All language subtitles for Affair in Trinidad (1952) BRRip Oldies Dual-Audio

Entre a Am�rica do Norte
e a Am�rica do Sul,

ficam as ilhas das Cara�bas,
coloridas e ex�ticas.

Anteriormente remotas e pouco conhecidas,

a hist�ria tirou-as da escurid�o
para os eventos do mundo atual.

Entre as ilhas, encontra-se
a importante col�nia brit�nica de Trinidad.

Procuro o inspetor Smythe.

- Est� ali em baixo, senhor.
- Obrigado.

- � o inspetor Smythe?
- Sou, sim.

Boa noite. Chamo-me Anderson,
sou do Consulado americano.

Claro, Sr. Anderson. Chegou recentemente.

- Bem-vindo a Trinidad.
- Obrigado.

Queria encontrar-me consigo,

- mas tenho estado muito ocupado.
- � claro.

Achei que o seu Consulado quisesse saber.

O jovem � americano.

Neal Emery. Era artista.

Foi um acidente?

- N�o. Pelo visto, foi suic�dio. Matou-se.
- Virgem Sant�ssima.

D�-me a sua lanterna, sim?

- Quando � que isto aconteceu?
- Ainda n�o temos a certeza.

Aqueles dois pescadores encontraram-no
� deriva no barco h� umas horas.

Muito bem, rapazes, podem ir.
Muito obrigado.

Posso fazer alguma coisa?

Bem, temos de avisar a esposa.

- Ela tamb�m � americana.
- Ah.

Pode continuar. Vemo-nos na esquadra.

Traga-me o relat�rio m�dico
logo que possa.

- Sim, senhor.
- Bem, vamos?

Sim, claro.

Pobre mo�a. � terr�vel ter de acord�-la
a meio da noite e dizer-Ihe isto.

N�o se deixe perturbar, Sr. Anderson.

A estas horas, a pobre mo�a
costuma estar bem acordada.

- No Caribe.
- No Caribe?

- Quer dizer que ela iria para um local assim?
- � l� que ela trabalha.

Inspetor, honra novamente o Caribe
com a sua presen�a.

Uma coincid�ncia inevit�vel,
posso garantir-Ihe.

- Viemos ver a Sra. Emery.
- Claro. Tal como todos.

Chegaram mesmo a tempo.
Eu dou-Ihe uma boa mesa.

N�o viemos nos divertir.
Queremos falar com ela.

Sozinhos.

Um chick a chick boom chick boom

Anuncia que est� na sala
com a Senhora de Trinidad

Um chick a chick boom chick boom

O seu cora��o faz bum, bum, bum
pela Senhora de Trinidad

Eu fa�o apenas o que amo

E amo o que fa�o

N�o resisto ao desejo louco

Que est� bem dentro de ti

Sabes que a culpa n�o � minha

O culpado �s tu

Queres o que n�o podes ter

E voc�s s�o todos iguais

Um chick a chick boom chick boom

� perigoso presumir
com a Senhora de Trinidad

por isso, conta mais uma escapadela
que nunca tiveste

Aquela por que sonhas
com a Senhora de Trinidad

Eu fa�o apenas o que amo

E amo o que fa�o

N�o resisto ao desejo louco

Que est� bem dentro de ti

Sabes que a culpa n�o � minha

O culpado �s tu

Queres o que n�o podes ter

E voc�s s�o todos iguais

Um chick a chick boom chick boom

Um chick a chick boom chick boom

Um chick a chick boom chick boom
� a Senhora de Trinidad

Por que se mataria um homem
quando tinha...

Boa noite.

- Eu...
- Eu sei tudo.

Est� s�, � �timo conhecer
uma mo�a americana...

e quer beber um copo comigo
ap�s o espet�culo.

A resposta � n�o.
Se est� s�, v� ter com a sua mulher.

Eu tenho de mudar de roupa.

- Mas n�o compreende. Eu...
- Compreendo, sim.

- Saia.
- Ol�.

� o Sr. Anderson do Consulado americano.

- Vou ser deportada ou assim?
- N�o.

S� quer�amos conversar consigo.

Bem, n�o tenho tempo
para uma confer�ncia internacional,

- por isso, sejam breves.
- Quando viu o seu marido pela �ltima vez?

Esta manh� no caf�. Porqu�?

Falou com ele?

Claro.

Pedi-Ihe para me passar o sal.

Ele disse-Ihe aonde ia hoje?

- N�o sabia que ele ia a algum lugar.
- Mas foi...

e � importante que saibamos aonde.

Eu vou pensar nisso.
Passem por aqui amanh�.

Sugiro que pense nisso agora.

- Porque se est� a tentar proteg�-lo...
- Proteg�-lo de qu�?

Seja do que for, j� n�o vale a pena.

Ele est� morto.

Como?

Suic�dio.

N�o.

Lamento imenso, Sra. Emery.

Lamento, se n�o se importar, eu...

Ouviu tudo bem ouvido, Sr. Wittol?

Acredite, inspetor, s� queria ajudar.

Pensei: "A Chris est� com problemas.
Talvez possa fazer algo. "

Sim, todos sabemos o grande cora��o
que o senhor tem.

Tenho de Ihe pedir que venha � esquadra
responder a umas perguntas...

e identific�-lo.

Esperamos l� fora.

- Sim, senhor?
- Ligue-me ao m�dico legista, por favor.

Estou?

- Estou, doutor?
- Sim.

- Daqui fala o Smythe.
- Sim.

Tem algo para mim do caso Emery?

- Ainda n�o tive tempo.
- Oh.

Comece o mais depressa poss�vel,
por favor.

- A identifica��o j� foi feita?
- Sim. A esposa est� l�.

Mal ela saia...

- Devo esperar?
- J� Ihe telefono.

Sim. Obrigado.

Sente-se, por favor.

Quer um cigarro?

Obrigada.

N�o � uma experi�ncia f�cil para ningu�m.

� engra�ado, n�o �?

Quando uma pessoa morre,
s� nos lembramos das coisas boas.

Sra. Emery,

sabe de alguma raz�o
para que o seu marido se suicidasse?

J� andava infeliz h� muito tempo.

Havia problemas entre voc�s?

N�o havia nada entre n�s.

Viv�amos na mesma casa
desde h� um ano para c�, mais nada.

- Houve algum contratempo em especial?
- N�o.

Ultimamente, agia como se as coisas
Ihe corressem melhor.

Que coisas?

N�o me disse.
Havia muitas coisas que ele n�o me dizia.

Poderiam ter algo a ver com o Sr. Fabian?

- Com o Max Fabian?
- Sim.

Acredito que o seu marido e ele
eram s�cios muito pr�ximos.

Mas o Sr. Fabian � um homem abastado.
Que neg�cios teria ele com o Neal?

Era apenas amigo dele.

O seu marido comprou-Ihe um presente caro
h� cerca de um m�s.

Como conseguiu,
fazendo desenhos a $1 cada no Caribe?

N�o conseguiu. Fiz devolv�-la.

Mesmo assim, tinha dinheiro para pag�-la.

- Sabe onde o arranjou?
- Vendeu um quadro.

Ao Max Fabian, claro.

- Isso � ilegal?
- N�o, mas � il�gico.

Refiro-me ao Sr. Fabian pagar $1.000
ao seu marido por um quadro.

Ele gostava do trabalho dele.
J� tinha comprado outros quadros.

N�o acha que $1.000 � demasiado
pelo trabalho de um artista desconhecido?

Muito bem.

Se o dinheiro era para outra coisa, diga-me.

Tamb�m gostaria de saber.

Estava com esperan�a que me dissesse.

Afinal, voc� e o Sr. Fabian
s�o muito amigos.

Ele vai ao bar frequentemente para v�-la.

Vai l� muita gente ver-me.
� para isso que sou paga.

Mas n�o se senta � mesa com eles,
nem se torna t�o �ntima.

� bastante �ntima do Sr. Fabian, n�o �?

J� estou farta disto. Posso sair?

- Inspetor, n�o creio...
- Muito bem.

Haver� uma investiga��o dentro de dias.
Por agora, � tudo.

J� agora,

se fosse voc�, n�o tentaria sair da ilha.

Dei ordem aos avi�es e barcos
para que prestassem aten��o em voc�.

N�o se esque�a dos tubar�es.
Posso tentar nadar.

Sra. Emery.

J� vou.

Sra. Emery.

Estou certo de que o inspetor
n�o quis insinuar...

Aquilo eram acusa��es, Sr. Anderson,
n�o eram insinua��es.

