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52 a.C.

Um quarto do mundo
vive sob o domínio romano.

Mas agora,
o maior Império que o mundo já viu,

entrou em colapso.

Roma estava a ser dilacerada
por conflitos sociais.

O problema era o governo,

muito frequentemente,

era apenas um brinquedo
da aristocracia corrupta.

E então...

... apareceu Júlio César.

Os dados foram lançados.

Você é o maior General de Roma.

Esta é a história do romano
mais famoso de todos.

Quem lutará comigo hoje?

Como ele arriscou tudo
para derrubar o governo que servia,

e fazer a revolução em Roma.

Cacem-nos!

ROMA ANTIGA
A ASCENSÃO E QUEDA DE UM IMPÉRIO

CÉSAR

Este filme descreve acontecimentos
e personagens reais

Rápido, rápido!
Mexam-se, homens!

Baseia-se nos registos de
escritores romanos

Preparar!

E foi escrita com a ajuda de
historiadores modernos

Em posição, mexam-se!

Alésia, Gália
52 a.C.

Depois de 8 anos de guerra,

a campanha de César na Gália
atingia o seu clímax.

O seu exército finalmente encurralou o
inimigo na cidade de Alésia.

A vitória estava à vista.

Mas isto tudo estava prestes a mudar.

O que foi?

Os Gauleses trouxeram reforços,
aos milhares.

Bem, nós sabíamos que
isso iria acontecer.

- Quantos, Labieno?
- 100.000. Talvez mais.

E onde estão eles agora?

Conseguiram uma posição a sul.

Quer dizer que estamos encurralados.
O que vamos fazer?

Acho que podemos lidar com isto,
senhores.

Preparem-se!

Tito Labieno
General do exército de César

Preparem-se!

As tropas de César com 40.000 homens
estavam cercadas.

Eles enfrentaram quase
250.000 Gauleses.

Atirem!

O exército romano foi encurralado.

A derrota parecia inevitável.

Caio Cratino
Centurião Veterano

E então,
quando tudo parecia perdido...

César!

Quem lutará comigo?

Lutarás por mim?

Marco António
General, do exército de César

Façam sinal à cavalaria!
Façam sinal à cavalaria!

Este foi o golpe de mestre de César,

enviar a cavalaria para
trás dos Gauleses,

encurralando aqueles
que o tinham encurralado.

A vitória de César em Alésia,

ainda é lembrada como uma das mais
brilhantes na história militar.

Mas foi apenas o começo da revolução
que ele estava prestes a libertar.

César, conseguiu.

Acabou.

Este é um grande dia para nós.

É um grande dia para Roma.

Bem, o meu trabalho com Roma
está só a começar.

Mas a guerra acabou.

César não era apenas um soldado,
também era um político poderoso.

César!

Camaradas, vocês lutaram

e sangraram,
e vós teríeis morrido por Roma.

Pela primeira vez,
toda a Gália foi conquistada!

Mas Roma não adora os seus soldados,

ou o povo.

Porque as riquezas de Roma,

estão nas mãos de
aristocratas corruptos

que alegam governar em vosso nome.

Então, eu vou usar o meu poder.

Devolverei Roma às pessoas
que a fizeram grande.

Roma é vossa, não é deles.

Vós ajudais-me a devolver Roma
ao povo?

César!

Mesmo em 52 a.C.,
as notícias viajavam depressa.

Roma soube da vitória em Alésia
em alguns dias.

Naquela época, Roma não era governada
por Imperadores, era uma República,

uma forma democrática de governo,

e o discurso de César sobre mudanças
políticas era popular entre o povo.

Mas as classes dominantes no Senado,

a coisa mais próxima de um parlamento,
estavam preocupadas.

O que mais receavam
era que César violasse

uma das leis fundamentais da República

e regressasse a Roma sem primeiro
desmobilizar o seu exército.

Os actos dele, são ilegais.

Ele é um criminoso e
deve ser processado!

Marco Catão
Senador

Ele não está a lutar por Roma
ou pela República.

Ele está a lutar para ficar rico.

A sua ganância e ambição
são uma deformidade grotesca.

Marco Marcelo
Senador

Então, vós pensais honestamente que
ele regressará a Roma normalmente?

Ele quer regressar,

mas à frente de um exército
para conquistar o poder!

César!

Adiante!

César adoraria isto.
Todos a gritarem o nome dele.

Eles são tolos se
acreditam que ele vai

tirar o dinheiro dos ricos
para dar aos pobres.

