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O DEM�NIO DO MAR

NEW BEDFORD

BALEEIROS

Pode relaxar, Jason.
Est� tudo bem.

Devem estar bem
ou teriam voltado antes.

Creio que tenho dito isso a voc�
desde que sa�ram.

Deveria ter cuidado, Jason.

Vai gastar o dinheiro antes
de chegar � loja.

Do que est� falando?

Sobre o mau humor com
que voc� espera receber.

Ter� gasto tudo
antes de ter atracado.

Se encontrar� com muito.

Talvez n�o devesse ser t�o duro.

Quando um homem chega a uma idade

e de alguma forma torna-se in�til,

n�o me diga que
voc� ainda quer o mar.

Talvez voc� n�o deva torcer-lhe o bra�o.

N�o me importo com o que voc� quer ou
ou o que vai acontecer com o garoto.

N�o passarei quatro anos mais
me preocupando

sobre se est� vivo ou morto.

Me alegro que a companhia
de seguros tenha sido firme.

Jason, se o seu capit�o Joy
recuperou a sa�de,

suponho que far� o que quiser.

Voc� e a companhia de seguros
pensam o contr�rio.

Ent�o � melhor descer e peg�-lo.

Acabe com isto.

Como est�, capit�o Briggs?

Me alegro em voltar a v�-lo,
Sr. Sewell.

Tudo preparado para o barco,
como sempre.

Claro.

Tudo tem que estar arrumado
para sua chegada ao porto.

Como est�?

Bem, n�o h� d�vida de quem
� o mestre do navio.

O que vai fazer com essas coisas?

- Bem, eu ia ...
- O que � isso?

Quero dizer, senhor ...

Comporte-se como um garoto de
cabine at� que os p�s

pisem no cais.
Lembre-se.

Sim, senhor.

� a roupa para terra
que trouxe a bordo?

Sim, senhor.

Parece com um sapo.

Bem, senhor.
Eu queria perguntar ...

Eu queria pedir permiss�o para deixar
essas coisas em terra e deixar essas a�.

S�o coisas de quando eu era pequeno.

Era pequeno quando eu trouxe a bordo

e uma vez que eu vou estar na
frota na pr�xima viagem

deixarei as coisas na cabine.

- N�o gostaria que ningu�m ...
- Entendo, os livros est�o ali?

Livros?
Que livros?

Como imaginava.

Escute bem, garoto.

Eu quero que volte a estudar
e fique a�.

Talvez n�o haja mais viagens se
voc� n�o seguir com seu aprendizado.

Ser� que ficou claro?

Sim, senhor.

Bem, ent�o fa�a isso garoto.

- Bering.
- Ol�, Jason.

Seja bem vindo.
Est�vamos ansiosos para v�-lo.

- Como voc� est�?
- Bem, bem, obrigado.

Ainda meio manco
mas estou me recuperando.

Amigo seu, certo?

N�o me diga que este � Jed.

Diga Ol� para o seu tio Jason!

Sim, como est�, senhor?

Bem, Jed. Voc� cresceu
algumas bra�as.

O que voc� est� tentando fazer,
Bering? Esfol�-lo?

Bem, quando partimos
havia muitas vagas aqui.

Volte para livros, garoto.
N�o h� tempo para conversar.

- Em frente.
- Sim, senhor.

Tem certeza que est� bem, Bering?

Eu acho que voc� est� muito
preocupado com a minha sa�de.

Por que n�o deveria estar?

A �ltima vez que falamos
foi com Eli Bacon

depois de chamar voc�
na Nova Zel�ndia.

O navio balan�ava, voc� estava
enjoado em seu camarote,

ningu�m sabia qu�o mal voc� estava.

Pensava que talvez estivesse morto,

me deixando ir ao mar
ferido como estava.

Enquanto Eli Bacon mete o nariz
a bordo deste barco

e os dois come�aram
a me remendar com uma lona.

Quanto �leo usou no narig�es de Bacon?

Bem ... teve azar.

Ent�o � melhor voc� come�ar a se preocupar
com o estado de sua sa�de.

Quando um mestre baleeiro

n�o pode devolver o �leo,

� hora de come�ar
a preocupar-se com ele.

Est� bem, Bering, quer que
pergunte quanto voc� conseguiu?

Est� na gaveta.

Quantos barris, Bering?

O que � o recorde deste porto?
Voc� se lembra?

Bem, voc� sabe que � de 2.217 barris,

segundo o "The Morning Star"
de 10 de julho de 1872

com Seth Carter no comando.

Bem, j� n�o � mais.

S�o 2.246 barris,
"O orgulho de Bedford"

de 17 de maio de 1887,

com Bering Joy no comando.

� verdade, Bering?
� um recorde ou voc� est�...

N�o � fant�stico, tio Jason?

O Sr. Sewell disse que talvez
seja um recorde mundial.

Volte aos livros!
� a �ltima vez que falo.

Sim, senhor.

Bill Evert ainda � o diretor

do col�gio, n�o?

N�o, foi embora no ano passado.

- Quem est� no lugar?
- Um dos professores. Por qu�?

Nada, nada, nada.

N�o sabe o qu�o orgulhoso
estou de voc�

e como me alegro por voc�.

N�o acontece com muita frequ�ncia
um homem

poder se aposentar com um recorde.

- Como eu gostaria ...
- Como assim, se aposentar?

Bem, eu n�o queria tocar
neste assunto agora mas...

Por que, n�o, Bering?

N�o me lembro de ter dito
que iria deix�-lo.

Bem, e por que n�o?
Ou�a,

n�o temos que
falar sobre isso..

N�o. Vamos falar sobre isso
agora mesmo.

Muito bem, Bering.

Bem, acaba de fazer sua �ltima viagem
e se saiu muito bem.

A junta concordou em dar a voc� 3.000
durante o resto de seus dias

e vai pass�-los em terra firme.

Bem, n�o � �timo?

Acham que j� n�o posso fazer
mais nenhuma viagem.

Algu�m tinha que decidir o
melhor para voc� se voc� est� ...

Ei, Bering.
Vamos ser honestos.

Seu tempo acabou.
E n�o sou apenas eu que digo.

A companh�a de seguros
tamb�m pensa assim.

Voc� n�o vai ficar sentado aqui
e me dizer

que quer voltar ao mar.

Bem, n�o me lembro de ter
a voc� tamb�m.

Talvez sim, talvez n�o.
Ainda n�o decidi.

O que houve, Bering?
� Jed?

Quer outro Joy
no tombadilho?

Porque se � isso,
� s� orgulho.

Por que voc� n�o me d� uma pausa
antes de come�ar a me interrogar?

� um pesado como uma velha.

- Ei, Bering...
- N�o. N�o vou te escutar

mas vou dizer uma coisa.

N�o h� diretores ou s�cios
nem companhias de seguros

que decidam por mim.

Nem mesmo voc�, Jason.

Est� bem, Bering.
Talvez eu saiba algum dia.

Vamos a terra.

� a primeira coisa sensata
que diz hoje.

- Posso ajud�-lo em algo?
- N�o, obrigado.

- N�o, n�o. Adeus.
- Adeus, Bering.

� aqui, n�o �, vov�?

� aqui.

Abaixo, rapaz.

Vamos, vov�.

Parece menor
do que eu me lembrava. Por qu�?

Porque voc� vem de lugares maiores.

Agora eu me lembro.
Esse � voc�, n�o �, vov�?

Era eu.

Quando n�o era t�o velho.

"Eu vou sentir falta do mar."
� o seu pai, certo?

�.

- E esse � o meu pai.
- Sim, seu pai.

Ele se afogou tentando salvar seu navio.

Exato.

Bem, � engra�ado.
Todos se parecem.

Eu n�o serei assim quando
eu crescer, n�o �?

Voc� vai ser muito pior.

Por onde eu come�o, vov�?
O livro de gram�tica.

Bem comece com algo
que voc� n�o entende.

Isto � f�cil.

O que significa "analisar"?

Analisar?

Ele diz: "Analisar a seguinte frase".

"Analisar".

Bem, usado assim
significa...

Bem, h� muitas formas
de explicar isso.

Tenho que pensar na mais f�cil.

Espere um minuto.
Deixe encher a pipa.

A.
A-N.

Av�.

"Verbo transitivo.

A-N-A-L-l-S-A-R.

Fazer an�lise.

Resolver alguma coisa com as partes
que a formam."

Sim.

Av�!

Analisar. Verbo transitivo, do latim.
Significa resolver...

Resolver...

Bem, significa desmontar algo
totalmente.

Vamos dar uma frase como ...

Bem, � como desfazer um n�
para ver como ele foi feito.

Essa � a maneira de lutar
com essa frase.

Adv�rbios, adjetivos e...

