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TENTA��O VERDE

LEGENDA By L�o

Desde �poca dos conquistadores
a busca de tesouros arrastou

os homens por toda Am�rica do Sul.
Em busca da m�tica do El Dourado.

Em nenhum outro lugar a chamada
foi mais forte que na Col�mbia,

cujas montanhas escondem a
maior concentra��o de riquezas...

a gema de fogo verde... a esmeralda.

Fico com isto, amigo.

Fora!

Obrigado, padre. Salvou um
homem em corpo e alma.

- Norte-americano?
- N�o, ingl�s.

Meu nome � Rian Mitchell.

Obrigado. Tropecei com
sujeitos n�o muito simp�ticos.

Do bando de El Moro.

Em nossas montanhas nem todas
as bestas andam de quatro patas.

Basta um simples curativo.

Devo ir para a cidade.

- Tem uma ferida de bala.
- O levemos para dentro, padre.

- Como se encontra?
- N�o sei o que dizer.

Sou Catherine Knowland.

- Obrigado por sua hospitalidade.
- A bala n�o pegou nenhum osso.

Com uns dias de descanso,
fica curado. Teve sorte.

Isso pensei.

Sr. Mitchell, celebro v�-lo
em t�o bom estado.

Sim, padre, viu.
S� precisava dormir um pouco.

- Hei, disse algo engra�ado?
- Saiba que o trouxeram ontem.

Ontem? Ent�o hoje � s�bado?
Que horas s�o?

- V�o dar duas, por que?
- N�o posso perder o vapor.

- N�o ir� partir hoje?
- Meu s�cio me quer ver na cidade.

- N�o est� em condi��es de viajar.
- � prudente obedecer.

Como n�o h� m�dico, Catherine
adquiriu grandes conhecimentos.

- Sim, vejo.
- Todos os pacientes curaram.

- N�o estrague a folha de servi�os.
- N�o tema por mim.

Uma semana de descanso
no pal�cio flutuante

me deixar� novo.

Homem de a�o. Surpreende
que o atravessou uma bala.

� realmente importante.
Podem me levar ao vapor?

Bom, se insiste.
Pego o jipe.

Na penteadeira tem tudo. Roupa do
meu irm�o e coisas de barbear.

Vamos.

- E o paciente?
- Acha que est� em plena forma.

Parece que o homem �
do mundo e sabe muito.

Dom, n�o iam voc� e os rapazes
escorar hoje o dique?

Deixa que primeiro me
escore a mim mesmo.

Tamb�m um homem
pode ficar abatido.

Sinto Cathy. Preciso me conformar.
Vamos afundando cada vez mais.

Bom, se � que chegamos
ao fundo, voltaremos a subir.

Este ano teremos uma espl�ndida
colheita de caf�. J� ver�.

Lutaremos, mas me acredite,
ser� caf� servido em x�cara,

num terra�o com vistas
para o Mediterr�neo.

Vamos reparar o dique.

A prop�sito, padre, o que houve
com a camisa que eu vestia?

N�o servia nem
para acender fogo.

Mas achei que iria querer
conservar isto.

Sim, fez bem.
Obrigado, padre.

- Seu s�cio ficar� alegre.
- Estou vivo gra�as a voc�.

Sim, isso tamb�m o alegrar�.
Mas me referia ao Carrere.

- Carrere? O que � isso?
- A mina, Sr. Mitchell.

A mina de esmeralda
dos conquistadores.

Refere-se a isso?
N�o � mais que uma parte de berilo.

Este achado n�o significa
uma mina de esmeraldas.

Mas a encontrou.

Como est� t�o certo?

Porque h� uns cinco anos,
eu tamb�m a encontrei.

Se quer saber porque
guardei segredo.

O valor de uma pequena esmeralda
faria muito bem a este povo.

Mas tamb�m poderia destru�-lo.
Causar lutas fratricidas.

Jorrar sangue entre patr�cios.

A hist�ria do Carrere n�o
� muito pac�fica.

Por isso me atrev� a esperar
que voc� desistisse.

Ou�a, percorri o mundo
inutilmente em busca de um tesouro.

Desde um ao outro hemisf�rio.
Voc� entende?

Explorei tudo.
Sabe que voltarei.

- Nem feita sob medida, certo?
- Estou vendo.

Agrade�a ao seu irm�o.

Donald se alegrar� de
ter proporcionado t�o bem.

Tudo � de voc�s?
Dif�cil empresa a de cultivar caf�.

Meu av� estava acostumado a dizer
que era muito singelo.

Busca-se um terreno virgem,
limpa e o semeia.

vigia-o enquanto cresce.

Ao cabo de cinco anos, se n�o o
matou o barrenillo, o musgo,

a larva, a geada, a seca
ou a inunda��o, voc� tem caf�.

Quem diria. A partir de agora
cada x�cara de caf� � uma aventura.

- Sinto muito.
- O homem de a�o.

Subida a bordo.
Estamos a ponto de zarpar.

- A verei na minha volta, certo?
- Vai voltar?

Claro, lhe devolver
a camisa.

- Ser� agrad�vel para meu irm�o.
- Sr. Mitchell, suba logo a bordo.

Bom, adeus.

Bom, pegue aqui.

A cada hora que passa
estou mais e mais endividado.

Cuidados m�dicos, roupa e a
passagem. Um capital investido em mim.

- � verdade.
- Confio em que vigie seus investimentos.

Espero que venha me ver
na minha volta.

Se n�o embarcar agora mesmo,
n�o o far�.

- Far�?
- Ser� melhor que suba a bordo.

At� sua pr�xima
viagem rio acima.

Quer loteria? Compre um bilhete.

Ganhe uns milhares de pesos.

Compre-o, que vai dar.

RIAN MITCHELL - VIC LEONARD
CONSULTORES MINEIROS

Sabe o que eu adoro
em voc�, Dolores?

Sua forma de atender o escrit�rio.

Rian! Meu amor!

- Praticou a taquigrafia?
- Tanto tempo fora.

