All language subtitles for Nana Ekvtimishvili & Simon Groß - Une famille heureuse (2017 Chemi Bednieri Ojakhi GeorgE)

Quero o jornal de hoje.

Voc� poderia me dar um?

Tome.

Obrigada.

- V�o consertar o elevador?
- Claro que sim.

N�o sou mentirosa.

N�o quis dizer isso.

Aqui vivem muitas pessoas, querida.
Nem todas usam as escadas.

Mora aqui at� um alto funcion�rio.

Est� desligada. N�o adianta.

N�o pagaram a conta.

Antes de se mudarem, eu pago
e eles ligam a eletricidade.

Est� vazio h� dois meses,
mas antes estava sempre alugado.

O melhor � a varanda.

Entra muito sol.

Se o sol estiver muito forte,
pode abrir uma sombrinha.

Venha ver aqui.
Depois, voc� decide.

Vejam s� como est� sujo.

N�o consegui ningu�m
para limpar esta confus�o.

Para sua informa��o,
os �ltimos inquilinos foram muito felizes.

Mais felizes ficaram quando se mudaram
para uma casa melhor com coisas melhores.

� aqui � um apartamento...

D� sorte.
Acredita na sorte? Eu acredito.

- Isso � a cozinha?
- A cozinha � aqui.

Aqui � o banheiro.

O box e os sanit�rios.
Mostro j� pra voc�, querida.

Viu, est� tudo em ordem.
Vamos ver ali.

Gosta?

N�o h� nada de mal
neste apartamento.

Aqui � a outra varanda.

N�o encontra assim em lado nenhum,
pelo menos n�o neste pre�o.

O mercado est� caro,
mais ningu�m faz este pre�o.

Tem fam�lia?

Que � isto, Manana?

- Eu fa�o o jantar e voc� come bolo?
- N�o quero jantar.

Podia jantar e comer a sobremesa depois.

Voc� faz sempre isto, sempre.

Olhe s� para isto.

- O que � isto?
- Deixa a�.

E ainda diz para eu deixar.

A gente se mata de trabalhar
para pagar suas aulas.

Gastamos muito dinheiro
com os caprichos dele.

N�o acredito que deixou
de estar agarrado ao computador.

O que voc� est� fazendo aqui em p�,
olhando para os meninos?

Deixe-os em paz, s�o jovens.
Venha comer.

Podem ir para outro lado. N�o podem?

N�o conseguem evitar, Otar.
Eles se amam.

� melhor voc� ter cuidado, Lasha.

Meu Deus...

Agora, Lamara,

Voc� e o Otar
deviam seguir o exemplo deles.

Voc�s tamb�m, Soso e Manana.

Nunca � tarde.

Cale-se e deixe de resmungar.

Se voc� tivesse coragem,
teria algu�m.

Que coragem? Ele s� sabe dormir
ou ficar no computador.

Do que voc� est� falando?

Estamos � sua espera.

- Voc� quer?
- Sim.

- Bom dia.
- Ol�.

- Hoje � o anivers�rio da Manana.
- Eu sei.

Ainda bem que sabe.

Todos se esquecem de tudo, aqui,
menos eu.

Feliz anivers�rio.

Obrigada.

Tire o copo, por favor. Aqui est�.

Manana, est� vendo esta sujeira?

Porque n�o pro�bem o garoto de comer
da geladeira?

Come cerejas com uma colher
e deixa manchas por todo o lado.

N�o aguento, limpo isto todos os dias,
� sempre a mesma coisa.

Ele n�o me ouve.

Como est�o as coisas?
Acabou tudo?

Acabar?

Ela n�o pregou olho a noite toda.

Feliz � a fam�lia

com uma m�e tranquila,

que se sacrifica pela fam�lia

e cria os filhos...

Vakho, vou com voc�
buscar as minhas roupas.

N�o quero acordar o Nino.

Vakho, n�o fa�a barulho, por favor.

Onde est� o meu casaco?

Voc� est� pronta?

V� ao mercado depois do trabalho.

Compre-me endro e batatas novas,
e queijo para o Khachapuri.

E um frango.
Vou ass�-lo esta noite.

O Soso traz o vinho.

M�e, n�o vou celebrar o meu anivers�rio
nem convidar ningu�m.

N�o quero ver ningu�m.

Mas...

Se vier algu�m,
vai receb�-lo de m�os abanando?

Voc� me espanta.

O Rezo vem,
a Bela tamb�m, com os filhos.

- S� o Khachapuri.
- Agora n�o, estamos atrasados.

- Voc� vai comprar vinho?
- Claro, n�o devia?

N�o me anima comemorar o anivers�rio.

Ent�o n�o comemore.

- Mas vir�o pessoas.
- Que pessoas?

N�o sei...

O seu irm�o pode vir.

A Bela pode vir com os filhos.
As pessoas v�m, voc� sabe.

N�o compre vinho, por favor.

Se n�o tivermos nada,

v�m e falam um monte.

Se fizermos uma festa,
n�o saem at� de manh�.

Se vierem, apresentamos uma mesa vazia?

Voc� est� falando como a Lamara.

N�o convidei ningu�m.
Porque temos de fazer uma festa?

Que mal fiz eu, que n�o posso passar
meu anivers�rio como quero?

Fa�a o que quiser, ningu�m impede voc�.

� O Mart�rio de Shushanik
um drama familiar?

De uma perspectiva atual, sim, �.

No entanto, pode se dizer
que, neste trabalho, o conflito

se baseia na religi�o,
para l� das barreiras do drama familiar.

Continuamos na pr�xima aula.

Escrevam um ensaio
sobre o Pr�ncipe Varsken

usando as instru��es no quadro.

- Est� bem. Adeus.
- Adeus.

Esperem por mim.

- Adeus.
- Adeus, professora.

Algu�m viu a Chigogidze?

- Ela faltou �s outras aulas.
- Ela falta muito.

N�o vou lhe dar nota este semestre.

- Se v�-la, digo-lhe, adeus.
- Adeus.

Espere um pouco.

- Feliz anivers�rio.
- Obrigada.

Se n�o ponho este frango
no forno agora,

s� Deus sabe quando vai estar assado.
Saiam.

Saiam daqui.

- J� chegou algu�m?
- Sim, por isso, estou com pressa.

- Gostaria que tivesse vindo mais cedo.
- Espere.

Quero pedir-lhe uma coisa.

Pode tirar as suas roupas
na noite anterior?

O guarda-roupas faz muito barulho.
N�o consigo dormir.

- Est� bem.
- O que � isto?

Eu pedi endro, n�o foi erva-doce.

Estou falando com voc�.
N�o sabe distinguir o endro da erva-doce?

- N�o sei, m�e.
- Eu pedi endro.

- Feliz anivers�rio, m�e.
- Quem est� a�?

Os m�dicos do Soso.
E o pai e filho Samkharadze.

N�o tenho um presente.

Quando estiver trabalhando,
compro o que voc� quiser.

Estou com fome.
Quando � que o jantar vai ficar pronto?

Espero que sustente a sua fam�lia,
se algu�m casar contigo.

- Ela pode viver sem o seu presente.
- Est� sempre reclamando.

Ele est� sempre no computador.
Assim que acorda, corre para l�.

- Incomodo algu�m?
- Sim, voc� mesmo.

Use um copo. E coloque isso onde estava.

A geladeira est� cheia de manchas.

O que voc� quer?
N�o nos estresse, por favor.

- Cuidado!
- Tenha cuidado voc�.

V� cortar o cabelo, rapaz,
assim n�o enxerga nada.

Voc� est� aqui.

