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ILHA EM GUERRA
Parte 6

"SUCESSO INCOMUM"

Todo mundo.

Alcatr�o e penas vai fazer voc�
parecer bem, puta traidora.

O que voc� faz com eles?
E quanto por noite?

Isto � sua culpa.
Por que ele n�o atirou em voc�?

- Voc�. Para onde o est� levando?
- Pol�cia Militar. O quartel da pris�o.

Voc� pode escolher. Policia Militar, dois
meses de pris�o, poss�vel deporta��o...

- Ou voc� aposta suas chances comigo.
- Quem � voc�?

- A jovem atacada � uma amiga minha.
- Amiga de todos voc�s. Isso est� claro.

Eu n�o vejo pol�cia por aqui.

Eu preciso falar com voc�.

Est� tudo bem.

Eu preciso falar com voc� sobre Zelda.

Eu n�o sei onde ela est�.
Eu n�o posso ser mais clara.

- Voc� sabia que ela � judia?
- N�o.

Isso significa que ela est� em perigo.
E posso ajud�-la. Eu preciso ajud�-la.

O nome real dela � Hannah Kosminsky.
Sou o �nico a saber. Ou voc� sabia disso?

Sorte dela que eu que
tinha que peg�-la.

Se outro a encontrar, ela vai para um
campo de concentra��o e isso n�o � bom.

Voc� ainda me v� como o inimigo.
Todos voc�s.

Mas entenda que eu estou arriscando minha
vida por Zelda. Eu alterei os registros.

Eu coloquei que Hannah Kosminsky
est� na Inglaterra.

Ent�o, ela est� segura.

Ela n�o tem outros documentos.
Zelda Kay n�o existe.

Mais cedo ou mais tarde
ela ter� que se identificar.

Ela parece ser uma garota normal,
mas lembre-se que ela � judia.

Isto vai surgir,
mesmo que ela n�o queira.

Eu quero ajud�-la.

Se ela evitar chamar a aten��o � bom,
mas ela vai ter que ir embora.

Mas no que ela est� pensando,
em fugir, se esconder?

Ela est� fugindo de voc�.

N�s fomos para a cama juntos.

Ela foi muita agradecida para mim.
Eu fui bom para ela.

- Ela te odeia.
- Ela disse isso, mas n�o importa.

"V� para a cama comigo ou
eu denuncio que voc� � judia".

Eu n�o a forcei.

Ela est� segura.
Eu nunca a denunciaria.

Por favor... voc� precisa
me ajudar a encontr�-la.

- Ol�.
- Ol�!

� uma boa menina.

Est� um pouco bagun�ado.
June n�o � de deixar assim.

- Vamos l� para cima?
- Sim.

- Vou deixar as cortinas abertas, caso...
- Ela volte.

O que significa que vamos ter
que deixar as luzes apagadas.

Ent�o, como fazemos? Tiramos a
roupa logo e vamos em frente?

Sempre falam em ter uma luz difusa
e uma m�sica, mas n�s n�o podemos.

Talvez dev�ssemos cantarolar
uma can��o. Ser� que isso ajuda?

- Eu n�o sou muito experiente.
- Eu queria que voc� fosse.

Eu n�o sou, mesmo.

Eu acredito. Mas se depender
de mim n�o fazemos nada.

Eu acho que n�s devemos
nos sentar na cama.

Melhor?

- O que foi?
- Voc� est� t�o nervosa.

Me ajude ent�o. Me ajude.

- O que foi?
- Esta � a cama de Zelda.

Fique calma querida. N�o precisa ter medo.
S� pintamos um pouco � luz da lua.

Droga!

Cubram seus rostos.
� a puta dos alem�es, June Mahy.

Vadia... vadia... vadia... vadia...
vadia... vadia...vadia...vadia.

Eu te amo.

O que foi?

Eu queria te dizer antes.

� o papagaio.

Por que ele est� acordado?

Eu atendo.

N�o, se for Zelda voc�
vai assust�-la.

Zelda?

Zelda, � voc�?

- N�o June. Sou eu.
- O que voc� est� fazendo?

O que aconteceu?

Fui atingida por um copo no clube.
E fui perseguida nas ruas.

Sente-se.

Oh, June!

Eles me chamavam
de puta dos alem�es.

Est� cheio de putas de verdade por a�,
mas eu n�o sou uma, n�o sou.