- Disse que s� tr�s semanas.
- Estou aqui. Fostes fiel?

Sim. N�o tenho feito nada.
Nada mais que o esperar.

Que trabalhadora. Me diga,
o que tem feito o Vic?

- Se foi.
- Como que se foi?

Foi. Deixou uma mensagem.
N�o se preocupe, meu amor.

Nada lhe faz falta
quando tendo a mim.

S� desta vez, quer ser uma
boa secret�ria e me dar o recado?

Deixou uma sauda��o. Lhe quer
muito e que morra.

- Onde est�? Aonde foi? - Comprar uma
passagem para o Canad�. - Canad�?

Soltou-nos. Agora poderemos
estar sempre juntos.

Sim, claro. Agora segue a�,
descansando que volto em seguida.

- Rian. - O que? - N�o partir� de novo?
- N�o, n�o. Desta vez � s�rio.

- 1.700, 1.800, 1.900, 2.000.
- O vapor sai em uma hora.

- Coberta B, camarote 6.
- Obrigado.

Devolva o dinheiro.
Ele n�o vai.

- Tome.
- Calma, Vic, tranq�ilo.

- Sei que est� furioso, mas...
- Furioso eu?

H� raz�o para enfurecer porque
um s�cio me levou 500 pesos,

os �ltimos, para
explorar uma montanha?

Escuta, idiota, encontrei-a.
Encontrei o Carrere!

- Espero que ambos sejam felizes.
- N�o me entendeste.

Lhe dou a metade de uma mina
de esmeraldas. Devolva isso.

Nada de jogos de m�os?
Vou ao Canad�.

Quanto � mina, lhe dou de presente
minha parte. Tal como vem, vai.

Demorar� uns minutos, senhor.

Est� bem, nunca tinha visto um
homem escapar assim de uma fortuna.

- Agora o est� vendo.
- J� n�o te chama o dinheiro?

O que agora me chama
� esse navio.

Um caf�, r�pido.

- Velho cabe�udo, quer se acalmar?
- De onde veio essa camisa?

- N�o interessa.
- Levei suas coisas para o clube.

Muito am�vel.
Bom, joga uma olhada.

- Isto � berilo e n�o esmeralda.
- �s engenheiro de minas?

Onde h� berilo, h� esmeraldas.
S�o como unha e carne.

- Essa min�cia se chama dinheiro?
- Bastam 5.000 pesos.

- S� 5.000, seriamente?
- Devolve a passagem.

Multiplico-o rapidamente.
Meu bra�o arde.

Sr. Leonard, ao seu dispor.

- Bom, chegou a hora.
- Sim, me diga, o que h� no Canad�?

A companhia de carv�o Manitoba.
Est� diante do encarregado.

Carv�es? Est� mais louco
que um guizo.

Ser� uma nuvem de paz depois
de vagabundear contigo 12 anos.

Sal�rio seguro, hor�rio fixo.
At� posso encontrar uma garota.

N�o exagere, velho.

No fundo estou cansado. Do ouro
em p� que resulta ser areia

dos diamantes que
resultam ser vidro

e das esmeraldas que
resultam ser berilos.

Destro�a-me o cora��o.
Anda, agarra o navio.

- Guarda-me rancor?
- Me destes um milh�o em meu bolso.

Sim, mas por enquanto
precisas pagar o aluguel.

Adeus, pequeno.

- Rian, quanto tempo sem lhe ver.
- Muito. Cobre esta aposta?

- Uma jogada.
- Uma? - Ok.

- Outra mais, Rian? - Deixemos
para outro dia. - Est� bem.

- Teve sorte, Sr. Mitchell?
- Sim, e toda ela m�.

Sirvo-lhe uma bebida?
Cortesia da casa.

Obrigado.

- Sabia que ias se arrepender.
- N�o, uma avaria nas m�quinas.

Zarparemos a meia-noite.

Um homem que perde o julgamento
n�o o recupera em duas horas.

- Me sirva outro. Preciso.
- Lhe esfriou o bra�o, n�o �?

Quem n�o se arrisca, n�o ganha.

Pedro, ela nunca
me trocar� por outro.

LEGENDA By L�o

A convidamos, ela vem, os dois caras
ficam incomodados, palavras, murros,

bar quebrado, telefone,
pol�cia e todos na cadeia.

A meia-noite o navio
parte sem mim.

- Eu s� pensava que...
- N�o pense.

Sim, � certo, adivinhou a trama.

Mas n�o me censure.
S�o muitos anos de batalha.

Vou andar sem rumo.
N�o � que sejas brilhante

como engenheiro, lhe digo.
Mas me acostumei a lhe aguentar.

Olhe, acredito seriamente que � sincero.

Queria lhe agradar pequeno,
mas j� � muita estrada.

A caldeira est� descuidada,
preciso de um pouco de carv�o.

- N�o est� mau, ouviu? - Ouv�.
- Um pouco de carv�o.

Bom, adeus, Vic.
Que tenha sorte.

- Que pressa � essa?
- Para que continuar?

Vamos, convido a uma bebida.
Pelos velhos tempos.

- Me convida?
- Sim, o convido para uma bebida.

Est� bem. Uma s�.
Pelos velhos tempos.

Pedro, nos sirva, por favor.

A� est�, velho.
Camarote 6, coberta B.

� um amigo, me trouxe
a bordo como prometeu.

- Esquece-o.
- Gar�om, gar�om...

Meu amigo bebeu uns copos.
Procure que chegue bem a terra.

E nada de caf� da manh�.

- Se deite em seguida.
- Um momento.

Um momento, paguei
camarote individual.

- Quem � o intruso?
- Assim ter� com quem falar.

� um amigo.
Um grande amigo.

Como se move esse navio,
ainda bem que est� atracado.

Ao despertar n�o se esque�a.
A bebida foi sua id�ia.

- Rian, logo de volta.
- Acabo de herdar da minha av�

do Canad�. Uma jogada?

- Tudo, meu amigo? - 2.000 pesos.
- 2.000 pesos?

- Vic...
- Me procuras, pequeno?

