.

Ador�vel.

Muito sexy.

- Voc� tem cabelos
macios e muito longo.

Jesus!

- N�o se preocupe!
- O que aconteceu?

Nada. Estes s�o cabelos falsos.

� apenas um aplique,
que coloco na cabe�a.

- N�o � o seu cabelo?
- Nem � meu o aplique.

Roubei-o de Suzie Potter. Eu
tenho o meu cabelo. Quer ver?

Quer dizer ... voc� sente?

- E o que � isso?
- Estes s�o os cilios posti�os.

- Voc� n�o tem c�lios?
- Claro que eu tenho, mas os olhos parecem maiores.

Eles s�o mais longos que
os meus. Linda n�o usava?

- N�o!
- Deveria ter c�lios longo. Eu odeio isso!

- Vamos l�.
- Estou bastante assustado.

N�o se preocupe, o
resto � de verdade.

- Eu n�o me pare�o com a Elizabeth Taylor?
- Eu nunca vi a Elizabeth Taylor.

Somos muito parecidas. Principalmente?
Quando voc� n�o pode v�-la.

Estes s�o os meus seios. S� meu.

Ambos.

- O que est� acontecendo?
- O que acha que est� acontecendo?

Eu n�o perguntaria se soubesse.

Por que esta fazendo isso?

� sua boa a��o para a
semana dos deficientes?

Esta com pena de mim, agora
Por isso veio aqui esta manh�.

Acha que sou menino pobre que
voc� levou ao parque? pra brincar,

depois n�o precisa se
preocupar pelos pr�ximos meses.

Obrigado, Mas n�o
preciso de caridade.

E n�o sinta pena de mim.

Deixe-me dizer uma
coisa, seu bocudo.

N�o fa�o nada a ningu�m
se eu n�o quiser.

E Deus me amaldi�oe se
eu sentir pena do cara ...

... que vai para a cama comigo.

Jill!

- Estou aqui.
- O que foi fazer?

Estou pegando uma
coisa ... Aqui est�.

Bom dia. O que h� de
errado com o seu cabelo?

- Eu s� pentiei. - Eu
vou ajeit�-lo depois.

- O que est� errado?
- N�o combina com a roupa.

Eu tenho um presente para voc�.

L� dentro.

- Bela Carpintaria.
- � madrep�rola.

Eu guardo todas coisas
importantes a� dentro.

Esta � uma pedra da
Lua ou das estrelas.

Encontrei no deserto.

Mostrei para o ge�logo, e ele disse: que
n�o tinha visto nada do tipo na Terra.

Por isso, � talvez da
Lua ou das estrelas.

- Parece-me que � de
pedra. - N�o, n�o depois.

Este � um dos meus
dentes de leite.

Minha certid�o de nascimento.

Esta � uma foto do col�gio.

- N�o esta muito boa.
- N�o, deixe me ver.

- Voc� estava gordinha aqui.
- Sim.

Como voc� pode sentir isso?

Voc� esta brincando. Eu
sempre acredito em voc�.

Estas s�o as minha �ltimas
Vontades e Testamento.

�ltimas Vontades e Testamento?

E instru��es para o meu funeral.

"Todos meus bens devem ser divididos
entre os meus quatro amigos mais pr�ximos "

"Depois de minha morte."

- Os nomes vou preencher mais tarde.
- Pensei que voc� odiava morbidez.

N�o � morbidez. � uma
coisa muito importante.

Funeral n�o deve ser m�rbido.

Eu sei como vai ser o meu.

Ser� na igreja.
Mas n�o ter� bancos,

apenas almofadas grandes que
os presentes poder�o se deitar.

N�o quero que
ningu�m v� de preto.

Apenas cores divertidas
e roupas confort�veis.

Todo mundo vai beber,
ou usar o que quiser ...

Quero belas imagens de sombras
como as que Salvador Dali pintou.

E eu quero flores ...
Toneladas de flores.

N�o quero arranjos, mas flores
espalhadas por todo lado.

- E as borboletas.
- Sim. Muitas borboletas.

Podem vir tamb�m outros animais.

E o tempo todo tocando m�sica.

E a can��o que Neil Diamond
escrever� e cantar� em minha mem�ria,

e cantaram Stones e
Simon & Garfunkel ...

- Um Coro dos Meninos ...

Definitivamente.

- O que h� de m�rbido nisso?
- Nada. � como um funeral na Disneyl�ndia.

Aqui est� .. Um
presente para voc�.

- O que � isso?
- O que voc� acha que �?

- � como um colar.
- S�o contas de amor.

Eu usava quando era uma hippie.

Eu quero que voc� fique com elas.

Eles parecem grandes em voc�.
Quando vamos ajeitar o cabelo.

Fique aqui.

- N�o quero parecer muito selvagem.
- N�o t�o selvagem como um c�o.

Voc� vai ficar lindo e
rom�ntico como Lord Byron.

- Como estou?
- Ainda n�o sei.

- Deus, estou com fome.
- Na geladeira tem algumas ma��s.

Tem um monte de
alface, Eu n�o gosto?.

- Tem s� uma ma��.
- � sua. Eu n�o estou com fome.

Pode soltar-se. N�o vai doer.

- Quando voc� foi uma hippie?
- Faz muito tempo.

Eu era uma menina. Eu acho
que logo ap�s o casamento.

Eu costumava ficar sentada na rua,
fumava maconha, cuspia na pol�cia.

Eu fazia isso porque todo mundo fazia.
Ent�o eu vinha fazendo isso at� que

estava perdendo
minha individualidade.

Eu protestei contra o a
minha m�e, mas n�o funcionou.

Uma vez eu fui v�-la
com cabelos compridos,

de sand�lias sujas, vestido
folgado, e ela gostou.

Quando ela veio me ver, estava com cabelos
longos, de sand�lias sujas e vestido folgado.

Seu cabelo tem potencial,
podemos tentar algo novo.

Ent�o eu tentei
de outra forma ...

Eu entrei para os jovens
republicanos. Outro erro ...

N�o existem nenhum
republicano jovem.

Voc� est� maravilhoso.

- N�o ficou muito selvagem?
- N�o! n�o ficou.

- Tem muito carisma.
- Carisma?

Encanto pessoal. Certa Qualidade.

N�o precisa ter talento se voc� tem
carisma. V�o fazer fila pra ver voc�.

Voc� � lindo.

Voc� � uma pessoa linda
por dentro e por fora.

Eu tamb�m gosto de voc�.

Na noite passada quando suas m�os
estavam nos meus peitos, ficou chocado?

- Bem, um pouco.
- Eu tamb�m.

N�o moralmente, apenas me
surpreendi, de sentir o seu seio,

quando eu n�o esperava.

Odiaria que pensasse que eu deixo os
homens porem as m�os nos meus seios.

- Eu n�o pensei isso.
- N�o deixo?

