All language subtitles for (Movie) The Opposite of Sex (1998) (PeRfEcTo)-por

Raios, Dedee!

Que se passa contigo?
Porque � que ainda n�o te vestiste?

� melhor que te vistas bem.

N�o te quero com porcarias vestidas.
Hoje � um dia especial.

Ao menos uma vez mostra
respeito por mim e pelo teu padrasto!

Se n�o gostam de filmes com algu�m
sempre a falar para tapar falhas -

- e onde dizem "N�o voltei a ser
a mesma depois daquele Ver�o" -

- ent�o est�o com azar.
As coisas aqui v�o complicar-se.

Palpita-me que voc�s n�o v�o conseguir
aguentar se eu n�o for falando.

Eu sou Dedee Truitt, de 16 anos,
sou de Crevecoeur, Louisiana.

Que � franc�s, creio eu,
tipo "cora��o lixado".

A minha m�e sempre disse que
era a melhor amiga da filha.

Eu pensei "Como m�e n�o presta
e como melhor amiga � uma puta. "

Vai lan�ar a terra, como te disse.

Ela n�o me largava
quando morreu o meu padrasto.

N�o! Que � que est�s a fazer?

O Les era um burro. Apanhar
cancro do cu foi po�tico.

Quase t�o bom como cancro
da pila, se isso existe.

Eu tinha de sair dali.
Olhem � volta! N�o concordam?

Esta parte em que eu pego
na arma � assim, importante.

Volta a aparecer mais tarde, mas
ponho-a aqui como pren�ncio.

Se forem espertos,
n�o esquecem que a tenho.

O Randy era tarado, mas bom,
porque tinha s� um tomate.

Era bom para quem dormisse
com ele sem tro�ar disso.

Tinha que se ignorar essa
cena crist�.

Eu disse-lhe que ia viver com
a minha av� em Memphis, -

- mas eu ia mesmo era para Indiana
ter com o meu meio-irm�o Bill, -

que na verdade � meu meio-irm�o -

- que eu vira s� uma vez em mi�da,
quando o meu verdadeiro pai morreu.

O Bill � muito mais velho que eu,
homossexual a s�rio e professor.

Que horror! Mas recebeu dinheiro
do namorado que morreu de sida.

E eu precisava de uma casa
para organizar a minha vida.

Se pensam que sou afortunada,
hetero, e que me basta amor, enganam-se.

N�o tenho um cora��o de ouro,
nem venho a ter mais tarde.

Mas acalmem-se.
V�o aparecer pessoas simp�ticas.

Chamamos-lhes falhados.

- Tu n�o �s o Bill.
- Sou o Matt. O Bill est� na escola.

�s uma das alunas?

Ele n�o gosta que os alunos
venham c� a casa.

- N�o faz mal, eu sou irm� dele.
- Ah... Eu telefono mais tarde.

- N�o sabia que ele tinha uma irm�.
- Quem �s tu?

- Sou o namorado dele.
- Posso entrar?

- Sou parente de verdade.
- Claro, entra.

MR. TRUITT CHUPA MUITO �S
TER�AS DEPOIS DO ANU�RIO AQUI

Pronto, toca a apagar cigarros.

Vamos, vamos.

- Est�s a aguentar a parede, Joe?
- N�o.

N�o posso sair se estiver c� algu�m.

H� aqui uma frase que �
um fragmento. O que �?

- �s...?
- �s ter�as depois do anu�rio aqui?

Como � que resolves isto?

Que tal "Mr. Truitt chupa muito aqui
�s ter�as depois do anu�rio"?

Ou apenas
"... ter�as depois do anu�rio".

Sim, acho que sim.
Posso ir?

Podes.

Talvez n�o seja boa ideia
usar o seu nome verdadeiro.

Um telefonema para Mr. Truitt.

Ela est� nervosa, mas...
Veio de autocarro, n�o sei...

J� viram uma terra assim?
Tom, o morto, era podre de rico.

J� trabalhei o bonito e est�pido.
Ele deu uma ajuda.

Eu disse que a m�e bebia, -

- e que me custou muito quando o
meu padrasto morreu. O oposto!

E que eu e a m�e t�nhamos de
chor�-lo em separado, este Ver�o.

E eu at� lhes limpava a casa.
Ou dizia � criada que o fizesse.

O Bill era assim
a defini��o de um cora��o mole.

O Matt n�o parecia uma bicha,
mas sei por que estava com o Bill.

Um broche � sempre um broche
para quem o recebe.

� a primeira regra do sexo:

Se n�o inspirares, uma pessoa faz
seja o que for durante 10 minutos. "

Estava tudo muito bem at� que
ela apareceu. A irm� do morto.

Ela � professora
e apresentou o irm�o ao Bill.

Isso foi h� oito anos. Talvez
pensasse que jogassem � bola.

Mas chupavam a pila um ao outro.
Ela nunca se deve ter recomposto.

Cresceste com ela?
Cresceste? N�o!

Horr�vel! Mas vejam como � bonita
a urna. Tipicamente gay.

Bom, eu levanto a mesa.

N�o, eu e o Matt fazemos isso.

- Como � que te chamas?
- Lucia. Lucia Dalury.

- Como � que se escreve?
- L-U-C-I-A. Devia dizer "Loochia".

Quando era mi�da, pensava
que estava a pronunciar maI.

As minhas irm�s s�o Marcia e Tricia.
C- I-A, "sha".

Por isso decidi que se pronunciava
"Loosha".

Pegou e agora at� gosto.

Sim, torna-te diferente.
Tens um cigarro?

N�o, n�o tenho.

O Matt falou-me no teu irm�o.
Lamento. Ele pegou-a ao Bill?

N�o tens nada com isso.

Tenho sim. Se ficar, posso beber
da mesma ch�vena ou assim.

Que � que te ensinaram na Louisiana?

� mais ou menos...
Quem � bicha colhe o que semeia.

Isso n�o se apanha nas ch�venas,
e, depois, s�o ambos negativos.

- O Bill � giro, apesar de velho.
- Tem 35 anos!

Sim, mas � giro. � como o meu
pai. Queres ver uma fotografia?

- Quero.
- Primeiro casou com a m�e do Bill.

Depois foi uma senhora sensuaI
que vendia m�quinas de escrever.

Quando isso acabou, casou com
a minha m�e. Foi a morte dele.

- H� uma semelhan�a.
- � pena que ele seja bicha, certo?

Eu n�o diria bem isso.

Bom, � pena
que ele seja isso que tu dirias.

O Matt fazia o turno da noite,
por isso conviv�amos muito.

Ele era como os cegos
que n�o v�em, mas ouvem bem.

O Matt n�o sabia pensar,
mas tinha muito bom aspecto.

� sobreviv�ncia. Gente gira e burra
tem muitos filhos giros e burros.

Era como assistir � evolu��o.
Desde que ele reproduzisse.

H� quanto tempo est�s c�?

Faz um ano, em Junho.

Se fossem normais,
estavam apaixonados?

N�s somos normais.
"Apaixonados", n�o sei.

Ele � como... Acho que
ele estava apaixonado pelo Tom.