- Est�o � sua espera.
- � minha espera?

De quem mais? Quem aniversaria hoje?

Lamara, lave isto, por favor.

� para voc�.

- Obrigada.
- Olha onde voc� escondeu isso.

- N�o coloca �gua?
- V�.

- Eu?
- Claro.

N�o posso.

Perguntam por voc�.
N�o me deixe maluco.

A Lamara cuida disto.

- V�.
- Por favor, n�o posso.

- A aniversariante.
- Feliz anivers�rio.

- Obrigada, como est�?
- Feliz anivers�rio.

Como poderia viver sem voc�

Ou como poderia passar a minha vida

Porque � t�o dif�cil
Viver sem voc�

Cheguei at� voc�
E ocupou a minha mente

Ocupou a minha mente

Fiquei maravilhado

E se n�o puder esperar

A Nino vai abrir.
Onde voc� vai?

Feliz anivers�rio.

Feliz anivers�rio.

Vejam quem chegou. Meus queridos.

Como est�o?

Como est�o as coisas? Como voc� est�?

Meus queridos.

Rezo, onde est� voc�?

Cansei de esperar voc�.
Olha quem est� aqui.

Meu anjo, venha ver os homens
cantando.

Olhem quem chegou.

- � para voc�.
- N�o era preciso.

- Foi com gosto.
- Como est�s voc� e as crian�as?

Quem est� aqui? S�o tantas pessoas.

N�o diga a ningu�m, est� bem?

Eu disse que voltava para voc�

Voltarei sempre para voc�

Houve um tempo em que voc� podia
ouvir as batidas do meu cora��o

Vamos, eles est�o com sono.

- Eu n�o tenho sono.
- Keso.

- T�m escola amanh�.
- Bela, deixe-me em paz, por favor.

- Rezo. J� � tarde.
- Est� bem, vamos embora.

S� um minuto.
J� acabaram de beber?

Goga,
enche o meu copo, por favor.

David, n�o pare.
Quero beber � sa�de da minha irm�.

A melhor, a mais bonita
e a mais bondosa das pessoas.

N�o conhe�o mais ningu�m como ela,

que foi, � e ser�...
Que mais posso dizer?

� nossa Manana.

Por favor, junte-se a n�s,
s� desta vez.

Voc� est� assim t�o infeliz por v�-los?
S�o gente boa at�.

S�o s� 15 minutos, sente-se comigo.
S� isso, mais nada.

N�o v�o passar a noite aqui.

Quantas vezes tenho de pedir?

- Soso, onde voc� est�?
- J� vou.

Venha, ao menos pelo Rezo.
Pelo seu irm�o.

Juro pela vida do Lasha e da Nino.

Dentro de uma hora, mando todos embora,
n�o fica ningu�m.

Vem, sente-se durante 15 minutos
e depois v� embora.

- Est� bem.
- O qu�?

Nada.
Est�o chamando voc�. Vai.

Que h� com voc�?

Chegou a tempo.

N�o podia ter vindo
cinco minutos mais cedo?

O frango estava delicioso.
N�o tinha o que chegasse para voc�.

- E n�o fic�vamos envergonhados.
- N�o tem mais frango? Estou com fome.

Fome? N�o estava aqui?
Porque n�o comeu?

- A Nino e o Vakho foram se deitar?
- Sim.

Pergunto a mim mesmo...

Os meus amigos que estiveram aqui...
Que pensar�o de mim agora?

Vieram lhe prestar uma homenagem,
cantaram can��es.

Eles foram embora e voc�
nem se despediu.

- Acha certo?
- Eu n�o os convidei.

Quem o fez,
que acompanhe os convidados.

S�rio?

Quem eram os convidados?
O seu irm�o?

Ele estava sozinho?

Voc� convidou 20 pessoas.

Vinte pessoas? Que exagero!

O Rezo vai compreender
que n�o estava animada para uma festa.

E por que n�o?
O que aconteceu? Morreu algu�m?

� o seu anivers�rio. Alegre-se.

N�o � mais o anivers�rio dela.
J� passa da meia-noite.

N�o � essa a quest�o.
Olha como ele fala comigo.

- Quer me deixar nervosa.
- Calma , Lamara.

- Ent�o, n�o fique nervosa.
- Voc� acha que � f�cil?

N�o v�
que arruma problemas do nada?

Como � que consegue?
Tem algum prazer nisso?

N�o posso viver aqui.
Quero ir embora desta casa.

At� parece que somos muito maus.

- Soso, por favor, n�o.
- Espera.

Somos t�o maus
que ela quer ir embora.

- Por que ela nos amea�a?
- Vamos, Soso, querido.

Deixe-a em paz.

Deixe-a.

Sabe de quem ela herdou isto.

Nunca percebi no meu marido,
o que o faz feliz ou infeliz.

N�o se consegue perceber.

- Adeus, professora.
- Adeus.

Adeus. Chigogidze?

Sim, professora.

Venha aqui um minuto.

Porque faltou a tantas aulas?

Diga-me, por favor.

Tive problemas, professora.

Que problemas
pode ter uma mocinha de 17 anos

para faltar durante um m�s?

Voc� estava doente?

Diz pra mim.

- Eu me divorciei do meu marido.
- Voc� se divorciou?

Quando � que voc� casou?

No �ltimo per�odo.

Espere.

Sente-se.

Vai.

Como est� agora?

Bem.

O que aconteceu?
Por que se divorciou?

N�o nos entend�amos.

Somos muito diferentes.

N�o deu certo.

Quantos anos tem ele?

Fez anivers�rio anteontem,
tem 21.

Viviam sozinhos ou com mais algu�m?

No in�cio, viv�amos com a m�e dele.

Depois alug�mos um apartamento.

Mas mesmo assim n�o funcionou.

Se eu queria algo, ele n�o queria.

Se ele queria uma coisa, eu n�o queria.

Disse-lhe que n�o ia dar certo
e o deixei.

O que ele disse?

S� uma coisa, professora.
Se voc� disser n�o, � n�o.

N�o pode parecer que est� hesitando.

De outra forma, n�o faz sentido.

Muitas garotas dizem aos namorados
que v�o larg�-los,

mas voltam a ficar juntos.

Se o disser uma vez,
tem que ir at� o fim.

� a minha opini�o.

Concorda comigo?

Sim.

Muito bem.

Demos esta mat�ria nas aulas.
Estude e prepare-se para o teste.

E n�o falte �s aulas, sim?

- Obrigada, professora.
- N�o tem de que.

Isto � endro ou erva-doce?

N�o v� que n�o � erva-doce,
� endro, endro verdadeiro.

S� perguntei.
Pode me dar um saco, por favor?

Quanto custam os pepinos?

De onde s�o, de Lagodekhi?

D�-me um quilo.

- Quero tomates.
- Desculpe.

N�o leva isso?

M�e, algu�m a magoou?

N�o.

Pai, tem alguma explica��o?
Queremos saber o que se passa.

N�o nos esconda nada.
Diga se magoaram voc�.

Se quiser ir embora,
se precisar trabalhar

ou de uma pausa...

- N�o vou embora por uns tempos.
- Podes nos dizer.

Vou embora de vez, j� disse tudo.

Voc� alugou mesmo
um apartamento?

Vai viver sozinha
num apartamento alugado?

N�o entendo
porque ela n�o gosta disto aqui.

M�e, por favor, diga-nos
quem magoou voc�.

- Soso, foi voc�?
- Deixe-me em paz, rapaz.

Voc� a magoou?

- Porque o faria?
- N�o sei...

Fui eu quem a magoou?