Quando eu quero ir para
a cama, com um cara,

normalmente dou um sorriso, uma
picada e mostro que estou interessada.

S�rio? s� um sorriso?
posso senti-lo.

- S� isso?
- N�o

Agora eu n�o posso
rir. Talvez mais tarde.

Eu tenho que me comportar agora, pra voc� n�o pensar mal de mim?
- N�o

Eu ainda acho que sou terr�vel.

Acho que n�o.

Acho que vai pensar.

Eu n�o gosto de falar sobre sexo.

Mas saiba que voc� ... esta
noite ... que foi muito..

- Como 4 de julho.
- Sim, como 4 de julho.

Como o Natal.

- Onde voc� est� indo?
- Na cozinha pegar o caf�.

�timo. Vamos tomar
caf� da manh� na cama.

- Ei M�e!
- Estou feliz que voc� est� em casa, Donny.

Jill, esta � a minha m�e.

Sua m�e? J� � o m�s vem?

M�e, est� � a Sra. Benson.

- Prazer em conhec�-la.
- Eu tamb�m, Sra. Benson.

- Voc� vive aqui tamb�m?
- N�o, eu moro na casa ao lado.

Parei para tomar um caf� ...

... Ontem ...

... e eu devo ter tido um
problema com o z�per da blusa.

Eu vejo. E onde est� sua blusa?

Vejamos ... Deve
estar em algum lugar.

Aqui est�. Voc� v�,
� um z�per longo ....

- Vamos, coloque isso.
- M�e, o que esta fazendo? N�s t�nhamos um acordo!

Eu estava por perto.

Voc� estava na Sacks,
cruzou toda a cidade.

Eu comprei umas camisas

e pensei que seria mais r�pido
traz�-las do que voc� ir busc�-las.

N�o preciso de camisas! Voc�
arrumou uma desculpa, pode voltar.

Se importa. � t�o gentil ...

- Por isso que voc� saiu de casa?
- Por isso.

- � o Pal�cio de Buckingham.
- N�o, � o Taj Mahal.

- Aqui que voc� come? No ch�o?
- Agora � uma praia!

E onde est�o os moveis?

� a que tinha no outro apartamento
e o resto � de um bazar.

N�o diga que � o qu�. Eu acho.

Que em nome de Deus � isso?

- Eu n�o posso adivinhar. - Eu
n�o posso sequer descrev�-lo.

Meu apartamento.

Alguma vez voc� j� pensou em
ter uma empregada, Sra. Benson?

Eu posso cuidar disso sozinha. Talvez
seja bagunceira mas n�o sou suja.

- Existe uma diferen�a entre bagun�a e sujeira.
- Estou feliz que voc� saiba isso.

Estas portas ficam
sempre abertas?

N�o. Foram abertas
na noite passada.

- O que � isso?
- O que voc� est� olhando?

- Eu sabia que gostaria.
- Sua cama.

- A minha cama!
- N�o � perfeito?

- Isso � seguro?
- At� pra uma crian�a.

- O que aconteceria se voc� ca�sse?
- Ele levantaria e subiria de volta.

- Onde voc� se veste?
- No banheiro.

- E onde � o banheiro? Debaixo da cama?
- Certo.

- Voc� estava certo.
- Sobre o que?

Ela n�o tinha s�filis.
Nem sei como teve voc�.

- Por que me apresentou como "Sra. Benson"?
- Parece mais importante.

- O que ela est� fazendo?
- Verificando a tubula��o.

Ela ama a tubula��o.

Como voc� sabia que era sua m�e? Quando
ela entrou, n�o emitiu um �nico som.

Pelo perfume. �
chamado de "Numero Dix".

Usa meio vidro, ent�o
eu sei que est� perto.

� como um sino numa vaca.

O que ela est� fazendo agora?

Verificando se tenho meias
e cuecas o suficiente.

Na verdade, procurando provas,
para me levar para casa.

Mencionei suas t�ticas.

"Tudo isso � t�o triste,
que me d� vontade de chorar."

- Ela vai dizer isso?
- Claro! Eu conhe�o seus h�bitos.

Ela vai dizer. Eu
aposto com voc�.

Que tal um jantar?

Se ela disser, eu perco, e voc�
janta comigo na minha casa e eu pago.

Mas se n�o disser,
eu ganho e voc� paga.

- Tudo bem.
- A� vem ela. R�pido!

Que banheiro! N�o admira que
ele se esconde debaixo da cama.

- Esperava que tivesse algo mais.
- � o fim, N�o tem nem por onde come�ar.

- Mas? termine.
- Pode dizer apenas um.

Talvez seja uma b�n��o que
voc� n�o veja como est� vivendo.

M�e, sempre � uma b�n��o,
quando voc� bate na porta.

- Donny, posso ser sincera?
- Posso?

� agora.

Estou chocada e desolada.

- Eu perdi. �s 19:30, Okay?
- �timo.

- No banheiro n�o tem uma banheira.
- Ela est� debaixo da mesa.

- "Tudo isso � t�o triste, que me d� vontade de chorar."
- Voc� ganhou.

- Hamburgers certo?
- Sim, mas o bastante pra duas semanas.

Eu n�o estou falando apenas sobre tudo
isto, mas tamb�m sobre sua apar�ncia!

- O que � isso na sua cabe�a?
- Um bon� das Legi�es Estrangeiras Francesas.

- Voc� se alistou?
- N�o, eles me chamaram.

Eu n�o estou falando s�
sobre isso. Voc� perdeu peso!

Perdi nada. Estou no meu peso
ideal pra altura de 185 cm

- 61 Kg, perfeito pra minha idade. 11 anos!
- Vejamos o que tem pra comer.

N�o h� nada al�m de
salada. E uma ma��!

- Onde?
- Atr�s da salada.

Eu sabia que ainda havia uma.

- Diga-me onde est� o Sr.
Benson? - Quem � o Sr. Benson?

Eu suponho que seja o seu marido.

Oh, Jack! Eu n�o sei.

A �ltima vez que vi ele estava no
Hamlet Hamburger na Sunset Strip.

- Por qu�?
- Estou curiosa sobre o seu estado civil.

- N�o h� ningu�m.
- Jill � divorciada m�e.

Quantos anos voc�
tem, Sra. Benson?

- 19. - 19! E j� se
casou e divorciou-se?

- Sim.
- Quanto tempo ficou casada?

- Seis dias.
- E no s�timo dia voc� descansou?

N�o, eu dei o fora. Tenho
de ir. Eu tenho uma audi��o.

- Audi��o para qu�?
- The Game. O Workshops C�smica.

- Falo com a Sra. Benson.
- The Game. O Workshops C�smica.

- Ent�o voc� � uma atriz.
- Sim.

Eu posso ter visto alguma coisa
sua. Al�m da sua roupa intima?

