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== Z O N A L I V R E ==

Durante a guerra entre Maximiliano
e Ju�rez em 1865,

havia um pequeno territ�rio
do lado mexicano do Rio Grande...

conhecido como "Zona Libre".

O territ�rio era dominando por um
homem que se chamava a si mesmo...

"General" Eduardo Calleja e o s�tio
transformou-se num para�so...

para homens fora-da-lei.
Esta � a hist�ria da "Zona Libre".

Pare os cavalos!

Felipe, aposto 100 d�lares em ouro
como ele n�o consegue chegar a este lado.

Apostado, meu General!

J� passou a marca de meio caminho.

Que pena.
Teremos de enterr�-lo aqui.

Cubro a mesma aposta que fez com o Felipe.
100 d�lares em ouro.

Eu nunca aceito dinheiro de uma mulher.
Mas, aceitarei a sua aposta.

Pobre diabo.
T�o perto e, ainda assim... t�o longe.

Esta � uma forma de visitar outro pa�s.

Se n�o apostou contra a vida dele, que tal
dar uma ajuda e preservar a pouca que lhe resta?

Alto!

Vamos atravessar o rio.

N�o vos entendo... americanos.
Voc�s t�m a vossa pr�pria guerra.

Norte contra Sul.

Quantas guerras � que voc�s querem?!

Sabem muito bem que o General Calleja
n�o quer tropas americanas deste lado.

O General Calleja � um fora-da-lei.

Mant�m a "Zona Libre" sem o
consentimento do Governo Mexicano.

Governo? O que � um governo?

T�m o Abraham Lincoln,
isso � um governo.

T�m o Jefferson Davis,
esse � outro governo.

Viva o General Calleja!

Que grande e belo cora��o!

Morto ou vivo?

Est� vivo, mas, muito mal.

Como � que se chama?

O seu nome?

Jim Lake.

Eles queriam-no desesperadamente.
Pergunto-me porqu�.

Homic�dio?

Talvez... deser��o?

Acho que o insultou.

Bem-vindo � "Zona Libre"!

Lave-as, por favor.

Pensando naquilo que podia ter acontecido,
acho que voc� se saiu muito bem.

- Rezei bastante para que nada me acontecesse.
- N�o admira que tenha engolido metade do rio.

Quase morreu a rezar.

Porque � que escolheu
a "Zona Libre" como destino?

Voc� n�o quis dizer isso.
Quis dizer outra coisa qualquer.

Na "Zona Libre", as amizades
n�o s�o f�ceis de travar.

�s vezes, � preciso que um homem
aceda aos lugares mais obscuros...

� procura de uma m�o amiga.

Voc� est� esgotado.
O organismo merece descansar.

Eu vou arranjar-lhe um quarto neste hotel.

Virei busc�-lo mais tarde
e mostrar-lhe-ei a cidade.

- Encontrar� roupas secas no arm�rio.
- Obrigado.

Este � o "El Gallo".
Um dos locais de neg�cio do General Calleja.

Ele est� metido em tudo
aquilo que produza um d�lar.

Os homens v�m para a "Zona" para fugir da lei,
e acabam por se tornar prisioneiros.

Aos poucos, acabamos por odiar este s�tio.

Vejo que o General � apartid�rio.

H� aqui muitos fan�ticos partid�rios,
mesmo entre os desertores.

O que � que voc� �?

Eu sou neutro. E voc�?

Eu estou do lado vencedor.

Aquela... � outro
dos "neg�cios" do General?

Nunca fa�a perguntas pessoais sobre
a mulher que o retirou do rio, Sr. Lake.

Ela?

Ela n�o ficou por c�
para ver se recuperava.

Ainda n�o respondeu � minha pergunta.

Bem, ela � dona de 50 por cento deste s�tio.

Suponho que isso a torne
na s�cia do Calleja.

Eu referia-me... �s horas de �cio.

N�o o fa�a.

Ela salvou-me a vida.
Apenas quero agradecer-lhe.

- Envie-lhe uma carta, � mais seguro.
- Ouvi falar do tiroteio no rio.

Lake, este � o Quartz Anderson.

O Quartz � um especialista no que
diz respeito a "passar" gado do Texas

para este lado da fronteira.

H� muitos compradores aqui.
Cubanos e espanh�is, militares.

Mesmo depois da comiss�o
do General Calleja, ganha-se muito dinheiro.

Eu preciso de homens... homens duros.

Quer juntar-se ao meu grupo?

N�o.

Est� cansado de lutar
contra os ianques?

Pois. Qual � a sua desculpa?

Sr. Lake?

Sr. Lake. Tem um encontro com
General Calleja, agora.

Est� enganado, Capit�o.

Estou comprometido com uma
garrafa de "whiskey".

� uma grande honra, Lake. Ir� divertir-se
com o General. Ele � um grande homem.

O homem mais am�vel do mundo.

Acabo de anular o meu compromisso.

- Vamos?
- Por favor.

Mesmo a ser perseguido e
com todos os avan�os e recuos, um homem...

poderia chegar aqui, vindo do Colorado,
em tr�s semanas.

Com quanto � que, em Austin,
eles disseram que ele fugiu?

Com o suficiente para comprar
um mundo.

Vejo que o General Calleja est� preparado para
qualquer tipo de emerg�ncia, n�o, Capit�o?

Com certeza.

Mesmo onde n�o h� lei e ordem,
a lei e a ordem s�o necess�rias.

Pol�cia, militares e um cemit�rio.
Sabe como �.

Isso custa dinheiro.

O General cobra uma comiss�o de 20%
a todas as empresas na "Zona Libre".

Do rendimento bruto.

Eu gosto desse termo "ianque".
Bruto... n�o l�quido. Bruto.

Sr. Lake, este � o Bar�o Kurt Von Hollden.

- � um prazer conhec�-lo.
- Bar�o.

Pretende ter uma longa estadia
na "Zona Libre"?

Vende protec��o, n�o � verdade, General?

E quem � que gostaria
de persegui-lo, Sr. Lake?

Agentes de Pol�cia,
soldados da Uni�o, talvez outros.

Irei dar-lhe essa protec��o.

Presumo que tenha uma interessante
proposta de neg�cios que deseje discutir.

Considero que presuma muito bem.

Qu�o grande � esse neg�cio?

- 50 000 d�lares?
- Mais.

Um milh�o de d�lares, talvez...

� um grande "salto", General.

Serei ainda mais ousado, ent�o.
Dois milh�es de d�lares.

Presumo que tenha um bom
servi�o de informa��es.

O melhor.

Americano, nada mais.
Major Mattson.

