All language subtitles for Green For Danger (1946) - BRASIL-VERSION -

- VERDE PASSIONAL -

Para o assistente do comiss�rio
de pol�cia, Scotland Yard.

Senhor, os incr�veis acontecimentos
que vou relatar. . .

pode se dizer que come�aram. . .

na tarde de 17 de agosto de 1944.

Novo par�grafo.

Um carteiro estava pedalando
para Heron's Hill. . .

no seu caminho para entregar
correspond�ncia ao hospital.

e chamava Joseph Higgins.

Come�o com ele porque
foi o primeiro a morrer.

O hospital est� a uma milha. . .

uma propriedade isabelina
requisitada e convertida. . .

pela emerg�ncia da guerra.

Outro novo par�grafo.

Na sala de cirurgia
naquela noite. . .

tinha um cirurgi�o,
o Sr. Eden. . .

a enfermeira Woods. . .

a enfermeira Sanson. . .

a, ei. . .
enfermeira-chefe, Bates. . .

A enfermeira Linley. . .

e o anestesista, Dr. Barnes.

17 de agosto de 1944.

Para 22 de agosto. . .

duas dessas pessoas
estariam mortas. . .

e uma delas era um assassino.

O que foi? Se estrepou?

N�o, esse segundo avi�o lan�ou
a bomba esta tarde atr�s do
posto dos correios. . .

precisamente quando perguntava
se estas cartas tinham
sido ordenadas.

Tinham sido ordenadas, certo.
E n�s tamb�m.

- A� est� tudo. 5. E uma fatura
para o Dr. Barnes.
- Pode ser um recibo.

Pode ser. Vou mais tarde
do servi�o. Tchau, Mac.

- N�o pode estar em dois lugares
ao mesmo tempo.
- Nosso velho guarda n�o acha.

- Jogamos dardos, s�bado, Joe?
- Claro. Ser� uma noite tranquila.

Vamos esperar.

O que significa moral alta?

Disciplina e confian�a,
dependendo um do outro.

Repito:
Disciplina e confian�a.

E n�o podem ter confian�a
sem mentalidade positiva. . .

estudantes ou enfermeiras, sob
bombardeios ou outras circunst�ncias.

Um pequeno exemplo. . .

Podiam sorrir se eu dissesse que
uma das minhas primeiras a��es. . .

quando assumi o comando do
hospital h� um m�s. . .

foi ordenar que a palavra "res�duo"
fosse retirada das latas de lixo. . .

e substitu�da por
"objetos resgatados"

"Objetos resgatados."

Um humilde exemplo da diferen�a
entre pensamento positivo
e negativo.

A chave vital na cria��o
e manuten��o. . .

moral.

Vem outro. Tentou competir
comigo e minha bicicleta.

- Um pouco atrasado, n�o, Joe?
- Sim.

O avi�o lan�ou. . .

seu �nico V-1.
Resta ver que outros n�meros. . .

ser�o sufixos de bombas
com a letra "V"

Como o desesperado Churchill. . .

mente freneticamente para
salvar sua imagem. . .

Londres e os condados vizinhos
cambaleiam sob o constante
fogo do nosso terr�vel V-1.

Esse � um comunicado da Alemanha.
Esse � um comunicado da Alemanha.

Ali. � isso, enfermeira.

Pensei que n�o fosse uma h�rnia.

- Est� bem?
- Nem pestanejou.

- Est� bem, enfermeira Linley?
- Sim, obrigado, senhor,
perfeitamente.

� um pequeno calv�rio
a primeira vez.

- Onde ser� que jogaram a bomba.
- Talvez que perto do povoado?

Espero a minha casa estar
a salvo. Que vida.

- Bem, n�o pode durar para sempre.
- As enfermeiras resistem otimamente.

Assim como os m�dicos, senhor.

Com o tempo se acostuma com tudo.

Mesmo assim, deve ter sido uma
grande mudan�a senhor,
considerando. . .

- Considerando o que?
- O seu passado.

- Mmm?
- Obrigado.

Quero dizer Harley Street. . .
Rolls-Royce, lindas senhoritas.

Tudo, tudo se foi,
os velhos rostos familiares.

Deixam seus ap�ndices para tr�s.

- Eram felizes em estar na moda.
- Ainda mais por estarem no
seu consult�rio.

S�o esses olhos, claro. O olhar
de cervo ferido que nenhuma
mulher resiste.

- Eu. . .
- Woods.

Por que n�o organizam tudo?
H� muitas coisas para fazer.

Sim, senhora.

Limpem bem o assoalho
e peguem soro novo.

- Chegaram mais feridos.
- Sim, Senhora.

- Parece cansada, Esther.
- Ah, eu estou bem.

- Trago uma x�cara de algo
antes de dormir.
- Obrigada.

- Sanson, leva o paciente � sala?
- Sim, senhora.

- Sim, senhora.
- Posso ver. Mas depois de tudo. . .

N�o estou sendo muito razo�vel.
Pensei que iria comigo amanh�.

Querido, � s� uma viagem a um
velho hospital, n�o uma
festa no Dorchester.

- Importa quem vai com quem?
- Suponho que n�o, mas. . .

Estava prestes a acrescentar que
Eden est� nervosa por te convidar.

Os cirurgi�es sempre convidam as
enfermeiras em ocasi�es informais.

- Eu sei, mas. . .
- N�o acho que pensar� duas vezes.

- Imagino.
- Agora est� sendo rid�culo.

- Eu estou sendo?
- Para n�o dizer presun�oso.

- N�o estou sendo nada disso.
- Tem que gritar?

Sabe, � incr�vel como consegue
sempre fazer parecer culpa minha.

Bem, parece que acha que pode
dizer com quem tenho que dan�ar.

Eu n�o quero mandar em nada.
N�o tenho instinto de ditador.

- Ent�o, por que manda?
- O que tem esses dias, Freddi?

Apenas tomei como certo que
ia comigo, s� isso.

- N�o gosto que decidam por mim.
- Bem, acho que estamos noivos.

Quer dizer que est�vamos.

- Fez esse coment�rio para discutir?
- Sim, n�o podemos continuar assim.

Enfermeira Linley. Como n�o tem
nada para fazer aqui, faria
a gentileza de sair?

Dr. Barnes, espero que n�o demore.
Ainda tem muito para fazer.

N�o sei o que aconteceu com a
disciplina do hospital esta noite.

Pronto, Barney?

Esperamos que seja tudo
por esta noite.

Desculpe, enfermeira.
Temos um momento antes do jantar.

- Voc� vem?
- Sim, te acompanho.

Descanse um pouco, enfermeira.
Est� no turno da noite, certo?

- Sim, senhor. Estou indo agora.
- Est� bem.

- Boa noite, enfermeira.
- Boa noite, Sr. Eden.

Emerg�ncia. Woods, precisam de
voc� na recep��o de Emerg�ncia
com o Dr. Barnes.

Termino aqui.

E pouco depois trouxeram
Joseph Higgins.

- Bem, enfermeira?
- Uh, fratura de t�bia e per�neo.

E foi dado um quarto de morfina.

Em choque tamb�m.
Sabe o seu nome?

N�o. est� em branco.

- Nenhuma identifica��o?
- N�o havia nada.

Vamos arrumar vaga em St. Cath's.
Certamente aparece algu�m.

- Informe o Sr. Eden.
- Sim, senhor.

Fratura exposta. Muito simples.
N�o tinha ferimentos internos.

- N�o foi limpo, enfermeira?
- N�o, senhor.

Ainda estava muito chocado
quando o trouxeram.

Certo. Colocaram uma tala nele.
Vamos deixar assim por um tempo.

- Raios-X no in�cio da manh�.
- Sim, senhor.

Depois para a sala de cirurgia
para oper�-lo �s 10. Certo?

- Muito bem, senhor.
- Est� bem.

- Limpe-o um pouco, sem incomod�-lo.
- Sim, senhor.

Teve mais pesadelos?

- N�o.
- Isso significa que sim, acho.

Por que n�o tira uma licen�a?

Talvez mais adiante.
Agora deveria trabalhar.

Acho que fiz o correto
voltando logo depois. . .

Querida, n�o � o melhor ambiente
para voc� sabe, . . . lembran�as
constantes.

H� muitos trabalhos l� fora
onde ajudaria tanto ou mais.

- Quero ficar aqui.
- Querida, voc� � jovem.

N�o vai querer envenenar a sua
vida se culpando por algo
que n�o pode evitar.

- Conhecia a sua m�e, n�o
se esque�a, e. . .
- Por favor.

Est� bem.

O capacete.

Nunca desligava o r�dio.

- Nunca desligava. . .
- Pobrezinho.

Estou atrasada, Esther? Desculpe.
Adormeci, e. . .

- O que �?
- Ah, ol�, Freddi.

- Estava completamente fora, querida.
- Sim, um pouco.

Muito sono, � o que precisa.
V� agora. Eu cuido de tudo.

- Algu�m para cuidar?
- Sim, Tr�s urg�ncias, uma cr�tica.

- Est� tudo no receitu�rio.
- Vou fazer. V� agora.