Se o Consulado puder ajudar
de algum modo...

N�o, obrigada.

S� quero sair daqui o mais r�pido poss�vel
e apanhar o primeiro barco para casa.

Tem amigos ou familiares
que queira que notifiquemos?

Bem, h�...

N�o.

Acho que n�o.

Dizem que Trinidad faz com que
o resto das ilhas pare�am quintais.

- Sim. � muito bonita.
- Deve ser.

Tenho um irm�o mais novo que veio para c�
h� cinco anos para pintar uma lua tropical.

Ainda est�o pintando.

Talvez o conhe�a. Chama-se Neal Emery.

- Emery?
- Sim.

Tem o meu tamanho. � mais ou menos...

N�o. N�o reconhe�o o nome.

- Veio em neg�cios?
- Sim, neg�cios.

- Vem c� muitas vezes?
- Sim. N�o.

- De vez em quando.
- Deve estar se dando melhor.

N�o tenho not�cias dele h� meses
e, de repente...

- Com licen�a.
- Claro.

- Est� acontecendo alguma coisa?
- N�o sei.

Mas espero que ele se safe.

JORNAL DE PORT OF SPAIN
Interrogat�rio Emery Hoje

Jimmy, por que perdes
o teu tempo com isso?

Ali vem ela em carne e osso.

Posso tirar mais uma, Sra. Emery?

Um minuto para um colega americano,
Sra. Emery?

Chamo-me Peters, jornalista independente.

Queria alguns pormenores desta hist�ria.
Voc� sabe, mo�a americana, ex-recruta.

- Com fotos a dan�ar dan�as nativas?
- Porque n�o?

- Ambos ganh�vamos algum.
- N�o estou interessada.

Escuta, mi�da, escusas de vir
com teatros para cima de mim.

J� estive no lugar onde trabalha.

Sou um velho amigo da Sra. Emery.

Se ela precisa de apoio,
acho que prefere o meu.

Claro. Assim seja, Sr. Fabian.

- Farei com que isto n�o volte a acontecer.
- Obrigada, Max.

Porque n�o me deixou ir te ver?

Porqu� te aborrecer
com os meus problemas?

Era amigo do Neal. Ainda sou teu amigo.

Pelo menos, assim o espero.

Sra. Emery?

O inspetor Smythe gostaria
de falar consigo.

Est� bem.

- Com licen�a, Max.
- Eu espero por voc�.

J� falo com voc�.

Muito bem. � capaz de assinar aqui?

Sra. Emery, este � o Jefreemy Bates,
um pescador da ilha de Tobago.

Ele tem algumas informa��es para n�s.

Obrigado. Por agora, � tudo.

- Avisaremos se quisermos que testemunhe.
- Sim, senhor.

Tem o seu passaporte consigo?

- Sim.
- Posso v�-lo, por favor?

O Sr. Anderson disse-me
que planeia voltar para os Estados Unidos.

Mal isto acabe.

N�o posso censur�-la por isso.

A sua estadia em Trinidad
n�o foi muito feliz.

No entanto, n�o posso deix�-la ir.
N�o por enquanto.

Talvez n�o durante muito tempo.

Sr. Anderson, eu...

Sra. Emery, o seu marido n�o se suicidou.

- Foi assassinado.
- Assassinado?

Sim.

De acordo com o m�dico legista,
h� sinais de luta.

Morreu com o cr�nio fraturado,
n�o com uma bala.

A arma foi disparada ap�s a morte.

Mas quem quereria matar o Neal?

Tenho aqui um depoimento
do homem que acabou de sair.

Gostaria que o ouvisse.

"Eu, Jefreemy Bates, declaro que,
�s 16:30 da �ltima segunda-feira,

"vi o barco do Neal Emery no ancoradouro...

"cont�guo � quinta do Max Fabian.

"N�o havia ningu�m a bordo.

"Tive terra � vista durante, pelo menos,
meia hora...

"e durante esse tempo n�o vi ningu�m
a aproximar-se ou a sair do barco. "

�s 16:30,

aproximadamente a hora
a que o seu marido foi assassinado.

Acha que o Sr. Fabian...

Ou algu�m mandado por ele.

N�o acredito. Ele era amigo do Neal.

Sra. Emery, se conhecesse a hist�ria
do Max Fabian,

n�o teria qualquer problema em acreditar.

- Mas que raz�es poderia ele ter?
- Raz�es precisas, n�o tenho a certeza,

mas sei que o seu marido
estava envolvido com ele...

e o assass�nio � uma parte predominante
do neg�cio do Sr. Fabian.

Ele j� causou a morte de muitos milhares.

Ele n�o � um criminoso vulgar.
Longe disso.

� um homem que lida com a intriga pol�tica,
informa��es secretas, trai��o.

Um homem que ficou rico a explorar
problemas e agita��es onde eles existissem.

Durante a �ltima guerra,
recrutou sabotadores para o inimigo.

Comprou e vendeu informa��o militar vital
para ambos os lados.

No entanto, n�o vale a pena continuar.

O importante � que o Max Fabian
est� agora nas Cara�bas...

e, francamente, estamos preocupados.

Temos raz�es para crer
que est� envolvido em atividades...

que amea�am a nossa seguran�a.

Ent�o, porque n�o o prendem?

Infelizmente, n�o temos provas.

Mas podemos prend�-lo
pelo assass�nio do seu marido...

e dizer que voc� era o motivo...

para ele matar o Neal,
pois estava apaixonado por si...

e queria livrar-se dele.

Ser� dif�cil conden�-lo,
mas podemos, pelo menos, tentar.

Eu sei que seria um caso complicado
para si...

e lamento que tenha de passar por isso,

mas n�o tenho outra escolha.

Nem quero pensar
como ser� o jornal de amanh�.

Quando isto acabar,
n�o poderei voltar para casa.

H� uma alternativa, Sra. Emery.

Pois h�.

E n�s prefer�amos essa alternativa,

se pudesse ajudar-nos a descobrir
o que o Sr. Fabian faz em Trinidad.

Eu?

Como posso...

Todos sabem que ele a acha muito atraente.

Voc� podia arranjar-nos
a prova de que precisamos.

� aqui que vive o Neal Emery?

Pode dizer-Ihe que o irm�o est� aqui?

Entre.

Eu sou o Wittol, senhor.

- � o propriet�rio do Caribe?
- Sim. �nico propriet�rio.

- Conhecia o falecido Neal Emery?
- Muito bem. Um rapaz triste e tr�gico.

- Ele era seu empregado, certo?
- T�nhamos um acordo, s� isso.

Deixava-o usar as minhas instala��es
para desenhar.

- Simplesmente amizade.
- Inspetor?

Ent�o, eram bons amigos?

Para Ihe dar uma ideia, deixei-o acumular
uma d�vida no bar de quase $100.

Um pequeno segredo
que guardava da mulher.

� capaz de me dar alguma raz�o
para o Sr. Emery se ter suicidado?

Quando um homem quer tanto
ser um grande pintor e falha...

Quer dizer que ele estava desmoralizado
com o trabalho dele?

Em muitas coisas.

Para compreender o Sr. Emery,
tem de se lembrar que ele era americano.

Era humilhante para ele viver
com os rendimentos da esposa.

� uma atitude rid�cula, claro.

Por que havia de rejeitar tal situa��o?

Eu, quando era jovem,
costumava sonhar com isso.

Agora, claro, � demasiado tarde.

� tudo. Obrigado, Sr. Wittol. Pode descer.

- Obrigado.
- Sra. Emery, por favor?

Sra. Emery,
n�o desejamos aumentar o seu pesar...

e tentaremos concluir esta audi�ncia
o mais rapidamente poss�vel.

Ouviu o Sr. Wittol e outros a descreverem
o estado psicol�gico do seu marido.

Concorda substancialmente
com o que foi dito?

- Sim.
- Tem algo a acrescentar?

N�o.

Na sua presen�a, o seu marido
alguma vez falou em suicidar-se?

Sim, v�rias vezes.

- Inspetor Smythe?
- N�o tenho perguntas, senhor.

� tudo, Sra. Emery.

- N�o temos mais provas para apresentar.
- Muito bem.

Como n�o h� nada que entre em conflito
com a presun��o de suic�dio,

esta investiga��o mostra que o falecido
morreu pelas suas pr�prias m�os.

A audi�ncia est� encerrada.

Olhe para aqui, Sr. Fabian.

Flores?

- Obrigado.
- Compre algumas flores.

