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No sistema criminal de justi�a,
crimes de natureza sexual...

s�o considerados
especialmente hediondos.

Na cidade de Nova lorque,
os detetives que investigam...

esses crimes, fazem parte
de um esquadr�o de elite...

chamado
Unidade de V�timas Especiais.

Essas s�o suas hist�rias.

Em casa, a mam�e vai fazer
uma torrada para voc�.

Voc� quer?
Quer, sim.

Muito bem, garota!

Vou deixar isso a�,
ningu�m vai notar.

Venha, vamos
para casa agora.

Tootsie, volte aqui!
Aonde voc�...

Tootsie!

Sua cadelinha levada!
N�o mexa no lixo dos outros!

� um casaco de pele?

�, sim!

Por quejogaram fora?

N�o!
Tootsie, afaste-se!

Afaste-se dela, agora!

A v�tima � Livia Tellez,
23 anos, moradora do Queens.

Encontrada nua. A carteira,
ainda com dinheiro, no lixo.

-Acharam suas roupas?
-S� um casaco de pele.

A velha quer ficar com ele.

O que voc� me conta?

Est� morta h� menos
de 1 2 horas.

Nenhum ferimento
a faca ou a bala.

V� a les�o no lado
esquerdo do rosto?

Morta por espancamento.

-Foi estuprada?
-Encontramos fluidos.

E foi removida
depois de morta.

Morreu de costas,

mas estava de lado,
quando a encontraram.

Parece uma desova.

Eu pergunto:
por que aqui?

Talvez namore
algu�m do bairro.

Ele bate nela,
ela tenta ir embora...

Ou � uma prostituta
de classe.

O cliente pede que ela
vista s� o casaco,

mas trata-se
de um psicopata.

Quem quer que ela seja,
falou algo que n�o devia.

-Por que diz isso?
-Cortaram a l�ngua dela.

N�o a encontrei por aqui.

-� melhor verificar o c�o.
-...uma grande ajuda.

AUS�NClA

Peguei o contrato
de aluguel.

N�o a conhecia,
mas parecia ser boa gente.

Era uma mo�a bonita.

H� quanto tempo
morava aqui?

H� pouco mais de dois anos.
Sempre pagou em dia.

N�o vejo refer�ncias
ou endere�os anteriores.

Como a metade
dos moradores deste pr�dio.

lmaginei que ela
fosse ilegal,

mas depois pensei:

este pa�s foi fundado
por ilegais,

quem sou eu parajulgar?

De onde ela era?

Do Porto Rico ou do M�xico,
n�o dava para saber.

Nem parece que ela morou
aqui por dois anos.

N�o ficava muito em casa.
Devia ter um namorado,

mas eu nunca vi ningu�m.

Eu tenho que ver
uma infiltra��o.

J� vamos embora.

Voc�, que vive
como um monge,

por que ela n�o tem
fotos e bugigangas?

Alguns preferem
a simplicidade,

outros perderam
as bugigangas no div�rcio.

Olhe isto:

viajou de Miami para c�
no dia em que morreu.

J� sei onde gastava
seu dinheiro.

Dolce & Gabbana,
Versace...

Deve ter uns 50 mil
d�lares aqui.

Uma prostituta
que paga impostos.

E tem seguro social,
n�o � imigrante ilegal.

N�o consta qualquer
atividade financeira

neste n�mero antes
dejunho de 2001 .

N�o h� contas,
empr�stimos ou empregos,

e seus cart�es de cr�dito
s�o dessa mesma �poca.

Tamb�m tirou carteira
de motorista nesse per�odo.

N�o h� registros
anteriores em nenhum estado.

E ningu�m sabia nada
sobre essa mo�a?

Os vizinhos eram
conhecidos distantes.

N�o h� nada no sistema
sobre ela ou parentes vivos.

Podemos eliminar
roubo de identidade,

pois nem existia
h� dois anos.

Tudo leva a crer

que Livia Tellez
apareceu do nada.

-Prote��o a testemunhas?
-Verificamos, n�o �.

Fiquem � vontade
para expressar esc�rnio,

mas vou dizer:
� uma espi�.

Pode ser, deve haver
espi�es na cidade toda.

Antes de ligar para a ClA,

vamos ver se o cad�ver nos d�
alguma pista sobre ela.

LABORAT�RlO DA M�DlCA-LEGlSTA
SEGUNDA-FElRA, 22 DE SETEMBRO

O teste deu positivo
para coca�na.

Alguma tatuagem, algo que
nos ajude a identific�-la?

Nenhuma cicatriz
ou marca de nascen�a,

mas encontrei isto
no cabelo dela.

Deve ter arrebentado
enquanto ela era surrada.

S� tem as digitais dela.

Nossa Senhora e um beb�,
mas n�o reconhe�o a imagem.

Uma santa segurando
um beb�.

Minha m�e tinha uns dez.

Uma latina cat�lica,
n�o facilita muito.

Al�m das les�es
no rosto e no torso,

h� arranh�es
na perna dela.

Encontrei estilha�os
de fibra vidro neles.

A per�cia n�o achou
nada assim no local,

talvez tenha acontecido
onde foi atacada.

lsso pode ajud�-los
com o local do crime.

A per�cia encontrou p�
no casaco de pele.

