All language subtitles for Dreamland - 2019.por

Esta � a hist�ria
do meu meio-irm�o.

Eu conto
porque � tudo o que posso fazer

devido � maneira
como tudo acabou.

O Eugene me deixou
com algo mais importante

do que
qualquer um dos fatos.

A primeira coisa
que as pessoas

dizem de errado
sobre a hist�ria dele

� o come�o.

N�o come�ou
com a senhora Wells.

Come�ou com o primeiro comboio
cheio de pioneiros.

Entre os temerosos
de cora��o partido

que chegaram
a Bismark naquele dia

encontravam-se o John,
a Olivia e o Eugene Baker.

Os Bakers tinham mudado
a sua vida para o Oeste,

para as Grandes Plan�cies,
numa promessa.

Uma promessa
que agora parece

t�o podre
como a terra que pisavam.

Eles rezavam
para que chovesse,

para que come�assem a construir
do nada uma nova vida.

Mas John
n�o estava convencido.

Ele acreditava que havia algo
amaldi�oado nesta terra.

Nos anos seguintes, John
come�ou a beber cada vez mais,

e ele ficou paran�ico.

A sua mente cheia de vis�es
de uma outra vida,

onde ele poderia viver novamente
na gra�a de Deus.

E assim do nada,
quando Eugene tinha 5 anos,

- ele perdeu o seu pai.
- Vai embora?

Uma aus�ncia foi criada que iria
assombrar o resto de sua vida.

Eugene s� recebeu
um postal do seu pai.

Nele, John afirmava que
tinha encontrado o olho de Deus

no lugar
mais lindo da Terra,

a Costa
do Golfo do M�xico.

Olivia rapidamente
tentou preencher

essa aus�ncia
na vida de Eugene,

e 1 ano mais tarde
ela se casou com o George Evans,

um inspetor do condado,
um agricultor e o meu pai.

Mas John Baker e o mundo
do qual ele escrevia

nunca estavam
longe da mente do meu irm�o.

Ele perguntava o que o pai dele
realmente tinha encontrado.

Depois,
quando Eugene tinha 17,

outra coisa
chamou a aten��o dele.

Chamou a aten��o
de todos.

Tal como a maldi��o
de que John falava,

a terra
virou-se contra n�s.

Meus caros americanos, eu fiz
uma jornada por 9 estados.

Catorze tempestades atingiram
Bismark naquele ano.

Eu vi grupos de fam�lias
que tinham

perdido
as suas cultiva��es de trigo,

perdido
as suas cultiva��es de milho,

basicamente
murchadas sem alimento.

Quanto mais tent�vamos
come�ar de novo,

pior ficavam.

E os bancos
vieram atr�s de Bismark.

Pregadores malucos gritavam
sobre Deus e salva��o,

enquanto fam�lias
faziam a �nica coisa

que ainda conseguiam fazer...

at� nem sequer
conseguirem mais fazer.

O Eugene se escondia no
est�bulo abandonado da fam�lia.

Ele sonhava acordado
sobre o seu destino,

fantasiando uma vida
como a dos seus her�is...

os foras-da-lei e aventureiros
sobre os quais ele lia.

Phoebe, volta aqui!

Suponho que ningu�m
tenha avisado

o Eugene,
sobre o que pode acontecer

quando se sonha muito
sobre algo.

Foi assim que a Allison Wells
entrou na hist�ria dele...

como
um morcego do inferno

indo direto,

para o meu irm�o.

Cubra-me?
Pode ser?

Olha para este cara sem car�ter.

Aposto que ele levava
uma mulher diferente

para a cama
por noite se fosse real.

Aposto que sabe
exatamente o que dizer

a uma mulher
para deix�-la louca.

� s� isso mesmo que � preciso...
palavras.

A n�o ser que viva
numa cidade morta como esta.

Am�m para isso.

Ei, o que est� acontecendo?

Harold, contar� tudo.

Vamos ver?

Muito bem, pessoal, h� algumas
coisas que precisam ser ditas.

Portanto calem-se todos
para que possam ser ouvidas.

Minha senhora?

Durante o assalto
ao banco de Missouri,

a ladra e assassina,
Allison Wells,

enviou uma menina
de 9 anos para o c�u.

Nove anos de idade.

E essa foi apenas
uma das 5 almas humanas

que foram levadas nesse dia.

Se virem esta mulher,

n�o a confrontem.

Ela n�o vai hesitar
em tirar outra vida.

Agora tudo e a todos,
ela � s� uma senhorita

com metade dos agentes da lei
do Texas tentando encontr�-la.

E n�s iremos encontr�-la.

� verdade, esta recompensa?

US$ 10 mil se a encontrarmos?

Voc� � o filho
do inspetor Evans, n�o �?

Sim, senhor.
Ele � o meu padrasto.

Bem, eu agrade�o
o seu interesse, filho,

mas j� temos
toda a ajuda que precisamos

da fam�lia Evans,
portanto, v� para casa.

Reuni�o com a equipe de busca
na igreja depois do servi�o.

Deus e coincid�ncia,

n�o podem ocupar
a mesma terra.

N�s sabemos disto,
senhoras e senhores,

pois onde h� um sinal,
h� a m�o de Deus.

E a nossa comunidade
est� sob a sua palma.

E agora vemos o porqu�.

Mulheres como
a Allison Wells...

Eugene.

Que saco.

Pronto para ir?

Eugene?

Oi, Joe.

- Quero voc� em casa hoje.
- Porqu�?

Com aquela Wells � solta,

n�o � seguro,
por estas bandas.

Vamos com a equipe de busca,
m�e.

Estaremos seguros.

Tomaremos conta um do outro,
est� bem?

Te dou a minha palavra.

Em casa,
quando escurecer.