N�o, n�o tem nada a ver
com voc�.

Mas que o que est� acontecendo?
Porque n�o nos diz nada?

M�e, eu lhe fiz uma pergunta.

Talvez n�o queira responder.

� um assunto privado dela.

� incr�vel ele conseguir
estar t�o calmo.

Ela sai de casa,

deixa a fam�lia,
e ele diz que � um assunto dela.

Estou ficando maluca.

N�o aguento mais.

Bem, n�o respeita os seus pais,
n�o respeita os seus filhos.

Pelo menos, diga ao seu marido
porque vai embora e para onde.

N�o dev�amos saber o porqu�?

J� disse que aluguei um apartamento.
� em Varketili.

E mudo para l� hoje.
N�o quero viver com voc�s.

Eles j� s�o adultos,
podem tomar conta deles.

- Bem feito.
- Que vamos dizer �s pessoas?

Dizemos que voc�s se divorciaram?

Acorda, Nino. Que idade voc� tem?

Preocupe-se com a sua pr�pria
fam�lia.

Lasha, v� chamar o Rezo.

O Rezo agora � meu juiz ou superior?
Ele que lide com a sua pr�pria fam�lia.

- Chame-o.
- Ele n�o me diz o que fazer.

Promoveu o Rezo a meu juiz.

Sou uma mulher adulta,
deixem de me dar li��es.

Chame o Rezo.

Acham que ficarei com medo,
se ele vier?

Espere. Quero dizer-lhe uma coisa.

S� quero...

Diga porque est� indo
e para onde.

N�o tenho de explicar nada a voc�.
Explico ao Soso.

- Deixe-me em paz.
- Explica o que, ao Soso?

Que vai deix�-lo e �s crian�as?

- Com os seus pais?
- N�o � problema meu.

Se ele quiser, pode ir embora.
Estou impedindo ele?

- Eu vou.
- Veja, ele sabe tomar conta de si.

Eu arranjo para onde ir.

Do que n�o gosta nele?
Diga-me, por favor.

Que h� de errado com ele?

N�o � um b�bado. N�o bebe.

Quando bebe, faz com modera��o.

N�o adianta, m�e.

N�o � ladr�o, nem bandido.
N�o � criminoso, nem drogado.

Que mais voc� quer?
Adora os filhos.

Nunca bateu em voc�.
Devia ver o que outros maridos fazem.

- N�o me interessam os outros.
- E por que n�o?

Voc� teve tudo de bandeja.
N�o d� valor a nada.

Teve tudo � sua frente.

Casou, estudou, arranjou emprego.

Uma vida tranquila.
Voc� teve filhos.

N�o fazia nada em casa.
Nem criou os filhos.

Fui eu, fui sua criada toda a vida.

Eu pedi pra voc� ser
a minha criada?

- Pedi?
- Parem com isso.

Deixe-me em paz, m�e.

Voc� devia ter visto o tipo de marido
que o seu pai era.

- N�o faz ideia.
- Deixe-me.

Deixe-me em paz.

- Foi muito dif�cil criar voc�s.
- Deixe-me.

N�o posso.

N�o deixo voc� ir.
N�o vai a lado nenhum.

Vou, voc� n�o vai me impedir.

Por favor, deixe-a ir.

Deixe-a em paz.

Por favor, deixe-a em paz.
Conversaremos depois.

- N�o devia se intrometer.
- N�o grite.

Que est� acontecendo com voc�?

Envergonha o seu marido,
os seus pais e os seus filhos.

Envergonha a todos n�s.

Nos envergonhas com os vizinhos.
Deixem-me.

- Aqui est�, e obrigada.
- De nada, adeus.

Adeus.

Ou�a o que lhe digo.
Est� compreendendo?

Rezo, n�o sou uma crian�a.
Sei o que estou fazendo.

- Acha que ficar� melhor assim?
- Sim.

Voc� n�o pensa no Soso?

Acha certo deixar o Soso sozinho
com a Lamara e o Otar?

Pode ir viver em outro lugar.
Pedi para voc� viver com os meus pais?

Eu n�o quero isso...

N�o quero que ningu�m
fale da minha irm�.

Quer que eu mate algu�m?

N�o percebo porque ir� ter problemas
por minha causa.

Como encontrou este apartamento?
Por que aqui?

Aluguei um apartamento que podia pagar.

Certo.

Gostaria de saber

quanto � o aluguel e quanto voc� ganha.

N�o vou morrer de fome.
Posso dar explica��es, se for preciso.

Muitos universit�rios
me pedem explica��es.

- Voc� tem algu�m que a sustente?
- O qu�?

Quem me iria sustentar?

N�o sei, os seus amigos.
Ou voc� estar saindo com algu�m.

Sair com algu�m?
Do que est� falando?

Quem era o homem na sua aula?

Por que voc� fala assim comigo?

� um colega, o Gogi Sekhniashvil,

d� aulas de Georgiano
e de Literatura.

Voc� me trata como uma crian�a.

N�o preciso de ningu�m para me proteger
ou controlar. Sou adulta.

Tome conta de voc� e da sua fam�lia.

Deixem-me em paz, todos voc�s.

Muito bem, como quiser.

Precisa de carona para Varketili?

N�o, ainda n�o vou para casa.

Irei � sua casa no domingo.

Venha tamb�m.
Vamos todos sentar e conversar.

J� n�o fal�mos o suficiente?

N�o preciso ir l�.
Est�o todos zangados.

Manana, lhe imploro,
fa�a isso por mim.

Vamos nos sentar e conversar
sobre isto com calma.

Respeite-me, por favor.

Fa�a isto por mim

e juro que nunca mais
te pe�o mais nada,

nem volto a lhe incomodar.

- Quem �?
- Servi�o do g�s.

Voc� mora aqui agora?

- � parente da Miranda?
- N�o, acabei de me mudar.

Pensei que era irm� ou parente dela.

- Conhece a Miranda?
- N�o.

Era muito boa mo�a.

Sabe o que fez?
O que aconteceu aqui?

Tentou suicidar-se com g�s.
Foi uma coisa triste.

Foi terr�vel.

Pol�cia, bombeiros, ambul�ncia...
Uma grande confus�o.

Tinha os nervos em frangalhos.

Obrigada.

Vamos.

Nino, sou eu. Como voc� est�?

Onde voc� est�?
Est� bem?

S� liguei para saber como
voc� estava.

Est� bem. Vai l�, cuide-se.

Beijo para voc� tamb�m.

Como voc� est�?

O que houve, Vakho?

Posso falar com voc� um minuto,
se tiver tempo?

- Est� bem, fale.
- Venha at� aqui.

Desculpe vir aqui falar com voc�.

N�o posso falar disso l� em casa.
Al�m disso, n�o sei

quando a volto a ver...

O que viu no outro dia,
n�o � o que pensa.

N�o precisa me explicar nada.

Fica entre n�s,
n�o conte nada � Nino.

Espere.

N�o me coloque nesta situa��o.
Resolva voc�.

Eu n�o gostaria que a minha m�e
interferisse entre mim e o meu marido.

- Voc� tem falar com a Nino.
- Claro.

Mas n�o lhe conte nada.
Eu explico tudo depois.

N�o tente resolver isso comigo.

N�o posso dar esperan�as
nem garantias.

- V� falar com a Nino.
- Est� bem.

- Tenho de ir.
- Por favor, n�o diga nada.

- Como voc� est�?
- Bem, e voc�?

Mais ou menos.

- O que houve?
- Entre.

Ol�.

- Ol�.
- Como est�?

Pai, como voc� est�?

