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N�o acha melhor tir�-lo da�?

O qu�?

O carro.

- Est� com pressa?
- N�o.

- Tem algu�m � espera?
- N�o.

Ent�o, n�o me chateie!

O dia correu-me mal.

A semana tamb�m.

E o ano tamb�m foi mau!

Leve o tempo que for preciso.

Desculpe por h� bocado.

Ando um bocado tenso.

N�o tem import�ncia nenhuma.

S�o coisas que acontecem.

N�o se preocupe.

Senhor?

Laur�ne?

Laur�ne!

- Que aconteceu?
- Vai ver.

Vai ver l� acima.

Jonas?

Merda!

Que cena � essa?

E porque � que o prendeste?

N�o queria que ele se pirasse.

Est� tudo ligado, Nounours.

Espero que tenhas raz�o.

- Que te disse?
- N�o quer falar comigo.

N�o quer falar porqu�?

Porque tem medo.

- Medo de qu�?
- Medo de quem.

Viste as cicatrizes dele?

Ele viu-o.

Pode baixar o vidro?

Esqueci-me da seringa no hotel.

N�o posso correr o risco de ser picado.

Foi picado a� umas cinquenta vezes.

Em princ�pio, safa-se.

� preocupante.
J� s�o tr�s vezes em seis meses.

- Se j� n�o podemos mijar em paz...
- Avisou a Major?

N�o, n�o consigo falar com ela.
Nem com o Nounours.

- Mas eles mandaram uma pessoa.
- Quem?

Uma inspetora do ambiente.

Vai tentar saber
o que enlouquece as abelhas.

L� vamos ter de aturar uma chata.

Bom dia. Delphine Garnier, a chata.

Hermann...

Sargento-chefe Hermann.
E, no carro, o Procurador.

Enfim, o Senhor Procurador Siriani.

J� nos conhecemos, n�o?

Perd�o?

Tamb�m tem um quarto no Eldorado.

Sim, � verdade.

� estranho que nunca nos tenhamos cruzado.

Eu j� o vi.

Est� no quarto ao lado.

N�o sei, � poss�vel.

Pertence � ONCFS ou � DDT?

N�o, � DREAL, sob tutela da DGPR, claro.

- Claro.
- Claro.

E em rela��o �s abelhas?

� preciso fazer an�lises.

Alguma coisa as faz reagir.

O qu�?

N�o sei.

N�o � sentados num carro
que vamos descobrir.

� por ali.

Porque me prende? N�o fiz nada de mal.

N�o te estou a prender.
Estou a proteger-te.

Aqui est�s em seguran�a.

As paredes e as grades n�o lhe dizem nada.

Venho ver-te daqui a pouco
e falamos calmamente os dois, est� bem?

Podes ficar de olho nele?

Vou ter com o Siriani
por causa das abelhas.

Estamos a arriscar muito.

V�s outra forma de o fazer falar?

� a primeira pista s�ria.

Que dizemos aos outros?

Se o Siriani sabe que o Jonas est� ligado
ao que me aconteceu, afasta-me.

Dizemos que me agrediu ontem.

- Isso � horr�vel.
- Por favor.

Obrigada.

Pode ser perturba��o do sistema nervoso,

mas os exames n�o s�o conclusivos.

Infelizmente, � de esperar novos ataques.

Tentei falar com o presidente, em v�o.

Est� a festejar a vit�ria.

� um momento dif�cil para ele.

Vamos encontrar uma solu��o.

- Temos de neutralizar as abelhas.
- Sim.

N�o h� explora��es ap�colas.
Procuramos um enxame selvagem

que pode estar em qualquer lado.

As abelhas gostam de um ponto de �gua.

Perto s� h� o lago de Pr�vost.

Posso levar-vos.

N�o! N�o � preciso...

�timo, vamos.

- A Sabine n�o est�?
- N�o, foi � vila.

- Posso dar-lhe um recado, se quiseres.
- S� queria saber se ela viu o Bertrand.

N�o esteve aqui.

N�o voltou para casa ontem.

N�o faz grande diferen�a estar l� ou n�o.

Sinto muito. N�o deve ser f�cil para ti.

- Se eu puder fazer alguma coisa...
- N�o.

N�o � nada. Deve precisar de espairecer.

Se algu�m o vir, ligo-te.

Marion...

Marion...

Roman?

Que � que queres daqui?

Procuro o Roman.

Sei que ele saiu.

O Roman n�o est�.

E n�o deve aproximar-se de n�s, � a regra.

N�o sabes onde est�?

Que queres, Cora?

Sabemos que te lixaste no juiz.