Pedi que o mandassem,
para eu testar minha teoria.

Tiocianato de cobalto.

-Coca�na.
-Estava coberta de coca�na.

� muita coca�na,
talvez fosse uma traficante.

Ou estivesse no local
onde preparavam a droga.

Ela n�o vivia
como uma traficante,

n�o tinha drogas
nem dinheiro em casa.

Ou � uma prostituta ajudando
seu traficante a vender.

-Da� a viagem para Miami.
-Vamos andando.

O que �?

Um Chevrolet, do outro lado
da rua, com dois homens.

Est�o nos seguindo?

-Eu os vi quando entramos.
-Quem ser�?

Eu n�o sei,
vamos perguntar.

O que diabo � isso?
Algu�m da Corregedoria?

Deixe esses ratos
para l�.

Deixe-me ver
o cord�o novamente.

Ent�o, Livia Tellez �
uma prostituta religiosa?

Algu�m que a irm� Peg
gostaria de salvar.

UNlDADE DE AJUDA M�VEL DA lRM� PEG
SEGUNDA-FElRA, 22 DE SETEMBRO

Desculpe,
detetives, nunca a vi.

Mas vou rezar por ela.

Chamava-se Livia Tellez,
do Queens.

Pode ver com as garotas
se algu�m a conhece?

Claro.

Mil preservativos de l�ngua?
Os neg�cios v�o bem.

N�o posso deix�-los
nas prateleiras.

lrm� Peg,

j� viu esta imagem antes?

Parece a Virgem Maria
do Ros�rio,

Nossa Senhora
de Chiquinquir�.

Nunca ouvi falar dela.

Esta imagem � baseada
em um quadro milagroso.

V� ela de p�,
sobre a lua crescente?

A v�tima estava usando isto.
Tem algum significado?

Nossa Senhora de Chiquinquir�
� a padroeira da Col�mbia.

A sua v�tima
deve ser de l�.

O padre Castrillon est�
na Santo Agostinho, no Queens.

Muitos da sua congrega��o
s�o colombianos.

Se ela era praticante,
talvez ele a conhecesse.

Quando a vi pela �ltima vez,
Livia parecia preocupada,

mas n�o aceitou
a minha ajuda.

-Quando foi isso?
-Dois ou tr�s meses atr�s.

Parou de vir
� missa nessa �poca.

Aposto que veio para esta
par�quia h� dois anos.

lsso mesmo.

-Ela disse de onde vinha?
-N�o, ela era muito reservada.

Achei que queria conversar,

ent�o, sugeri
que se confessasse,

pois Deus perdoa tudo.

Ela prometeu faz�-lo quando
terminasse seu trabalho.

Falou que tipo
de trabalho era?

N�o, mas devia pagar bem.

Quando veio
para esta par�quia,

ela doou toda a sua mob�lia
para a caridade

e n�o aceitou
um centavo por ela.

S� tivemos que buscar
no dep�sito.

Lembra onde ficava
esse dep�sito?

N�s contratamos
uma caminhonete, na �poca,

mas devemos ter a fatura
da empresa de mudan�a,

e talvez o endere�o
esteja l�.

DEP�SlTO STOR-lT-ALL
SEGUNDA-FElRA, 22 DE SETEMBRO

Este � dep�sito
de Livia Tellez,

pago em dinheiro,
com 3 anos de anteced�ncia.

Tudo sobre ela
em um s� c�modo.

lmpostos de 1999.

Em nome de Livia Sandoval.

Com outro n�mero
de seguro social.

Mas ela n�o mudou
o primeiro nome.

H� algo aqui de 2001 .

Foi o ano em que ela
adotou a nova identidade.

Liv.

O qu�?

Ela era uma policial.

Detetives.

N�o sabia que havia
ratos aqui.

S�o os caras do Chevrolet.

Por que est�o
nos seguindo?

Agentes Jack Hammond
e Tim Donovan,

DEA, Ag�ncia de Repress�o
a Entorpecentes.

Est� na hora de termos
uma conversinha, n�o acham?

Por que a DEA est�
seguindo meus detetives?

T�nhamos que ter certeza
de que estavam limpos.

T�m certeza agora?

Se n�o tiv�ssemos,
estaria na cadeia, detetive.

Fomos alertados
quando inseriram

as digitais da agente
Sandoval no sistema.

E n�o lhes ocorreu que era
uma investiga��o de homic�dio?

Eu ainda n�o sabia
que ela estava morta.

Ela contatava o agente Donovan
a cada duas semanas,

evitando se expor.

H� uma semana, ela estava
viva e n�o indicou problemas.

Ela foi desmascarada?

Outros agentes infiltrados
disseram que n�o.

N�o sabemos por que
ela foi morta.

Cortaram a l�ngua dela.
Pode ser uma mensagem.

N�o podemos comentar.

Talvez possam nos dizer
o que Livia Sandoval

fazia para a DEA.

Um caso que ela investigava
cruzou com o nosso.

A pol�cia de NY
a emprestou para n�s.

-Que caso?
-N�o podemos falar.

Bom, vejamos...

Uma colombiana
trabalhando disfar�ada,

com coca�na no seu casaco
e a servi�o da DEA.

O que ser� que ela
estava investigando?

Vamos direto ao assunto.