- Conheceste-o?
- S� do que a irm� dele diz.

- O Bill n�o fala muito nele.
- Ele � mais velho do que tu 20 anos?

Nove. �s vezes dez,
depende do m�s.

- Sempre foste homossexuaI?
- Acho que sim.

- Nunca tiveste uma rapariga?
- Nunca surgiu.

Por assim dizer, certo?

N�o � para mim.

Como � que sabes
se nunca experimentaste?

Nunca tentei o comunismo, mas
n�o ia gostar. Ou papas de milho!

- J� tentaste uma pessoa de cor?
- N�o.

- Mas sabes que n�o ias gostar.
- N�o sei.

Ent�o, apesar de n�o teres tentado, -

- eras capaz de ter sexo com uma
pessoa de cor, mas n�o comigo?

- Isso � discrimina��o invertida.
- Achas?

Acho, � preconceito.

Importas-te?

- Tu consegues l� chegar.
- Tens medo de ficar excitado?

Dedee, tu �s fant�stica,
mas eu sou gay.

- Teoria!
- Tu �s irm� do meu namorado...

Meia-irm�. J� vi! Se eu tivesse
um caso com um tipo mais velho -

- e s� tivesse de o fazer, n�o fazia
ondas. Tu �s homossexuaI.

Como se eu me importasse.

Nove! Dez, no m�ximo, mais velho.

Ele podia ser teu pai. Basicamente,
andas a fazer o teu pai.

- Eu n�o conheci o meu pai.
- Est�s a tentar compensar isso?

O Matt lutou durante um bocado,
mas eu venci-o nesse ponto.

Em breve, dava parte de doente
tanta vez que quase o despediam.

Quase senti remorsos,
mas tinha as minhas raz�es.

Eu sei que a sida � horr�vel e o
tipo que comeu aqueles rapazes...

� um nojo. Mas eles t�m melhor
ar que as pessoas normais.

S�o mais limpos e nem t�m
p�los nos ouvidos e no nariz.

Por isso fica equilibrado.
E o Matt n�o era todo bicha.

Ele sabia o que fazer com ele,
podem crer.

- Tenho m�s not�cias.
- O que �?

- Estou atrasada.
- Est� bem, eu levo-te.

N�o, estou com atraso.
O meu per�odo est� atrasado.

Sabes o que isso significa?

Estou gr�vida.
Estamos gr�vidos.

Est�s a brincar! Us�mos
preservativo. Tens a certeza?

- � meu?
- V�s? S� os normais dizem isso.

N�o, quero dizer, para n�o me dares
esperan�as, se n�o tens a certeza.

- Oh meu Deus!
- Quer�amos dizer-lhe por partes.

Uma: Estamos apaixonados.
Duas: Surpresa!

Mas a Lucia apareceu l�.
T�pico!

Eu sabia que tu n�o prestavas.
Isto � o teu irm�o. E tu!

- N�o quer�amos magoar ningu�m.
- Tu �s bicha, pateta!

- Nunca conhecera a mulher certa.
- Uma que tivesse pila!

- Para tua informa��o sou bissexuaI.
- N�o �s, n�o.

- S� os gays dizem "bissexuaI".
- Eu sei que temos de nos mudar.

- Percebeste? Parab�ns.
- � que...

Com o beb� e tudo,
seria...

- Est�s gr�vida?
- Era para ser surpresa.

- Queres fazer um aborto?
- N�o. Credo...

Podemos ficar at� casarmos
e o beb� nascer?

- Quem falou em casar?
- N�o queres casar?

N�o nos devemos precipitar
para fazer isso.

Mas n�o faz maI ter um beb�? Serei
s� eu que quero matar algu�m?

- N�o querias mais nada!
- Falo com voc�s amanh�.

Estou arrasado.

Bill...

- O fumo faz maI ao beb�.
- E depois? Quem falou em "aborto"?

- Est�s a dar-lhe um desgosto.
- Acho que � tarde para isso.

Aonde � que tu vais?
Matt?

D�-me um desses.

Ao menos agora ele sabe
como o Matt � realmente.

Deves ser
uma b�n��o disfar�ada.

Um disfarce mesmo bom!

- Como fica uma mulher t�o amarga?
- Pela observa��o.

Ela tem menos de 17 anos.
E � minha irm�.

- Eu n�o me aproveitei dela.
- Ela veio pedir-nos ajuda.

- Ela disse que ias ter ci�mes.
- O qu�?

Eu vou ter um filho, Bill.

Vou ter uma vida normaI.
Isso deixa-te lixado.

Uma vida normaI? Vai � merda!

N�o fales.
Faz as malas e desaparece daqui.

Eu at� tive pena dele.
N�o tinha culpa de ser velho.

Eu escrevi "Obrigada por me
receberes. N�o digas � minha m�e. "

� aqui que ele descobre
que lhe tir�mos o dinheiro... Ui!

Mas ele vai dizer que autorizou.
Que tipo simp�tico!

Amem-no, odeiem-me. Os
abandonados cativam. At� os gays.

Esperem, eu posso piorar isto.

� s� m�sica, n�o quer dizer
que ele � melhor do que eu.

Caem sempre nesta.
Podia mostrar que mais ele fez.

Comeu como um porco.
N�o estou a brincar.

Limpou os dentes, cortou as
unhas, pagou contas. N�o � triste?

O namorado vai-se embora
e ele paga a conta do cabo?

Portanto n�o estava a morrer
de dor. Por enquanto.

Mr. Truitt?
Que � que fez ao Matt?

O Matt Matteo, o seu namorado?
E meu, tamb�m.

- Quem � voc�?
- Jason Bock. Andei na escola.

Sabia do Matt e eu!

- "Do Matt e de mim".
- H� dois dias que lhe telefono.

- Deixou o emprego. Onde est�?
- N�o fa�o ideia.

N�o me vire as costas!

Eu posso arranjar-lhe problemas.
Dizer-lhes que voc� � gay.

Eles j� sabem que eu sou gay,
sacaninha.

E que se atirou a mim
quando eu era aluno?

- Isso � mentira.
- Diga-me onde ele est�.

- Tens algum problema?
- Um piercing novo.

Ele falou na Dedee,
a minha meia-irm� da Louisiana?

- Ele est� na Louisiana?
- N�o, foi-se embora com ela.

- Disse-me que estava apaixonado.
- Ele � bissexuaI? Est� a s�rio?

- Somos sempre os �ltimos a saber.
- V� � merda. Quero falar com ele.

Se n�o conseguir, digo � pol�cia.
Talvez voc� o matasse.

Talvez ainda nem tenha come�ado.

Diga-lhe que me telefone!

- Claro que ele contou a ela.
- Isto � um grande problema, Bill.

A Lucia n�o se espantara com o
Matt e fora professora do Jason.

Era dos que pensavam que a sida
� uma conspira��o contra os gays.

Se �, est� a falhar.
Parece que nunca houve tantos.

Eles s�o manhosos. Depois,
o Bill disse que era tudo bluff.

- Vais ter um ataque de cora��o.
- Aceita que ele vai arruinar-te.

Ele est� s� zangado.
O Matt abandonou-o tamb�m.