N�o.

Chris, as piores torturas s�o
as que inventamos para n�s pr�prios.

Sentes-te culpada em rela��o ao Neal?

- Acho que sim.
- N�o te sintas. A culpa n�o foi tua.

Voc� era muito boa para ele.
Ele me disse isso muitas vezes.

- Obrigada, Max.
- Tens de esquecer o que aconteceu.

Voc� tem a vida pela frente.
Merece alguma felicidade.

Quero que me prometa uma coisa.

Quero que prometa
que me deixar� te ajudar.

Eu deixo, Max, � s� que...

Bem, neste momento, n�o sei
o que quero fazer, para onde quero ir. Eu...

Sinto-me entorpecida e cansada.

Quer entrar?

Tudo prospera nos tr�picos,
incluindo os mexericos.

� melhor se n�o o fizer.

�s um bom amigo, Max.

Mas, dentro de uns dias,
talvez possas ir l� jantar.

- Gostaria muito.
- Pode ser no domingo?

Seja no domingo.

Adeus. E obrigada.

�s o Steve. A Dominique disse-me.

E eu sei quem � voc�. Li tudo nos jornais.

O que te aconteceu?

N�o podemos falar disso mais tarde?

Falamos agora.

Bem, aconteceu tanta coisa.

- Pouco sucesso...
- Ouvi tudo na investiga��o.

Quero saber o que aconteceu realmente.

O que se passa,
acha que ca� aqui por acidente?

O Neal pediu-me para vir c�.

Tenho uma carta no bolso
que nem tem cinco dias.

- Uma carta?
- Sim.

Por que me pediria para vir
para depois se matar?

Mas eu...

Bem, lembras-te como ele era.

- Temperamental, melanc�lico...
- Ele foi assim 30 anos.

Agora, d�s-me uma resposta direta?

Quero respostas que fa�am sentido.

- Sei que foi um choque para ti...
- Mas para ti n�o.

Voc� saiu daquela sala...

como se fosse para uma festa.

Calma a�.

Que direito � que voc� tem de entrar aqui
e falar comigo assim?

O que sabe de mim?

S� tive de olhar para ti
para saber o que aconteceu.

Sei ver como � que o Neal se apaixonou
e que tipo de mentiras Ihe pregou.

� pena ter chegado
alguns dias tarde demais.

Alguns dias?

Voc� chegou tr�s anos atrasado.

Se gostasse tanto do teu irm�o,

porque n�o quis saber
o que se passava com ele?

N�o podia faz�-lo, n�o �?

Mas entra aqui e despeja
toda a tua consci�ncia pesada em mim.

Mas eu n�o estou para aturar isso.

J� aguentei tudo o que podia de voc�,
do teu irm�o e de voc�s todos!

Como a magoou,
acha que se vai sentir melhor.

Sentiu-se angustiado, porque
n�o a encontrou chorando num vestido preto.

- � o que as vi�vas costumam usar.
- N�o nos tr�picos, Sr. Emery.

S� as Espanholas usam
o vestido preto aqui.

Bem...

N�o � adequado sair agora.

Disse demasiadas coisas m�s.

Acho que vai querer pedir desculpas
mais tarde.

Talvez tenha raz�o.
Talvez tenha sido injusto.

N�o sei.

H� muitas coisas que n�o sabe.

Eu levo-Ihe uma bebida ao p�tio.
L� est� mais fresco.

E fica para jantar.

Porque n�o comeram?

- N�o t�nhamos fome.
- Ningu�m vive de sofrimento.

Ontem j� passou. O amanh� est� para vir.

- Esquece de hoje.
- Hoje j� � ontem.

- Chris, detesto continuar a pedir desculpa...
- N�o � necess�rio.

Foi a carta que me deixou confuso.
Ainda n�o entendo.

Ele parecia t�o contente, t�o alegre.

Quando entrei na sala do interrogat�rio...

Eu atendo.

- Sim?
- Sra. Emery, fala o inspetor Smythe.

Tenho aqui
a lista de chegadas da alf�ndega.

Est� aqui um Steve Emery.

Ser� que este pode ser
o irm�o do seu marido?

Sim, �.

N�o falou nada com ele
acerca da morte do seu marido?

Claro que n�o.

�timo. Ele est� a� com voc�?

- Sim.
- Ent�o, serei breve.

N�o Ihe diga nada.
Ele tem de ser mantido fora disto. Entende?

N�o sei bem se entendo.

N�o podemos arriscar.
H� muita coisa em risco.

Fa�a o que Ihe pe�o.
E lembre-se, contamos com voc�.

Eu compreendo.

Adeus.

Era do clube onde trabalho.
Querem saber quando � que volto.

Quanto tempo acha
que fica por aqui, Steve?

Obrigado.

O Neal disse algo
acerca de um trabalho aqui,

por isso,
pensei em ficar durante algum tempo.

- Mas agora...
- Posso ver isso?

Claro.

Por que me pediria para vir c�,

se n�o queria que eu soubesse
o que se passava?

- O que faz, Steve?
- Sou aviador.

N�o imagino o que ele estava pensando.

- Ele n�o te disse nada acerca disso?
- N�o.

Nunca mencionou que eu vinha para c�?

Talvez quisesse me fazer uma surpresa.

Ele era um rapazinho assim.

Pois �. Pobre rapaz.

Fiz tudo o que podia por ele, Steve.

- Sim.
- Quero que acredite nisso.

Bem, est� ficando tarde.
Voc� teve um dia dif�cil.

- Para onde vai?
- N�o sei.

Vou procurar um quarto.

Estou vendo.

Acho que pode ficar aqui, se quiser.

N�o, obrigado.
N�o quero que arranje problemas.

N�o � problema nenhum.

Pode ficar no quarto do Neal.

No quarto do Neal?

Sim. � j� ali.

A Dominique n�o se deve importar de fazer
mais uma cama durante uns dias.

Bem, a Dominique antecipou-se.

Ela tem um tipo de radar mental.

Ela sabe o que uma pessoa pensa
antes de o pensarmos.

Est� tudo do teu agrado?

Sim. Est� �timo.

Obrigado.

- Chris?
- Sim?

- Boa noite.
- Boa noite, Steve.

- Chris, diz-me uma coisa.
- Sim?

E voc�? O que vai fazer agora?

- Volto para o meu emprego.
- Porqu�?

Bem, uma mo�a tem de se virar.

H� outros trabalhos, outros locais.

H� alguma coisa que te mantenha aqui?

Nada em especial.

Quem era o tipo que te trouxe hoje a casa?

� apenas um amigo do Neal.

Estou vendo.

Estava pensando,
n�o h� nada que te prenda aqui,

podemos apanhar
o mesmo barco para casa, n�o?

Isso era bom, Steve,

mas j� me habituei aos tr�picos.

Nunca tens saudades de casa?
Tr�s anos � muito tempo.

Eu sei o que �. Lembro-me de voltar a casa
depois da guerra.

Pilotei um bombardeiro
desde San Francisco.

Lembro-me de passar sobre Chicago...

e o meu co-piloto ter dificuldades...

em impedir-me de aterrar o avi�o
no meio de Michigan Boulevard.

Estava mesmo com saudades.

N�o sente saudades de um local de l�?

Digamos, um velho teatro
onde costumava representar,

talvez um ringue onde fosses esquiar?

Pensa nisso.

Os Estados Unidos podem ser
o local para ti.

Seja como for, se decidir voltar,
me procura, est� bem?

Sabe, hoje voc� encontrou
um familiar sobressalente.

Obrigada, Steve. N�o me hei de esquecer.

Chris, quando � que aconteceu?

- Quando aconteceu o qu�?
- O Neal.

Qual foi a data?

Foi no dia 22.

22 de Junho.

Porqu�?

Por nada. Eu...

S� queria saber.

- O Sr. Wittol est� c�?
- Sim. Est� no escrit�rio.

- Tem hora marcada?
- Nesta espelunca? Est� me gozando?

Qual � o assunto?

N�o se preocupe.
O Sr. Wittol n�o tem segredos de mim.

Ele tem � mantido a informa��o guardada.

N�o se preocupe. Escusa de se levantar.

Sim?

Isto deve dar para pagar a conta.

N�o volte a dizer piadinhas.

Que piadinhas? Que conta? Quem � voc�?

Lembra-se da conta
que o meu irm�o tinha no seu bar?

Ou n�o havia qualquer conta?

Voc�? O irm�o dele?

� claro, � claro, � claro.

� um prazer conhec�-lo, Sr. Emery.

