All language subtitles for The Twilight Zone Sea.1 Ep.0-Interview With Rod Serling And Mike Wallace

A seguinte entrevista se realizou em 1959.

Foi inclu�da pelo seu grande valor
e seu sagaz conte�do.

Devido a antig�idade da mat�ria,
a qualidade t�cnica n�o chega ao n�vel atual.

As falhas na imagem s�o
do material original e n�o desta c�pia.

O programa de Mike Wallace.

Sou Mike Wallace com outra entrevista
para a televis�o.

Na nossa galeria de gente brilhante.

Na televis�o, poucos nomes...

gozam do prest�gio de nosso convidado.

Rod Serling � o �nico roterista
que ganhou tr�s pr�mios Emmy...

por Requiem for a Heavyweight,
Patterns e The Comedian.

Falaremos com ele sobre a censura
na televis�o...

sobre sua luta de expressar o que cr�.

E saberemos qual � para ele o pre�o
que se paga por esse �xito.

Em 1951, quando a televis�o
ainda era um beb�...

um jovem sentou num restaurante de Cincinnati
com sua mulher e tomou uma decis�o.

Decidiu renunciar � estabilidade de seu
emprego para se converter em um...

escritor freelance para televis�o.

Rod, primeiro quero te perguntar isto.
O que te levou a tomar esta decis�o?

Foi um ardente desejo de escrever
porque queria dizer algo,

ou era apenas uma via para ganhar mais dinheiro?

A combina��o de muitas coisas.

O motivo imediato nesse momento,
o est�mulo que me empurrou a isso...

foi que eu estava escrevendo para a...

televis�o de Cincinnati
como escritor de planilha...

que � um trabalho mais an�nimo,

que consiste em escrever an�ncios,
inclusive em inventar...

cartas de...

Como que chamam? Para anunciar
um produto, algu�m tem que usar.

- De testemunho?
- Cartas de testemunho.

Me lembro que havia um...

medicamento l�quido no marcador que

podia curar tudo,
desde artrites at� fraturas na p�lvis.

E eu, em efeito, tinha que escrever
uma carta de testemunho.

E nesse dia se concretizou minha arte.

Eu estava de freelance
com uma equipe.

Foi o melhor ano que tive,
creio que ganhamos uns U$700...

que bastava apenas para a comida.

E uma noite, simplesmente decidimos
que fracassemos ou n�o, a� vamos.

Voc� veio para Nova Iorque?

N�o imediatamente. Estivemos seis meses
em Ohio, logo depois for para Nova Iorque.

Trabalhei no Lux Video Theater.
Ao vivo e em curtas de meia hora.

Fiz 11 programas para eles
e eu estava no meu caminho.

Que tipo de obras escreveu?
Disse que n�o era s� dinheiro...

que havia algo que queria transmitir...

e que n�o pode fazer em Cincinnati.

Nessa �poca, Lux Video, em geral,
fazia coisas bastante maduras.

N�o era o Playhouse 90's,
nem produ��es de ganhar pr�mios...

mas eram coisas bastante maduras.

Que inclusive agora est�o muito bem.

Eu estava fazendo Lux Video, Craft Theater.

Os primeiros anos da televis�o,
anos "pioneiros", que s�o, supostamente...

muito pioneiros, mas tudo que
tem oito anos tamb�m �.

Houve um longo caminho,
desde aqueles primeiros dias.

Talvez mais que qualquer outro escritor,
seu nome aparece na cl�ssica luta...

do escritor de televis�o.

A luta de um escritor por ser ele mesmo.

O que ocorre quando um escritor
como voc�...

escreve algo sobre o que realmente cr�?
Para a televis�o.

N�o sei se entendi a pergunta.
Ao que se refere com...?

Ouvimos falar muito da censura
nos escritores da televis�o.

Se fala muito disso,
especialmente no seu caso.

Depende de como trata o tema
que est� trabalhando, se voc�...

� imprudente...

e tenta encenar um tema que implica
em qualquer controv�rsia social concreta

atualmente em boga,
ent�o tens um problema.

- Por exemplo?
- O tema racial, por exemplo.

No meu caso, uma obra que fiz para
o Steel Hour, h� 3 anos...

entitulada Luna on Doom's Day,
que era uma hist�ria que contava...

quais foram os resultados do suposto
seq�estro da crian�a em Mississippi.

O jovem negro de Chicago.