Interessante, n�o �?

Tenho medo, vov�.

Do que voc� tem medo?

Voc� � um menino corajoso e inteligente,
Ou n�o?

1776. Vamos, diga.

1776.

Olhe bem para ele.
N�o tente se lembrar.

Vamos, olhe ele.
� bastante grande.

Pense, rapaz.

Tem que fazer isso.

Quer voltar para o mar, n�o �?

Claro que sim.

Ent�o, quantos barris
permanecer com o agricultor?

Tinha nove. Comprou...

Comprou...

Vov�, n�o posso pensar.
Estou confuso.

N�o posso pensar, vov�.

Tudo bem, rapaz.

Melhor ir para cama.
Vamos.

E como dizes, Senhor,
nosso caminho ser� o vosso.

Se tiver algum problema amanh�
com o qual devemos lidar,

nos d� o sentido, isto �, a gra�a,
de saber que o vosso

� o nosso caminho.

Am�m.

Voc� rezou como se o amanh� n�o fosse
aprovar, n�o �, vov�?

N�o queria fazer isso, garoto.

Lembro-me de algumas coisas. 1776.

Amanh� eu vou me esfor�ar muito.
Realmente vou.

Mas estava pensando,

que se por alguma raz�o,
amanh� n�o for aprovado

n�o se preocupe muito.

�s vezes nos tornamos t�o teimosos,

esquecemos que Deus tem algo
planejado para n�s.

Talvez seja que fracassemos.

Para nosso bem, faria isso.

Mas por que ele faria isso, vov�?

Para que voc� crescesse em terra firme,

Talvez eu n�o veja
que � melhor para voc�.

Eu quero navegar, vov�,
crescer como deveria, como dissemos.

Sim, mas o que eu digo �

talvez Ele
n�o queira que eu criei voc�

no meio do nada,
com sal e vento toda sua vida,

sangue e mau cheiro exalando de
suas botas,

e a coisa mais parecida com uma casa
seja um coral ou de um peda�o de gelo.

N�o, garoto.

Talvez Ele tenha estavelecido que
voc� comece uma nova vida,

em terra firme.

Voc� entende isso, n�o?

Quero estar no mar, vov�.

O homem deve estar s�
quando chora.

Deve parar de dizer coisas
sem pensar.

Jed.

O que �, vov�?

Imaginp que se ao voltar para casa,

voc� n�o se lembraria de muita coisa.

N�o sei.

Eu era muito pequeno.

Bem, a mem�rio � uma coisa
muito interessante.

� um assunto altamente cient�fico.

- � mesmo, vov�?
- Claro.

Se fosse s�mente cient�fico,

creio que voc� n�o se lembraria
da noite

que trouxe voc� a este quarto, n�o �?

A noite que sua m�e morreu.

- Acho que n�o, vov�.
- Bem, como n�o se lembra...

Voc� n�o conseguia dormir
at� que eu trouxe voc� aqui.

Voc� sentia s�zinho.

Acho que eu me lembro, vov�.
Mais ou menos.

O mais curioso � que s� traz�-lo
n�o foi suficiente.

Eu tive que lhe dar um beijo de boa
noite como se fosse sua m�e.

Parece que fazia voc� esquecer
se sentia s�.

Curioso, n�o?

Eu acho, vov�.

Eu n�o acho que ...

O qu�, vov�?

Nada, garoto. Nada.

� algo cient�fico.

Voc� era muito pequeno, como eu disse.

Boa noite, garoto.

Boa noite, vov�.

Bush.

Acorde, garoto
Como uma �rvore.

O homem se sente bem,
se voc� o chama pelo nome.

Farei isso, vov�. Bush.

Sou o capit�o Joy.

Sim, capit�o Joy.
Est�vamos a sua espera.

O Sr. Bush estar� aqui
em um minuto.

O Sr. Bush queria
v�-lo novamente.

Lembre-se que uma vez
viajou com voc�?

Sim? S� uma viajem?

N�o tive nenhum problema com ele, certo?

Bem, eu s� ouvi dizer

mas creio que
quando voltou ao porto

lhe disse muito claramente
que n�o pertencia ao mar.

� mesmo?

Pode entrar, capit�o.

Venha, rapaz.

Bem, senhor Bush,
j� faz muito tempo.

Me alegro muito de voltar a v�-lo.

Bem, fico contente em v�-lo tamb�m.
Como est�?

Bem, bem, Sr. Bush.

Este � meu neto, Jed.

Eu tenho falado sobre voc�

Como vai, Jed?

Bem, obrigado, Sr. Bush.

Andrew, parece muito bem.

Voc� n�o mudou nada.

Creio que tem m� mem�ria
Capit�o, mudei uns 20 kg.

O tempo nos passa a fatura.

Para mim, me ensinou a controlar
meu temperamento.

Eu sempre disse que o mar
perdeu um bom homem

no dia que eu o tirei dele, Andrew.
Eu sempre disse.

N�o se lembra de mim
Eh, capit�o?

- N�o.
- N�o era nada bom no mar.

Acho que fui o pior
no mar.

Passei o tempo todo com tonturas,

mas eu havia passado a vida inteira
em um lugar ao qual n�o pertencia

se voc� n�o tivesse me dito a verdade

e me devolvido a terra firme

e, afinal, descobri que lhe devia
muito por isso, Capit�o.

� muito gentil de sua parte
que voc� encare dessa forma.

Tolice.

Bem, melhor fixarmmos no exame.

Srta. Hopkins.

Est� preparado, Jed?

Acho que sim, senhor.
Sr. Bush.

- Certo. Tem as perguntas?
- Sim, Sr. Bush.

- Pronto?
- S�...

- S� h� espa�o para perguntas?
- Exato.

Tem uma hora inteira, Jed.
Boa sorte.

Sente-se aqui.

- Disse uma hora?
- Exato.

Pode esperar aqui se quiser.

� muito tempo, n�o �?
Que horas s�o?

S�o dez horas.

N�o ser� t�o dif�cil,
nada mais do que um quarto.

- Exato.
- E ele � inteligente.

Sim, parece muito inteligente.

- N�o o incomodo, n�o �?
- De forma alguma.

Que horas s�o?

Dez e dez.

No se preocupe
demais, Capit�o.

Como disse, � inteligente.

Sr. Bush, o senhor perceberia isso
se o conhecesse.

Pensava que se n�o responder bem
as perguntas...

Talvez se voc� falasse com ele ...

Se voc� fizesse perguntas a ele
sobre baleias ou barcos

veria que sabe das coisas.

A id�ia � essa, n�o �?

De certa forma �, Capit�o,
mas tamb�m existe uma lei.

A lei ...

N�o pode dizer est� de acordo
com o pensamento da lei.

Bem, se se trata de lei,
estou de acordo ela.

Um homem tem que usar seu tempo
apropriadamente.

Tenho muitas coisas para fazer.

- Uma hora, n�o?
- Exato.

Est� quase na hora.

N�o resta muito.

- � casado, Sr. Bush?
- H� 12 anos.

Tem filhos?

N�o, nunca tivemos essa ben��o.

Bem, voc� saber� como s�o, suponho,

quando estiver com eles,
educando e tudo mais.

Quero dizer que � quase como
um pai, n�o �?

Sim, creio que sim.

� curioso que n�o lembre de criar
os garotos em terra firme.

Eu acho que n�o � t�o dif�cil, certo?

Ser pai em terra firme?

Bem, acho que em terra muitas
pessoas honestas tem sido criadas.

� verdade. Abe Lincoln,
fez isso muito bem.

Muito bem.

Sim, mas pense nisso.

Seus filhos eram de terra firme
e isso � diferente.

Bem, Capit�o.
Eu sei o que o senhor quer dizer.

Ser pai � complicado,
onde quer que esteja.

E se isso acontecer e tiver que aceitar
trabalhar em terra, eu acho ...

Eu acho que voc� vai conseguir.

Ele deu algo por que viver.
Essa � a parte mais dif�cil.

Ele conseguiu um recorde, n�o �?
Um recorde que permacer�...

Um recorde.

Eu vou dizer que tipo de recorde eu fiz.

Eu o tinha em minhas m�os
para fazer outra viagem.

� tudo o que eu precisava,
apenas mais uma viagem.

Mas eu n�o vou.
E por qu�?

Por minha culpa.

Esse � o recorde
que trouxe para casa.

Bem, Capit�o...

Eu respondi algumas, vov�.
Espero ...

Muito bem, chico.

Muito bem.

E quanto as notas...

Mandarei por escrito.
Vamos esperar.

Tentarei ir mais r�pido.

Minha nossa.

Est� t�o mal?

Quase chega a chorar,
ele se esfor�ou muito.

Talvez a matem�tica esteja melhor.

N�o, minha nossa.