Como posso explicar isso para a mam�e?
Voc� sabe o que ela vai dizer?

- Eu sei, eu sei.
- Eu s� cantava. Foi tudo que eu fiz.

E esta noite eu estava sendo cuidadosa.

De repente, tinha um
alem�o no piano, Muller.

Eu disse que n�o queria.

O que voc� est� fazendo aqui?

Por que voc� est� dormindo aqui?

O que aconteceu?
Voc� est� esperando por Zelda?

Por que voc� est� aqui?

Porque... eu estou
dormindo com um alem�o.

N�o!

June!

- June!
- N�o!

June!

Voc� ouviu?

Sim.

Del�cia turca.

Isso n�o vai para a loja.
Vamos deixar aqui.

Eu n�o gostava disso quando podia comprar.
Agora � um alimento dos deuses.

Carne enlatada.

Voc� pode despachar.

- Pegue uma caixa disso.
- Voc� devia ter falado antes.

- Fique a�. Estou armada.
- Quem diabos � voc�?

O que voc� est� fazendo no meu
dep�sito, Sheldon Leveque? Saia, saia.

� muito tarde, Sra. Mahy.

- Voc� conhece o Tenente Walker?
- Cara nojento. Mora em Sous les Chenes.

- Ele tem uma queda por ela.
- Que Deus a ajude.

Ele sabe que voc� � judia?

Ele quer proteg�-la em troca de favores
sexuais. Ent�o, ela est� se escondendo.

Ele me apavora.

Esperamos por um acidente ou
transfer�ncia. Mas ela n�o pode sair.

- E uma viagem para a Inglaterra?
- Claro.

Estou falando s�rio.
Vai haver uma fuga para l�.

� perigoso, mas o que voc� acha?

� melhor do que estar aqui.

Sr. Brotherson, voc� pode ajudar?
Voc� pode colocar o macaco na frente.

Na parte da frente.
Ele n�o � muito est�vel.

Ouvi dizer que voc�
est� procurando um barco.

Eu n�o quero envolver voc�.
Voc� j� fez o suficiente.

- Para quando voc� precisa?
- O mais r�pido poss�vel.

Eu tenho informa��es suficientes.
Isso precisa ir para a Inglaterra.

- Eu posso pagar voc�.
- Aquele barco n�o vale nada.

Para o leste e depois para o norte
em Nayling Bay. Isso � o mais seguro.

Mas mantenha o "Little Mary" l�.

Obrigado, amigo. Boa sorte.

Para voc� tamb�m.

- Voc� n�o pode ir para o mar sem escolta.
- Escolta... eu n�o preciso de escolta.

- Isso � rid�culo.
- Voc� vai pescar, policial?

Eu estou tentando, Sr. Wimmel. Mas todas
essas malditas regras tornam dif�cil.

- Que regras voc� n�o gosta?
- N�o poder ir para o mar sem escolta.

N�s damos as regras, mas tamb�m lagostas.
Pelo menos, n�s tentamos.

- Eu n�o quero a sua lagosta Sr. Wimmel.
- Onde voc� est� pescando?

De prefer�ncia em Nayling Bay.
H� bons peixes-agulha. Ou deve ter.

- Nayling Bay?
- No lado leste da ilha.

E quanto tempo leva de barco?

Com o meu barco? Uma hora e meia para ir,
mais 5 horas pescando...

e uma hora e meia para voltar.
Preciso um dia inteiro.

- Um dia perdido para esta escolta.
- Sim, entendo o que voc� quer dizer.

Sabe, eu nunca fui a uma
pescaria de peixe-agulha.

Eu n�o sei se isso ajuda,
mas me sinto suja e envergonhada.

- Quem era ele?
- Bernhardt Telleman.

Voc� se lembra dele?

E a mam�e culpa a mim.

Ele � diferente dos outros.
Ele n�o acredita na guerra.

N�s conversamos muito sobre a
inf�ncia dele na Alemanha...

e as coisas terr�veis
que ele passou l�.

Tamb�m falamos sobre o pai.
Ele realmente queria saber.

- N�s poder�amos ser t�o felizes juntos.
- Voc� est� apaixonada?

Eu nunca senti isso por algu�m.
E tinha que ser logo com o inimigo.

- Ele � t�o diferente dos nossos homens.
- Mas eles est�o do nosso lado.