Uma policial de NY
foi estuprada e morta

sob seus cuidados.

N�s n�o vamos fazer
vista grossa.

N�o queremos livrar
o criminoso,

mas s�o dois anos
de trabalho,

milhares de d�lares
foram investidos.

Os outros agentes entraram
na organiza��o atrav�s dela.

Se souberem que ela era
policial, eles os matam.

Se n�o fizermos nada
sobre um caso t�o not�rio,

tamb�m levantaremos
suspeitas.

Est� bem, podemos fazer
um acordo.

Vamos investigar a morte
de Livia Tellez,

uma prostituta
que namorava um traficante.

Ningu�m precisa saber
sobre a DEA ou seu disfarce.

Nada escrito sobre a DEA
e a real identidade de Livia.

Tudo ficar� sujeito
a intima��o.

E nem uma palavra
ao seu promotor.

�timo. V�o nos dar
algo para come�ar?

N�o.

Voc� quis o caso,
capit�o. � seu.

Boa sorte.

De agora em diante,
aqui ser� o comando central.

Tudo o que for pertinente
ao caso fica aqui.

Quanto menos gente souber
os detalhes, melhor.

A paran�ia deles
� justific�vel;

os traficantes colombianos
controlam muita gente.

O que temos sobre
a real identidade dela?

Livia Sandoval.

Entrou neste pa�s em 1993,
vinda de Medell�n, Col�mbia,

aos 13 anos.

Com 18 anos, tornou-se
cidad� americana.

Cursou a Universidade
de Hudson por dois anos

e, em 2000, ela fez prova
para a pol�cia e passou.

J� deviam estar de olho nela
na academia de pol�cia.

Podemos supor, ent�o,
que ela fez amizade

com um membro
da organiza��o colombiana.

Temos id�ia
de quem podia ser?

Qualquer pessoa,
em qualquer lugar.

H� redes colombianas
em Yonkers,

no Queens, Jersey,
Manhattan...

Tem um amigo na Entorpecentes
em quem possa confiar?

Tem um cara que trabalhou
comigo, bastante honesto.

� piada, esse esquema todo
para a gente se encontrar.

Tem alguma id�ia melhor?

Sim, fique bem longe
deste caso;

esse pessoal � perigoso.

N�o tenho sa�da, temos
uma v�tima de estupro.

O que descobriu?

Dois anos de investiga��o
da DEA?

Uma colombiana morta
morando em Jackson Heights?

Cheira a caso
de extradi��o.

-De quem?
-Cesar Velez.

Eu me lembro deste nome.

Matou um juiz e um informante
da ClA em Bogot� anos atr�s.

Ele � peixe grande.

Fornece 10�/o da coca�na
que entra nos EUA.

Quem cuida dos neg�cios
dele deste lado?

Alguns primos cuidam
do atacado no Queens,

fazendo a distribui��o
para traficantes dominicanos.

Conseguimos indiciar alguns,

mas n�o pegamos nada
de grande porte.

Conhece algu�m
que possa colaborar?

Quer roubar
o meu informante?

S� quero conversar com ele,
n�o vou mencionar nomes.

� um traficante dominicano:
Felix Santos.

Ele trabalha na rodovi�ria
de Washington Heights.

� um pilantra,

mas se voc� o prender
por posse, ele fala.

-Fico te devendo uma.
-Cuidado, cara.

Eles explodem um avi�o
de carreira inteiro

s� para matar uma pessoa.
N�o h� regras.

Tome, Felix.

Meu amigo, esta � normal.
Eu disse ''light''.

Vai precisar do a��car,
� melhor tomar.

Est� bem. Se voc�s querem
me tratar assim,

tudo bem.

Vou ligar para algumas
pessoas influentes,

-eles dar�o meu pre�o a voc�s.
-Pre�o de qu�?

Pela minha ajuda.

E o pre�o vai subindo
a cada segundo.

E se a gente indiciar voc�
por tr�fico de drogas?

-Como quiserem.
-Conhece?

Conhe�o. � Livia,
a Merenguinho.

-Por que a chama assim?
-Foi o Rafael que inventou.

Pois ela est� morta.
Quem � Rafael?

Rafael Zapata,
bra�o direito de Cesar Velez.

Como Rafael e Livia
se conheceram?

Transava com ele.
Digo: era uma entre muitas.

Escutem, s� encontrei
com ela algumas vezes.

Ela era gostosa e tal,

mas quando ficava doidona,
falava demais.

-Rafael n�o gostava disso.
-Seja mais espec�fico.

Estive com eles
duas semanas atr�s.

Ela ficou reclamando
porque o Rafael brochou.

Como uma garota
pode ser t�o burra

a ponto de falar
de um cara assim?

E na frente dos amigos?

E o que um homem como Rafael
faria nessa situa��o?

Daquela vez?
Ele deu uma surra nela.

Rafael Zapata Gaviria,
34 anos.

� o n�mero 1 na organiza��o
do Cesar Velez.

Zapata � colombiano, mas tem
um visto legal de trabalho.

Que deve ter comprado
por US$ 10 mil em Bogot�.

Zapata foi preso
duas vezes por homic�dio

e forma��o de quadrilha,
mas nunca foi indiciado.

Sempre surgia algu�m,
oportunamente,

para confessar os crimes.