Sua m�dia � 32.

Bem, acabemos com isto.

Tem certeza de que estamos sendo justos,
Senhorita Hopkins?

Claro, eu tenho certeza.
Se quer dizer ...

Est� bem,sinto muito.

Coloque 70, Sra. Hopkins.

- O que disse, Sr. Bush?
- Eu disse para colocar 70.

N�o posso acreditar que tenha
sugerido que ...

� exatamente o que eu sugeri.

Eu n�o estou aqui para dizer
a este homem

que seu filho foi suspenso.

- Mas ele foi suspenso.
- Eu sei.

N�o fique a� sentada me dizendo
que ele foi suspenso.

A coisa � que
eu n�o vou dizer isso a ele,

Se voc� realmente quer
falsificar um exame

s� porque voc� n�o quer decepcionar
um velho gentil ...

Certo. V� l� fora e diga a ele.

Saia e parta o cora��o dele.
Vamos.

V� l� fora e diga que ele tem que criar
aquele garoto em terra,

que n�o pode levar o �ltimo
dos Joy ao mar

para transform�-lo em um mestre
baleeiro.

Fa�a isso o senhor.
Eu n�o sou corajosa o suficiente.

Ou�a, Sr. Bush.

Eu tamb�m gosto do capit�o Joy,

mas me parece que h� algo mais
al�m da decep��o.

Esse menino
n�o tem n�vel

e creio que sua educa��o
� mais importante

que os sentimentos de algu�m.

N�o temos o direito de deix�-lo
num lugar

onde s� poder� aprender
o qu�o dif�cil � a vida no mar.

Eu gostaria dque n�o fosse assim.

Ou�a, senhorita Hopkins.

Acho que h� mais educa��o
do que aprender a soletrar.

Existe algo chamado car�ter
e o car�ter � educa��o,

e esse homem tem um livro que
imprime car�ter.

N�o podemos sequer ver as
palavras, srta Hopkins,

mas se eu pudesse aprender a ler
esse livro deixaria de saber como se escreve.

Deixaria muitas coisas mais
se tivesse o senso desse menino

para aprender a ser um homem.

Vamos colocar 70 na folha,
srta. Hopkins!

- Quanto voc� conseguiu?
- 70.

- Voc� foi aprovado?
- 70. acredita nisso?

Vov�!

Jason!
O que o traz aqui?

O que voc� fez
com o conserto do meu barco?

Bem, Bering...

N�s n�o fizemos nada at�
voltarmos a falar com voc� sobre ...

Bering, este � o Sr. Lunceford.

- Capit�o Joy, o Sr. Lunceford.
- Como vai?

Como � que n�o fez nada, Jason?

Bem, a �ltima vez
que conversamos, Bering,

parecia duvidar
de seus planos ...

Duvidar? Quando foi que eu duvidei?

Deve ter aprovado.

- Aprovado,quem?
- Jed. Que nota tirou?

O que h� com Jed?

Bem, Bering.
Quando quer zarpar?

As baleias nos esperam,
devemos reunir uma frota

e encontrar um primeiro oficial.

Sim, um Oficial.

Que engra�ado, eu estava falando
sobre isso com o Sr. Lunceford.

- � mesmo?
- Sim.

Est�vamos de olho
no Sr. Lunceford

j� faz algum tempo.
Ele se saiu bem em Boston.

Um bom relat�rio.
Eu acho que voc� vai gostar.

Se pudesse navegar com voc�
uma vez

teria a oportunidade de aprender
com o maior mestre do oficio.

Bem, creio que poderia funcionar.

- Tudo bem. Ele � jovem n�o �?
- Sim, sim.

- Jovem e saud�vel.
- Sim, eu suponho.

At� um cego poderia ver as engrenagens
de sua cabe�a girando

como se tivesse a frente
feita de vidro.

Vem de Boston, onde amarra
essa companh�a de seguros.

Seria poss�vel que j� tenha o
t�tulo de patr�o, n�o �?

Bem, sim, sim.
Ele tem.

Mas continuamos pensando que
precisa de mais experi�ncia.

Suponho que o capit�o Joy
pode examinar os arquivos

e se tiver perguntas
que gostaria de fazer...

� uma boa id�ia, meu jovem.
Vamos ver o que diz o jornal.

Sim, senhor.

Sim, � uma boa companhia.

Albatroz...

Segundo oficial.

Aqui est� algo que eu nunca tinha visto,

ir � escola para aprender
como pegar uma baleia.

Creio que o relat�rio tamb�m
tem algumas viagens.

O que eles te ensinaram nessa escola?

Sobre ca�ar baleias, quero dizer.

Estudei Engenharia Naval, N�utica,
Navega��o, Biologia Marinha.

Bio ... o qu�?

Biolog�a.

Eu ficaria muito grato se quiser
me falar sobre isso, Sr. Lunceford.

Sim, senh�or.

A Biolog�a Marina estuda os h�bitos
aliment�cios das baleias,

seus movimentos sazonais, seus h�bitos
de reprodu��o e cria��o.

N�o pare. Isso � muito interessante.

Bering, creio que...

Mas devo dizer que h� algo
que me preocupa nessa escola.

Por quase 200 anos minha gente
tem feito a vida com as baleias

e nenhum deles estudou nada
nada de Biologia Ma ..

Como seja.

Voc� acha que temos vivemos
todo esse tempo

sem saber que n�o sab�amos o
que est�vamos fazendo?

Ou�a, capit�o Joy.

Eu gostaria de ser a quarta
gera��o de baleeiros

mas eu n�o sou.

Mas eu conhe�o meu com�rcio
e posso ...

Acho que j� conversamos o suficiente.

LAmento, Bering.
Achei que voc� ficaria feliz

com o relat�rio de Lunceford
mas parece que...

N�o sei por que voc� isso, Jason.
Parece apropriado.

- Mas eu pensei que ...
- Pare de murmurar.

Mande Ben contrat�-lo.

Bem, fico contente que pense assim,
Bering.

Poderemos fazer uma viajem
muito interessante.

O Sr. Lunceford
ter� muito tempo

para me falar sobre essa Bi...
seja l� como se chama,

e poderei contar a ele algumas coisas

sobre quando ele ainda n�o era patr�o.

Patr�o de seu pr�prio navio,
quero dizer.

Farei esta viagem, capit�o Briggs,
e acho que vale a pena dizer ...

J� vamos falar disso...

Sr. Lunceford, se puder me
acompanhar a um lugar tranquilo,

assinar o acordo
tal como o esbo�ou

e talvez at� mesmo dar-lhe a minha a��o
do "The Pride",

se isso ajudar a sua volta ao mar.

Vamos.

- Nos vemos a bordo, senhor.
- Acho que sim.

"Este dia navega com bom tempo
e com vento de popa

e muito feliz em fazer isso".

O objetivo deste navio,
� a ca�a �s baleias.

N�o voltaremos para casa at�
termos um navio cheio.

A bordo ser�o tratados de forma justa
sem favoritismo

mas � melhor n�o me encontrar
com nenhum pregui�oso, covarde

ou com algu�m ruim.

Os devolverei sendo pessoas
melhores do que quando chegaram.

Descubram a cabe�a.

Senhor, n�s pedimos
sua b�n��o para este frota

que se lan�a sobre os mares.

Vamos ver e conhecer
Sua obra e Suas maravilhas

nas grandes profundidades.
Am�m.

Isso � tudo.

Sr. Lunceford,

eu gostaria de falar com o senhor.

Sim, senhor.

- Sr. Sewell, assuma o comando.
- Sim.

Entre, Sr. Lunceford, entre.

Sente-se, sente-se, Sr. Lunceford.

Obrigado, senhor.

Bem, eu pensei que
poder�amos conversar um pouco.

- E sobre o seu novo barco?
- � um bom navio, senhor.

Tem coisas boas.

N�o h� muitos novatos,

Ser� visto que muitos
da minha frota s�o repetidos.

Tenho certeza que por afeto, senhor.

Pode ser, Sr. Lunceford.
� poss�vel.

N�o creio que seja necess�rio, mas
poder�amos falar de duas coisas

sobre a conduta geral
do navio.

No meu navio n�o tenho
nenhum contato com a frota.

Trato com eles atrav�s do
primeiro oficial e n�o meto.

Por exemplo, eu tenho parentes a bordo.

Mesmo que seja meu neto isso
n�o o torna diferente de qualquer outro.

- Sim, senhor.
- Certo, bem..

Acreditei que estar�amos
de acordo. Tudo bem.

Agora temos um probleminha especial,

uma esp�cie de compromisso
com o barco, pode-se dizer.

Eu sei que gostaria que se
tratasse bem o barco.

Creio que sim, senhor.