� Mattson, n�o �?

Rendo-me, General.
Quais s�o as outras informa��es que tem?

Voc� e os seus amigos confederados
apropriaram-se, n�o gosto da palavra "roubar"...

de um carregamento de lingotes de ouro,
da produ��o privada da empresa "Clark-Gr�ber"...

em Denver, no Territ�rio do Colorado.

Ouro esse que pertence ou, para ser mais
exacto, pertencia, ao Ex�rcito do Norte.

Os cinco homens desapareceram todos.

Carro�a, cavalos, ouro, tudo.

Uma magn�fica log�stica militar.

Tamb�m temos a informa��o de que serviu
sob o comando do General Robert E. Lee.

E o que mais?

Ent�o, pergunto-me para onde poder�
ir um homem para se livrar desse ouro...

salvo para a "Zona Libre",
onde se pode "livrar" e comprar tudo.

Podemos vender esse ouro em lingotes
com os respectivos descontos legais.

Existem interesses internacionais...

Eu n�o vim c� para vender.
Vim c� para comprar.

Para comprar?

O qu�, por exemplo?

Espingardas, p�lvora, comida, roupas...

Temos muito disso, num armaz�m.
E mais poder� ser arranjado.

- E entregue em Nova Orleans?
- Sim.

Desde Contra Costa, do nosso lado,
atravessando o Golfo, at� Nova Orleans.

Levar� algum tempo
para fretar um barco.

Gostaria que tudo,
as armas e a p�lvora, pelo menos...

estivessem a caminho, no dia 24.

E o ouro?

Posso-lhe assegurar que
o ouro em lingotes estar� aqui.

A seguran�a � dada pelo pr�prio ouro.

Gostar�amos de v�-lo deste lado do rio.

T�-lo-�o.

Major, admiro a sua valentia, patriotismo,
e, sobretudo, o seu elevado car�cter moral.

Eu admiro-o, General.

Um homem que se guia, apenas,
pelo puro c�digo dos ladr�es.

Vejo que nos entendemos.

Boa tarde.

General.

- Bar�o.
- Foi um prazer.

Servi�o de informa��es americano.

Do "Austin Texano".

Confederados roubam ouro.

O Major Mattson, da equipa do
General Lee, liderou os ladr�es...

e acredita-se que se dirige
para a "Zona Libre", com o ouro.

Meu General, uma mensagem
muito importante.

Sim?

Ent�o, os agentes de Benito Ju�rez est�o
na "Zona Libre", a conspirar contra mim.

Toda a gente quer o meu pequeno pa�s.
Maximiliano, Ju�rez...

J� lidou com traidores antes,
meu caro General.

Encontrem-nos!

Ol�. Lembra-se de mim?

� claro. A �ltima vez que o vi...

Estava de rosto para baixo, no rio.

Fica melhor assim, com o rosto para cima.

Tamb�m me sinto melhor.

Diga-me, agora que est� aqui,
valeu a pena todo o esfor�o?

� muito cedo para dizer, mas,
as perspectivas est�o a melhorar muito.

Posso-lhe pagar uma bebida
por me ter "pescado" do rio?

Eu n�o bebo e... gosto de pescar.

Estou curioso.

Houve muitas balas a voar por l� hoje,
poderiam t�-la ferido.

Porque � que correu o risco de me
salvar o "pesco�o" nessas condi��es?

Pela mesma raz�o que me coloca
em quaisquer apuros, "se�or". Dinheiro.

Eu ia pedir desculpar � "se�orita"
pelo inconveniente,

Mas, acredito que a "se�orita"
desfrutou deste inconveniente.

Conceda-me a honra de acompanhar
a "se�orita" at� � minha mesa.

Se ela o desejar.

Ent�o, acha que pode comprar
os meus soldados...

com o ouro dos seus patr�es?
Que miss�o rid�cula!

Eles adoram-me.
Eu sempre sou justo.

N�o domino ningu�m.

Os seus dias acabaram na "Zona Libre".

Interroguem-nos todos a fundo.

Eles ter�o um julgamento justo
e ser�o fuzilados ao amanhecer.

Fico contente por vos ter aqui connosco.
A Miss Annina Strasser.

Como � que est�?

Fui aben�oado com o dom
de amar todas as pessoas.

Excepto aquelas pessoas que n�o entendem
que n�o podem ter nada daquilo que eu quero.

Ou que seja meu.

Tenho um sentimento nobre por si, "se�or".
Sinto amor por si.

Porque, por mim, voc� salvou
e protegeu a bela "se�orita"...

enquanto eu estava ocupado, noutro s�tio.

Gostaria de me acompanhar at� casa?

Se, realmente, tiver a certeza disso.

Tenho a certeza.

A vida est� repleta
de prazeres inesperados.

Boas noites, amigos.
Meu General.

Boa noite.

Seria normal que eu matasse
este "gringo" arrogante...

que t�o calmamente se vai embora
com a bela "se�orita" que eu adoro.

Mas, n�o devo preocupar-me
e certificar-me de que nada acontecer�.

Muito bem pensado, General.

Eu vivo aqui.

Mesmo por cima do seu "caf�"?

Bela forma de evitar
que os empregados a enganem.

- N�o?
- N�o.

Aparentemente, cometi um erro.

Na verdade, cometeu v�rios.

Talvez numa pr�xima vez.
Adeus.

Espere.

Antes de ir, deixe-me dar-lhe
um conselho, Major Mattson.

Mattson?

Ficou surpreendido
por eu saber o seu nome?

Pela manh�, tamb�m todas
as outras pessoas na cidade o saber�o.

E tamb�m saber�o do ouro.
No valor de dois milh�es, creio?

Ia dar-me um conselho.

Sim. Saia da "Zona Libre"...

Saia enquanto pode.
Esta noite, agora mesmo.

E ter permitido que voltasse
para casa sozinha?

Veja se me entende, Major. Eu gosto de si.
� a minha forma de retribuir a gentileza.

Deve haver formas melhores.

N�o seja parvo, fa�a como eu lhe digo.

Est� bem, assim farei, logo depois
de resolver alguns assuntos pendentes.

Ent�o, n�o fique surpreso se eles
continuarem "pendentes" para sempre.

Esquece-se que o Calleja deseja o meu ouro
tanto como eu desejo as provis�es dele.

No entanto, ele n�o est� a travar uma guerra.
Pode dar-se ao luxo de esperar, jogar.

Voc� pode?

Ou�a-me, Major. Eu conhe�o a "Zona Libre".
Eu sei as coisas que podem acontecer aqui.

E eu conhe�o o Calleja.