- Obrigada, Freddi. Boa noite.
- Boa noite. Te vejo pela manh�.

N�o vai me dar o beijo de
boa noite, enfermeira?

Ol�, enfermeira. Tem uma x�cara
para esse pobre cirurgi�o?

- Sim, acho que sim, senhor.
- �timo. Estou morrendo de sede.

- Noite agitada al�m de tudo.
- Nunca se sabe com bombas
assobiando.

N�o. Todos acabaremos com
hipertrofia nos ouvidos.

O que � isso?

� apenas um carro.

- Obrigado. Como est� o Barney?
- Muito bem, senhor.

Por acaso notei um pouco de tens�o
na sala de cirurgia esta noite?

- Sacarina?
- Claro.

- Gosto do Barney.
- Eu tamb�m, curiosamente.

Naturalmente,
uma vez que est� noiva.

- N�o estamos.
- Hmm?

- Desde quando?
- Esta noite.

Ah, desculpe. Qual o problema?
Ou n�o devia perguntar?

Acho que � culpa minha.

Quando uma mulher diz isso,
normalmente significa que
acha que � o contr�rio.

Bem, n�o sei. Parece que sempre
ficamos hist�ricos um com o outro.

Bem, ningu�m tem os nervos
como tinha antes.

Especialmente depois de estar
aqui por anos, trabalhando
horas sem fim. . .

sob um tipo ou outro de bombardeio.

- Acho que n�o.
- Eu nunca me meto nessas coisas.

- N�o?
- De todo modo, nunca admito.

- O qu� foi?
- S� a olhava enquanto pensava.

- O qu�?
- Que o Barney � um grande idiota.

N�o �. � ador�vel.

- � culpa minha, de algum modo.
- Como?

Bem, talvez ele seja melhor pessoa
que eu, mas � muito possessivo.

E est� convencido de que s�
deve ter um homem na sua vida.

Por exemplo, o Barney.

- N�o era esse tipo de discuss�o.
- N�o?

N�o realmente.

Aquilo n�o era um carro.

Esteve perto.

Desculpe.

Por favor, me perdoe.

Cuidado!

Parou.
Est� vindo para c�.

Ouviu?
Vai nos acertar!

Est� bem. Se foi.
Est� a salvo.

Acabava de entrar na sala
quando come�ou.

Londres sob fogo inimigo.

Horr�veis Bombas V-1!
Horr�veis Bombas V-1!

Churchill contando mentiras.
Contando mentiras para salvar. . .

- O que �?
- N�o sei. Alguma situa��o.

N�o fale mais, vov�.

Calma.

N�o h� nada para se preocupar.
Agora durma.

Coloque um sexto da morfina.

Vim te procurar, Sr. Eden,
sobre a cirurgia de amanh�.

- Sei que quer �s 10:00h.
- Certo, enfermeira.

- Da cartilagem ficar� para 11:00h.
- Obrigado, enfermeira.

- Boa noite, Sr. Eden.
- Boa noite, enfermeira.

Ah, est� a�, Esther.

Onde estava?
Deve ser muito tarde.

- A Freddi dormiu ou algo assim.
- Tem chocolate. Eu esquentei.

- Por favor, n�o se incomode.
N�o quero nada.
- Esther.

Esther, o que est� acontecendo?

O Sr. Eden me quer aqui.

Bem, ele � muito sensato.
Nunca devia voltar.

- N�o posso ir ainda. N�o vou!
- Bem, como quiser.

Tem certeza que est� bem?

- Ele viu que estava preocupada
com o Higgins.
- Higgins?

O carteiro.
Da fratura sem identifica��o.

N�o o tinha reconhecido, � claro.
N�o at� limp�-lo.

Ele tamb�m estava enterrado,
como ela.

Tiveram que desenterr�-lo.
N�o posso deixar de pensar que. . .

Higgins?

E �s 9:50h, precisamente. . .

Joseph Higgins foi levado
para a sala cir�rgica.

- Quantos casos restam hoje?
- Tr�s, no momento.

Mas o pr�ximo � apenas
remover o gesso.

Preciso de um novo cilindro de
oxig�nio. Este quase acabou.

- Muito bem, senhor.
- Bom dia, enfermeira.

- Bom dia, senhor.
- Como est� o paciente?

- Poderia fazer com um litro.
- Essa � a atropina do
pr�-operat�rio.

- Muito obrigado.
- N�o ficar� aqui por muito tempo.

N�o se preocupe. � algo simples.
Nem podemos chamar de opera��o.

- Dr. Barnes, s�rio?
- Certo.

Lembra de mim? Joe Higgins?

- Sim, voc� � o carteiro.
- Pensei que era.

Voc� vai fazer a anestesia?

- Sim.
- Tem muita coragem.

- Certo?
- Perfeitamente.

- A nova garrafa, senhor.
- Est� bem. Coloque-a.

Ah, enfermeira, acho que
coloco a anestesia na mesa.

Economiza tempo.
N�o � dos que ficam nervosos.

Muito bem.

N�o dizia que colocaria
a anestesia na mesa?

Correto.

Sanson!

- Introduza a m�quina, Woods.
- Mas. . .

- R�pido!
- Sim, senhora.

- Sanson, traga logo o paciente.
- Sim, senhora.

Ah, bem, como disse Churchill. . .

"Serve as armas, assola os c�us,
ara os campos e puxa o carro".

Quem �? Quem �?

- Conhe�o essa voz. J� ouvi antes.
- O que foi?

� o paciente, senhor.
Acho que est� um pouco excitado.

- Shh. � s� uma das enfermeiras.
- J� ouvi ela em algum lugar.

- N�o me lembro onde foi.
- N�o se preocupe agora.

Se lembrar� mais tarde.

- Enfermeira?
- Sim?

N�o h� nenhum perigo, certo?

N�o, claro que n�o.
Nenhum perigo em absoluto.

Agora relaxe, vov�.
Apenas relaxe.

Respire fundo normalmente.

Assim est� bem. Com cuidado.
Sem pressa.

N�o gosto da cor dele.

Tenho reduzido o g�s
e aumentado o oxig�nio.

N�o responde.

Agora s� oxig�nio.

Ainda n�o responde.

- N�o parece ser alguma obstru��o?
- Vou por uma via ar por seguran�a.

- Tudo bem?
- Sim.

- Continuamos com oxig�nio puro?
- Sim.

- Ele parou de respirar.
- Respira��o artificial?

- Sim.
- Adrenalina, enfermeira.

Coramina intravenosa, enfermeira.

Tomaram as medidas necess�rias.
N�o cometeram erros.

N�o importa.

Joseph Higgins estava
completamente morto.

- Haver� uma investiga��o, acho.
- Claro.

Infelizmente.

Essas coisas sempre criam
impress�es err�neas no p�blico.

� claro que n�o estou sugerindo
que algu�m tenha culpa.

Barnes, est� totalmente seguro
que esses tubos foram desligados?

- Totalmente.
- Checou a m�quina?

- Mas � claro.
- Hmm.

Bem, come�o pensar que o
homem ainda estava em choque.

Estas coisas acontecem
nesses tempos e ent�o. . .

quando corremos riscos
justific�vel em casos urgentes.

- Acho que n�o podemos dizer
isso ao juiz de instru��o.
- Por que n�o?

- Porque este caso n�o era urgente.
- Ah.

E n�o havia nenhum risco.
O paciente estava em boa forma.

Devia despertar da
anestesia sem pestanejar.

Bem, mas o fato � que n�o fez.

Isso tinha que acontecer no
meu primeiro m�s aqui.
� muito angustiante.

- O que acha, Purdy?
- Bem, claro que n�o estava l�.

Mas certamente parece
um pouco estranho.

- Pode ter uma pista no
exame forense.
- Pista?

Ah, j� sei o que quer dizer.

Bem, logo saberemos alguma coisa.
Sem d�vida tudo ser� esclarecido.

- Obrigado, senhores. Acabamos.
- Obrigado, senhor.

Assim, n�o acho que isso seja
motivo para cancelar. . .

nossa pequena reuni�o esta noite.

- Come�ou faz um momento.
- Hmm?

Ah, totalmente.

Bem, isso d� um descanso para
as enfermeiras. Eleva a moral.

- Posso dar uma olhada mais tarde.
- Seria �timo.

Dr. Barnes, se importaria
de ficar um pouco?

- Vejo voc� na festa.
- Est� bem.

Ele falou da nossa pequena reuni�o
pensando como se tivesse cirurgia.

Muito angustiante.

"Totalmente. Ah, totalmente."

Barnes, teve pr�tica na �rea antes
de trabalhar no hospital, creio.

- Foi assim.
- Sim.

Francamente, quero dizer que essa
n�o ser� sua primeira investiga��o
deste tipo no Heron�s Park.

- � verdade. A outra foi
h� quatro anos.
- Sim.

- S� um pouco infeliz.
- N�o sei o que est� insinuando.

- O cirurgi�o e eu fomos exonerados.
- Obviamente.

N�o sugiro nem por um momento. . .