Escrevi o roteiro,
utilizando a princ�pio preto e branco...

logo se trocou para insinuar que foi
um estrangeiro desconhecido...

logo trocaram os estrangeiros
desde o sul a New England...

e estou seguro de que foram
at� o Alaska ou at� o Polo Norte...

utilizando esquim�s como
poss�vel minoria...

a n�o ser pelo problema do vestu�rio que
seria o grande argumento para n�o faz�-lo.

Mas se converteu em uma produ��o
t�bia, viciada e mutilada.

- Voc� estava junto?
- Sim, sempre.

Protestei. Tentei lutar, como acontece
com a maioria dos escritores de televis�o...

pensando dessa forma estranha,
amb�gua e filos�fica...

de que � melhor dizer algo do que nada.
Nesse programa,

quando terminaram, j� haviam
retirado garrafas de Coca-Cola do set,

porque o patrocinador disse que isso teria
conotac�es do sul...

insinuando muito que tentaram tudo
para conseguir que a produ��o fosse

limpa, as�ptica e rigorosa.
E n�o tinha nenhuma rela��o...

com o que queriamos fazer desde o pric�pio.

Paddy Chayefsky falou da
insidiosa influ�ncia do que chama de...

pr�-censura. Como funciona isso?

A pr�-censura � usada pela maioria dos
escritores da TV. N�o falo por todos eles.

� o conhecimento pr�vio do escritor
sobre aqueles �mbitos

que s�o dif�ceis de franquiar.

Assim o escritor joga fora o
texto que sabe que

lhe causar� problemas
com o patrocinador da ag�ncia.

N�s fazemos todo o tempo.
Simplesmente n�o escrevemos sobre

o que sabemos
que nos causar� problemas.

Quem � o culpado? As emissoras?
O patrocinador? Asseguro que n�o � a FCC.

N�o, certamente n�o � a FCC,
falando em abstrato, claro.

� uma combina��o de culpados.

Em parte s�o as emissoras e, principalmente,
as ag�ncias e o patrocinador.

E em muitos casos,
a pr�pria audi�ncia.

- O que que dizer?
- Vou lhe dar um exemplo:

H� um ano, no filme Lassie,

uma hist�ria contada por Sheldon Leonard...

que estava ent�o
associado � produ��o.

Lassie ia ter filhotes.

Tenho duas filhas pequenas,
de cinco e tr�s anos...

quem est�o muito apaixonadas
por essa simp�tica collie.

Olhavam o filme com grande interesse,
e Lassie deu a luz aos filhotes.

Era uma das coisas mais elegantes,
agradav�is e eternas...

que mostram essa maravilha
que � o nascimento.

Depois do filme,
creio que haviam muitas comemora��es.

porque foi uma produ��o preciosa.

S�o coisas que quero que meus filhos vejam
para mostra-los o que � o nascimento,

e o quanto maravilhoso �.
Receberam muitos postais e cartas.

A t�pica carta do sul dizia:
"Se quisesse que meus filhos vejam sexo,

"n�o deixaria ligar a TV,
os levaria a um espet�culo vulgar."

Devido a influ�ncia da correspond�ncia,
muitos dos postais, segundo Sheldon...

foram enviadas no mesmo momento,
e com a mesma escrita.

Mas cada uma se contou separadamente.

E assim, o diretor decidiu
que n�o haveria mais produ��es...

com algo a ver com cachorros,
quer dizer, com o processo de parir.

Claro, h� um grupo marginal de lun�ticos
que escrevem cartas que afetam muito

o que o patrocinador pensa.

Entende a posi��o do patrocinador, ent�o?

De certo modo, sim.
Est� ali para impulsar um produto.

Assim se tem um bom dinheiro investido
no que se emite.

Seguramente, na maioria dos casos...

onde o problema � o gosto do p�blico...

lhes pertuba que se d� uma resposta
negativa de uma massa de gente.

Chego a entender porqu� est�o assustados.

N�o entendo outras evid�ncias e casos
de intrus�o dos patrocinadores.

Por exemplo, em Playhouse 90,
h� um ano...

uma bonita produ��o intitulada
Judgement at Nuremberg.

Creio que foi a produ��o mais
profissional e art�stica da Playhouse.

Nela, como recordar�,
h� uma men��o �s c�maras de g�s.

E borraram a linha,
cortaram o som.

A esses tipos pouco lhes importava
qual � o tipo de g�s.

Nos campos de concentra��o foi cianuro,
que n�o se parecia nada com o g�s que se usa.

- Cortaram a linha.
- Porque o patrocinador era...

N�o queriam que surgisse essa associa��o
entre o que era o horror e a mis�ria

da Alemanha nazista e os bonitos,
cromados e limpos

aparatos de cozinha
que estavam vendendo.

