All language subtitles for Reach the Rock.1998

O DESAFIO DO FUTURO

M�sica

Fotografia

Produ��o

Argumento

Realiza��o

Eu depois limpo...
Sim, pod�amos...

A s�rio?

- E como?
- Um banho de espuma ou algo assim.

Emie, responde.

Ernie, onde � que raio est�s?

- Fala o Ernie.
- Onde estavas?

Andava a patrulhar, Phil.

O alarme da loja de ferragens
tocou.

Vais l� ver o que se passa?

Merda!

- Est�s a caminho de l�?
- Sim, estou.

Liga-me, quando l� chegares.

Volto o mais r�pido que puder.

Estou a ficar com sono.

Liga-me.

Deixa tocar s� uma vez.
Se n�o atender, � porque adormeci.

O qu�? N�o adorme�as.
Est� bem?

Partiu a montra da loja Kendall
e tinha uma ventoinha ligada

na direc��o dele.
- Fizeste isso?

Tr�-Io c� para dentro, Ern.

Vais responder � minha pergunta,
Robin?

Vai dizer-me os meus direitos?

Claro. Claro. Tens o direito
de procurar assist�ncia m�dica,

depois de eu limpar a esquadra
com o teu rabo.

Esteja � vontade.

- Isso � um convite?
- � o que voc� quiser.

Est�s a convidar-me
para te dar um enxerto de porrada?

- Descubra.
- Queres que te d� um enxerto?

V�, responde.

- Arranje-me um advogado.
- Sim!

Ficaste esperto, n�o foi, Robin?

Sabes tudo sobre advogados
e direitos,

e ainda pensas que partir a montra
de uma loja � importante.

Partires a montra de uma loja
j� n�o te torna sEXY.

Ningu�m liga. H� muito tempo
que n�o impressionas ningu�m.

Sabes que mais, Ernie?
Dev�amos p�-Io numa jaula

e lev�-Io a algumas
escolas secund�rias

para todos os rufias saberem
o que o futuro reserva

a bandalhos como ele.
O que achas? Olha para isto.

Olha para este dedo.
Est�s a ver isto?

- V�s como est� murcho?
- Sim, s� um pouco.

� por falta de exerc�cio.
H� quatro anos

que n�o fazes um "pirete"
a um professor, certo?

Ent�o?
Ligamos � tua m�e?

� melhor ir arranjar algu�m para tapar
a montra da loja Kendall.

Quantas vezes � que achas que ela
veio c�, ao longo dos anos?

Deus! Eu s� sabia
com quem ela andava

quando vinha c� pagar-te a fian�a.

Boa noite, Ernie.

Se eu achasse que eras um
problema grave, acordava o juiz.

Mas ele lixava-me,
se lhe dissesse que eras tu.

Ele trata de ti na segunda-feira.

- Est� a acusar-me, oficialmente?
- N�o sei. O que achas?

Bem... se n�o o fizer,
vai ter um processo em cima.

O que � que o Danny viu em ti?

Queres ir?

- V� l�, p�! N�s conseguimos.
- N�o conseguimos, n�o.

Se n�o conseguires chegar al�m,
ficas aqui preso. Para sempre!

- V�, vamos para casa.
- Que se lixe! Vou em frente.

Danny, est�s b�bedo.

Tens medo que eu consiga, �?

N�o, estou-me a borrifar, mas n�o
vais fazer isso. Vamos para casa!

N�o! Vai-te lixar!
� por causa de teres namorada?

Uma cabra fina?
Achas que tens tudo na vida?

Isso n�o � nada, p�!
N�o passa de uma paix�o!

O que interessa
� pisgarmo-nos daqui!

Isso, sim!
Isso � o que interessa, meu!

Pronto, pronto.
Amanh�, vamos embora.

�s um cobardolas, sabias?
Vais ficar aqui para sempre!

- V�, anda. V� l�.
- Tira as m�os de cima de mim!

Deixa de ser parvo!
V� l�!

Danny!

Historial criminal

Lista de crimes
dos �Itimos cinco anos

Roubo em lojas

Invas�o de propriedade

M� conduta

"O dia de amanh� ningu�m o viu".
Lise.