Causas naturais, falha card�aca. . .
Pode acontecer a qualquer um.

- O fato � que as pessoas falam.
- Geralmente n�o.

- V�o falar, neste caso.
- Deixe-os.

N�o sei se podemos aceitar
isso. . . uma perspectiva casual.

- Temos que pensar no hospital agora.
- Posso entender isso. Mas afinal. . .

Por exemplo, logo ap�s sua chegada
aqui, acho que recebeu uma
carta an�nima.

- De algum analfabeto e retardo.
- Insignificante, � claro.

No entanto, sinceramente, espero
um pequeno gesto da sua parte.

- Ah?
- Poderia. . . Apenas sugiro.

Podia simplificar as coisas se
fosse suspenso das suas
fun��es atuais. . .

Quer dizer, assumir a responsabilidade
pela morte do Higgins?

- C�us, n�o!
- Se sou suspenso, seria o mesmo.

Caro colega, apenas sugeria que
esperava que o gesto fosse seu.

- Bem, n�o ser� assim.
- Agora, escute, Barnes. . .

Na verdade o �nico gesto que
gostaria de realizar est�
longe de ser educado.

N�o precisa ser vulgar.
Garanto que o meu antecessor. . .

Com o seu antecessor este hospital
tinha um registro magn�fico. . .

em parte porque apoiava
plenamente o seu pessoal.

- Intoler�vel. Pe�o coopera��o, e a�?
- Voc� n�o quer coopera��o.

Quer � uma cabe�a bem amorda�ada
como sacrif�cio conveniente. . .

no caso de algu�m come�ar
a atirar pedras em voc�.

- Eu. . . Realmente! Eu. . .
- Me suspenda se quiser!

Se o fizer, vou apelar.
Boa noite!

Com licen�a.

- Barney.
- Ol�.

- Eu ouvi. O que est� acontecendo?
- Tudo.

Matei um paciente, o superintendente
me insultou e quase me suspende.

- Um escoc�s grande.
- S� gins pequenos.

- Barney.
- Gin pequeno. Certo.

- Foi realmente suspenso?
- White est� insinuando.

- N�o foi culpa sua. . .
N�o, obrigado.
- Acho que isso n�o � relevante.

- Porque n�o veio me contar.
- Depois do que aconteceu ontem?

Ambos dissemos muitas coisas
que n�o quer�amos dizer.

Freddi. . .

Senhoras e senhores, Paul Jones!

- Freddi, quer dizer. . .
- Vamos, Freddie!

Barney! Barney! Barney!

- Me acompanhe, velho!

Vamos!

Realmente, o Dr. Barnes!

Quando disse que n�o queria
dizer o que disse ontem. . .

- N�o disse isso, exatamente.
- Bem, o que ent�o?

N�o pod�amos esquecer tudo isso?

Ah, certo.

Voltamos onde est�vamos antes?

Tenho muito carinho
por voc�, Barney.

Voc� acredita n�o?

S� de pensar em te perder
j� fico completamente louco.

N�o respondeu � minha pergunta.

- Barney. . .
- Isso n�o significa que
precisa ser dif�cil.

Naturalmente, gostaria
de saber onde estou.

Se quiser que te deixe,
bem, eu. . . eu me vou.

Bem?

Por favor, n�o me pergunte
agora, Barney.

Estou totalmente confusa.
Quero estar totalmente segura.

- Por favor.
- Est� bem.

J� pensou no que te
disse ontem � noite?

Sim. Estou indo contra a melhor
prescri��o m�dica e ficarei aqui.

Me lembra muito a sua m�e.
Ela tamb�m n�o concordaria.

Por que n�o dever�amos falar dela?

N�o conseguir� nada ocultando
isso no fundo da sua mente.

Fuja, querida. Esconda e fa�a
um bom trabalho esquecendo.

N�o vou esquecer nunca.

Ela tinha muito medo dos bombardeios,
e a deixei enfrentar sozinha.

- N�o pode se culpar por isso.
- Deixei ela sozinha.

Ou�a, Esther.

Sua m�e foi a mulher mais
possessiva que conheci.

Ciumenta, histericamente possessiva.

- N�o tem direito de dizer isso.
- A verdade n�o � menos
verdade por ser brutal.

Tem a oportunidade de viver sua
pr�pria vida agora. Aproveite.

N�o acredite numa palavra que
disse, uma palavra, uma palavra

N�o acredite numa palavra que disse

Ol�, enfermeira.
Aproveitando um bom momento?

- N�o.
- Ah.

Bem, tamb�m n�o me sinto muito
festivo. Tome uma bebida.

- Eu tenho uma.
- Hum.

Eles fazem um belo casal,
voc� n�o acha?

Sim. Bem, eu n�o conhe�o ele.

A� � onde tenho
vantagem sobre voc�.

- Como?
- Eu sei sobre ele.

Tudo sobre ele.

- Acha que estou totalmente louca?
- Por qu�?

Ah, voc� sabe.
Todo o mundo sabe agora.

� estranho. Fa�o o meu
trabalho e tenho integridade.

Podia ser como uma m�quina,
mas quando ele chega, eu. . .

- N�o � estranho?
- Vamos dan�ar?

Ele est� cansado de mim. . .

e eu estou cansada de mim mesma.

- Agora, veja. . .
- Voc� � um idiota tamb�m.

- Voc� sabe?
- Todos temos nossos momentos.

Vi ele beijando-a
na sala a noite passada.

O qu�?

Isso d�i?
Agora sabe como me sinto.

Eu o vi. Vi como a olhava.
Est� apaixonado, muito mesmo.

Se fosse voc�, tomaria uma x�cara
de chocolate e iria para a cama.

Voc� sabe que � a verdade.

Se ele quisesse se casar com ela,
acha que ela hesitaria se
n�o fosse assim?

- Eu estou aqui.
- Voc� n�o estar� muito mais.

- N�o se ele souber.
- Onde quer chegar?

N�o foi voc� que matou uma garota?
Faz uns anos em Heron's Park.

Isso n�o � verdade e j�
teve muita conversa.

Agora houve outra morte e o White
tem voc� no centro das aten��es.

- O que tem isto a ver com Eden?
- Voc� est� no meio, isso � tudo.

- Imagina coisas.
- N�o imagino nada.

Descobrirei a verdade.
Voc� vai ver.

Se come�a a ver as pessoas
como nunca tinha pensado. . .

todas as coisas ruins sobre
elas sempre se fechava os olhos.

E isso d�i e � um consolo.

Est� no seu caminho.
Voc� n�o v�?

O que voc� ganha?

Vai saber.

Vou me divertir.

- Me perdoa por chegar a isso.
- O qu�?

Estragar a sua noite
dan�ando comigo.

- N�o seja absurda.
- Acha que eu n�o sei?

Marion. Porque n�o
pode ser sensata?

Nenhum de n�s queria
que fosse s�rio.

Foi h� meses e
n�o nos causou danos.

Exceto a mim.

Tentei ser atencioso,
mas n�o me deixou.

Atencioso?
N�o pode afrontar mais nada.

- O que quer dizer?
- Vai ver, eu sei.

- O que sabe?
- Voc� n�o imagina?

Eu n�o posso.

Quer mesmo que te diga? Aqui?

Do que est� falando?
O que � isso tudo?

Voc� sabe.

Ou�am todos!

Desculpe interromper a dan�a,
mas preciso dizer algo importante.

Um paciente chamado Higgins morreu
na sala de cirurgia esta manh�.

Mas n�o foi por causas naturais
e n�o foi um acidente.

Digo como ele morreu?

Assassinato.

Sim, foi assassinado!
Descobri o que aconteceu.

Ah, parecia acidental,
mas eu descobri.

- Senhora. . .
- Acreditem ou n�o, sei quem foi.

Marion, por favor.
Pense no que est� fazendo.

E tenho algo para provar. Sei
onde est�, porque eu escondi.

Eu escondi, e sou a
�nica que sabe onde est�!

Certo, mas sugiro que
conte tudo ao Dr. White.

Deixe-me em paz!
Vou onde eu quiser!

Continue, enfermeira.

- McCoy.
- Ol�.

Poderia me dar a chave
da sala de cirurgia?

- N�o demoro. Volto num minuto.
- Est� bem.

O que � isso, Marion?

- Pelo amor de Deus, o que �?
- Algu�m estava me seguindo.

- N�o seja absurda.
- Foi voc�.

- Foi voc�!
- Marion!

Marion, volte!
Marion!

- Ah, pensei que estava dormindo.
- Uh, n�o. Eu n�o. N�o.

O Dr. Barnes quer a chave
da sala de cirurgia.

A enfermeira-chefe Bates
levou faz cinco minutos.

A enfermeira-chefe Bates?
Ah. Muito bem. Eu vou dizer.

Era cedo na manh� seguinte,
dia 19. . .

esse dia eu, pessoalmente,
entrei em cena.

- Bom dia. Poderia. . .
- Tudo bem?

Considerando tudo, sim.

- Eu. . .
- O que h� com voc�?

Hmm? S� as queixas habituais
depois de comer. Nada. . .