Claro, dadas as circunst�ncias,
um prazer infeliz.

Diga-me, quando chegou?
O que faz em Trinidad?

- Tem neg�cios por aqui?
- Eu � que fa�o as perguntas.

- O que aconteceu naquele dia?
- Naquele dia?.

Nada. Foi um dia
como tantos outros. Porqu�?

Enterrou-o bastante no interrogat�rio.

Sr. Emery, comigo n�o � necess�rio
mandar tiros no escuro.

Se soubesse algo, dizia-Ihe.

Que trabalho tinha ele para mim?

Trabalho? Que trabalho? O seu irm�o tinha
algum trabalho para algu�m?

Ele s� queria impression�-lo. Acredite.

- Est� mentindo.
- Espere.

- Onde vai?
- � pol�cia.

N�o. Por favor, espere. N�o v�.

Est� bem. Vejo que � demasiado inteligente
para aceitar apenas meia verdade.

� uma quest�o de cortesia.
E, para mim, ela � um investimento valioso.

- Fala da esposa dele?
- J� a conheceu?

- Isso dificulta as coisas.
- O que � que dificulta o qu�?

Viu-a calma, honrada, suave e reservada.

Mas, se a vir como eu j� vi, noite ap�s noite,
a dan�ar,

- a excitar os homens...
- Pode parar com a poesia?

Por favor, Sr. Emery,

tem de perceber
que ela n�o � apenas uma mulher,

� uma Mulher com "M" mai�sculo.

Como podia um homem sentir
que a possu�a completamente?

Isso � poss�vel?

Quer dizer que ela andava a engan�-lo?

V�, est� imaginando coisas e j� est� chateado.

� uma atitude americana. Nunca se confia
numa mulher bonita. � t�pico.

- Estava ou n�o estava?
- Bem, eu...

- Quem � o tipo?
- Tipo? Que tipo?

N�o havia tipo nenhum.
� isso que tento dizer-Ihe.

Quando um homem casa com uma deusa,
tem de esperar que outros a adorem.

Isso matou-o.
Ele n�o era capaz de aceitar isso.

O que Ihe disse agora � a verdade. Acredite.

Estou? Posso falar com o Sr. Fabian,
por favor?

- Onde foi ele?
- Saiu.

- N�o disse aonde?
- N�o, saiu apenas.

Gosta dele?

- Ele parece muito simp�tico.
- Eu gosto dele.

Ainda bem.

Este � um homem.
O outro era uma sombra deste.

- Nunca pensei muito nisso.
- Talvez fosse bom pensar.

Choco-a?

Quando um dia termina, come�a outro dia.

- � um prov�rbio �ndio?
- � uma dica dom�stica �ndia.

- Bom dia.
- Bom dia.

- Onde estiveste?
- Fui s� dar uma volta.

- Como te sentes?
- Melhor, obrigada.

- �timo.
- Foi dar uma volta aonde?

Por a�.

N�o � segredo, certo?

N�o, n�o � segredo nenhum.

Na verdade, aluguei um carro por uns dias.

Pensei que podia mostrar-me a ilha.

Pensava que estava para ir embora.

Mudei de ideia.

Pensei que, se ficasse algum tempo,

pod�amos conhecer-nos melhor.

- N�o parece muito contente com isso.
- Mas � claro que estou.

Ainda bem.
Quer come�ar, aproveitar o dia?

N�o estou com muita disposi��o
para passear, Steve. Eu...

Iria fazer-Ihe bem.

E vai precisar disto.

Se tomei a liberdade?

Ser impertinente � direito
de um empregado bom e leal.

Eu n�o lutava contra ela, se eu fosse voc�.
Ela tem um radar, lembra-te?

Ol�!

Est� se divertindo?

- Obrigada, Steve.
- De qu�?

Por me lembrares do que � divertir-me.

- O que se passa?
- Estava pensando.

Passei tr�s dias maravilhosos.

Ainda bem que voc� se decidiu ficar
para me conhecer melhor.

Tamb�m acho.

Obrigado.

Dominique, tens duas pessoas esfomeadas
para tratar.

- Tem alguma coisa pra comer?
- Ol�, Chris.

Max.

N�o podia continuar a negar
o prazer de te ver.

- Bem...
- Se importa que eu tenha vindo?

Claro que n�o.
S� estou surpreendida, mais nada.

Ainda bem. Por um momento, pensei
que estava aborrecida.

� o irm�o do Neal.

- Exato.
- Ouvi dizer que estava em Trinidad.

Bem.

- Chris, n�o nos apresenta?
- Pe�o desculpa.

- Este � o Sr. Fabian, Steve, amigo do Neal.
- Como est�, Sr. Emery?

- Ol�.
- Ainda bem que est� c�.

A �ltima vez que vi a Chris,
fiquei preocupado com ela.

Parecia muito perturbada.

Mas agora,
acho que nunca a vi t�o radiante.

Dou-Ihe os meus parab�ns.

Chris, talvez o Sr. Emery
nos possa acompanhar hoje ao jantar.

Mas n�o recebeu
a minha mensagem, Max?

Mensagem? N�o.

Eu deixei um recado
dizendo que n�o podia ir.

- � que, com o Steve aqui, pensei...
- Ent�o, traga contigo.

Gostava que ele visse a minha casa.

A Chris j� Ihe disse
que eu tenho v�rios quadros do Neal?

N�o. Ela n�o falou muito de voc�.

Bem, n�o sei se me deva sentir
triste ou contente.

Mas vem, certo?

Sim.

- Gostaria muito.
- �timo. Ent�o, fica combinado.

Mando algu�m buscar voc�s �s 18:00.
Eu sei onde � a sa�da.

Parece que ele quer comer algu�m.

Boa noite.

Boa noite.

Queiram aguardar na sala.
O Sr. Fabian desce j�.

Obrigada.

N�o sabia que voc� e o Neal tinham
uns amigos t�o ricos.

Tem toda a raz�o, Sr. Emery.

Eu tenho muito dinheiro.

Mas eu... Bem,
espero que isso n�o seja um problema.

Por que havia de ser?
N�o tenho nada contra o dinheiro.

- Chris, minha querida.
- Ol�, Max.

- Est�s muito bonita.
- Obrigada.

Voc� fica mais ador�vel nesta cor
do que noutra qualquer.

N�o acha, Sr. Emery?

Bem, h� alguns tons que ainda n�o vi nela.

Vai ficar admirado.

Fui eu pr�prio que fiz as bebidas.

- Quer o habitual, certo, Chris?
- Sim.

- E o Sr. Emery, o que vai beber?
- Tamb�m quero o habitual.

Hans.

O que est� achando de Trinidad?

� um lugar bom para relaxar,
mas eu vim para trabalhar.

Talvez possa me ajudar.

O meu irm�o falou-me de um trabalho,

mas ningu�m por aqui
sabe nada acerca disso.

Ele Ihe disse alguma coisa?

N�o, acho que n�o,

mas tamb�m j� n�o via o Neal
h� umas semanas antes de...

Chris?

Obrigado.

Ainda vai ficar por aqui muito tempo, Sr. Emery?

Ainda n�o me decidi.

� sua estadia, seja pelo tempo que for.
Que seja agrad�vel.

A cada minuto que passa
fica mais fascinante.

Chris, o meu cozinheiro veio
de muito longe.

Se essa sobremesa n�o � comida,
tenho medo que ele volte para l�.

� deliciosa, Max,
mas j� comi tanto esta noite.

Me parece que voc� comeu muito pouco.
E voc�, Sr. Emery,

acho que n�o ficou
com grande impress�o do meu cozinheiro.

Mas fiquei. Com tudo.

Especialmente com este bras�o.

Est� na sua fam�lia h� muito tempo?

N�o tenho fam�lia. Mas os meus amigos
dizem que mere�o uma,

por isso, inventei esse s�mbolo. Porqu�?

Por nada.

S� tenho a impress�o de que j� o vi.

Bem, vamos tomar o nosso brandy
no terra�o?

Com licen�a.

Podre, corrompida, decadente!

� intoler�vel termos de te aturar.

Voc� � que � intoler�vel. Intoleravelmente
est�pido, bronco, autorit�rio...

Veronica, por favor.

Sr. Walters, tenho de Ihe pedir
que n�o fale assim com a minha mulher.

Eu falo com a sua mulher como ela merece.

B�beda em cada bar rasca de Havana.

- Ela n�o � melhor que...
- Querida, por favor.

- Cale a boca.
- Porqu� fazer uma cena?