N�o sei como fazes isso.
�s t�o simp�tico e t�o bom.

O Tom era a mesma coisa.
� depressivo.

Sentia-me como a baronesa
de "A M�sica no Cora��o".

Todos a cantar e eu s� queria enfiar
a guitarra pelo cu da freira acima.

Oh meu Deus.

O patife foi � pol�cia.
Eu avisei-te.

Ol�, Lucia, como est�s?
Ol�, Bill. Tens um minuto?

- Claro, CarI. At� amanh�.
- Eu posso ficar.

- Na verdade, s�o neg�cios.
- Na verdade, n�o faz maI.

Tenho uma coisa para verificar.
Conheces o Jason Bock?

Sim. Conheci-o na ter�a.

Diz que o molestaste quando
ele era aluno. N�o confio nele, -

- mas tenho de fazer uma coisa
que ainda n�o disse ao Walter.

Mas vais ter de dizer, certo?
Ele � o reitor, � a lei.

- H� mais outra coisa.
- Ele diz que o Matt desapareceu.

- Sabes onde ele est�?
- N�o.

Ele falou numa irm�.

Deixaram um bilhete, mas ele
desapareceu. Que � que fazemos?

Avisa-me se souberes deles.

- N�o me perguntaste se � verdade.
- Ele sabe que n�o foste tu!

Gostava de mand�-lo para a cadeia.
Talvez lhe desse ju�zo.

- S� se ele tiver os miolos no rabo.
- � bastante prov�veI.

Vou manter isto em segredo
enquanto for poss�veI.

Que bom voltar a ver-te, Lucia.
J� se passou tanto tempo.

Foi h� cerca de um ano, CarI.
Lembras-te do funeraI da Nancy?

Boa noite, CarI.
Falamos amanh�.

� por isto que detesto as pessoas.
Querem saber porqu�. Aguentem.

- Voc� � l�sbica?
- N�o, voc�s s�o uns burros.

- Jennifer Oaks, �s mesmo tu?
- Ol�. Algum coment�rio � queixa?

- E eu ainda te recomendei!
- H� quanto tempo conhece o Truitt?

Tem algumas experi�ncias
com rapazes novos?

- Sim?
- Sabias disto?

Tenho mensagens no gravador.
As pessoas acreditam em tudo.

- Telefonaste ao advogado?
- Para qu�?

Estamos na Am�rica!
N�o gostamos muito de sodomia.

- Mas as escolas s�o boas.
- N�o vais � escola!

Bill, est�o rep�rteres ali fora.
Para tr�s, Jennifer Oaks.

Na escola secund�ria de Hoover
rebentou um esc�ndalo sexual.

A popularidade de um professor
encobriu as propostas aos alunos -

- que lhe foram confiados
por esta comunidade.

Isto � a Am�rica.
N�s somos crist�os.

� parte alguns judeus.
E posso dizer-lhes uma coisa:

Cristo e os ap�stolos n�o estavam
numa de "homem com homem", -

- como dizem nos v�deos porno
que a Blockbuster n�o tem.

Eu trabalho l�
e � tudo muito "fam�lia".

Mais aquela religi�o
a que pertence o John Travolta.

Se eu salvar uma crian�a de ter...

...e de levar... totalmente...

...at� parecer o Lincoln Tunnel
e ele n�o se poder p�r de p�, -

- ent�o talvez tudo isto
valha de alguma coisa.

Os professores t�m de aprender
que "n�o" � "n�o", -

- pelo menos at� desistirmos.

Vou resumir isto, porque
eu tenho problemas com o Matt.

O Bill foi suspenso.
N�o o afectou.

Quando o namorado morre,
a irm� dele toma conta da vida, -

- e o namorado seguinte pira-se,
fica-se preparado para tudo.

� dif�icil suplantar isso com o �dio
dos outros ou a perda do emprego.

O Bill contratou um advogado
e foi cuidar do jardim.

Maricas!

Entretanto,
quem � que se divertia � grande?

Todas as previs�es sa�ram certas.
At� �quele telefonema est�pido -

- de que n�o vou falar agora,
ela estava euf�rica.

Olha para o b�ton dela!
Espero que seja � prova de baba!

N�o precisam ouvir isto.
� ela a ver se n�o se vai embora.

Ela teve uma vida em tempos.
Deixou de aliment�-la e ela foi-se.

Era uma t�pica fam�lia americana,
e tipicamente deram em merda.

Marcia, Tricia, Lucia...

O Tom, o morto.

� uma revela��o
ele gostar de apanhar.

Este � o casamento da Tricia.

O Tom at� ficou giro, n�o ficou?
Todos eles ficam.

Ela n�o. No cinema, eu sei que
se tem pena de raparigas assim, -

- mas na vida real
n�o se sentavam ao lado dela.

Vem c�, querida.
Chega aqui, Lucia.

Toma, cuida destes.

Ela est� a pensar
"Ao menos, tenho o Tom. "

Desde mi�dos
que ela tinha um fraco por ele.

O padrinho tamb�m.

Deu cabo dela.
Foi virgem at� aos 28 anos.

Mas teve de perdoar o irm�o.
Mais ningu�m a suportava.

Al�m disso, ele ganhava muito
dinheiro como corretor da bolsa.

- Compraste-me uma casa?
- Feliz anivers�rio.

- Meu Deus, nem posso crer.
- Gosto tanto de ti.

Nada disto me faz gostar mais
dela, mas achei que deviam saber.

- Ol�, CarI.
- Estive a falar com o Bill.

- Ele parece estar bem.
- N�o gra�as a ti.

- Sabes que n�o foi pessoaI.
- Sei?

- O conselho vai ilib�-lo.
- A reputa��o dele est� arruinada.

- Ele nunca se importou com ela.
- Ent�o n�o est� sozinho. At� logo.

Espera. N�o me lembro se a Nancy
disse que isto devia fazer barulho.

Pergunta a quem se importa.
Por que n�o perguntas � enfermeira?

� Sherry? N�o sabia que eras
pessoa para dar ouvidos a boatos.

Se te meteres na tua vida,
eu meto-me na minha.

J� cheguei. Bill?

Ele telefonou!

Vem c� acima,
passo a mensagem para ouvires.

Mas... tu telefonaste-lhe?

Sim, � uma cabine em Los Angeles,
na Robertson e Santa Monica.

- O CarI arranjou-me a morada.
- Quando telefonaste ao CarI?

- H� cerca de uma hora.
- Acabei de v�-lo na loja.

Ficas a vigiar a casa
enquanto eu n�o estiver c�?

- N�o sabes onde eles est�o.
- Eu hei-de encontr�-los.

- Porqu�?
- Porqu�? Para o arrastar para c�.

Para fazer o Jason engolir o que
disse e mandar a Dedee para a m�e.

D� o n�mero ao Jason, � isso que
ele quer. Depois retira a queixa.

Isto � o que eu fazer. Arranjo
outra pessoa para vigiar a casa.

- Sabes quaI � o teu problema?
- Dois bilhetes para Los Angeles.

Dalury, Lucia. L-U-C-I-A.
Eu sei pronunciar o meu nome!

