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UMA S�RIE NETFLIX

Quando tinha dez anos,

o teu av� trouxe-me para o rescaldo
da Batalha de Hildenard.

Ofereceu-me uma moeda de ouro
por cada espada recuperada dos ca�dos.

Disse que precis�vamos do a�o.

Mas eu sabia que era mentira.

Queria que eu conhecesse a morte.

O Kino diz que a guerra
� um fracasso da diplomacia.

O teu irm�o pensa
que resolve tudo com conversa.

Acha-se uma raposa no meio dos lobos.

Mas acredita, filha,
se quiseres durar neste mundo,

tens de aprender a ser a raposa e o lobo.

Pintaremos as paredes de dourado.

Importaremos lustres de cristal.

Os conselheiros entrar�o por aqui,

mas a regente ter�
a sua pr�pria entrada secreta.

Deve ter uma cara bondosa e gorda.

Inteligente, para encantar os s�bditos,
mas flex�vel, para a podermos moldar.

Talvez possa ser a minha filha.

Davas-me um trono?

Eu dou-te o mundo, filha,
se provares que o aguentas.

O que fazemos com ela?

Ela n�o nos vai arranjar problemas.

Despoja-a das suas posses
e manda-a para as col�nias long�nquas.

� um s�mbolo do antigo regime.

Mata-a j� e s� um ter� de morrer.

Deixa-a viver
e talvez tenhas de matar milhares.

Podemos mostrar ao povo
que somos piedosos.

Um lobo n�o tem piedade.

Ficas bem?

- Volto j�.
- Est� bem.

Jinx!

Desapareceu.

O qu�?

Foi tudo em v�o.

Senhor, protegemos a �rea.

Tenho ordens para o escoltar at� � cidade.

Senhor?

Est� bem?

Quem vive aqui?
Outro conselheiro teu amigo?

Caitlyn!

Est�vamos t�o preocupados.
Gra�as a Deus, est�s a salvo!

E encontraste um animal vadio.

Esta � a Vi.

� da cidade subterr�nea.

Estou a ver.

Podemos conversar, Caitlyn?

Em privado.

Tens de falar com o Conselho.

Falar com o Conselho?

Sabes que infringiste v�rias leis?

Ela fez o que pensou ser correto.

Eu assumo a responsabilidade.

�s filha de um conselheiro.

As tuas a��es refletem-se em todo o �rg�o.

As minhas a��es?

Sabe o que mais se reflete no Conselho?

Os seus cidad�os viverem na rua.
Serem envenenados.

Terem de escolher entre um l�der
que quer explor�-los

e um governo que se est� nas tintas.

Caitlyn!

A nossa filha deve precisar de descansar
ap�s as suas aventuras.

Eu marco uma audi�ncia.

Obrigada.

Tu e a tua amiga podem falar
diretamente com o Conselho.

Sugiro que te prepares.

- Os ferimentos dela s�o graves.
- Acha que n�o vejo?

Acho que a posso salvar,
mas ser� um processo complexo.

Por vezes, a morte � uma b�n��o.

Ela aguenta.

E, antes de come�ar, tenho de saber.
Est� preparado para a perder?

Jinx?

Jinx!

Ela n�o vai morrer, doutor.

N�o pode.

Compreendo.

Compreenda que isto � pela sua sanidade.

Eu tamb�m tive uma filha.

O Silco n�o recebe visitas.

N�o faz mal.

N�o vim por ele.
Pensei dar-te uma palavrinha.

Quando pergunto aos meus amigos
o que anda o Silco a fazer,

o teu nome � o primeiro que dizem.

"A Sevika est� no porto"
ou "a Sevika foi visitar os idiotas".

�s uma senhora temida.

Vai direto ao assunto.

Comandas o navio com m�o firme, certo?

S� que o navio n�o � teu.

� dele e da Jinx.

� esse o teu plano?

Sabotar o Silco
acariciando-me desajeitadamente o ego?

Tenho de reconhecer, Finn.

Quando penso que n�o podes
ficar mais burro, pioras um pouco.

Ent�o, sejamos diretos.
Ele est� em decad�ncia.

A cidade est� a caminhar para o caos.

Tenho a sensa��o
de que n�o est� a equilibrar as finan�as.

A Jinx tem um capricho e, de repente,
ele faz tudo o que ela quer.

E c� est�s tu, para limpar a merda dele.

O ego � uma coisa, o c�rebro � outra.

N�o �s a �nica
que n�o est� satisfeita com o que ele faz.

H� peixes maiores do que o Silco.

Mel. Elora.
N�o tinham de vir ter comigo.

- O que fazes aqui, m�e?
- Como podia n�o vir?

Ouvi falar da hospitalidade de Piltover.

N�o atravessaste meio continente
para provar a cozinha local.

J� passaram mais de dez anos, Mel.

Desde que me baniste?

Tanto drama.

Mandei-te c� para olhares pelos interesses
da fam�lia e seres aut�noma.

O que fizeste.