- Como se atreve a dar-me um estalo?
- Um estalo?

- Devia era te arrancar os olhos.
- Veronica, Walters.

Calem-se todos.

Tenho convidados.

- A s�rio?
- Quem?

Dev�amos ter vindo mais cedo, Max,
ou mais tarde?

S� deviam ter voltado amanh�.

- Por que voltaram esta noite?
- Porque eu insisti.

- Eu disse-Ihes que n�o dev�amos, Max.
- Agora est� feito, Franz.

Como est�o aqui, sugiro que entrem
para conhecer os meus amigos.

E tentem parecer normais.

Lamento que parecesse
uma revolta dos nativos,

mas eram s� os meus convidados
voltando de uma longa viagem.

- Esta � a Sra. Huebling. A Sra. Emery.
- Como est�, Sra. Emery?

- E o cunhado.
- Falaram-me muito de si.

Espero n�o ter vindo tarde
para o espet�culo. Quando � que come�a?

Parece que est� come�ando agora.

Max, ela tamb�m diz piadas. Que sorte a tua.

Pe�o desculpa pela Veronica.

Tende a ser mal-educada
quando est� cansada.

N�o estou cansada.
S� estou ligeiramente b�beda.

Ol�. O Max n�o me falou de voc�.

- Veronica, minha querida.
- Para de me dizer como me comportar.

Mas que mundo maravilhoso.

�s 19:00, detest�vamo-nos na Jamaica,

agora, tr�s horas mais tarde,
odiamo-nos em Trinidad.

Obrigada, Max.

Veronica, algumas pessoas ficam
mais calmas com uma bebida.

- Sugiro que beba outra.
- Obrigada, querido. � o que farei.

Mas n�o prometo ficar inconsciente.

Ena!

- Obrigada.
- Veronica.

Com licen�a.

- Este � o meu bom amigo Peter Bronec.
- Como est�?

Sr. Emery, o Sr. Bronec.

- Sim, viemos juntos no avi�o.
- A s�rio?

Sente-se melhor, Sr. Bronec?

Sim, sim, claro.

N�o me disse que estava doente, Peter.

N�o estava doente, Max.

- � que, por vezes, no avi�o, eu...
- Est�s gaguejando de novo.

- N�o estou nada. Eu...
- E bastante.

Esperemos que estas pequenas f�rias
curem isso.

Se me derem licen�a,
tenho de escrever umas cartas.

- Este � o Sr. Walters.
- Como est�o?

E o Dr. Huebling.

Como est�, Sr. Emery?

- Dr. Franz Huebling?
- Exato.

N�o escreveu uns artigos
acerca do foguete V-2 ap�s a guerra?

Costumava interessar-me por isso.
Eram umas pequenas experi�ncias.

Mas est�o ultrapassadas, � como a roda.

- Se interessa por isso?
- Sim, tamb�m tinha algum interesse,

tendo pilotado um B-29.

Franz, devem estar esfomeados.

Digam ao cozinheiro para arranjar algo.

Sim, Max, est� bem.

Sr. Walters, junte-se a n�s mais tarde,
se n�o estiver cansado.

Estaremos no terra�o.

Vamos?

N�o sejas t�o ganancioso, Max.

Podes mostrar � Sra. Emery o luar,

mas eu fico aqui com o Sr. Emery.

N�o se importa, certo?
De certeza que eles n�o se importam.

Al�m disso, n�o quer que eu beba sozinha.

Estive fechada no avi�o do Max durante
tr�s horas com tr�s homens muito chatos.

Mas voc� n�o � chato.

Estou vendo que � chato.

Qualquer homem que n�o consiga tirar
os olhos de outra mulher � chato.

J� devia saber que est� apaixonado por ela.

Sim, est� apaixonado por ela,
tal como o Max...

e sabe-se l� quantos mais.

O que � que ela tem?

� a maneira como ela dan�a?

Talvez devesse aprender a dan�ar.

E deixe eu ver. O que � que ela faz?

Um chick a chick boom chick boom

Um chick a chick boom chick boom

Chris, h� tanta coisa que te quero dizer.

Quando o Neal era vivo, n�o podia.
Mas agora...

De certeza que sabes como me sinto.

N�o, Max, n�o sei.

Pensei que os sinais eram �bvios.

O jovem l� dentro reconheceu-os.

- O Steve?
- Sim. E n�o gostou deles.

Ele tem ci�mes. Mas n�o posso culp�-lo.

Eu tamb�m tenho ci�mes.

Mas n�o devia ter.

Chris, saio de Trinidad mal os meus
neg�cios aqui estejam terminados...

- e esperava que...
- Neg�cios?

Pensava que era um homem desocupado.

E podia ser, se quisesse.

Por que havia de alterar a tua vida
por mim?

Porque quero, por ambos.

Pod�amos fazer o que quisesse,
ir aonde quisesse.

Paris, Cairo, Sevilha...

Parece maravilhoso, Max,
mas como posso decidir t�o depressa?

Sei t�o pouca coisa sobre voc�.

Sabe que n�o podia estar longe do Caribe
enquanto l� estava,

que fui l� todas as noites
durante meses por voc�.

- E tens de saber que...
- De repente fiquei com frio.

Tem gra�a, n�o tem? Numa noite assim?

Espera. Vou te buscar um cachecol.
Quero terminar esta conversa.

N�o Ihe disse nada no avi�o. Nada, juro.

- Por que voc� ficou chateado?
- Ningu�m acreditou.

- Claro que acreditamos.
- Por que tenho de ficar?

Fiz tudo o que prometi.
O meu trabalho est� quase terminado.

- Voc� pode termin�-lo esta noite?
- Sim.

Trabalho a noite toda, se for necess�rio.

Ent�o, voc� pode ir embora de manh�.

Obrigado. Obrigado, Max.

Max!

Tens de mandar os teus amigos
embora agora.

Porqu�? Houve mais alguma calamidade?

Tivemos de levar a Sra. Huebling l� para
cima e o teu amigo Emery com ela.

Aquela mulher n�o � respons�vel.

Ela pode dizer algo enquanto est� b�beda.

Vou j� l� acima.

Entretanto, mesmo arriscando alterar
a tua personalidade,

tenta permanecer calmo.

Chris?

Lamento ter-te feito esperar,

mas parece que houve
um tipo de crise dom�stica.

Por alguma raz�o,
a Sra. Huebling est� num daqueles estados.

Estou vendo.

Talvez fosse melhor
eu e o Steve irmos embora.

Talvez voc� tenha raz�o. Lamento imenso.

- Haver� outras noites.
- Espero que sim.

Na verdade, dou uma festa de anivers�rio
na quinta-feira.

Se voc� viesse, j� tinha algo para celebrar.

- Voc� vem?
- Gostaria muito.

�timo.

N�o devia ter sa�do, Sr. Walters.

Ela tinha coisas muito interessantes
para dizer sobre voc�.

Ela � uma mulher muito doente.
Muito doente.

J� gastaram o luar todo?

Estamos de sa�da, Steve.

De sa�da? Porqu�?

Pensei que voc� estava se divertindo.

Estou cansada e j� � tarde.

Lamento que esta noite
n�o tivesse sido melhor, Sr. Emery.

Eu sei como se esfor�ou.
Melhor sorte para a pr�xima.

Sr. Emery.

Boa noite, senhor.

- Boa noite, doutor.
- E muito obrigado.

De nada.

Esta situa��o est� se tornando imposs�vel.

Estou vivendo um pesadelo. Um pesadelo!

Onde poder�amos nos encontrar?

E a tua esposa!
N�o consegue controlar a mulher?

N�o a compreende.

Eu a compreendo demasiado bem.

Agora, talvez possam me explicar
por que voltaram esta noite.

Descobri que o teu homem foi apanhado
tentando entrar nos Estados Unidos.

Agora, como quer continuar?

O meu governo est� cansado
de todos estes atrasos.

Se o teu governo est� insatisfeito,
procure outro.

Mas te pagamos
tremendas somas de dinheiro.

- Fizeram um investimento.
- E n�o queremos perd�-lo.

Onde voc� tinha a cabe�a
para trazeres aquelas pessoas para c�?

O jovem j� est� com suspeitas.

Reconheceu o Huebling.
Viu o Bronec a gaguejar como um idiota.

O Bronec parte amanh�. J� terminou.

Ele n�o est� em condi��es de sair.

O homem est� prestes
a ter um esgotamento.

Eu disse que ele tinha terminado.