N�o se voc� n�o foi ao meu
col�gio em Beverly Hills.

A pe�a era um Mercado.
Eu fazia uma Yama-Yama.

Claro, eu tenho certeza.

Sua m�e sabe onde voc� est�?

- Claro.
- E ela aprova como voc� vive?

- E como � que eu vivo?
- M�e, Esta fazendo pesquisa?

O que acha sobre isso, Donny!

Sra. Benson certamente n�o se importar�
em me responder a umas perguntas, n�o �?

- Tenho uma audi��o ...
- O que seu pai faz?

- Qual deles?
- Quantos pais voc� t�m?

Quatro. Um verdadeiro
e tr�s padrastos.

Sua m�e se casou quatro vezes?

At� agora. Vivemos
em Los Angeles.

Voc� v�m de um lar desfeito.

- V�rios...
- Por que sua m�e se casou tantas vezes?

Eu n�o sei. Acho que ela gostava.

Talvez ela gostasse de se casar,
mas n�o gostasse de ficar casada.

Eu acho que tenho que ir, sim?

- Tchau!
- N�o se esque�a. �s 19:30, aqui mesmo.

- O que vai acontecer aqui �s 19:30?
- Jill e Eu vamos jantar juntos.

- Sra. Benson?
- S� n�s dois, sozinhos!

- Sra. Benson, voc� esqueceu uma coisa aqui.
- O que � isso?

Meu aplique.

- Vou fechar a porta.
- N�o culpo voc�.

- Voc� tinha que ser t�o rude?
- Eu estava sendo rude?

Todas essas perguntas! Quem � voc�,
chefe da policia de Hillsborough?

Acho que tenho o direito de saber
Algo sobre os amigos do meu filho.

"Direito"? Que me diz sobre os meus
direitos? Voc� devia vir s� daqui um m�s!

- Por que voc� est� aqui hoje?
- Desde quando voc� fala assim comigo?

- Desde quando voc� entra como uma cobra?
- No meu quarto. Deste jeito.

Voc� poderia bater. Eu
pensei que fosse benvinda.

Poderia n�o ser. Por
que n�o tranca a porta?

At� voc� chegar aqui
e for�ar sua presen�a,

visitas eram a vontade.

Mas agora? vou trancar
bem a porta. Com vontade!

Eu pensei que as minhas visitas
eram surpresas agrad�veis.

Se soubesse como voc� agiria.

- Voc� viria de qualquer maneira.
- E estou contente por ter vindo.

- Meu piores temores se concretizaram.
- Gra�as a Deus por isso.

Os meus piores receios, eram que
seus medos n�o fossem realizados.

Voc� pode imaginar
por que vim viver aqui?

Voc� sabe do que estamos falando.

Se voc� tivesse que escolher
viver neste bairro t�o sujo?

Para mim � como Hillsborough.

Eu tomaria cuidado, se fosse
viver entre essas pessoas.

- Eles s�o bons para mim.
- Eu aposto!

Ontem nem sequer sabia
o nome da Sra. Benson.

- Isso foi ontem.
- Parece que se entenderam rapidamente.

- Ela � muito amig�vel.
- Sim, eu vejo isso.

- Posso fazer uma pergunta pessoal?
- N�o

- Voc� dormiu com essa garota?
- Pensei nunca fosse perguntar.

- Sim, eu dormi.
- Como se eu n�o soubesse disso!

Se voc� sabe, ent�o
por que pergunta?

Agora eu sei porque voc� queria
tanto ter seu pr�prio apartamento.

Eu conhe�o voc�, Donny. Eu vejo
Linda Fletcher em seu rosto.

- Vai se apaixonar por esta garota tamb�m.
- E se for?

Voc� se incomoda que
eu seja heterossexual?

A Sra. Benson n�o � o que
uma m�e sonha pra seu filho.

N�o estou interessado
na garota do seus sonhos.

Ela Tem um olhos pequenos do mal como um
p�ssaro e a estatura de um passarinho .

Voc� acabou de descrever
a garota dos meus sonhos.

Oh, Donny. Voc� n�o v� a diferen�a
entre o bem e o mal. Eu vejo.

Consigo ler os rostos das
pessoas e os olhos. J� voc�, n�o.

Eu vejo em seus olhos e almas.

N�o se esque�a do pequeno Donny
Dark e todas aqueles poderes.

Eu desejo, Que voc�
tenha uma vis�o.

Eu sei m�e, tenho certeza.

Por dentro, voc� nunca
aceitou ter um filho cego?

- N�o tinha porque ter vergonha.
- At� eu ficava envergonhado?

Voc� nunca me deu raz�o
para me evergonhar de voc�.

Entre!

- Eu n�o consigo ... Odeio incomodar.
- O que foi isso?

S� mais um z�per ...

Eu acho que voc� est� ganhando.

Muito obrigado.

Ela ser� de muita ajuda.
Nem � capaz de se vestir.

- Ent�o, irei ajud�-la. - Donny,
eu tenho uma id�ia maravilhosa.

Voc� volta comigo para casa. Eu
levanto sua cama na garagem, depois ...

Boa tentativa, mas
n�o seria o mesmo.

Tudo bem. Se voc� insisti em
querer ficar, eu n�o vou apoi�-lo.

- O que est� fazendo?
- Ligando pro Jornal. Tenho uma manchete!

Florence Baker se recusa
a ajudar um deficiente.

- Eu quero dizer, Donny.
- Em seguida, chamo o New York Times.

Como vai fazer com o dinheiro?
Sua poupan�a deve ter acabado.

Eu posso pedir com
uma caneca nas ruas.

- Agora quer me envergonhar.
- N�o, eu evitarei a Sacks.

Pare de brincar e me diga
quais s�o seus planos.

Pretendo cantar e tocar viol�o.

Eu sou muito bom.
Ela lhe disse isso.

Ocorreu-me que voc�
planeja ter uma carreira.

Voc�, tem id�ia da
competi��o que enfrentar�?

Eu tenho a mesma chance
que todos os outros. Melhor.

Eu tenho encanto pessoal.

Posso perguntar como voc�
chegou a essa conclus�o?

Sim m�e, elementar. Um
processo simples de elimina��o.

Eu tinha uma lista
do que posso fazer.

Talvez piloto de avi�es.

Duvido que seria aceito na
TWA, Eu voaria num avi�o.

Nem United ou PanAm.
Fot�grafo? Sou desqualificado.

Mesmo jogador de
futebol ou taxista.

Matador? N�o pareceu
muito promissor.

Realmente?

Eu pensei que tal m�dico, mas Seria
como o um cego guiando outro cego.

Foi uma piada, m�e.

Rirei daui a pouco.

Acho que a id�ia com o
viol�o Veio da Linda Fletcher.

- Ela disse que eu era instrumental?
- Oh, menino.

Isso foi outra piada.