- Est� bem, meus pesos?
- Espere, espere.

- Vic, olhe bem para isto.
- E se tivesse perdido?

O importante �
que n�o perdi.

N�o me venha com hist�rias.
me d� o meu. Vou ao Canad�.

Vic, isto pode abrir as
v�sceras dessa montanha.

Seja pr�tico, o Canad� espera.
Isto � o que estivemos procurando.

Posso n�o ter explicado bem.
A resposta � "n�o".

Esmeraldas, Vic, n�o carv�o.
Esmeraldas.

S� uns poucos meses
em uma montanha.

Ainda arrisco ser um chato.
Repito que n�o. N-A-O "n�o".

Devo estar louco.
N�o tem outra explica��o.

Me acredite, tomastes
a decis�o certa.

Se as esmeraldas forem t�o grandes
como estes mosquitos, seremos ricos.

Ali n�o ter� que
se preocupar com eles.

� um desses lugares onde o
homem sonha passar a vida.

Um povo hospitaleiro.

Dias quentes e tranquilos,
noites frescas.

E a vista. Espero que
chegue e veja, � bela.

- Loura ou morena? - Hem?
- S�o muitos anos juntos, pequeno.

� loura e maravilhosa.
Sim, me espera

no mole, onde a deixei.

A seu lado as outras se apagam.

Ser� primeiro a montanha e logo
a garota ou vice-versa?

Curiosidade, embora voc� querer�
unir as duas coisas, sei.

- O que h�?
- N�o sei.

O que h�, amigo?

N�o sei, mas isto � anormal.
Sempre saem procurando as provis�es.

Eu n�o gosto.

Muito estranho. Vou a
terra para saber o que h�.

Um momento, por que n�o
manda o piloto? Iremos com ele.

Obrigado, Sr. Mitchell.

- El Moro! El Moro!
- Vamos!

Logo, para a cabana.

Pelo visto, o El Moro
est� mandando.

- Cada cho�a � uma ratoeira.
- Quem � o El Moro?

- N�o te falei quem � ele?
- N�o, esqueceu de contar.

- J� contarei.
- O que persegue?

Alguma coisa. Mantimentos, muni��es,
ref�ns. N�o tem prefer�ncias.

- Saiamos daqui.
- Voando.

Gente pac�fica e hospitaleira.

Eu devo estar louco.

N�o exagerastes.
Esbelta, loura e maravilhosa.

A ver� no mole
esperando onde a deixou.

Vamos descarregar.

Sr. Mitchell, a� est� o Sr. Ruiz.
Ele se encarregar� de tudo.

Bom dia senhor, como est�?
No que lhe posso servir?

Preciso de provis�es para
25 homens durante um m�s.

- Conte com isso.
- E 25 oper�rios e dois cavalos.

Posso arranjar. Para qu�?

Trata-se de uma mina.
Trabalho de pico e p�.

- Uma mina? Onde est� situada?
- No alto da planta��o Knowland.

- O que acontece?
- Meus homens n�o aceitar�o.

- Por que n�o?
- N�o querer�o ir.

- Como sabe?
- Eu sei.

Hoje levantastes com
o p� esquerdo.

- Tenho o dia inteiro.
- Aonde vai?

- � igreja.
- Tudo na vida tem um princ�pio.

- Ol� srta. Knowland...
- Sr. Ruiz, bom dia.

Se veio tratar dos colhedores
para a colheita, n�o a esperava ainda.

- Sei, � quest�o de mantimentos.
- Tenho muito gosto em servi-la.

- Chegaram viajantes para a aldeia?
- Dois "misters".

- Est� na igreja. - Quem?
- O outro "mister".

- Deve ser o s�cio de quem falava.
- Vic Leonard, voc� � Catherine?

Qu�o sem cautela contribuiu
para salvar a vida dele.

Se surpreendeu ao n�o
v�-la o esperando.

- Tem muita confian�a em si.
- Sim.

Mas nesta ocasi�o
algu�m ganha.

- Voc� gosta?
- Sim, acho que sim.

Oh, sr. Mitchell,
logo falo com voc�.

- Joga voc� o disco?
- Sim, algumas vezes.

� muito entretido.
Um dia vamos jogar.

Nossa partida j� come�ou.

- Aconteceu algo?
- Seu serm�o � bem convincente.

Refiro-me aquele que os fez
fugir da montanha.

Oh, esse. Sim,
foi um dos melhores.

- O que fez voc�? - Lhes amea�ou
com fogo e enxofre? - Oh, n�o.

S� falei do homem que subiu uma
montanha em busca de um tesouro.

Os homens de El Moro
lhe roubaram e feriram.

E um jaguar n�o o matou porque
a provid�ncia velou por ele.

- � impressionante.
- Isso parece que abriu os seus olhos.

Eu n�o apostaria a coleta
do domingo, padre.

Veja, s� h� dois pa�ses
onde se encontram esmeraldas.

Col�mbia e Siberia, e esse
�ltimo � reserva fechada.

- E se n�o encontrarem oper�rios?
- Estamos perdidos.

Para o ouro basta um homem e
uma peneira, para as esmeraldas

- se precisa m�o de obra.
- Escute... Cheguei tarde.

Sinto muito, entretive-me procurando
o tapete e a banda de m�sica.

- Vejo que s�o bons de cabe�a.
- Espl�ndidos.

N�o havia dito o simp�tico
que � seu s�cio.

A primeira coisa.
Que esp�cie de m�dica � voc�?

Nem sequer se interessou
pelo meu ferimento?

- Dava conta que se afastaria de
caminhos acidentados. - � assim?

- Perdoe, como est� seu lado?
- Precisando muito de cuidados.

N�o consulta no s�bado
na hora de jantar?

Um dia estupendo, mas
voc�s estar�o aqui?

- Por que n�o?
- Cathy sabe que n�o encontraremos

homens para explorar a mina.
No s�bado iremos � cidade.

Vic, n�o permito que um problema
trabalhista impe�a minha vida social.

- Como solucion�-lo?
- Acredito que encontrei o meio.