Com os Enfants d'Arduinna,

vais chatear o G�rald Steiner? Esquece.

J� n�o �s bem-vinda aqui.

E continuam?

Pensava que tinha acabado.

N�o �s a �nica...

Temos ordens, n�o desistimos.

Ordens de quem?

- Quem manda?
- Ningu�m sabe.

E n�o te diz respeito.

Vai l� brincar com o arco e as flechas.

O lago de Pr�vost fica a dois quil�metros.

Vistam isto.

N�o vale a pena correr riscos in�teis.

Sim, acho que vou supervisionar daqui.

Continua a querer fechar-se no carro?

Disse que sou al�rgico.

�s abelhas, ao p�len...

Enfim, a isso tudo, sei l�.

Tome.

Onde � que o desencantou?

Mandam um de vez em quando.

Este tem resistido.

O qu�?

Est� calor aqui dentro, n�o?

Pelo menos, fica-lhe bem.

Sempre � diferente do fato.

Ferrandis, quando chegarmos
perto da colmeia,

importa-se de ir � frente?

Claro que n�o.

N�o se preocupe, n�o vai ver que tem medo.

A avaliar pela decomposi��o do corpo,
j� ali estava h� algum tempo.

- E foi morto pelas abelhas?
- N�o.

O rosto foi desfigurado.

E n�o tem marcas de picadas.

As abelhas juntaram-se � volta dele
para fazer uma colmeia.

Talvez elas quisessem
que o encontr�ssemos.

Vou fingir que n�o disseste nada, certo?

N�o. O assassino esmerou-se.

Ap�s a morte,
as impress�es digitais foram queimadas,

o rosto desfeito e...

Ali, olha. Partiram-lhe os dentes.

Para n�o o identificarmos.

- N�o h� nada?
- N�o, a n�o ser

no cotovelo esquerdo,
uma placa e dois parafusos.

Yann S�guier.

� a �nica pessoa daqui
que foi operada ao cotovelo.

N�o tem fam�lia na regi�o,

da� n�o se falar nele.

Herdou a casa do pai.

Adivinha o que o pai fazia?

Era apicultor.

Bingo.

Que deseja?

Bom dia, Major.

Sargento Ferrandis.

� a casa de Yann S�guier?

Sim, � o meu homem. Porqu�?
O que � que ele fez?

- Encontr�mos um cad�ver na floresta.
- Pode ser o corpo do seu amigo.

Sim?

� estranho, o meu homem est� ali.

Lamento, n�o sei onde meti a carteira.

Qualquer documento serve,
� s� para verificar.

Tamb�m n�o queremos incomodar.

Logo o apresenta na esquadra,
quando o encontrar.

- N�o pode estar na carrinha?
- N�o.

Ela disse que pode apresent�-lo depois.

Espera, tudo bem, Marie.

A carta de condu��o serve?

�timo.

Estava a pensar, ali as suas colmeias,
t�m abelhas l� dentro?

N�o. Nunca cuidei delas.

Eram do meu pai.

Depois de ele morrer,
foram-se todas embora.

Bom, vamos deixar-vos em paz.

Desculpem a ma�ada.

N�o h� problema.

� �bvio que o cad�ver da floresta
n�o � dele.

A cicatriz, as colmeias...
N�o � coincid�ncia.

De certeza que h� algo errado.

Podes investigar,
mas � preciso mais do que um palpite.

Diz o roto ao nu.

Vou ter de trabalhar esta noite.

O Paul vai ficar de trombas.

- Temos de substituir a Camille.
- Acho que o Hermann n�o est� preparado.

Eu falo com ele.

Marion!

Come�as na segunda, �s 7h30.

Obrigado, Sr. Bellan. Muito obrigado.

Pr�ximo!

O meu velho amigo Rudy!

Lavador de janelas.

Est�gio em padaria, carta de ciclomotor.

N�vel de experi�ncia: zero.

Mas posso fazer qualquer coisa!

Manuten��o, registo inform�tico...

Deslocar m�veis.

Viste aqui m�veis?

N�o estar�s aqui para...

...bisbilhotar?

N�o, porque faria isso?

N�o sei.

� um pouco o g�nero da tua amiga,
a menina Weiss.

Mandou-nos a sua toupeira para espiar.

Entreguei-lhe o Roman, certo?

S� preciso de dinheiro, como toda a gente.

E mal me dou com a Cora.

Bom.

Vais come�ar � experi�ncia.

Faz falta algu�m para a papelada.

N�o faz mal ter aqui algu�m

que saiba ler e contar.