Olhe voc� devia rir mais ou
pensar�o que voc� � l�sbica.

Aprendeu um linguajar bem
sujo na faculdade , n�o?

- Aqui � onde voc� esta.
- Sim ...

Meu jovem, eu acho, que
voc� aprendeu o suficiente.

- Criticas de meu proprio filho.
- O que est� fazendo?

O que eu deveria ter feito h�
muito tempo Vou lev�-lo para casa.

- Esque�a.
- Em nenhuma hip�tese. Voce n�o vai ficar aqui.

- Eu n�o estou sozinho.
Eu tenho amigos..

N�o pense que acreditei na conversa
das festas. Voc� n�o tem amigos.

- Agora eu fa�o. Eu tenho a Sra. Benson.
- Voc� estaria melhor com um c�o-guia.

Isso n�o � engra�ado. Al�m
disso, tenho uma m�e orientadora.

T� certo. Voc� vai pra casa. A Sra.
Benson ter� que se vestir sozinha.

- Fa�a as malas.
- Donny, voc� vai para casa comigo!

Me d� a mala!

Onde est�? Aqui!

Me d�!

M�e?

Por favor, n�o se preocupe
comigo. Eu vou ficar bem.

Se n�o funcionar com a m�sica, Eu
posso estudar direito ou tecnologia.

Cego hoje em dia pode
fazer um monte de coisas.

Por favor, Pare de se preocupar.

Eu tenho que ir.
Obrigado pelas camisas.

- Onde voc� vai?
- Compras.

Eu lhe disse isso. O
jantar hoje com Sra. Benson.

Apenas n�s dois ... sozinhos!

- Posso esperar at� voc� voltar.
- Eu estarei esperando por voc�.

Tenha uma boa viagem. Ligarei pela manh�.
Por favor, n�o esteja aqui quando eu voltar.

- Imagino que depois do jantar ter� uma orgia.
- Espero que sim.

Finalmente a verdade apareceu.
Donny Dark � um homem sujo.

Sra. Benson!

Sim?

Sra. Benson, eu posso falar
com voc� um momento, por favor?

Eu vou fazer um teste
e eu tenho que ir.

� num lugar desconhecido,
e eu sempre erro.

N�o se preocupe. Tenho
certeza que chegar� a tempo.

Vamos l�. Sente-se. Acho que
dever�amos ter uma conversinha.

Entre n�s garotas. Gostaria
um pouco de caf�? Ch�?

N�o, obrigado. Mas
se houver uma ma�� ...

Claro que h�.

- Onde est� Don?
- Compras.

Voc� tem que ter cuidado
ao lavar frutas e legumes.

Colocam inseticidas em tudo.

Tenho certeza que os besouros
s�o menos prejudiciais.

Gosto quando as ma��s
tem muito brilho.

- Isso me lembra alguma coisa. Voc� sabe o que?
- N�o fa�o id�ia.

Est� me dando uma ma�� ...
apetitosa e brilhante ...

J� sei! Branca de Neve. Lembrei
da parte da ma�� envenenada?

Sinto muito. Foi sem inten��o.

- Eu sei que voc� n�o � bruxa.
- Claro que n�o.

E voc� n�o � ... Branca de Neve!

Bem ... A conversa esta muito
interessante, Sra. Baker.

E gostaria de ficar mais tempo
mas eu tenho a audi��o ...

Ou�a, meu carro est� l� embaixo. Vou
lev�-la, dirijo enquanto voc� fala.

Voc� � muito gentil, Sra.
Baker, Mas eu n�o quero abusar.

- N�o se preocupe, tenho a tarde livre.
- N�o, mas obrigado de qualquer maneira.

- Eu tenho que parar para
o almo�o ... - Vou lev�-la.

Eu conhe�o um restaurante
maravilhoso, com excelente comida ...

- Voc� gosta de lasanha?
- O c�u � azul?

Eles fazem lasanha com oito tipos
de queijo, com molho, � um poema.

Como voc� mant�m esse
corpo, Sra. Benson?

Eu odeio quando
fala "Sra. Benson."

Mas � o seu nome,
n�o, Sra. Benson?

Mas o modo como
fala, sinceramente.

Sinto muito. Voc� prefere Jill?

� mais amig�vel e vou
tentar ser sincera tamb�m.

Ent�o, Jill ... Fale para
mim sobre a sua inf�ncia.

S�rio?

Acho que deve ter sido
interessante t�r muitos pais.

Sim, foi.

Por quer saber essas
coisas, a Sra. Baker?

- Eu sei o que est� acontecendo.
- Voc� sabe?

Sei que n�o me convidou para almo�ar,
pra perguntar sobre a minha inf�ncia,

ou me dizer como sou bonita.

Meu interesse, � no que est� fazendo
com Donny. Ele gosta muito de voc�.

E eu tamb�m gosto dele.

Talvez seja a pessoa mais
bonita Que j� conheci.

Imagine o que � passar a
vida sem poder ver nada.

Nem flores, nem pinturas, nada.
Sem pensar nos cart�es postais.

Eu teria morrido. Mas ele quer
viver. Estar vivo de verdade!

Levando tudo com humor.

- � fant�stico.
- E voc� quer o melhor para ele, certo?

Chegamos ao ponto. Eu sabia
que o almo�o n�o era gr�tis.

Talvez eu devesse dizer para ele
desistir e voltar com voc�. Certo?

Donny estava feliz em casa? Feliz at�
que Linda lhe deu a id�ia de se mudar.

Talvez voc� acredite que ele
s� possa ser feliz com voc�.

"N�o h� ningu�m t�o cego, como
aquele que n�o quer ver" ."

Sabe, eu posso citar Dylan
Thomas e um pouco de Donny Dark.

Voc� me espanta constantemente.

- Fa�o o que posso.
- Engra�ado como voc� � parecida com Linda.

Donny � consistente
em termos de garotas.

- J� s�o 3 horas.
- Vou pagar a conta. Gar�om!

Espero que n�o diga ao
Donny n�s lanchamos juntas.

Ok, mas se ele perguntar
Eu n�o vou mentir.

- N�o vai perguntar.
- Por que voc� o chama de Donny?

� o nome dele. Como
deveria cham�-lo?

- Ela odeia o ser chamado de Donny.
- Ele nunca mencionou.

Claro que fez. Voc� que n�o ouve.

"N�o h� ningu�m t�o surdo,
como aquele que n�o quer ouvir."

Essa frase funciona pra
varias situa��es, certo?

"N�o h� ningu�m t�o pregui�oso,
como aquele que n�o quer ir. "

"N�o h� ningu�m t�o magro,
como aqueleque n�o quer comer."

Honestamente voc� pensa que � boa
id�ia para Donny viver sozinho?

Sim, realmente, eu sinto que � uma
boa id�ia Don viver onde ele quiser.