�, algu�m com fam�lia
na Col�mbia,

que � amea�ada de morte
como garantia.

Assim, todo mundo
o obedece.

Chequei sua situa��o
financeira.

Um verdadeiro
homem de neg�cios.

� dono de v�rias lojas
de celulares e pagers,

tem propriedades aqui
e em Miami,

e gastou
1 ,5 milh�o de d�lares

com equipamento
de perfura��o de petr�leo.

Lavagem de dinheiro.

Paga tr�s vezes mais caro
para parecer um neg�cio limpo.

Os federaisj� devem
ter tudo isso.

Precisamos confirmar
a declara��o do Santos

e ligar Zapata a Livia.

Temos os d�bitos
do cart�o de cr�dito dele

no dia em que Livia morreu.

Ele voltou de Miami
no mesmo v�o que ela,

gastou US$ 4 mil em compras,
jantou e foi a um show.

� muito dinheiro
para se gastar em um dia.

Se ela estava com ele,
algu�m vai se lembrar.

CAF� ANDRE
TER�A-FElRA, 23 DE SETEMBRO

Dois para o almo�o?

-O gerente, por favor.
-Sou eu. Do que se trata?

Um cliente seu esteve aqui
outro dia: Rafael Zapata.

Desculpem, mas n�o
conhe�o esta pessoa.

Seu nome vai ficar
fora disso.

Agora,

-ele esteve aqui com ela?
-N�o, n�o esteve.

N�o queremos acus�-lo
de obstru��o � justi�a.

Podem acusar.

Eu tenho mulher e 3 filhos,
n�o posso ajud�-los.

Ou Zapata lhe pagou muito bem,
ou o assustou pra valer.

Ou os dois.
Benson.

Agente Donovan,
n�o esperava sua liga��o.

O que ele quer?

-Uma reuni�o, agora.
-Onde?

No telhado,
do outro lado da rua...

Falaram com
o meu informante.

Estamos investigando
um estupro, como combinado.

Quem deu o nome dele?

Ent�o, temos
que compartilhar informa��es,

como voc�
n�o fez conosco?

V� se danar.

Ele trabalha com a DEA,
voc�s o colocaram em risco.

Ent�o, ele faz bico
na Entorpecentes.

Foi assim
que chegamos a ele.

-Esque�am-no.
-Ah, �?

�. Sua equipe n�o deve mais
contatar o Santos de novo.

Felix est� a par
da situa��o.

Pedimos que fossem
cautelosos.

E fomos, Santos n�o sabe
que Livia era uma policial.

Ningu�m falou nada
sobre a DEA.

Melhor assim.
A reuni�o acabou.

Mandou Livia cheirar p�
e transar com Zapata,

ou foi id�ia
dela mesmo?

Voc� n�o sabe
nada sobre ela!

Sei que devia proteg�-la
e a deixou morrer!

E sei que se sente
t�o culpado

que prefere deixar
seu assassino livre

a pensar no que
n�o fez para ajud�-la.

Eu n�o a mandei
cheirar coca�na.

Eu n�o a mandei
fazer nada dessas coisas.

Ela queria
pegar esses caras

e fez o que achou
necess�rio.

N�o viu que a coisa
estava se complicando?

Ela fazia o trabalho, eu n�o
sabia o que estava havendo.

Eu devia t�-la tirado
do caso, mas n�o tirei.

A responsabilidade � minha,
o erro foi meu.

Ei!

N�o queremos o seu caso

e sabemos que h� outras
vidas em jogo,

mas estamos no escuro.

Se n�o nos der algo
que comprometa Zapata,

nunca vamos conseguir
fazer o que � certo.

Sua legista encontrou
fibra de vidro no corpo dela?

Ent�o, eu sei onde
ele a matou.

O barco do amor de Zapata.
Fica no Battery Park.

Deve ter complexo
de tamanho,

para ter um barco
t�o grande.

Qual � a liga��o?

Havia lascas de fibra de vidro
no corpo da v�tima,

e o casco no barco
� feito desse material.

S� descobrimos agora

porque todos os bens
do Zapata

est�o em nome
de empresas de fachada.

-Como descobriram?
-Um informante confidencial.

� o bastante
para um mandado?

-Se o informante for confi�vel.
-lrrepreens�vel.

Elej� forneceu informa��es
a voc�s antes?

N�o, mas a natureza
do trabalho dele

permite seu acesso
a informa��es precisas.

Alex,
n�s acreditamos nele.

� muito reconfortante.

Agora, digam algo
que viabilize o mandado.

Alex, tem que confiar
em n�s.

Pol�cia!

Ponham as m�os para cima!

M�os para cima!

Mexam-se!

Rafael Zapata Gaviria!

Zapata!

Sou Rafael Zapata.

Podem guardar as armas,
somos todos da paz.

Rafael Zapata,

mandado de busca
para este iate.

Todos para fora.
Em fila, no p�er!

Voc�s!
Para fora!

Posso perguntar
do que se trata?

N�o tenho nada a esconder.

Tem certeza?

A pol�cia sempre faz buscas
nas minhas propriedades.

Nunca encontraram nada.

Desta vez, voc� n�o sabe
o que estamos procurando.

Sente o cheiro?