Voc�.

Contratado.

Seu s�cio � especialista
em ser bem convincente.

Sou a prova evidente.

Um navio navega rumo ao Canad�
com um camarote vazio.

O meu.

Muito bem, contratado.
Contratado!

Ok.

Voc�, tire a camisa.

Tire a camisa.

Certo, contratado.

Certo, H�rcules, adiante.

Contratado.

Voc�? Ah! Hoje n�o t�em tanto
medo do El Moro. Hem, padre?

Pelo visto seu serm�o �
mais convincente que o meu.

� que emprego outro argumento.
A cobi�a � mais forte que o medo.

Ofereci mil pesos ao primeiro
que encontre uma esmeralda. Voc�.

Isso n�o ganhariam em toda sua vida.
Lhes desejo boa sorte.

- Voc�, � o que fala ingl�s?
- Sim, patr�o.

- Como se chama?
- Manuel.

Manuel. O nomeio capataz.
Que estejam prontos em uma hora.

- E que o acompanhem.
- Sim, patr�o.

Muito bem, mo�os. Espa�oso.
Vamos entrar.

Bonito peso de papel.

- Manuel, ficar�s de guarda?
- Sim, senhor.

Bom, outro dia transcorrido em v�o.

- N�o acredite na boa sorte?
- Sim, ela � a que n�o acredita em mim.

Aonde pensa ir?
� �pera?

Me preocupas, Vic. Est�s com
a cabe�a cheia de esmeraldas.

N�o permita que elas o
cegue ou lhe embrute�a.

- Estamos convidados?
- � isso.

Claro que se quer fazer um
turno de noite, o desculparei.

- Sem concorrente.
- Senhores...

Vem algu�m.

Como vai?

- Ol�. Voc� deve ser Donald.
- A primeira vez que nos vimos

voc� n�o estava apresent�vel.

- Meu s�cio Vic Leonard. � o irm�o
de Cathy. - Como vai? - Bem.

- Venho para Ihes acompanhar a casa.
- Muito obrigado. Toma algo?

- Me preparo num momento.
- Levem as escovas de dentes.

� perigoso voltar de noite
rondando o El Moro por aqui.

Cathy lhes preparou acomoda��es.

N�o s� esteve atenta
e tamb�m inspirada.

- Quer dar uma olhada?
- Sim, claro que sim.

Cuidado com a cabe�a. Se abaixe.
Acenderei uma luz.

- A� est�.
- Com instala��es.

A sua maior parte se deve
aos conquistadores.

Estes troncos s�o primitivos.
T�m centenas de anos.

Claro vamos escorando
� medida que se perfura,

do contr�rio a
montanha nos soterra.

Olhe, v� esse corte na rocha?
A� onde aparece o verde.

� o que d� �nimo ao mineiro.
Prova da presen�a de esmeraldas.

J� tiveram sorte?

O obtido at� agora n�o serve
nem para um posto de bagatelas.

A natureza �
ciumenta do seu tesouro.

O esconde em pequenas cavidades...
Olhe esse.

Esqueceu de ench�-la.

Este � o mal de abrir galerias.

Posso ter um milh�o de d�lares
a 2 cent�metros e passar sem saber.

- Ent�o escavo talhos.
- Talhos?

Sim, cortar de cima a baixo. Capa
por capa. Nada se perde.

- Por que n�o faz?
- Pelo inimigo mortal.

Dinheiro. A explora��o por talho
precisa de muitos oper�rios.

Eu me sinto otimista
com galerias.

Oxal� pudesse estar aqui.

O que acontece?
Perdeu o gosto pelo caf�?

Foi uma decep��o para todos.

�nico var�o, tradi��o familiar...
o de sempre.

A planta��o requer dotes
especiais. Algo que n�o herdei.

Voc� est� certo, Rian.
Tentar fortuna. N�o se estancar.

N�o se deixe alucinar por isso.
� uma vida imunda.

Siga meu conselho.
Agarre-se ao que tem.

- Claro que sim, mas...
- Saia com cuidado!

Olhe, este � um dos
homens de El Moro.

- O que faremos com ele?
- Solt�-lo.

- Como?
- Claro.

Que v� contar como recebemos
os que metem o nariz por aqui.

- Manuel, dobra a guarda.
- Sim patr�o.

Bonita noite.
Muito concorrida.

Eu gostaria de visitar
com voc� a planta��o.

Logo, o Vic tamb�m
gostar� de v�-la.

- Vou pegar um pouco de gelo.
- Bom, obrigado.

Padre, talvez queira saber que Vic
segue com o maior interesse

os progressos das miss�es
na Am�rica do Sul.

- � certo, Sr. Leonard?
- Pois eu...

N�o seja t�o modesto, Vic.
Ele devora volumes sobre isso.

- Algum dia iremos bater um papo.
- Claro, padre, estupendo.

Pois � melhor agora, padre.
N�o atrapalharemos.

Cathy me prometeu mostrar a
planta��o. Aqui ficam voc�s.

Conforme os historiadores os
jesu�tas desembarcaram na Col�mbia

em abril de 1590. Se eu digo que
foi um m�s antes, lhe surpreende?

Bastante.

- � uma mentira bem trapaceira.
- Como?

N�o acredito que o
Vic se interessa por miss�es?

� mais culto do
que voc� imagina.

Deixemos que discutam
datas at� l� por 1890

em ent�o iremos em seu aux�lio.

Enquanto isso, aqui n�s.
A fant�stica cena.

Um homem, uma mulher,
uma noite tropical, um pl�cido rio...

Todo isso � muito bonito
salvo que o rio seja pl�cido.

A gente do povo o chama
"Mulher traidora".

Seriamente? Como engana.

Se n�o fosse pelo dique, na
esta��o das chuvas

suas �guas alagariam
a planta��o.

- N�o ouviu nada que
eu lhe disse, certo? - Hum?

- Claro que sim. Pensava.
- Em que? - Em voc�.

Leva uma vida mon�tona.
N�o se sente muito sozinha?