Ele só está interessado na sua
fortuna pessoal e no poder,

tal como qualquer outro
senador, Marcelo.

É claro.

Nem todos gostam dos benefícios do
nosso modesto modo de vida, Catão.

Como líder do Senado, a minha posição
encerra grande responsabilidade

e se isso implica certos privilégios,

bem, eu não vou recusá-los.

César, César, César!

A questão é:
o que vamos fazer com ele?

Existe apenas um homem em Roma
para tratar dele.

O Pompeu não é um de nós.

Então vamos ter de persuadi-lo.

Cneu Pompeu
Politico e General reformado

Na sua época, Pompeu foi o general
mais bem sucedido de Roma,

conquistando grande parte do
Mediterrâneo oriental.

Mas ele já não luta há 9 anos.

Uma festa hoje à noite, Pompeu?

Não, Marcelo,
nós comemos sempre assim.

É a festa da Cornélia.
Lamento se não foram convidados.

O meu coração tentará perdoá-la.

Muito bem, a que devo o prazer?

César.

A república Romana nasceu pelo medo
de ser governada por um tirano.

O seu princípio fundamental,

era que nenhum indivíduo deveria
acumular poder a mais

e qualquer administração deve estar
sujeita a frequente reeleição.

Mas César exigiu uma extensão dos
seus poderes sem uma eleição,

pondo-se em conflito com estas
regras fundamentais.

Quartel-General de César
Norte de Itália

O que é isto?

É sangue de morcego
misturado com óleo.

Eles dizem que é muito
bom para a pele.

Deveria de experimentar.

Você sabe que o Senado jamais
concordará com as suas exigências.

Porque não?
Eu conquistei Gália, o povo adora-me.

Na verdade, eu sou quase um herói.

A lei não permite isso.

Sim, bem, vão ter de mudar a lei,
não é?

Não é só a lei que precisa
de ser mudada, Labieno.

Como se pode aceitar um sistema onde o
gabinete muda todos os anos

para governar o império todo?

A república não conseguiu
acompanhar os tempos.

Precisa de ser reformada.

Reformada ou derrubada?

Ela precisa de uma forte liderança.

O problema que
Catão e Marcelo enfrentavam

era que Pompeu e César foram outrora
aliados políticos.

Porque é que você pensa que
ele conserva o seu exército?

Porque ele passou 8 anos de inferno
com aqueles homens.

Porque o seu exército torna-o
impossível de ser processado.

Ele dispersará as tropas
antes de chegar à fronteira.

Ele é leal a Roma.

Ele não é confiável e precisa do seu
exército para livrar-se de nós.

Talvez um pouco de César é exactamente
o que a república precisa.

Pompeu, você mais do
que todos sabe que

nenhum homem é maior
do que a república.

Isto tem funcionado durante 500 anos,
mas ele passará durante cima disso.

E se fizer isso,
quem sabe o que acontecerá?

Caos, a lei da turba, todo o império
pode desmoronar.

- Absurdo.
- Abra os olhos.

- Veja a realidade.
- Não vou ouvir mais isto.

Saiam da minha casa.

Pompeu, meu amigo,

todos desejamos
que Catão esteja errado.

E, é claro, ordenamos a César
que se desmobilize,

mas ele recusa-se, precisamos de saber
de que lado você está.

Lado?
Vocês estão a criar lados.

Vocês estão-me a pedir para trair
um amigo e um aliado.

Estão-me a pedir para começar
uma guerra civil.

Acha que queremos uma guerra civil?

Mas se ele ameaçar a república,
quem irá defendê-la?

Quem chamaremos?

As legiões de Roma voltarão
a ser suas novamente,

se estiver preparado para as liderar.

Foi nessa época que Catão enviou
algumas mensagens.

Senhor.

Uma delas foi enviada a Labieno
com uma oferta inesperada.

A outra para César, ordenando que
deixasse o seu exército na fronteira

e que voltasse para Roma.

Acampamento de César
Ravena, Norte da Itália

- Isso não é surpresa para si.
- Pois...

Não estou nada surpreendido.

- É a lei.
- A lei.

A lei...
Isto não é a lei.

Isto é Catão a tentar
atrair-me para Roma desarmado,

para então conseguir-me destruir

e é precisamente por isso que
escolhi ignorá-lo.

Catão, é um homem que
se veste como um porco

e que lava os dentes
com a própria urina.

Não.

Não, eu não dispensarei o meu exército
sob estas condições.

Então César,
arrisca-se a ter uma guerra civil.