Tenho um encontro com o superintendente.
Poderia dizer que estou aqui?

- Seu nome?
- Cockrill. Inspetor Cockrill.

Sim, Scotland Yard, eu acho.

Arrepiante.

Dr. White, por favor.

- Um caso terr�vel, Inspetor.
- Mmm. Assustador. E o corpo?

- Na sala de cirurgia, onde acharam.
- Tem cirurgi�es policiais?

Sim. Espero que tudo possa ser
discretamente arrumado.

N�o devia pensar assim no momento.

- Por que n�o?
- A imprensa.

- T�m que saber?
- N�o poderemos evitar.

- Ah, Deus.
- Esquece. Sempre me
fazem uma boa cr�tica.

- Bom dia, senhor.
- Bom dia.

- Est� estragando, n�o acha?
- Sim, senhor.

- Ol�, Hendricks.
- Bom dia, senhor.

- As crian�as est�o bem?
- Muito bem.

- Bem.
- O corpo est� no ch�o.

Doutor, alguma ideia?

- Duas punhaladas, claro.
- J� vejo.

Tinha um bisturi na segunda.
A primeira no cora��o.
Causou a morte.

Aconteceu entre 9:00h e 10:00h
da noite. N�o posso precisar mais.

N�o � preciso.
Saberemos em 10 minutos.

Encontramos isso no ch�o.
Provavelmente quem fez
o usava e deixou aqui.

Hmm. Alguma digital?

Um belo jogo delas completa
nessa porta. M�o direita.

Dr. White, pode trazer todas
as pessoas que mencionou.

- Num lugar privado. Quero falar.
- Sim, inspetor.

Espero que este homem
venha logo e acabe tudo.

Est� nos levando a uma guerra
de nervos. � isso o que faz.

Quando penso nela deitada assim
e s� alguns minutos antes
estava viva. . .

� o suficiente, Freddi.

Por que diabos apenas cinco de
n�s estamos aqui? � isso
que quero saber.

Porque voc�s s�o os �nicos que
parecem estar relacionados
com os dois assassinatos.

- � simples se pensar assim, n�o?
- Este � o Inspetor Cockrill.

Sr. Eden, Dr. Barnes,
enfermeira Woods, Sanson, Linley.

Prazer.

Inspetor, voc� disse
dois assassinatos.

- A Bates e o tal. . . Higgins.
- Quem disse que Higgins foi morto?

Bem, a pr�pria Bates
disse na noite passada.

- Consta que estava l�, Dr. Barnes.
- Sim, mas n�o percebi
que ela sabia.

- Consta que estava l�, Dr. Barnes.
- Sim, mas n�o percebi
que ela sabia.

- Totalmente negativo.
- Mas porque algu�m queria mat�-la?

Cara senhorita, como vou saber?
Acabo de chegar.

Conforme o Dr. White todos voc�s
estavam presentes quando ele morreu.

- Freddi n�o.
- Exceto a enfermeira Linley.

Interessante sinal de confian�a.

Perd�o. Exceto a enfermeira Linley.

Que esteve, no entanto, de servi�o
no quarto do Higgins toda a noite.

Sim. Foi isso.

E todos voc�s estavam na festa.
Ent�o est� a�.

Est� insinuando que algum
de n�s fez isso?

Bem, parece muito prov�vel.
N�o acha?

Inspetor, n�o posso
deixar de acreditar que h�
uma explica��o simples para isso.

- Dr. White, n�o seja tolo por favor.
- Por favor!

Estamos lidando com dois
crimes premeditados. . .

Algu�m quer me dizer algo
que acha que devo saber?

Se for assim, agora � a hora.

Muito bem. Pausa de 30 segundos
enquanto inventam um �libi.

Nos trouxe aqui apenas
para nos insultar?

N�o. S� quero ter
uma conversa informal.

- E ent�o?
- J� inventei a minha, inspetor.

- Espero que seja boa.
- Ah! o bastante.

Bem, fiquei aqui alguns minutos
depois que ela saiu correndo.

E ent�o voltei diretamente aos
nossos quartos na garagem

Uh, c-cinco minutos a p�.

- Algu�m a viu?
- N�o sei.

Hmm. Estou certo que pode
fazer melhor, Sr. Eden.

- Eu?
- Com um pouco de imagina��o.

- Acho que seguiu a enfermeira Bates.
- Sim.

Alcan�ou ela?

Como se me dissesse o que fez.

Segui-a at� o terra�o,
mas desapareceu.

Esperei um momento, mas n�o apareceu,
ent�o fui direto ao seu quarto.

- O qu�? Eden.
- Um momento, Sr. Barnes.

- Algu�m te viu?
- Acho que n�o.

O Homem invis�vel.
Obrigado.

Enfermeira Sanson, sua vez.

� necess�rio, inspetor?

Ela n�o est� bem e como os outros
ficou meia noite acordada.

N�o h� nada a dizer.

Estava saindo quando a enfermeira
Bates parou o gramofone e
falou para todos.

- Me incomodou muito. Foi, bem. . .
- Extremamente constrangedor?

- Aonde foi?
- Direto para a garagem.

- Estava na cama quando voltei.
- Obviamente n�o pode ser ela.

S� se estive toda vestida sob
as cobertas. Ent�o teria tempo.

Isso � rid�culo.

Naturalmente.

E agora, o Dr. Barnes. E voc�?

- Segui o Eden.
- Eu?

Por qu�? Pensou que pudesse ser
o assassino sugerido pela Bates?

Essa � uma �tima suposi��o.

Bem?

- Obrigado.
- O que est� insinuando, Barnes?

- O alcan�ou?
- N�o.

- O que fez depois?
- Fui dar uma caminhada.

- Onde?
- No jardim.

- Porque queria a chave
da sala de cirurgia?
- Eu n�o queria.

Disse ao sargento McCoy na noite
anterior que o Dr. Barnes
queria a chave, n�o foi?

- Sim.
- Por qu�? Voc� n�o �
enfermeira de cirurgia, �?

- N�o.
- Ent�o, por que ir � sala?

- Espere.
- Ela encontrou o corpo, inspetor.

Alguns dos criminosos mais famosos
fizeram uma marca distinta
fazendo o mesmo.

A enfermeira Bates disse que
tinha escondido algo.

Pensei que na sala de cirurgia
seria o mais prov�vel.

- Sim. S� curiosidade feminina.
- Por que n�o?

N�o o desejo de eliminar isso
antes que a enfermeira
Bates pudesse usar. . .

para incriminar algu�m. . .
O Dr. Barnes, por exemplo?

- Ou o Sr. Eden.
- Isso � mais prov�vel.

Est� se superando
esta manh�, Barnes.

- Voc� � o noivo da senhorita, n�o?
- Fui.

- Concorda com o tempo no passado?
- N�o poderia estar mais certo.

Outro romance frustrado.

Bem, isso � assim. . .
todos tiveram tempo e ainda
nenhuma hist�ria est� corroborada.

Talvez todos n�s participamos!

Me pergunto se percebem exatamente
com que tipo de pessoa
estamos lidando.

Deixem-me dizer como acho que
a enfermeira Bates morreu.

Ela correu para a sala de
cirurgia, abriu o arm�rio. . .

agachou para pegar as provas
que tinha escondido ali.

- O que era?
- N�o sei. . . ainda.

Ent�o ela ouviu algo.

Se virou e viu uma figura mascarada,
com luvas e avental,
de p� no escuro.

Acho que ela ficou onde estava,
olhando fixamente.

Ent�o o assassino se aproximou
lentamente e a esfaqueou. . .

a vestiu com este casaco
sujo de cirurgias. . .

e a esfaqueou novamente.

Atrav�s dele, para fazer parecer
que ela foi morta vestindo
o casaco.

- Mas por qu�?
- Ainda n�o sei.

Mas n�s sabemos � que a 2� ferida
foi realizada ap�s a sua morte. . .

e que o assassino tinha pressa.

Podem ver, rasgou
o casaco um pouco.

No entanto, tem outra coisa.

Este frasco de p�lulas foi
pego do arm�rio de venenos.

O Dr. White verificou o conte�do,
e faltam quatro.

- Uma dose letal.
- O assassino as tem
e n�o hesitar� em us�-las.

Quatro de voc�s est�o em perigo
de morte por causa de um quinto.

Acima de tudo, n�o confiem no seu
vizinho, companheiro, noivo. . .

ou amigo.

Ele ou ela pode ser o assassino.

Em vez deles, venham. . .

a mim.

Bates morreu porque sabia de
algo e foi imprudente ao dizer.

Pe�o a voc�s. . .
a todos voc�s. . .

n�o cometam o mesmo erro.

Desculpe.

Obrigado, enfermeira Woods.
Demonstrou muita firmeza.

Levem-na.

- Eu n�o faria novamente, inspetor.
- Por que n�o?

Porque a enfermeira Sanson est�
� beira de um colapso nervoso.

� s�rio ou voc� sup�e?

Talvez voc� mesmo possa julgar.

H� tr�s meses sua m�e foi enterrada
sob as ru�nas da sua casa
num ref�gio.