Por favor, n�o fa�a isso. Voc� canta
para eles e pega o seu dinheiro.

- Eu n�o vou para a cama com eles.
- Essa foi a primeira vez.

Ent�o voc� parou de v�-lo?

- O dinheiro continua fluindo.
- Assim como a chuva.

- Estou indo agora.
- Cassie...

- Toque de recolher em 20 minutos.
- Tome uma bebida.

- S�o dez minutos caminhando at� em casa.
- Fique aqui esta noite.

- Claro que n�o!
- Por que claro?

- Porque voc� quer fazer amor comigo.
- Isso � t�o errado?

Eu imagino que voc� seja um rom�ntico.

- N�s nunca vamos fazer amor.
- Isso j� aconteceu.

- Sexo, Sr. Wimmel, sem amor envolvido.
- Voc� fala como um homem.

- Voc� j� fez coisas assim?
- Eu n�o acredito que voc� disse isso.

Isso � estranho. Normalmente eu
detesto a ideia de que voc� me toque.

Mas � um tipo de desejo.

Voc� mesmo come rato se
estiver realmente com fome.

Boa noite, Sr. Wimmel.

- Est� frio, James.
- Preciso de um pouco de ar aqui.

Voc� sabe que tem ratos na cozinha ainda?
E que toda a casa est� imunda?

Agora toda a ilha est� imunda.
Mesmo o ar. At� mesmo a mente.

- Basta olhar para eles.
- S�o que nem uns ratos.

Se captur�ssemos estes bastardos
poder�amos extermin�-los.

Voc� n�o � assim.

Eu n�o posso esquecer aquele garoto.
T�o jovem e t�o exposto.

- Voc� fez o que podia.
- N�o. Eu fiz o m�nimo poss�vel.

Voc� tem Phil ainda.
Fa�a o que puder por ele.

- Eu n�o sei o que voc� quer dizer.
- Fa�a-o esquecer o barco.

Fa�a-o parar de espionar e
colocar sua vida em perigo.

Eu tenho que ir.

- Dia agitado?
- Isso mesmo.

- Como est� Angelique?
- Ela est� bem.

- Tchau.
- Tchau.

- Sr. La Salle.
- Senador, como voc� est�?

- Eu preciso falar com voc�.
- Sim, claro. Vamos entrar.

Eu quero que voc�s saibam que
eu encorajei Eugene a se render.

Parecia ser a melhor coisa a fazer.

Eu arrumei o uniforme e pensei na
hist�ria dele ter escapado da Fran�a.

Eu cometi um erro.
A culpa foi minha.

Eu avaliei os invasores
completamente errado.

Isso n�o ajuda, mas pe�o desculpas.
Eu vou me arrepender para sempre.

Assim voc� alivia o seu cora��o.

Oh, sim, voc� deveria.

Mas isto n�o nos ajuda, Senador.

- Voc� o persuadiu?
- Eu fiz isso, Sra. La Salle.

Eu certamente o encorajei
Eu n�o acredito que fiz isso.

Sabe, agora tenho certeza que Eugene
n�o disse nada durante o interrogat�rio.

Caso contr�rio, eu teria sabido
e teria sido incriminado.

Seu sil�ncio prova que
ele era um grande her�i.

Voc� disse interrogat�rio, Senador.
Tem certeza que ele n�o foi torturado?

Pode nos dar licen�a agora, Senador?
Por favor.

Eu estive em Plein Soleil.
Nos La Salles.

Terr�vel, mas eu olho al�m agora.

- Voc� vai em frente com isso, n�o �?
- Claro.

- Sempre pense em sua m�e. Promete?
- Prometo

Eu sei que tem 897 alem�es na ilha,
incluindo 220 pilotos.

Os pilotos ficam nos quart�is.
Os outros s�o alojados na cidade.

S�o esperados mais. A pista est�
sendo estendida para mais Heinkels.

Hitler tem especial interesse em n�s
e come�ou a fortificar a ilha.

Todas as Ilhas do Canal.

Eles enviam centenas de trabalhadores.
Voc� conhece a organiza��o Todt?

Prisioneiros, judeus, europeus orientais,
escravos basicamente...

eles v�o construir muralhas
e bunkers por todo lugar.

V�o fazer uma muralha de concreto
em torno de toda a ilha.

Se voc�s querem fazer algo, devem fazer
antes que construam as fortifica��es.