Se tiver muita sorte, sair� daqui vivo.

Mas, pensando melhor,
poder� n�o ter assim tanta sorte.

Talvez eu tenha sorte.

� assim t�o importante para si?

� assim t�o importante.

- Que pena.
- O qu�?

Ter evitado que voc� se afogasse,
s� para que algu�m o possa matar.

Boa noite, Major.

Sente-se, Mattson!

- Nunca duvide da palavra de uma mulher.
- O qu�?

- Nada.
- O que � que t�m em mente?

O ouro.
Onde � que o escondeu, Mattson?

Pensava que estaria seguro at�,
pelo menos, chegar aqui.

- A senhora disse que eu estava enganado.
- Senhora inteligente.

Agora... e o ouro?

Porque � que n�o continuam
a roubar gado?

Esta visita pode-vos custar a vida.
O Calleja n�o tem interesse em mim morto.

Dentro de 5 minutos,
vai desejar estar morto.

Est� bem, est� bem.

O que � que voc�s querem?

Eu tenho 12 homens do outro lado.
Vamos ajud�-lo a transportar o ouro.

Podemos lev�-lo para Galveston ou
Gulf Port, atrav�s do territ�rio da Uni�o.

Conhe�o alguns belos empres�rios
cubanos que nos comprar�o o ouro.

Por dois milh�es de d�lares
de ouro em lingotes...

eles ir�o dar-nos um milh�o,
pelo menos, em libras esterlinas.

Ir� declarar-nos
seus s�cios, por um ter�o.

Agora, fale!

O que � que se passa a� dentro?!

Lake, responda-me!

Quem era?

O Anderson.

Empreste-me a sua arma, Newlund.

Se perseguir algu�m com uma arma,
e ainda que o mate...

o problema n�o acaba.

Eu n�o vou matar ningu�m.

Voc� � assim t�o bom?

E a arma?

Ainda assim, prefiro n�o lha emprestar.

� algo do qual n�o me posso afastar.
Se o fizer, ser� mais do mesmo.

D�-ma.

Larguem as vossas armas!

Pegue nas armas.

Espero que n�o sejam
seus amigos chegados, General.

E se eles forem meus amigos chegados?
O que � que isso tem?

Ent�o, acho que ambos saberiam
onde estamos.

Muito bem.

� claro que percebeu
aquilo que ele disse, Bar�o.

Ele acredita que eu enviei estes dois
"c�es" para descobrirem onde est� o ouro dele.

Muito engra�ado. Voc�s, americanos,
e a vossa enorme imagina��o!

Major, realmente,
voc� n�o acredita nisso?

Ou ser� que sim?

Estou pronto a acreditar em,
praticamente, qualquer coisa.

Vargas! S�nchez!

Estes dois homens j� n�o s�o
bem-vindos na "Zona Libre".

Entreguem-nos �s autoridades
militares norte-americanas, do outro lado.

S�o ambos procurados por roubar gado,
e eles est�o ansiosos por apanh�-los.

Em p�!

� curioso o efeito que a gan�ncia
tem na mente humana.

E um efeito muito triste, tamb�m.

E, quanto a si, senhor. Dou-lhe os parab�ns.
� um grande cavalheiro.

Ningu�m na "Zona Libre" se atrever� a
fazer-lhe algo desonesto, nem mesmo eu.

Eu espero que se recorde disso, General.

� claro.

Como j� disse antes, voc� �
um grande cavalheiro. E muito corajoso.

Custou-me uma sova, mas,
sempre consegui subir aquelas escadas.

Gra�as ao seu novo amigo, Newlund.

N�o, ele n�o quis esperar.

� um verdadeiro amigo.

- Como � que se sente?
- Terrivelmente.

Tem uns sapatos elegantes, boas roupas.
Est� bem, muito bem.

Ainda bem que aprova.

N�o disse que aprovava.
Apenas que estava bem.

Bem, foi perseguido...

baleado...

quase se afogou.

E levou duas belas sovas, num dia.

Ainda acha que a causa vale a pena?

Durante esse mesmo per�odo,
200 homens morreram na guerra nos EUA.

Eles devem ter pensado que valia a pena.

Eu tenho uma grande vantagem.
Ainda estou vivo.

Perdi a paci�ncia consigo.

Est� bem. O que � que voc� faria?

Se estivesse no seu lugar?

Primeiro, seria honesta comigo mesma.

Depois, eu diria:
"Amigo, a Confedera��o est� perdida".

"Nada que eu possa fazer poder� salv�-la."

E, depois, pegaria nos 2 milh�es de d�lares
em ouro e viajaria para a Europa.

E passaria o resto da minha vida
num castelo.

Seria isso que eu faria, Major.

Eu n�o acredito nisso.

N�o?

Eu n�o consegui tudo isto
dedicando-me a uma causa.

E isto � tudo aquilo que
pretende da vida?

Tudo.

Tudo "fornecido" pelo General Calleja?

Penso que ser� melhor
que se v� embora, agora.

N�o teria conseguido fazer isto com ele,
ou com algu�m como ele.

Quando ele se for, isto tamb�m ir�.

"Se" ele se for.

Quanto tempo acredita que,
realmente, isto ir� durar?

E se durar para sempre, o que �
que acha que ir� alcan�ar? A felicidade?

N�o me parece, "se�orita".

Sabe tanto sobre a vida.

Pelo menos, eu sei onde estou a ir.

Sim. Tal como eles sabiam.

O meu irm�o e o meu pai.
Eles falavam como voc� fala.

Agora, ambos morreram.
Mortos na Batalha de Buenavista.

- Sinto muito.
- N�o pe�a desculpa.

Pelo menos, eles n�o viveram para ver
como � que o pa�s que pretendiam salvar...

se transformou em moeda de troca,
� mesa de negocia��es de um tratado.

- O Tratado de Guadalupe?
- Sim.

Primeiro, as suas vidas,
e, depois, tudo o resto.

N�o importa, eles morreram gloriosamente.

Da forma como qualquer
bom idealista deve morrer.

E voc� n�o aprova isso?

- Morrer?
- Ou viver por um ideal?

N�o, n�o aprovo.

Os ideais s�o um luxo.

Pertencem �queles que s�o muito ricos.
Eu n�o sou assim t�o rica.

Ent�o, responda-me apenas a uma pergunta.

Porque � que se preocupa assim tanto
em salvar a minha vida?

Asseguro-lhe, Major, que isso
j� n�o me preocupa.

Tamb�m n�o acredito nisso.

Este foi pelos seus ideais. Talvez estejam
bem enterrados, mas, ainda l� est�o.

