All language subtitles for San Pietro 1945

Em 1943, era nosso objetivo estrat�gico

afastar o maior n�mero
poss�vel de for�as alem�s,

para longe da frente russa
e da �rea costeira francesa,

e cont�-los na pen�nsula italiana.

Enquanto libert�vamos a It�lia
o mais poss�vel,

com os meios ao nosso dispor.

� medida que as nossas provis�es
eram direcionadas para Inglaterra,

para a futura invas�o,

as opera��es em It�lia tiveram que ser
conduzidas a uma escala bastante limitada.

Assim aconteceu,
durante os meses de inverno,

o n�mero de divis�es aliadas em It�lia
foi bastante reduzido.

Ainda assim, foram t�o determinados,
que conseguiram segurar em It�lia,

um grande n�mero de divis�es alem�s,
durante o per�odo de pr�-invas�o.

San Pietro, no quinto sector do ex�rcito,

era a chave do Vale Liri.

N�s sab�amos e o inimigo tamb�m.

T�nhamos que a conquistar,
apesar do custo imediato ser alto.

Conquist�mos-la, e mais tarde,
o custo em rela��o ao avan�o

n�o foi excessivo.

Pela sua natureza,

este sucesso provocou um maior sofrimento
sobre cada soldado,

apelando a toda a sua coragem e devo��o.

A resposta das tropas do quinto ex�rcito
providenciam uma p�gina inspiradora

da nossa hist�ria militar.

A todos os indiv�duos, mortos ou vivos,

e �queles que agora
continuam a sua tradi��o,

� dedicado este filme.

O Vale Liri fica no centro de It�lia,

cerca de 96 km a noroeste de N�poles,
e cerca de 65 km a sudeste de Roma.

Um corredor largo e plano,
cercado entre quatro paredes de montanhas.

No inverno, os picos mais altos da
cordilheira do Liri ficam cheios de neve.

Mas o ch�o do vale com os seus olivais
e vinhas antigas,

os seus campos com trigo e milho,
� verde todo o ano.

Isto �, em alturas normais.

O ano passado foi um mau ano
para as uvas e azeitonas.

E os cultivos de outono foram tardios.

Muitos campos n�o est�o cultivados.

Existem duas entradas desde o sul
para o vale.

Uma passagem estreita.

A outra, uma elevada estrada c�nica
pelas montanhas.

Elas convergem antes do local
da antiga vila de San Pietro,

que durante 700 anos se manteve
no limite do Vale Liri,

recebendo os viajantes.

As pedras das suas muralhas foram
extra�das da colina m�e

de cujas encostas se ergue.

Popula��o, 1412, pelo �ltimo censo.

Uma comunidade agr�cola.

Santo padroeiro, Pedro.

Ponto de interesse,
Igreja de S. Pedro, 1438.

Tratamento interessante
do presbit�rio.

Do final do outubro de 1943
at� meio de dezembro,

San Pietro e os terrenos circundantes

foi palco de algumas das batalhas
mais cru�is do nosso quinto ex�rcito.

A campanha italiana
tinha entrado na sua segunda fase.

Para voltar a avan�ar
ap�s um per�odo est�tico

criado pelas fortes chuvas sazonais.

As nossas linhas de batalha
estavam alagadas, tal como o terreno

com os seus rios transbordados
que enrolavam para a frente e para tr�s,

atrav�s da nossa linha de marcha,
fazendo com que cada rio parecesse cinco.

E onde n�o existisse rio para atravessar,
uma montanha bloqueava o nosso caminho.

Cada pico seguinte uns metros mais alto
do que o �ltimo que t�nhamos ultrapassado,

de forma que cada pico
tinha que ser combatido

pelas duras ladeiras acima, com o inimigo
de olhos postos sobre n�s.

Eles tinham tempo para fortificar
e camuflar as suas posi��es.

Nenhuma quantidade de fogo de artilharia
ou bombardeamento a�reo

podia for��-los a retirar.

Isso era trabalho para a infantaria,

empregando aquelas armas
que conseguem encontrar e destruir vidas

nas estreitas trincheiras,
cavernas e buracos de combate.

Cabia ao homem com a espingarda,

o homem sob fogo de v�rias armas,

o homem cuja forma de todas as nossas
armas, terra, ar e mar,

servem apenas para preparar.

Cabia ao soldado de infantaria
atacar o inimigo escondido,

sobre terrenos semeados com minas,

as minas-S anti-pessoais

que voam 30 cm para
explodir entre as virilhas.

Em mais lado nenhum em toda a frente

as prepara��es do inimigo eram mais
elaboradas do que na �rea de San Pietro.

Pois San Pietro ergue-se
no limite do Vale Liri.