Eu n�o sei como voc� pretende passar esta
informa��o, mas eu vou ajud�-lo se puder.

- Onde voc� mora?
- Em Timbuktu.

Estranho, assim como eu.

- O que voc� est� bebendo?
- Experimente.

Um gole pequeno, bem pequeno.

Gostou?

Um dia voc� vai gostar.

- N�s vamos vencer a guerra.
- Eu n�o me importo quem ganha.

Onde est� a sua arma?

Ela est� carregada?

Sim.

- Eu posso atirar em voc�.
- Voc� faria isso?

�timo. Caso contr�rio voc� estaria em
apuros e provavelmente seria fuzilado.

Voc� � estranho.

Esta � uma pistola Luger 08.

- Ela � calibre 8 mm?
- N�o, � 9 mm, foi projetada em 1908.

Ela interessa a voc�s?

Voc� quer ela?

- Fa�a uma oferta.
- Cinco libras.

- Como voc� vai conseguir cinco libras?
- Eu consigo.

- Onde?
- Ele j� tem.

- � o suficiente?
- Cinco libras � suficiente.

Isso � muito combust�vel, policial.
Muito combust�vel.

Diga-me, como � que um policial
honesto tem tanto combust�vel?

� combust�vel do trator que n�o
podemos usar agora. Isso serve?

Provavelmente n�o foi roubado
de um carro alem�o.

Um policial honesto n�o faria isso.

Eu n�o sabia que
isto acontecia, Sr. Wimmel.

Esta velha dama gasta muito.
Vamos precisar disso para ir e voltar.

- Para Nayling Bay.
- N�o � tempo de pescaria agora.

Nos velhos tempos era um para�so.
Mas agora deve ser um sacrif�cio.

Um peda�o de p�o caseiro.

E isto. � tudo o que eu sei.

Eu sei o que voc� fez.

Se voc� for pego, eles v�o
me pegar tamb�m.

Eu n�o vou ser pego.

Boa sorte.

- O que voc� disse � sua m�e?
- Eu n�o pude contar a ela.

Voc� n�o pode simplesmente sumir.

- Vim dizer boa noite.
- Que bom.

Voc� vai voltar? Isso � arriscado.

- Foi tranquilo.
- "Boa Noite" no final da tarde?

Eu vim pegar o meu livro.

- Est� com fome? Tem p�o.
- Eu j� peguei.

Voc� j� esteve na cozinha?

Se ele est� cortado eu n�o iria notar.

- Isso � bom.
- Cuide-se mam�e. Boa noite.

- Boa noite querido, te vejo de manh�.
- Combinado.

- Voc� pode se esconder por baixo.
- Eu vou arriscar.

Muito bem.

Fique cuidando o Tenente Walker.

- Como s�o estranhos os peixes-agulha.
- Como assim?

Como a maioria dos peixes,
eles n�o gostam de rochas.

Mas eles gostam de Nayling Bay.

Acredite em mim, Subtenente.
Vamos peg�-los aos montes.

- � uma promessa?
- Isso � uma promessa.

A menos claro, que voc�s
alem�es os levaram embora.

Eu s� vou entregar uma carga.

- Onde?
- Na Mercearia Tanner.

- Vitela e carne de porco.
- A que horas abrem amanh�?

8:30h. Eu seria r�pido se quisesse
comprar. A maior parte est� reservada.

- Quem � esta?
- Zelda Kay.

- Seus documentos.
- Eles est�o em casa.

Onde voc� mora?

Eu tamb�m gostaria de saber.

O seu apartamento ou a minha casa, Zelda?

Diga ao soldado se
voc� n�o quer me dizer.

- Sua casa.
- Voc� � um bom cupido, senhor.

- Tenha sempre os documentos com voc�.
- Sinto muito.

Deixe-os passar.

- Voc� sabia, n�o �?
- Sim.

E eu fico no escuro feita uma imbecil.

Porque n�o confiam em mim e eu
n�o sei me comportar corretamente.

- Ele sabia que voc� ficaria...
- Chateada?

Eu perdi o meu filho. Talvez para sempre.
Claro que eu estou chateada.

- Eu n�o disse chateada.
- N�o, voc� me poupou disso.

O que voc� fez? Apertou a m�o dele
e disse "Boa sorte, cara. Se supere."