Ent�o, ir� ficar na "Zona Libre", Major?

Sim, "se�orita", irei ficar.

Tamb�m n�o me consigo
desprender dos meus ideais.

At� logo.

Tenente S�nchez?

D�-me lume.

Obrigado.

Eu sou um homem razo�vel.

Eu n�o pe�o que me desculpe pelo
meu comportamento na noite passada.

Apenas, lhe pe�o que entenda.

O que � que h� para entender
numa insinua��o assim t�o �bvia?

Foi t�o clara, at� para uma crian�a.

No meu amor por si, "preciosa",
eu sou como uma crian�a.

Mas, se n�o a posso completamente,
n�o quero que mais ningu�m a possua.

- Tem deixado isso claro muitas vezes.
- N�o consigo evit�-lo.

- � como uma doen�a comigo.
- N�o me sinto lisonjeada.

Esse tipo de ci�mes,
poucas mulheres apreciam.

N�o estou a falar de mulheres,
estou a falar de uma �nica mulher... voc�.

Porque � que me faz isto?

Eu n�o tenho sido generoso?

Considera-me assim t�o pouco atraente?

Ontem � noite, eu teria achado
um porco mais atraente.

Todos sabem muito bem, na "Zona Libre",
quem � que voc� acha mais atraente.

Acredita que fico incomodado com
as suas demonstra��es de afecto...

pelo Major Mattson?

Isso � um erro muito grave, Carmelita.

Ou�a-me, Eduardo.

Os seus espi�es e informadores...

s�o t�o desagrad�veis como
as suas insinua��es.

Aquele homem estava doente e inconsciente.

Dei-lhe um "brandy" e deixei-o descansar
at� que se pudesse levantar sozinho.

Teria feito o mesmo por um c�o.

Eu considero o "c�o" rico e bonito.

E eu considero-o problem�tico.

Se foi essa a raz�o pela qual me pediu
para c� vir, vou-me embora.

N�o. Espere.

Irei agora dizer-lhe a raz�o
pela qual aqui veio.

Vire-se.

Vire-se. Por favor.

Por ontem � noite e por hoje...

Perdoe-me, Carmelita.

� muito bonito, Eduardo.

Muito mais do que os anteriores.
Ent�o, use-o sempre e lembre-se.

Lembrar-me?

Que posso n�o ser t�o encantador
como outros, mas, sou muito mais poderoso.

E quando tiver o ouro do
americano, muito mais rico.

J� lhe disse o que sentia por ele.

Fico muito contente.
Pelo bem dele e pelo seu.

E, agora, "preciosa", acho melhor
que se v� embora...

antes que eu me lembre
que me chamou "porco"...

e fa�a com que a fuzilem
por tamanha insol�ncia.

- Adeus.
- Adeus.

Virem � esquerda! Marchem!

Em frente!

Virem � esquerda!

Marchem!

Eles confessaram.

- Voluntariamente?
- � claro.

Assim que o Ju�rez resolver os problemas
com o Maximiliano, enviar� tropas para c�.

Ent�o, ele acha que vai ocupar
a "Zona Libre". Deixa-o tentar!

Alto!

Virem � esquerda!

Marchem!

Meu General!

O que � que voc� quer?!

N�o foi minha inten��o incomodar,
meu General, mas, tenho aqui uma d�vida.

Um carregamento de algod�o
que o Bar�o Von Hollden vendeu...

a compradores brit�nicos, em Cuba.

O pagamento dessa opera��o foi,
apenas, de 3000 d�lares.

O qu�?!
Tr�s mil d�lares?!

Devia ser mais do que isso. Muito mais!
6000 d�lares, pelo menos.

Foi isso que eu disse ao Bar�o e, ele alega
que o pre�o baixou tal como a procura.

Ele mente. Aquele porco mente!
Est� a encher os bolsos � minha custa!

Consegue provar isso?

Eu n�o tenho de provar nada!
N�o sou um empres�rio.

O Bar�o � um bom empres�rio.

Demorei algum tempo a perceber que
n�o me agrada aquele prussiano arrogante.

Gostas dele, Felipe?

Quem? Eu? Eu sou um soldado.

N�o percebo nada de neg�cios.

Talvez o pre�o das armas e muni��es
tamb�m caia com a procura, n�o, Felipe?

Se � um empres�rio a vender, quem sabe?

Se houver uma venda.

Porque n�o?

O Bar�o est�, agora,
a negociar com explosivos.

� muito, muito perigoso.

Se cometermos um erro com p�lvora...
explode-nos mesmo na cara.

Apontem!

Fogo!

Assim.

Presumo que n�o me dir� como � que estas
espingardas de repeti��o da Uni�o chegaram aqui?

A gan�ncia, Major.

Uma for�a humana que conduz
os homens � desonra.

Ir�nico, n�o �, que estas espingardas sejam
usadas contra as tropas da Uni�o?

- Quantas � que voc� tem?
- Quase 12 000.

- �ptimo.
- No entanto, Major, h� um problema menor.

As mercadorias que solicitou custam
mais de um milh�o de d�lares.

Eu tenho dois milh�es.

Devo recordar-lhe que n�o �
assim t�o rico como pensa.

- Quando...
- Sim, j� me foi dito.

Com o desconto,
s� terei um milh�o de d�lares.

Ou menos.

N�o se esque�a da dedu��o pessoal
do General Calleja, do rendimento bruto.

Quero d�lar por d�lar
ou n�o comprarei.

- Est� em condi��es de negociar?
- E voc� est�?

Sou, apenas, o representante do General.

Imagino.

Parece estar a querer insinuar algo.

Apenas isto.
Pretendo conseguir estas provis�es. Todas.

Ainda que eu tenha de subornar por elas,
ou mesmo de matar por elas.

Durma sobre o assunto, Bar�o.

� um jogo privado
ou podemos entrar?

J� temos demasiadas pessoas.

Est� bem.

Voltamos a faz�-lo!

Voltamos a faz�-lo!
Demos outra sova aos Confederados!

O Lee retirou-se por completo
para Danville!

Sim, conseguimos que os Confederados
retrocedessem! � o princ�pio do fim!

Convido toda a gente para uma bebida!

Pode ser que assim
o ouro sai do seu esconderijo.

Fant�stico!
Oxal� o Sul tenha aquilo que merece!

Algu�m n�o gostou daquilo que eu disse?

�s um rebelde, rapaz?

Perguntei-te algo.
De onde � que �s?

De Atlanta.

O que � que fizeste?
Fugiste quando o tiroteio come�ou?

Deixe o mi�do em paz.

Voc� tamb�m � um deles, n�o �?