E pelo Vale Liri, largo e plano,

corre a mais importante estrada
a sul de Roma.

No in�cio de dezembro, conquist�mos-la
e mant�nhamos a posi��o

a nordeste, este e sul de San Pietro.

Com o maci�o montanhoso de Camino Maggiore
a ser o �ltimo a cair.

Uma brigada italiana

tinha feito uma tentativa v�
para capturar Monte Lungo.

A posse da qual teria atuado muito

em nosso benef�cio na a��o iminente.

Os italianos estavam tudo
menos aniquilados.

Face �s suas perdas excessivas,

opera��es posteriores contra a altitude
estrat�gica de Monte Lungo foram deixadas,

e foi decidido fazer um assalto direto

�s posi��es inimigas dentro
e � volta de San Pietro.

Elementos da 36� divis�o
de infantaria do Texas

foram rodados de posi��o em posi��o
inspecionando o vale

para que as tropas pudessem estudar antes
o terreno de v�rios locais.

A patrulha era cont�nua.

Dia e noite, unidades saiam
para explorar o terreno,

fazer disparos, capturar prisioneiros...

Adicionando assim ao total
da nossa informa��o sobre o inimigo.

Pontos altos, os 351 metros de Monte Lungo

e os 1205 e 905 metros de Monte Sammucro
foram todos guarnecidos em for�a.

A pr�pria cidade foi fortemente guarnecida

com numerosos morteiros, metralhadoras

e coloca��o de armamento pesado.

Quatro batalh�es inimigos foram cavados
numa linha de trincheiras unidas

e fortes de suporte m�tuo em profundidade

que se estendiam
desde a base do Monte Lungo

a nordeste do ch�o do vale at�
� base do Monte Sammucro.

Outro batalh�o foi organizado
para defender a posi��o

a noroeste de San Pietro.

As �reas antes destas posi��es
foram fortemente minadas

e continham uma confus�o
de arame farpado e armadilhas.

Na tarde anterior, o dia e a hora
foram comunicados

aos comandantes do batalh�o.

Oito de dezembro �s 6h20,

o primeiro batalh�o
do 143� regimento de Infantaria

ataca o cume do 1205.

Tendo subido a montanha
debaixo da escurid�o,

e ap�s ter alcan�ado o objetivo
de atacar atrav�s do cume

num ponto a noroeste de San Pietro,

o terceiro batalh�o de Rangers,
igualmente, ataca o 950,

outra caracter�stica
do maci�o do Monte Sammucro.

O segundo batalh�o do 143� ataca
sobre os olivais t�rreos

a nordeste de San Pietro.

O terceiro batalh�o,

atua como suporte,
segue o segundo a 365 metros.

Da for�a original a estabelecer
a praia � sa�da de Salerno,

a 143� tinha at� ent�o estado nada mais
que uma quinzena em a��o,

sob condi��es meteorol�gicas
extremamente implac�veis.

Em Salerno, no cruzamento de Volturno,
tinha sofrido um castigo mortal.

A tarefa adiante n�o prometia
menos derrame de sangue,

no entanto, foi empreendida
com bom esp�rito e alta confian�a.

O primeiro batalh�o iniciou
a longa e acidentada subida

pelo Monte Sammucro acima.

Assim que a noite caiu,
a nossa artilharia abriu fogo

e durante a noite houve fogo intenso

na linha principal de resist�ncia
do inimigo.

Choveu grande parte da noite.

Estava a chover na hora H

quando o segundo e terceiro batalh�es
cruzaram a linha de partida.

Cerca de 180 metros � frente, encontraram

minas e fogo autom�tico dos fortes.

A artilharia era fatalmente precisa devido
� excelente observa��o inimiga

desde o Monte Lungo,
inspecionando o nosso avan�o...

Que continuou outros 180 a 365 metros.

Muitos homens deram as suas vidas

em tentativas para chegar aos fortes
e lan�arem granadas de m�o

atrav�s das estreitas aberturas
para as armas.

O terceiro batalh�o estava comprometido.

Mas o avan�o nunca foi al�m

dos 550 metros ap�s a linha de partida.

O nosso assalto inicial a San Pietro
tinha sido repelido

com enormes baixas.

O ataque � colina 1205, contudo,
foi um brilhante sucesso.

Elementos iniciais do primeiro batalh�o
tinham ganho o cume do objetivo,

antes do inimigo fortemente entrincheirado
saber que estava em progresso um assalto.

� direita do 1205, o terceiro batalh�o

tamb�m tinha alcan�ado o seu objetivo,

mas apenas ap�s ataques sucessivos

e dispendiosas baixas.

Pois no 950, o inimigo
n�o foi apanhado desprevenido.

Os contra-ataques eram expect�veis

no 1205 e no 950.