Agora ele tem preocupa��es
provavelmente mais �teis.

Do que uma mulher hist�rica
chorando a sua dor, claro.

- Malditos rapazes e a maldita guerra.
- E o que fazemos com os sentimentos?

- Nada.
- Continuamos indiferentes?

Generosos e calmos,
sem nunca expressar tristeza!

Sem chorar, sem solu�ar, s�
continuamos machucando um ao outro!

N�o me toque.

Voc� n�o entende por que ele n�o
disse nada? Voc� quer ter tudo.

Seja honesta. Se ele tivesse contado,
ele teria que partir depois de uma cena.

Voc� fala comigo como
se eu fosse uma crian�a.

Porque voc� se comporta como uma.

N�o teria havido tal cena.

Se ele tivesse me contado,
eu teria ido com ele.

Com alguma sorte ele deve estar l�.

PASSAGEM POR TODOS OS CAMINHOS
PARA A BA�A � PROIBIDO

Ol�!

- Por acaso voc� teria uma lanterna?
- Sim.

Eu esqueci a minha.

- Ol�. Eu sou o Sr. Brotherson.
- Me chame... Hannah.

Eu estou indo. Boa sorte.

S�o apenas 112 quil�metros.
Vamos estar l� no almo�o.

Vamos esperar que sim.

Muito obrigado por tudo, Sheldon.

Voc� n�o precisa mais dela, n�o �?

Espere um minuto.

- Deixe eu pegar uma dessas.
- Eu n�o preciso, garoto.

Ela � minha por causa disso.
Voc� n�o acredita quanto eles pagam.

Vamos esperar aqui
at� que esteja escuro.

Acho que devemos ir.

N�o estou entendendo.
Nayling Bay sempre foi o melhor local.

E ainda em seu dia de folga.
Sabe, quase acho que foi algo pessoal.

Diga-me, Sr. Wimmel, est� em suas
m�os agora. Onde vamos?

Onde os peixes est�o.

� simples, eu sou um homem tranquilo,
mas eu estava pescando para pegar peixes.

N�o para ficar na parte de tr�s de
um barco olhando para a paisagem.

Ronald, venha aqui depressa.
Aquele � o nosso barco.

- Olhe.
- O que ele est� fazendo l�?

Ser� que os alem�es o levaram?

- Na parte de tr�s � um alem�o.
- E aquele � o seu pai.

- Eles est�o pescando.
- Ele n�o faria isso.

- Ele � amigo deles. Ele dirige o carro.
- Ele os odeia.

Dizem que ele os ajuda.

N�o, o soldado est� armado.
Ele for�a o meu pai.

Vamos.

Segure o leme fixo.
Estamos quase na praia.

Eu n�o sei de onde voc� �,
mas minha paci�ncia se esgotou.

- Sinto muito, Sr. Wimmel.
- O dia inteiro desperdi�ado.

Voc� n�o tem muitos
dias de folga, n�o �?

Eu n�o sei o jogo que voc� est� jogando,
mas eu tamb�m sou bom em jogos.

- Onde ele o est� levando?
- Para executar?

D�-me a arma.

Policial Jonas.

- Onde � a cidade mais pr�xima?
- Eu n�o tenho ideia.

Ele vai mat�-lo.
Atire.

Corra, corra.

Me d� isso.

Uma armadilha.
Voc� quer me ver morto.

- N�o, eu juro...
- Eu n�o sou est�pido

Voc� quer me matar.
Me fuzilar aqui

Eu n�o sei o que est� acontecendo.
Eu juro para voc�.

O que est� acontecendo?

Eu n�o consigo ver nada.

Ande.

- Voc� podia acertar o meu pai.
- Voc� atirou primeiro.

Quando n�o estavam pr�ximos.

ATEN��O MINAS!

Continue andando.

Eu conhe�o aquele carro.
O que ele est� fazendo aqui?

- Subtenente.
- Isso � um atentado, Sheldon Leveque?

N�o que eu saiba.
Eu ouvi tiros e parei.

- O que voc� viu?
- Nada.

- O que h� no seu carro?
- Uma bicicleta. Olhe.

Mostre-me.

Tire a bicicleta. Ande.
Suba na parte de tr�s.

Leve-me para S�o Greg�rio.
O policial aqui tentou me matar.

- Tenho certeza que n�o?
- Existe outra explica��o?