H� mais de voc�s aqui do que
aqueles que est�o a lutar na guerra.

Nunca vi um sulista
que n�o fosse um covarde.

Est�s bem, mi�do?

Sim.

Anda. Eu pago-te uma bebida.

Bem, viu, Bar�o?

Voc� preocupa-se com os meus
interesses e eu preocupo-me com os seus.

O Major preocupa-se com
os daquele outro indiv�duo.

E imagino quem � que
se preocupar� com os do Major.

Est�s com os nervos em franja, rapaz.

Desde quando � que tu entras
pelas janelas das traseiras?

Desde que me apercebi que h�
demasiados curiosos na porta da frente.

- Al�m disso, este n�o � um pa�s latino?
- Sim, mas, eu n�o sou nenhuma "se�orita".

Pois. E tamb�m n�o �s nenhum cavalheiro.

Desculpa pelo soco, Jeff.
Tinha de parecer aut�ntico.

Serve-te de uma bebida.

Agora...

E o ouro?

Est� em seguran�a.
Escondido n�o muito longe de Brownsville.

Mas, eu n�o gosto de deix�-lo l�
mais tempo do que o necess�rio.

Iremos traz�-lo para c�.

E os outros?

- O Adamson?
- Morto.

- O Brady?
- Morto.

Sinto muito.

Tem sido duro, Clete,
desde o Territ�rio do Colorado.

Conseguiste engan�-los durante algum tempo.
Mas, depois, eles recuperaram-nos o rasto.

- Foi dif�cil.
- E o Stanton?

O Phil ainda est� comigo.
Est� do outro lado.

Tens tudo pronto? �ptimo.

- Quando � que come�amos a moviment�-lo?
- Amanh� � noite.

Est� tudo aqui. Hora, local.
O plano todo. Memoriza-o e queima-o.

Boa sorte.

Anda � procura das suas botas, Newlund?

Sou um son�mbulo.
Fa�o-o desde que era crian�a.

� um p�ssimo h�bito.

Ouvi falar de um tipo
que foi morto assim.

A s�rio? Presumo que tenha
de fazer algo a esse respeito.

Eu faria.

Ol�, amigo.

Pode-me fazer um favor?

Quer enviar um telegrama?

N�o, quero alugar um cavalo.
Onde � que ficam os est�bulos?

Continue por ali e vire na esquina.

- Obrigado.
- N�o tem de qu�.

Amigo?

Tem um cavalo para alugar?

Para que � que quer um cavalo?

Prefiro cavalgar em vez de andar.
Essa � uma boa raz�o?

Est� bem. Leve esse.

Anda, rapaz!

Anda, rapaz!

Anda, rapaz!

Anda, rapaz!

Demos uma queda muito feia.
Ele est� bastante manco.

Isto ir� cobrir os danos.
Sinto muito pelo cavalo, amigos.

Sabes aquilo que eu acho, "muchacho"?

Acho que este americano me mentiu.

Acho que este cavalo
caiu em areias movedi�as.

N�o foi, cavalo?

Porque � que este americano me mentiu?

Eu sei que este n�o � um bom s�tio
para falar sobre estas coisas...

mas, h� pouco, eu vi-a falar com um
amigo meu. Um homem chamado Newlund.

O que � que voc� sabe sobre ele, Carmelita?

Tem raz�o, Major, este n�o � o local.

Mas, respondendo � sua pergunta,
eu sei muito pouco sobre o seu amigo...

apenas que ele est� t�o interessado
em si, tal como voc� nele.

� tudo?

N�o vi nenhuma raz�o
para entrar em pormenores.

Manter-me vivo n�o � raz�o suficiente?

Estava bastante preocupada
com isso, na outra noite.

Parece que se esqueceu
como � que a noite terminou, Major.

Eu disse-lhe que j� n�o estava preocupada
com aquilo que lhe acontecesse.

N�o pode parar de se preocupar
tanto como pode deixar de vir � igreja.

Talvez seja porque tem o mesmo sangue
do seu pai e do seu irm�o...

independentemente de quanto tente neg�-lo.

L�pez!

O que � que voc� quer, americano?

Um cavalo, se tiver algum � m�o.

Eu tenho muitos cavalos.

Voc� tem muito dinheiro?

Sim, tenho muito dinheiro.

Est� bem. Est� um ali dentro.

A "tequilla" da "Zona Libre"
� maravilhosa.

Capit�o!

Deixe-me em paz.

N�o v� que estou demasiado ocupado?

Mas, Capit�o, � importante que fale consigo.
Tenho informa��es sobre o americano.

O americano rico.

Informa��es!

Informa��es!

Todos t�m informa��es
sobre o americano rico!

N�o s�o oferecidas.
S�o para vender.

Rapaz dos est�bulos!

Vamos! Fala!

Estou a ouvir-te.

Assim como todos os outros.
V�o para o escrit�rio.

O General preferiria assim.

Ela tem raz�o.

Muito perto do General.

Demasiado perto.

Ent�o, pensei, qual � o problema
em dar um cavalo a este homem?

Eu sei que o Capit�o Vargas o vigia.

Mas, quando ele voltou,
cinco ou seis horas depois...

devia ver o meu lindo cavalo.
Eu quase fiquei doente.

O que � que aconteceu?

O americano diz que eles
sofreram uma queda aparatosa.

Mas, isso n�o � verdade, "se�orita".

Foi f�cil ver aquilo que aconteceu.
Areias movedi�as!

Aquele cavalo deve-se
ter afundado quase um metro.

Isso parece-me estranho, acho eu.

Porque � que este americano me mentiria?

Talvez devesses tentar descobrir.

Dou-lhe a minha palavra.

D�s-me a tua palavra?!

Ent�o, porque � que demorou tanto
tempo para me dizer?!

Inicialmente, n�o pensei
que fosse importante...

mas, esta noite o americano
voltou e pediu outro cavalo.

N�o h� nenhum s�tio para ir
na "Zona Libre", � noite.

N�o h� nenhum s�tio para ir
na "Zona Libre"?

Sai daqui!

N�o ouviste?! Fora!

Miguel!

Arranja-me 6 homens e cavalos.
Encontra-te comigo aqui.

R�pido!

N�o sabia que havia areias movedi�as
na "Zona Libre", Felipe.

Espero que elas estejam onde
eu n�o as possa pisar.

Um bocadinho longe daqui.

Quase 10 km, rio acima.

� um bom local para se esconder ouro.

Muito bom.

Oxal� o americano fa�a
uma boa viagem esta noite.

Quem sabe se n�o ser� a �ltima.