Talvez seja das fotografias.
Talvez deixasse crescer a barba.

Foi uma ideia parva, tentar ach�-lo
numa cidade de oito milh�es.

Se tiveres de encontr�-lo,
encontras.

Como ensinarmos juntos
e tu conheceres o Tom. � o destino.

� assim que vai ser com o Matt.
Dev�amos voltar para casa.

E se os deuses quiserem
que o encontres, ele estar� l�.

Os as pe�gas dele est�o no secador.
� o destino.

- N�o acredito no destino.
- Algu�m acredita? Podes tentar.

Com licen�a... casa de banho.

EMPREGADO DO MS

Matt...?

Empregado do m�s!

Pobre Bill. Deve ter herdado
do meu pai... ser rom�ntico.

Mas se um homem � rom�ntico por
causa duma mulher, n�o enoja tanto.

Para que � a barba? E a postura
dele! Parece pr�-hist�rico.

Magoou as costas a levantar pesos.

Vou a esse jantar.
Tenho umas coisas para lhes dizer.

- Lucia, eu sei o que estou a fazer.
- Achas que sim?

Est�s como a lagosta na panela.
Contente por a �gua estar quente.

Quando chegarmos ao dinheiro,
sou eu que falo.

- Credo!
- Obrigado por terem vindo.

- Matt...
- Ol�, companheiro.

- Ol�, Lucia.
- Tinhas de vir atr�s, hein?

- Rapaste a barba.
- Eu n�o gostava.

- Est�s a gostar de estar c�?
- Quando encontraste o Matt?

Sou Timothy, o vosso criado.
Querem uma bebida?

- Um cocktaiI com �lcooI.
- Com a crian�a?

A crian�a deve a vida
a cocktails com �lcooI.

- Uma Cola de dieta.
- Uma Cola de dieta.

Cola de Dieta.
N�o, uma Cola a s�rio.

T�m Bananas Foster?
Algu�m me disse que tinham.

- Lamento muito, mas n�o.
- � muito dif�ciI de encontrar.

Talvez as fa�am para ti.

E o molho?
Achas que o t�m por a�?

Agrade�o terem decidido
os dois encontrar-se comigo.

- Tu. Ela n�o.
- Temos muito que conversar.

- Vou levar-te para o Indiana.
- Eu n�o volto para l�.

Tens 16 anos e est�s gr�vida.

- Matt, tu n�o podes sustent�-la.
- A quem tu o dizes!

O Matt n�o quer legalizar a situa��o,
mas merece metade do que tu tens.

- E os $10000 que ele roubou?
- Tinha direito a eles.

- Lamento muito isso.
- Vais ter de devolv�-lo.

- N�s n�o vamos dar-te dinheiro.
- Tem tudo a ver com trimestres.

- E tu sabes de que estou a falar.
- Sim, da escola.

Cometeste um grande erro
em teres c� vindo hoje.

Devias ter deixado o Matt
fazer a parte suja.

H� 15 anos que ensino raparigas.
Percebo de gravidezes.

Tu est�s pelo menos
gr�vida de cinco meses.

� imposs�veI
esse beb� ser do Matt.

Aqui t�m...
CocktaiI com �lcooI. Cola de dieta.

Cola de dieta...

...e Cola normaI.

- �s doida. Vamos embora.
- Est�s de tr�s meses, certo?

Engordei, que � que isso tem?
N�o percebes nada disto.

- Ela est� sempre a comer.
- Este beb� � doutro parvo qualquer.

Com o oitavo ano.
N�o lhe deves nada nem ao beb�.

- QuaI � o teu problema?
- Dedee... � do Matt?

O beb� � dela, n�o �?
Seja l� o pai quem for.

Como podes dizer que n�o devo nada
ao beb� da minha mulher?

Cas�mo-nos em Las Vegas.

J� n�o posso usar o aneI,
mas o diamante � muito bonito.

Quem � o pai?
Ele tem direitos e responsabilidades.

O meu padrasto. A responsabilidade
dele � apodrecer na sepultura.

- Sentes-te melhor agora?
- N�o acredito nisso.

Talvez devesses falar com a pol�cia.
Assim limpavas o teu nome.

- Onde est�o as cinzas?
- Se as queres, n�o nos sigas.

Vais pagar-nos as despesas
e deixar-nos em paz. Vamos, Matt.

- Dedee...?
- Raios. Agarra-os!

- Ouve-me...
- N�o a agarres!

- Quero as cinzas do meu irm�o!
- Eu sou impiedosa, Lucia.

- De que parte do corpo sentes falta?
- Olha que podes ir para a cadeia!

N�o, desculpe, n�s...
Deixe-me... levar isso. Obrigado.

- Mais depressa.
- Tenho de cumprir a velocidade.

Eles v�o fugir.

N�o passam de cinzas.
Quem sabe se s�o mesmo do Tom?

Julgam que eles as separam?
Podem odiar-me por roub�-las.

- Mas elas nunca gozaram tanto.
- Ele est� a andar �s voltas.

Eles s�o professores. � isto ou
sacudir apagadores em South Bend.

- N�o posso crer que fizesses isso!
- Eles vivem mesmo aqui?

- E agora?
- Queres as cinzas de volta ou n�o?

Eu queria partilh�-las, lembras-te?
Para o caso de isto acontecer.

Sim, devia ter calculado!
Ele vai trabalhar de manh�.

- Ela vai pedir Bananas Franklin.
- Foster! O nome delas � Foster.

- Ent�o arrombamos a casa e entramos.
- Boa! O nosso primeiro crime.

- Vais de t�xi para o hoteI.
- P�ra com isso.

- Oh... desculpa.
- N�o faz maI.

- Oh meu Deus. Babei-me?
- Isso seca. N�o te aflijas.

Costumo j� estar acordada h�
umas horas antes de ser humilhada.

- Randy!
- Que regalo para a vista.

- Meu Deus, ela � o tabl�ide humano.
- Onde est� o Matt?

- Consegues ver o carro dele?
- N�o.

Este bairro � horr�veI...

Que � que est�s a fazer?
Bill?

Raios te partam!

- O qu�?
- � o pai. Do pr�ximo.

- Isso n�o pode ser bom para o beb�.
- E a seguir ela vai fumar.

- Pobre Matt.
- Ele fez a cama que se deite nela.

Se tiver espa�o.
Vamos... Bill!

- N�o adianta. J� procurei.
- Talvez tenha perdido tudo.

Estive a observ�-lo no casino.
� muito medricas para apostar.

- Est�o a falar do teu dinheiro.
- Vamos embora.

Dedee, disse para trancares a porta.

- Vieste cedo.
- Despedi-me. Vamos. Quem � ele?

- Randy Cates. Muito prazer.
- Desanda.

� um amigo l� da terra.
Ele s� queria tomar duche.

- Achas que sou est�pido?
- Por que falaste em ir embora?

Isto n�o est� certo.
N�o se roubam as cinzas das pessoas.

- J� bastou o dinheiro.
- Tu � que o roubaste.

Vou devolv�-lo.
Quer dizer... o que resta dele.

Avisei que era mentira. N�o perdeste
o dinheiro em Las Vegas. Onde est�?