Meu neto, Sr. Lunceford,
p�de embarcar

com o compromisso de receber
a quantidade de educa��o

que a lei exige.

Quando era grumete,
eu me ocupava disso.

Fiz isso muito bem,
devo dizer.

Mas agora que faz parte
da frota � diferente.

Claro que n�o vou criar problemas
com a frota.

Me entende, Sr. Lunceford?

Sim, mas n�o vejo...

Era um problema grave

at� que me lembrei de
seus estudos.

Como se a m�o da provid�ncia
o tivesse mandado a este navio,

porque de agora em diante pode ser
seu dever supervisionar seus estudos

como prometido.

Um momento, senhor.
Meu hor�rio ser� bastante...

As aulas podem ser
a qualquer hora.

Pode fazer isso em seu tempo livre.

Isso � tudo, Sr. Lunceford.

Sim, senhor.

No ponga esa cara tan larga,
Sr. Lunceford.

Cuando subi� a bordo,
tuve la sensaci�n

de que pod�a tener m�s trabajo
si se presentaba la ocasi�n.

Sim, senhor.

Veamos.
Voc� passou no teste de Quarto?

Sim, senhor. Tirei uns 70.
Foi f�cil.

Eu posso imaginar,
pelo professor que voc� teve.

Estamos conservando, senhor.

Certo, repassemos um pouco.

"O fazendeiro Brown tem uma caixa
com 32 ma��s.

Descarta 8 e 6 que apodrecem
antes de chegar ao mercado.

Quantas ma��s ainda restam por vender?"

N�o sei, senhor.

Vamos supor que seja ele.

Bem, teria que ser muito tolo
para deixar que tantas se estraguem.

Al�m disso, n�o sei o que tenho
que aprender com um fazendeiro...

Suponhamos que tenhamos avistado
14 baleias e pegarmos 3.

- Quantas restaram?
- 11.

- Caramba, s�o muitas baleias.
- Certo.

Por que n�o pode fazer a mesma
coisa com ma��s?

� diferente quando
se trata de baleias, senhor.

O livro fala do fazendeiro Brown
e de ma��s,

Ent�o, quantas ma��s lhe restam?

Tinha 32,

- Joga fora 8, mais 6 ...
- 7?

Tente de novo.

M�o sei, senhor.

Se nos esfor�armos
encontraremos algo que saiba.

Qual o maior rio do mundo?

O Narragansett.

Qual foi a primeira batalha
da revolu��o?

N�o entendo por que tem de me fazer
tantas perguntas.

O senhor faz perguntas,
o vov�, a escola,

e todas s�o sobre ma��s
e coisas assim.

Por que n�o podem perguntar
sempre a mesma coisa?

Tem certeza que era foi o exame de quarto
o que foi aprovou?

N�o pode lembrar coisas
que n�o t�m sentido.

O vov� � o melhor ca�ador de baleias
do mundo e ele n�o teve que aprender

nada sobre o fazendeiro Brown
nem sobre ma��s.

Abe Lincoln n�o teve que estudar
para ser presidente

e Andy Jackson...

N�o h� necessidade de dizer
de onde voc� tirou isso.

Certo, se�or. Creio que n�o podemos
pedir o imposs�vel.

Melhor coloc�-lo sob o seu beliche
e que voc� consultar o travesseiro.

Talvez voc� possa absorver um pouco
atrav�s do colch�o.

Depressa. Todos ao conv�s.
Vamos.

Bem ...

- O Sr. Sewell falou com voc� sobre ele?
- Sim, senhor.

Bom. Vamos recolher os botes.

- Adiante, Sr. Sewell.
- Sim, senhor.

Os arp�es primeiro.

Como se ele tivesse visto
um ferro antes.

Lamb, aqu�.

- Beck.
- Sim, Capit�o.

Voc�.

Blair.

- Voc�.
- Sim, Capit�o.

Companheiro, aqui.

Certo, Hopper.

Voc�.

Voc� deve encolher a barriga antes
de poder pegar um remo.

Voc� faz isso.

Pegarei o Manchester.

Isso � tudo, senhores.

- Sr. Sewell.
- Sim, senhor?

D� aos outros tarefas especiais.

Se algu�m mostrar habilidades
para aprender, me avise.

Eu valorizo mais o desejo de aprender
do que a experi�ncia.

No final, se chega mais longe.

Voc�. Voc� deve falaria
com o cozinheiro,

talvez possa ajud�-lo.

"Bote salva-vidas reparado.

Avan�amos para o sul
sim sinais de baleias".

Est� calor.

- Tem caf�, Sr. Tubbs?
- Claro.

Quer tomar algo?

N�o, estou bem.

Experimente com uma ma��.

N�o, pensando bem,

algumas pessoas n�o gostam de ma��s

As ma��s os assustam.

Nem mesmo as pessoas que as plantam.

Se refere a mim, Sr. Lunceford?

N�o sei, o senhor acha?

Porque se assim for, eu vou dizer
uma coisa sobre as ma��s de seu fazendeiro.

Tinha 32 e deu 8
e 6 apodreceram.

Se voc� quiser saber quantas
restaram,

pois restaram 18.
18, senhor!

E o rio Mississippi �
o mais longo do mundo

e a primeira batalha
fui a de Concord em 1776.

Quer saber mais alguma coisa, senhor?

Seis por onze: 66.
Seis por doze: 72.

Sim, sei muitas coisas.

Quer saber algo mais,
Sr. Lunceford?

N�o quero saber nada disso.
Eu j� sei.

Isto nos leva ao sete,

um n�mero
muito interessante.

Eu suponho.

N�o pensas muito nele, n�o �?

Bem, ent�o tentemos algo novo.

As baleias, por exemplo.

Qual � o tamanho do filhote
de uma baleia azul no nascimento?

Qu�o grande tem que ser
para poder pesc�-lo?

Com qual idade come�a a viajar?

Que coisas diferentes
as outras baleias comem?

Venha, senhor.
O qu houve?

- Quanto mede ao nascer?
- Uns 6 metros.

J� viu uma alguma vez?

E como sabe disso?

Eu estudei sobre isso:
o que as baleias comem,

seu comportamento,

tudo o que muitos homens
j� descobriram.

- Poderia aprender.
- Claro, talvez sim.

H� muitas coisas interessantes
para aprender

uma vez que comece a estudar.

Vamos tomar a tabuada do sete.

� um n�mero muito interessante
na vida de um homem.

Quando sete anos de idade
passou de crian�a para garoto.

Quanto � duas vezes sete?

- 14.
- Muito bom.

Quando voc� tem cerca de 14
deixa de ser um menino

e come�a a se tornar um homem.

Tr�s vezes sete?

Claro, 21. Ent�o j� � adulto.

Bem, isso � o que se acredita.

e o que acontece depois,
quando tem 28?

Bem, ent�o se for esperto,
est� consciente

que tem muito mais
aprender.

Vamos pular um pouco.
Quanto � dez vezes sete?

70.
Ent�o o que acontece?

Bem, 70 ...

� a melhor idade de todas.

Se o homem tivesse a capacidade
de fazer o que deveria.

Ent�o, ele j� est� aposentado.

Voc� pode sentar-se na varanda,
apanhar sol, pensar sobre como foi bom

e deixar o mundo do trabalho
aos homens mais jovens.

Bem, por hoje chega.
Voc� se saiu muito bem.

Amanh� falaremos sobre o oito.

Certo!
Fique l� em baixo.

Cuidado com isso.

- Ei, garoto!
- Sim?

Queria saber sobre seus estudos.

V�o bem, senhor.

N�o � dif�cil com a forma de
ensino do sr. Lunceford.

Assim est� bem.

Como em Geograf�a.

N�o s� me disse os nomes dos lugares,

desenha mapas com ba�as
onde est�o as baleias.

Isso � pr�tico.
Talvez possamos usar os mapas.

E com a matem�tica.
Ela d� sentido a ela,

como a navega��o
e os latidos de cachorro.

Que tipo de navega��o?

Bem, senhor. � como quando
encontramos nevoeiro

e estamos perto da terra.

N�s sempre levamos o barril
com pedras sob o boom

para atirar uma pedra
e se n�o houver nenhum eco

sabemos que n�o h� nada na �gua.

O que tira o Sr. Lunceford?
Um da frota?

N�o, senhor.

Ele disse que � uma bobagem
carregar todas aquelas pedras.

S� tem que gritar
e ent�o contar lentamente

e se ouvir o eco
em cerca de cinco segundos,

deve-se multiplicar 1000 por cinco
porque essa � a velocidade do som.

Ent�o divide-se por dois
porque o som vem e vai.

Isso nos d� 760 metros.

Essa � a dist�ncia que nos separa
da terra ou de um iceberg. � isso.

Isso � bobagem.