Este � um exemplo de interfer�ncia do
patrocinador que n�o tem nenhuma l�gica.

A isso me oponho.

Vai fazer uma nova s�ria intitulada
Al�m da Imagina��o.

Escreve e tamb�m �
o produtor executivo nesta s�rie.

Quem controla o produto final,
voc� ou o patrocinador?

Creio que temos, ao menos em teoria,

porque ainda n�o foi posta em
pr�tica, uma boa rela��o de trabalho.

Nas quest�es de gosto...

nas quest�es de forma art�stica,
nas encena��es, eu sou o juiz.

Porque este � o meu ambiente, e eu o entendo.

Sou um escritor para TV.
� o ambiente que conhe�o.

Me formei para isso
e trabalhei nisso 12 anos.

O patrocinador conhece seu produto,
mas n�o conhece o meu.

Assim, quando se trata do comercial,
o deixo em suas m�os.

Quando se trata do conte�do
da hist�ria, ele deixar nas minhas m�os.

N�o foi trocado nada...

Trocamos, em 18 roteiros,
trocamos uma linha...

o que foi um pouco absurdo,
mas por uma insuficiente...

conex�o b�sica no contexto da
hist�ria, n�o vamos come�ar uma luta.

Dentro de um navio brit�nico,
um marinheiro chama a cozinha...

e pede, segundo meu roteiro, uma ta�a de ch�,
porque achei que

� permitido beber ch�
em um navio brit�nico.

Acontece que um de meus
patrocinadores vende caf� sol�vel.

Lhe pareceu uma grande desvantagem,
ou, pelo menos, uma desvantagem...

A id�ia de falar "ch�".
Tivemos alguns problemas...

nada s�rio, e ent�o decidimos que pediriam
uma bandeja no navio.

Mas nos 18 roteiros,
este � o �nico choque que tivemos.

- Os aprovaram.
- Aprovaram o que?

Todos os roteiros.

Houve pr�-censura?
Voc� escreveu facilmente?

N�o houve, porque se trata
de uma programa de 30 minutos...

que n�o pode se aprofundar como um de 90,
que n�o utiliza roteiros...

como meio de cr�tica social.
Estas s�o apenas para entreter.

- S�o para ganhar dinheiro.
- N�o. N�o s�o para ganhar dinheiro.

S�o filmes muito maduros, de alta qualidade
e extremamente polidos.

Mas como se tratam de �mbitos
da fantasia, da imagina��o,

da fic��o cient�fica
e de todas essas coisas...

n�o h� oportunidade de se render
nem de fazer cortes ou coisa assim.

N�o poder� se render nem fazer
grandes cortes porque vai estar

trabalhando muito em
Al�m da Imagina��o que

na realidade, agora
e por um tempo futuro preced�vel,

voc� tem renunciado a escrever
algo importante para televis�o.

De novo, isso tem sentido,
se � importante para a televis�o, n�o sei.

Se por importante que dizer que n�o vai
entrar nos problemas sociais...

tem raz�o, n�o vou fazer.

Voc� disse a Kay Gardello
de New York Daily News:

"N�o creio que Al�m da Imagina��o
me prejudicar�,

"mas admito que t�o pouco creio
que me ajudar�.

"Cruzo a linha de fogo.

"Se fartar� quando quiser
arrancar seus miolos."

Poderia ler as primeiras linhas?

"N�o creio que Al�m da Imagina��o
me prejudicar�,

"mas admito que t�o pouco creio
que me ajudar�."

Nunca disse isso.

Estou seguro que me ajudar�.
Estou muito orgulhoso desta s�rie.

Nos doze anos de escritor,
posso assegurar pelo menos isso:

Nunca escrevi algo abaixo do meu talento.

Nunca escrevi nada
que n�o quisesse meu nome nele.

Tenho trabalhado em v�rios roteiros e
tenho tido �xito em uns mais que em outros.

Mas todos eles se emitir�o.

Levarei a cabo minhas id�ias.
S�o minhas e assim que quero que sejam.

Outro dia, algu�m me perguntou se isso
significava que ia me converter em um...

conformista submisso.

Minha resposta � n�o. Apenas estou fazendo
o papel de um inconformista cansado.

- N�o quero lutar mais.
- O que quer dizer?

N�o quero ter que lutar
contra patrocinadores e ag�ncias...

ter que lutar pelo que eu quero...

ter que aceitar um segundo papel.
N�o quero fazer compromissos.

Que �, na realidade,
o que um escritor de TV faz

se quer tratar de temas controversos.