Acabou-se.

V� buscar outra garrafa, Felipe.
Fica por minha conta.

Obrigado.
Muito obrigado.

Sabe, esta noite eu bebo "tequilla".

Amanh�, champanhe.

"Tequilla". Uma garrafa.

Ainda n�o vi o seu dinheiro, Capit�o.

� um presente da Carmelita.

Ela n�o me disse nada.

Acha que eu estou a mentir?

Sem ofensa, mas, eu cumpro ordens,
tal como voc�.

Eu dou ordens! N�o se mexa!

N�o se mexa!

Carmelita!

N�o se mexa, j� lhe disse!

Carmelita!

�s vezes, n�o penso claramente.

Clete!

Voc� deve estar louca!
Que diabo � que...?!

Ou�a-me, o Vargas sabe do ouro.

L�pez, o homem dos est�bulos,
falou-lhe sobre as areias movedi�as.

Areias movedi�as?
Eu n�o sei do que est� a falar.

Insulte-me noutro dia.
Eu estava l� quando o L�pez falou.

O Vargas chegar� em breve
com uma patrulha.

Tem de voltar para tr�s.

� demasiado tarde.

Ent�o, o ouro est� l�?

Venha. Vamos buscar o seu cavalo.

Um momento! Cuidado!
Isso s�o areias movedi�as!

Cometi um erro. Ao que parece,
uma patrulha vem a caminho daqui.

A senhora veio-me avisar.

Est�o algo atrasados.
Achas que eles se podem ter perdido?

O Vargas s� � est�pido
quando est� b�bado.

Mas, um homem pode ficar
s�brio rapidamente.

N�o o subestimem.

Pode ser um truque.
N�o me agrada, Clete.

Receio que vais ter de gostar.
J� n�o h� mais nada a fazer.

Se ela est� a dizer a verdade e vem a� uma patrulha,
o que � que vamos fazer ao ouro?

Atir�-lo ao rio
ou escond�-lo naquele buraco.

� demasiado tarde
para procurar outro s�tio.

O rio n�o � solu��o.

Demasiado f�cil de ver onde a �gua � rasa
e demasiado f�cil de perder na �gua mais funda.

Ent�o, vamos p�r m�os ao trabalho.

Ouve, Clete, n�o preciso de te dizer
qu�o importante isto �.

Mas, se a patrulha n�o aparecer, temos de
presumir que a rapariga estava a mentir.

N�o podemos deixar que ela regresse,
sabendo aquilo que ela sabe.

Vamos preocupar-nos com isso
quando terminarmos.

N�o se mexam!

Que ningu�m se mexa!

Assim est� muito melhor.

Carmelita...

n�o est� correcto
abandonar o Felipe.

Sabe uma coisa?

Aquele porco no bar
n�o me deu "tequilla".

N�o se mexa!

Virem-se todos!

Posso comprar muita "tequilla"
com este ouro.

Bem feito, Phil.
Qu�o ferido est�s?

Estou mais assustado do que ferido.

- Os homens dele estavam l� quando ele saiu?
- N�o, ele disse-lhes para virem ao seu encontro.

� muito prov�vel que tenha tentado
fazer tudo isto sozinho.

Ele estava suficientemente
b�bado para fazer isso.

Tinha de estar demasiado b�bado
para tentar fazer isto sozinho.

Ou demasiado ambicioso.
� melhor livrarem-se do corpo.

Levem-no rio acima e afundem-no.

Vejam se conseguem encontrar
o cavalo dele. Iremos terminar aqui.

Parece que lhe devo um pedido
de desculpas e muito mais.

Livrei-me dele, mas, n�o tive sorte
com o cavalo, n�o h� rasto dele.

N�o podemos perder a noite toda
a procur�-lo, temos de voltar.

Livra-te da barca�a.

- Parece-te bem assim?
- �ptimo.

Vamos embora.

Agora, lembre-se, voc� n�o se estava a sentir bem,
ent�o, deixou o "saloon" e foi para casa dormir.

Se algu�m lhe tocou � porta,
voc� n�o ouviu nada.

S� mais uma coisa.
Daqui a alguns dias, eu sairei daqui.

Pode fingir com o Calleja, at� l�.

Mas, quando aquele barco zarpar,
voc� vai estar a bordo comigo.

Muito bem, levante-as, Mattson.

� algo tarde para estar acordado,
n�o �, Newlund?

Voc� esteve fora at� tarde.

Conseguiu atravessar bem o rio?

- N�o compreendo.
- O ouro?

Eu estava com uma senhora.
Por isso � que a pergunta me surpreende.

Acho que est� na altura
de pararmos com as brincadeiras, Mattson.

Sabe uma coisa?
Tamb�m eu.

Teve sorte, mas, isso foi muito est�pido.
Se eu tivesse apertado esse gatilho...

N�o o faria.

Voc� pode ser muitas coisas,
mas, n�o � nenhum assassino.

N�o? O que � que eu sou?

� isso que vou descobrir.
Esvazie os bolsos.

Todos, incluindo os interiores.

Voc� n�o � nenhum assassino,
mas, eu sou.

Um detective da "Clark-Gr�ber".

Como � que sabia que eu
acabaria por vir para a "Zona Libre"?

Para onde mais � que voc� poderia ir?

Um canadiano.

A Uni�o deve estar muito desesperada para
vos contratar para recuperar o ouro deles.

Tamb�m teve sorte nisso, Mattson.
Sou um novato. � o meu primeiro caso.

N�o se sinta mal por isso.

Eu entregaria o ouro ao Calleja
antes de deixar que voc�s o levassem.

De certa forma, espero que ele o consiga.

N�o que eu goste muito da Uni�o...

mas, se levar a sua avante, apenas ir�
prolongar a guerra algumas semanas.

Ajudar� a matar mais alguns homens.
E porqu�? Por uma causa perdida!

Goste ou n�o, a Confedera��o est� acabada!

Vamos! Saia daqui!

N�o estou com disposi��o
para ouvir discursos esta noite.

400 on�as.

Ao pre�o actual,
devem ser cerca de 9000 d�lares.

J� agora, presumo que tenha mostrado
ao General Calleja a amostra.

Ou, pelo menos,
deve-lhe ter falado sobre ela.

N�o. Pretendo conseguir um d�lar
de provis�es por cada d�lar de ouro.

O Calleja tem inten��o
de ficar com o ouro.

Para o dizer de uma forma educada,
eu n�o confio nele.

E tamb�m n�o confio em si.

Acho que faria um acordo
s� para trair o Calleja.

Quaisquer coment�rios que eu pudesse
fazer seriam, no m�nimo, indiscretos.