- Sim, senhora.
- E andem juntos.

Me d� isso.

- Posso ir?
- N�o, n�o pode.

- Quando escurecer.
- Entendi.

Consegue sequer imaginar
ter tanto dinheiro assim?

Claro que consigo.
Voc� n�o?

N�o propriamente.

Aposto que voc�
tamb�m n�o consegue.

Palavras para lutar, Evans.

� bom que me d� a sua parte para
eu n�o ter de te dar uma surra.

Eu morro rindo antes
de me dar uma surra, rapaz.

Acha que vamos encontr�-la,
morta?

N�o sei.
Provavelmente.

Est� bem?

- Ei, o que t� rolando?
- Nada.

Vamos l�, me diga.
O que t� rolando?

N�s vamos para a Calif�rnia.

Nos disseram esta manh�.

Disseram que �amos
desistir do Texas.

Que merda, meu.

Por quanto tempo v�o?

Bem, para sempre.

Se pensar direito,
por que voltar�amos?

Entendi.

Parece que vai ter de encontrar
outra pessoa com quem reclamar.

N�o haveria mais ningu�m a quem
eu quisesse reclamar, Garza.

- Consegue lidar com isto?
- Me larga, seu idiota!

N�o. Tenho que entrar
antes de ir embora.

T� bom.

Me pegue!

Vou ter saudades de voc�,
parceiro.

Anda! Anda!

Vamos!

O que vai fazer?

Sou mais r�pido que voc�,
rapaz.

Sempre fui.

Acha mesmo que
vamos encontrar aqui?

Vale a pena tentar.

Eu disse,
"antes de escurecer".

O George quer falar com voc�.

Est� em apuros.

Queria me ver?

A palavra da m�e,
� lei.

Quando uma m�e diz a um filho
para fazer algo, ele faz.

Sempre.

� assim que
as fam�lias funcionam.

Bons momentos e maus.

Percebemos um ao outro?

Sim... Sim, senhor.

O que tem a�?

Nada.

Fa�a um favor aos dois.

N�o aja como se pensasse
que sou est�pido.

Com que dinheiro,

qual trabalho,
pagou por esse lixo?

A sua m�e pode ser branda
com voc�, mas eu n�o vou ser.

J� n�o h� mais espa�o
na fam�lia para meninos.

Pense nisso.

Lave-se.

Luzes apagadas.

N�o fa�a barulho.

N�o!

� sua se quiser.

Como se chama?

- Sou a Allison.
- Eu sei quem �.

Bem, ent�o � justo
que eu saiba quem �.

Eugene.

� um nome sensato.

N�o � voc� aqui?

- Disseram que � uma assassina.
- N�o sou uma assassina.

Eugene,

vou ser muito franca com voc�.

Estou tentando
manter a compostura,

mas este buraco na perna
est� doendo pra caralho.

Portanto, se me ajudar,
te conto tudo. Ouviu.

Eugene, ou�a-me.

N�o sou uma assassina.

Iria continuar, n�o acreditando,
em minha hist�ria.

Tal como estes livros.

� que sou eu,
o homem com o chap�u.

Uau. Nada mau.

Muito bem.

Jesus.

Parece pior do que �.

Muito bem.
Tem m�os est�veis, garoto?

Acho que devia ir
a um m�dico ou algo assim.

N�o, n�o, n�o. Voc� �
o meu m�dico agora, est� bem?

Dr. Eugene.

Limpe as m�os com aquilo.

Vai ficar tudo bem,
est� bem?

Pegue a pin�a.
Limpe-a.

Voc� tem certeza
que n�o matou ningu�m?

N�o.

- Tudo bem.
- Muito bem.

Pega no... molhe o �lcool na...
coloque l� direto.

Despeja tudo.

Merda do caralho!

Me d� a lanterna.

Consegue ver a bala?

Sim, sim.
Acho que sim.

T� bom, ent�o, tire-a.

Est� tudo bem.

Pense em algo agrad�vel.

Tudo bem.
Fa�a o curativo.

- Est� bem, eu seguro. Sim.
- Segura.

Est� bem?

Sim.

Me sinto �tima.

Foi espantoso.

Est� com sede?

E ele tamb�m l� a mente.

J� venho.

Quis o destino que,

a Allison perdera
a sua fam�lia e a fazenda

em Missouri 1 ano antes.

A sua m�e e o seu pai,
ambos sucumbiram para pneumonia.

N�o tenho qualquer inten��o

de pintar a Allison Wells
como mentirosa,

como outros disseram,

mas eu direi

que ela percebeu
quem era a sua audi�ncia

e contou a sua hist�ria
de acordo com isso.

Que idade tem?

25.

Tem namorada, Sr. 25?

Bem...
estacione sozinho.

Suponho que tenha
de explicar algumas coisas.

Aprecio a sua cautela,
garoto, mas,

se quisesse, conseguiria me
partir em 2 neste momento.

� verdade
que roubei aquele banco.

E n�o foi o primeiro.

Nunca matei ningu�m.

Bem, se n�o matou,
quem matou?

De acordo com a hist�ria

que a Allison contou ao Eugene
naquela noite,

ela foi v�tima
de toda aquela situa��o.

Depois de terem tirado
a sua terra

e a fam�lia dela ter falecido,
ela virou uma fora-da-lei.

Foi a �nica maneira que arranjou
para obter algo de volta.

O que a trouxe

ao assalto
do banco de Guthrie Plains.

Era o quarto assalto dela
naquele m�s,

mas foi o primeiro
com perda de vida.

O fato, dela insistir,
foi puramente culpa da pol�cia.

Aqueles policiais,
ficaram assustados.

Mal sa�mos do banco,
e come�aram a atirar.

N�o importou o fato ainda de
ter gente na rua e na cal�ada.