O que houve, est� tudo bem?
Parece que morreu algu�m.

� pior do que a morte, muito pior.

- Est� se sentindo mal?
- Muito mal.

Se voc� est� doente,
chame um m�dico, n�o a fam�lia.

Deixe-me em paz.

- Fui eu que chamei todos.
- Sim...

Queremos falar com voc�.

- Somos uma fam�lia, n�o somos?
- Querem falar comigo?

Estou aqui, falem, sou toda ouvidos.

Por favor, diga-me.
Por que pensa que queremos mal a voc�?

- N�o penso isso.
- Olha para o Dato.

Quando soube de voc� e do Soso,
n�o dormiu por duas noites.

Voc� estava preocupado comigo?

Voc� � como uma irm� mais velha.

- Crescemos juntos.
- Eu sei.

N�o gosto de me meter nisto.

Tamb�m respeito o Soso.
Mas digo uma coisa pra voc�.

N�o perdoo ningu�m
que magoe voc�.

Dato, meu querido...

S� queria dizer isto.

Obrigada, mas ningu�m
me machucou.

- Est�o preocupando-se por nada.
- Por amor de Deus, Dato, sente-se.

N�o fique andando
para tr�s e para a frente.

Ningu�m magoou a Manana,
e voc� n�o devia dizer isso.

Aqui h� pessoas mais velhas.

Pe�o que ou�a elas.
Podem dizer algo sensato.

Talvez goste.

Se n�o, ignora.
E deixamos voc� em paz.

Est� bem, eu ouvirei.

N�o se zangue com o Rezo.

Ele fez a coisa certa ao nos chamar.

N�o devia ter chamado a gente?

Sabe que pode falar conosco.

� nosso dever ajudar-nos uns aos outros
em tempos de necessidade.

Nem eu, nem o meu marido
estamos em necessidade.

Por favor, n�o se preocupe.

Querida, o Soso est� arrasado.
Parece um fantasma.

- N�o acredito que n�o enxergue isso.
- M�e.

N�o me interrompa.

Quero lhe dizer uma coisa.

Fiz 79 anos h� pouco.

J� vi muitas coisas na vida.

De uma coisa tenho certeza.

Neste mundo n�o h� fam�lias
sem problemas.

H� sempre problemas. � normal.

Quer beber alguma coisa, Sr. Vazha?

Sim, n�o tenho nada a ver com isso,

mas � uma situa��o muito complexa.

- Quero lhe dizer uma coisa.
- Diga.

Pense bem.

Pense bem duas vezes.

E eu quero dizer a mesma coisa.
Pense bem.

Pense nos passos que d�.

� uma vergonha para a sua fam�lia.

Vamos, tio Zaur, deixe disso.

Manana, querida.

Voc� est� numa idade
em que devias ter netos.

N�o � tempo para desaven�as.

Tia Meri, � da minha conta
com quem me desentendo ou entendo.

Tio Zaur, pode me dizer

como envergonho
a minha fam�lia?

- N�o quis dizer isso.
- Ent�o, n�o compreendo.

- Espere um minuto.
- Rezo, espere, eu falo com ela.

- O que �, tia Meri?
- Quero saber...

Por que voc� deixou a sua fam�lia?

- N�o compreendo.
- O que � que isso interessa?

Pode n�o compreender,
mas n�o vou dizer a ningu�m.

- Olha para a Ketino.
- O que eu tenho a ver com isto?

- N�o � divorciada.
- E?

N�o tem filhos, tem estudo.

N�s sabemos.

Dois diplomas.

� uma boa mulher, mas est� solteira.

Porque � muito dif�cil, querida.

Voc� tem um bom marido.

N�o sabia que o meu marido
tinha tantos f�s entre os meus familiares.

O Soso � um bom homem.

O que posso dizer...
Voc� � uma ingrata.

- Meri, n�o.
- Obrigada.

- Ela j� entendeu.
- Deixem-me em paz.

Porque ser� que decidiu come�ar
uma vida nova com esta idade.

E com quem.

Do que est�o falando?
Est�o imaginando coisas.

Voc� devia cuidar do Soso.

Um homem fora de si � capaz
de fazer tudo.

Ele sabe tomar conta dele mesmo.
N�o precisa de voc�.

N�o se deve levar um homem
ao limite.

Est�o todos loucos?
Do que est�o falando?

- Mas que limite?
- Meri e Zaur, ou�am.

Est�o extrapolando e
criando confus�o.

Deixem eles em paz.
Eles sabem tomar conta deles.

Espere, est� dizendo
que n�o temos voz nisto?

E � da conta de voc�s?

Deixem ela em paz.
Ela j� entendeu o que querem dizer.

Deixem ela em paz.

Ou�am, voc�s s�o umas crian�as
e n�o percebem certas coisas.

Quer dizer, eu n�o percebo,
mas a Meri, a Vazha e o Zaur percebem?

Como se atreve a chamar Zaur?

Parem com isso.

Obrigada por se preocuparem comigo,
mas tenho de ir agora.

Manana, n�o se ofenda...

Por favor, n�o quero mais discuss�es.

Estou bem, n�o se preocupem comigo.

Ligue-me, por favor.

Um ramo de coentros,
espinafres e estrag�o, por favor.

Levo isto.

Obrigada.

Este, por favor.

Nato!

Ol�, como voc� est�?

Minha querida!

H� tanto tempo que n�o nos v�amos.

Voc� est� t�o bem.

- Voc� est� linda.
- Ent�o...

Foi minha colega da escola.
N�o a via h� s�culos.

Como est�o as coisas?
Ainda est� em Vedzisi?

N�o, vendi esse apartamento.
Vamos, fale comigo.

- Porque voc� vendeu?
- O meu marido tinha d�vidas.

Passei maus momentos,
mas j� ultrapassei isso.

- Onde voc� est� agora?
- Eu tive sorte...

- Quero este queijo.
- O qu�?

- Queria queijo.
- Pe�a ali.

- � bom.
- Est� ocupada.

- N�o, eu n�o vejo voc� h� muito tempo.
- Que voc� fez depois?

Eu e o meu marido n�o t�nhamos casa
e fui para Lilo.

Comprei um terreno e uma casa.
Tenho uma pequena quinta.

- Comecei o meu pr�prio neg�cio.
- Isso � fant�stico.

N�o se consegue falar aqui.

J� estamos bem.
O meu marido recuperou o ju�zo.

Ele me ajuda como pode.
E voc�?

- Ainda � professora?
- Sim.

Como est�o as crian�as?
Caf�? N�o, obrigada.

A minha filha casou.

- O meu filho � novo, tem 20 anos.
- Vi a Dalakishvili e a Khoshtaria.

- Verdade?
- Sim, perguntaram por voc�.

- Queriam o seu n�mero de telefone.
- Por que?

Querem fazer uma reuni�o de turma
em Tskneti.

- Na casa da Museridze.
- Que bom.

Sabe h� quanto tempo deixamos
a escola?

- N�o.
- H� 35 anos.

J� foi h� muito tempo.

- Como est�o as meninas?
- Est�o boas.

Viveram sempre na alta-roda.

- N�o trabalham aqui como eu.
- Claro que n�o.

- Mas estou feliz.
- Ainda bem.

Muito bem.

Alcan�a o telefone do meu bolso?

Estou com as m�os sujas.
Ligue-me para eu ficar com o n�mero.

- Est� tudo bem?
- Como voc� est�?

- Bem, e voc�?
- Estou bem.

Pensei que estava zangada comigo
e decidi vir visitar voc�.

Queria saber onde voc� mora
e como est� indo. Posso?