Sempre? Ele n�o est� sozinho.
Eu moro na casa ao lado.

- Voc� alugou o apartamento,
n�o? Por quanto tempo?

Ent�o voc� pode ir
amanh� se voc� quiser.

Isso � verdade.

O seu casamento n�o durou
mais de 6 dias, certo?

- Meu casamento n�o � da sua conta.
- � da minha conta se afeta meu filho, certo?

Suas preocupa��es afetam ele.

Voc� quer saber, como seria
casamento com um rapaz cego?

Mesmo que a sua
m�e n�o interfira.

Deixe minha m�e fora disso.

Sinto muito. Eu n�o tinha id�ia que
voc� era t�o sens�vel quanto a ela.

Eu sou sens�vel a isso. Certo Eu
n�o falo mais sobre isso. Certo?

Est� bem, n�s n�o vamos.
Mas vamos falar sobre voc�.

Voc� viu Donny, no seu melhor.

Como ele vive,
como ele se lembra.

Ele se lembra de quantos passos
at� a farm�cia, at� a padaria ...

Acredito que voc� esteja
muito impressionada.

Mas eu o vi em um ambiente estranho,
sem ser vista, perdido em p�nico.

Voc� sabia que ele j� se perdeu.

Ele precisa de algu�m ao seu lado
permanentemente e n�o apenas por seis dias.

N�o se preocupe, Sra. Baker.
Entre mim e Don n�o � nada s�rio.

- Eu n�o sou o tipo.
- Mas Donny � o tipo.

- Vamos! � apenas divers�o.
- Curti��o!

Foi Assim, o come�ou com
Linda Fletcher. S� curti��o.

Mas Donny se apaixonou
e se apaixonara por voc�.

E o que acontece ent�o?

- Eu n�o sei.
- Voc� n�o sabe.

- Pare antes de machuc�-lo.
- E quanto a voc�?

- Eu n�o posso feri-lo?
- S� posso irrit�-lo.

Voc� pode machuc�-lo. Quanto
maior o tempo que ficar,

pior vai ser para sair.

Ou�a! Deixe o ir comigo,

v� desfrutar com algu�m, que
n�o sofra quando o deixar.

N�o tenho certeza que voc� n�o possa feri-lo.
Talvez possa feri-lo mais do que ningu�m.

Voc� merece todo o cr�dito pela
educa��o dele. Ele � um cara incr�vel.

Mas a educa��o de um filho, nem um
cego, n�o � profiss�o pra vida toda.

Voc� n�o sabe o que est� falando.

Quanto mais ajud�-lo
agora mais, mais doer�.

Linda Fletcher, lhe deu o
mais necess�rio, n�o voc�.

Confian�a em si mesmo.

Voc� s� v� o lado negativo. Sempre v�
o que ele precisa, n�o o que ele quer.

Sempre v� o que ele n�o pode
fazer, Nunca o que ele pode.

E sobre sua m�sica? Voc� ouviu
a m�sica que ele escreveu?

Aposto que voc�
nunca se importou.

Voc� est� certa em rela��o a
mim. N�o sou perfeita para o Don.

Mas uma coisa eu sei.
Voc� tamb�m n�o �!

E se algu�m tem que voltar
pra casa, � voc�, Sra. Baker!

Voc�. V� pra casa!

O que est� fazendo?

Procurando papel manteiga
pra embrulhar a carne.

- N�o tem papel nenhum.
- A carne est� horr�vel.

- Ninguem pediu para voc� olhar.
- Que horas s�o?

- 22:20.
- 22:20!

Eu sei. Ela � vol�vel e n�o
confi�vel. Qual a novidade?

Voc� disse 19:30, eu ouvi.

Porque voc� n�o pode usar a
camisa nova que eu comprei?

Esta eu gosto dessa. Voc�
devia estar aqui, hein?

Estou s� esperando ela voltar.

Eu n�o vou atrapalhar
sua orgia, J� disse.

N�o, mas ainda est� aqui.

- Desligue, m�e.
- � a can��o que voc� escreveu?

Sim ... Como voc� sabe?

Eu n�o sei. S� perguntei ...

� boa. Agrad�vel ...

- Significa "muito bom".
- N�o.

Eu acho "boa" e "bonita"

- Onde voc� acha que ela foi?
- Provavelmente, na audi��o.

- Por oito horas? Estou preocupado com ela!
- Preocupado com a Jill?

Como voc�?

Algo aconteceu com ela.

Primeiro voc� gosta da m�sica,
Agora voc� se preocupa com Jill ...

N�o mencionou minha sa�da
por horas. Voc� est� bem?

- N�o parece bem para voc�?
- N�o ...

Sempre foi uma
m�e superprotetora.

- Por um momento pareceu que voc� gostou da Jill.
- Eu n�o tenho nada contra ela.

Eu s� queria que fosse
um pouco diferente.

� diferente. Ent�o
voc� n�o gosta.

Quando eu tinha sua idade,
pontualidade significava algo.

Significava o qu�?

Significava que quando se atrasa por 3 horas
para o jantar, pelo menos, faz uma liga��o.

- Voc� n�o atrasaria por ter 3 horas, n�o �.
- Definitivamente n�o.

Chegaria um m�s antes.

Talvez ela tenha se perdido. Ela disse que
� nova em San Francisco, sempre se perde.

Qualquer taxi a traria pra casa.

- N�o disse que tem medo de viajar.
- Sim, ela me disse.

Sim ela disse, eu ouvi.

Ent�o, quando voc�
disse que saiu.

- Ela estava aqui quando voc� saiu?
- Parece que ... Sim.

- Por qu�?
- Como de costume, queria fechar o vestido.

- O que fez quando eu sai, m�e!
- Fiquei aqui arrumando as coisas.

- Parou apenas um minuto.
- Sobre o que voc�s falaram?

- Eu n�o me lembro.
- Lembra que perdeu a sa�da.

- Sobre o que falaram?
- Que importa?

- Se n�o importa, ent�o me diga.
- Por favor, diga para mim.

N�s conversamos sobre
a Branca de Neve.

Sobre a Branca de
Neve? A dos sete an�es?

- Existe alguma outra?
- Por que voc� estavam falando sobre isso?

Tivemos uma conversa sobre isso?
Que tem de errado falar sobre isso.

Eu n�o quero que voc� fale com os
meus amigos Quando eu n�o estou aqui.

Anotado.

Donny, foi Linda Fletcher
que te deu auto-confian�a?

Voc� sabe muito bem o que ela me
deu, Portanto, n�o tente fazer piada.

Eu n�o estou tentando fazer
piada. Ela tamb�m te deu confian�a?

Sim.

E eu?

Voc� me ajudou.

Pensei que a ajuda
levasse a confian�a.

N�o necessariamente

Por nunca disse, que n�o
gostava que o chamasse de Donny?