N�o tinham grande desenvolvimento.

O primeiro foi lan�ado
�s primeiras horas do dia,

e apesar de estar a ser repelido,
outro tomava forma.

Dia e noite continuaram
em viol�ncia incessante.

O n�mero de mortes inimigas aumentava
com cada nova tentativa.

Os prisioneiros alem�es
capturados no 1205 e no 950,

disseram ter sido ordenados
para recuperar aquelas posi��es

a todo o custo.

Para al�m de defenderem a colina 1205,

o primeiro batalh�o,
obediente �s ordens de campo

tomaram a seu cargo a redu��o
das defesas inimigas

que estavam organizadas
ao longo do cume para oeste.

No dia 12 de dezembro,
o primeiro batalh�o foi refor�ado

com o 504� batalh�o de paraquedistas

que pegou e manteve
as defesas do 1205 e 950,

possibilitando assim ao primeiro batalh�o

lan�ar todas as suas for�as restantes

ao assalto ao longo do cume.

Mas a primeira for�a tinha diminu�do
nos cinco dias seguintes

e havia agora a quest�o
se os homens existentes

eram suficientes para prevalecer.

Informa��es durante a noite
de 14 de dezembro

afirmavam que o inimigo
estava a oferecer maior resist�ncia

e que o assunto estava em s�rias d�vidas.

Entretanto, nos olivais abaixo,

os segundo e terceiro batalh�es
tinham por duas vezes voltado

a tentar alcan�ar os seus objetivos.

Em ambas as vezes enfrentariam
uma muralha de armas autom�ticas,

morteiros e artilharia de fogo.

As patrulhas volunt�rias faziam
tentativas desesperadas

para alcan�ar posi��es inimigas
e reduzir pontos fortes.

Nem um �nico membro dessas patrulhas
voltaria vivo.

As nossas for�as de ataque estavam
guarnecidas por uma excelente cobertura

atrav�s de patrulhas a�reas.

Mas de vez em quando,
os avi�es inimigos eram capazes

de passar e bombardear
e atacar as nossas posi��es,

que para todos os efeitos se mantinham
inalter�veis desde o primeiro dia.

Para quebrar o impasse, foram dadas ordens
para um ataque divisional coordenado.

Os segundo e terceiro batalh�es

do 143� deveriam proceder
� execu��o das ordens originais.

Atuando em conjunto, a companhia A
do 753� batalh�o de tanques

atacaria San Pietro
por este atrav�s da estrada elevada.

Um batalh�o do 141�
atacaria o ch�o amplo do vale.

Ap�s o anoitecer do dia D,
o 142� regimento de infantaria

atacaria Monte Lungo.

A decis�o anterior de n�o atacar
aquelas posi��es estrat�gicas

tinha sido revertida face
� presente situa��o cr�tica.

Em prepara��o para o ataque,
toda a artilharia do quinto ex�rcito

ao alcance, incluindo tanques
e todos os ve�culos,

foram direcionados contra San Pietro
e todas as �reas circundantes.

Hora H, 12h00.

Dia D, 15 de dezembro.

A 141� infantaria avan�ou cerca de
365 metros ap�s a linha de partida

para serem vencidos e subjugados
sob o peso do fogo inimigo.

Os segundo e terceiro batalh�es do 143�

avan�aram cerca de 90 metros
al�m das suas posi��es anteriores,

at� imediatamente antes
das linhas de defesa avan�ada inimiga.

E pela terceira vez,
foram for�ados a protegerem-se

onde a terra tr�mula podia oferecer.

E os tanques...

As ordens foram para que
entrassem na cidade

e localizassem e destru�ssem
todo o armamento pesado a� existente

que estavam a lutar contra
os nossos soldados de infantaria.

A estrada elevada em San Pietro
� uma estreita estrada de montanha.

E desde o in�cio da sua sinuosa descida

no Vale Liri, estava sob
a direta observa��o do inimigo.

Dezasseis tanques iniciaram
a descida daquela estrada.

Tr�s alcan�aram a periferia da cidade.

Desses, dois foram destru�dos
e um desapareceu.

Cinco tanques foram imobilizados
ap�s as linhas inimigas,

os seus tripulantes
obrigados a abandon�-los.

Cinco tanques embateram em minas inimigas
dentro das nossas linhas

e foram assim destru�dos por fogo inimigo.

Quatro tanques voltaram � zona central.

Ap�s escurecer, duas companhias,

uma do segundo batalh�o
e outra do terceiro,

finalmente tiveram sucesso a penetrar
posi��es inimigas antes de San Pietro.

Mas ambas sofreram fogo flanqueado
e foram for�adas a retirar.

A companhia E estava reduzida em for�a
a uma m�o cheia de atiradores

e a companhia L saindo-se um pouco melhor.