Claro.

- Vai me mostrar a sua casa?
- Sim, vamos.

� aqui.

Quarto andar.

Sem ofensa, mas...

...acha uma boa ideia viver
neste buraco?

- Vamos, n�o comece.
- Como vai para o trabalho?

Muito facilmente,
de transporte p�blico.

� uma boa zona.

- Inacredit�vel.
- Pois �.

O ar � melhor aqui.

Vou comprar fruta.

Ou�a o que lhe digo,
voc� vai sair deste lugar em breve.

Est� bem.

Ol�.

- Kusho, o que faz aqui?
- Rezo, como est�?

Ent�o, amigo.

- Voc� mora aqui?
- Sim, mudei-me para c�.

- Como tem passado?
- Com altos e baixos.

Ele � um bom homem, Rezo.

- E os teus filhos?
- Crescendo, voc� sabe como �.

Meu amigo. � bom ver voc�.

S� um minuto. Desculpem.

- Est� tudo bem?
- Sim, claro.

A minha irm� mudou-se para c�.
Conhece o pessoal daqui, n�o conhece?

- Sim, claro.
- Ela est� sozinha agora.

Est� com uns problemas na fam�lia.

O meu cunhado � um homem
muito bom.

Tudo se vai resolver.

H� tantos imbecis neste mundo.

N�o quero que lhe causem problemas.
Isso me preocupa.

Venha, o caf� est� pronto.

Prova, o bolo � delicioso.

Tenho certeza que vai se cansar disto
em breve.

Porque quer o meu mal?

Sinto-me muito bem aqui.

Como quiser, Manana.

- Mas quero que saiba uma coisa.
- O qu�?

Se voc� precisar de mim,

eu venho e ajudo voc� a fazer as malas.
Levo tudo para a sua casa.

Juro que n�o vou negar
isso a voc�.

Est� bem.

Se eu decidir mudar, chamo voc�,
mas n�o vou a lado nenhum.

Estou muito feliz aqui.

Desculpe.

Preciso de cordas para guitarra.
Onde encontro?

- L� em baixo.
- Obrigada.

- Tem sete cordas?
- Sim.

Quero a s�tima corda, se tiver.

- � isto?
- Sim, isto e aquilo.

Eu vejo.

Muito boa.

- Quanto �?
- Dois laris.

Muito obrigada.

N�o tem nada com que se preocupar.
Est� tudo bem.

Fico espantada com esses garotos.
Preocupam-se por nada.

Continue com o �cido...

Mostre-lhe o caminho.

Continue com o �cido f�lico.

Um comprimido de �cido f�lico.

Uma vez por dia.

Um estilo de vida saud�vel.
Vejamos o que isso significa.

Boa comida, ar puro...

Ser� normal eu n�o ficar gr�vida?
J� se passou um ano.

Pode ser psicol�gico?

Vamos, n�o precisa exagerar.

Qual � a pressa? Vai acontecer.

Quanto tempo voc� levou,
depois de se casar?

Uns seis meses.

Estou te dizendo
h� algo de errado comigo.

N�o h� nada de errado.
O que poderia haver de errado?

Voc� devia ver as coisas
de forma diferente.

A gravidez pode n�o ser boa para voc�.

E por que?

Voc� � jovem.

Pode ir a qualquer parte,
estudar ou apenas viajar.

N�o precisas de muito dinheiro.

Ainda ter� muito tempo
para ter um beb�.

Entretanto,

voc� e o Vakho v�o se conhecer melhor.

Vai saber

se foram feitos um para o outro.
Isso leva tempo.

Voc� tem alguma d�vida sobre isso?

- N�o.
- Vou lhe dizer uma coisa.

Voc� teve problemas com
o pai e o deixou.

N�o quer dizer que aconte�a comigo.

- N�o disse isso.
- Voc� est� se projetando nos outros.

- Por que pensa assim?
- Acalme-se.

Vivo com ele h� um ano
e tenho de conhec�-lo melhor?

Por favor, n�o fique zangada.

N�o se meta na minha vida.
Tamb�m sei vir � m�dica sozinha.

Voc� � negativa e destrutiva.
� como o Otar.

O que est� acontecendo?
S� quero o melhor para voc�.

- Por favor, n�o fique zangada.
- Est� bem, esquece.

Diz pra mim como est� passando.

Onde � o apartamento?
Gosta dele?

Vamos, depressa.

A amendoeira floria

O sol estendia o seu brilho dourado

No cora��o das flores da amendoeira

Voc� veio

E acariciou-me

Mas eu n�o acreditei

Meu amor

A amendoeira floriu
No meu cora��o ontem

Obrigada.

Vai estar todo mundo. � aqui?

- O ar aqui � t�o bom.
- N�o, acho que n�o � aqui.

Ser� que viemos muito cedo?

N�o, deve ser mais � frente. Vamos a p�.

- � t�o agrad�vel aqui.
- Foi h� tanto tempo.

- Tenho o cora��o aos pulos.
- Imagino.

- Manana?
- O que �?

Posso pedir uma coisa?

N�o diga a ningu�m sobre o mercado.

- Que tem de mal?
- Nada, mas ainda...

Vamos, est� tudo bem,
como voc� quiser.

- Disseram a todos?
- Sim, acho que sim.

- Ol�, meninas.
- Elas vieram, est�o aqui.

A Mkheidze e a Ebanoidze.

Nem acredito.

Manana, querida. Tive saudades suas.

Voc� est� t�o bonita.

Largue-a.

Agora, � a minha vez.

Viva a nossa turma 10B.

Sa�de!

- Sa�de!
- Sa�de!

- Sa�de!
- Sa�de!

Brindaram a mim.

Agora quero propor eu um brinde.

Infelizmente,

alguns dos nossos colegas
j� n�o est�o mais entre n�s.

Infelizmente.

Asatiani, Abuladze, Adamia...

- Okruashvili.
- Uchava.

Uchava, meus queridos.

Agora quero brindar a voc�s.

Voc�s t�m de viver.

T�m de viver em nome desses colegas.

Vivam uma vida longa e feliz.
Sa�de para voc�s, meninos.

- Sa�de.
- Sa�de.

N�o eram pessoas vulgares.

N�o conseguiram chegar ao topo,

n�o conseguiram uma posi��o
neste turbilh�o da vida.

E nos deixaram.

Paz �s suas almas.

Posso n�o ter sorte

O infort�nio pode chegar

Cantarei uma vez mais

Para sentir alegria no meu cora��o

N�o � melhor ter uma rosa no rosto
do que fuligem?

N�o � homem aquele

Que belo vinho.

- Para mim chega. Estou b�bada.
- Tamb�m estou.

A culpa � dela. Obrigou-me a beber.
Levem-me em casa.

- Eu disse-lhe que sim.
- Diga-me como vai.

- Como voc� est�, os seus filhos, o Soso?
- Estamos bem.

O Soso zangou-se por nos encontrarmos
sem os c�njuges?

Sem problema. Ele tamb�m tem festas.

- N�o quero falar dos homens.
- S�o como crian�as pequenas.

- A sua filha � casada?
- Sim.

- Quantos anos tem?
- Tem 23.

- Nem acredito.
- Mas ainda n�o sou av�.

Ainda � muito cedo para sermos av�s.

O rapaz tem 20, ainda estuda.

Separei-me recentemente do Soso.

Deixei a casa e vivo sozinha agora.

Manana, n�o posso acreditar.

- Que est� dizendo?
- Ultimamente, s� ou�o m�s not�cias.

N�o posso acreditar.