Eu lhe disse umas mil vezes.

Tenho certeza que lembraria de
algo Que fosse dito mil vezes.

Talvez fosse apenas 999 vezes.

- O que h� de errado com "Donny"?
- Me lembra Donny Dark.

- E o que est� errado com ele?
- Pense nisso.

Como gostaria de ser chamado?
Vou tentar me lembrar.

Don, Donald. Chame-me
Sebastian ou Ervin, n�o importa.

- S� n�o me chame de Donny. - Com certeza
n�o vou cham�-lo de Sebastian ou Ervin.

Tentarei lembrar de Don.

Ela voltou. Estar�
aqui num minuto.

- Pode ir, m�e.
- � um homem agrad�vel.

- Pare de ouvir atr�s da porta.
- N�o ou�o nada.

Deve estar na sala de estar,
mas tem um homem com ela.

- Eu acho que � o r�dio.
- Por que rir e falar com o r�dio?

- V� embora, por favor.
- Eu vou embora.

- Entre.
- Oi. Estou de volta.

Eu trouxe Ralph comigo.
Sra. Baker, ainda est� aqui.

Don, este � Ralph Suntory. Eu falei
dele pra voc�. � o Diretor de O Jogo.

- Prazer em conhec�-lo,
Ralph. - Ei, Don.

Esta � a m�e de Don, Sra. Baker.

- Prazer em conhec�-la, Sra.
Baker. - Prazer em conhec�-lo.

Don, me falou sobre voc�
Ralph, prazer em conhec�-lo.

Jill me contou como voc�
� inteligente e centrado

para algu�m que perdeu
... que n�o pode ver.

Voc� pode dizer "cego", Ralph. Tenho
a palavra no meu vocabul�rio tamb�m.

Desculpe. Ele n�o sabia aqui
... Jill me falou sobre voc�.

- Ralph, n�o precisa gritar.
- Sr. Santoro, meu filho n�o � surdo.

- Desculpe ...
- N�o me acostumei ainda.

N�o se preocupe.
Acontece o tempo todo.

- Eles ouvem melhor que n�s.
- N�o �.

- E o que dizem.
- Posso oferecer alguma coisa antes de ir?

N�o � necess�rio, n�s j� jantamos.
Podemos tomar uma x�cara de caf�?

Esper�vamos voc�
para o jantar, Jill.

- Don, me desculpe.
- Tudo bem.

Est� lindo, velas, flores ...

Essa sou eu. Esqueci
completamente.

Ap�s a audi��o fomos comemorar

e n�s bebemos uma garrafa
inteira champanhe, ou o que fosse.

- Foi um Borgonha espumante.
- Voc� conseguiu o papel?

- Sim e n�o. Vou fazer a esposa.
- O voc� faz a gay?

N�o, a secret�ria. � um papel pequeno,
mas eu tenho uma fala importante.

Foi uma �tima audi��o
eu estou orgulhoso dela.

- Voc� ficou nervosa?
- Fiquei.

Eu n�o tinha lido nada ou algo
assim, Ent�o voc� pode imaginar

Eu estava diante de
todos, completamente nua?

- Sinto muito. Quebrei
a ta�a. - Posso ajud�-la?

N�o, obrigado. Est� quebrada.

- Quantos caf�s?
- Eu n�o quero.

Nem eu.

- Por que voc� tinha que ficar nua?
- Porque atuar exige um monte de nudez.

Precisamos ver o corpo dos atores. A
impress�o visual � muito importante.

- Espero que n�o se ofenda com o que estou dizendo.
- Nem um pouco. De modo algum.

- Como quer o caf�, Sr. Suntory?
- S� preto.

Acho que ningu�m me
acha uma puritana.

Gostaria de ve-los tentar!

No come�o. Eu n�o gostei da id�ia
de ficar completamente despida

mas tinha uns 20 ou 30 atores,
todos completamente nus.

Eu era a �nica com
roupa. Como se sentiria?

- Um verme! Certamente.
- Eu sou um escritor e produtor.

Quando vimos Jill nua Sab�amos
que era o papel para ela.

Diga-me o Sr. Suntory, a pe�a tem
uma hist�ria, ou seria pedir muito?

- Uma hist�ria muito dram�tica, Sra. Baker.
- Estou morrendo no final.

Uma pneumonia?

Jill vai ser o maior
fen�meno. Ja visto no palco.

Essa coisa pode ser melhor que
qualquer outra na ind�stria.

Ela vai mentir nua, morrendo
de overdose de hero�na.

Em agonia, passando por todos est�gios,
voltando atr�s, rolando, gritando.

Voc� acha que � isso
que p�blico precisa?

Voc� est� brincando?
Eles morrer�o por isso.

Eu estou falando sobre
o p�blico pensante..

N�o aquela matronas
de Hillsborough.

- Eu disse algo errado?
- Escolha Suntory senhor.

Ralph, a Sra. Baker,
vive em Hillsborough.

Exceto a senhora.

- N�o � assim?
- Eu gostaria de ser a exce��o, obrigado.

Diga como a pe�a se chama?

- Ele se chama "Fa�a para os outros."
- Eu devia saber.

Voc� poderia gostar,
se desse uma chance.

E assistisse com a mente aberta.

N�o existe nada para minha m�e
desde que ela viu "A Novi�a Rebelde".

Eu acho que teremos de viver
sem o apoio de Hillsborough.

Excelente. Eu n�o contaria com o
apoio das matronas de Hillsborough.

N�o tenho a menor inten��o de pagar
por obscenidade, nudez e pervers�o.

Sra. Baker, isso
faz parte da vida.

Eu sei, sr. Suntory. Diarr�ia tamb�m, mas
eu n�o classificaria como entretenimento.

Melhor n�s irmos agora.
- Quanto tempo pra pegar sua bagagem?

N�o muito. Eu s�
tenho duas malas.

Eu vou pegar alguma comida
e te espero no carro.

- Sem dizer nenhuma palavra?
- N�o te contei?

Eu pensei que havia mencionado.

N�o, voc� n�o mencionou.

Ent�o. Foi assim ...

Ralph achou que seria
melhor ir com ele.

- Foi id�ia sua.
- N�o importa quem teve a id�ia.

Mas � bom. Porque Ralph tem
um est�dio, voc� deveria v�-lo.

N�s queremos que venha a qualquer
momento que esteja sozinho. Basta vir!

- N�o �, Ralph?
- Claro.

Eu disse ao Don
que voc� ia gostar.

Vamos curtir l�. Ralph voc�
vai se apaixonar. � nosso.

Eu gostaria que voc� pudesse
v�-lo. Ele tem um rosto incr�vel.

Ralph, Don, deixe-o
sentir a sua face.

Deixe-me dizer-lhe como
ele parece quando o toca.

Vamos, Don.

Ele n�o quer...

Que bom que voc� entendeu, Don.