Eu n�o tenho uma, Sr. Wimmel.

- Voc�, venha aqui. Cabo!
- Sim senhor!

- Fora, policial.
- Por que, Subtenente?

- Ele vai para a cadeia.
- Sr. Wimmel, a vida dos meus filhos...

Voc�, obviamente, n�o fez nada.

Pense na sua cela, policial, onde � um
bom lugar para pescar peixe-agulha.

Sr. Leveque, leve-me para o porto.

- Sra. Door.
- Boa noite, Bar�o.

Est� tudo bem?

Eu n�o sei quais as not�cias
que voc� tem...

mas conquistar a Inglaterra est�
mais dif�cil do que pens�vamos.

A nossa For�a A�rea n�o
conseguiu o sucesso esperado.

�timo.

� mesmo?

N�o quer dizer s� que a
guerra vai durar mais tempo?

Porque n�s vamos ganhar.
� simplesmente uma quest�o de tempo.

E quanto mais tempo
mais mortes.

Eu n�o falei com ironia.
Me desculpe se pareceu assim.

Por favor, fale comigo
pelo menos esta noite.

- Fale comigo.
- Isso � outra exig�ncia da ocupa��o?

Voc� conversar comigo? N�o.
Mas eu n�o ficaria triste se voc� quiser.

Voc� sente falta de seu filho?

Voc� olha para as estrelas porque
elas tamb�m brilham para ele?

Eu soube hoje que o
meu filho Manfred foi morto.

Abatido sobre o Canal da Mancha.
Eu n�o sei se a minha mulher j� sabe.

Era o meu filho mais novo.
Ele faria vinte em junho.

Talvez ela pense que ele est� vivo
e escolha uma estrela para ele.

Como a m�e de Eugene La Salle
fez uma vez. Mas nunca mais vai fazer.

Eugene La Salle.

- Voc� faz o que voc� acha que � certo.
- Isso foi certo?

Na guerra, o momento da decis�o se aplica
quando voc� acha que � o certo a fazer.

O piloto que atirou no meu filho
fez o certo e receber� os parab�ns.

E os pais de Eugene?

Eu sei que est�o sofrendo.

Voc� � muito hostil comigo.

Voc� tem alguma not�cia
sobre o seu filho?

Eu sei que ele est� correndo
risco em especial bem agora.

Eu sinto muito.

Eu realmente espero que
esteja tudo bem com o seu filho.

Obrigado.

E eu sinto muito pelo seu filho.

Sinto muito mesmo.

O que temos aqui?

Imagine uma noite t�pica de cruzeiro no
Canal. J� � perigosa em si.

- E com os alem�es por l� ent�o.
- N�s estamos com sorte?

Voc� est� t�o assustada quanto eu?

O que � isso?

Eu n�o sei.

Vamos.

Olhe.

Consegui. Estamos quase indo.

� muito tarde.

Consegui. Aqui vamos n�s.

Fique onde voc� est� em p� ou atiramos.
Coloque o saco para baixo.

M�os para cima.
Vamos abordar pelo lado.

Kath... Kath!

- Eu soube das m�s not�cias.
- Muito ruim. Wilf foi preso.

Oh, Deus!

Ele desembarcou com o alem�o
quando come�aram a atirar.

- Mas quem? E por qu�?
- N�o fa�o ideia. Ningu�m foi atingido.

Mas o alem�o acha que foi uma
armadilha, e que o Wilf o levou.

- Wilf ainda est� vivo?
- Sim, sim.

Mas eles prenderam Phillip, no barco.
Eles sabem que ele � um espi�o.

Oh, Deus!
Oh, meu Deus!.

- E aquela garota?
- N�o fa�o ideia.

Um soldado me disse que ele
n�o falou nada sobre uma garota.

Quem quer que ela seja,
Wilf ajudou um espi�o.

Temos apenas que tirar
Wilf de l�. Muito simples.

Eu posso cobrar alguns favores,
mas n�o um grande assim.

- Onde voc� vai?
- Eu precisava ir l� atr�s.

- Ele acabou de voltar.
- Esqueci de uma coisa.

Ele tem algo debaixo da camisa.

- O que � isso? Vamos ver. Venha c�.
- N�o.

- Ou�a a sua m�e.
- Deixe ver.

N�o!

Tudo em ordem, Muller?

Minhas condol�ncias, senhor.
Eu sinto muito.