- Bem, de qualquer forma...
- Solte a linha de popa.

Vamos!
Diga o que voc� ia dizer.

Bem, Sr. Lunceford para a
frota navegar requer pr�tica.

Ele disse que eu estudei tanto que ...

� melhor voc� ir, n�o perca
a sabedoria do sr. Lunceford.

Sim, senhor. Obrigado.

Fique na popa.

Sr. Lunceford...

Sr. Lunceford...

N�o est� mal.

O Sr. Lunceford
tem a frota em bom ritmo.

Preparem-se.
Estaremos em posi��o em um minuto.

Sr. Sewell,

deixe que o vento
levE cerca de dois pontos.

Sim, Capit�o.

Est�o se afastando, senhor.

Est�o indo com o vento.
Bem, a todo pano, rapazes.

Jed, assuma o tim�o.

Subindo!

Quem � o engra�adinho
que nos fez remar mais?

Boa pr�tica, Sr. Lunceford.
Boa e louv�vel.

Poderia ter se dirigido para a terra.

Creio que tamb�m teria conseguido,
Sr. Lunceford.

Poderia ter usado
a navega��o do cachorro latindo.

- �Quiere una taza de caf�?
- No, gracias.

Ainda n�o entende,
n�o � Sr. Lunceford?

O qu�?
Do que est� falando?

De por que o fez.

� f�cil, algumas pessoas fazem coisas
ruins apenas por divers�o.

N�o � isso.

Voc� n�o lidou muito
com sentimentos, certo?

Nem com crian�as.

Esteve ocupado em
seguir em frente.

N�o tem trabalho na cozinha
Sr. Tubbs?

Se tivesse teria visto os c�umes
logo.

O que quer dizer?

Falo dele com o menino.

Voc� n�o percebe, meu jovem?

� bastante claro.

Eu n�o o culpo.

N�o pode entender os sentimentos
do menino,

como fazemos com nossos parentes.

Al�m disso, voc� tem a idade
que o pai teria.

Mas eu vou dizer uma coisa,
Mr. Lunceford,

Ele est� tomando algo sem direito.

- Voc� n�o esteve l�, certo?
- N�o, senhor.

Deixe que lhe diga algo,

N�o creio que esse velho
ame nada mais do que a si mesmo

e suas baleias.

Seu �nico intereresse no menino
� que continue a linhagem dos Joy.

Foi ele quem me enviou o menino.

Tudo o que eu tenho feito tem
sido tentar educ�-lo.

Mas n�o me diga que o velho estaria
preocupado se o embalasse todas as noites.

Sim se preocuparia.

Por que voc� acha que ele est� aqui

quando j� n�o tem a for�a
fazer isso?

O que voc� acha que o faz continuar?
� o amor que ele tem pelo garoto.

Eu noto. E tamb�m noto outra coisa.

Algu�m pode se ferir
e n�o ser� ele.

Agora n�o, Sr. Lunceford.

O matarei primeiro.

Slush, Ele � um bom homem e creio
que acredita em tudo o que ele diz:

mas isso n�o se converte em verdade.

Para mim o garoto pouco importa,
mas se isso deixa voc� contente, � f�cil.

Vou plant�-lo no camarote do velho
e depressa.

N�o tenho tempo para me involver
com sentimentalismos.

N�o vai ser t�o f�cil como pensa.

- N�o?
- N�o.

- Boa noite, sr. Tubbs.
- Boa noite, Sr. Lunceford.

Pensando em como ajudar
esses novatos

para quando descobrirmos �leo?

N�s mesmos pegaremos.
Se � que vamos ach�-lo.

- Espero que sim.
- Venha

O que est� fazendo, Sr. Lunceford?
N�o tem nada a estudar, chefe?

- Sim, senhor.
- Ent�o fa�a isso.

Sim, senhor.

Para que s�o as mudan�as,
Sr. Lunceford?

Quero 16 cm mais de inclina��o
e eu estou atualizando a equipagem, senhor.

Com a parte superior, manter�
velas no alto do mastro

e deixar� o centro de press�o
para mais perto do centro de gravidade.

Acha que isso vai ajudar, certo?

Ter� mais condi��es de navegar
e ser� muito mais r�pido.

Espero que seja assim,
Sr. Lunceford

ou vai ter que pagar
por destruir o navio.

� muito estranho, mas estes barcos
t�m pescado baleias

h� anos, com ou sem
centro de gravidade.

A que se refere
com o centro de gravidade, senhor?

- S� s�o palavras...
- N�o, senhor. � muito inteligente...

Centro de gravidade...

Centro de bobagens!

- Pode lev�-lo ao Sr. Lunceford?

Eu trouxe o jantar, senhor.

Deixe a�.

- Ainda est� quente.
- Deixe a�, j� vou comer.

Sr. Lunceford...

Voc� vai me ouvir?
Estudei tudo, como me disse.

Ou�a, � melhor voc� ir,
eu tenho trabalho a fazer.

Eu vou ouvir suas li��es
quando tiver tempo.

Centro...

Centro...

Centro...

Centro de esfor�o.

Centro de gravidade.

Por que n�o est� no beliche?

Sr. Lunceford, se pudermos
conversar um minuto...

Eu n�o fiz nada de errado, certo?

- Isso � ...
- Eu n�o iria irrit�-lo.

Voc� n�o fez nada.

Capit�o, h� algo ...

Eu n�o sei, mas eu devo
ter feito alguma coisa.

Eu n�o sei o que voc� quer dizer.

Tem que me dizer o que eu fiz.

Est� muito zangado comigo sobre algo.

E eu n�o iria perturb�-lo
por nada nesse mundo.

Imagine ter um amigo
e de repente

ele j� n�o mais gentil com voc�

N�o sei o que voc� quer dizer
com tudo isso de amigos.

Eu s� tenho um dever para voc�,
Isso � tudo.

Eu ...

N�o, voc� n�o fez nada.

Ou�a, � melhor voc� ir,
� tarde.

N�o estou com sono.

Sim, voc� est�.
Seus olhos est�o fechando.

Voc� quer estar bem amanh� para
n�s ouvimos as suas aulas, certo?

Sim, senhor.
Boa noite, Sr. Lunceford.

Boa noite.

Se "g" � o centro de gravidade e "b"
� o centro de flutuabilidade normais

e "B1" � o centro
de flutuabilidade escorada,

ent�o uma perpendicular a partir de "b1"

que se cruza com...

G � o centro de ...

"G" � o centro de ...

E ent�o?

"A luta entre a frota."

O de cima que acorde!

Est� assoprando!
Est� assoprando!

Est� assoprando!

Est� assoprando, Sr. Lunceford.

Juro por Deus
que est� assoprando.

Est� vendo, Sykes?

Sim, Capit�o.

Est� sozinha.

Grite!

N�o pare de gritar!

Todos para o conv�s!

Est� assoprando!

Est� assoprando!

Est� assoprando!

Capit�o Joy,
est� assoprando.

A 3 pontos a estibordo.

Arrastem!

Est� assoprando!

Sr. Lunceford, conseguiu!
Conseguiu, Sr. Lunceford!

- Coloque-o na dire��o do vento.
- Sim, Capit�o.

Espere, Espere!

O que houve, Sr. Lunceford?

Tem problemas
com seu centro de gravidade?

Ok, afrouxado.

Arrastem.

Vamos, Sr. Lunceford.

Espere, ver� como vai conseguir.

Certo, levantem ele, rapazes.

Est� pegando, veja!

Estou vendo!

Funciona.

O bote do Sr. Lunceford
n�o para nem por um momento.

Voc� fala como se fosse
um milagre.

Hidrost�tica marinha elementar,
� s� isso.

Se "g" � o centro de gravidade e "b"
� o centro de flutuabilidade normais

e "B1" � o centro
de flutuabilidade escorada,

ent�o uma perpendicular a partir de "b1"
se cruza com a linha central

que est� por cima do centro
de gravidade, o bote est� est�vel.

� um princ�pio b�sico.

Todo mundo sabe.

J� a algum tempo penso em fazer isso.
Mas eu nunca tive a chance.

Olhe.
Est� alcan�ando o Sr. Sewell.

Soltem as adri�as!
Vamos l�!

Certo.
prenda.

Quer ver quem pega
a primeira baleia, sr. Lunceford?

Quando estiver pronto, Sr. Sewell.

Certo.
Virem rapazes.

Isso, firmes com os remos.

Doltem os remos.

Foi o suficiente,
Sr. Lunceford?

Deixamos para voc�, Sr. Sewell.

Bem, tragam os remos.

N�o � tolo.

S� tinha visto
uma ou duas baleias antes.

Pode ficar coxo.

Quem, senhor?

Esque�a.

Britain

Quase um barril de 90.

Vir� � tona
em uns 10 segundos.