- Sim, desesperadamente.
- N�o sente saudades.

Da primeira vez, no ano em que
fui ao col�gio na Calif�rnia,

- logo quando visitei a Europa.
- Oh, compreendo.

- Aqui alguma vez?
- N�o, aqui nenhuma vez.

� incompreens�vel. Porque falta
muito para voc� chegar aos 50.

E n�o � de tudo feia.

N�o acredite por isso que eu
passo a vida enterrada na selva.

Vou quase sempre a Barranquilla,
e tenho bons amigos.

Inclusive me t�m feito
muitas declara��es.

- Recusou-as?
- Sim.

Ainda n�o entrei no
p�nico do celibato.

Tenho a esperan�a de que o pr�ncipe
azul baixe cavalgando da montanha.

Quando acontecer, a
encontrar� muito bonita.

Voc� deve ser perito na evolu��o
rom�ntica da Am�rica do Sul.

Ansiava faz�-lo no
primeiro dia que a vi.

- Pensava em voc� continuamente.
- Eu tamb�m pensava em voc�.

Ent�o h� unanimidade.

- H� algo que eu n�o gosto.
- O que �?

� que n�o me conformo ser um
passatempo, a noiva dos domingos.

N�o ser�.

Agora devemos voltar. O padre
Ripero j� deve estar no s�culo XX.

Se queres saber como desenvolveu as
miss�es na Am�rica do Sul, aqui estou.

Esses conhecimentos podem lhe ser
�teis. Algum dia me agradecer�.

Claro, claro. A prop�sito,
� uma grande mo�a.

Pensa se dedicar
ao neg�cio de caf�?

N�o � m� ideia. Forma sociedade,
coloca uma esmeralda em cada bote

de caf� e mata a concorr�ncia.

Primeiro terei que
achar esmeraldas.

Talvez n�o saiba, mas a de maior
valor encontrastes aqui embaixo.

Sempre com sua filosofia caseira.

- Hei... verifique isto.
- Sim, parece interessante.

Temos o monop�lio
dos pesos de papel.

Pessimista. Est�o a�.
A encontraremos.

Se n�o aparecerem logo
me dedico a outro neg�cio.

Embora j� esteja
cheio de trabalhar.

N�o precisamos ir busc�-las.
Chovem em cima.

Se houvesse voc� visto
a cara do Vic.

E tinha raz�o. Havia pedras
para dar e vender, aos montes.

Os deslizes de terra
nos s�o familiares.

H� anos houve um que quase
trocou o curso do rio.

Para trocar o curso dele
teria que ser mais de um.

Demorei muito para
alcan�ar essa meta.

- Me diga uma coisa, Rian.
- Sim, o que quizer.

Por que um homem deve correr
atr�s de um arco �ris toda sua vida?

Porque alcan��-lo �
alcan�ar a fortuna.

Tamb�m h� fortuna em outras coisas.

Em ir vegetando em um rinc�o?
Jogar ra�zes?

- Uma coisa assim.
- N�o � s� o dinheiro.

� a montanha em si mesmo.

� isso. Grandiosa e pac�fica.
Como um iceberg.

Em sua entranha se oculta o perigo.
Nos mata na primeira ocasi�o.

- Fala como se tivesse vida.
- Para mim tem.

Meu pai trabalhava em uma mina.

Levou a metade de sua vida na
escurid�o cavando por uma mis�ria.

Um afundamento levou a outra metade.

Ent�o decidi que um dia eu tamb�m
iria numa, para sair dela rico

e n�o morto.

N�o se mova.

Sou o El Moro.

Aqui n�o h� armas.
por que lhe atar as m�os?

- N�o podia nos faltar esta visita.
- Recolha o que quizer e saia.

Eu n�o venho em guerra.
Vim falar com o Sr. Mitchell

com tranquilidade.
N�o atirando.

- Em refer�ncia a que?
- Aos trabalhos da montanha.

Acredite que me faz feliz.
Muito feliz.

- O que lhe d� este prazer?
- Voc� n�o compreende.

- O explicarei.
- Lhe diga que volte.

Hern�ndez � inofensivo.

Voc� ver� , a montanha
� minha.

- N�o me diga.
- Est� surpreso?

Esta � a escritura do terreno.
� de minha fam�lia h� s�culos.

Muito surpreso?

Falemos l� dentro.

Com sua permiss�o, senhorita.

Como v�, se trata
de uma antiga escritura.

Meu prop�sito � acabar ali meus dias.
Mas est�s escavando minhas terras.

Mas podemos chegar a um acordo.

- Que tipo de acordo?
- Razo�vel. Muito razo�vel.

Se esta escritura � v�lida
teremos que nos retirar.

Quero ser condescendente. Sem
engenheiro, a mina n�o tem valor.

- Obrigado.
- Se algu�m o matar...

quem encontrar� as esmeraldas?

- Uma raz�o de peso.
- Sou muito ambicioso.

Quero ser rico. Reunir
muitos pesos, milhares.

Quando encontrar o
fogo verde no Carrere,

repartiremos.
Seremos s�cios.

S� uma coisa me preocupa neste
antigo t�tulo de propriedade.

A tinta ainda est� fresca.

- Est� dizendo que minto?
- � isso.

Tens raz�o.
N�o me sa� bem.

Era a maneira de chegarmos a
um acordo sem derramar sangue.

Ver� como � r�pido
usar o gatilho.

- N�o h� acordo.
- Como queira.

Voc� estudou muito.
� engenheiro, trabalha,

encontrar� esmeraldas.
Quando ocorrer, eu saberei.

- Ent�o virei pela minha
parte... - Esperarei.

Vamos!

Tampouco eu dormi.

O El Moro voltar�.
Disse seriamente.

Sei.

O El Moro n�o me preocupa
nem a metade de voc�.

- Eu? Por que?
- J� sei que vai se afastar.

- S� por duas semanas.
- Possivelmente para ver algu�m.

Claro. Um corretor de caf�.
De 73 anos.

- 73. Uma idade maravilhosa.
- N�o me diga que tem ci�mes?