Espere, que casa?
Sei que vivia com a sua m�e.

N�o moro mais l�.
Moro sozinha num apartamento.

O Soso comprou outro lugar?

N�o, vive com os meus pais.
Eu aluguei um apartamento.

Ele ficou com eles.

Porque est� t�o admirada?

Os pais dela tratam o Soso
como filho deles.

Mas eu estou bem, meninas.
Sempre quis viver sozinha.

� mesmo muito bom.

Voc�s v�o voltar, eu sei.

- N�o.
- V�, n�o diga isso.

- Espere. O Soso est� trabalhando?
- Sim, est�.

- Discutiram?
- N�o, n�o discutimos.

Nada de discuss�es.

Ele foi violento?

- N�o, n�o foi mesmo.
- Eu conhe�o bem o Soso.

E no sexo, era bom?
Queria sexo anal?

Est� maluca?
Do que est� falando?

O qu�? Voc� ainda n�o ouviu falar?

Conhe�o muitas mulheres
cujos maridos o exigem.

A Dundua divorciou-se do marido
por causa disso.

Inacredit�vel.

- Viram o Museridze?
- Est� l� fora.

- S�rio.
- V� l� para fora.

- Por favor... Estamos conversando.
- Porque est�o assim?

- Diga-me, como est� o Soso?
- Porque se preocupam com o Soso?

O Soso est� bem. Est� se habituando.

Voc� aguentou muito dele.

- Concordo.
- Muitas mulheres n�o o teriam feito.

Que quer dizer?

Imaginem.
Eu n�o aguentaria.

Sem ofensa, Manana.

Eu n�o aguentaria um homem
como o Soso.

- Voc� � uma santa.
- N�o � isso.

- � o qu�, ent�o?
- Voc� sabe, para a fam�lia.

At� as crian�as crescerem,
a situa��o financeira...

Um momento, por favor.
Do que est�o falando?

- Ela n�o sabe?
- O qu�?

O que esperava?
Ela vive nas nuvens.

Voc� est� completamente
�s escuras?

O Soso teve um caso
com a prima do Tevdoradze.

N�o!

Aconteceu h� algum tempo.
Ela teve um filho dele.

- N�o!
- Sim. Deve ter 13 anos.

- Ou 14?
- Meu Deus.

Oh, sim.

As crian�as mant�m contato
umas com as outras?

Juro que n�o sabia de nada.

J� chega, porque est� fazendo
tanto caso disto?

Ela deixou o marido, e depois?
J� passou.

E n�o est� interessada em saber
com quem o marido teve um caso.

- O meu sobrinho est� na turma dela.
- E?

Parece-se muito com o Soso.
� um rapaz muito doce, gordinho.

- N�o � culpa dele.
- O que o Soso pode fazer?

Ele cuida do rapaz tanto quanto pode.

- Deixou a mulher h� algum tempo.
- E ent�o?

Era uma mulher m�. Obrigou-o
a escolher entre ela e a esposa.

E ele a deixou.

Pobre Manana,
voc� passou por muito.

O Soso amou muito aquela mulher.

N�o se lembra?
Estava muito com os Tevdoradzes.

- N�o, n�o me lembro.
- Tinha o cabelo preto e encaracolado.

- Era uma mulher muito bonita.
- Bonita, n�o diria.

- Por que?
- Nunca gostei dela.

Calma, encha o meu copo.

Vamos brindar � Manana.

- Sa�de.
- � nova vida da Manana.

- Manana, que voc� seja muito feliz.
- Ela vai ser feliz.

Claro que sim.

Meninas, deixem eu
contar a voc�s sobre o Chikovani.

V�o ficar chocadas!

Sabia disto, Manana?

Meninas... Senhora.
Prometeram-me uma can��o.

- N�o, n�o posso cantar agora.
- O qu�?

Vamos.

Vamos.

David, vamos.

Me d� isso.

Deus nos aben�oe.

Vamos.

Com licen�a.

Senhoras e senhores,

meus amigos,

podem me dar aten��o, por favor?

- Agora.
- N�o posso...

- A nossa excelente aluna vai cantar.
- N�o posso cantar.

- Manana Mkheidze.
- N�o posso cantar agora.

N�o posso.

Cante, por favor.

- H� anos que n�o a ouvimos cantar.
- Tome, Manana.

- Cante, como costumava fazer.
- Queremos ouvir voc� cantar.

Vamos, querida, cante.

N�o, n�o posso.

- Por favor.
- V� l�.

Um momento, por favor.

Voc� � uma querida. � uma maravilha.

O sinal na sua face

Fica t�o bem em voc�
Anda e sente-se ao meu lado

Me anime
Voc� � t�o bom

Apaixonado e cheio de vida
Quando eu morrer, querido

Voc� vai ser a minha l�pide

Voc� era a minha rosa,
agora � o meu desgosto

Me evita e fica longe de mim

Por favor, diz pra mim

Se algu�m � melhor do que eu

Sem voc�, fico sem for�a

Se n�o sabia o que � o amor
Porque voc� veio at� mim

Porque andou na minha rua de noite

A roupa de riscos
e o terno ficam bem em voc�

Rapaz, nunca pense em me trair

Voc� � t�o bom,
t�o bom

Apaixonado e cheio de vida
Quando eu morrer, querido

Torne-se uma l�pide
cobrindo a minha sepultura

Quem �?

- Servi�o de g�s.
- Quem?

Servi�o de g�s.

Posso entrar?

- Onde est� o contador do g�s?
- Ali.

- Datuna, quem �?
- Ningu�m, o servi�o de g�s.

Sim, claro.

Est� ali, minha senhora.

Voc� n�o vem para baixo?

- N�o me aborre�a.
- Merda, porque voc� � t�o pregui�oso?

Obrigado, adeus.

Um minuto.

Desculpe, s� um minuto.

- Est� falando comigo?
- Quem mais poderia ser?

N�o assino nada?

N�o, voc� n�o.
� uma pessoa do servi�o do g�s.

Quem ser�o os amigos dele?

E algu�m o conhece, ao menos?
O que ser� que ele queria.

Aqui, por favor.

O qu�?

Onde?

Est� falando s�rio?

E depois?

N�o, eu n�o sabia.

Sim, est� bem.

Espere um minuto.

Est� bem.

Espere. Que est� fazendo?

Largue o p�o e o chocolate.
Deixe de comer.

Mas estou com fome.

Se est� com fome, frito batatas.

- Deixe-me em paz.
- O qu�? Acompanhe a senhora.

O rapaz me deixa maluca.
Estou t�o zangada com ele.

Devia lev�-lo
a um nutricionista ou psic�logo.

Devia fazer qualquer coisa.

Vai chegar aos 100 quilos.
Que fa�o depois?

- Adeus.
- Adeus.

Ol�, Lasha.

Em casa. Est� tudo bem.
Como voc� est�?

N�o, Lasha, n�o posso ir agora.
O que houve?

N�o posso ir, n�o me sinto bem.
Diga-me o que houve.

Eles est�o em casa?

Est� bem, eu vou.

O que aconteceu? O que houve?

Pai, o que h� com voc�?

Que aconteceu?

Dizes-me o que aconteceu?

A Nino atirou uma panela no Vakho.

O Vakho se abaixou e a panela
atingiu o av�.

- O que tem na cabe�a?
- Nada.

Como sabe que n�o tenho nada?

Como se atreve a falar pelos outros?

- Acalme-se, pai.
- Eu sobrevivi aos comunistas.

Quando os agentes da KGB vieram,

fui o �nico da minha fam�lia
que sobreviveu.