No cume do Monte Sammucro,
o primeiro batalh�o

lutou at� a alguns metros
do seu objetivo.

Mas tinha pago por esse avan�o
uma taxa de um homem por metro

e n�o tinha for�as para continuar
a batalhar mais.

Contudo no Monte Lungo,
apesar da dura resist�ncia,

batalh�es do 142� continuavam a avan�ar
em ondas sucessivas.

At� que, nas primeiras horas do
dia 16 de dezembro,

os soldados de infantaria ganharam o cume

e estavam a limpar o que restava
de um teimoso inimigo.

E aquela altitude provava ser uma
posi��o chave no plano de defesa inimiga,

pois ap�s o Monte Lungo cair,

o inimigo, atrav�s da �rea de San Pietro,
fez prepara��es para retirar.

Quase invariavelmente o inimigo ir�
contra-atacar para cobrir uma retirada.

O primeiro impulso violento
foi entregue em poucas horas.

E ap�s isso,
os contra-ataques vieram em ondas.

O rugido da �ltima associa��o
com a f�ria russa

da pr�xima rebenta��o.

Muitas companhias
perderam todos os oficiais.

Homens alistados avan�aram

como l�deres inspiracionais a reunir
as suas companhias desgastadas

e resistir a mais uma investida.

A nossa pr�pria artilharia caiu

95 metros ap�s os nossos
elementos da linha da frente.

Ap�s cinco horas, durante as quais
a terra nunca deixou de tremer,

os contra-ataques terminaram,

indicando que a retirada do
corpo principal do inimigo tinha come�ado.

Num esfor�o para manter
contacto com o inimigo,

as nossas patrulhas
avan�aram imediatamente.

Entrando na cidade, descobriram

que San Pietro era nossa para conquistar.

Os segundo e terceiro batalh�es,
menos que uma companhia de atiradores,

cansados de morte, que estavam vivos,
cambalearam at� San Pietro,

para consolidar ganhos

e restabelecer contacto com o inimigo,

tomando agora novas posi��es
cerca de cinco quil�metros � frente.

Este � o amplo corpo
da batalha de San Pietro

que foi apenas a primeira
de muitas batalhas no Vale Liri.

Foi uma batalha muito custosa.

Ap�s a batalha,
s� o 143� regimento de infantaria

necessitou de 1100 substitui��es.

As vidas perdidas eram vidas preciosas,
para os seus pa�ses, os entes queridos,

e para os pr�prios homens.

Para os que sobreviveram
do 143� regimento de infantaria,

mais de 100 condecora��es
por atos de valor

que superaram o esperado
no dever das fun��es.

Muitos daqueles que veem aqui vivos

j� se juntaram aos seus irm�os de armas

que ca�ram em San Pietro.

Pois � frente surge San Vittore,

e o Rio Rapido e Cassino,

e ap�s Cassino, mais rios

e mais montanhas, e mais cidades,

mais San Pietros, maiores ou menores,

mais mil.

Assim que a batalha terminou
e para al�m de San Pietro ocidental,

os habitantes come�aram a aparecer,

a sair das suas cavernas nas montanhas
onde estavam escondidos

durante a ocupa��o inimiga.

Eram maioritariamente idosos e crian�as.

Os habitantes foram avisados
sobre as minas inimigas

e as armadilhas que estavam a ser limpas.

As crian�as conseguem esquecer depressa.

Ontem choravam,

hoje h� sorrisos e at� gargalhadas.

Amanh� ser� como se
as coisas m�s nunca tivessem acontecido.

A vida voltou a San Pietro.

Sendo o nosso principal objetivo militar
ocupar e derrotar o inimigo,

a captura da pr�pria cidade
e a liberta��o do seu povo

foi um incidente natural.

Mas as pessoas, na sua inoc�ncia militar,

olham para n�s
somente como os seus libertadores.

Viemos para os libertar e �s suas terras.

Atr�s das nossas linhas,
a sudoeste do mar,

os campos est�o verdes com cultivos,
plantados ap�s a nossa vinda,

por outras pessoas,
de outras cidades tamb�m.

A nova terra de San Pietro
foi arada e semeada.

Deve dar uma boa colheita este ano.

E as pessoas rezaram
ao seu santo padroeiro

para interceder perante Deus em nome
daqueles que vieram, libertaram

e continuaram para norte
com a batalha de passagem.

LIBERDADE DE REUNIR

Todas as imagens neste filme
foram fotografadas ao alcance

de pequenas armas e artilharia de fogo
do inimigo.

Para prop�sitos de continuidade,
algumas dessas cenas foram filmadas

antes e depois
da verdadeira batalha de SAN PIETRO.

FIM

Traduzido por: Pedro Barbosa