Feroz.

Um novo Rian Mitchell.
Supera em muito ao velho, n�o acha?

N�o sei. Deixa eu
pensar no navio.

Sentirei sua falta.

- O que s�o duas semanas?
- 14 dias.

S� dois s�bados.

Escuta, vai me deixar aqui
sem sua companhia?

As garotas nos s�bados n�o
saem quando se v�o?

O que me diz?

Rian, n�o recordo jamais
me ter apaixonado.

Apaixonado seriamente.

- Sentiria se tivesse uma decep��o.
- O que teme?

Cada qual ama a vida a seu modo.

A sua � ir de uma a outra montanha
porque seu impulso o obriga a fazer.

A minha � criar ra�zes aqui.

- Somos opostos.
- Id�ntica ao Vic.

Preocupam-se muito.

Bom dia.

Ol�, bem-vindo a casa.

- Est� preocupado?
- Talvez.

Qual � a causa?

Cathy.

O que acontece com Cathy?

Rian, jamais me coloquei em
seus assuntos de saias.

Dolores, Connie,
essa tonta do Alaska.

Mas agora � diferente.
Cathy � uma garota s�ria.

J� sei. Economize o serm�o.

S� quero dizer que se algu�m
trat�-la mal eu ficaria

com vontade de lhe
afrouxar os miolos.

Esse arrebatamento de cavalheiro �
quest�o de princ�pios ou encobre

algum sentimento pessoal?

H� alguma lei que me impe�a
gostar de uma garota?

- Nenhuma.
- Pois se lembre do que eu disse.

- O que h�, Roberto?
- Eu a descobri, patr�o.

- Mentira, fui eu.
- Cala! Tragam a luz.

O que houve?

- Queria ganhar minha recompensa.
- Mente. Eu encontrei a pedra.

- Vejamos, onde est�?
- Aqui, patr�o.

- A�, eu arranquei.
- Eu a vi primeiro.

Aqui?

Pode ficar.
N�o vale nada.

Vamos, ao trabalho. Deixa de brigas.
Chamem o Sr. Leonard.

Bom sinal, n�o devem
estar muito longe.

Vamos ver se temos sorte.

Desmoronamento!

Todos fora!
Desmoronamento!

� in�til! Dentro de um
minuto vir� tudo abaixo.

Rian!

- Rian.
- Vic, para atr�s.

- N�o demorar� para
vir tudo abaixo. - Rian!

Parte, idiota
ou n�o sair�.

- Pode respirar?
- Vic...

- Vic, n�o seja louco, volte.
- �nimo, Rian.

Quando eu fizer alavanca,
seu empurra para cima.

Agora!

Vamos outra vez.
Empurra com todas as suas for�as.

Aguenta, Vic!

Vic, corra!

Estira bem.
Se apoie nela.

- Como est�?
- Bastante bem.

- N�o acho que quebrou.
- Salvo uma montanha um pouco fraturada.

Me faz falta um gole.

- E agrade�o, Vic, obrigado.
- Se vai chorar, vou sair.

Toma.

N�o h� tempo para chorar.
Devo adotar outras medidas.

Que pressa? N�o h�
navio at� a outra semana.

Quem fala de partir?

Se a montanha quer jogar
duro, jogaremos duro.

Escavaremos talho a talho,
penso derrubar a montanha.

Talho a talho... Com o que tem
n�o pode cortar nem manteiga.

Encontrarei um meio.

O sindicato mineiro n�o
aceitar� a opera��o.

- Perdes tempo.
- Sei, sei, mas...

depois de t�-la ao
alcance da m�o.

V�o me cegar o brilho.

Nada me deter�. Nada.
me d� tempo para pensar.

J� me inteirei.
Que m� sorte.

Assim � a vida.
N�o se pode ter tudo.

- Que planos tem agora?
- Escavar mesmo, talho a talho.

Disse que era uma opera��o
muito custosa.

Sim, vou cercar negocia��es
com o sindicato mineiro.

O mau � que nos v�o
tirar at� as v�sceras.

Menos mal que o bolo � t�o
grande que haver� para todos.

Acho que � uma l�stima.

Poderia ser uma fortuna
para um homem arriscado.

Jogar tudo numa carta
e ganhar milh�es.

Mas homens assim n�o existem
em nossos dias.

- Bom, sigo meu caminho.
- Um momento.

Donald, tenho muita pressa.
Quero esper�-la voltar.

Talvez possa economizar a sua viagem.

- N�o o compreendo.
- Se n�o tivesse necessidade de ir,

se um homem estivesse
disposto a jogar tudo,

quais seriam as condi��es estipuladas?

Vic e eu n�o somos ambiciosos.
Algo razo�vel, mas...

onde encontraremos
o cavalheiro branco?

O tem na sua frente.

- Voc�?
- Por que n�o?

Diz que l� em cima h�
esmeraldas, isso me basta.

N�o sei. N�s gostar�amos
de t�-lo entre n�s, mas

provavelmente necessitamos mais
pelo que pudesse contribuir.

- Mais de 5.000 pesos?
- Calculo que sim.

A maquinaria custa um olho
da cara. Obrigado de todos os modos.

Bastariam 10.000?

10.000?

Homem, investindo essa quantidade
ter� direito a uma terceira parte.

- Trato feito?
- Espere, espere.

Esquecemos o mais importante.
A m�o de obra.

Para come�ar me
fazem falta 200 homens.

Os contratou para a colheita
de caf�. Esque�a o assunto.

Exporei o problema aos
colhedores no sindicato.

� chato. Acreditei que o
t�nhamos solucionado.

Conseguirei os oper�rios, Rian. Todos.

� uma decis�o quase her�ica.
O que dir� sua irm�?

Francamente, n�o gostar�.

Mas a planta��o est� em meu nome.
Eu determino. Ela sabe o que penso.

Por fazer o seu gosto, o
neg�cio nos leva de mal a pior.

Poderia recompens�-la cem vezes
com o fruto que recolhesse.