A gente se v�.

Prazer em conhec�-la, a Sra.
Baker. Desculpe o insulto.

Tudo bem, senhor Suntory.
Asseguro-lhe que j� � passado.

S� vou dizer adeus antes de ir.

M�e?

- Voc� est� aqui?
- Sim.

- Eu quero dizer alguma coisa.
- Alguma coisa terr�vel?

N�o, voc� vai gostar.
Dever�amos nos sentar.

Eu estou sentada

Eu quero ir para casa. Pegue o
carro, eu vou embalar tudo num momento

- Voc� me ouviu?
- Sim.

- E por que n�o diz nada? -
Eu vou dizer. Deixe-me pensar.

Pense a caminho do carro.
Eu vou estar pronto.

Espere um momento ...

- Devemos falar sobre isso.
- Falar?

N�o era isso que voc� queria?
Que eu voltasse para casa?

- Sim.
- Ent�o, o que tem pra falar?

N�s falamos o dia todo. Voc�
disse que n�o era o Pal�cio

de Buckingham. Que n�o
podia viver nesse buraco.

E voc� disse, era o Taj Mahal.

- Voc� diz que n�o me quer de volta?
- N�o ...

Sobre o que quer falar.
Coloque a mala no ch�o .

- Vou para casa!
- Abaixe a mala!

N�o me interprete mal.
Este lugar � horr�vel.

Duvido que eu gostaria de viver
aqui, Mas voc� o escolheu, n�o eu

Voc� n�o podia esperar, pra
voc� ter sua pr�pria casa.

Jogou-se dentro dela, de cabe�a Agora
voc� quer fugir. Ent�o vamos falar.

Engra�ado, que ambos
pensamos da mesma maneira.

Mas nunca ao mesmo tempo.

Eu posso fazer isso, m�e. Eu
sei que posso lidar com isso.

- Por qu�? Por que uma garota deixou voc�?
- Garotas m�e. N�o se esque�a da Linda.

Que fossem dez. Voc� sabe, Garotas
abandonam homens que podem enxergar.

Isso � pra me
fazer sentir melhor.

N�o pensei que come�aria a sentir pena
de si mesmo, n�o pode fazer isso agora.

Voc� nunca teve pena de si
mesmo, por favor n�o comece agora.

Donny, voc� ainda
encontrara muitas garotas!

E um dia voc� conhecer� uma garota
pronta pra uma rela��o permanente.

Jill n�o � essa garota.
Ela s� pensa em si mesmo.

Eu acho que seria melhor
voc� ficar por aqui agora.

Eu n�o quero que voc� volte desanimado
e derrotado. Voc� tem a sua m�sica ...

Cristo! Qual o seu problema. Eu fui
derrotado. Eu n�o sou Donny Dark?

Droga n�o ouviu direito estou
intimidado. Estou derrotado.

Acabou.

- Voc� se lembra da primeira hist�ria Donny Dark?
- N�o

Voc� tinha cinco anos e n�s
passamos o ver�o no Lago Tahoe.

Foi a primeira vez que
voc� encontrou na �gua

mais fundo que uma banheira
e voc� estava com apavorado.

Seus gritos podiam ser
ouvidos em toda a Calif�rnia.

Seu Pai levou-o para casa, eu fiquei
vendo seu pai confortar voc� por horas.

Naquela noite eu
fui um menino cego

que atravessava os 7 Mares, e mantinha
comunica��o com os golfinhos ...

... e os golfinhos disseram
que tinham avistado submarinos,

que queriam destruir
A Marinha Americana.

Donny Dark nadou por
uma hora para salv�-los.

Que monte de merda.

No dia seguinte,
voc� aprendeu a nadar.

Eu n�o escrevi os livros
pra ganhar o Pr�mio Pulitzer,

Mas pra tentar te ajudar.

Toda vez que voc� estava desanimado e
derrotado, eu fazia uma hist�ria diferente.

Voc�, ent�o, se esfor�ava
mais e voc� melhorava.

Eu tenho que fazer outra
hist�ria agora? Ou voc� �

homem o suficiente, pra
superar isso por si mesmo?

M�e, Daqui um m�s, nada acontecer�.
N�o importa o que eu fa�a?

Estou pronto pra voltar
para casa agora. Nada mudar�?

Eu n�o falei que algo iria mudar.
Um m�s atr�s um menino saiu de casa.

Ela vim aqui hoje com esperan�a
de encontr�-lo. E encontrei voc�.

Sabe, Donny ...

n�o � f�cil admitir que
n�o foi apropriado vir aqui.

Eu posso viver com isso,
e voc� vive sua vida.

Eu gostaria que voc�
tivesse uma mob�lia decente.

Algum pratos, copos de algum tipo
... Vou te mandar umas coisas.

Okay.

E talvez ... um cinzeiro maior.

Quando algo muda,
Pode n�o ser t�o ruim.

Eu posso te ajudar com isso?

Com certeza.

Eu ligo de manh� e
vamos falar sobre isso.

M�e?

Fico feliz que voc� veio.

Eu te amo, Donny.

Eu sei, m�e. Eu sei que voc� ama.

- Como est� indo?
- Eu estou bem.

Bem. Acho que peguei tudo.

Deixei algumas coisas na
cozinha toalhas se voc� quiser.

Obrigado, n�o precisa.

Eu odeio grandes despedidas.

- Eu estarei em contato com voc�.
- Voc� pode esperar um pouco?

Quando se tem uma jornada pra
fazer, � melhor ir logo, sabe?

Sim, eu sei. � que tenho de p�o de
centeio pra um sandu�che de rosbife.

Voc� gostaria?

Quando se tem uma jornada a
fazer, � melhor ir logo, sabe?

A menos que algu�m lhe ofere�a
um sandu�che de rosbife.

Eu tranquei a porta por dentro.
Posso deixar a chave com voc�?

- Claro.
- Deixe sobre a mesa.

Talvez a gente devesse
trancar a porta.

N�o, eu vou esperar pra ver quem
se muda. Pode ser algu�m legal.

- Espero que sim.
- Quer um pouco de cerveja?

Sim.

- Velas e incenso.
- Eu sou muito religioso.

- Onde est� sua m�e?
- Foi para casa.

- Qual � o veredicto?
- Aceitou a minha declara��o de independ�ncia.

- Voc� est� brincando?
- N�o. Foi uma batalha dura.

Talvez devesse fazer a vontade dela.
Talvez fosse melhor voc� voltar pra casa.

Isto � uma surpresa!

Eu pensei sobre isso.

Qual �?. Levei todo o dia e 3 litros
de sangue para convencer minha m�e.

- Odiaria pensar que brigaram por mim.
- Gosto quando o mundo ao redor est� bem.

Ent�o, abandone o Ralph
e se mude com a minha m�e.

- Quer mostarda?
- N�o importa.