Ela alegava que foi
uma bala perdida da pol�cia

que acabou com a vida
daquela menina inocente.

Foi tirado direitinho de uma
das hist�rias do Eugene.

- Eles est�o me ca�ando.
- Ela

estava roubando de volta

a mem�ria de
um mundo que a tinha tirado tudo

e a deixou sem nada,

e sem ningu�m.

� por isso que preciso de voc�,
porque n�o tenho mais ningu�m.

Pode ficar aqui,
desde que precise do quarto.

- O tempo que quiser.
- Obrigada.

Desculpa.

N�o h� problema.

Tenho que te pedir
mais do que sei que � justo.

Quanto acha que merecia receber
se me ajudar a chegar ao M�xico?

Ao M�xico?

Que tal uns US$20,000?

� o dobro
da sua recompensa.

� essa a inten��o.

Quanto tem com voc�?

N�o tenho um centavo.

Mas sei como se movimentar num
banco, at� num mexicano.

E pode ter esse dinheiro antes
de perceber que fui embora.

S� precisa
me arranjar um carro.

Isso n�o � f�cil
de arranjar por aqui.

Especialmente de carteira vazia.

Talvez esteja errada,
mas vejo que voc�

parece ser um rapaz
capaz de fazer.

Preciso de uns dias
para descansar.

E se voc� aplicasse
ao nosso problema entretanto,

bem, eu diria que temos
um neg�cio, n�o �?

Eu vi os seus campos, Eugene.

Sei que a sua fam�lia
est� em apuros,

tal como a minha estava.

Quer dizer,
se houver uma maneira

mais simples
de se resolver as coisas,

eu n�o fa�o
a m�nima de qual seja.

Eu podia entregar voc�
� pol�cia.

Claro. Podia.

Mas, Eugene, e digo isto com
toda a seriedade e sinceridade.

Se for essa a decis�o
que ir� tomar,

e a decis�o
� sua para ser tomada,

n�o tenha ilus�es
sobre as consequ�ncias.

N�o vou ser outra v�tima
das mentiras deles.

Prefiro morrer
pelas minhas pr�prias m�os.

Ou pelas suas.

Esta terra � um fardo, garoto.

Neste momento,
pode escolher o seu.

Fa�a de voc�
um dos sortudos.

Por que est� quase nu?

Est� bem,
mas que inferno?

N�o se preocupe com isso, est� bem?
E n�o diga asneiras.

N�o t� preocupada.
Estou curiosa.

N�o esteja.

Vamos, vai dormir.
Anda.

Vai at� � cidade hoje.

Procurar trabalho.

Leve a sua irm� com voc�.

Sim, senhor, est� bem.

E prepare-se.

Dizem que est� ventando.

Oi.

- Oi.
- Pensei que quisesse se trocar.

� perfeito.

Espero que sirva.
� da minha m�e.

Ela n�o usa muito, portanto,
n�o vai reparar que desapareceu.

Ela vai reparar.

E talvez venha aqui procur�-lo.

Aqui? N�o, n�o.

Eles n�o t�m usado muito aqui,
desde que a seca come�ou.

Est� bem.
Obrigada.

Desculpa.

- Para onde est� olhando?
- Em nada.

Voc� deveria me levar � cidade.

- Ent�o, mas estou ocupado.
- N�o est�.

- Estou.
- Para onde estava olhando?

Em nada. S� estava vendo como
estavam as coisas l� dentro.

N�o sou burra.
O que tem l� dentro?

N�o tem nada.
Cristo!

Est� bem.
Eu te digo se me prometer

que n�o vai l�
dentro xeretar.

N�o quero
que a mam�e ou o George

v�o l�,
at� eu limpar aquilo.

- Limpar o qu�?
- Promete?

Sim, diz o que �.

Dois c�es mortos.

Deitados com o sangue
e entranhas na terra.

Moscas por todo lado.

C�es?
C�es de quem?

De ningu�m.

Os Blue Yonder�s.

O que os matou?

Coiotes ou algo assim.
Como quer que eu saiba?

Isso � triste.

� a vida.

Espera,
onde vai agora?

Vou me encontrar
com o Joe Garza.

- Sobre o qu�? Posso ir?
- Nada e n�o.

Ei, Eugene.

Por que inferno me trouxe
at� aqui, Evans?

Tenho algumas coisas privadas
para dizer a voc�, Garza.

Pensei que f�ssemos
procurar aquela mulher hoje.

Por isso
acordei bem cedo.

E depois
nem sequer apareceu.

Agora isto.

H� quanto tempo te conhe�o?

- Anos e anos, em minhas contas.
- Voc� fica do meu lado.

E nesses anos,
eu confiei em voc�.

E � por isso que vou perguntar
algo que pode parecer injusto,

mas pode salvar
os nossos pesco�os.

Desembucha.

Preciso da caminhonete
da sua fam�lia,

de novo.

Eu mando o dinheiro
assim que chegar ao M�xico.

Est� ficando est�pido, Eugene?

Vamos embora nele
na pr�xima semana.

Que inferno t� rolando?

N�o posso contar tudo agora,
mas conheci uma pessoa.

E vai me pagar US$ 20,000
para levar ao M�xico.

US$ 20 mil!
Consegue acreditar?

N�o, Evans, n�o acredito.

E mesmo se acreditasse,
ia dizer pra ir comer um sapo.

Se est� dizendo o que
acho que est� dizendo,

eu posso acabar morto
s� por dizer.

N�o, n�o, n�o.
Ningu�m vai acabar morto.

Est�o te perseguindo,
expulsando fora da cidade.

Imagina.

Uma mulher branca,
assassina tamb�m?

Dois c�es mortos.

Hora do jantar.

O que foi?

Teve sorte com o autom�vel?