-�gua sanit�ria?
-lsso.

Vamos vir�-lo?

Certo.

Est� �mido aqui.

Funcionou na superf�cie,
mas n�o chegou ao fundo.

Ei, Rafael Zapata.

Est� preso pelo homic�dio
de Livia Tellez.

Levante-se, m�os para tr�s,
voc� est� preso.

Est� cometendo
um grave erro, detetive.

Nem sabe quantos erros
voc� cometeu. Vamos.

Processo n�mero 644:
o Povo contra Rafael Zapata.

Acusado de homic�dio simples
e estupro qualificado.

Lionel Granger
na defesa, Excel�ncia.

Como o acusado
se declara?

-lnocente.
-Dra. Cabot?

O acusado � colombiano
e tem liga��es not�rias

com organiza��es
de traficantes.

Tem recursos ilimitados
� sua disposi��o,

e h� risco de fuga.

Pedimos
sua pris�o preventiva.

Meu cliente nunca foi acusado
de envolvimento com tr�fico.

As acusa��es da Promotoria

s�o infundadas, difamat�rias
e preconceituosas.

Anotado, dr. Granger,

mas pe�o que se atenha
� quest�o da fian�a.

O sr. Zapata � um empres�rio
respeitado e homem de fam�lia.

Ele n�o tem
inten��o de fugir

e concorda em entregar
seu passaporte como garantia.

O acusado � propriet�rio
de um jatinho

e de pistas de pouso
no Caribe e na Am�rica do Sul.

A entrega do passaporte
n�o � garantia alguma.

� culpado porque foi
aben�oado pela riqueza?

Aficha dele � limpa,
Excel�ncia.

N�o vou querer apenas
o passaporte dele.

Afian�a � de cinco
milh�es de d�lares.

Pr�ximo caso.

Processo n�mero 872:
o Povo contra Ruda Clerk.

Lionel,

vejo que ainda representa
Rafael Zapata.

lsso explica o terno
de US$ 3 mil.

Como tira todo
o sangue dele?

O terno foi presente
da minha mulher.

Todo mundo merece
uma defesa.

Eu acreditaria
no seu idealismo

se n�o estivesse
se divertindo tanto.

Sou uma pessoa
naturalmente feliz.

O que � isto?

Uma peti��o para impugnar
o mandado de busca.

Vou me divertir
muito com isso.

GABlNETE DA JU�ZA PETROVSkY
QUARTA-FElRA, 24 DE SETEMBRO

O mandado de busca
ao barco foi realizado

com base na indica��o
de um informante sigiloso.

Que � bastante comum.
Era seu mandado, Excel�ncia.

Baseado na declara��o
dos detetives

de que o informante
era confi�vel.

N�o h� por que perder
tempo com isso.

Apresente o informante,
e eu ficarei satisfeito.

lsso vai contra o princ�pio
do informante sigiloso.

O Povo contra Goggins:

''A identidade de um informante
ser� preservada

para proteger as informa��es
e a vida do mesmo.''

Como vamos saber
que essa pessoa existe?

A informa��o que ele deu
estava correta.

lsso n�o prova
sua veracidade legal,

e voc� sabe disso,
dra. Cabot.

As provas confirmam
a declara��o do informante.

Alguns peda�os
de fibra de vidro?

Sabe quantas coisas s�o
feitas de fibra de vidro?

Pode ter acontecido
em um Corvette.

As fibras correspondem
ao casco do iate do Zapata.

H� dez iates naquela marina
feitos do mesmo material.

Mas n�o muitos colch�es
com o sangue da v�tima.

S� o seu cliente
tem isso.

Esta pessoa sabia o local
do homic�dio, s� isso.

At� onde sei,

o pr�prio informante
pode ter cometido o crime.

Excel�ncia, perceba
que isso n�o passa

de uma t�tica para intimidar
o informante.

Estou solicitando
uma audi�ncia.

Dra. Cabot,
apresente o informante.

Vou entrevist�-lo
no meu gabinete.

Se eu me assegurar
de sua confiabilidade,

as provas obtidas com
o mandado ser�o inclu�das.

Seu informante s� precisa
falar com aju�za,

ningu�m mais
estar� presente.

-N�o d�, Alex.
-Elliot, tem que dar!

Arrisquei o pesco�o por voc�s,
e quero algo em troca.

Ele pode perder o emprego,
ou pior, pode ser morto.

Ele devia ter pensado nisso
antes de falar.

Quem � ele?

AG�NClA DE REPRESS�O A ENTORPECENTES
QUARTA-FElRA, 24 DE SETEMBRO

Alex Cabot,
do Minist�rio P�blico.

-Voc� foi seguida?
-Como?

Algu�m a seguiu
do seu escrit�rio at� aqui?

Eu acho que n�o,
mas n�o tenho certeza.

Vai dizer que sabe tudo
sobre o meu trabalho,

que � muito perigoso,
mas que...

vai me proteger,
n�o � isso?

Admito que sei pouco sobre
os perigos do seu trabalho.

lsso n�o muda o fato
de que forneceu informa��es

como um informante sigiloso

e de que elas precisam
ser ratificadas.

N�o ter� que testemunhar
no tribunal.

A resposta � n�o.

Vou falar um pouco
sobre o meu trabalho,

agente Donovan.