Sobrevivi
a tantos governos de merda.

Tenho de aturar este governo.

E agora a minha neta tenta me matar.

Calma, ela n�o fez de prop�sito.
E est� muito triste.

- Ela j� tem muita coisa.
- E eu n�o tenho muita coisa?

Voc� pede tantas vezes a Deus
para lhe matar que Ele est� punindo-o.

Eu disse que queria morrer.

Nunca disse

que queria que a minha neta
me esmagasse a cabe�a.

M�e, onde est�o os copos?

Ela os colocou ali.

Como est�?

Bem.

Est� tirando uma folga de mim?

Voc� j� est� instalada?

Tanto quanto poss�vel.

O apartamento � bom.
S� preciso de umas prateleiras.

Estou com as coisas todas
no ch�o.

E voc�? Como est�?

- Algu�m quer gelo?
- Ponha um ou dois.

Tamb�m quero gelo.

Como estou?

Como � que sei como estou?

Vai beber?

- Cuide-se.
- Estou bem, sinto-me saud�vel e bem.

Tenho uma sa�de excelente.

Muito bem.

Manana, ou�a.

- Eu vou at� l� e boto as prateleiras.
- N�o.

Ou�a.

Se voc� quiser,
eu fa�o isso, sem problemas.

N�o, Soso, est� tudo bem.

Minha filha.

N�o chore.

Sente-se.

N�o se preocupe.
Vai ficar tudo bem, voc� vai ver.

Beba �gua e n�o chore, por favor.

Beba.

Se eu ficasse gr�vida,
seria tudo melhor.

N�o diga isso, por favor.

Acalme-se, minha filha.

Eu ficaria t�o feliz se voc�
estivesse gr�vida.

Vai ficar tudo bem.

Agora d�i, mas passado um tempo,
voc� ver� as coisas de forma diferente.

Vai ficar tudo bem.

Voc� � uma menina

boa, bonita

e jovem.

Vai ter muitos pretendentes.

Vai se apaixonar por algu�m
e ter um filho com ele.

Venha c�.

Deixe-me passar.

- Ajude-nos. Est�o chegando.
- Eu fico ali.

- Lamara, onde ponho esta caixa?
- Na minha cabe�a.

Leve-a para o seu quarto
e a coloque numa gaveta.

Que voc� quer, Otar?

Em que posso ajudar?

N�o � �bvio?
Olhe � sua volta.

Se voc� ver coisas fora do lugar,
arrume-as.

N�o me diga.

- A campainha est� tocando, abram a porta.
- Eu vou atender.

A Lamara me ligou.
Disse-me para vir r�pido.

- Est� tudo bem.
- Que aconteceu?

O Lasha vai casar.

Est� brincando?

- Ele est�?
- Ainda n�o chegou.

Vamos.

A fechadura est� quebrada.

N�o est� quebrada, foi trocada.

Por que?

O Vakho tem uma chave
e a Nino n�o o quer aqui.

Por isso a substitu�.

- Temos uma para voc�, se quiser.
- Est� bem.

Meu Deus.

Ser� que esta mo�a tem fam�lia.

Tem m�e, � filha �nica.

M�e?

O que faz a m�e,
ser� uma mulher decente...

Que quer dizer com decente?

Decente quer dizer decente.

� m�dica assistente. Trabalha
com a cunhada do Tsamalashvili.

- N�o �?
- Sim.

- N�o conhece esta mo�a?
- Devia?

- N�o conhe�o.
- Como assim?

- Tenho de conhecer todo mundo?
- E n�o conhece?

Voc� quase que me causou
um ataque de cora��o.

Pensei que tinha morrido algu�m
e vim correndo at� aqui.

E n�o � de partir o cora��o?

O meu cora��o se parte s� de pensar
em quem se vai juntar � fam�lia

e ela n�o quer saber.

- Est� muito bem sozinha.
- N�o discutam, por favor.

Parem com isso, n�o � hora para discutir.

- Cuidado com a l�ngua.
- J� chega.

- Chegaram.
- Quem abre a porta?

- Eu vou.
- N�o, m�e...

� melhor ser a Nino a abrir.

- Deixe-a abrir.
- Que mal tem?

Nada, m�e, � s� que...

Ol�, Nino. Esta � a Kitsi.

- Prazer em conhecer voc�.
- Vamos.

- Esta � a Kitsi.
- Ol�.

Prazer em conhecer voc�s.

Ol�, sou a Kitsi.

- M�e.
- Ol�.

- Ol�, sou a Kitsi.
- Lamara.

Porque est�o todos de p�?
Sentem-se, vamos.

Kitsi, sente-se.

D�-me a tua bolsa, eu a penduro ali.

Foi uma tortura.
Ficamos uma hora presos no tr�nsito.

Sim, foi um pesadelo.

Por que n�o me chamaram? Ia ajudar.

N�o foi nada de importante.

Estou um pouco confusa.

N�o sei dar nomes aos rostos.

Eu ajudo voc�.

- � o Soso, certo?
- Sim.

Eu sou a m�e, Manana.

- Av�.
- Sra. Lamara.

O Otar sei quem �.

Nino, voc� � familiar.

Foi o que pensei.

- Mas n�o me lembro de onde.
- Ser�...

- Posso?
- Claro.

Sirva-se. � para voc�.

Posso fazer uma pergunta?

- M�e.
- Lamara, por favor...

- Que foi? Deixem-me falar.
- Perguntem o que quiserem.

Kitsi � o teu nome verdadeiro?

- N�o, o meu verdadeiro nome � Tamuna.
- Gra�as a Deus.

Tamar, para ser mais exata.
Mas odeio esse nome.

Se me chamarem de Tamuna ou Tamar,
eu n�o respondo.

Por que, minha querida?

� verdade.

Este ser� o seu quarto e do Lasha.

N�o � bem o que devia ser, mas...

Est�o brincando? � �timo.

A �nica coisa ruim neste quarto
� o guarda-roupas.

� t�o grande que n�o se consegue tirar,
colocamos as roupas todas aqui.

- Posso deixar as minhas coisas aqui?
- Claro. Sem problema.

Voc� nem imagina como estou feliz
porque vamos ter um beb� em breve.

- Voc� tem uma barriga t�o bonita.
- Obrigada.

Quem � o seu m�dico?

Vou fritar umas batatas,
fazer uma salada.

- E fazer Khachapuri.
- � muito bom.

Tenho um frango,
mas est� congelado.

- Vamos ao supermercado.
- N�o, usamos o que temos.

- � uma vergonha.
- N�o se preocupe.

Aqui tem melancia.
� doce, sirva-se.

O que voc� est� fazendo aqui?

J� tinha imaginado isto?
Vamos ter um neto.

As cerejas

Amadureceram

Sumo novo

Pinga dos fetos

Eu n�o sabia, mo�a,
que estava tremendo

Os seus olhos brilhantes de diamante
Os seus passos t�midos

Voc� revelou-se
Enquanto eu apanhava folhas

- J� vou embora.
- Est� bem, querida.

O que est� fazendo?

- O qu�?
- Saiu sem dizer nada.

Tenho de me levantar cedo amanh�.

Disse ao Lasha que n�o podia ficar.

Eu lhe dou uma carona.
Junte-se a n�s.

Todos ficam mais felizes quando
voc� est� aqui. Venha de carona comigo.

Como pode? Voc� estava bebendo.

S� dois copos.

- N�o, eu pego um t�xi.
- Espere.

Chame um t�xi mais tarde.

Vamos, por favor.

Ponho voc� num t�xi e a levo para casa.