N�o, ainda n�o.
Ainda estou tentando.

Vai me contar o que
est� consumindo-a?

Preciso sair daqui, Eugene!

Sim, eu sei disso.

- Aconteceu alguma coisa?
- N�o.

Podia ter acontecido.

N�o � seguro,
eu estar aqui.

N�o � seguro para ningu�m.

Sim, eu sei.

� s�...

Estou parecendo uma maluca aqui.
Estou confinada.

Estou magoada. Estou suja.

- Sim.
- Desculpa. N�o quis...

N�o quis gritar com voc�.

Desculpa.

Acho que acabei de pensar
em algo que vai anim�-la.

O qu�?

Pode se lavar aqui.

Este � um lago limpo
para nadar.

A propriedade est� abandonada,
por isso estamos seguros.

Pode limpar a perna e p�r
o curativo depois. O que acha?

Est� bem, ent�o.

Vamos sair em 5 minutos.

Isso � para mais tarde.

N�o consegui resistir.

Sente-se.

Onde est� o Eugene?

N�o sei onde est�
o meu vestido azul.

- Viu em algum lugar?
- N�o, m�e.

Ol�?

Algu�m me ouviu?
Eu disse, "Onde est� o rapaz"?

Ele e o Joe,
foram procurar trabalho.

Ele disse
que voc� mandou.

Disse que vai
e nos encontra l�.

Onde est�o os seus sapatos?

Tenho que us�-los?

Sim. Vamos.

Ol�.

Boa noite.

Para onde est� olhando?

Em nada.
Eu estava...

Estava pensando no meu pai.

Ele me trouxe aqui para nadar
uma vez quando eu era pequeno.

Tinha me esquecido
disso at� agora.

Ele j� n�o anda por aqui.

Deve ter muitas saudades dele,
n�o �?

Sim, suponho que sim.

Quando me pergunto
do que sinto falta dele,

n�o consigo pensar em nada.

S� n�o consigo lembrar.

� engra�ado.

Alguma vez sentiu isso?

Sabe qual � a pior parte
de morrer, garoto?

Eu n�o disse
que ele estava morto.

Mas...

quando parar com esta porra
de, "garoto", pode me dizer.

N�o gosta
quando te chamo de garoto?

N�o.

Desculpa.
N�o era essa a minha inten��o.

N�o quis dizer
que � como um garoto.

Quis dizer tipo,
o, "Billy the Kid".

Sabe quem �?

O fora-da-lei.
O mito.

Sim, sei quem �,
mas eu...

n�o gosto de qualquer maneira.

Ent�o porqu�?

Bem, por que qual � a grande
como��o sobre um manequim

que acabou morto
antes de fazer 30 anos?

Isto n�o � sobre
quando ele morreu.

� sobre
quanto ele ir� viver.

� que a pior parte de morrer

� ser esquecido.

� por isso que gosto do Billy.

Porque apesar dele
ter morrido antes dos 30,

h� algu�m que alega t�-lo
visto a cada par de anos.

Num supermercado,
ou num comboio de carga.

Ele � como um fantasma
fora de tempo.

N�o consegue morrer mesmo se as
pessoas ainda quiserem que viva.

N�o de uma maneira
significativa, pelo menos.

- Ei, voc�s!
- Tinha dito que era seguro.

- Caracas!
- Ele deveria estar fora daqui.

Este terreno ainda � meu at�
o primeiro dia do pr�ximo m�s.

Merda.

Vai, vai, vai. Vai!

Acho que ele n�o viu.
Temos de...

Oi.

Viu o meu irm�o?

Posso fumar um cigarro,
por favor, senhor?

- Tem f�sforo?
- Tenho.

Obrigado, senhor.

Estou dizendo, eles deveriam

continuar mandando
equipes de busca.

D� certeza que ela ainda est�
por a�, com uma ferida daquelas.

Espero que sim.

Um pouco de excita��o
nunca magoou ningu�m.

Um pouco de excita��o
nunca magoou ningu�m?

Viu as evid�ncias, Ernie?

N�o, s� estou dizendo.

Pois, eu vi.

Todas.

E deixe-me dizer uma coisa.

Ela n�o costuma
deixar testemunhas.

Tem todo tipo de horrores
naquele arm�rio de evid�ncias.

Ouviu o Hartwell
falando l� dentro?

Disse que
a viu h� 2h atr�s.

Nadando naquele lago.

Todo mundo alega que viu.

� por isso que temos
de juntar todos os agricultores,

e irmos procurar.

Dividir a recompensa
n�o vai salvar todos,

mas vai salvar
alguns de n�s, Ernie.

Disse � Ethel
que dan�ava esta com ela.

A� est� a minha menina.

Vai dan�ar com o seu pai?

Vamos, mocinha?

� capaz de ser o pior ladr�o
que j� vi.

Merda, Garza,
quase me deu um ataque card�aco.

Feche o olho, sim?

Que raios acha
que estou fazendo?

O seu pai n�o teria batido
em sua bunda em p�blico

- se n�o fosse por mim.
- Ele n�o � o meu pai.

Bingo.

Est� aprontando algo duvidoso,
Eugene Evans.

N�o faz ideia.

Veio de bicicleta at� aqui?

Sentem-se. Vamos l�.

Manda ver!

Voc� n�o deveria estar aqui.

Desculpe, senhor.

S� vim buscar isto
para o meu coroa.

Ele queria dar uma olhada
nisto em casa.

- Quem � o seu coroa?
- O Inspetor Evans.

- Tenho as chaves dele.
- Voc� � o Eugene Evans?

Sim, senhor. Sou.

Bem,
George conhece melhor,

mas entendo que
ele tem um machucado no rabo

com toda esta situa��o
que temos aqui.

Sim, sim.
Est� sem d�vida.