Dar� 90 barris.

Sair� a qualquer momento.

Depressa.

Se aproxima.

Com cuidado.

Espere.

Aproxime-se um pouco.

N�o muito.

Ataque, Sr. Lunceford!
Ataque!

Ataque!

Est� assoprando!

Vai mergulhar!

Vigie a corda!

- Cuidado com a corda!
- Cuidado.

Com cuidado.

A� est�, a estibordo.
Cuidado com a corda!

Est�o a salvo.

Parece que ningu�m est� ferido
gravemente.

Me empresta a luneta?

Sim, rapaz.

Leve-o para o meu quarto.

N�o est� muito ferido, senhor.

Tomou a decis�o correta,
sr. Lunceford,

e fez isso rapidamente.

Isso vai constar em seu relat�rio.

Ser� melhor que se prepare para cortar,

o Sr. Sewell vai trazer a baleia.

Sim, Capit�o.

Pra cima.

Subam!

Empurre, Manchester!

Vamos, acendam o fogo.

Oque h� garoto?

Com tudo o que voc� estudou,

voc� n�o aprendeu a ter os
p�s no ch�o?

O Sr. Lunceford n�o ensinou voc� a
mergulhar pelas laterais

e agarr�-la pelas br�nquias?

Espere.

O Sr. Lunceford vai pegar mais baleias
que todos voc�s.

Ele sabe mais sobre baleias que
todos voc� juntos.

"Hoje, o barco do Sr. Sewell
pegou uma baleia. "

Entre.

- Tem um momento, senhor?
- Normalmente tenho.

Eu gostaria de falar o senhor um minuto.

O que � Sr. Lunceford?

Seu neto, senhor.

O que tem ele?

Bem ...

Ele est� indo muito bem,
nos estudos...

Eu pensei que talvez seja a hora
de ele sair atr�s de uma baleia.

Bem, Sr. Lunceford. Se estiver
pronto, mende-o para fora.

Se lan�armos um suporte
n�o haver� muito para ca�ar,

poderia pegar um remo de proa.

Certo, Sr. Lunceford.
Que pegue um remo de proa.

- Algo mais?
- Bem...

queria dizer que minha frota
est� em muito boa forma.

Acho que vai fazer o seu melhor.

O que significa isso?

Bem, naturalmente, senhor, pensei que..

Bem, com a tradi��o
e o amor que tem por ele...

Eu pensei que iria lev�-lo
no meu barco e ensin�-lo o senhor mesmo

Entendo.

Sr. Lunceford,
se algu�m neste frota

pronto para ensin�-lo,
pode faz�-lo.

Se quer coloc�-lo em seu bote, coloque-o.

Cabe a voc�,

mas n�o crie tanto alvoro�o sobre isso.

E n�o venha aqui para me dizer
quando devo entrar em um barco.

Est� claro, Sr. Lunceford?

Sim, senhor.

Certo. Algo mais?

N�o, senhor.

Est� assoprando!

Capit�o, Joy, est� assoprando!

Est� assoprando!

Est� assoprando!

Est� assoprando!

- Todos para o conv�s!
- Est� assoprando!

Voc�. Informe ao Sr. Thatch.

Diga a ele que mandei voc�
pegar um remo de proa.

Eu tamb�m vou, senhor?

N�o para de falar.
Pare com isso.

O sr. Lunceford disse que tinha
que inform�-lo sobre o remo de proa.

Certo. Suba a bordo.

Arraste.

Mais abaixo.

Solte a adri�a.

.

Uma vaca bem saud�vel.
vale mais do que 100 barris.

N�s amarramos ela
n�o muito longe do navio, senhor.

Suponho que os outros
ter�o uma pesca mais longa.

N�o faz sentido come�ar a cort�-la
agora, sr. Lunceford.

Vamos esperar que o tempo melhore.

Baixaremos o barco
Quando tiver assegurado o espermacete.

- Sim, senhor.
- Capit�o, Joy.

- H� um bote perto do leme.
- Sim

� do Sr. Sewell.

Sim.

Sr. Sewell, sabe algo sobre o Sr. Thatch?

Sim, senhor.

- De sua volta?
- Ainda n�o voltou, certo?

Quando foi a �ltima vez que o viu?

Antes da mudan�a do tempo.
Ficou muito agitado.

- N�o o viu quando voltava?
- N�o, senhor.

Eu tinha meus pr�prios problemas.

Acenda algumas tochas.

Coloque os homens extras de vigia,
Sr. Lunceford,

- Todos os que tiver.
- Sim, senhor.

- J� comeu o jantar?
- N�o.

- Voc� ainda ouve o bote de Sykes?
- N�o, senhor.

Faz algum tempo.

O velho disse para n�o prosseguir
com a busca

se estava a mais de 10 minutos
sem ouvir o barco.

N�o sei se esperava que fizesse isso.

N�o gostaria que fizesse isso se
estivesse procurando por ele.

Est� h� muito tempo fora.

Sim.

Bem, pode ser que esteja bem.

O Sr. Thatch � um bom homem.

N�o adiantar� nada colocar
um outro barco, n�o �?

Com ele, n�o.
Ele tem suas regras.

Deveria quebr�-las uma vez.
Quem se preocuparia com isso?

� neto dele que est� l� fora.

De que servem suas regras,
se algo acontecer com o garoto?

N�o sei, Sr. Lunceford, mas eu
sei que n�o vai mandar outro bote.

Eu faria isso, mas talvez seja por isso
que ele � o chefe e eu nunca serei.

Quando perdemos o Sr. Parkinson
em nossa �ltima viagem

Lan�ou outro barco para procur�-lo.
Agora n�o far� diferente.

Se ele estaivesse fora brigaria com
quem tivesse feito de forma diferente.

Talvez seja por isso que nunca tem
problemas com sua frota

como os demais.
Sabem que nunca quebrou nenhuma regra.

Um homem n�o � o melhor no neg�cio
por nada, Sr. Lunceford.

Sim, eu lan�aria outro barco,
mas ele n�o.

Eu confio em Deus.

Eu vou confiar nele.

Toda gra�a � de verdade de
Nosso Senhor

seja para os que mant�m a
a alian�a com V�s.

Senhor, eu olho para cima e meus olhos ...

Britain.

Sim, senhor.

Re�na a frota e acendam as
tochas,

- que mantenham a boca fechada.
- Sim, senhor.

O que est� fazendo, Sr. Lunceford?
Eu disse para lan�ar outro barco?

Se eu fosse voc� iria t�o longe como
fosse possivel e ficaria l�.

Pelo amor de Deus, n�o pode
deixar o navio sem permiss�o.

Quanto tempo demora para lan�ar um barco?

Eu?
� um momento, senhor.

Ent�o do que est� falando?

N�o, deixaremos um companheiro a bordo,
Sr. Sewell.

Talvez seja melhor.
Adiante. V� em frente.

Certo, John.
Baixe-o sem fazer ru�do.

Espere.

H� algo a estibordo, senhor.

� uma pe�a de proa.

O macho investiu contra eles novamente.

Os fez em peda�os.

Nenhum sinal, Sr. Sykes?

- N�o, senhor.
- Voc� viu o bote do Sr. Lunceford?

N�o, senhor.

Bem, voc� e seus homens v�o para baixo
e descansem um pouco.

E obrigado, Sr. Sykes.

Sim, Capit�o.

Quando vai amanhecer,
sr. Thatch?

Cerca de tr�s horas, Jed.

A neblina pode sair
quando amanhecer, n�o �?

Talvez, rapaz.
Pode ser.

Sil�ncio.

O Sr. Lunceford.

Sr. Thatch, � bom
t�-lo a bordo novamente.

Traga um pouco de rum
e leve-os para a cama.

Sim, senhor.

Adiante.

Tenho que dizer-lhe algo primeiro,
Sr. Lunceford.

Estou muito grato
pelo que fez.

Fico contente que tenha corrido tudo bem.

N�o tenho palavras para agradecer...

Mas fazendo o que fez,
desobedeceu minha autoridade.

E colocou em perigo
a seguran�a deste navio

e de toda a frota

E isso � responsabilidade minha.

N�o lhe passou pela cabe�a que
estava violando minha autoridade?

N�o, senhor.

Sr. Lunceford,

de hoje em diante
est� dispensado dos deveres.

Continuaremos com a pesca

at� que tenhamos de voltar a um porto
para pegar suprimentos,

como em Valpara�so.

Ent�o ficar� em terra.

Enquanto isso, pode ficar na cabine
do primeiro Oficial.

Obrigado, senhor.

Isso � tudo, Sr. Lunceford.

Sr. Lunceford.

Este castigo que devo impor ao senhor...

Quero que saiba que n�o gosto
de ter que faz�-lo.