A equipe de resgate escavou em
sua busca por tr�s dias e
depois desistiram.

No dia seguinte foi encontrada,
ainda viva.

E morreu uma hora depois.

Esther esteve l� o tempo todo.

Mal posso imaginar.

Assim, sem se preocupar em saber,
assusta a vida dela. . .

como todo policial p�s chatos
fora de servi�o.

A pol�cia n�o tem o monop�lio
de p�s chatos, Dr. Barnes.

Pergunte a qualquer ped�logo.
Obrigado, Sr. Eden.

Antes da guerra tinha uma casa
em Heron's Park, n�o �?

- Sim.
- E exerceu no bairro?

- Sim.
- Est� bem.

Ent�o Dr. Barnes, se importaria
me acompanhar � sala de cirurgia?

- Deu anestesia ao Higgins.
- O que tem isso a ver?

Isso � o que espero averiguar.
O conhecia?

- S� de vista.
- A enfermeira Woods
� uma mulher extraordin�ria.

- Certamente de primeira classe.
- J� viveu em Heron's Park?

N�o, at� onde sei.
Vivia do outro lado de Londres.

- Iniciou enfermagem quando
morreu sua irm�.
- Quando?

1940, no continente.

- Curioso.
- O qu�?

Ah, nada. S� que o Higgins achava
que conhecia sua voz. � isso.

De fato.

Tem algum sinal de resfriado?

Nada em especial. Por qu�?

S� estava pensando.

Eu sofro s� pelas manh�s.

Essa � a m�quina que usou.

- Certo.
- Aqui trouxeram o Higgins.

O examinei. Estava muito bem.
Ent�o continuamos.

- Aqui?
- N�o. Na sala de cirurgias.

- O golpe de miseric�rdia?
- A anestesia.

- Isso � normal?
- N�o muito. Depende de mim.

Naturalmente.
Nesse caso, continuamos.

Primeiro apliquei �xido nitroso.
Para t�-lo sob controle.

Ah, sim. O produto que d�o
no dentista, hmm?

Comumente conhecido como
g�s hilariante?

Costumava ser. Na verdade,
as impurezas causam risos.

Ah. Assim como nossos teatros.

Depois adicionei o oxig�nio.
Quando parou de responder. . .

Doutor, minha ignor�ncia �
espantosa. Por favor, mostre.

Branco e preto, oxigeno.

Preto, �xido nitroso.

Verde, di�xido de carbono.

O resto n�o importa.

Come�ou com o �xido nitroso.

Ent�o. . .

o contador de fluidos
registrou corretamente.

Quando o tinha sob controle
acrescentei o oxig�nio.

Como este.

N�o gostava da sua apar�ncia,
ent�o fechei o �xido nitroso
e aumentei o oxig�nio.

Para minha surpresa,
n�o respondeu.

Ent�o cortei completamente o
�xido nitroso e coloquei
oxig�nio puro.

- E depois?
- Sofreu um colapso.

Injetei adrenalina e a enfermeira
Woods aplicou coramina
como �ltimo recurso.

A enfermeira Woods. Hmm.

- Isso poderia ser adulterado?
- N�o sei como.

De qualquer forma,
o dano foi antes disso.

- Que tal isso, companheiro?
- Di�xido de carbono?

�s vezes usamos um pouco
para estimular a respira��o.

- N�o � venenoso?
- Sem oxig�nio, sim.

- Foi usado com o Higgins?
- Em absoluto.

N�o poderia ter engatado
a garrafa errada por engano?

Estas m�quinas s�o feitas
muito f�ceis de poder manusear.

Al�m disso, n�s checamos tudo.

Diga, n�o seria poss�vel encher
uma garrafa vazia de oxig�nio
com di�xido de carbono?

- Credo, n�o. Tem muita press�o.
- S� supondo.

Bem, o paciente estaria recebendo
di�xido de carbono em vez
de oxig�nio.

Bem, ele morreu por falta
de oxig�nio.

E n�o poderia dizer pelo medidor
de fluidos ou na aut�psia?

N�o. Mas todos estes pressupostos
s�o completamente absurdos.

Deve ter paci�ncia comigo, Doutor.

Sou como uma crian�a nesta mat�ria.

- Posso ir agora?
- N�o. N�o acho.

Teve uma experi�ncia semelhante
anteriormente, n�o �?

- Acho que o Dr. White esteve falando.
- Sem cessar.

N�o foi parecido.
N�o h� compara��o.

- E n�o cometi nenhum erro
em ambos os casos.
- �timo.

- � isso o que pensa o Eden?
- Eden? O que esteve dizendo?

Para mim nada.
Ele n�o gosta de voc�, n�o?

Se tiver que discutir isso
com algu�m, ser� com o Eden.

Por que n�o?

Confidencialmente,
acha que fez isso?

Como eu poderia saber?

Dr. Barnes. . .

sobre a carta an�nima.

Se voc� � t�o est�pido para dar
import�ncia a algo assim. . .

Ah, n�o era exatamente isso.

S� queria saber se Higgins
foi o carteiro que a entregou.

Sim, estava muito satisfeito
comigo mesmo naquele momento.

Mas n�o estou t�o satisfeito
se penso nisso agora. . .

porque estava l� a
prova essencial. . .

a chave da coisa toda. . .

bem debaixo do meu nariz.

Se eu soubesse,
teria salvo outra vida.

Na manh� seguinte a
minha presen�a caiu sobre
o hospital como uma mortalha.

Quando me aproximei,
as vozes silenciaram. . .

e todos os olhos se
fixaram em mim.

Quem era o culpado?

Quando seria preso?

Quem seria o pr�ximo?

Era nisso que estavam pensando.

Achava tudo muito divertido.

O resto do dia continuei com
minhas investiga��es,

com a minha energia habitual.

Boa tarde, senhoritas.

N�o se alarmem. S� est�vamos
examinando seus quartos.

Bem, vamos. . .

- Conhece o Higgins?
- N�o pessoalmente.

Como era exatamente sua
rela��o com a enfermeira Bates?

Acho que n�o era muito distante.

Bastante inofensiva. . .
ou pensava assim.

No entanto, tinha um motivo
para se livrar dela.

S� na sua imagina��o.

Tinha ficado perturbada.
Era ciumenta e possessiva.

A maioria das mulheres s�o
se lhes der o menor incentivo.

E voc� lhes d� invariavelmente, n�o?

Apenas ocasionalmente
e n�o de forma t�o leve.

- Quer que eu perca a paci�ncia?
- Isso era um objetivo secund�rio.

De vez em quando, um desses mecanismos
infernais urra na minha cabe�a.

Mas essas bobagens, � claro, n�o
tiram um momento do meu objetivo.

O Higgins disse algo naquela
noite que possa nos ajudar?

- Quando chegou a bomba caiu.
- N�o falou de novo?

N�o, porque fui me lavar.
Quando voltei, s� ouvi o r�dio.

Radio?

Sim. Nosso velho aparelho de r�dio.
Estava gritando sobre um acordo.

- Ah. Que m�sica estava tocando?
- N�o tocava nenhuma.

Estavam falando.

- O qu�?
- Bem, ei, deixe-me pensar.

Venha!
Certamente pode se lembrar.

N�o posso tir�-lo da minha cabe�a.
Hoje quando acordei n�o me
lembrava do in�cio.

Depois me lembrei de tudo.
Fui at� a janela, e l� estava o
inspetor se movendo furtivamente.

Provavelmente estaria espreitando
entre as �rvores naquele momento.

- N�o dever�amos retornar?
- Por qu�?

- � uma noite agrad�vel.
- Ainda somos suspeitos.

Isso � um bom pensamento
para se fugir.

N�o � f�cil.

- Viu o Barney?
- N�o.

N�o sei o que fazer com ele.

J� n�o � hora de voc� decidir?

Est� se comportando
de maneira absurda.

N�o o culpo.
Est� apaixonado por voc�.

N�o o culpo por isso tamb�m.

� uma noite linda.

Perfeita.

"Numa noite como esta. . .

quando o vento melodioso
delicadamente beijava as �rvores. . .

e n�o fazia nenhum ru�do. . .

naquela noite. . .

Troilus, creio eu, engatinhou
pelas muralhas de Tr�ia. . .

e sua alma suspirou
para o acampamento grego. . .

onde Cressida estava naquela noite".

"Numa noite como esta. . .

o jovem Lorenzo jurou
que a amava. . .

roubando a sua alma com
muitas promessas de f�. . .

e nunca uma verdadeira".

Boa noite, Sr. Eden.

Boa noite, Dr. Barnes.

Enfermeira Woods.

Jane Woods.

Onde vivia.
Quando veio para Londres.
Tudo o que conseguir descobrir.

Me ligue ent�o. Tchau.

Devo estar ficando velho.

Muito para o dezenove.

A manh� do vinte amanheceu
como qualquer outra.

O condenado � morte tomou
um bom caf� da manh�.

- Pega alguns doces.
- N�o, obrigado.

- Quase n�o comeu nada.
- J� tive o bastante.

- Al�m disso, dever�amos ir.
- Ah, ainda temos dez minutos.