Est� bem,
leve o que ele precisar.

- Sim, eu vou, senhor. Obrigado.
- Est� bom.

Ei. Diz � sua m�e
que eu disse ol�.

Sim, senhor.

Encontrou-a, n�o foi?

A senhora Wells.

N�o vou contar a ningu�m, se �
isso que est� preocupado.

- N�o vai?
- N�o se me disser porqu�

tem sido um sapinho
esquisito ultimamente.

� complicado. Complexo.

Estou com medo.

Eu sei.

Tamb�m estou com medo.

Vai ficar tudo bem.

Prometo.

Mostre-me esse sorriso.

Anda.
Quer que te leve de cavalinho?

Sim.

Tr�s, dois, um.

Vi uma mudan�a
no meu irm�o naquela noite.

Havia uma determina��o
nos seus olhos

que nunca antes
tinha visto.

Como se algo invis�vel
que o tinha amarrado

ao nosso mundo
tivesse se desfeito

e desencadeado
uma s�rie de eventos

que iria mudar a forma
da nossa fam�lia para sempre.

Talvez se eu tivesse
conhecido o pai dele,

eu teria
reconhecido aquele olhar.

O Xerife quer v�-lo
no escrit�rio dele.

Tamb�m estou
� procura dele, Janice.

- George.
- Como vai?

Senhor,
ela ainda est� aqui.

Encontrei isto no limiar
da propriedade dos Hartwell

depois dele ter alegado,
visto ela.

E ningu�m est� seguro
at� encontrarmos.

Na minha opini�o,
se aumentarmos a recompensa,

consegu�amos p�r todos
os agricultores e fazendeiros

do condado atr�s dela.

Por que caralho acha
que te trouxe aqui pra dentro?

Mandar o seu rapaz vir aqui
de noite roubar evid�ncias

e esperar que n�o te despe�a?

Onde tem estado, garoto?

Eu sei do Perry Montroy.

Mentiu sobre ele.

Pode estar mentindo sobre tudo.

N�o te falei sobre ele porque
� dif�cil falar sobre isso.

Estava apaixonada por ele?

Est� com ci�mes?

Sim.

Nunca vi nada assim.

Tem raz�o.

N�o � seguro para voc� aqui.

Ou para nenhum de n�s,
j� agora.

Disse US$20,000, certo?

Encontre-me um carro
e eu viro hist�ria.

Tal como a d�vida
da sua fam�lia.

Merda.
O George voltou mais cedo.

O xerife me despediu.

Sabe porqu�?

As evid�ncias que levou,
onde est�o?

- J� foram.
- Foram para onde?

Eu esqueci.

Aquilo tudo era mentira
e inventadas sem no��o!

Onde na cria��o de Deus
teve a ideia de chamar,

�quela mulher de inocente?

- Eu sei de coisas.
- Voc�, sabe de coisas!

A ma�� n�o cai longe da �rvore,
agora, n�o �?

Cheio de pensamentos rid�culos,
como o do seu coroa.

Eu posso ter criado voc�,

mas sem d�vida nenhuma,
n�o � meu filho.

Gra�as a Deus por isso.

Filho da...

Onde est�o?

Vai partir o cora��o
da sua m�e quando

acabar morto
como o John Baker.

Mas ele n�o est� morto.
Ele est� no M�xico.

Vou encontr�-lo um dia.

Claro.

No M�xico.

E esta porta,
a partir de agora, fica aberta.

Merda.

Vamos l�. Merda.

Merda.

Anda.

N�o pare agora.

Deus. Est� tudo bem.
Est� tudo bem.

Estou vendo estrelas, Allison.

N�o. N�o!

N�o, n�o, voc� consegue.

Vamos l�.
N�s conseguimos. Vamos l�.

Continue fugindo.

N�o. N�o.

Te vejo no M�xico.

Jesus.

Oi, pai.

Estou contente
por estar em casa.

O que foi agora?

N�o deveria ficar aqui dentro.

Se ele est� escondendo-a,
eles est�o naquele est�bulo.

N�o v�.

Aquele rapaz
precisa da m�e dele.

Talvez ele te diga
que porra est� acontecendo.

George,
lamenta o que passou.

Mas me disse o que fez.

S� estou tentando ajudar.

Ajudar quem?

O George foi despedido.

Eugene, olha para mim.

Estamos a menos
de um m�s de ficarmos sem-teto.

George disse que
o John Baker est� morto.

E ele estava certo.

Lembra daquele postal que ele
te escreveu

quando tinha 6 anos?

Claro que lembro.

Pois bem, ele mandou mais.

Mas eu queimei
todos depois do primeiro.

Todos os meses, ele escrevia,
e todos os meses,

cada carta
era pior que a �ltima.

Estavam cheias de conversa
sobre Deus e pessoas

e coisas estranhas que ele via,
mas era tudo desordenados.

Ele estava bebendo
at� � morte,

e a mente dele
estava se desmoronando.

N�o podia deixar
que um garotinho

lesse o que ele escreveu.

S� menti porque te amo.

- Est� mentindo agora, m�e.
- N�o Eugene, n�o estou.

Ap�s 5 anos,
as cartas pararam.

E acredito que foi
porque ele morreu.

N�o. N�o, n�o pode ter
certeza disso. N�o pode.

Eugene!

Eugene, eu...

Desculpa.

Deus.

Ele fechou aquela porta?

Eu fechei.

Ele disse algo v�lido
sobre o que ele fez?

N�o.

Preciso da sua ajuda com isto,
George.

Ele n�o vai a lugar nenhum.

Aquele dia ficou conhecido
como, "Domingo Negro".

Foi a pior tempestade
que o Condado Childress

tinha visto alguma vez.

E para o Eugene,

apenas o sinal
que ele precisava.

Phoebe, vou embora.