- Ele era muito jovem para morrer, senhor.
- Chega, Muller.

Eu vou para o Posto de Comando.

Eu receio que voc� perdeu
o seu motorista, senhor.

- Jonas? Como assim?
- Ele foi preso.

C�mplice numa fuga.

H� quanto tempo voc� tinha
aquela coisa na nossa casa?

Eu rec�m tinha conseguido.

- Onde voc� conseguiu isso?
- De um soldado.

- Quem? Como?
- Voc� roubou isso?

- Eu comprei.
- Voc� n�o podia comprar.

- � verdade.
- Com o qu�?

- Colin, com o qu�?
- N�o, m�e.

Com a minha nota de cinco libras.
� verdade n�o �, seu pequeno...

Cinco libras?
E ele ficou com ela?

Ele jurou que j� n�o
tinha mais ela, Kath.

- O que eu deveria fazer? Bater nele?
- Sim.

L� v�m eles.
Isso � tudo culpa minha.

O menino tamb�m.

Wimmel acredita que o barco
foi sabotado deliberadamente?

Sim, e que n�o era um local de pesca,
mas um lugar perfeito para fugir.

Jonas � o meu motorista.

- E o espi�o quem �?
- Ele n�o disse.

- Ele n�o tem documentos?
- N�o.

Deixe-me v�-lo.

- Ele?
- Sim, e sinto muito por seu filho.

Flach, abra a porta.

Teve um dia, voc� deve lembrar,
l� no muro do jardim...

quando a esposa do senador,
voc� e eu est�vamos juntos?

Eu tenho o sentimento,
talvez eu esteja errado, que...

que tanto ela quanto eu vimos
voc� como nosso filho.

O filho que n�s dois perdemos.

Bem, Sr. Brotherson...

N�s conversamos muito e eu sinceramente
gostava da sua companhia.

N�s constru�mos muros juntos.

E agora eu tenho que fuzilar voc�.

Eu mais que eu posso dizer � que
eu estava inteiramente sozinho.

E o senador e sua esposa.
O que eles sabem?

Absolutamente nada.

O nosso espi�o, Muller,
� o Sr. Brotherson.

Eu vou falar com o senador.

Mudei de ideia, Muller.
Vamos para Sous les Chenes.

Senador!

O que houve?

� o Sr. Brotherson.

Ele foi capturado.

Me desculpe entrar assim,
mas eu tenho uma m� not�cia.

O Sr. Brotherson foi
preso ontem � noite.

Ele tentou fugir de barco.

- Ele est� bem?
- Por enquanto.

Mas ele tinha fotos com ele.

Ele admitiu ser um espi�o e
h� apenas uma puni��o agora.

Ele diz que todos est�o envolvidos,
O seu marido, o meu motorista e voc�.

- Sim, eu sabia disso.
- E o seu marido?

- Eu n�o disse isso.
- Mas ele sabia.

- Eu nunca disse isso.
- Voc� deu informa��es a ele.

Eu n�o tinha nenhuma informa��o.

Eu n�o estava interessada
em informa��es. Eu queria ele.

Eu queria ele aqui, fora desta
guerra horr�vel e em seguran�a.

Eu estava preocupada.

Imaginei ele na Fran�a,
imaginei ele ferido.

E quando ele estava aqui
eu fiquei t�o aliviada.

E ent�o chegou esse espi�o est�pido.

E para qu�? Umas poucas fotos
que n�o mostram nada.

O sabe o que mais? Ele n�o � um espi�o.
Ele � apenas um tolo que foi enviado.

Espi�es devem ser treinados, n�o �?

Eu estive cego.

Eu gostei tanto dele.

Sua juventude e vigor.
N�s dois perdemos.

Mr. Brotherson.

Eu nunca perguntei o nome dele.
Eu gostava de quem ele era.

Era divertido e apropriado.

- O nome dele � Phillip.
- Phillip Dorr.

Ele veio aqui com Eugene La Salle
a fim de coletar informa��es.

Ele estava escondido no por�o. Ele queria
espionar mas n�o encontrou nada.

Voc� pode fazer sexo comigo...
ou me matar, mas deixe ele ir.

O sexo que voc� tanto quer,
o que voc� quiser, mas deixe ele ir.

Isto � extraordin�rio, eu perco o
meu filho um dia antes do seu.