Quando eu disser � ju�za

que n�o vou apresentar
o informante,

ela vai expedir um mandado.

Se eu n�o fornecer o seu nome,
ser� desacato.

A decis�o � sua,
a consci�ncia � sua.

Saiba que n�o vou
para a cadeia,

nem por voc�,
nem pela minha consci�ncia.

-Arquive o inqu�rito.
-N�o posso.

Fa�a o que tem
que fazer, dra. Cabot,

mas, quando tudo der errado,
voc� ser� a culpada.

Deve haver uma forma
de fazer isso

e garantir a seguran�a
de todos.

Voc� realmente n�o sabe
nada sobre isso, n�o �?

Seus detetives colocaram
voc� em uma fria, Alexandra.

Estavam cooperando
com uma investiga��o federal,

n�o tinham outra sa�da.

N�o pedi
que os defendesse,

s� estou pensando
em como vai sair dessa.

N�o preciso sair de nada.

Petrovsky vai intimar
o agente federal,

o mandado vai valer,

e Zapata vai pegar
25 anos ou perp�tua.

F�cil assim?

Todos entendem
a natureza delicada

da investiga��o da DEA,

Petrovsky n�o tem motivo
para p�-la em risco.

Todos os esfor�os
ser�o feitos

para manter a testemunha
em segredo.

Est� trabalhando
com a teoria de que,

se n�o h� amea�a imediata,
ela n�o deve ser real.

Eu sei que � real.

Uma policial de NY est�
morta por causa disso.

Sim, � verdade e...

quantas pessoas voc� acha
que sabem dessa informa��o?

N�o estou certa.
Umas 1 2, talvez mais.

�, deve ser isso.

Sabe muito bem que
o termo ''confidencial''

� bem relativo
e diretamente proporcional

ao interesse gerado
pela informa��o.

E essa informa��o � muito
interessante, Alexandra.

Fa�a um acordo com Zapata.

Homic�dio culposo,
8 a 10 anos.

Passo.

Pergunte ao seu cliente
o que ele acha.

Eu tamb�m passo.

Por que quer negociar, Alex?
Voc� nem tem um caso.

Certamente, n�o tem
o seu ''suposto'' informante.

Terei o informante assim que
tiver a intima��o daju�za.

Supondo que ele obede�a
a intima��o daju�za.

E por que ele n�o obedeceria,
sr. Zapata?

Como saber o que as pessoas
v�o fazer?

� um mist�rio.

Voc� n�o sabe
quem � o informante,

como pode saber
o que ele vai fazer?

Voc� � quem diz isso.

Ent�o, se o seu informante
aparecer, eu aceito o acordo.

� agora ou nunca.

E, no futuro,

se o seu cliente vier
a intimidar o informante,

pedirei revoga��o
da fian�a,

e ele ficar� na Rikers
durante todo ojulgamento.

-N�o me ameace, sua vadia.
-Acabei de faz�-lo.

Vamos embora.

Voc� permite isso?

Uma mulher diz essas coisas,
e voc� n�o faz nada?

Pois �, sr. Zapata.

Vai aprender que uma mulher
pode dizer o que pensa

da sua atua��o sexual

sem que tenha o direito
de mat�-la.

N�o vamos fazer
nenhuma tolice.

Est� tudo bem,
est� tudo bem.

Certo...
lsso foi divertido.

Vamos embora, Rafael.

Voc� enlouqueceu?

Quis dar a entender que isso
podia vir � tona no tribunal.

-E ele irritou voc�.
-Tamb�m.

O que Branch acha,
j� que n�o h� acordo?

Temos que prosseguir.

Avisaremos � DEA
com anteced�ncia,

para que possam retirar
os agentes infiltrados.

� o fim de um trabalho
de dois anos.

Esta � a menos pior
das op��es.

Ou n�s o denunciamos,
ou arquivamos o processo.

Devolvemos seu passaporte,
ele sai do pa�s,

e o caso da DEA
tamb�m afunda.

-O fato � que...
-Al�.

...Zapata exp�s
a investiga��o federal

quando estuprou
e matou Livia Sandoval.

Exatamente.

Est� bem.
At� logo.

Fui chamada para uma reuni�o
com aju�za Petrovsky.

-Sabe o que �?
-N�o deve ser bom. Licen�a.

Promotora Cabot,

sou George Reilly,
do Departamento de Justi�a.

Daniel Clark e Brian Sullivan,
da Procuradoria dos EUA.

-J� lhe digo do que se trata.
-Posso adivinhar?

O governo federal passando
por cima do Estado de NY.

Esta � uma liminar expedida
por um juiz federal

impedindo aju�za Petrovsky
de intimar um agente federal,

sob risco de prejudicar
uma investiga��o em andamento.

N�o podemos fazer
nada a respeito?

N�o. A menos que apresente
provas adicionais,

sua busca est� fora.

Excel�ncia...

Tamb�m n�o estou feliz,
dra. Cabot.

E, sr. Reilly,

n�o quero ver tantos
advogados aqui de novo.

Da pr�xima vez,

deixe o n�mero do p�nei
e do cachorro em casa.

Entendido, Excel�ncia.

Eles podem passar
por cima daju�za assim?

Vou entrar
com uma apela��o.