Est� bem, j� estou indo.
Estou aqui para dizer adeus.

Leve-me com voc�.

Nem sabe para onde vou.

Isso n�o importa.

Phoebe,
n�s vamos para o M�xico.

M�xico.
Eu aprendo espanhol, est� bem?

N�o.
Tem que ficar aqui.

Eu vou mandar dinheiro.
Vou mandar muito.

- Onde vai arranjar dinheiro?
- Bem, isso n�o importa, n�o �?

Isto � uma coisa boa.

Por que est� fazendo isto?

Acho que estou apaixonado.

Voc� n�o sabe nada sobre amor.

Nem voc�.

Eu sei que se nos am�ssemos,
ficar�amos.

- Se me amasse.
- Phoebe, eu te amo.

Pois, ent�o fique.

Te vejo em breve.

Prometo.

Vai.
Pare de perder tempo.

Segurei a respira��o
aquela noite toda

e imaginei que eu era ele

deitado na mesma cama
depois do seu pai ir embora.

Quando a tempestade passou,
o George foi ver o est�bulo.

Mas para a sua desilus�o,
n�o encontrou nada.

A comida est� pronta.

Pode acordar o rapaz?

Gene?

Merda!

Ele foi embora
com aquela senhora.

Que senhora?
O que est� dizendo?

A Allison Wells, a fugitiva.

Por que est� dizendo isso?

Porque estou dizendo a verdade.

A porra da caminhonete sumiu.

Pai! Pai, a Phoebe
tem falado coisas estranhas

sobre o irm�o dela.

Quero que fale
que n�o � verdade.

Que coisas
ela tem tem falado?

Ela diz que o Eugene tem ajudado
a Allison Wells, a fugir?

Mas isso n�o � poss�vel.

� s� fantasia
de uma garotinha.

- N�o �?
- N�o, n�o �.

Phoebe, � bom que
nos diga para onde ele foi.

N�o quer que o seu irm�o
te magoe, n�o �?

Vou ter saudades suas,
mas odeio despedidas.

Devia encostar logo.
N�o vamos arrastar isto.

N�o, n�o, n�o.
N�o v�o haver despedidas.

N�o precisa se estressar
com isso.

N�o. Garoto, n�o.

Eu vou para o M�xico sozinha.

- Acho que n�o.
- Acho que sim.

E a sua fam�lia?
Vai simplesmente deix�-los?

Sabe que mais, Allison?

Tamb�m tenho fam�lia no M�xico.

O seu pai.

Certo.

John Baker.

J� est� na hora
de encontr�-lo.

Acho que n�o entende o que
envolve encontrar algu�m,

quanto mais no M�xico.

O que interessa
se for para o M�xico ou n�o?

Interessa porque t� apaixonado
por mim, e espera...

N�o, n�o estou.

Sabe que mais, Allison?

Ontem � noite
disse a mim mesmo

que n�o h�
maneira nenhuma

de ir para
o M�xico sozinha.

N�o h�.

Portanto, se me ama, d� a volta
ou n�o est� fora de quest�o.

Eu n�o te amo de volta.

Bem, � uma viagem longa.

O qu� que eu fiz de errado?

Como � que eles se encontraram?

N�o sei, mas sabe-se que aquela
mulher estava se escondendo aqui

e n�o foi eu,
que a peguei...

Fico doente s� de pensar.

Acha que quero saber disso?

O que vai acontecer
com o meu filho, George?

Vou ligar ao Tade,
e ao Lomax.

Vamos encontr�-lo antes que
mais algu�m o encontre.

Tade?
Fala o George Evans.

Ainda tem aquela espingarda?

N�o d� um tiro no meu filho,
George!

Ningu�m vai levar um tiro
at� ele estar a salvo.

Muito bem, Tade,
traga o ve�culo.

O meu pifou.

Podemos ganhar
um ter�o da recompensa.

Assim podemos ficar.

Traga apenas meu filho de volta,
ou n�o pense em voltar.

Caracas.

D� a volta, filho da puta.

O que fazemos, Allison?

Tem a arma?

- N�o, n�o vamos usar...
- Por favor, diz que tem a arma.

N�o vamos usar,
n�o �, Allison?

N�o, se n�o for necess�rio,
mas temos de encostar.

Merda.

Quero reportar um carro roubado.

Sim.

A matr�cula � 3285M8.

Qual � o problema, senhor?

Bem,
o problema foi que passou

um sinal de, Pare,
claramente posicionado.

Deixou o bom senso em casa,
filho?

N�o, senhor.

Desculpe. S� n�o vi o sinal
de, Pare, at� ser tarde demais.

Para onde vai e porqu�?

Vou a Lubbock.

Tenho que ir buscar uma pe�a
para o meu coroa.

O Tiller's dele est� quebrado,
por isso...

Quem � o seu coroa?

John Baker de Bismark.

N�o o conhe�o.

Sabe, h� uma fugitiva por a�.

Uma senhora.
Armada e pronta para matar.

Sim,
eu ouvi falar disso.

Pois �,
ela n�o � do tipo de pessoas

que me associo,
por isso n�o a vi.

Se a vir,
garanto que digo �s autoridades.

Como se chama, filho?

Vou te dar uma multa,
depois � livre para ir.

Eugene Baker.

Devagar hein.

Andarei.
Obrigado, senhor.

Conseguiu, caralho!

Pois �.

� capaz de n�o ser
a pior pessoa

para fazer uma viagem,
afinal de contas.

Mam�e?

O Eugene tem que ter algu�m
olhando por ele.

Mais que o papai.

Que inferno t� dizendo?

N�o, n�o vai p�r o p�
fora desta casa at� isto acabar.

Nem mais uma palavra sobre isto.
V� para o seu quarto.

Feche a porta.