N�o to dou.
� para o beb�.

N�o me interessa quem � o pai.

- Quero criar esta crian�a.
- O dinheiro � meu.

- Espera, o beb� n�o � dele.
- De quem julgas que �?

- Ent�o n�o � do teu padrasto?
- Vamos, Randy.

- Este � o que s� tem um tomate?
- Ora, Dee!

Matt, vamos embora. O beb� � do
Randy. Vamos come�ar de novo.

- � a vontade de Deus, certo?
- Eu devia ter usado preservativo.

- O dinheiro faz falta para o beb�.
- Nem pensar.

V� l�, Matt. N�o vai dar certo
entre n�s. Tu �s gay.

N�o me importo, mas quero
que o beb� tenha um pai de verdade.

- Eu disse-te que era gay.
- Este tipo � homossexuaI?

- Podem ir-se embora agora?
- E a sida?

A criancinha vai ficar cheia disso.
Um inocente, filho-da-m�e!

- Randy, v� se �s crist�o.
- Raio de maricas!

Onde est� o dinheiro?

- Vais precisar dele para o beb�.
- N�s havemos de viver. Vamos.

- E as cinzas?
- De que � que ele est� a falar?

Podemos tirar a matr�cula
do carro. Anda l�.

TC8... TC8 Louisiana. Bill?

Bill?

Ela foi-se embora. Ele vai ter de
voltar connosco para Indiana.

Acho que �s parvo,
mas isso n�o � nada comigo.

Mas que rico chuveiro.
Viste o estojo da costura?

- Sei que te sentes maI.
- Se te referes ao dinheiro...

E as cinzas e todos os problemas
que o teu namorado arranjou.

- Ele n�o � meu namorado.
- Nada de desculpas. Vamos embora.

- Podemos esclarecer o Jason.
- Talvez ele te d� dinheiro.

- O Bill n�o te vai querer de volta.
- E as cinzas?

N�o s�o do Tom. Preferia que n�o
estivessem na mochila de algu�m...

Isso querias tu.
Ela deve estar a tentar fum�-las.

O que eu quero dizer �... N�o
resultou entre n�s, paci�ncia.

Vamos seguir caminhos separados
sem ressentimentos e tretas.

Uau.
Mas que surpresa.

� assim que agimos
no planeta Maturia.

- Lucia.
- Estou mesmo surpreendido.

Esperava melhor. Talvez n�o
de ti, Lucia, mas de ti, Bill.

Ela � tua irm�.

Ela est� gr�vida, foi talvez
violada, com uma data de traumas.

Ela vem pedir-te ajuda, e tu
deixa-la ir com um tipo violento.

Ela corre perigo.
Tu disseste que olhavas por ela.

O tipo ainda vai descarregar
o seu defeito f�sico na Dedee.

Ela j� deve estar habituada a que
ele descarregue o defeito f�sico.

- Tecnicamente � menor, mas...
- Bill, ela � uma crian�a.

Ela n�o tem para quem se volte.
Para a m�e n�o �.

O padrasto morreu.
Eu menti-lhe acerca do dinheiro.

At� o irm�o, a quem ela veio pedir
ajuda, lava as m�os.

- Eu devia avisar a m�e.
- O qu�?

Eu vou dar cabo de ti,
agora mesmo!

- Sinto o mesmo.
- Prova-o! Ajuda-me a matar-te.

Desculpa, sinto-me
respons�veI para com a Dedee.

E o beb�.

- Que � que est�s a fazer?
- Sim... ol�.

Acho que � a s�rio.
A pol�cia, "Pessoas Desaparecidas".

- Matt, senta-te.
- Meu Deus, que estupidez...

Lucia, faz um intervalo.
Vai, eu trato disto.

- Ele n�o � t�o burro como julgamos.
- Como tu julgas, Lucia.

Muito bem.
Raios os partam aos dois!

Credo... Porra!

Espero que o Tom Cruise
seja bem normaI.

Nunca pensei que n�o fosse.

Obrigada.

CarI! Que � que fazes aqui?

- Onde est� o Bill?
- O qu�? Eu n�o falo contigo.

Espera. Isto � importante.

Isto � L.A., n�o t�m t�xis.

Algu�m que me leve ao aeroporto.
P�ra com isso.

Queres prender algu�m?
Vai ao quarto 315, eu deponho.

N�o tenho jurisdi��o aqui.
Estou aqui como amigo.

- �s leaI at� ao exagero.
- Ele est� com problemas.

Aquele sacaninha n�o retira a
queixa. Ele pode ser despedido.

- Estou aqui para o vigiar.
- Tivemos luta armada, roubo...

E tamb�m extors�o, transporte
de um menor atrav�s da fronteira.

Tudo isso aconteceu hoje?
Eu fui visitar um amigo.

- Ela veio para c�. Terry? Cherry?
- Sherry. Que � que eu te fiz?

Nada. A tua mulher estava a morrer
e tu dormias com a enfermeira.

- Sentia-me s�.
- � tudo o que tens a dizer?

A Nancy n�o se opunha. Mas tu sim?

- A Nancy sabia?
- QuaI luta armada?

N�o falo contigo.

Ela � mais esperta do que parece.
Ela sabe que o Bill me encontra.

Mas se meterem a pol�cia nisto,
o Bill n�o recupera o emprego.

Ela p�e o Carl a ver a matr�cula
e manda a pol�cia atr�s de n�s.

Ela consegue sempre o que quer.
E n�o � sex appeal.

Ela n�o tem sexo, como as amibas.

Depois, um chui topa o carro do
Randy, o que vem animar as coisas.

Come�o a pensar que ao Randy
n�o lhe falta s� um tomate.

N�o podemos pagar os telefonemas.

Isso � porque gastaste $4000
na merda de uma moto.

- Cuidadinho com a l�ngua.
- Prefiro cuidar do dinheiro.

- Quero que me d�s o resto.
- O marido � que trata do dinheiro.

Menino do coro, tu n�o �s meu
marido. D�-me o dinheiro.

Quando falas com a tua m�e,
ficas toda nervosa.

- Eu vou para casa.
- N�o podes ir para casa, Dedee.

�s cinco vai estar um bilhete
para mim no aeroporto.

- Dedee, eu rezei por isto.
- Pois reza por isto, tarado!

Dedee, tenho aqui a tua arma.

Que � que vais fazer,
matar-me ou a ti?

N�o �s justa. Eu vim at� aqui.
Pediste que viesse e eu vim.

S� estou a pedir-te
que apoies o teu homem.

Meteste-te com homossexuais
e viraste as costas � rectid�o.

Fazer-te um servicinho todos os dias
no carro era o caminho para o c�u?

- De quem est�s � espera?
- Do tipo da loja das motos.

Ele vem busc�-la.
A moto.

Vou deixar-te o suficiente
para voltares para a Louisiana.

Raios te partam, Dedee!

Por que est�s a agir assim?

Acho que magoaste o beb�.

Valha-me Deus...

Julgavam que eu tinha morrido?
Eu sou o narrador! Acordem.

Seria mais f�cil se o Randy fosse
algu�m detest�vel, mas era bom.