Trata-se da viola��o
dos direitos de um estado.

Dra. Cabot.

Pensei que n�o quisesse
se expor.

Recebemos uma amea�a s�ria.

N�o saiu daqui, seu nome
foi mantido em segredo.

A amea�a foi feita
a voc�.

Ei, como vai
a minha namorada?

Bem, muito bem.

O outro � um detento
da Penitenci�ria Federal

de Lewisburg,
na Pensilv�nia.

Um dos homens
de Cesar Velez.

Esta liga��o foi gravada
seis horas atr�s.

Ainda n�o identificamos
o outro cara.

Eu vou "busc�-la".
Talvez esta semana.

Tudo bem. Ela mora
na Rua 78 Oeste, 35,

apartamento "C".
Chega em casa �s 20h.

� o meu endere�o!

-Corre �s 6h.
-Filho-da-m�e.

Voc� pode ir correr com ela.
No Central Park.

-Podia visitar a m�e dela.
-� uma id�ia.

A m�e mora no norte
do estado,

-Meu Deus!
-em Armherst.

Mas v� ver a sua namorada,
� importante.

Como sabem essas coisas?

Cesar Velez tem uma rede
nas pris�es federais.

Estamos tentando descobrir
de onde vem a informa��o.

Notou se algu�m
a est� seguindo?

Algum problema no telefone
de casa ou do escrit�rio?

N�o, n�o que eu me lembre.

A partir de agora,
uma patrulha ficar� com voc�.

Ficar� sob a guarda
de um policial.

Vamos armar
um esquema de seguran�a

no escrit�rio
e na sua casa.

Um delegado federal
a levar� para casa.

Estar� aqui em uma hora.

N�o, eu quero ir
para casa agora.

Est� bem,
n�s levamos voc�.

Dra. Cabot!

Vamos encontrar esse cara.

Vamos lig�-lo a Zapata
e prend�-lo pelo resto da vida.

Est� bem.

Se n�o conseguirmos,
eu falo com a suaju�za,

eu testemunharei na corte.

Por isso, n�o quero
que se preocupe.

Est� tudo sob controle.

Entendeu?

Entendi.

Boa noite.

Alex,

por que n�o fica
l� em casa esta noite,

at� organizar tudo?

N�o, est� tudo bem.
Obrigada.

Primeiro, vamos dar uma volta
para averigua��o.

Ei.

Venha, vamos embora.

Alex,

n�o podia ter feito
nada diferente.

-Donovan fez uma escolha.
-N�s todos fizemos.

Como?

-Eu n�o sei.
-Voc� n�o sabe?

Ele tinha dois filhos,
sabia disso?

Pare com isso.

Foi irrespons�vel,
n�o nos deu aten��o!

-Deu para entender agora?
-J� chega, j� chega.

Voc� vai se retirar
deste caso e ponto final.

Voc� n�o tem um caso.

Ele explodiu
com Tim Donovan.

� o primeiro relat�rio
do esquadr�o antibombas.

Encontraram vest�gios
do tipo C-4

e partes do detonador
junto aos restos.

O detonador estava
conectado � igni��o,

e o explosivo, embaixo
do assento do motorista.

Cada fabricante
tem sua marca registrada.

O laborat�rio do FBl
est� procurando

dispositivos semelhantes.

N�o importa,
sabemos quem fez isso.

Cesar Velez, limpando
a barra para Zapata.

A pergunta
mais importante �:

como Velez soube que Donovan
era o informante?

Do mesmojeito
que soube onde voc� mora.

Ele tem dinheiro
e tem poder.

E n�o vai parar at� voc�
desistir ou morrer.

Estou protegida
por uma patrulha,

minha m�e tamb�m,
eu n�o vou desistir.

Alex, n�o h� por que morrer
por causa deste caso.

Homens como Zapata e Velez
vivem de intimidar os outros.

N�o faz diferen�a
se sou eu ou outro promotor,

as amea�as v�o continuar.

Ou eu aceito isso
como parte do meu trabalho,

ou passo a fazer
todo tipo de concess�o.

Mas n�o querojogar
esse peso sobre voc�s.

A Promotoria tem
seus investigadores.

Uns incompetentes.
Eu estou dentro.

Eu tamb�m.

Est� bem.

Vamos come�ar trazendo
todos os convidados

da festa no barco
do Zapata.

Algu�m deve saber
sobre a morte da Livia.

Alex, pode vir
ao meu escrit�rio?

lmaginei que n�o fosse
deixar o caso de lado.

-Agrade�o sua preocupa��o...
-Meu antigo rev�lver.

Um tiro s�, n�o trava.

Eu pedi uma licen�a
para voc� poder us�-lo.

Sem a minha assinatura?

Suas digitais
est�o no arquivo.

Cragen.

Sim, ela est� aqui.

Vou avisar a ela.

Seu chefe quer
falar com voc�.

Entre.

Ainda est� ouvindo
um zumbido?

-Sim, um pouco.
-Vai passar.

Um amigo meu trabalhou
durante 3 anos

na nossa embaixada
em Bogot�.

Um policial por dia
era assassinado naquela �poca.

Em um per�odo
de dois meses,

Pablo Escobar explodiu
nove carros-bomba.

Que bom que n�s vivemos
nos Estados Unidos.