Bom dia, Sra. Evans.

O Eugene vai ficar bem.

Fala o Evans.

S�rio?

N�o, n�o, n�o, n�o.
� s� o meu rapaz.

Pe�o desculpa pela confus�o.
Eu lido com isso.

Agradecido.

Est�o perto de Matador,
indo para o sul.

Algu�m deve ter falado que
a minha caminhonete foi roubada.

Vamos, rapazes.

Phoebe? Venha aqui.

Phoebe!

Phoe... Phoebe.

N�o, n�o, n�o, n�o. N�o!

Volta!

Nem vai acreditar no verde

quando sairmos
destas partes abandonadas.

H� rios verde,
rolando e rolando.

Estou te dizendo,
h� pomares verdes claro...

�guas azuis claro.

Eu j� vi uma �rvore antes,
sabia?

Pois �, j� viu o mar?

N�o. N�o, n�o vi.

Costumava sonhar muito
sobre isso quando era crian�a.

N�o fa�o ideia
de como deve parecer

ou qual deve ser a sensa��o.

J� viu?

N�o, mas tamb�m costumava
sonhar com isso.

Planejo correr
para seus bra�os grandes

e fortes,
quando chegarmos ao M�xico.

Isso soa bem.

Sim.

Phoebe.

Ol�, papai.

N�o devia ficar aqui.

N�o, obrigada.
Preciso esticar as pernas.

Allison, o homem no balc�o
pode te reconhecer.

E quando formos embora,

ele vai dizer a todos
como eu era bonita.

Toma,
leve isto com voc�.

Vamos ver no que
iremos trabalhar aqui.

- Boa noite.
- Boa noite para voc�, bonit�o.

Como est�
nesta noite sozinho?

N�o posso reclamar.

O sinal diz que tem vagas.

� verdade.
Um ou dois quartos?

Um.

Est�o no quarto 17.

� muito simp�tico.

Obrigado, senhor.

Esse era o resto do dinheiro.

Sim.

N�s arranjamos mais.

Vou tomar uma ducha.

Ei, garoto.

Por que n�o vem aqui dentro?

Meu Deus,
parece que estou no c�u.

Quer tomar uma ducha?

Tem medo?

N�o.

Est� com vergonha?

Por que quer eu,
a� com voc�?

O que quer dizer com,
"porqu�"?

Essa � uma pergunta engra�ada.

Para mim parece razo�vel.

Jesus,
quer que eu te arraste?

Est� pensando muito sobre isto,
garoto.

A� est� voc� denovo.

Sou, "garoto",
mas aquele cabe�a de vento

atr�s do balc�o �,
"bonit�o"?

Eu preciso
te chamar de bonit�o?

N�o, eu... Eu s�...

Eu perguntei ao cabe�a de vento
atr�s do balc�o

para vir tomar
uma ducha comigo?

Bem, se ele estivesse aqui
talvez perguntasse.

Uau. Vai se foder.

Tudo o que estou dizendo...

Tudo o que estou dizendo �,

n�o sei se realmente
me quer aqui ou,

s� est� dizendo isso para
tentar me manter por perto

porque tem medo que
eu te entregue � pol�cia.

N�o estaria aqui
se eu n�o te quisesse aqui.

Sabe isso t�o bem quanto eu.

Pe�o desculpa.

Obrigada.

Mas preciso deixar
algo muito claro, caralho.

Esta foi a sua decis�o.

Eu n�o te pedi para vir.

Est� bem? Voc� insistiu.

E voc� fala muito bem.

At� fiquei habituada
com a sua companhia.

Mas se tem alguma d�vida sobre
estar aqui, precisa ir pra casa.

Vai para casa.
Ser um garoto outra vez.

Est� bem? Porque cada segundo
que passa aqui,

essa op��o ficar�
cada vez mais escassa.

Entendi isso, certo?

Este n�o � um mundo
para garotos.

� desagrad�vel.

Desagrad�vel.

Eu n�o vou a lugar nenhum.

Quero chegar
ao mar com voc�.

A sua pele � t�o macia.

Est� bem?

Desculpa.

Acho que preciso dormir.

J� fez alguma vez isto?

- N�o.
- Deite.

Est� bem?

Sim.

Certeza?

S� quero...

S� quero ser bom.

Est� bem, eu te mostro.

N�o sei o que vai acontecer
agora, mas...

pode...

pode fechar os olhos?

- Porqu�?
- Apenas, feche-os.

Acho que devia ficar com ele.

N�o gosta dele?

N�o vai fazer lembr�-lo?

Me ver com isto?

Onde quer que o Perry esteja,

a �ltima coisa que ele precisa
� de um rel�gio.

Al�m disso, quero que
fa�a me lembrar de outra pessoa.

Acredito que a Allison Wells

chegou a amar
o meu irm�o de volta.

E que ela foi verdadeira,
a maior parte das vezes.

Talvez seja por causa das
saudades que tenho do Eugene...

mas sempre imaginei

que, por um momento,

o mundo apareceu perante ele

da maneira que
ele sempre sonhou que seria.

Nesse momento,
o Eugene e a Allison

estavam vinculados,
pelo sonho.

Um que eles acreditavam
que tinham controle.

Nunca fiquei preocupada com quem
teve a ideia da pr�xima parte.

Nunca importou muito para mim.

H� certas condi��es da vida
que o Eugene sonhava

que tenho certeza
que a Allison desejava

ter mantido
em segredo para ele.

Pre�os que ela esperava
ter pago por ambos.

N�o d� para voltar
para atr�s agora.

Est� bem?
Entramos e sa�mos.

S� precisamos de 2 minutos.
Presta aten��o nesse rel�gio.

Beije-me.

Conta at� 5.

Perdoe-me.
Vou precisar disso.