Mas, aviso-te j�, se fizeres asneira...

Pr�ximo!

ESPERO QUE ESTEJAS BEM.
N�O TENHO NOT�CIAS...

J� n�o te d�s com o Rudy?

Muito pouco.

Zangaram-se?

ESTOU PREOCUPADA. LIGA.

N�o � isso, mas...

� cada um na sua.

J� n�o � como antes.

Deve ter namorada e n�o quer dizer.

Olha o que eu encontrei.

- Um Scrabble.
- Sim.

H� muito tempo que n�o jogamos as duas.

Nunca jog�mos as duas.

- � o do pai, falta-lhe metade das letras.
- Fazemos palavras pequenas.

N�o �s obrigada.

Estou exausta,
prefiro ver uma s�rie na cama.

Boa noite.

Boa noite!

Toma.

Obrigado.

Podes falar-me do homem que te agrediu?

N�o foi um homem que me fez isto.

Foi Cernuno.

O deus veado?

Como no teu s�t�o.

H� seis meses, descobri
uma cabe�a de veado � minha porta.

Na noite seguinte,

ouvi um barulho no est�bulo.

Ele esperava-me no escuro,
foi ent�o que me fez isto.

Porque � que te agrediu?

Porqu� a ti?

Porque eu polu�a a terra com pesticidas.

Eu j� parei, mas agora � a pedreira
que est� a destruir toda a regi�o.

Cernuno vai voltar...

...para me castigar.

Nem sei quando.

No dia de Samhain,

quarenta noites ap�s o equin�cio,
no dia de finados.

Jonas.

N�o pode ser um deus.

As abelhas,

os corvos,

o sangue das �rvores.
Os sinais est�o todos a�.

Sabe que � verdade.

Ele salvou-a na floresta.

Est�s a falar de qu�?

Estava morta

e ele trouxe-a de volta � vida.

S� um deus tem esse poder.

Cernuno n�o existe. � s� um doente mental.

O livro, as Mem�rias de Pl�nio,

os romanos tamb�m o viram
e pagaram por isso.

- Agora, � a nossa vez.
- J� chega.

Se o Verbeck tivesse raz�o,

quem te agrediu n�o pode ter 2000 anos.

Que personalidade afirmou:

"N�o passamos de minhocas, mas creio..."

Sabes esta, Martial?

N�o, n�o ouvi a pergunta.

Sabes...

Neste g�nero de perguntas, a resposta
� Roosevelt ou Churchill. Sempre.

Que pena, Martine, era Winston Churchill.

E pim!

E pronto, recordo-vos que...

Queres mudar de programa?

N�o, deixa.

� s� a hist�ria do corpo

na colmeia selvagem.

� a investiga��o ou a Laur�ne?

A Laur�ne o qu�?

N�o sei. N�o anda estranha
desde que voltou?

E o bibliotec�rio, viste?

Lindo, n�o sabes o que dizes.

Foi leg�tima defesa. Que disparate � esse?

Pronto, se fazes quest�o.

Mesmo assim, acho que ela n�o tem limites.

Ela d� medo.

Franklin Delano Roosevelt.

Bravo! Acertou!

E repim.

Pare de gesticular, Senhor Procurador.

Sente-se na minha mesa.

H� lugar para dois.

Foi um dia dif�cil.

- Est� a recuperar?
- Menos mal.

N�o se preocupe comigo.

Fique sabendo que as abelhas s� picam
se se sentirem amea�adas.

Sen�o, podem percorrer um corpo

sem a menor hostilidade.

As abelhas n�o atacam.

Fogem da polui��o.

Normalmente, a polui��o mata-as,
n�o as torna agressivas.

Diz isso porque ainda
n�o conhece bem Villefranche.

Aqui, a natureza n�o se fica.

Acredita mesmo no que diz?

A Sabine � uma personagem curiosa.

Mas muito cativante, confesso.

Um pouco assustadora tamb�m.

Devia ter visto a cara dele
quando lhe pedi a carta.

J� sei da sua guerra contra os Steiner.

Por acaso,
tamb�m tenho coisas a apontar-lhes.

Foram assinaladas � minha dire��o
in�meras anomalias ambientais.

E quando quisemos verificar,
o Steiner levantou obst�culos.

Foi por isso que me mandaram c�.

As anomalias de que fala,

podem resultar
de subst�ncias t�xicas no solo?

� poss�vel.

Sabe alguma coisa?

N�o tenho provas,
mas deve haver na zona de armazenagem.

E de forma completamente ilegal.

O problema � que os meus pedidos
de mandados de busca foram indeferidos.

Est� a ver?