O que voc� achou sobre Ralph?

- Onde voc� est�?
- Eu estou no sof�.

Fale mais alto pra eu
saber de onde vem sua voz.

Antes n�o precisava!
- Eu estava concentrado

Ele parece muito bom.

- Quem?
- Ralph.

- Ele n�o gostou de voc� realmente, e voc�?
- Eu disse que parece muito bom.

Ele n�o gostou daquilo no seu
rosto porque voc� estava tenso.

Eu fico tenso quando tem
muitas pessoas na sala.

Preciso determinar quem fala,
quando fala, e se fala comigo.

Eu acho que voc� n�o
gostou, porque ele foi rude.

- Ele n�o foi rude?
- Quando falou de Hillsborough com sua m�e.

Foi um acidente. Lamento
que pense que ele � rude.

- Eu n�o acho que ele � rude.
- Quem disse foi voc�, n�o eu.

Ou h� mais algu�m?

�s vezes ele � um
pouco arrogante.

Diga-me, Jill ...

Voc� gosta de Ralph?

Que pergunta � essa?
Vou morar com ele amanh�!

Por que moraria com
ele se n�o o amasse?

Era a minha pr�xima pergunta.

Estamos felizes eu vou.
Ralph esta me esperando.

Estou pensando sobre isso,
acho que n�o gosto do Ralph.

- Eu sabia o tempo todo. Mas por qu�?
- Como voc� disse. Rude e arrogante.

N�o, eu sabia o que voc�
pensava, mas ele s� parece assim.

- S�rio, espero que sejamos amigos.
- S�rio � isso que voc� espera?

Obrigado pelo sanduiche.
Estamos felizes eu vou.

Deixe-me lhe dizer algo. Voc�
n�o gosta de Ralph Suntory!

Deus! Eu embalei duas malas, estou
aqui pronta pra morar com ele!

N�o me importo, mesmo que voc�
fizesse 13 malas. Voc� n�o gosta dele!

Voc� � um numero! S� porque voc�
� cego voc� acha que sabe tudo?

Est� certa. � um sexto sentido que me
diz, que voc� n�o gosta de Ralph Suntory.

� o que voc� acha?
� assustador, n�o?

N�o, apenas est�pido! Eu empacotei
duas malas e eu estou bem aqui.

Diga pra mim, Jill. Como � com
o Ralph 4 de julho ou Natal?

N�o � bem assim.
Mas tem algo forte.

Com ele � mais como
o Dia do Trabalho.

Voc� acha que ele tem carisma?

- De certa forma, sim.
- Voc� o ama?

Por que eu deveria
dar uma resposta?

Qualquer que seja ela,
sua opini�o n�o vai mudar.

- Ent�o � isso! Voc� ama ele?
- Sim, do meu jeito.

Uma vez voc� me disse que
n�o podia amar ningu�m.

Isso foi ontem.

Eu n�o sou um g�nio,

Mas eu sei que
quando se ama algu�m.

N�o se para pra comer
um sanduiche. Certo?

- O que minha m�e lhe disse?
- O que ela teria pra me dizer?.

A raz�o pela qual voc� est� me deixando.
Voc� nem sequer cancelou o jantar.

Eu sei que voc� n�o esqueceu.

Minha m�e lhe disse algo?

Voc� n�o ouve sua m�e.
Por que eu deveria ouvir?

Ent�o, por que est� indo? E corta
essa merda que voc� ama Ralph!

Estou saindo porque eu quero. Eu sou
livre, e eu vou quando eu quiser. Entendeu?

- Tem algo a ver comigo.
- Nem tudo tem a ver com voc�.

Okay ...

O medo envolveu voc�.

- Eu avisei. Te contei
sobre isso. Sim voc� falou.

Nenhuma responsabilidade,
sem compromissos.

- Eu tenho que ir. Quando estou cansada ...
- Eu vou ficar cansada.

Cansada de mim.
- De qualquer um.

- E se eu ficasse
cansado de voc�?

- De mim?
- Ningu�m nunca cansou de voc�?

N�o sei. Nunca n�o fiquei
tanto tempo pra saber.

Com o Ralph poderia sair a qualquer momento
Mas com um cego � mais dif�cil, certo?

- Cegueira n�o tem nada a ver
com isso. Voc� sabe que tem!

N�o tem problema deixar o
Ralph. Ou Sebastian, ou Ervin ...

mas deixar Donny Dark, voc�
n�o poderia. Voc� se odiaria

Me odeie ou me ame.

Mas n�o me deixe,
porque sou cego.

N�o fique comigo,
porque sou cego.

Quem � o Sebastian e Ervin?

Ningu�m.

�s vezes eu n�o entendo.

Realmente. Eu n�o
penso como voc�.

Eu vou machucar
voc�. Cedo ou tarde

N�o quero machuca voc�.

Por que n�o? Machucou os outros.
Por que eu seria a exce��o?

Porque ... Eu n�o quero
ser outra Linda Fletcher.

- Ela te machucou, certo?
- Mas me ajudou quando precisei.

- N�o posso prometer n�o machuc�
-lo.

-N�o sei onde. eu
preciso de ajuda.

Garota! Que diabos. Voc�
precisa mais de ajuda do que eu.

N�o preciso de ningu�m. Nunca
precisei e nunca vou precisar.

Tenho que ir.

Estou feliz que voc�
disse "eu" n�o "querem".

Eu finalmente disse
algo corretamente.

Talvez vamos ver.

Sim, vamos ver.

Eu pensarei em voc�. Se
nunca vai se entregar.

Ou perder o medo
de se comprometer.

Espero que n�o.

N�o se preocupe. Isso
n�o vai acontecer.

Voc� n�o pode. Voc� �
emocionalmente retardada. Sabia?

N�o pode lidar com o casamento.
Nada de compromisso, nada real.

Fugindo porque tem
medo de me amar.

Voc� � imatura sempre
fugindo da responsabilidade.

A fugindo da vida e
pensando que � livre.

Deus, como tenho pena de voc�.

Porque voc� � deficiente,
� melhor ser cego.

- Taxi!

Ei Jill! Vamos l�!

Quem �? Quem est� ai?

Boas not�cias. N�o � a sua m�e.

O que est� fazendo?

O que voc� faz no ch�o?

Vou fazer um piquenique.

Sem mim?

Eu n�o tinha escolha.

Voc� vai ter orgulho de mim
Vou dizer o que aconteceu.

O qu�?

- Minha vis�o de sombras.
- Como assim?

Eu posso fazer. Apenas
aconteceu Foi incr�vel.

Estava indo pra esquina,
ai tudo congelou.

O que foi? A l�mpada do poste?

N�o.

Foi Ralph.

Tenho uma confiss�o. Eu olhei.

Eu trapaciei um pouco.
Meus olhos estavam abertos.

J� era tempo!

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