Por dois milh�es de d�lares,
pode-se dar ao luxo de ser indiscreto.

� um homem mais directo do que eu, Major.
Suponhamos que seja voc� a falar.

Est� bem.

Encarregue-se de que eu tenha um barco
e todas as provis�es que pedi.

No dia que elas sa�rem daqui,
entregar-lhe-ei dois milh�es em ouro.

Aquilo que faz com o ouro � consigo.
Bastante simples.

"Trai��o" n�o � uma palavra
desagrad�vel na "Zona Libre".

No entanto, h� limites.

Deixe-se disso, Bar�o.
N�o me convenceu, nem por um minuto.

Temos o neg�cio ou n�o?

Tenho informa��es de que Ju�rez est� pronto
para enviar tropas para a "Zona Libre".

Uma for�a cinco vezes maior
do que o ex�rcito do Calleja.

Caso seja verdade, o General
ficar� muito ansioso para ter esse ouro.

Uma esp�cie de "economia",
por assim dizer.

No caso de ter
de "abdicar", de repente.

Isso � um problema dele.

Como � que eu faria para retirar
o ouro daqui? E para eu pr�prio sair?

Esse problema � seu.
O meu s�o as provis�es.

Ent�o?

Um telegrama que recebi ontem.

O barco � o "Excalibur".

Est� registado no M�xico
e navega sob uma bandeira mexicana.

Chegar� a Contra Costa dentro de 2 dias
e partir� daqui imediatamente.

Depois do carregamento, voltar� ao Golfo
e, depois, seguir� para Nova Orleans.

- Suponho que o General saiba disto.
- N�o.

Na verdade, eu tenho uma esp�cie de acordo
com o operador do tel�grafo local.

Bar�o, ao seu lado,
o General � um amador.

Parece que eles encontraram
o cavalo do Vargas.

- Mas, o Vargas n�o.
- Que hist�ria � essa do Vargas?

Ele est� desaparecido desde
a noite passada. Pensei que sabia.

Encontramos o cavalo
do Vargas junto ao rio.

Mas, as r�deas estavam mastigadas...

ent�o, � dif�cil saber durante
quanto tempo ele caminhou sozinho.

Bem, n�o me agrada.

H� algo muito estranho em tudo isto.

N�o iremos resolver nada
se continuar a� parado!

Leve alguns homens e v� � procura dele.
E n�o volte at� que o encontre.

Sim, meu General.

Desculpe, meu General.

Estava aqui a pensar se o Bar�o Von Hollden
falou consigo sobre os preparativos...

para o uso do "Excalibur".

O Bar�o n�o est� muito disposto
a discutir as coisas, ultimamente.

O nome "Excalibur" n�o me diz nada.

� um barco, meu General.

Talvez seja melhor que leia isto.

A c�pia de um telegrama entregue
ao Bar�o ontem pela manh�.

Ontem pela manh�?

Porque � que demoramos
tanto tempo a receb�-lo?

Talvez porque o operador do tel�grafo
tamb�m tenha um acordo com o Bar�o.

Ele deve ser muito cuidadoso
com estes assuntos.

A s�rio? Bem, � bom que eles sejam
muito cuidadosos com o General.

Muito em breve,
penso que a p�lvora ir�...

Tenente S�nchez!
Tenente S�nchez!

Venham aqui todos ajudar!

Muito bonita.
Vou pedir algumas para o meu ex�rcito.

Mas, quando utilizada no meu bom amigo
Capit�o Vargas, isso � outra hist�ria.

A s�rio que n�o entendo o que � que algu�m
poderia lucrar ao matar um homem t�o leal...

t�o generoso e am�vel como o Felipe.

Consigo compreender
os sentimentos do General.

Eu tamb�m apreciava
a amizade do Capit�o.

Mas, n�o foi pelo Capit�o Vargas
que eu vos chamei.

Foi para saber at� onde j� progredimos.

Aqui o nosso amigo ainda n�o
nos mostrou a cor do ouro dele.

Sim, e eu estou a ficar algo impaciente.

Ir� v�-lo quando as minhas provis�es
estiverem carregadas no barco.

N�o haver� nenhum carregamento
at� que eu veja o ouro.

- Entendeu, Bar�o?
- Sim.

Sobre o barco?
J� fez alguns preparativos?

Ainda n�o, General.

Espero ter not�cias
dentro de um dia ou dois.

� muito importante fazer
estes preparativos.

Caso contr�rio, um barco poderia entrar
e sair e n�s n�o saber�amos de nada.

Compreende, Bar�o?

Al�m disso, sem estes preparativos, poderia
ser necess�rio carregar durante a noite,

enquanto toda a gente est� a dormir.
E n�s vamos carregar de dia.

Sim. � claro.

N�o lhe parece algo estranho...

algo curioso, que se apresente aqui
uma pessoa com um neg�cio t�o grande...

t�o vasto, t�o importante, e que n�o nos
tenha mostrado nem uma on�a desse ouro...

para demostrar que o tem?

Tenho de concordar com o General.

Receio que ter� de continuar
com as suas suspeitas, General, at� que...

Eu disse que tinha suspeitas?!
Acusei algu�m de alguma coisa?

� claro que n�o.

O Major est� a imaginar coisas.

Importa-se que eu me ausente?

Devo atender a determinadas quest�es.
Neg�cios.

Pode ir.

Eu gostaria que ficasse, Major.

Bar�o, por favor...
n�o se esque�a dos preparativos.

Bar�o, Excalibur!

Pe�o desculpa por ter sido
obrigado a fazer isto.

N�o � algo que me agrade fazer.

Mas, dadas as circunst�ncias...

- No que � que est� a pensar, Major?
- Odiaria dizer-lho, General.

Tamb�m seria importante que voc�
percebesse qual � o pre�o da trai��o.

Se h� uma coisa que eu n�o perdoo...

� o engano.

O "jogo duplo".

Uma caracter�stica admir�vel.

Onde � que est� o ouro?
N�o um lingote, mas... tudo.

Eu sei que est� aqui.
Sei que est� aqui mesmo, na "Zona Libre".

O Capit�o Vargas encontrou-o
e foi morto.

Est� a evitar o assunto
demasiadas vezes, General.

- Nega que o matou?!
- Exactamente, eu nego-o.

Vejo-o nas docas.

A prop�sito...

Com o Bar�o morto, vou mudar os
meus planos para o incluir, General.

Ter, apenas, as minhas provis�es
carregadas no navio n�o chegar�.

Eu tamb�m o quero l�.

Pelo menos, at� ao Golfo,
onde o pagamento ser�, agora, realizado.