- E se lavarmos os pratos?
- Volto �s 9:00h e fa�o.

Aqui est� Freddi.

Bem, eu me pergunto
o que vai ser hoje.

- N�o, n�o �.
- O qu�?

Freddi.

Tem algu�m?

- Ah, ol�.
- Bom dia, senhor.

Bom dia.

- N�o as assustei, heim?
- Ah, n�o, senhor.

- Andei pisando forte para avisar.
- Andou pisando forte.

Eu estive vagando
por quase uma hora.

Achei que deveria passar
e ver se todos estavam bem.

- Bem, ainda estamos aqui, senhor.
- Para nossa surpresa.

- Tome um pouco de ch�.
- Algo lhe d� medo?

- S� o meu cora��o.
P�e a chaleira no fogo, Esther.
- N�o. Por favor, n�o se preocupe.

Tenho que por de novo a bolsa
de �gua quente da Freddi.
Seu quarto est� gelado.

Se est� procurando a Freddi,
ainda n�o voltou.

Ah, n�o. Na verdade. N�o a
procurava. S� passei por aqui.

Ah, aqui est�.

Ol�, crian�as.

Est� frio para um dia de agosto.

Pensei que devia vir � casa da
enfermeira Linley e ver
se estava tudo certo.

- Parece um movimento popular.
- Bem, me vou.

- Tem uma x�cara de ch�?
- Esther est� fazendo.

Esther n�o. N�o at� que
algu�m me d� um centavo.

O g�s acabou.

Ah, querida. � a minha vez e
me esqueci. A menos que
tenha um no meu bolso.

Centavos pelo amor de Deus.

Cara.

- Meu Deus!
- Nem um centavo entre n�s.

- � engra�ado.
- E o senhor?

Nada.

Freddi, querida, ter� que ir para
a cama com a bolsa de �gua quente.

- Podia ir pedir para o McCoy.
- N�o. Estou muito cansada.

Quase n�o dormi nada ontem.

Quem pode?

Nenhum de n�s, suponho.

Falando como a alma da festa,
n�o posso continuar assim.

Ah, n�o se preocupe, querida.
Esteve maravilhosa. Realmente.

� este supor e observar.

N�o creio que foi um de n�s.
N�o pode ser, e. . . algu�m
deve ter assassinado.

Mas por qu�? Por que o Higgins?

Estive pensando durante
a noite nesse casaco.

- Que casaco?
- O que a Bates vestia
quando foi encontrada.

- O que tem isso?
- Sabia do buraco por
onde foi esfaqueada?

Sabia que havia algo que
parecia estranho.

Sei que � rid�culo, mas de
repente percebi o que era.

- O qu�?
- Era. . .
- Cale-se.

Se tem algo para dizer,
diga ao inspetor.

N�o est� sendo um pouco louca?

Devo dizer.
N�o vejo nada de errado nisso.

- Ah, claro que n�o.
- O inspetor disse que
se descobrisse algo. . .

que fosse at� ele e
n�o confiasse em ningu�m.

Quanto a isso est� certa.

- O que foi?
- N�o est� indo longe sua intui��o?

Bem, foi s� um pensamento que tive.

Quando acordar, espero que
pare�a muito rid�culo.

- Vou escovar os dentes.
- Vou pegar a bolsa de �gua quente.

Est� feliz com a maneira
que est� se comportando?

A auto-cr�tica nunca foi
um dos meus defeitos.

Espero que n�o esteja confundindo
a Freddi com o tipo de mulher. . .

que costumava desfilar para cima
e para baixo no seu consult�rio
agitando bilhetes e pestanas.

Ah. Aqueles foram bons tempos.
Sinto falta dos bilhetes.

� um pouco rom�ntica
e inexperiente.

E como todos n�s, sob tens�o
nervosa muito tempo.

- Bem.
- Odiaria v�-la deixando algu�m. . .

est�vel como o Barney e se apaixonar
pelo seu experto e vazio encanto.

- � muito gentil.
- Estou falando s�rio.

- E acha que eu tamb�m?
- O qu�?

Que era s�rio. Podia ser.

Ah, acho � melhor pararmos
com esta conversa pr�tica.

- Fa�a do seu jeito.
- Eu tenho que pensar.

Minha querida enfermeira Woods. . .

quem sou eu para fazer o curso
deste verdadeiro amor ir
com mais calma?

Bem. S� estou avisando. O Barney
n�o se reprimir� por muito tempo.

Uma hora vai pegar o rel�gio
de p�ndulo mais pr�ximo e
quebrar na sua cabe�a. . .

o qual aplaudirei com entusiasmo. . .

senhor.

H� alguma coisa?

- Parece que sou uma amea�a.
- Para quem?

- Para as mulheres desprotegidas.
- Acabou de descobrir isso?

- Estritamente falando, n�o.
- Ent�o, por que reclamar?

N�o estou reclamando.

- Pronta, Woody?
- Aqui estou.

- Onde estava?
- Colocando a touca.

- Vamos. Dever�amos estar l�.
- Vem, senhor?

Num minuto. Acho que deveria
fazer o Barney suar sangue.

Voc� foi avisado.

- Tchau, Freddi. At� � noite.
- Tchau.

Comunique-me com o inspetor
Cockrill, certo?

O qu�?

Bem, veja se pode encontr�-lo
e me ligar mais tarde.

Est� tudo pronto, senhora.

Vou voltar ao dep�sito e
organiz�-lo um pouco, certo?

- Muito bem, enfermeira.
Volte antes das 9:30h.
- Sim, senhora.

Dr. Barnes falando.

Ah, obrigado.
� o inspetor Cockrill?

N�o Doutor. � o Hendricks.

O inspetor est� ocupado agora.
Posso deixar um recado?

Eu queria falar com ele.

Bem, � sobre a enfermeira Linley.

Sim, acho que poderia
ser importante.

Diga-lhe que pode me
encontrar na emerg�ncia.

Obrigado.

O Dr. Barnes esteve perguntando
por voc�, senhor.

- O que quer?
- � sobre a enfermeira Linley.

- Est� na recep��o da emerg�ncia.
- Est� bem. Vamos.

Freddi!

Freddi?

Socorro!

Traga-a para baixo, Hendricks.

- Traga o Dr. White imediatamente.
- Freddi.

N�o deve toc�-la, Dr. Barnes.
Traga o Dr. White imediatamente.

- Como est� a Freddie?
- Ainda inconsciente.

- Posso v�-la?
- N�o.

- Mas por que n�o?
- Porque eu disse.

Bem, o assassino alcan�ou
o seu principal objetivo.

- Ele ou ela silenciou a
enfermeira Linley.
- Que. . .

- Pelo menos por hora.
- Poderia ter sido um acidente?

O acidente foi que ela sobreviveu.

Gra�as � enfermeira Sanson.

- Contudo, simplificou o problema.
- Como?

Os suspeitos agora
se limitam a quatro.

1, 2, 3, 4. Menos suspeitos e
menos trabalho para mim. Meu
ideal � uma semana de 40 horas.

- Por Deus.
Se veio s� quando liguei.
- Talvez se tivesse ligado antes.

- Foi um pouco tarde, n�o?
- Como poderia saber?

A menos que voc� fosse o culpado.

Uma �nica observa��o, Dr. Barnes.

Todos sabiam que o g�s
n�o tinha acabado. Certo?

Todos sabiam que ela
tinha ido dormir.

Voc� subiu s� com uma
bolsa d'�gua.

Voc� notou que Esther
salvou sua vida.

N�o excluo nenhum
de voc�s, Sr. Eden.

E voc� foi para l� sozinha. . .

sem uma bolsa de �gua quente.

O Sr. Eden ficou para tr�s
quando todos j� haviam sa�do. . .

e o Dr. Barnes estava a
pouca dist�ncia pelo p�tio.

Cada um de voc�s pode ter ido
ao seu quarto e aberto a chave.

Todos conheciam seu h�bito de
voltar �s 9:15h e ferver
a �gua para lavar.

E, claro, ningu�m sabia melhor
que a pr�pria enfermeira Woods. . .

- Disse que nunca conheceu Higgins.
- N�o disse.

A Granja do Horton, algumas milhas
do Heron's Park, te diz algo?

- O qu�?
- Morou l� uma vez, certo?

- Fazem 15 anos.
- Sim.

- Na verdade, sim.
- Por que, Woody. . .

- Espera.
- Com sua m�e e sua irm�.

Sim. H� algo de errado nisso?

- N�o, n�o. Voc� � uma enfermeira
de cirurgias, certo?
- Claro que sim.

- Com acesso � anestesia e
casacos cir�rgicos?
- Acho que sim.

- A enfermeira Bates foi apunhalada
vestindo um casaco cir�rgico.
- Sim.

A Linley disse que sabia algo
sobre esse mesmo casaco. . .
justo antes do ataque.

- E?
- E o Higgins reconheceu sua voz.

- N�o poderia ter feito.
- Ele acha que sim.

Sabe a �ltima coisa que o Higgins
ouviu enquanto estava no
posto de resgate?