- Ent�o, por que continua na TV?
- Continua na TV porque permite

cumprir a fun��o de fazer algo maduro,
com sentido, divertido...

uma obra provocativa sem ter
que entrar necessariamente em disputas.

Este, claro, n�o � o melhor do mundo
de todos os poss�veis.

N�o insinuo que este seja um per�odo
de felicidade e prosperidade.

Creio que � criminal que n�o podemos
dar motes dram�ticos...

� marca social tal como s�o,

os temas controversos como
s�o na nossa sociedade.

Creio que � rid�culo que uma obra
que deveria tratar...

de coisas que afetam nossas vidas di�rias,
est� em um estado...

pelo menos quanto aos filmes de TV,
incapaz de tomar partido.

Mas � assim, assim s�o as coisas.

E n�o podem me olhar, nem a Chayefsky,
nem a Rose ou a Vidal ou a Miller...

nem a nenhum deles como os criadores
da grande mudan�a. Esta n�o � nossa miss�o.

- Chayefsky deixou a televis�o.
- � mesmo, e respeito isso.

Creio que precisa de bastante for�a para
abandonar um meio que te converteu

em uma pessoa famosa.

Paddy foi o primeiro que deu n�vel
aos escritores de televis�o.

Antes de Paddy, nos consideravam
escritores mercen�rios bic�falos

que trabalhavam dia e noite
e utilizavam situa��es menino-menina

e qualquer uma das 5 mil
diferentes hist�rias t�picas.

Mas Paddy nos deu import�ncia,
e eu respeito sua decis�o de ir.

Ele sentia que n�o estava contente,
fazendo as coisas meio...

Cr� que poderia obter
import�ncia fora da televis�o?

N�o sei se poderia,
e suponho que isto � admitir

a debilidade ou, pelo menos, um
sentimento de inseguran�a da minha parte.

Nunca produzi em Broadway,
o pouco que escrevi para cinema

foi um pouco menos que espetacular.

E creio que me ficarei neste ambiente
em parte porque admito que...

eu quero ficar onde comecei.
Este � o meio que entendo.

S�o os instrumentos e t�cnicas
que uso h� anos.

Talvez n�o quero correr o risco
de perder tudo.

Creio que n�o estou preparado para isso.
Mas Paddy queria tentar.

Gore Vidal escreveu novelas.
Bob Arthur fez teatro.

E sua rela��o com as novelas?

Gostaria de escrever uma novela, em um ano
come�arei, Requiem era uma op��o...

foi escrita como novela
e consegui que tivessem benef�cios...

e eu quero voltar a fazer.

Tamb�m sigo neste meio
porque gosto do que resulta.

Herb Rotkin, que foi o produtor de TV
associado a algumas de suas obras anteriores...

disse de voc�:
"Rod ser� um tipo comercial...

"ou ser� um artista com crit�rio.
Mas n�o ambas as coisas."

Me lembro da entrevista.
Ele deu � Gilbert Millstine.

Millstine estava escrevendo sobre mim
no New York Times.

N�o entendi na �poca.
N�o consegui entender

nos anos seguintes, que j� s�o tr�s.

Suponho que Herb quis dizer...

que n�o pode ser comercial e
art�stico toda vez.

N�o pode ser comercial e de qualidade.
N�o pode ser comercial

e estar preocupado pelo n�vel
da hist�ria que quer contar.

E isso eu rejeito.
N�o creio que chamar algo de "comercial"...

o conecta a uma sugest�o
de que � horr�vel.

Que � algo sujo, para estar envergonhado.

E se dizer que "comercial" significa aceita��o
p�blica, que h� de mal nele?

O importante de meu argumento � que
enquanto n�o estiver envergonhado de

nada do que escreveu, se � escritor,
do que � interpretado, se � ator...

e eu n�o estou evergonhado
de fazer s�ries de televis�o.

Poderia ter feito umas 30 ou 40 s�ries
de filmes nos �ltimos 5 anos.

Presumo, ao menos, que escrevi
muitas que prometiam dinheiro,

seguro financeiro... mas eu joguei
fora porque n�o gostava delas.

N�o creio que foram de qualidade,
mas eram comerciais.

Mas creio que o que Herb disse,
como muita gente,

que n�o pode conquistar o
p�blico e ser art�stico.

E repito que tenho que rejeitar isto.

Uma das obras mais recentes se intitulava
Velvet Alley, certo?

Tratava da influ�ncia corrupta de
Hollywood e do dinheiro.

De onde saiu isso?
Da sua pr�pria experi�ncia?