Que mulher n�o se abrandaria ao
ter em sua m�o uma esmeralda?

N�o se preocupe com Cathy.
Eu os arrumarei.

Voc� s� tem que dizer uma palavra.

- Trato feito.
- Ter� os oper�rios amanh�.

- Boa sorte, s�cio.
- Adeus.

Que plano tem?

Acho que n�o devemos afundar mais.
Esta � zona de deslizamentos.

- chegamos ao limite.
- Sim, mas fazendo o corte ali

e represando a �gua por
aquele lado, pela comporta...

Senhores, algu�m vem!

Cathy!

Devem estar muito orgulhosos
de sua fa�anha.

Sei o que est� pensando mas
deixa que explique.

N�o o culpo, foram eles
que souberam convenc�-lo.

Foi ideia minha . Somos donos de
um ter�o. � a grande oportunidade.

E o caf�? Por falta de
bra�os apodrecer� no p�.

Por que s� estes homens?
H� outros que podemos dispor.

N�o h� outros al�m desses.

E ainda se houvesse, como
acha que os vou pagar?

Um momento. Os
10.000 pesos esvaziaram a caixa?

Tudo o que havia.

Bonita jogada, amigo.

Don, leve de volta os homens.

N�o acabe com os
nossos esfor�os.

Sempre disse que se houvesse
uma ocasi�o, a aproveitaria.

Pela primeira vez em minha vida,
fa�o o que quero fazer.

Nada pode trocar
sua ideia, n�o �?

Sei. Aproveitei o momento
de sua aus�ncia. Fui cruel.

Estava decidido a consegui-lo.

� verdade. Mas n�o pensava
s� em mim, a n�o ser em todos n�s.

- N�o espera que eu acredite?
- Esmeraldas.

Pensa no que significa. Quando as
tiver, lhe compro 20 planta��es.

� espl�ndido, mas
somente quero uma.

Cathy n�o pense como mulher.
Est�s com a batalha perdida.

Por que ir �s cegas se o
arco-�ris est� aqui em cima?

Disse bem. Penso como mulher.
E por isso penso em meu av�

que tirou uma planta��o do nada.
Em meu pai, que sacrificou sua vida.

No que simboliza. Amor, esfor�o,
dignidade. Algo que voc� desconhece.

Coisas que n�o compram
com esmeraldas.

V�i uma irm�.

Sinto muito, Rian.
Estraguei tudo.

Sim, filho, toda a culpa n�o � sua.

Matas a fome a base
de bebida?

Preparei um discurso
em sua honra.

Tarefa dif�cil porque sou
homem de poucas palavras.

Mas j� consegui.

Estou ouvindo.

Muito bem.

D�-me n�usea.

Pela segunda vez.
D�-me n�usea.

Recorda minha filosofia caseira?
Digo qual � seu defeito.

Acha que pode destruir tudo
e logo compor ao seu desejo.

N�o pode faz�-lo.

Terminastes?

Terminei.

Com seu p�o coma isso, amigo.

Quieto, menino. Quieto.

Ol�. Acho que se pergunta
o que fa�o aqui.

Um pouco.

Eu n�o distingo um gr�o de caf�
de uma p�lula de vitaminas, mas

- se algo posso fazer por voc�...
- N�o precisa me ajudar.

Pois quero faz�-lo.

O que vai lhe custar?
S� o gasto da minha comida.

Ok. Contratado.

Ainda n�o estamos vencidos. Amanh�
o padre ir� procurar as mulhe...

N�o pare.
N�o perdi nenhuma palavra.

Falaremos tomando uma x�cara de caf�.
Marca Knowland, bem forte.

Antes de me limpar quero dizer
algo que guardo no peito...

referente a voc�, Cathy, eu...
Eu, vamos, eu...

Sinto por voc� um grande afeto...

Bom, quer dizer, eu... Precisamente
esta manh� disse a um,

cujo nome n�o falo, que sou
homem de poucas palavras.

Compreende o que quero dizer?

A verdadeira eloqu�ncia �
n�o dizer nada.

Agora, vamos a esse caf�.

Srta., srta., aqui v�m
juntas com o padre Rivero!

N�o tantas como eu esperava.

N�o se preocupe, Cathy.
Conseguiremos.

Sinto muito, Cathy.
Todas as que pude recrutar.

Dizem que podem fazer o trabalho
de 200 homens.

- De 400, senhorita!
- O padre disse bem!

Com esta f� s�o capazes
de fazer milagre.

Com isso contamos padre, mas n�o
seria mal se nos desse uma m�o.

- Manuel, quando estiver preparado,
nos avisa e a soltas. - Sim, patr�o.

- Rian! Achei! Encontrei uma!
- Pare, para atr�s!

Me parece que por fim
ficarei em um lugar.

Uma esmeralda, Rian.
Encontrei uma esmeralda.

Triunfei.

Fale com a Cathy que triunfei.

Senhor misericordioso, acolhe em
seu seio a alma de seu servo Donald

e lhe d� o descanso eterno.

Terra. A terra foi seu
sustento e a ela volta.

Em nome do Pai, do Filho
e do Esp�rito Santo. Am�m.

Cathy, eu...

Agora tudo � seu, Rian.

- O que quer?
- Me perdoe, patr�o.

- Manuel, n�o disse que tirasse as
duas camas de armar da�? - Sim.

- Leva logo isso.
- Mas, patr�o, eu...

- O que?
- Isto.

Ganhei a recompensa?

- Onde a encontrou?
- Onde cavava o Sr. Knowlands.

� a �nica que havia, patr�o.

Que continuem escavando por aqui.
Cortem toda esta se��o.

Certamente deve haver mais.

Haver� outra recompensa
para quem encontre a segunda.

Sobe a �gua.

- Outra vez troca seu curso.
- O que quer dizer outra vez?

Antes corria pelo leito seco
ao p� da montanha.

Como � que agora
banha � planta��o?

Houve um grande deslize de
terra no tempo do meu av�.

Pois este agora �, sem d�vida,
obra do homem.