N�o discutirei isso, senhor.

"Creio que foi necess�rio
suspender de seu cargo

o Sr...

Sr. Lunceford.

Como est�?

Deve me dizer.

Eles t�m falado muito, todos.

Deve me dizer se n�o � verdade,
Sr. Lunceford.

Bem, em um barco h� muita conversa.

Mas n�o h� nada, sobre o trabalho
quero dizer.

- Est� aqu�i sentado.
- E o que acontece?

Eu consigo ver tudo
pela primeira vez.

Veja essa toninha.

- Eu nunca tive tempo.
- Ent�o � verdade.

Foi suspenso.
Vai deix�-lo em terra, n�o �?

Quer ouvir o que estou estudando?

Tenho estudado muito,
como voc� me disse.

Me parece que isso
tamb�m era o meu trabalho.

E o que vai acontecer?

Pode perder a licen�a de capit�o

e tudo que fez foi
vir me buscar,

o sr. Thatch e os outros.

- N�o tem o direito de ...
- Quem disse isso?

Ele � o patr�o, n�o �?

Ele n�o gostou de ter que fazer

mas tem suas regras
e deve segui-las.

Deveria enfiar isso em sua cabe�a.

Mas foi por mim, n�o tem o direito ...

Tenha ou n�o, seja patr�o ou empregado,

Por que me intrometer
entre voc�s para come�ar?

Ele com sua B�blia
e voc� com a sua educa��o.

Isso � toda uma carreira.

N�o, eu n�o quis dizer isso.
Eu n�o sei.

Volte ao trabalho, marinheiro.
E esque�a isso. Prossiga, ao trabalho.

Pe�o permiss�o
para ver o Capit�o, senhor.

Por que quer falar com ele?

� um assunto pessoal, senhor.

Voc� n�o acha que � melhor
falar comigo primeiro?

N�o, senhor.
� pessoal.

Bem, v� em frente.

Adiante.

Um tripulante
para v�-lo, senhor.

Fa�a-o entrar.

Suponho que tem algo importante
a falar.

Sim, senhor.

Vale a pena pensar
nas coisas importantes.

Tem tudo pensado?

Sim, senhor.

Bem, se � importante
voc� e eu temos uma raz�o

para falarmos de homem para homem.

Eu vim para conversar com o senhor
como o capit�o do navio, senhor.

Fale, Sr. Joy.

Senhor. Eu quero ficar em terra
no pr�ximo porto

que segundo entendi ser� Valpara�so.

Entendo.

Tem certeza de que � o que quer?

Sim, senhor.

Devo perguntar quais queixas
tem

contra este navio.

Prefiro n�o dizer, senhor.

Bem, vamos supor que eu diga
a voc�.

Veio at� aqui com a cabe�a cheia
com a id�ia da disciplina

do Sr. Lunceford, n�o �?

Sim, senhor.

Quando voc� era crian�a,
falava com voc� como uma crian�a

mas agora que voc� escolheu
falar como um homem

falarei com voc� como tal.

O que o Sr. Lunceford fez
estava errado,

N�o importa as raz�es que ele teve.

Foi por isso que o suspendi
e o mandei para a terra.

N�o espero nada menos de voc� quando
assumir o comando deste navio.

As anota��es de um padr�o
quase servem para medir a sua vida

e, a menos que voc� seja homem o suficiente
para faz�-lo como se deve:

justo e honesto,

ent�o n�o � bastante homem
para ser o capit�o deste navio.

Se voc� v� isso de maneira diferente,
me enganei ao educ�-lo.

Honesto e justo.
S� fala disso.

Se tem que ser assim,
quem quer ser patr�o?

Veio me procurar, n�o �?

N�o se preocupa com nada.

Apenas com esta banheira
podre e fedorenta.

Bem, n�o quero ficar
mais tempo aqui,

muito menos com o senhor.
Vou desembarcar.

Isso � tudo, senhor.
Pe�o permiss�o para comunicar isso.

Concedida.

Um segundo.

Foi preso porque estava com raiva.

Voc� tem o direito de apresentar queixa

mas eu quero que voc� saiba

Eu n�o estava com raiva de voc�
apenas comigo mesmo.

Fracassei em faz�-lo homem
que eu queria que voc� fosse.

Pode ir.

"Encontramos os primeiros
sinais de gelo

a caminho do cabo Horn.

Todos os botes est�o ocupados
na ca�a �s baleias".

V� ao patr�o o mais r�pido
que puder.

Vamos.

Venha, mais abaixo.

Arrastar.

Preparei caf� quente, senhor.

Comece a cortar, Sr. Sewell.

Tenho trabalho a fazerf l� em baixo.

Sim, senhor.

Comecem a cortar.

Certo, levantem.

Conseguiram outra baleia, n�o �?

Sim, conseguiram.

- Nenhum dos dois volta atr�s.
- Voltar atr�s...

Isso n�o est� no sangue dos Joy,
Sr. Lunceford.

Bem, levarei o jantar para voc�.
Eu sabia que jantaria comigo tamb�m.

Se eu trouxer o caldo, voc� o toma
como se estivesse doente,

se lhe levo bolacha,
n�o come.

Tenho medo, Sr. Lunceford.

Teria que ter visto ele quando
subiu a bordo.

Eu vi, mas n�o me preocuparia
at� o dia em que voc� pare de insult�-lo.

Adiante.

O que leva a�?

- Caldo para enfermos.
- Deixe ali.

- Aonde est� o Sr. Lunceford?
- Sr. Lunceford?

O Sr. Lunceford.
Procure ele e traga-o aqui.

Sim.

- Queria me ver, senhor?
- Isso mesmo, Sr. Lunceford.

Bem...

Parece que chegou o seu dia.

O que quer dizer, senhor?

Creio recordar que tem licen�a
de capit�o.

Espero que esteja em vigor.

Porque, a partir de hoje,
ser� respons�vel por este navio.

Estou muito doente
para continuar no comando.

Tem certeza que est� t�o mal?

Bacalhau Maldito!
Eu sei o qu�o ruim estou!

Acha que fa�o isso por gosto?

Jovenzinho, j� tem o seu navio.

Sim, senhor.

Creio que a primeira coisa que faremos
ser� votar a Montevideo

e conseguir um m�dico.

Continuar� com a pesca,
Sr. Lunceford.

N�o h� p�lula sul-americana
que possa me curar.

Sairei daqui em 10 minutos
e ent�o poder� se instalar.

N�o. Isso n�o far� falta.
Posso ficar onde estava.

Um capit�o que n�o est�
no camarote do capit�o?

Aonde aprendeu isso,
Sr. Lunceford?

Descansarei um pouco.

Me sentarei nessa varanda
de que algu�m j� falou.

A cama � muito boa.

Eu nasci nesta cama
no Mar de Bering.

Da� vem o nome.
Aposto que n�o sabia disso.

Meu pai levou minha m�e em sua
primeira viajem

depois de se casarem.

Foi a �nica viajem que pude fazer
com ele por minha culpa, suponho.

� um truque dar um nome assim
a uma crian�a ...

Descansarei um pouco, aqui.

Sairei num minuto.

- O que acha, senhor?
- N�o sei.

Encontre Blair e mande-o vir
falar comigo imediatamente.

Sim, Capit�o.

O que quer?

- Desabotoe a camisa, senhor.
- Saia.

Desabotoe, por favor.

N�o tenho nenhuma inten��o
de fazer tal bobagem.

Ou�a, "� dever do patr�o do navio

comprovar o bom estado f�sico

de qualquer membro
da tripula��o

e proporcionar o aux�lio m�dico
que considere necess�rio".

Se��o 7.

Esse � o par�grafo mais idiota
j� escrito nos regulamentos

Por que tem que perder tempo
com um corpo humano?

- Eu n�o, senhor.
- Blair.

Estudou um ano
na faculdade de Medicina.

Creio que por aqui
h� mais estudos que baleias.

Se pudesse deixar os livros ...

Mantenha-o com a mar�.

Embora esteja ali deitado

voc� pode cheirar se algu�m amarrar um n�
muito forte.

Quer empurr�-lo at� o gelo?

Fa�a isso o mais r�pido que puder.
Tenho que lev�-lo a Montevideo.

Mas o que h� com sua b�ssola?
A que est� ao lado de sua cama.

� primeira coisa que olha pela manh�.

J� pensei nisso.

N�o, senhor.

Quer que entre e lhe tire a b�ssola?

N�o sabe o que est� me pedindo.

Sim.

O Sr. Sewell me deu permiss�o,
senhor.

O que h�, Jed?

� pessoal, senhor.

Bem.

Dizem que est� bastante mal.

Est� muito doente, Sr. Lunceford?

Creio que est� bastante mal.

Estava pensando...