Não,
eles estão a pedir a guerra civil.

Parece que quer a guerra.

Labieno, eu...
eu não quero guerra.

Eu só quero justiça para mim
e para o povo de Roma.

Venha comigo.

É claro que não quero guerra.

Pompeu!

Casa de Campo de Pompeu
Roma

Qualquer esperança de paz que César
tivesse, foi logo destruída.

Em Dezembro de 50 a.C.,

Pompeu finalmente concordou em
liderar a República contra César.

Roma estava agora dividida.

- César.
- Sim, o que é António?

Labieno partiu.

A sério?
Para onde foi?

Bem, partiu, César.
Juntou-se à República.

Pobre e velho Labieno.

Garanto que ele viverá
para se arrepender.

A vantagem agora é sua.

Você agora é o meu substituto.

Parabéns.

Rio Rubicão
322 km a norte de Roma

10 de Janeiro de 49 a.C.

Naquele Inverno,
César e parte do seu exército

acamparam às margens de um pequeno
rio chamado Rubicão.

Um rio tão pequeno que hoje
ninguém sabe onde fica.

O Rubicão,
marcava a fronteira de Roma,

a linha onde os
generais que regressassem

supostamente deveriam
dispensar os exércitos.

Uma vez atravessado,
não há volta a dar.

Eu sei.

Chegaremos a Roma em alguns dias
e então finalmente...

Finalmente, haverá paz.

Eu sei o que quer, César.
Eu também quero o mesmo.

Mas muitos romanos
morrerão pelo caminho.

Será esta a única maneira
de reformar a república?

Os dados foram lançados.

Não pedi esta luta.

Mas não vou fugir dela.

Camaradas, Roma está em perigo.

Sigam-me.

Avançar!

César e o seu exército
marcharam para sul,

movendo-se mais rápido do que
alguém pudesse imaginar.

Cidade após cidade rendeu-se a ele.

O pânico espalhou-se por Roma.

É tempo das legiões
evacuarem a cidade.

Não podemos esperar mais
pelos civis que se atrasarem.

Labieno,
reúna as tropas no Campo de Marte.

- Sim, General.
- O que está a fazer?

Pedimos que defendesse Roma,
não que a abandona-se.

- Não pode abandonar Roma.
- César tem 11 legiões, eu tenho 2!

Não podemos resistir a um cerco,

Roma não foi construída
como fortaleza.

Você deu a sua palavra,
jurou defender-nos.

Jurei defender a República, Marcelo,

não os edifícios ou as vossas
propriedades privadas.

E vamos esperar por todos nós
que esteja certo.

General, temos de partir.

Eu posso derrotar César, mas aqui não.

Temos de o enfrentar
onde sejamos fortes.

Não com as nossas
costas contra a parede.

E assim, em 17 de Janeiro de 49 a.C.,
o impensável aconteceu.

Roma, a capital do maior Império que
o mundo já viu, foi abandonada.

Roma
Março de 49 a.C.

Pompeu fugiu para leste, Grécia,
onde tinha aliados.

Mas César receava ser
apanhado numa armadilha.

Então primeiro foi para a Hispânia,

para destruir os defensores
de Pompeu lá.

Foi necessário mais de um ano
para os vencer.

E até lá, os seus homens
tiveram que chegasse.

César tinha-lhes prometido riquezas

e ainda não as entregou.

O que se passa?

Há agitação na 9ª legião.

Bem, António, sabe o que fazer, certo?

Reúna os líderes e açoite-os.

Não, César.

Os 4000 revoltar-se-ão.

O quê?

A legião inteira.

O que eles pensam que estão a fazer?

Eles já não me conhecem?

Dizime a legião.

Saia.

Placência, Itália

Dizimar significava
matar um em cada dez.

Mesmo então já era considerado
um castigo bárbaro

e não era usada há décadas.

A menos que algo mude,
poderemos ter outras iguais a esta.

Sim, eu sei, devemos terminar esta
guerra em breve.

Semanas depois, César deixou Itália
à procura da vitória decisiva.

O plano era surpreender Pompeu
numa cidade chamada Dirráquio,

onde hoje é a actual Albânia.

Acampamento de Pompeu
Maio de 48 a.C.

- Muito impressionante.
- 40.000 e a subir.

Eu estava errado, Pompeu.
Você estava certo em evacuar Roma.

Ele jamais baterá o
seu exército agora.

Eu conheço César.

Tudo o que ele faz baseia-se
na rapidez e na ofensiva.