Isto � um assalto!

Todos, beijem o ch�o!

Calado! Calado!
Vai para o ch�o!

N�o preciso de voc� a� atr�s,
minha senhora. Saia.

- Todos fiquem calmos!
- Voc� pode ficar.

Por favor,
este � um banco familiar.

- N�o vou cair nessa, senhora.
- N�o temos seguro.

Todos fiquem calmos! Todos!
Fale! Fale agora!

Acalmem-se.
Obede�am o que ele diz.

E agora, Allison?

Sabe o que fazer, senhora.

Quanto mais r�pida for,
mais depressa vamos embora.

- Por favor, ou�a. N�o somos...
- Eu estou ouvindo.

Agora me ou�a.

Quero que abra
aquele cofre ali.

Eu e o meu parceiro
podemos te deixar em paz.

Vamos!

Como est�o as coisas a�,
Allison?

Fale como est�o correndo bem,
senhora.

Bem! Bem! Est�o indo bem!

Pois �. Muito bem, garoto.

Est�o indo bem.
Est�o indo bem.

Fa�am o que estou dizendo.
Fiquem abaixados.

Vai acabar antes
que percebam, beleza?

Obrigada.
� tudo, pessoal.

Allison!

Eugene, anda.

Arranque isso!

Respira. Vamos l�, Eugene.
N�o podemos parar.

N�o podemos,
n�o, at� chegarmos ao M�xico.

Tem que encostar.
Encosta!

Eugene, por favor.

Eugene?

Eugene, por favor,
temos mesmo que continuar.

Garoto,
temos que ir embora.

Garoto, por favor,
entra no carro.

Um morto. No banco,
Citizens Pride em Stanley.

Dois fugitivos,
incluindo a Allison Wells,

est�o indo
para o sul na 281.

Sul, carro de cor preta na 281.

A matr�cula � 3285M8.

- Eu repito...
- S�o eles.

Caramba!

Consigo imaginar
como est� se sentindo,

e sei que esse sentimento
n�o vai desaparecer,

mas voc� precisa
ter esta sensa��o no carro,

ou vamos ser mortos.

Ele devia ter ficado
ali deitado.

Sim, devia,

mas ele foi arrogante,
e foi est�pido.

Eu nem estava pensando.
Eu simplesmente atirei.

Porque tive que fazer.

Eugene,
de outro modo tinha sido eu.

E se algu�m
tinha de morrer hoje,

estou bem contente
que a escolha foi sua.

Um homem est� morto
por minha causa.

Eu sei.
Eu sei como se sente.

Eu sei como se sente,
mas precisamos ir.

Precisa entrar no carro,
Eugene.

Allison,
acho que n�o entendeu.

Acho que
n�o consigo fazer isto.

- Eu percebi...
- N�o percebeu!

Eu percebi! Talvez,
"eu percebi", n�o signifique

que vou sentar
e esperar para morrer.

Como poderia perceber?

Eugene, por favor.

Por favor,
entra no maldito carro.

Quem voc� matou, Allison?

Voc� � tudo aquilo
que disseram que era, n�o �?

- N�o sei se fui eu que a matei.
- Como pode n�o saber?

Porque estava acontecendo
tudo ao mesmo tempo.

Se n�o estivesse l�,

aquela mulher
ainda estaria viva hoje?

Tornou-me algo que n�o sou.

N�o te tornei em nada
que n�o quisesse ser.

Eugene.

Por favor.

Eugene!

Aquela n�o � a sua caminhonete?

Eugene!

Fica aqui com ela.

Eugene,
ainda podemos ir para o M�xico.

N�o quer
encontrar o seu pai?

Ele faleceu, Allison!
Est� morto.

N�o vou encontrar ningu�m!

Isto � adeus.

N�o me d� um tiro.

Phoebe,
entra no carro!

Vai.

Se quer a recompensa,
pode me entregar � pol�cia.

Ou podemos seguir o plano.

Eu disse,
entra no carro.

Mas o Eugene est� ali.

N�o vou deixar que nada
te aconte�a. Prometo.

Est� tudo bem.
Est� tudo bem.

Fica aqui.

De qualquer maneira,
vou deixar que decida.

Eu falo,
que te obriguei a fazer tudo.

Pode seguir a sua vida.

Tem que escolher o seu fardo,
garoto.

Ei.

Nunca quis mentir para voc�.

Contei toda a verdade
como sabia.

E eu sou quem pensava que era.

� s� um pouco mais complicado.

Estou com medo, Allison.

Sim, eu tamb�m.

Prefiro ter medo com voc�,
do que sozinha.

Por favor.

Podemos nos batizar no mar.

Vamos.

Eugene!

Sai da frente!

N�s conseguimos.

Foge, Eugene!

N�o!

N�o! Allison!

Allison.

Meu Deus. N�o.

Acabou, filho.
Baixem as armas.

Baixe a arma!

Est� tudo bem, filho.

Baixem as armas!
Baixem!

Eu disse para baixar a arma!

No ch�o!

Foge, Eugene!

Essa foi a �ltima vez que
cada um de n�s viu o Eugene.

N�o sabemos
onde foi ou se l� chegou,

mas nunca tentei encontr�-lo.

Esse nunca foi o meu destino.

Pais diferentes, suponho.

Mas fa�o o que posso para manter
a lenda do Eugene Baker viva.

E com as ferramentas
que me foram deixadas,

aquela aus�ncia verdadeira
e honesta que John te deixou

e ele deu a mim,

eu conto a hist�ria dele.

A �ltima vez que vi o meu irm�o
foi h� 20 anos atr�s,

em, 16 de abril de 1935.

O primeiro dia onde choveu
h� quase 1 ano.

Talvez um sinal
de que Eugene

tenha encontrado
o que estava procurando.