Disseste: "Talvez o teu sentimentalismo
combine melhor

com aqueles idealistas moles
do estrangeiro."

Tens a mem�ria do teu pai.

N�o tentes cair nas minhas boas gra�as.

- Mel.
- Ou isso.

O teu irm�o partiu.

O que aconteceu?

Cruzou-se com o homem errado.

Eu estava distra�da.

� um erro que n�o posso corrigir.

O teu Jayce Talis virou-se
para as armas do Hextech.

Eu sabia.

Vem a� uma guerra.

Os problemas da cidade subterr�nea
apodreceram demasiado.

Piltover n�o � como Noxus.

A guerra n�o � o nosso primeiro recurso.

Patrocinei o Hextech para proteger
a cidade, n�o para a destruir.

Isto n�o s�o conjeturas, � um facto.

As armas n�o podem ser desfeitas
e s�o sempre usadas.

Estou aqui para te orientar
para as decis�es certas.

- N�o preciso da tua orienta��o.
- Veremos.

Menina Medarda?

- Sim?
- Sim?

� para mim, querida.

Vou provar a gastronomia local.

Vamos apresentar o nosso caso
ao Conselho esta noite.

Fizeste isto tudo sozinha?

Sem sequer ir l� abaixo?

Pensava eu
que a Powder podia ser obsessiva.

O que lhe aconteceu n�o foi culpa tua.

Quando os meus pais eram vivos,

eu e a Powder divid�amos uma cama assim.

S� que tinha metade do tamanho.

Brinc�vamos a fingir
que �ramos monstros cada vez maiores.

Ela dizia: "Sou um monstro-lesma
com veneno para lama."

E eu dizia: "Sou um caranguejo
comedor de lesmas com espinhos afiados."

�s vezes, entusiasmava-me
e ela assustava-se.

N�o queria que ela chorasse
e acordasse os meus pais, ent�o...

Fingia mandar embora os meus monstros.

Eu dizia: "Nenhum monstro te apanha
enquanto eu aqui estiver."

Depois, apareceu um monstro a s�rio.

E eu fugi.

Abandonei-a.

Powder, �s mais forte do que pensas.

Vi?

Desculpa, Powder.

- A tua irm� d� azar.
- N�o!

Jinx.

N�o!

Compreendo que isto seja doloroso.

N�o!

- Receio que as coisas s� piorem.
- Espera!

N�o!

O que fizeste?

Salvei-lhe a vida.

Cuidado, bola de pelo.

Mexe-te.

Assim.

Afaste-se dela.

Adeus.

Genial.

Apesar de estas l�minas
parecerem mal colocadas.

Est� enganado.

Foi concebido para as fissuras.

O ar � mais denso.

Est�s bem, rapaz?

Estou bem, s� torci o tornozelo.

� o Conselheiro Heimerdinger?

Agora � s� Heimerdinger.

O que faz deste lado do rio?

Eu queria oferecer a minha ajuda
aos cidad�os da cidade subterr�nea, mas...

... parece que n�o sou bem-vindo.

- O que foi?
- O dia est� a ser igual para os dois.

Isso parece mais do que uma entorse.
Precisas de cuidados m�dicos.

Tenho de ir para casa.
N�o � seguro para mim estar aqui.

N�o sei como vou chegar l�
com a perna magoada e...

... est� a prender-me aqui.

Sr. Talis,
ensinam hist�ria militar na sua academia?

� Conselheiro Talis.

E n�o tenho a certeza.

O General alorniano Sonnem Parlec

arranjava formas de se reunir
com os inimigos vendados.

Dizia que a mente de um homem
se esconde atr�s do corpo.

Mas duvido que tenha tentado isto.

� a m�e da Mel.

Entre outras coisas.

Aperta, mi�do. N�o parte.

Tenho outros assuntos, se me d� licen�a...

A amea�a da cidade � real.

A sua lideran�a � impotente.

Podemos n�o ser Noxus, mas Piltover n�o �
t�o impotente como pensa.

Quem falou em Piltover?
O problema � o Conselho.

A mente escondida atr�s do corpo?

A gest�o da vossa crise atual
requer conhecimentos que lhe faltam.

Sabe qual � a taxa de �xito
dos inventores seniores da Academia?

Tr�s por cento.

Conhecemos o fracasso.

Esta � a Cidade do Progresso
porque tentamos at� acertarmos.

Obrigado pelo conselho, Sra. Medarda,
mas tenho uma cidade para dirigir.

Espere.

Percebo porque esta prov�ncia
e a minha filha se apaixonaram por si.

Tem a paix�o da juventude.

Eu tenho experi�ncia.

Quero que tenha �xito aqui, Jayce,
para agraciar o mundo com o Hextech.

Mas se n�o aceitar certas realidades,
receio que acabe como o General Parlec.

Chacinado com os olhos fechados.

Tr�s fornecedores disseram que v�o
atrasar os carregamentos at� ao outono

para dar
"tempo para as coisas arrefecerem".

Temos problemas maiores
que uma quebra dos lucros.