- Como poderia saber?
- Hendricks.

Ou�a, e ouvir� o mesmo
que ele ouviu.

- Que diabos?
- Ou�a.

Enquanto isso, nossos ataques
continuaram sem descanso
desde 15 de junho. . .

e deixaram a maior parte da
capital brit�nica em ru�nas.

Enquanto o desesperado Churchill
mente freneticamente para
salvar as apar�ncias. . .

Londres e os estados vizinhos
sofrem sob o constante fogo
do nosso terr�vel V-1.

Esta � uma transmiss�o da Alemanha.

Uma grava��o da BBC de uma emiss�o
de Hamburgo na tarde do dia 17.

- Woody.
- N�o pelo menos. Sua irm�.

- O qu�?
- Sua irm� g�mea, se a
minha informa��o est� correta.

Tenho raz�o?

Sim, tem.

Gostava muito da sua irm�, certo?

Sim, e se envergonha por isso.

Tentei esconder. Di. . . disse
que morreu na Fran�a em 1940.

- Teria feito qualquer coisa.
- Inclusive o assassinato?

Assassinato? Bem. . .

Tinha o motivo, n�o?

Higgins podia ter ligado os pontos.

E tive a oportunidade cada vez.

E fui ao quarto da Freddi sozinha
e coloquei a moeda no contador.

Bem? Por que todos n�o dizem
o que est�o pensando?

Por que n�o conta?
Por que n�o diz o que fiz?

Agora, quem diabos disse
que voc� fez?

Ou n�o fez.

Deixe-a.

O inspetor tem uma aptid�o
especial para se mover em
c�rculos cada vez menores,

receio que s� tenha um final.

Um dia, Sr. Eden, vou tentar
remover o ap�ndice.

Imagino que o processo
ser� lento. . .

at� descobrir o que a enfermeira
Linley ia dizer sobre esse casaco.

Vai dizer quando voltar a si.

Dr. Barnes, acho que nunca
voltar� a si.

- O que quer dizer?
- Fraturou o cr�nio na queda.

- O qu�?
- Volte.

- Preciso v�-la.
- Eu disse para voltar.

- Por qu�?
- N�o pode fazer nada.

- E n�o posso confiar em voc�.
- Sim, mas. . .

Ainda n�o terminei.
H� press�o no seu c�rebro. . .

e disseram que s� pode
ser reduzida operando. . .

se conseguir viver e
me contar o que sabe.

- O que? Trepanar?
- O Sr. Purdy que disse.

- Isso � muito s�rio.
- A cirurgia ser� amanh�, �s 9:30h.

Todos assumir�o exatamente
as mesmas fun��es que
no caso do Higgins.

O qu�? N�o pode fazer isso.

- Prefere n�o dar-lhe anestesia?
- Prefiro n�o v�-la morta.

Uma coisa n�o segue
necessariamente a outra.

Mesmo que aconteceu
no caso do Higgins.

Enfermeira Woods, lembra
exatamente o que fez antes?

- Sim, creio que sim.
- Est� disposta a fazer novamente?

- Est� bem.
- Obrigado. Enfermeira Sanson.

E voc�? Est� disposta a executar
exatamente as mesmas
fun��es de antes?

Sim, acho que sim.

Poderia sinalizar que
n�o pode reproduzir as mesmas
circunst�ncias da morte do Higgins. . .

o que acho que far� depois.

- Ei? Por que n�o?
- Porque n�o posso operar.

Se recusar, s� posso
tirar uma conclus�o.

Neste caso, a errada.

Veja, casualmente n�o sou
cirurgi�o de c�rebro.

Muito convincente, Dr. Eden.
Mas se o Sr. Purdy operar,
se op�e em ajud�-lo?

N�o.

- Obrigado.
- N�o deixe que a toque.

- Por que n�o?
- Devo lembr�-lo que o
Higgins morreu antes de oper�-lo?

- O que est� sugerindo?
- Que o problema parece
estar na anestesia.

- Sugeriu ao Dr. White, certo?
- N�o. Por que deveria?

Ganharia algo se me obrigasse sair.

- Eu? O qu�?
- Freddi.

Bem, quem diabos deu essa ideia?

A enfermeira chefe Bates, se quer
saber. . . pouco antes de ser morta.

Pouco antes de ser encontrada
no jardim.

- Sr. Eden. . .
- Inspetor.

Desculpem a minha interrup��o,
senhores, mas encontraram a
enfermeira Bates no jardim?

- Sim.
- E nunca me disseram.

N�o vi sentido em por as coisas
mais complicadas que j� estavam.

- Espera que acredite nisso?
- Pode preferir a verdade. . .

ao seu ci�mes doentio.

Hendricks. N�o interfira.

Bem, bem, bem.

Um professor de cirurgia
com Licenciatura em F�sica.

Que maravilhoso espet�culo.

Poder�amos organizar um concurso
e doar os lucros para obra de
caridade. N�o acham?

Talvez para o orfanato
da pol�cia, inspetor.

Bem, acho que devia estar feliz
que meu n�mero de suspeitos
n�o reduz mais.

Podemos nos encontrar todos amanh�
de manh� na cena do crime �s 9:30h.

Vou pedir ao Dr. White que o
prepare convenientemente.

Pode ser muito dram�tico.

Bem? Como a enfermeira
Linley est�?

- Ah, muito melhor, obrigada.
- Pulso e temperatura normais.

�timo. Escapou por pouco, senhorita.

- Sim.
- Voc� disse a eles?

Eu fiz. Os convenci que a enfermeira
Linley est� prestes a morrer.

Disseram que v�o colaborar.

Pretende continuar com o plano?

- Mas � claro.
- Bem, sugiro que. . .

Bem, Sr. Purdy.
Tem o diagn�stico preciso?

Ah, acho que sim. Fratura
incisa da regi�o occipital.

S�rio? S� dizer j� � um �xito.

E quanto ao Sr. Eden? Como seu
assistente, pode examinar
a enfermeira Linley?

Uh, n�o. N�o necessariamente.
Vou mostrar esses raios X.

Ex-paciente meu.

- Fratura muito curiosa.
- Se recuperou?

- Ah, sim.
- Not�vel.

Certamente, ningu�m em s�
consci�ncia faria outra tentativa.

Ningu�m em s� consci�ncia, claro.

Mas devemos lembrar que lidamos
com uma mente desequilibrada.

Uma mente ofuscada para algumas
coisas. Para outras, t�o
saud�vel como eu.

Ou como voc�, Dr. White.

Possivelmente. Voc� acha que
pode acontecer de novo?

Acho que v�o tentar.

- Bem, eu lavo minhas m�os.
- S�bia decis�o.

- E, enfermeira Linley.
- Sim?

Eu expliquei o risco que corre. . .

Se quiser voltar atr�s,
vou entender.

N�o. Eu pensei e farei
o que voc� disse.

Obrigado. Sou muito grato.
Entretanto, discri��o absoluta.

- Claro que sim.
- At� amanh�, posso fazer algo?

- Bem, poderia ver uma pessoa?
- Quem? O Sr. Eden?

- N�o. O Dr. Barnes
- Dr. Barnes?

Bem, seu estilo � menos polido,
mas seu manejo dos p�s � superior.

- N�o importa.

N�o, querida. N�o pode v�-lo.
N�o pode haver exce��es.

- Ainda est� disposta?
- Claro que sim.

- Bem.
- Isso � loucura.

Eu discordo.
Acho que sei quem fez.

Menos vinte.
A trar�o a qualquer momento.

Dr. Barnes.

Est� tudo como encontraram?

Tudo certo.

- Est� satisfeito?
- Sim.

- Certo. Vamos mudar tudo de novo.
- O qu�? Agora, senhor?

- Sim, agora. Mude cada
item por um novo.
- Qual � a ideia?

N�o podemos ser muito
cuidadosos, certo?

Ah. Permita-me.

- Isso � mesmo uma honra, senhor.
- Nervoso?

- Paralisado.
- N�o olhe.

- Voc� j� fez isso antes?
- Sim.

Este � um novo cilindro
de oxig�nio.

- Acha que algo vai acontecer?
- Acho que sim.

- Bem, nesse caso. . .
- O que � isso?

- Lubrificante para o tubo.
- Substitua.

- Onde est� o �den?
- No caminho, espero.

- Tudo bem?
- Sim, senhor.

Bem. Fique atento.

- Freddi.
- N�o t�o perto. Por favor, Doutor.

Ah. Voc� est� a�, Sr. Eden.

Estamos quase prontos. Enfermeira
Sanson, pode trazer a paciente?

Sim, senhor.

- Est� pronto, Doutor?
- Sim.

Ah, Dr. Barnes.
Acho que sei porque deu
ao Higgins a anestesia na mesa.

Por qu�?

Porque voc� queria testemunhas.

Tudo certo.

Bem. Siga.

�xido nitroso.

Agora o oxig�nio.

Oxig�nio.

Est� bem?

Sua cor.

Mais de oxig�nio.

- N�o responde.
- Mais oxig�nio.

A perdemos.

N�o d� mais.