Adeus.

O General tem muita paci�ncia.

Uma paci�ncia como esta...

� uma virtude de todos
os grandes homens.

S� os tolos agem apressadamente.

General Calleja!

- Ou�a, meu general, isto � muito urgente!
- Sim. O que � que se passa?

Este telegrama acabou
de chegar para o Bar�o.

O falecido Bar�o Von Hollden.

- Mais algu�m sabe disto?
- S� o operador do tel�grafo, meu general.

Prendam-no.

Isto � do Porto de Contra Costa.

Do propriet�rio do navio "Excalibur".

Ele est� a caminho daqui?

- Est� cheio de tropas do Ju�rez.
- Ent�o, n�o vir�?

Ele chegar� aqui em breve,
mas, n�o para carregar.

Ele estava a tentar vender isto.

Eu n�o o roubei.
Encontrei-o junto ao rio.

Livrem-se deste idiota!

Ent�o, ele encontrou-o junto ao rio.

Finalmente, as coisas come�am
a ficar esclarecidas.

Agora, iremos encontrar
aquilo que procuramos.

Estou t�o aliviada, Eduardo.

Eu sabia que o tinha perdido,
mas, tive receio de lhe dizer, eu...

Pensei que ficaria zangado.

Eu estou zangado, "preciosa"...

mas, por outras raz�es.

Sabe onde � que isto foi encontrado?

N�o?

Junto ao rio.

Pr�ximo do local onde
o Capit�o Vargas foi encontrado.

Junto ao rio?

Mas... n�o entendo...

Por favor, Carmelita, n�o me insulte
com as suas mentiras est�pidas.

Agora, acerca do ouro...

Onde � que est�?

Eduardo...

Se eu soubesse onde esse ouro est� escondido,
t�-lo-ia ido buscar e sa�do da "Zona Libre".

Ainda nega que esteve no rio
com o americano?! Basta!

- Estou a ficar cansado destes seus "jogos"!
- E eu estou a ficar cansada das suas insinua��es!

Com a sua permiss�o, General.

N�o quero questionar
os seus m�todos...

mas, existem formas mais r�pidas de saber
aquilo que � verdade e aquilo que n�o �.

Saia, Sanch�z!

Por favor, Carmelita.

Tente entender.

N�o quero o ouro, apenas, para mim.

Eu quero partilhar
a minha vida inteira consigo.

Ju�rez chegar� em breve.

Neste momento, os homens dele
j� est�o a caminho.

Se me pedir, ficarei aqui e lutarei.

Mas, se quiser, ambos iremos embora.

Se me amasse!

Am�-lo? Eu odeio-o!

Ent�o... prefere o "gringo".
Muito bem.

Digo-lhe uma coisa... nunca o ter�!

- Sanch�z, avise os homens. Vamos embora!
- Ent�o, a "se�orita" j� lhe disse...

- N�o!
- Se o General me permitisse...

Alguns cedem perante a for�a
e outros, simplesmente, revoltam-se.

A vontade da "se�orita" � muito forte.

No entanto, h� outra forma.
Uma forma muito inteligente.

Que iremos testar primeiro.

- J� pode ir, Sanch�z.
- Sim, meu General.

Se anda � procura da rapariga,
n�o ir� encontr�-la a� dentro.

O Calleja e alguns soldados
sa�ram daqui h� uma hora.

- Eles dirigem-se para o rio.
- Porque � que me est� a dizer isso?

Bom, ando � procura de um novo emprego.

Depois do fracasso deste trabalho.

- Se, eventualmente, precisar de um bom homem...
- Mudou radicalmente de atitude, n�o?

N�o. Apenas decidi que
n�o gosto muito do General.

- Preciso de ajuda.
- Pois. Encontrar� o Fletcher e o Stanton l� dentro.

Talvez ele pense que o ouro
est� escondido nos olhos dela.

Ele est� louco.

Devo recordar-lhe, General, que o Benito Ju�rez
j� est� a caminho da "Zona Libre".

N�o temos tempo para experi�ncias.

Esquece-se de quem �, Capit�o Sanch�z.
No entanto, desta vez, irei ignor�-lo.

O Capit�o S�nchez
est� a ficar impaciente.

N�o sei se conseguirei control�-lo
durante muito mais tempo.

Para seu pr�prio bem,
aconselho-a a tentar relembrar-se.

Como � que me posso lembrar
daquilo que nunca soube?

Porque � que parou?

Diga-me, "preciosa", como � que
sabia das areias movedi�as?

Ouvi hist�rias.
Isso � assim t�o estranho?

Todas as pessoas na "Zona Libre"
as ouviram.

Eu tamb�m ouvi hist�rias.
Conhe�o muito bem este rio.

Nem eu sabia o local exacto
destas areias movedi�as.

� muito, muito estranho.

Capit�o Sanch�z,
come�aremos a procurar aqui mesmo!

� terra!

Pensei que seria melhor
encontrarmo-nos aqui separadamente.

N�o dev�amos ter deixado
aquela mulher ir-se embora.

Ela levar� o General
directamente ao ouro.

Quem diria?

Eu estava a cavalgar lado a lado com
o homem de quem nos est�vamos a esconder.

N�o h� forma de sabermos quantos
homens � que o Calleja tem.

Podemos estar a caminho de uma luta
mais dif�cil do que pensamos.

Quando chegarmos ao rio,
continuaremos a p�.

Vamos!

Eu entendo que o General seja leal
� "se�orita", mas, isto � uma loucura.

- Temos muito pouco tempo.
- Eu sei aquilo que estou a fazer!

Mas, est� a "dan�ar" ao som
da m�sica que esta mulher "toca".

Basta, Sanchez!

Nem mesmo por si, Carmelita,
perderei o respeito dos meus homens.

Onde � que est� o ouro?

Onde � que est� o ouro?

General! General!

Voltem, covardes!
Voltem!

Tail, tu e o Jeff voltem para os cavalos.
Vejam se os interceptam ao chegar � cidade.

O ouro ir� atras�-los.

Newlund!

Cobre-me!

Bem, General, o barco chegou e as
provis�es est�o prontas a serem carregadas.

E tenho a certeza de que
o Benito Ju�rez gostaria de fazer isto.

Porque, Major, � ir�nico. Mas, voc�, � sua maneira,
prestou um grande servi�o ao M�xico.

As provis�es ser�o
carregadas de imediato.

E espero que consigam alcan�ar
grandes �xitos com elas.

Obrigado, General.

Agrade�o a sua ajuda e
os seus desejos de boa sorte.

== F I M ==
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