A nossa casa � t�o horr�vel
que nem pode passar uma noite conosco?

Juro, se for tarde, chamo um t�xi

e a levo em casa.

E vai me levar por que?
N�o tenho medo.

Claro que n�o.

Voc� n�o tem medo de nada.
� uma mulher forte.

Tenho de ir.

Espere, por favor.

Sabe, eu...

- O que foi?
- Quando voc� volta?

Sabe, eu n�o digo nada,

n�o digo nada e espero por voc�.

Mas, sabe, n�o � f�cil.

- Voc� est� me esperando?
- Claro.

Tenho a minha pr�pria casa
e n�o vou voltar.

E eu, o que fa�o? Onde � a minha casa?

Onde � o meu lugar?

Tudo bem, eu posso sair.

N�o � problema.
Posso viver onde voc� quiser.

- Sim.
- Mas...

At� agora, pensava que a minha casa
era onde eu estava.

Que voc� era a minha casa,
e o Lasha, a Nino, a Lamara e o Otar.

- Ent�o v� para casa. Est�o � sua espera.
- Voc� � engra�ada.

- Tem de ser tudo � sua maneira.
- N�o � assim.

- Chega, n�o digo mais nada.
- Tenho de me levantar cedo.

- Volte para dentro.
- N�o posso acompanhar voc� ao t�xi?

Est� bem.

Queremos ir para Varketili.

- Est� bem.
- Aqui est� o dinheiro.

- O que foi?
- E as prateleiras?

- Que prateleiras?
- Na sua casa.

Ainda n�o fiz.
Fa�o isso quando puder.

Vou andando. Cuide-se.

- � voc�, entra.
- Como est�?

- Mais ou menos. E voc�?
- Bem.

- Encontrou f�cil?
- Claro.

- O seu casaco?
- N�o � preciso. Isto � para voc�.

N�o devia.

Venha.

Tamb�m cabe aqui.
Pode tirar o candeeiro.

Uma aqui, outra ali,
ou juntas, talvez...

Acho melhor ali.

Como quiser.

Ent�o vou come�ar.

Espere. Est� com pressa?

- N�o, n�o tenho pressa.
- Venha ver o resto do apartamento.

Este � o outro quarto.

� muito agrad�vel.

Sim, habituei-me com isto.

N�o � grande, mas � acolhedor.

Venha ver a cozinha.

Estava muito suja quando cheguei.
Tenho estado limpando desde ent�o.

Agora est� limpa.

o que � isto?

� vinho caseiro,
os meus amigos me deram.

� vinho novo.
Pensei que ia gostar.

Obrigada.

Que � isto?

Tomate, plantei e j� cresceu.

Isso � fant�stico.

Quer comer alguma coisa?

Se est� oferecendo, sim.

Fiz comida.
Nada de especial, mas...

Tenho estado em casa o dia todo.

Fiz qualquer coisa.

Cheira muito bem.

Est� quase pronto.

- Ent�o, vou come�ar.
- Est� bem.

Est� pronto.

- Isto � um banquete.
- N�o � nada de especial.

- Aqui est�.
- Obrigada.

Bebo � sua sa�de.

Onde quer que voc� esteja.

Obrigada.

Sa�de.

- O vinho � bom, n�o �?
- Muito bom.

Sirva-se.

Acho que n�o est� ruim.

Pegue a broa.

E um pouco disso.

N�o � t�o bom como o da Lamara, mas...

Est� muito bom.

- Est�?
- Sim, verdade.

Como est�o as coisas em casa?

Como est�o a Lamara e o Otar?

Como sempre.

A Lamara est� bem, com boa sa�de.

O Otar j� n�o fala tanto em morrer.

Est� feliz,
� espera do primeiro bisneto.

- Est� tudo bem.
- Que bom.

- E o Lasha e a Kitsi?
- Est�o bem.

Bem...

A Kitsi � uma boa menina.

- � uma boa mo�a.
- Sim.

�s vezes, penso porque diabos
ela se casou com ele?

Talvez, ele n�o seja t�o mau assim.
Continua agarrado ao computador?

Menos. Sai, �s vezes.

Acho que est� � procura de trabalho.
N�o sei, ele n�o me diz.

N�o diz a ningu�m.
A Kitsi � que me disse.

E a Nino? J� superou?

Sim, acho que sim.

Convidou uns amigos, recentemente.
Divertiram-se e eles a animaram.

A Kitsi juntou-se a eles.
Divertiram-se muito.

- O Vakho voltou a aparecer?
- O Vakho?

Arrebento-lhe a cabe�a,
se voltar a v�-lo, bastardo!

N�o vale a pena.

Est� ficando mais fresco, at� que enfim.

E voc� como est�?

Como est� a sua vida?

Quero dizer...

- Ol�, minha senhora.
- Ol�.

Desculpe. Pode chamar o seu convidado?

Somos seus vizinhos.

- Ol�.
- Ol�.

- � o carro.
- Est� bloqueando o seu?

- Sim.
- Eu mudo.

Venho j�.

- Desculpem.
- N�o faz mal.

- Desculpem.
- O carro n�o � o problema.

Ent�o, qual �?

Escuta, mano, vamos pedir-lhe uma coisa.

O que �?

N�o queremos
que volte a incomodar esta senhora.

O que?

Do que est� rindo?

- Qual � o seu nome?
- Irakli.

Est� � procura de encrenca, mano?

Escute, mano.

Esta mulher � casada.

Sabia que ela tem marido
e fam�lia?

Sabia disso?

Sabia que voc� � engra�ado?

- Tira as m�os de cima de mim.
- Ou o qu�?

Palha�o, devia ter mais respeito
com os adultos.

Como se atrevem a falar comigo assim?
Quem pensam que s�o?

- O que � isto? O que est� acontecendo?
- Eu trato disto.

- O que querem do meu marido?
- � o seu marido?

Sim, � o meu marido.

Voc� � o cunhado do Rezo?

O bom homem?

- O Rezo enviou voc�s?
- Mas voc�s n�o t�m vergonha?

Ele � um idiota.

- Mas que merda?
- Lamentamos.

E deviam.

- Vamos.
- O comportamento de voc�s � uma vergonha.

O Rezo pediu para olharmos por voc�.

N�o preciso que olhem por mim.
Sou alguma crian�a malcomportada?

J� sabemos quem � quem, vamos embora.

Est� bem, adeus.

Se o Rezo disser a voc�s para saltarem
em um rio, voc�s saltam?

Pedimos desculpa.

- N�o t�m c�rebro?
- Vamos embora.

o Rezo pensa que � o qu�?
Como se atreve a tratar-me assim?

Como se atreve a falar sobre mim
com estes idiotas?

Age como uma crian�a. Nunca cresceu.

Mete-se na minha vida.

- Vamos, acalme-se.
- Como � que posso me acalmar?

- Acha isso certo?
- N�o, n�o acho.

Voc� ouviu o que disseram?
Olhar por mim?

N�o preciso que olhem por mim.

N�o queria lidar com aqueles caras.
Vou falar com o Rezo sobre isto.

Estou t�o cansada, Soso.
N�o preciso de uma fam�lia assim.

N�o preciso de um irm�o assim.

Vamos, Manana, sabe como ele �.

� assim que ele age.
Como leva a vida dele.

Voc� o compreende, n�o �?
Deixe-me passar.

S� estou dizendo
para n�o ficar assim t�o aborrecida.

- Acalme-se.
- "Como ele leva a vida dele."

Que devo fazer ent�o?

- E voc�?
- Eu?

Como tem levado a vida?

Ao menos, voc� sabe

quem � voc�?