Parece que temos um interesse comum.

Um deus vingativo?
Estamos de acordo que � um disparate?

Est� traumatizado pela agress�o.

Mistura um bocado tudo, mas...

...o tipo a quem chama Cernuno
� quem procuramos.

Diz que ele vai voltar para o Samhain,
o dia de finados.

Mesmo que tenhas raz�o,
n�o o vamos manter aqui.

Que � que queres fazer?

Levamo-lo ao tribunal para ir ao juiz.

Levamo-lo ao m�dico pelas feridas
e ao psiquiatra pelos del�rios.

N�o quero levar com a inspe��o-geral.

J� temos chatices suficientes.

O Jonas ainda a� est�?

Isto � uma pousada?

Vou mand�-lo para o Pal�cio de Justi�a.

As abelhas voltaram a atacar.

Eu sei.
Em que p� est�s com o Yann S�guier?

Temos pouca coisa,

sabemos que perdeu os documentos
em fevereiro e pediu novos.

Bate certo
com a data��o do cad�ver da �rvore.

Ali�s, recebemos a c�pia digital
do passaporte.

N�o sei com quem fal�mos, mas...

...n�o era o Yann S�guier.

Que andas a fazer?

Vou � vila buscar pe�as.

Posso ir contigo?

Eu n�o demoro, volta para a cama.

N�o queres vir comigo?

Bolas...

Que querem ainda daqui?

Quem � realmente o teu amigo?

Encontr�mos o verdadeiro
Yann S�guier morto?

Que est� a dizer?

Yann, que disparate � este?

Que est�s a queimar?

Que queres fazer com isso?

Pousa isso!

Pousa.

Yann!

- E ent�o?
- Ent�o, ele n�o quer falar.

Matou o S�guier para ocupar o lugar dele?

Pelo menos, fez a mesma cicatriz no bra�o
para confundir.

Encontr�mos um saco na carrinha
com as coisas dele

e algum dinheiro.

Acho que ele ia fugir.

E porque n�o fugiu logo?

Para desaparecer completamente.

Ele limpou tudo em casa.
N�o deixou quaisquer vest�gios.

Pronto, � tudo o que temos
contra as abelhas.

- Podemos encomendar mais.
- Acho que chega.

Venho para a minha consulta.

Sim, senhor Steiner,
o m�dico vai atend�-lo.

Sim. Para o seu pacemaker, imagino?

� verdade que um mau contacto
acontece facilmente aqui.

Vejo que n�o sou o �nico
a ter problemas com a m�quina.

Mesmo assim,
estou um pouco preocupado consigo.

A sua neta morreu,

o seu filho est� destro�ado,
tudo por sua causa.

N�o � bom para a tens�o.

Ainda n�o se viu livre de mim,
senhor Steiner.

� o que espero.

Eu tamb�m penso muito em si,
Senhor Procurador.

N�o percebo isso do cad�ver na floresta.

A pessoa com quem vives
n�o � o Yann S�guier.

E pode ter morto algu�m.

N�o notaste nada anormal nele?

Isso s�o tretas.

O Yann � incapaz de matar algu�m!
� um tipo decente.

O primeiro tipo decente que conhe�o.

Porque dizes isso?

Nunca tive sorte com os homens.
Escolhia sempre os que n�o prestavam.

� o primeiro que me respeita,

� o primeiro que me ama como sou.

Ia-se embora esta manh�.

Sem ti.

- Isso � um disparate.
- Ser�?

E isto, � um disparate?

� um disparate? Sabes o que �?
Viste o que �? Bolas!

Foi o teu homem que fez isto. Acorda!

Hermann...

Desculpa.

Ele conseguiu.

Est� tudo queimado.

- Toma.
- N�o, obrigado.

Est�s muito tenso.

N�o mais do que tu.

� verdade.

Estamos todos um bocado cansados.

E se...

...recrut�ssemos algu�m
no lugar da Camille?

N�o � boa altura.

Passaram tr�s meses, quando ser�?

Quando for boa altura.

Merda.

Nem sabemos
porque � que ela matou a Marion.

Nem nunca saberemos, Hermann.

Tu preocupas-nos a todos,

falas sozinho, ruminas no teu canto.

Estou bem, mesmo muito bem, obrigado.

Laur�ne?

Se as abelhas atacaram aqui, de certeza
que o enxame se reinstalou aqui perto.

Os bombeiros inspecionaram as redondezas

e n�o encontraram nada.

N�o percebo porque est�o sempre a mudar.

Com o tempo, habitua-se.

Senhora Garnier,

gostava que me desse
a sua opini�o sobre uma coisa.