Olhe isto. Isso � do Carrere.
Madeira do Carrere rec�m cortada.

Passa por esse canal e se amontoa
no rio. A �gua se desvia.

- Tem que ir em outra dire��o.
- E est�o em cima as chuvas.

Quando come�arem, a planta��o ir�
parar no mar do Caribe.

- N�o poder�amos levantar um dique?
- N�o aguentaria.

S� h� uma solu��o.

Trocar o curso do rio.

Conseguir que volte a correr
pelo seu antigo leito.

Mas isso � imposs�vel.

N�o, se provocarmos
outro deslizamento.

De que modo?

Explodindo o Carrere.

Uma carga de dinamite e a metade
da ladeira ir� parar no rio.

Amanh� este leito estar� seco.

Voc� � quem decide.

Provisoriamente o refor�aremos
com sacos de caf�. Vamos!

- Voc� n�o pode fazer isso.
- Sinto muito, padre.

Este conflito n�o se arruma
apresentando a outra face.

Se explodir a montanha, se
destruir� de uma vez a si mesmo.

Sinto muito, padre.

Tranquilo, Manuel, sou eu.

- Sr. Leonard, voltou?
- Sim.

- Achei que vinha o El Moro.
- Toda prud�ncia � pouca.

- O que � isso?
- O que?

Me entregue o fuzil, Manuel.
O fuzil.

- A dinamite est� no mesmo lugar?
- Sim, senhor. - Certo.

Bom dia.

Falarei com o guarda.

- Deixa passar qualquer um.
- Venho em plano de neg�cios.

Estou cheio de caf�, mas fala.

Primeiro, seu canal de irriga��o
trocou o curso do rio.

Segundo, vem a
as chuvas,

a planta��o vai ser a maior
piscina da Col�mbia.

- Terceiro, estou decidido a interferir.
- De que forma?

Quarto e �ltimo, vou explodir
a montanha sobre o rio.

Me fascina a id�ia.

Jogue-a no saco de
iniciativas quando partir.

O saco de iniciativas est�
cheio de dinamite em zona de perigo.

Jos� est� l� em cima,
junto a ele, e preparado.

Dois minutos depois que Jos�
conectar o interruptor

voar� a montanha
como em quatro de julho.

Pensou que v�o explodir
200 homens ao mesmo tempo.

Quanto a isso, Cathy j�
falou com os homens...

V�o tornar a se filiar
ao sindicato do caf�.

Para atr�s, voltem!

Voltem atr�s!
Atr�s!

Patr�o, patr�o, a dinamite!
Carregaram toda. N�o pude det�-los.

- Jos� est� preparado?
- S� espera o sinal.

Veja Cathy, n�o somos
t�o diferentes depois de tudo.

Lutadores de baixos recursos,
quando nos empenhamos em algo.

Tem raz�o, amigo.

E agora, vamos ver
o espet�culo.

- Esquecestes uma coisa.
- O que?

Quinto e �ltimo, eu fico aqui.

Est�s louco?
Todo acampamento voar�.

J� sei, n�o se preocupe, segue
adiante com seu plano final.

Descer�s da montanha nem
que eu o carregue nas costas.

Assim tem que ser e ser�.

Vic, basta!

Vic quieto!
Basta j�!

Achei que poderia lutar
com suas mesmas armas.

Mas eu n�o gosto da
luta de baixos recursos.

Sinto muito, Vic.
N�o posso seguir adiante.

Cathy, olhe o
que vem por ali.

Quando isso chegar,
ficar� sem fazenda.

N�o me importa.

N�o quero conserv�-la
por este pre�o.

Tem sorte, Rian. De repente
suspenderam-se os fogos.

Jos�, n�o conecte e venha aqui!

Quero falar contigo.

J� disse tudo.
N�o temos nada que falar.

� s� um segundo.

Ok.

Em rela��o � montanha,
acho que est�s certo.

Anda.
A exploda.

- � uma brincadeira?
- N�o. N�o h� truques.

Viver para ver!

Vamos ficar de bate-papo o dia
todo? Temos dinamite esperando.

O El Moro! Sr. Leonard,
vem o El Moro!

Fique a�!

O El Moro e os seus est�o a�.

Vamos para dentro.

A� est� o estojo
de primeiros socorros.

Tivemos sorte
afastando todos.

- Sr. Mitchell, me escuta?
- Escuto.

Falei que voltaria quando
tivesse encontrado as esmeraldas.

Agora far� o neg�cio
a minha maneira.

- Em que condi��es?
- Primeira, atirem as armas e saiam.

Sei que a senhorita est� com voc�s.
Saiam e n�o sofrer�o nenhum dano.

N�o confie nele, senhor.

Temos um homem ferido.

Deixe que a senhorita se ponha
a salvo e falaremos.

Falamos primeiro.

J� supunha.
Temos que tentar uma escapada.

Ficar�amos bem descoberto.

Bem?
O que decide, Sr. Mitchell?

Vou lhe enviar um presente.

Essa resposta � uma estupidez.

Se abaixe.

- O que vais fazer?
- Onde est� o interruptor?

Junto � comporta.

Me cubra. Vou tentar chegar.

Se achas que vai voar s� ele
engana-se, voar� tudo com ele.

Sei, mas o terei em xeque.
Assim chegar�o aos cavalos.

- E voc�, enquanto isso.
- Tenho dois minutos.

Assim que os vejo partir,
conecto o interruptor e me arranco.

Sem um fuzil
cubrindo, ser� in�til.

- Lhe ocorre algo melhor?
- Sim.

Por que eu n�o vou?

- Voc� n�o � nenhum galgo.
- Ok.

Queria lhe dizer
muitas coisas, Cathy.

Olhemos para rel�gio.
S� dois minutos?

Quando eu digo dois
� porque s�o dois.

Certo, quero estar seguro.

Preparado?

Chegou.

- Saiam, saiam!
- Vamos.

Eu espero o Rian.
Sigam!

Meu dote.

Hei! Se por acaso n�o
sabem, est� chovendo.

LEGENDA By L�o

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