Para conseguir que o aceitem
e n�o me detestem totalmente, -

- vejam o que se d� em cinco horas.

Ele tinha um cora��o dilatado.
Tinha cerca de seis meses de vida.

Mas ao menos morreu depressa.

Tem um ar calmo.
Mas n�o deixa de ser homic�dio.

S� n�o � t�o detest�veI.

O que � isso? S� um tomate?

Dedee!

Sou eu.

V� l�, Dedee, � o Matt.
Abre a porta.

- Ainda bem que vieste.
- Eu sei que n�o queres voltar.

Quero sim.
Indiana, Louisiana, tanto faz.

A s�rio?
E esse taI Randy?

� um est�pido.
N�o o suporto.

N�o � que a gente discuta, mas...
Quem �?

- A Lucia, o Bill e o CarI.
- Quem � o CarI?

Um amigo, xerife l� da cidade.
Foi assim que te encontr�mos.

Posso falar contigo l� dentro
durante um minuto?

- De que � que est�o a falar?
- Achas que est�o a falar?

Pensas que �s simp�tico,
mas isso � suicida.

A que temperatura n�o me analisas?
37, 46 graus?

Tu tens o desejo da morte.
Que coisa t�o ego�sta.

Eu aponto o meu para os outros.

Lucia, olha para isto.

Randy Cates?
� da Harley de Palm Springs.

- Vim aqui buscar a moto.
- Espera aqui.

- Com certeza.
- N�o tenho o dia todo.

Este � o quarto deles.
Est� � procura da Dedee Truitt?

Eles n�o est�o a�.
Arromba-a! Vamos.

- Voc�s j� entraram?
- � o CarI.

Eles n�o est�o c�.
N�s j� descemos.

Bill?
Meu Deus, n�o! Bill!

Meu Deus!

Eles n�o v�o longe.
A pol�cia anda � procura da moto.

- N�o digas nada sem um advogado.
- Pobre mi�da!

Ainda achas que ela precisa de amor?
Ela � uma assassina.

- Ainda n�o sabemos isso.
- Se n�o � ela, � o Matt.

- Fiquem aqui uns dias.
- Estamos presos?

- � nossa custa.
- Devem ter um rico or�amento.

- CarI Tippett, xerife.
- Ah, um colega.

Vou hospedar-me aqui.

- J� disse que estou a dormir.
- Anda Lucia, deixa-me entrar.

Est� aberta.

Boa. A entrega do 1-800-PENA.

N�o dev�amos ficar sozinhos
depois do dia que tivemos.

- H� novidades?
- Encontraram a moto.

Venderam-na. Devem ter comprado
um carro. Eles v�o encontr�-los.

Nesse caso vou dormir bem.
Onde est� o CarI?

- N�o sei. Na cama.
- Pois sim, acredito.

Ups... como se tu te ralasses. Como
se isto fosse materiaI incendi�rio.

- Isso tem algum efeito?
- Que � que havia de dizer?

Podia dan�ar nua � tua volta.

Vagina, vagina, vagina.
Provoca-te alguma sensa��o?

N�o provoca grande coisa em ningu�m,
gay ou n�o. � demasiado cl�nico.

� muito ir�nico. Sabes o que a minha
m�e disse acerca de o Tom ser gay?

"� uma vida muito solit�ria. "

Ela disse isso a uma rapariga
solteira e normaI. N�o � engra�ado?

- N�o sei... N�o topo sexo.
- Devias sair mais.

Quero dizer que n�o entendo o sexo.
N�o o topo.

Tanto trabalho para t�o pouco.
Serei a �nica que pensa assim?

- N�o me parece que haja muitos.
- Prefiro uma massagem nas costas.

Demora mais e n�o h� fluidos.
Que � que isso tem de t�o bom?

"Posso assoar-me para a tua cara?"
Gostavas disso?

- E depois nunca mais telefonam.
- Ou uma boa lavagem de cabelo.

Fazia sentido se este burro
fizesse boas lavagens de cabelo...

- N�o � s� sexo. Eu gosto dele.
- � sexo, mas tu n�o reconheces.

Pensas que est�s acima disso
e nada disto foi por causa de sexo.

- Estou arrasado.
- O sexo mata. Tu n�o aceitas isso.

Porque � que n�o h� mais havaianos
de verdade? E que me dizes de:

"Morreu ao dar � luz?"
O sexo � uma merda muito perigosa.

- O Tom n�o morreu devido a sexo.
- N�o?

Esquece o politicamente correcto,
n�o foi o sexo que matou o Tom?

Se n�o tinha massagens e lavagens
que bastassem, n�o estaria aqui?

Mais vale dizeres que o matei.

- N�o foste tu que lhe pegaste.
- Mas foi outra bicha qualquer?

O que eu acho �, muito bem, -

- vamos atr�s da tipa
de Indiana a Chippewa Falls.

Vira as costas � tua reputa��o,
ao teu trabalho, aos teus alunos, -

- porque queres o Matt.

Est�s no teu direito.
Mas n�o digas que � por amor.

Tu �s professor de ingl�s,
usa os nomes correctos.

Muito bem. Vagina e despeito.
Terminou a aula?

- O qu�... que � que foi?
- Eu ouvi. Desculpa.

Posso fazer alguma coisa?

Comprei-te cerveja
na loja de conveni�ncia.

Eu precisava de champ�.

- Est�s bem?
- D�i-me a cabe�a.

Dou boas massagens no pesco�o.

J� viram isto?

Ela sempre foi uma chata e agora
acontece isto. N�o vamos entrar.

Mete nojo. Afinal
ela � daquelas "faladoras".

"Faz isso, oh sim, amor. "
Um nojo.

Era de esperar
que a fizesse esquecer o Bill.

Mas n�o.

Foi uma longa hist�ria. Algu�m
avisou a imprensa local, -

- e eles fizeram-lhe um desfile
de "boas-vindas".

A direc��o da escola
marcou um inqu�rito -

- e a minha m�e pagou a um advogado
para arrancar dinheiro ao Bill.

As queixas foram retiradas,
mas o Bill demitiu-se na mesma.

As pessoas acabaram por
esquec�-lo, menos a... ca�adora.

A minha chave n�o serve.

As casas dos gays vendem depressa,
devido �s luzes e �s torneiras.

Embora as janelas de madeira
fossem um desafio.

Teria tido outro fim,
se temos esperado um ou dois dias.

Era Outubro.

- Ol� p�, como vai isso?
- Onde diabo tens andado?

- Muito ocupado.
- Vai � merda. Acusa-me outra vez.

N�o � por isso que estou aqui.

Curioso?

Isto est� ligado?
Bill, � a Dedee.

Tive de mandar o Jason,
por causa da quest�o do "crime".

Ele tem sido uma fada madrinha.
O qu�?

Ele diz "bicha madrinha".
Vou ter o beb�.

�s o �nico que conhe�o
que tem dinheiro. Uns $10000?

O Matt est� desempregado
e n�s temos despesas.

Se nos deres o dinheiro...
... levanta o envelope...

Nestas cartas,
o Jason fica com tudo outra vez.