� geleia real.

As obreiras produzem-na
para alimentar a rainha.

O que foi?

A colmeia fixou-se num ve�culo.

Isso � poss�vel?

Sim, acontece,
quando a rainha fica encurralada.

� por isso que o enxame se desloca.

Procura a rainha.

Tenho de falar com ele.

Sinto muito, n�o � poss�vel.

Por favor.

J� s�o meses com ele.

Comemos e dormimos juntos,
fazemos amor. Preciso de falar com ele.

Imploro-te.

S� um minuto.

Obrigada.

Seja como for, n�o vai falar,

n�o diz nada desde que a� est�.

Dizem que fizeste coisas horr�veis.

Olha para mim, por favor.

N�o quero saber
se �s o Yann S�guier ou outro.

S� preciso de saber uma coisa.

� verdade que te ias embora sem mim?

Responde, por favor.

N�o queria que pensassem
que eras minha c�mplice.

Um dia, fiquei empanado perto daqui.

Foi esse S�guier que me ajudou.

Vi a casa e a oficina dele,

eram t�o isoladas...

N�o sei o que me deu...

Pensei que podia desaparecer

e ficar no lugar dele.

N�o tinha previsto conhecer-te.

Porque fizeste isso?

Afinal, quem �s?

Bom, agora tens de sair.

Anda, vamos.

Que est�s a fazer?

Vais deixar-nos sair aos dois.

Havia uma impress�o digital na foto.

Tom Vinoy.

Foi h� dois anos.

Voltava de f�rias
com a mulher e a filha de noite.

Ele adormeceu,
elas tiveram morte imediata.

Entrou numa grave depress�o.

Tinha comportamentos muito violentos.
Internaram-no.

"�dio de si",
"viol�ncia contra o pessoal do hospital",

"transtornos de personalidade".

O Vinoy n�o se suportava.

Matou o Yann para ser outra pessoa.

Sim, � da guarda.

- Sim, � o Nounours.
- Nounours.

- Fiz merda.
- Como assim?

Eles fugiram.

Saltaram-me para cima.

H� testemunhas?

Viram-nos apanhar a D8 para norte.

Tens a certeza?

Caramba, s� faltava mais essa...

Fica a�, a Laur�ne trata disto. At� logo.

Est� bem. Certo.

Hermann para Laur�ne.

Sim, escuto.

Passaram na quinta Vogler.

Deves poder cortar-lhes a estrada.

Certo.

Est�o ali.

Marie!

Marie...

Para!

Para, j� disse!

Tom Vinoy!

O Tom Vinoy est� morto!

E ela tamb�m vai morrer,
se n�o a ajudarem.

O que � que conta?
Enfiar-me num hosp�cio ou salv�-la?

Salvem-na, caramba!

Salvem-na!

Siriani!

A sua seringa!

- As abelhas...
- D�-me a seringa.

Manter a calma.

Elas s� picam se se sentirem atacadas.

Elas s� picam se se sentirem atacadas.

O Vinoy foi encontrado morto
pelo guarda-florestal.

Tinha o corpo cheio de picadas de abelhas.

At� parece
que o perseguiam desde o princ�pio.

Mas, obviamente, � imposs�vel.

Obviamente.

Disseram-me que deu provas
de grande sangue-frio com a rainha.

Foi gra�as a si.

Aos seus conselhos.

Talvez o tenha subestimado.

As pessoas que dizem isso
costumam acabar na pris�o.

N�o, mas... N�o digo isto por si.

Bom.

Bem... boa noite.

Sim, boa noite.

Boa noite.

J� acredita em mim?

MEM�RIAS DE PL�NIO

Acredito.

Ainda bem.

Ent�o, tamb�m sabe
que j� n�o t�m muito tempo.

O Verbeck sublinhou passagens,

nomeadamente sobre um santu�rio

que o legion�rio teria encontrado.

� um lugar onde sacrificavam vidas humanas
em sua honra.

Mas achas que esse santu�rio ainda existe?

Jonas...

� ele, vem procurar-me.

Jonas, nada te pode acontecer.

Aqui est�s em seguran�a. J� volto.

N�o h� ningu�m, acalma-te.

Ele vem procurar-me.

Nunca ligaste ao juiz!

- O qu�?
- A transfer�ncia do Jonas.

Verifiquei, nunca ligaste.

Ele ainda a� est�?

N�o podes confiar em mim?

Nem tudo o que ele diz � del�rio.

N�o tens limites.

N�o me podes abandonar agora.

Estou quase l�.

Legendas: Laura Genevrois