O que acha que deveria fazer?

O que quer fazer?

Pensei em baixar para v�-lo.

O que quer dizer a ele?

Quero dizer a ele que lamento
por estar doente.

Isso n�o � o bastante, Jed.

Espero que encontre algo melhor
para dizer a ele.

Olhe, Jed.

Voc� acha que foi muito duro conosco.

Mas seu di�rio
indica coisas muito importantes.

Disse que se aposentou, mas
aposentou a mim.

Tambi�m disse o que � melhor para o navio

passa pela frente de si mesmo,
de mim ou de quem seja.

Deve-se ser um homem duro
para viver assim, Jed,

para por o correto � frente
de seus pr�pios sentimentos.

Isto � o que um capit�o deve fazer,

viver sem arrependimentos.

E isso n�o � s� ser duro,

isso � grandeza.

- Eu sei que � um bom baleeiro.
- N�o. � mais do que isso.

� mais homem do que
voc� e eu seremos jamais.

E se voc� fosse meu filho, eu gostaria
que descesse e dissesse isso a ele

antes que seja tarde demais.

Mas isso seria como dar a raz�o
a ele e n�o a voc�

depois de tudo que fez.

- Voc� tem sido meu amigo.
- Jed!

Voc� n�o pode dizer coisas sem pensar,

n�o se voc� se sente assim por algu�m...

Por favor, posso ir agora?

Tudo bem, v�.

Eu nunca gostei do gelo.

Eu o sinto l� fora, atinge o
pesco�o com seu h�lito frio.

Ser� melhor que prepare sua vela maior.

Nos movemos r�pido com a corrente.

Vamos precisar avan�ar
para manobrar.

Sim, Capit�o.

Vamos!

Pegue a parte de tr�s
da vela grande!

Bom dia, senhor.

Seu caf�, Capit�o.

Mingau de cereais

Para enfermos.

Dormiu bem?

Est� bastante cinza, tentam apanh�-las?

Sim, senhor.. Glass est� trabalhando.

Coma agora.

Sabe de uma coisa, Slush?

O problema do homem
� que � tolo.

Sim, senhor.

Est� sempre t�o ocupado
que n�o tem tempo para pensar.

N�o, senhor.

Esse joven, o Sr. Lunceford,

n�o sabia que a m�o da provid�ncia
o colocou a bordo.

A provid�ncia, senhor?

O que quero dizer � que
� algu�m muito adequado

para criar um jovem,
como se fosse seu pai.

Ele tem afeto pelo menino

Se acredita em algo como...

a provid�ncia, tem que pensar
que tem que ser assim, n�o acha?

Ou�a, Capit�o.
N�o � assim.

Ele vira v�-lo.
De algum tempo a ele.

Ele � simplesmente teimoso,
� isso.

Tem isso no sangue, sabe?

N�o come nada, Capit�o?

Quer que lhe traga algo mais?

Claro. Me sinto
muito melhor esta manh�.

Posso comer qualquer coisa.

Preste aten��o, Blair.
Talvez tenha que responder depressa.

Sim, Capit�o.

Creio que h� algo a frente, senhor.

Parece a estibordo.

No trinquete!
V� algo?

S� vejo neblina, senhor.

Volte a tentar, Sr. Thatch.

G�lo a estibordo!

G�lo a estibordo!

Estibordo!

Ainda est� l�.

Sa�mos da neblina na hora certa.

G�lo!

G�lo a estibordo!

Vamos, arraste deste lado.
Vamos!

Grite!

At� o centro!

Segure-o.

Olhe!

H� um peda�o de gelo l� em baixo!

O dano est� abaixo da linha d'�gua

mas est� sobre uma borda de gelo.

Thatch, mande uma quipe para
as bombas.

Sim, senhor.

- Sr. Sewell.
- Sim.

Mande alguns homens para baixo
para os reparos.

Sim, senhor.

Est� deslizando.

Bombeiem para o mar para que
se mantenha contra o g�lo.

Vai se chocar mais forte, senhor.

- Vai aguentar.
- Sim, Capit�o.

Arraste-o at� a vela.

Depressa com as velas.

Vamos!

Venha, vamos!

- N�o durmam.
- Abaixem isso!

- Britain.
- Sim, senhor.

- Manchester.
- Sim, senhor.

Abram caminho.

Vamos colocar o remendo
para baixo o quanto pudermos

- Desde que deslize.
- Britain ocupe-se em fazer um n�.

- Manchester, venha comigo.
- Sim, senhor.

Jogue-me a corda.

Afaste-os da lona, afaste.
Afaste-os, afaste.

Bradley.

Pegue a lona, jogue com a m�o.

Atire!

� isso.

Tirem, homens.

Ponham do lado de fora.

- E ent�o?
- Destru�do.

Era s� o que me faltava.

Est� morto, senhor.
Ficou destru�do.

� melhor que se encarregue,
Sr. Sewell.

Que Thatch recolha Sykes e Rumbly.

S� podem trabalhar tr�s l� em baixo.

N�o sei se ir�o.
Thatch pode ser que sim

mas os outros, n�o sei.

Todo mundo sabe que pode n�o funcionar.

Eles t�m uma oportunidade
com os barcos.

Prepare os barcos
para abandonar o navio.

- Mac a estibordo e Sykes para bombordo.
- Est�o t�o ruim assim?

N�o vai far� mal dar uma olhada,
Sr. Thatch.

Sim, senhor.

�s vezes � dif�cil ter um pal�cio,
jovem.

Recolha as bra�as principais.
Mantenham onde est�.

Recolham as bra�as!

Quatro e meia, vamos colocar o remendo
quando deslizar.

N�o perdemos este navio ainda
Sr. Thatch.

Des�a com dois homens
e fa�a os reparos.

- Sr. Sewell!
- Sim, Capit�o.

Instale uma eslinga.

Sr. Sykes.

Vai descer com o Sr. Thatch.

Coloque o remendo no barco.

Trabalhe na eslinga
se necess�rio.

Sr. Rummy, vai trabalhar
com o Sr. Thatch.

Prenda o remendo t�o
abaixo como puder.

Sim, senhor.
Ao trabalho, Sykes!

O que houve?

R�pido com essa eslinga!

Traga a eslinga.

Isso, para cima rapazes!
Para cima!

OLhe
Levante-o.

Av�!

Me d� o gancho!

Voc� queria v�-lo?

Sim, senhor.
Se me der permiss�o, senhor.

Creio que sim.

Blair.

Como voc� se sente, senhor?

N�o muito bem, Jed.

Mas agora vai ficar melhor.

Bem?

Est� se sentindo melhor, Senhor?

Bem, se n�o tiver que voltar a subir

para tirar jovens dos
buracos em que se metem.

Queria falar comigo?

Sim, senhor.

O sr Thatch me pediu para
apresentar-lhe os meus respeitos.

Me disseram que pode ser que
o Sr. Thatch n�o sobreviva.

N�o, senhor.
Pneumonia, segundo o Blair.

Ele � um bom homem,
o sr. Thatch.

Todos eles s�o.

- S�o todos bons homens.
- Sim, senhor.

O sr. Thatch me disse que naquela noite
que seu barco afundou,

se comportou como um homem.

Sim, senhor...

Algo mais?

Sim, senhor.

Queria dizer...

Eu queria retirar o meu pedido
para ficar em terra.

Agora eu entendo porque tem que ser
assim quando se � o patr�o.

O que voc� est� dizendo, homem?

Av�!

Sr. Lunceford.

Eu estava contando a ele
quando a baleia afundou seu barco.

Queria saber tudo,

e deixou de responder...

Est� tudo bem, eu ouvi.

"Enterrado hoje, o Capit�o Bering Joy

que nasceu e morreu neste navio".

Vemos uma embarca��o!
� um navio!

Creio que � Moly Pee, de Boston.

Voc� sabe como vov� chamava os
navios de Boston?

Posso imaginar.

Dizia: "As barca�as de
Back Bay ".

Cheio de peixe, bacalhau,
carpas, dizia que eram.

Ei, eu sou de Boston.

Agora n�o mais.

Disse que voltaria a pegar
o "The Pride" outra vez,

J� seria um homem de Bedford.

Ele disse que gostaria de viver em casa
e cuidar de n�s.

Ele disse isso?

Lo har�, �verdad, Sr. Lunceford?

Bem, parece que tenho minhas ordens.

Disse que pegar�amo os livros
e tentar�amos bater o seu recorde.

Vou dizer uma coisa.
N�s tentaremos.

Na pr�xima viagem, e na outra,
n�s tentaremos.

Mas bater o seu recorde,

n�o sei, garoto.

Que barco �?

"Pride" de New Bedford!
180 dias fora do porto.

Quem � o comandante?

O Capit�o Bering Joy!