�, que bom.

E h� muitosju�zes, promotores
e ex-policiais neste pa�s

que t�m que viver
o resto da vida

sob prote��o da pol�cia

porque enfrentaram
o cartel colombiano,

que defende seus neg�cios
a qualquer pre�o.

Mais uma raz�o
para continuar lutando.

Temos tentado combat�-los
desde antes de voc� nascer.

Vamos arquivar
o processo do Zapata.

Por qu�?

At� que ponto
isso tem que chegar?

Quantos ainda
t�m que morrer?

Os federais t�m um caso
muito melhor do que o nosso.

E, respondendo
� sua pergunta,

j� morreu gente demais.

AUDl�NClA - PARTE 46
SEGUNDA-FElRA, 29 DE SETEMBRO

Excel�ncia, a Promotoria
n�o pode prosseguir

e pede o arquivamento
do processo

contra Rafael Zapata Gaviria,
sem restri��es.

O processo est� arquivado,
sr. Zapata.

A sess�o est� encerrada.

Agentes federais,
sr. Zapata.

Est� preso pela morte
de um agente federal.

Tem o direito
de permanecer calado.

Tudo o que disser pode
e ser� usado contra voc�.

Tem direito de falar
com um advogado

e de t�-lo presente
durante o interrogat�rio.

Se n�o puder arcar
com os custos,

um advogado ser�
designado para voc�.

O FBl fez a liga��o
da explos�o com Zapata.

Ele vai entregar
Cesar Velez.

Se a DEA conseguir
indici�-lo,

os colombianos
prender�o Velez

e iniciar�o o processo
de extradi��o.

E o que Zapata
ganha com isso?

Redu��o da senten�a
e uma nova identidade

em Scottsdale, Arizona,
provavelmente.

Se ele viver at� l�.

J� que � assim,
dou boa-noite.

Vai me dar carona amanh�,
� melhor ir dormir.

Contrate um motorista.

-Boa noite.
-Boa noite.

-Vejo voc�s amanh�.
-At� logo.

Tivemos um per�odo bom.

Os �ndices de condena��es
est�o altos.

�s vezes,
n�o conseguimos sucesso.

Cesar Velez pode prejudicar
Zapata de uma forma

que o sistema dejusti�a
jamais poderia.

� que... nunca parece
o bastante.

Os federais v�o pegar
Zapata pela morte do Donovan.

E Livia Sandoval?

Ela morre sem justi�a,
e temos que ficar contentes?

Dizemos que falamos
pelas v�timas,

mas n�o � verdade.

Podemos obter sucesso,
mas as v�timas,

mesmo que sobrevivam,
t�m as vidas destru�das.

Eu estou cansada
de tudo isso.

Alex, n�o podemos
ganhar sempre.

� exatamente isso.

Mesmo quando a gente ganha,
a gente perde.

Venha,

vamos sair daqui.

-Quer um t�xi?
-N�o, eu vou andando.

Obrigada, mesmo assim.

Desculpem-me
por ser estraga-prazer.

N�o seja boba,
j� est� tarde.

Abaixem-se!

V�, v�!

Alex!

N�o! N�o, n�o, n�o.

Algu�m!
Chame a ambul�ncia!

Ligue para a emerg�ncia!
Agora!

Alex, est� tudo bem,
Alex.

Alex, olhe para mim.
Est� tudo bem, querida.

Fique comigo,
fique comigo, Alex.

Elesj� est�o vindo.
Voc� vai ficar boa.

Alex, voc� vai ficar boa.

Olhe para mim.
Voc� vai ficar boa.

Voc� vai ficar bem.
Agora, fique comigo.

Alex, Alex!
Alex, est� tudo bem.

Olhe para mim.

UNlDADE DE V�TlMAS ESPEClAlS
QUARTA-FElRA, 1 DE OUTUBRO

NENHUMA PlSTA SOBRE
O ASSASSlNATO DA PROMOTORA

Quando � a audi�ncia
do caso Richmond?

-Foi adiada.
-Vamos perder a testemunha.

-Elaj� est� meio insegura.
-N�o podemos fazer nada.

Nossos casos
est�o aos cuidados

de promotores
de outras unidades.

Eles n�o d�o a m�nima.

Ora, que �timo...

O qu�?

Rafael Zapata Gaviria
foi encontrado morto na cela.

N�o h� testemunhas.

L� se vai a extradi��o
de Velez.

Tenho saudades do tempo
em que o governo

mandava um esquadr�o
da morte.

O agente da DEA, Hammond,
quer v�-los esta noite.

-Tome o endere�o.
-Para qu�?

Algo sobre
o fechamento do caso.

Que local �timo,
conveniente.

Era o �nicojeito
de fazer isso.

Fazer o qu�?

Ela n�o aceitou
''n�o'' como resposta.

Essa � dura na queda.

Eu lamento muito
por tudo isso.

Seu funeral � amanh�.

E voc�s dois t�m
que estar l�.

A dra. Cabot
est� mais segura morta.

Se Velez chegou ao Zapata,
chega a ela tamb�m.

Prote��o � testemunha...

At� Velez ser
extraditado ou...

o caso se resolver
de outra forma.

Por quanto tempo?

Temos que ir.

Desculpe, pessoal.

Vamos embora.