- Anule a anestesia.
- N�o tem anestesia.

� oxig�nio puro.
Deve ter o oxig�nio.

- Feche-o!
- N�o posso.

- Feche o oxig�nio!
- Qual � a ideia?

- Purdy!
- Bem. Bem.

Purdy. O oxig�nio de reposi��o.
Voc� pode mud�-lo?

Sim. Aqui.

Certo.

Est� respondendo.

Ficar� bem.

- Inspetor, estou muito confuso.
- Me d� a tesoura.

Verde.

Sim.

Verde para di�xido de carbono.

Esteve bombeando de CO�
em vez de oxig�nio.

- E o Higgins?
- Exatamente o mesmo.

Um cilindro verde de CO�
repintado de preto e branco.

- Isso diz alguma coisa?
- O qu�?

Os baldes de objetos recuperados
foram repintados. . . tamb�m
em preto e branco.

- Meu Deus!
- Assim conseguiram a tinta.

Volte.

Freddi.

Se fosse voc� passava na cirurgia.
A pobre garota deve estar nervosa.

- O qu�?
- Com uma fratura no cr�nio?

Isso pode te decepcionar, mas
saiba que o cr�nio da garota
est� como o seu.

Ol�, Barney.

Est� tudo bem.
Est� a salvo.

Sim, sua vida n�o corre perigo.

Mas, claro, ela me disse ontem
o que tinha a dizer sobre
esse vestido.

O que era?

Disse que o buraco da faca
era muito grande.

Quase como se algo tivesse sido
cortado. Ela estava certa.

- Algo tinha sido cortado?
- Claro que sim.

Eu n�o teria pensado isso
em minha vida.

At� a hora que notei essa mancha
de tinta preta na roupa da Woods.

Enfermeira Woods, tem ideia
do que a enfermeira Bates
escondeu neste lugar?

- N�o
- Era isso.

Pense o que quiser,
porque era o seu vestido.

- O meu?
- O que voc� usava
quando o Higgins morreu.

E olha. Logo a�. . .

curioso, deveria ter outra mancha
de tinta preta do primeiro cilindro.

- O cilindro que matou Higgins.
- E a irm� Bates o descobriu.

E imaginou o resto.

Uma coisa que o assassino n�o
podia controlar era o tempo de
secagem: umas 12 horas.

Mas por que vestiu a enfermeira
Bates e a esfaqueou novamente?

Para distrair a aten��o do
rasp�o e da pintura. . .

passando a faca. . . logo a�.

Correto.

Voc� acha que eu poderia sentar?

L�gico, enfermeira Sanson.

Sim, este deve ter sido um momento
assustador para o assassino. . .

sozinho aqui neste cen�rio com a
enfermeira Bates morta a seus p�s.

� luz da lua,
com o vento soprando. . .

e a janela batendo.

Fechando e abrindo. . .

com a roupa amassada
na m�o da morta. . .

com seu risco
revelador de tinta. . .

e a press�o do tempo. . .

por isso era necess�rio agir
instintivamente, sem demora.

- Viu?
- Por Deus, v� ao ponto.

Ah, essa � a quest�o. Tempo.

Cada um de voc�s tinha um motivo
para matar o Higgins ap�s
ter sido reconhecido. . .

mas quem tinha tempo?

Havia ali algu�m que voc�
pensou que seria incriminado. . .

se tivessem permitido �
enfermeira Linley falar ontem?

- Eu n�o entendo.
- Achava que foi voc�. Quem foi?

N�o sei. Ningu�m.

- N�o posso dizer nada. N�o. . .
- Pode deix�-la sozinha?

- Lhe disse antes. Ela n�o pode. . .
- Por que no dia antes da
morte do Higgins,

Porque era o pior lugar poss�vel
para ela. Eu j� expliquei.

Eu aviso. Ela n�o � capaz de
responder suas perguntas
de forma sensata.

Ah, eu n�o posso Sr. Eden?
Isso � mais evidente.

Que hora deixou a sala ap�s examinar
o Higgins na noite antes de morrer?

- O que vai conseguir com isso?
- Responda a minha pergunta.

- Pelas 10:30h.
- Onde voc� foi?

- Voltei para o meu quarto.
- Passou pela oficina de
pintura no caminho?

Provavelmente.

O que aconteceu com aqueles
comprimidos do arm�rio de veneno?

Como eu poderia saber?

- Enfermeira Linley, est�
bem para falar?
- Sim.

- Se puder ajudar.
- Agora por favor pense bem.

A que horas chegou na noite
antes do Higgins morrer?

Cheguei um pouco atrasada.
Perto das dez e cinco.

Ent�o, a enfermeira
Sanson foi embora.

- Sim. Quando cheguei l�.
- Diria perto das 10:10h.

A que horas chegou a enfermeira
Sanson no seu quarto?

Era tarde, certo?

- Sim. Disse que Freddi j� dormia.
- Que horas eram?

Ah, bem, 10:45h.
Mas. . . Mas, tenho certeza. . .

Obrigado. Isso levaria 5 minutos
e levou quase 40. Por qu�?

- N�o sei. N�o estava muito bem.
- Passou pela oficina de pintura?

Sim, acho que sim.

Voc� viu algu�m ou alguma
coisa l� que a fez parar?

- N�o me lembro.
- Tente. A porta estava aberta?

- Pode ser.
- Havia luz no interior?

- N�o sei. N�o me lembro.
- Voc� viu algu�m ou algo l�?

Viu?

- Ou estava l� sozinha?
- N�o v� que n�o pode continuar?

Eu tinha avisado, inspetor.

Sr. Eden, por que voc� interrompe?
Tem medo do que possa dizer?

- Eu dei meus motivos.
- Desta vez gostaria da verdade.

- Posso falar-lhe a s�s?
- N�o! Vai responder, Sr. Eden?

Detenham-na!

Eden! Eden, abra esta porta!

Eden!

Desculpe, Esther. Tenho que fazer.

Espera!

Eden!

Esther Sanson, est� presa
pelo assassinato premeditado
de Joseph Higgins e Marion Bates. . .

E pela tentativa de assassinato
de Frederica Linley.

Devo adverti-la que qualquer
coisa que disser pode ser
usado contra voc�.

- Esther.
- O qu�?

- N�o pode ser.
- �.

- Eden.
- Isso n�o � verdade.
Como poderia ser verdade?

- Ela me tirou quando o g�s. . .
- Ah, sim. Tentou fazer um
resgate dram�tico.

Tarde demais. Mas voltei um
pouco antes do devido.

Ent�o ela me viu chegar,
quebrou a janela e desapareceu.

- E salvou a minha vida.
- E conseguiu faz�-la
cair pela escada.

Naquele momento estaria satisfeita.

Esther. Voc� n�o fez isso, certo?

Eu fiz.
Voc� sabia, n�o?

Estava quase certo,
mas n�o sabia como.

Mas porque queria matar o Higgins?
O que ele fez?

- Diga.
- O Higgins era o chefe da equipe
de resgate que deixou sua m�e morrer.

- O qu�?
- Isso � o que ela pensava.

N�o podiam fazer nada,
mas ela n�o via assim.

Ela transferiu sua obsess�o
de culpa ao Higgins. . .

A culpa inconsciente que sentida
por ter deixado sua m�e morrer.

Punindo ele, ela se libertava.

N�o entendo isso.

Ficou claro, ent�o.
Poderia beber �gua, por favor?

- Purdy.
- Mas, Freddi e a enfermeira Bates?

Sim, n�o gostava.
Mas n�o podia deix�-las falar,

de outra forma poderiam
seguir a pista at� eu.

- Esther, desculpe.
- Voc� entendeu, n�o?

�gua, r�pido. Desmaiou.

Est� morta.

O qu�?

N�o pode estar morta.
N�o pode estar morta.

- Voc� n�o pode fazer nada?
- � tarde demais.

- Voc� participou conscientemente
na sua morte.
- Eu? Como?

Voc� a seguiu at� aqui
com essa seringa.

- Certo. . .
- H� um castigo por ajudar
um criminoso a fugir da justi�a.

N�o vai muito r�pido?
Ainda n�o sabe como morreu.

- Ent�o?
- Se esqueceu daquelas p�lulas?

N�o.
E imagino que nem voc�.

As p�lulas mataram a Esther.

Uma dose letal auto-administrada.

- Ela mesma? Ent�o. . .
- Quando soube que era a Esther. . .

Vi que estava transtornada
e que tinha os comprimidos.

Quis estar pronto, mas voc�
chegou e n�o pude par�-la.

Sim, inspetor.
Este era o ant�doto.

Ant�doto?

- Ent�o. . .
- E voc� me tirou das m�os.

Eu. . .

Quando sa� esta tarde. . .

n�o senti que seria
um caso memor�vel.

Na verdade, ainda acho que
comecei mal a investiga��o.

E em vista do meu fracasso. . .

Umm. Corrigir. . .

relativo fracasso. . .

sinto que n�o tenho alternativa,
senhor, mas devo apresentar
a minha demiss�o. . .

Com a esperan�a que. . .

a aceite.

Ponto final.