E ainda te mando fotografias do
sobrinho ou sobrinha. Desliga isso.

E o Matt diz ol�.

Ent�o, que te parece?

Onde � que eles est�o?

N�o posso dizer-te.
D�-me o dinheiro e...

Mais nada. S� o dinheiro.

- Fiz um piercing a�!
- Escuta, minha bicha est�pida.

Sobrevivi � fam�lia, � escola, aos
Republicanos, a muitos Democratas, -

- ao papa, � coliga��o crist�
e a um v�rus filho da puta.

Durante todo este tempo esfalfei-me
para tu teres o que queres.

Por isso n�o quero s� obedi�ncia,
quero gratid�o, e j�.

Ou o teu mamilo � enxovalhado.
Ouviste? Leva-me a eles.

Est� bem, pronto, solta-me.

Po�a.
Tu �s supostamente meu irm�o.

Eu fui fraternaI. Pensa onde � que
fizeste mais piercings. Vamos.

Teriyaki. Eles s� t�m
dos normais no Canad�.

- Jason Bock?
- Meu Deus, sim. O gay.

- Como est�?
- Vieste aqui ilibar Mr. Truitt?

- Ele n�o me fez nada.
- Ent�o vem comigo � escola.

- Podes dizer isso ao reitor.
- Eu estou s� de passagem.

Deves-lhe isso! Devia ter-te
chumbado quando podia.

- Pagaste isto?
- Merda de cidade pequena.

Oh meu Deus. Telefona para a escola
e diz que estou doente.

Oh meu Deus... o sacaninha!

ALF�NDEGA
CANAD�

A seguir ao nascimento, vamos para
o M�xico. Eu, o Matt e a crian�a.

A Dedee n�o � do tipo maternaI,
por isso o beb� est� dispon�veI.

- O Matt deixou de ser normaI?
- Bom, ele telefonou-me.

C� estamos n�s.

O nosso pequeno para�so.

Foi barato
por causa da �poca.

- Diz ao Matt para sair.
- Ela mata-me quando te vir.

N�o lhe digas que ainda
n�o tens o dinheiro, est� bem?

Matt? Estou de volta.

Que diabo fazes aqui?

- Credo, Dedee! Est�s enorme.
- Jason!

Ol�, Dedee, estamos de volta.

- Quis ser ele a falar contigo.
- Est�pido!

Vai ajudar o Matt a fazer o jantar.
Eu trato dele.

Tratas de mim? Pensaste mesmo
que eu enchia o carro de dinheiro?

- Est�s a estragar tudo.
- Que � que diz o m�dico?

- O m�dico custa dinheiro. Tu tens?
- Esquece o dinheiro.

� para eles. Uma parte, pelo menos.
Eles v�o para o M�xico.

- E vais dar-lhes o beb�?
- Tenho de dizer que o Matt � o pai.

- Ele pode lev�-lo para onde quiser.
- D�s assim o beb�?

� dele tamb�m.
Pelo menos, � o que eu vou dizer.

N�o podem viver assim. Al�m disso,
a pol�cia anda � vossa procura.

N�o quero falar nisso.
Eu sou tua irm�, certo? Caramba!

Consegui que o Jason retirasse
o que disse. Foi gra�as a mim.

Bill...

Est�s com fome?

O ciclo de vida do bissexuaI
Ele est� na fase finaI: Bicha totaI.

- Tu fizeste-me irritar, Bill.
- Eu � que devia estar irritado.

Deixaste-me em Palm Springs
com o corpo daquele mi�do.

Eles brigaram e a arma disparou.
Ela ficou muito anti-arma.

Claro que, de ti, n�o posso esperar
lealdade ou considera��o.

Eu disse-te. N�o dormi com o Jason
quando est�vamos juntos, est� bem?

S� te enganei um pouco para o fim,
com a Dedee.

Sei que foi um erro,
mas eu n�o era feliz.

Sou feliz com o Jason.
Ele faz-me feliz.

Como � que ele te faz feliz?
Ele n�o est� ao teu n�veI.

- Isso era o que a Lucia dizia.
- Essa coisa com o Jason � s� sexo.

- O que tu respiras � s� oxig�nio.
- Co�a-te e vais sentir-te melhor.

Bastante melhor.

Est�s com bom aspecto.

- J� foi h� tempos e esqueci-me.
- Onde est�o as fotografias?

N�o � disso que estou a falar.

Sabes...
Bill, tu pensas demais.

Tu quiseste-me e eu aceitei.
Fiquei lisonjeado.

At� aceitei isso pessoalmente.
Mas para ti n�o chegou.

- Querias uma coisa espirituaI.
- E tu n�o passas de um corpo?

Que sei eu disto? Mas se dizes
que me amas pelo meu esp�rito, -

- eu sei que n�o � o meu ponto
forte. Que posi��o � a minha?

- Somos ambos parvos.
- Tu n�o �s parvo.

Sabes o que eu n�o sou?
O Tom.

Lamento que morresse, mas n�o lhe
interessa se fomos para a cama, -

- ou se dizes que era mais do que
sexo. Morreu. Uma chatice, Bill.

Mas n�o ajudas por seres um tipo bom
que s� gosta das mentes das pessoas.

Ele foi roubado.
E tu tamb�m.

At� a Lucia,
de quem n�o me interessa...

"Que n�o me interessa. "
Desculpa.

Est� bem...

Ent�o, boa noite.

Est�s com um ar giro.
Assim est�pido.

Se alguma de voc�s est� com um tipo
que gemeu durante este beijo, -

- est� com aquilo a que chamamos
um retra�do.

Se entram em parafuso
por causa dos gays na tropa -

- e dizem piadas sobre dobrar para
apanhar o sabonete, n�o presta.

Os tipos normais n�o pensam muito
em homens molhados e nus.

Lucia!

Desculpa.
Foi aquilo tudo sobre o Tom.

- Como � que chegaste aqui?
- Vim atr�s de ti desde a loja.

Tens alguma coisa que se coma?

Que � que fazemos agora?

Vou tentar convenc�-la a ter o beb�
nos Estados Unidos.

Nunca mais
voltas a telefonar-me?

N�o preciso.
Tu andas sempre a perseguir-me.

O Matt pensa que � sexo tamb�m.
N�o estava totalmente errada.

O Matt tem uma opini�o
mais favor�veI do sexo do que tu.

Do que eu tinha.

Parab�ns!

Felicita o Carl.

Bill, n�o me sinto bem.
Que merda � que ela faz aqui?

- Ol�, Dedee.
- Aconteceu alguma coisa?

- Est� bem, pronto.
- Leva-a para o sof�.

- Onde � que te d�i?
- Que � que achas?

- Porra!
- Que � que foi? Ai meu Deus!

- Ela est�...?
- Ol�, que � que faz aqui?

Deixa l�, Jason. Chama o 112.
Eles t�m um 112 aqui?

V� se podem vir depressa.

- Merda, estou com hemorragia.
- Est�s com contrac��es?

Que � que te parece?

- Que � que aconteceu?
- N�o conseguimos liga��o.

- N�o tardamos no hospitaI.
- Isto n�o pode ser bom.