Bastante. Uma parte era autobiogr�fica,
j� a outra era uma mescla de

observa��es de outras
pessoas implicadas...

Que significa a influ�ncia corrupta
de Hollywood e do dinheiro?

N�o queria insinuar que a corrup��o
tivesse um matriz geogr�fico...

que era necessariamente a corrup��o
de Hollywood...

mas tentei sugerir na obra que
quando se trata de muito dinheiro...

especialmente nessa fascinante explos�o
da madrugada,

que nossa ind�stria permite,
h� certos caminhos

aonde uma pessoa pode sucumbir,
e isso acontece v�rias vezes.

Como...?

Preocupa��es pelo status,
pelos s�mbolos de status,

pela piscina t�rmica,
que seja maior que a do vizinho...

pelos grandes carros,
pela preocupa��o com contas...

Tudo isso.

De certa forma,
coisas passageiras no contexto...

mas se fazem desproporcionalmente
grandes na mente de um.

E se isso se faz t�o grande,
o que fica pequeno?

Creio que as coisas realmente importantes.

Sei que soa bobo e idiota falar
de coisas como ter uma fam�lia,

estar preocupado em criar os filhos,
se preocupar se v�o � escola,

se tem um boa rela��o no casamento,
todas essas coisas creio que s�o essenciais.

Infelizmente, o problema que tentei
apresentar em Velvet Alley...

� que uma pessoa que tem �xito s�bito
imediatamente � assaltada por todos.

E se encontra de repente
com um mont�o de compromissos...

dedicando muitas horas ao trabalho
e uma quantidade muito

inferior de horas para fam�lia.
Isto � adquirido nos neg�cios.

Quantas horas ao dia trabalha atualmente
como produtor executivo e escritor?

Doze a quatorze horas por dia.

Quantos dias por semana?

Sete.

N�o estou perguntando por n�meros,
mas � �bvio que

Al�m da Imagina��o � uma obra sua,
e est� fazendo por dinheiro.

Creio que os espectadores
gostariam de saber...

n�o quero ser muito
espec�fico, mas...

Quanto se pode enriquecer
com este trabalho?

Se a s�rie tem �xito,
pode ficar tremendamente rico.

Pode ganhar meio milh�o de d�lares,
suponho.

Por ano?

Em um per�odo de 3 a 4 anos.

Soar� esquivo e provavelmente falso,
mas n�o estou t�o centrado no dinheiro...

que ganharei nesta s�rie,
como estou com sua qualidade.

E posso provar.

Tenho um contrato com a MGM
que me garantia

uns 250 mil nos pr�ximos 3 anos.

Este � um contrato que quero
quebrar e abandonar.

Assim posso dedicar tempo livre para a s�rie,
o que � bastante incerto e problem�tico.

Garantiram apenas 26 semanas e se passar por
26 semanas e parar, terei perdido

uma grande quantidade de dinheiro, mas prefiro
tentar fazer algo que gosto,

algo com que estou familiarizado,
algo que � um desafio permanente.

Inclusive � poss�vel, que se
for um sucesso,

pode ganhar mais do que milh�es
de d�lares, como havia insinuado.

Creio que depois de trabalhar um ano e meio,
doze-quatorze horas por dia, eu mere�o.

Creio que ganhei.
Como todos que trabalham tanto...

e que podem criar uma id�ia
e chegar aonde querem.

Trinta segundos. A televis�o � boa?

Algumas sim. Algumas s�o fascinantes,
prometedoras e com grande potencial.

Outras s�o med�ocres e chatas.

Mas creio que promete. Creio que pode ser
um modo plaus�vel de arte.

E fico nisso, pela raz�o que disse,
porque creio que pode apensas melhorar...

e pode melhorar muit�ssimo,
e creio que tende a isso.

A hist�ria de Rod Serling
pode se resumir em poucas palavras.

De 40 s�ries equivocadas e 3 pr�mios
Emmy, de um trailer m�vel...

a um chal� em Hollywood com piscina.

N�o foi um caminho f�cil, mas sim duro.

E as �ltimas milhas
tem sido pavimentadas com ouro.

Agradecemos a Rod Serling que trouxe
seu retrato � nossa galer�a.

Uma dessas pessoas
que interessam aos demais.

Mike Wallace, isto � tudo por hoje.

Equipe Al�m da Imagina��o
http://alemdaimaginacaobrasil.blogspot.com/

Roland Deschain e
RJBADBOY01

Tem viajado na dimens�o
de imagens, sons

e da mente j� muitas vezes.

Os tesouros de Al�m da Imagina��o.