Quanto � sua condi��o, isso ser� corrigido.

- E eu preocupo-me com o Sr. Emery.
- Muito bem.

Mas te aviso, se algo sair errado,
te responsabilizo.

Lembre-se disso.

Saiu outra vez.

Acho que � uma caracter�stica nacional.

Pode vir aqui em acima, Max?

Sinto-me muito melhor, obrigada.

Posso tomar uma bebida antes de ir dormir?

O que voc� disse na frente do jovem?

Nada, Max. Nada.

Como sabe,
se voc� estava praticamente inconsciente?

Eu estive sempre l�, Max.

- Voc� tratou de tudo na Jamaica?
- Sim, de tudo.

Comprei a terra em meu nome,
como me disse.

Voc� disse que era uma aristocrata pobre?

- Sim.
- E que procurava...

um peda�o de terra para se assentar...

com o teu marido doente?

- Sim, Max. Foi o que me disse.
- E acha que acreditaram?

Claro que Sim. Pergunta ao Franz.
Porque n�o acreditariam?

Porque aristocratas pobres...

n�o usam colares de p�rolas
no valor de $50.000.

- As minhas p�rolas!
- Eu te disse para deixar elas aqui.

Por favor, Max. Veronica, deixa estar.
Eu as apanho.

E n�o pe�a ajuda
quando o teu cart�o visa expirar.

Estou farto de voc� e das tuas bebedeiras.

- Max, voc� n�o pode.
- Vai para o albergue ajudar o Bronec.

Ele deve acabar o trabalho
esta noite, entendido?

Sim, Max.

Ent�o?

Max, por favor.

Boa noite, senhor.

Voc� pode dizer ao teu patr�o.
Nem demos as m�os.

Acho que era ruim voc� ter dito aquilo.

N�o quero que o Sr. Fabian fique
com ins�nias.

Est� bem, Steve,
est� h� horas para diz�-lo.

Diga.

N�o. Estou � espera prevendo
como o vai dizer.

- Confia muito nas pessoas, n�o �?
- Depois desta noite, n�o.

Porque n�o me falou
do encontro com o Fabian?

Eu queria dizer, mas me esqueci.

Voc� se esquece de muitas coisas.

Esqueci de te dizer
que ele era teu amigo e do Neal,

que ele comprou quadros do Neal.

Tamb�m se esqueceu de dizer
que ele comprou a mulher do Neal?

A chuva me acordou.

Tamb�m te acordou?

Sim, a chuva.

Parto amanh�.

Parte?

Sim.

N�o tem de aturar mais os meus insultos.

Steve, as coisas que voc� acha de mim...

- n�o s�o verdade.
- Esquece.

N�o tem de me dar explica��es.

Mas quero faz�-lo.

Porque n�o me falou do bras�o,
do Fabian, de tudo?

O que se passa entre voc� e ele?

N�o se passa nada entre n�s.

� por isso que ele olha para voc�
daquela maneira?

Como se n�o aguentasse para te abra�ar?

N�o posso mudar o modo como ele me olha.
Mas os bra�os dele nunca me tocaram.

Os bra�os de ningu�m.

H� muito tempo.

Nem mesmo os do Neal?

Nem mesmo os do Neal.

N�o o amava?

Amei-o,

mas o amor �
algo que tem de ser alimentado...

e este n�o era.

Chris.

Steve, Steve.

Sempre que ele olhava para voc� esta noite,
eu podia... Se algu�m olhava para voc�...

Chris.

Volta para os Estados Unidos comigo.

Agora n�o posso, Steve.

- Porqu�?
- N�o me pergunte. Mas n�o posso.

O que se passa, Chris?

Nada. Nada, mas...

Volto mais tarde para voc�, se quiser.

O que � isto, uma das tuas t�cticas...

como as que tenho visto
desde que cheguei?

Voc� sabes que n�o �.

Como � que sei?

Steve.

Muito interessante. Muito mesmo.

Mas o que espera exatamente que eu fa�a?

Espero que fa�a o seu trabalho.
Olhe para a data na carta.

Foi escrita no dia da morte do meu irm�o,
com o papel do Fabian.

Ele disse que n�o o via h� semanas.

O que se passa?
T�m de ter uma bomba debaixo de voc�s...

para fazerem algo?

Sr. Emery, houve uma investiga��o
aprofundada de todos os fatos.

Que fatos? Aqueles do interrogat�rio?

L� nos EUA, fazem mais perguntas
quando um c�o � atropelado.

Porque n�o v�o procurar
em casa do Fabian?

O local est� cheio de gente estranha.

E o trabalho de que o meu irm�o falava,

como sabe que n�o era para o Fabian?

Ele tem um avi�o privado.

Sr. Emery,
tem uma grande queda para o dram�tico.

Vinte ou trinta residentes ricos
t�m avi�es privados.

N�o se pode prender pessoas
por serem estranhas.

Quanto ao papel,

o seu irm�o arranjou-o em casa do Fabian
a qualquer altura,

n�o necessariamente no dia da morte.

Tem um �libi para tudo, n�o �?

E para o modo como o Fabian age
perto da mulher do meu irm�o?

Francamente, acho isso
um artigo da coluna de mexericos,

n�o para a pol�cia de Sua Majestade.

O que se passa?
O Fabian tamb�m o tem a voc� na m�o?

Devo avis�-lo, Sr. Emery,
a difama��o � um assunto muito s�rio.

Tal como o assassinato.

Acho que era sensato ir para casa
e deixar isto para as autoridades.

Gostava, n�o gostava?

H� muita gente querendo que v� para casa.

D� pra mim isso. Eu a guardo, se n�o se importar.
N�o quero que desapare�a.

- Gostava que Ihe pud�ssemos dizer.
- Tamb�m eu. Mas tenho as minhas ordens.

At� deixar de ser suspeito,
n�o podemos dizer nada.

N�o se preocupe, Sr. Anderson.
Estamos investigando-o.

Devemos receber not�cias em breve.

Agora, estou mais preocupado
com os convidados do Sr. Fabian.

- Sim, senhor?
- Passe-me a Sra. Emery.

E este � o homem
que estava trabalhando no albergue.

Bronec. Peter Bronec.

Bronec. Bronec. Aqui est�.

Peter Bronec,
especialista em eletr�nica e radares.

Muito inteligente.

Huebling e Bronec.
O que quer o Fabian destes dois?

Se ao menos pudesse entrar
naquele albergue.

Mas como?

Talvez na noite da festa de anivers�rio.

Vai haver muita gente a andar por l�
e podia...

Mas eu n�o conseguirei entrar.
Vai estar trancada.

- Sim?
- O Bronec vai embora. Pan-American, 11:00.

- Vai? �timo.
- Est� confirmado.

O Bronec vai embora no avi�o das 11:00.
Temos de despachar-nos.

Quero falar com ele. Ele parece agitado.

Talvez consiga extrair-Ihe
alguma informa��o.

E o Steve? O Sr. Emery?
Tenho de Ihe dizer algo.

Telefone-me esta tarde.
Talvez tenha not�cias para voc�.

Sim, mas estou preocupada.
Ele pode arranjar problemas.

Tenha paci�ncia, Sra. Emery,
s� mais um bocado.

Sim, Sim. E obrigado. Portou-se muito bem.

Muito bem mesmo.

PARA O AEROPORTO

- Bom dia, Baker.
- Bom dia, inspetor.

- Um Sr. Bronec j� deu entrada?
- Bronec?

- N�o, mas tem uma reserva.
- Sim, eu sei. Obrigado.

Ele deve estar chegando,
se quiser apanhar aquele avi�o.

A� vem o carro do Fabian.

� ele.

V� atr�s daquele carro, depressa.

Est�o a olhar para onde?
Chamem uma ambul�ncia.

Eu atendo, Dominique.

- Estou?
- Sra. Emery?

Sim.

O Sr. Bronec morreu.

O qu�?

Foi atropelado por um carro
no aeroporto h� cerca de meia-hora.

Obviamente, foi assassinado.

Claro, o Sr. Fabian ficou chocado
e horrorizado...

ao saber o que aconteceu ao seu convidado.

Mas, desta vez,
acho que ele foi um bocado precipitado.

Acredito que vamos localizar o carro.
Tenho homens a tratar disso.

J� agora, encontrei algo
entre as coisas do Sr. Bronec...

que pode ser �til,

um conjunto de chaves.

Afinal, acho que talvez consiga
entrar no albergue.

Bem, vou tentar.

�timo. Vou j� entregar-Ihe as chaves.