Mas isso também é a sua fraqueza.

Ele é impetuoso,
ele agora não escutará ninguém

e isso será a sua derrota.

Ele não será capaz de resistir em nos
atacar, apesar destes números.

E então descobrirá que não está
a enfrentar bárbaros.

Nós recuperaremos Roma, Marcelo.

E depois você descobrirá quanto do
seu dinheiro ele roubou.

Aconteceu exactamente
como Pompeu previu.

Na batalha de Dirráquio,

César tentou a mesma táctica que tinha
usado contra os Gauleses em Alésia.

Ele tentou cercar o exército de Pompeu
com uma força ainda menor.

Mas pela primeira vez,

César enfrentou um General
que estava ao seu nível.

E perdeu.

César então tentou uma grande jogada,

recuar para o interior
para se reagrupar.

A cada passo que dava,
o afastava mais da comida e da água.

Tudo o que Pompeu precisava de fazer

era esperar que o seu inimigo
esgotasse os seus recursos.

Mas ele tinha os seus
próprios problemas.

Quartel General de Pompeu
Dirráquio

Não podemos esperar mais.

Você tem um dos maiores
exércitos alguma vez reunido,

porque não o usa?

O tamanho não garante a vitória,
Catão.

Não precisamos de enfrentar César.

Sem comida,
as tropas dele vão desertar.

O tempo vai vencer esta guerra
por nós.

Acho que não entendeu, Pompeu,

a cada dia que esperamos custa-nos
uma quantidade enorme de dinheiro.

Impõe ao Senado uma fortuna.

Tem de o enfrenar e derrotá-lo agora.

Precisamos de uma vitória
rápida e limpa.

É para isso o que estamos a pagar.

Se apressarmos as coisas,
perderemos a nossa principal vantagem

e então perderá muito
mais do que dinheiro.

Exércitos são derrotados
no campo de batalha,

não na praça de armas.

A sério?

Não ficará mais forte.
Enfrente-o agora.

Mas Pompeu estava certo.

As tropas de César
estavam com muitos problemas.

Os homens estão quase sem água.

Está a dizer que fomos derrotados,
António?

O quê?

Está a dizer que fomos derrotados,
António?

Sim, penso que é exactamente
isso o que está a dizer.

Vai-me trair exactamente
como Labieno fez.

Como pode dizer isso?

Estive ao seu lado durante 10 anos.

Nunca lhe dei uma razão para duvidar
de mim, e não vou começar agora,

então nunca questione
a minha lealdade.

César, você é o maior General de Roma.

Ela precisa de si mais do que nunca.

Com os alimentos a acabar,
César lançou os dados pela última vez.

Tentou obrigar o Pompeu a lutar,
num lugar chamado Farsália.

Farsália, Grécia
Agosto de 48 a.C.

Porque não ataca?
São o dobro de nós.

Porque ele sabe que não precisa.

Temos de o atrair.

Temos de o fazer acreditar
que estamos a retirar-nos.

- Já tentamos isso antes.
- Sim, bem, vamos tentar outra vez!

Aqueles políticos no campo dele,
não têm a sua paciência.

Acredite,
eles irão obrigá-lo a atacar.

Outro dia que passou.
Quanto tempo vai durar isto?

- O exército está...
- O exército fará o que eu ordenar.

Confie no meu julgamento.

Talvez o seu discernimento
tenha desaparecido.

Agora talvez esteja demasiado velho.

Talvez o exército seja liderado melhor
por outra pessoa,

por alguém com menos medo de agir.

Marcelo, as minhas decisões não são
motivadas pelo medo ou por dinheiro.

São decisões militares feitas
para assegurar a vitória,

com o mínimo de perdas
de vidas romanas.

A questão é que eu não acredito
em si, Pompeu.

Sabe o que eu penso?

Penso que você está a gostar
de comandar um exército novamente,

assim pode controlar de
perto os políticos seus donos.

Traz-lhe memórias do tempo
em que era importante,

antes de César
o tivesse ultrapassado.

Agora tem isso novamente,
quer que isto dure para sempre.

Olhe, eu não pedi para comandar
este exército, você pediu!

Bem, excelente!

Se me pedir para enfrentar César,
eu fá-lo-ei!

Mas que pese sobre a sua consciência!

O exército de Pompeu era enorme.

45.000 homens de infantaria.

César tinha apenas 22.000.

Quero as linhas da
infantaria dentro das árvores,

e só devem avançar sob a minha ordem.