O xerife traiu-nos.
Precisamos de informa��es melhores.

Temos de agir.
Antes que mais algu�m morra.

O Marcus podia estar a agir sozinho.

O que podia algu�m da cidade subterr�nea
dar-lhe que ele n�o tivesse aqui?

N�o � o que lhe deram,
� o que ele tinha a perder.

Conselheiros, a minha filha tem
uma perspetiva �nica da nossa situa��o.

Obrigada.

Conselheiros, esta � a Vi.
Nasceu na cidade subterr�nea.

Apesar de lhe termos falhado
de in�meras formas,

arriscou tudo para me mostrar
como � a vida l� em baixo.

As pessoas est�o famintas,
doentes, arrasadas pelo Shimmer.

Vivem constantemente com medo

dos esfor�os coordenados
dos senhores do crime violento.

Um homem lidera esses esfor�os.

Silco.

Investig�mos o Silco.

N�o revelaram esse n�vel de organiza��o.

E quem liderou essa investiga��o?

O que quer de n�s esse Silco?

Ele acha que a cidade subterr�nea
deve ser independente.

Chama-lhe Na��o de Zaun.

E isto? Sabes quem o fez?

N�o, bem...

Ela chama-se Jinx.

Esta Jinx tem a gema?

- Temos de entrar � for�a.
- Pode desencadear uma guerra.

-H� pessoas boas l� em baixo.
- E m�s tamb�m.

Mesmo que quis�ssemos invadir,
eles t�m o Shimmer.

N�s temos o Hextech.

O que � que te aconteceu?

H� semanas que falamos nisto.

Ainda est�o a limpar o sangue da ponte.

Quando vamos dizer basta?

N�o sabes o que � a guerra.

Eu sei.

Deve ser o nosso �ltimo recurso.
Pode haver uma solu��o diplom�tica.

Ela tem raz�o.

O qu�?
Querem negociar com ele?

Talvez seja a �nica forma
de evitar mais sangue.

Que loucura.
N�o aprenderam nada?

N�o podem falar com ele!

Ele odeia-vos.
E tudo o que representam.

Ele nunca vai recuar.

- Esbirros, acompanhem-nas � porta.
- Esque�am.

Eu sei onde � a porta toda fin�ria.

Vi! Espera!

Espera! Aonde vais?

N�o sei. Para de onde vim?

Parece que � o que todos aqui querem.

- Eu resolvo isto.
- N�o vais conseguir!

As coisas s�o assim.
Como sempre foram.

Fui t�o est�pida
em pensar que podiam mudar.

Deve haver algo que possamos fazer.
De outra forma.

Fazemos um plano novo.
Temos de tentar.

Tent�mos. Certo?
N�o foi suficiente.

O lado de cima e o de baixo.
Azeite e �gua. � o que temos.

E n�s?

Azeite e �gua.

N�o estava destinado.

- Est�s a falar por falar.
- Faz-te um favor, do�ura.

Volta para a tua casa
grande e brilhante e...

... esquece-me, sim?

Viktor, tenho estado a trabalhar
num projeto privado,

h� umas semanas.

N�o.

Viktor, estou a trabalhar nisto
h� um ano e...

Viktor.

Viktor, esperava que visse algo
em que tenho trabalhado.

Viktor, inspirei-me no seu...

Tudo o que faz inspira-me.

Viktor!

Viktor!

Sky? N�o!

N�o pode...

Quer que o Silco pague pelo que fez?

Podia mand�-la prender.

Voc�s gostam de fazer amea�as.

J� foi a Stillwater?

N�o.

Ent�o, levanta um bra�o,
manda prender algu�m

e n�o se d� ao trabalho
de descobrir o efeito

de estar enfiado numa caixa de pedra
durante semanas, meses ou at� anos?

- Sim. Quero fazer o Silco pagar.
- Quero participar.

N�o h� participa��es.

- Ouviu o Conselho.
- O Conselho que se foda!

Disse que estava farto de ina��o.

Foi a �nica coisa sensata
que foi dita esta noite.

N�o sou vigilante.

N�o, � uma v�tima.

Isto � para repararem em si
quando levanta a m�o na sala do Conselho?

Constru�mo-la para explorar as fissuras.

Algu�m que conhe�o bem tinha um par.

Foi a primeira pessoa que a Caitlyn
procurou quando cheg�mos c� acima.

De todas aqui de cima,

ela confiou em si
para fazer alguma coisa.

O que quer que fa�a?
Que o prenda?

O Silco controla a cidade subterr�nea
com o Shimmer.

Corte-lhe o abastecimento

e � uma quest�o de tempo
at� os dele se virarem contra ele.

E como fazemos isso?

Destruam-lhe as instala��es de produ��o.

Um ataque forte e r�pido,
para ele n�o poder reagir.

Ent�o, temos acordo, lindinho?

Vamos!

- Vamos.
- Na ponte.

Est� seguro!

Para tr�s!

Pirralha!

Legendas: Laura Genevrois
Acertos: imfreemozart