Desculpa!

Aquilo � a ambul�ncia?

Era o CarI.
Como � que ele nos encontrou?

AVISO
DETEC��O ANTI-ROUBO

S� um de voc�s pode entrar a�.

- Credo, ela est� dilatada.
- Que � que isso quer dizer?

- J� v�m a cabe�a.
- At� do espa�o se v�!

Devias estar a respirar. Respira.

J� acabou.

- Boa, vais ter um beb�.
- Pois, que sorte a minha.

Podes telefonar � tua m�e se
quiseres. Vem mais algu�m?

- Onde est� a minha mala?
- Tem-na a Lucia. Precisas dela?

As cinzas do Tom est�o l� dentro.
Todas elas. Usei dois sacos.

Ah... �ptimo.

Foi um golpe mesmo sujo.

- Quero que saibas que eu sei.
- N�o fales nisso agora.

- Vai correr tudo bem.
- E o beb� � do Randy.

Sei que foi um acidente. N�o vamos
falar agora, vai correr tudo bem.

- N�o penses que n�o penso nele.
- N�o penso nada.

Se me acontecer alguma coisa,
ficas com o beb�, em vez deles?

N�o vai acontecer-te nada.

Pronto, vamos l�.

- Respira...
- E faz for�a!

Desculpem, mas j� vimos isto
milh�es de vezes.

Arfo, praguejo e fico brava.
Como as mulheres que d�o � luz, -

- que pedem uma injec��o e
insultam o homem que as p�s ali.

Por isso vou dar-lhes outra coisa
para verem. Vejam � vontade.

CarI, estamos � espera l� dentro.

Estou muito bem aqui.

Desculpa, est� bem?
N�o houve tempo para encostar.

De que � que adianta, Lucia?

De que � que adianta dormir contigo,
se o Bill continua a estar primeiro?

Digamos que o objectivo do sexo
n�o � divertimento nem procria��o.

Digamos que � concentra��o.
Focar a aten��o na outra pessoa.

Como um destaque biol�gico.

Caso contr�rio,
h� gente a mais no mundo.

Quer dizer que n�o
posso gostar de mais ningu�m?

Procura-me primeiro,
em qualquer sala cheia.

E eu farei o mesmo.

Caso contr�rio, acabas
a dormir com outra pessoa.

� um h�bito
pensar no Bill.

Por causa do Tom.

Eu sei.

Sentes-te bem?

Ent�o achas que h�
pessoas demais no mundo?

E o sexo n�o tem nada a ver
com a procria��o?

Est�s... gr�vida?

- Estou.
- A s�rio?

E vou dizer-te uma coisa.
N�o � do Bill.

Assim mesmo, vai fazendo for�a!

Mais uma vez, vamos l�.

Assim!

� um rapaz.

- � um rapaz.
- Um lindo rapaz!

- Por favor, conta-lhe os tomates.
- Oh, gaita!

Ela vai precisar de sangue.
Um litro de O-negativo, depressa!

Telefonem � cirurgia e digam que
temos uma hemorragia na urg�ncia.

N�o pensaram que eu podia morrer,
pois n�o?

Olhem para eles! Quem havia de
dizer que se ralavam? At� ela.

A menos que esteja a chorar
pelo Bill e n�o por mim.

N�o, acho que � por mim.
Vejam o Bill. Lixei-lhe a vida.

Sabia que o Matt gostava de mim.
Olhem para o Jason.

Podem n�o crer, mas est� excitado.

Como eles, alguns de voc�s acabaram
a pensar que eu n�o era m� de todo.

Enganaram-se. Estou a gozar
com voc�s. Eu n�o morri!

Podia ter morrido.
O rio de sangue foi verdade.

Mas n�o sei como parou.
N�o sei porqu�.

- Quando podemos v�-lo?
- Quando estiver lavado.

- E a seguir vamos embora.
- Ela fica magra j� a seguir?

- Possivelmente n�o, Matt.
- Ela detestava estar gorda.

Est�s bem, amigo?

Foi um ano bem longo.

Ainda bem que ela n�o morreu,
mas ela s� sabe usar as pessoas.

Que tem a maternidade de bom?
Esse ponto fraco fazia-me nervos.

Disse ao Matt e ao Jason
que queria ficar com ele.

Quando ficamos perto de morrer,
as pessoas fazem-nos favores.

O Carl fez-nos voltar para a
Am�rica, por isso � o Super Chui.

O Matt e eu tivemos de ir a
Palm Springs por causa do Randy.

O Matt n�o apanha pena.

Eu vou seis meses para a cadeia
por fugir da cena do crime.

N�o provaram que fosse homic�dio.
O Randy deixou escritos estranhos.

Por mim parecia-me bem. A Lucia
perdoou-me e mandou-me embrulhos.

TIRE O SEU DIPLOMA ESCOLAR
EM CASA

O Jason disse que fora pago para
se queixar pela Direita Crist�.

Era mentira, mas eles n�o voltam
para o conselho da escola.

Deixei o Bill levar o beb� e passei
a liberdade condicional aqui.

A viola��o do compromisso
custou-lhe uma pipa de massa.

A Lucia e o Carl tiveram o beb�.
J� podem imaginar.

Se brincassem muito com ele,
voc�s � que vomitavam.

Mas eles adoravam-no.

O Bill tinha jeito para o R.J.
O Randy J�nior.

Embora me assustasse v�-lo mudar
a fralda a um rapazinho.

Ele disse que os pais normais
mudam as filhas e nada se passa.

Ele � ing�nuo ou qu�?

O R.J. era doido por ele
e vice-versa.

Ele nunca gostou muito de mim.

Talvez o Jason estivesse certo.
N�o sou maternal. N�o faz mal.

O tribunal diz que tenho de ficar
com o meu irm�o at� aos 18 anos, -

- e receber visitar semanais
do oficial respons�vel por mim.

N�o foi semanal por muito tempo.
Eu n�o me importei.

Se tem de haver bichas,
� bom que haja bastantes.

Parece que
todos andam a ter sexo menos eu.

Ainda bem.

Eu n�o sou contra o sexo.

Deus ou a evolu��o fizeram bem em
ligar a nossa sobreviv�ncia a ele.

Se escolhessem partilhar
brinquedos ou fazer telefonemas, -

- j� t�nhamos morrido h� s�culos.

Mas, caramba, o v�nculo
que isso traz!

� como uma rede. O sexo acaba em
beb�s, doen�a ou relacionamentos.

Eu quero o oposto de tudo isso.
Porque n�o vale a pena, pois n�o?

Depois de se pensar no assunto?

Est� bem, talvez esteja errada.
Nem tudo ser� treta. Talvez...

Raios partam!

Pensei que a ideia era
eu saber o que acontece a seguir.

Mas n�o vou voltar atr�s
e mudar por vossa causa.

Eu disse logo que n�o ficava
boazinha. E se ficar, -

- caramba, n�o me fa�am faz�-lo
diante de voc�s. V�o-se embora!

Mas dou-lhes uma dica: "Nunca mais
fui a mesma depois daquele Ver�o. "

Legendas: Maria Leonor Borges - IFT