E fique atento à cavalaria.
Ela será fulcral no plano dele.

Quando regressarmos a Roma,

não vejo razão
para que alguém conteste

a minha candidatura a Cônsul
novamente.

- Não sei.
- O que é isto?

Pompeu, estamos só a discutir
como será bom governar Roma,

uma vez que já vencemos.

Não, isto.

Comida, para o banquete desta noite,

em sua honra para celebrar
a nossa grande vitória.

Tem razão, não deveria ter visto.

Muitos homens morrerão hoje, Marcelo.

Romanos.

Seja quem for que ganhe a batalha
não haverá muito para celebrar.

Pompeu não tinha só mais
infantaria que César,

a cavalaria também era maior,
6000 contra os 1000 de César.

Labieno, podemos ganhar isto
depressa e de forma limpa.

Ao meu sinal, leve a cavalaria
e ataque César pela direita.

Contorne-o e ataque-o pelas costas.

Vamos cercá-lo entre a cavalaria
e a minha infantaria.

Vamos, rapaz.

Vamos lá, Pompeu, mostre-me a mão.

Soldados de Roma,
quem lutará comigo hoje?

Eu não queria esta guerra civil.

Os nossos inimigos...

Os nossos inimigos
trouxeram-na sobre si mesmos.

Mas os homens que enfrentaremos hoje
negaram-nos os direitos

e corromperam a República.

Tudo, tudo o que fiz,

fiz por vós, o povo de Roma!

Hoje, só haverá vitória ou morte.

Então, peço mais uma vez.

Peço-vos mais uma vez, por Roma,

quem lutará comigo hoje?

César.

Sigam-me.

Sob as ordens de Pompeu,
Labieno conduziu

a primeira parte do plano de batalha.

Movendo a cavalaria contra o flanco
direito de César.

À direita,
ele está a ir para a direita.

António,
eu sei o que ele está a fazer.

A sua espada.

Estas são as nossas linhas,
estas as de Pompeu.

Ele vai contornar com a cavalaria
e vai atacar-nos aqui.

Vai tentar ficar atrás de nós.

O que eu quero que você faça é
que junte homens da 3ª linha...

Tu, tu, venham comigo, depressa, tu.

... que os leve para a direita...

Tu, vamos, depressa!

... mantenha-os sempre escondidos
atrás da nossa cavalaria.

Isso vai enfraquecer o centro,
e o assalto frontal?

Faça-o.

Aconteça o que acontecer,

certifique-se de que ele
não vê o que você faz,

espere pelo meu sinal.
Vá.

César estava a arriscar tudo.

Estava a enfraquecer as
linhas de batalha centrais

para surpreender a
cavalaria de Labieno.

Tudo dependia de manter
toda a manobra em segredo.

Sob as ordens de César,

a batalha começou com uma
manobra de diversão,

um ataque da infantaria das
filas centrais enfraquecidas.

Preparar...

... avançar!

Esperem.

Esperem.

Agora.

Sigam-me!

Agora.

Abortar, abortar!

Retirada!

A derrota da cavalaria de Labieno

confundiu o exército de Pompeu.

Comigo!

Cacem-nos!

César!

Após o desastre de Farsália,

Pompeu fugiu para o Egipto com
esperança de formar um novo exército.

Mas lá, foi assassinado.

Labieno continuou a guerra com César
até ao fim da guerra civil.

Mas ele também foi assassinado
na última batalha do conflito,

a batalha de Munda.

Catão nunca foi capaz de aceitar os
termos da vitória de César,

e um ano depois de Farsália,
suicidou-se.

Marcelo obteve o perdão de César,

mas mais tarde,
foi morto misteriosamente.

A vitória de César
terminou com a guerra civil

e com um sistema de governo
que dominou Roma durante 500 anos.

Ele nomeou-se a si mesmo
ditador perpétuo,

o primeiro Imperador de Roma.

Mas em Março de 44 a.C.,
os inimigos conspiraram contra ele.

Embora o seu reinado
só tenha durado 4 anos,

os seus assassinos não puderam
alterar o rumo da história.

A Era da República tinha terminado.

A Era dos Imperadores
estava prestes a começar.

Tradução: Xara

Adaptação: Mario.Teixeira

Correcções & Sincronização:
DricaAlmeida

A seguir em: Roma Antiga...

Revolução,
uma história de batalhas épicas,

tumultos.

Ganância e massacre.

Como o sonho de um homem
de honra foi desfeito,

e como ele levou a anarquia
ao centro do Império.