J� agora, o Sr. Emery est� a�?

N�o. Saiu bem cedo de manh�...

e nunca mais o vi.

Agora, j� podemos dizer-Ihe
qual � a situa��o,

mas � melhor ser eu a faz�-lo.
Diga-Ihe para vir falar comigo.

- Est� bem, eu digo.
- Obrigado.

Adeus.

Est� envolvida em algo mau. O que �?

Nada, nada.

Agora faz da sua vida um segredo?

Dominique, por favor! Deixa-me em paz.

Mas deve saber mais.
Encontrou o corpo dele no barco.

la para onde? Onde estava?
Algu�m deve saber.

- Diz que � o irm�o dele?
- J� o disse tr�s vezes.

Se sabe de algo, porque n�o me diz?

Se encontrar o Jefreemy Bates, talvez ele...

- Jefreemy Bates? Quem �?
- Por favor, n�o diga quem Ihe contou.

N�o direi nada se n�o quiserem.

Quem � ele? O que � que sabe?

� pescador da ilha de Tobago.

Quando o seu irm�o foi encontrado,
foi � delegacia.

Esteve l� muito tempo.
Mais tarde, n�o disse nada.

Mas se Ihe dissesse que � o irm�o dele...

Como se chega a essa ilha?

O respons�vel pelas docas
pode conhecer algu�m que o leve l�.

Obrigado.

N�o � ele. � o motorista.
O motorista do Sr. Fabian.

Por que havia o Sr. Emery de sair
durante tr�s dias e n�o Ihe dizer?

Ele l� devia ter as raz�es dele.

N�o quer ir a casa do Sr. Fabian esta noite,
pois n�o?

Ent�o, por que vai?

Deixe-me mandar o carro embora.

� demasiado tarde, Dominique.

Se ele voltar esta noite, diz-Ihe que eu...

Esquece.

- Est� deslumbrante esta noite, querida.
- Obrigada.

Que len�o t�o ador�vel.

Foi isto que foi comprar ontem, Max?

Que ideia peculiar, dar uma prenda
� Sra. Emery no teu anivers�rio.

N�o deveria ser ela a trazer-te algo?

Ela trouxe a ela pr�pria.

Quero ver a Sra. Emery.

Lamento, acho que o Sr. Fabian
n�o est� � sua espera.

H� muitas coisas
de que o Sr. Fabian n�o est� � espera.

N�o pode entrar.

Com licen�a.

Boa noite, Sr. Emery.
A que devemos esta invas�o?

Isto pertence a um amigo seu.

Devolva-o.

Talvez queira apunhalar outros
pelas costas.

O que se passa contigo? Est�s louco?

E tenho umas coisas a te dizer, mas n�o
aqui. Tragam a manta da Sra. Emery.

Esta � a minha casa, Sr. Emery.

Se quer algo, sugiro que se dirija a mim.

Trato de voc� mais tarde.

Voc� vem ou n�o?

N�o estou pronta para sair.

Est� bem, ent�o ambos v�o ouvir
o que eu tenho para dizer.

Tenho uma declara��o
assinada por um pescador...

chamado Jefreemy Bates,

que diz que o meu irm�o esteve nesta casa
no dia em que morreu.

Tem um �libi para isso?

- Posso?
- N�o pode nada.

Estou farto de hist�rias
sobre meu irm�o ter se suicidado.

Usarei isto para acender o rastilho
em voc� e na pol�cia.

Max, ele esteve a beber.

N�o sabe o que diz.

Tem todo o tipo de ideias malucas
acerca da morte do Neal.

Deixa-me falar com ele sozinho, por favor.
N�o vamos fazer uma cena.

Est� bem, mas estarei por perto.

Steve, tens de sair daqui.

Explico-te tudo mais tarde,
mas voc� tem de ir embora.

Porqu�? Para que voc�s descubram
como se safarem disto?

N�o, n�o.

Sabia que o Neal esteve aqui
no dia em que morreu, n�o sabia?

Mas n�o posso falar disso agora.
N�o entende?

Entendo que me voc� tem mentido
desde que cheguei aqui.

Muito bem. Se quer a verdade, vai t�-la.

Sim, sabia que ele tinha estado aqui,
porque tamb�m estava aqui com o Max.

Foi por isso que se matou,
por descobrir tudo sobre mim e Max.

Agora, vai embora?

O que quer,
mais uma declara��o assinada?

Dou-te uma para levar para casa
e emoldurar.

Obrigada.

Esta festa est� se transformando num vel�rio.

Vamos divertir-nos. Com licen�a.

Senhoras e senhores,
a Senhora de Trinidad! Preparem-se!

J� fui beijada antes

J� me abra�aram com for�a

Voc� pode descobrir pelo meu beijo

Que n�o foste o primeiro

E n�o ser� o �ltimo

Beijei-os de corpo e alma

E guardei a mem�ria na letra M

Amanh�, se sentir falta deles

pode ser a �nica vez que penso neles

J� fui beijada antes

S� os loucos dizem quando

Nasci para ser beijada

para beijar e ser beijada

E serei beijada de novo

Um cora��o � destro�ado por noite

Um sorriso que eles entenderam mal

A n�o ser que o trates bem

� melhor ir embora

Enquanto ir embora � o melhor

Tive muitos amores

Voc� foi apenas mais um

Mas um dia serei beijada

E talvez tenha d�vidas

Se j� fui beijada antes

Se j� fui amada antes

Nesse dia em que for beijada

At� negarei

Que fui beijada antes

Tive muitos amores

Voc� foi apenas mais um

Mas um dia serei beijada

E talvez tenha d�vidas

Se j� fui beijada antes

Se j� fui amada antes

Nesse dia em que for beijada

At� negarei

Que fui beijada antes

Esta � a minha prenda de anivers�rio, Max.
Espero que voc� tenha gostado.

N�o conhe�o um modo mais entusi�stico
de come�ar um ano novo.

Ainda aqui est�s? Est�s � espera de qu�?

Max, n�o.

Deixa-o ir.

At� fico doente de olhar para ele.

N�o sabe o que � ser doentio.

Parab�ns, ot�rio.

O que Ihe disse antes?

Que estava fazendo figura de idiota.

Nunca pensei que isso produzisse
resultados t�o surpreendentes.

Tamb�m disse que ia embora contigo.

Est� t�o ciumento
que nem consegue ver bem.

Max, n�o quero voltar para aquela casa
esta noite.

Posso ficar aqui?

Claro.

Direi � governanta
para preparar um quarto para voc�.

Aqui tem, querida.

Bem-vinda ao grupo.

O que aconteceu?

Porque ela n�o veio com voc�?

Por que haveria de vir? O lugar dela � l�.

Max, � uma urg�ncia.

Com licen�a, Chris.

� incr�vel, Max, incr�vel.

� o que temos estado � espera?

Tenho de verificar imediatamente
estes dados. Anda.

Sr. Fabian, quer que eu levante voo
novamente esta noite?

Depois digo-te. Olaf, d�-Ihe algo de comer.

Sim, senhor.

PUERTO RICO a A CENTRO DE COMANDO X
- 500-760

JAMAICA a B CENTRO DE COMANDO Y
- 300-850

CUBA a C CENTRO DE COMANDO Z
- 475-200

TRINIDAD a D CENTRO DE COMANDO L
- 220-450

HAITI a E - RAIO - X
- 300-520

S� preciso de uns minutos.

Sr. Walters, poder� ir embora
dentro de muito em breve.

�timo, �timo. �timo.

Por que deixa estes pap�is � vista de todos?

N�o se preocupe.
O �nico que os compreende � o Franz.

� escrita matem�tica dele.

Nunca vi as coisas
serem feitas como aqui. Nunca.

- Ent�o, Franz?
- Est� correto, Max, correto.

E t�o claro, t�o simples.

O princ�pio do centro de energia � que...

N�o quero saber de detalhes.
Quando podemos come�ar a produzir?

J�, se o seu governo tiver
os recursos t�cnicos.

- E � tudo o que nos t�m prometido?
- Ainda mais.

Vou explicar, de modo a que at� voc�
consiga compreender.

O V-2 alem�o
de que nos orgulhamos tanto...

era uma bombinha de carnaval
comparado com isto.

Com as bases de Ian�amento nas Cara�bas,

n�o existe uma �rea vital
nos Estados Unidos...

que n�o esteja dentro do raio de ataque.
Eu Ihe mostro.

Aqui.

Chicago, San Francisco, Los Alamos,

Oak Ridge, Nova lorque.