Voc� ainda tem um filho. Eu n�o tenho
mais nada. Eu estou te implorando.

Como posso fazer isso?

Porque � certo.
Voc� mesmo disse isso.

Se voc� acredita que � certo, � certo.
Acredite nisso Bar�o. Acredite.

Felicity!

Ele sabe tudo, James.

Ol�.

Eu vou pegar a sua comida.

Eu disse que ela n�o estava aqui?

O dia em que vim na sua casa,
havia uma mulher. Sua m�e.

Sim.

- Ela � a dona da Mercearia Tanner?
- Sim.

Eu sabia que a conhecia.
A loja � dela, n�o �?

Sim.

Posso ajud�-la?

Voc� se machucou?
O que voc� precisa?

Dormir, me aquecer e �gua.

Deu errado ent�o.
Acho que tinha que ser.

- Eles pegaram o homem.
- Sim.

Vamos.

Eu venho quando puder.

- Voc� se lembra de mim?
- Sim.

O que voc� est� fazendo aqui?

Eu n�o sabia que voc� era
a m�e daquelas garotas.

O que voc� quer?

- Voc� sabe. Estou procurando Zelda Kay.
- Ela n�o est� aqui.

Ent�o?

Eu quero que voc� saiba
que eu me lembro de voc�.

E eu sei que voc� conhece Zelda Kay.

Ent�o eu vou continuar
observando aqui.

At� logo, Sra. Mahy.

Esse neg�cio do Sr. Brotherson
ir a corte marcial.

� uma perda de tempo.
O resultado � claro.

- O que est� sugerindo?
- Voc� deve fuzil�-lo imediatamente.

Em Sous Les Chenes, claro.
L� � tranquilo e podemos ser discretos.

N�o haver� execu��o.

- Mas ele � um espi�o.
- Eu te disse, eu o conhe�o!

Ele estava de licen�a quando invadimos
e permaneceu civil. Ele n�o � um espi�o.

- E as fotografias?
- O que � que tem?

- S�o de objetivos militares.
- Ele � um soldado.

- Ele � um espi�o.
- O espi�o est� morto. Ele � um soldado.

Mande-o para a Fran�a.
Ele � um prisioneiro de guerra agora.

Isso est� errado, senhor.

Eu acho que est� certo.

E o meu motorista, policial Jonas...

roubou combust�vel e ajudou na fuga.
Isso � uma senten�a de pris�o, n�o �?

Isso � tudo?

- Tem mais uma, o senador.
- O senador Door?

Ele tamb�m ajudou.
Seis a nove meses de pris�o para eles.

Ent�o?

Colin!

� um dia negro, Dorr.
Mas n�s vamos administrar.

Vamos sentir sua falta,
mas vamos cuidar das coisas.

- Eu sei disso.
- N�o se preocupe, nada me escapa.

- Tente ser camarada, sob controle.
- Eu irei, senhor.

- Cuide-se l� na pris�o.
- Obrigado.

- Obrigado por tudo que voc� fez.
- Eu n�o poderia fazer o contr�rio.

Nove meses passam r�pido.

Vamos poupar um pouco de comida.

- Vou sentir sua falta, Wilf.
- Eu espero que sim.

Poderia ter sido muito pior.

- Agora � com voc�, filho. Tenha ju�zo.
- Sim papai.

Voc� sempre foi apaixonado
pela Fran�a, Wilf.

N�o tem comida francesa
nas pris�es francesas, mam�e.

- Adeus, meu amigo.
- Boa sorte, Wilf.

- Voc� vai me escrever?
- Eu quero dizer...

� not�vel as coisas que voc�
conseguiu com o Bar�o.

E o que quer que voc�
tenha feito... eu entendo.

Eu te amo.

- Eu tamb�m te amo.
- Eu quero que voc� volte em breve.

- Adeus, Mr. Brotherson.
- Adeus, Sra. Dorr.

- Espero que voc� fique bem na Fran�a.
- Tenho certeza que ficarei.

E obrigado por tudo.

N�o se preocupe comigo.
Eu tenho sorte, m�e.

Voc� sabe que eu nunca
poderei agradecer o suficiente.

Eu estou cansado disso, Sra. Door.
Os nossos jovens morrendo.

Tradu��o original em holand�s: O Site

Tradu��o para PTBR: cbsgrillo
Revis�o: redragongaia