Excelente, excelente.

Se houver guerra,
o seu pa�s faz um ataque...

que far� Pearl Harbour parecer
uma mera reprimenda,

usando a pr�pria arma americana,
caso goste de ironias.

Sim, Sim.

Bem, Sr. Walters, mereci o meu dinheiro?

Max, lembra-te que fui eu que incitei
o meu governo a fazer este neg�cio contigo.

- Sim?
- � Veronica.

A festa acabou, Max,
e os convidados est�o a ir embora.

A n�o ser que conven�as a Sra. Emery
a dan�ar novamente,

sugiro que venhas despedir-te.

Mais alguma coisa, Franz?

N�o. Vai indo, Max.
Eu vou ficar trabalhando mais um pouco.

- Vem, Sr. Walters?
- Sim, Sim.

Boa noite. Obrigado.

Boa noite.

Veronica, sabe onde est� a Sra. Emery?

N�o. Devia saber?

Chris.

J� me perguntava para onde voc� tinha ido.

S� estava a apanhar ar fresco.

Bem, o que aconteceu
� minha pequena prenda?

Bem, eu...

Devo t�-la perdido nalgum lugar.

- Lamento imenso, Max. Eu...
- N�o te preocupe.

Um dos criados a encontra
antes do amanhecer.

Anda. Eu te mostro o seu quarto.

- Max?
- Sim?

Estava pensando,
se devia ir para casa.

Por que mudou de ideia t�o depressa?

Por nada. � que...

N�o tenho nada para usar amanh� e...

S� por isso?
Veronica te empresta o que precisar.

� claro. Tenho coisas ador�veis
que o Max me deu e que eu nunca utilizei.

- Mas eu...
- N�o deixarei que v� agora. Anda.

Acho que ela pode ter decidido
passar l� a noite.

Investiga isso, est� bem?

Pronto, pode chamar novamente
o Sr. Wittol.

Isto � rid�culo, inspetor, rid�culo.
Por que temos de passar a noite aqui?

Veja como o seu amigo est� cansado.

Inspetor, estou a dizer-Ihe que nem sabia
que esse Bronec existia.

Por que havia de o matar?

Inspetor, acha que sou
dos que atropelam pessoas de carro?

O mundo est� cheio
de m�todos fascinantes de destrui��o.

Por que havia de matar algu�m
de um modo t�o absurdo?

Sim, � absurdo, mas tamb�m �
muito arrojado e voc� n�o � nenhum deles.

Por isso � que tenho a certeza
que h� algu�m por detr�s disto. Quem �?

Por favor.
N�o sou um homem de fazer alian�as.

Mas admitiu
que o carro que atropelou o Bronec era seu.

Foi roubado.
O meu motorista tirou o dia de folga.

Deixou a chave no carro.
Eu nem sei dirigir.

Porque n�o fez queixa do roubo?

- Porque o carro foi devolvido.
- Que conveniente.

Porque n�o disse
que havia sangue no para-lama...

quando o carro foi devolvido?

Sangue?

Bem, n�o sabia.
Disse ao rapaz para lavar o carro, mas...

Quem � que procura sangue?

Sr. Wittol,
n�o era dia de folga do seu motorista,

porque n�o Ihe d� dias de folga.

E foram ambos vistos a ir para o aeroporto
pouco antes do crime.

Isso n�o � verdade.
Est� tentando me confundir.

- Sim?
- O motorista confessou tudo.

Obrigado.

Bem, Sr. Wittol,
pode deixar de estar confuso,

pois o seu motorista parece n�o ter
tanta imagina��o como o senhor.

Durante os �ltimos cinco minutos,
s� foi capaz de dizer a verdade.

Est� preparado para fazer uma declara��o,
Sr. Wittol?

Sim. Sim, senhor. Eu digo-Ihe tudo.

Mas lembre-se de que n�o passo
de um pe�o. Sou um homem fraco.

Sou facilmente dominado.

Est� tudo bem, doutor?

Sim, Olaf. Na verdade, est� excelente.

Porqu�?

Pensei ter ouvido algo.

N�o.

Bem, boa noite, senhor.

Boa noite, Olaf.

N�o faria isso, se fosse a voc�.

Tenho m�s not�cias para voc�, Max.

Quero dizer-te gentilmente,
mas n�o sei como faz�-lo.

Quais s�o as m�s not�cias?

O Franz encontrou isto.
O pobre coitado pensava que era meu.

E?

Voc� sabe onde o encontrou? No albergue.

Max, voc� foi enganado como uma crian�a.

� isto que procura?

Sim?

J� passa das 3:00 e ela ainda n�o chegou.

Talvez tenha decidido passar l� a noite.

Por que te preocupa? J� o fez antes, certo?

Isso � a sua raiva a falar novamente.

Vai embora? Porqu�?

N�o sabe mesmo o que se passa,
certo?

Seja direto, Sr. Emery.
O que � que eu n�o sei?

Estou a falar dela e do Max Fabian.

- Isso � mentira.
- N�o me diga.

Foi ela que me disse.

Mesmo assim, ela mentiu.
Por alguma raz�o que desconhe�o.

Sr. Emery, acha que duas mulheres
conseguem viver na mesma casa...

e manter tal coisa em segredo?

Digo-Ihe, algo de terr�vel est� acontecendo.

Ela n�o queria ir esta noite
a casa do Sr. Fabian.

Ela est� com medo de algo,
n�o apenas por ela, mas por voc�.

N�o pode abandon�-la agora.

� verdade? Est�s pensando em levar
a Sra. Emery conosco?

H� espa�o no avi�o...

e pensei que dava mais interesse � viagem.

� rid�culo. A tua est�pida paix�o
j� nos deu demasiados problemas.

Se n�o te agradarem os preparativos de voo,
voc� pode ficar aqui.

N�o se preocupe, Sr. Walters.
O Max saber� como se livrar dela.

Ele tem jeito para esse tipo de coisas.

Mal o Franz esteja pronto,
partimos com a Sra. Emery.

Pede ao Olaf para a trazer.

Desculpe, Sr. Fabian. � tudo, senhor?

- Sim. Sa�mos dentro de minutos.
- Sim, senhor.

- Vai ver o que se passa.
- Sim, senhor.

Acho que vou beber um copo
para o caminho.

Pronto, Count.

J� podemos ir?
� perigoso esperar mais tempo.

Max, n�o h� hip�teses
de sermos apanhados, certo?

� que isso tirava a piada a isto tudo.

Chris, o nosso percurso pode n�o ser
t�o feliz como planejamos,

mas te prometo que n�o ser� enfadonho.

Tenha l� calma, Sr. Fabian.

Steve.

N�o vai a nenhum lugar.

Steve! Steve, eu...

Est� tudo bem. Me conta mais tarde.

� um intruso muito determinado, Sr. Emery.

� verdade. Anda, vamos embora.

N�o tenha pressa.

Gostaria de Ihe perguntar algo antes de sair,
se n�o se importar.

Tamb�m se alistou
como agente secreto brit�nico?

O qu�, n�o sabia?

A Sra. Emery tem-nos enganado a ambos
com um terceiro elemento.

A pol�cia de Sua Majestade.

Que governo � que representa?

Ou est� aqui apenas
no papel de um cidad�o normal?

Steve! Steve!

- Temos de sair j� daqui.
- S� um momento.

Max. Max, est� magoado!

Temos de atrasar a nossa partida.

Olaf, leva-a l� para cima.
Tranca-a no meu quarto.

Veronica, traz-me um brandy. Franz, r�pido.

Max, eu...

Acho que afinal n�o vale a pena esperar.

Max! Franz,
deve haver algo que possamos...

N�o.

Era melhor se sa�ssem imediatamente.

O que fazemos com ele?
N�o quer que o deixemos aqui.

Levem-no convosco.

N�o o quero nesta casa.
A presen�a dele me ofende.

Olaf, eu fico aqui.

Certifica-te que o Sr. Emery sai contigo.

Sim, senhor.

Quanto � Sra. Emery,

eu pr�prio tratarei dela.

Dadas as circunst�ncias,
acho que � o adequado.

Olaf.

Leva-o l� para fora.

Se est�o � espera
das minhas �ltimas palavras, j� as ouviram.

Vamos. N�o podemos esperar mais tempo.

- Max, n�o podemos deixar-te assim.
- Veronica, por favor.

Est� olhando pela �ltima vez para Trinidad?

Sabe, vai achar Chicago fria
em compara��o com os tr�picos.

Vou?