Relat�rio da deten��o

Infrac��o
e intima��o para comparecer

Relat�rio juvenil

Quinn!

Sargento Quinn!

Quinn!

Quinn!

Sim?

Tenho direito a um telefonema.

- Queres ligar a quem?
- A uma pessoa amiga.

- Tens amigos?
- Quero que me paguem a fian�a.

Mas n�o te acusei de nada,
como te v�o pagar a fian�a?

Parti uma janela.
N�o matei ningu�m.

Desta vez, n�o.

Vai deixar-me fazer
o telefonema ou n�o?

Gosta de ser parvo?

� que tem muito jeito.

Sei estar � altura das situa��es.

Vai ficar a ouvir?

Merda!

- Estou?
- Ol�! Sou eu.

- Robin?
- Sim. Desculpa acordar-te, mas...

...podes ajudar-me?
Estou na pris�o.

- Porque est�s na pris�o?
- � uma longa hist�ria.

Robin... vou-me embora
logo de manh�zinha.

Sabes que horas s�o?

Sim, sei, e sei que vais embora de
manh�, mas preciso que me ajudes.

Podes vir c� ou n�o?

- N�o.
- Obrigadinho, Lise. Agrade�o-te.

Levaste uma tampa, n�o?

Foi o que lhe pareceu?

Era uma rapariga?

Posso voltar para a cela,
por favor?

- N�o era a tua m�e.
- Isto � importante para si?

Loja de Ferragens Kendall's Ace

Emie, responde.

Filho da m�e!
Chato do cara�as!

Filho de uma grande cabra!

Fala o Ernie.

Ernie, o alarme do caf�
tocou.

� melhor ires l� ver
o que se passa.

Vou j� para l�.

Estou a dar em doido.

Sente-se sozinho?

Phil?

Sim, Ernie?

Partiram o vidro da montra
com uma ca�adeira.

- O qu�?
- Juro por Deus.

Dei uma vista de olhos
e a fachada tinha chumbo.

- Vou a�.
- E o Robin?

Vens para c� e ficas de olho nele.

Terminado.

- Vai a algum lado?
- N�o tens nada a ver com isso.

Acho que n�o devia deixar-me
aqui sozinho.

Posso fugir!

Oh, c�us! O que pensas que sou?

A rapariga mais bonita da cidade.

- Guarda!
- Merda!

- O que raio � aquilo?
- Guarda!

� o nosso... o nosso recluso.
Espera a� s� um segundo.

- O que queres?
- N�o h� papel higi�nico.

Incomodaste-me
por causa disso?

Bem, eu n�o posso ir busc�-Io.

Ernie!

O que est� a fazer ali dentro?

N�o � da tua conta!

Ent�o, porque est�o as luzes
apagadas?

Cala-te!

H� papel higi�nico naquela cela.

O que se passa?

Tenho de ir buscar
papel higi�nico.

O qu�?

� para o prisioneiro.

Venho j�. N�o deixes
"apagar" esse teu fogo.

- Foste tu que fizeste isto?
- Como � que eu faria isso?

Foste tu.
S� n�o sei como o fizeste.

Se calhar consegui abrir
a fechadura.

Donna!

Donna!

Donna Tilmon?
Anda a comer a Donna Tilmon?

N�o tarda nada parto-te a cabe�a!

Donna!

Tive uma ideia.
Tente com o outro bra�o.

Pode ser que seja mais comprido.

Ainda te vais haver comigo.

N�o te esque�as.

Ernie, porque n�o experimenta
com o cinto?

N�o se mexa!

Ol�, Phil!

- O que est�s a fazer?
- O que vim aqui fazer?

- Vim buscar papel higi�nico.
- N�o me venhas com tretas, Ernie.

Mas � verdade.

O Fleming... O Fleming precisava
de papel higi�nico

e vim aqui busc�-Io.
Quando estava c� dentro,

a porta da cela fechou-se
e a chave caiu.

- Estiveste a beber?
- N�o!

- Ernie!
- S� um pouco.

Mas sei o que fa�o!

Pergunta ao Fleming!
Ele estava ali!

- O que aconteceu aqui?
- N�o sei. Estava a dormir.

Seu filho da m�e mentiroso!

Porque estavam
as luzes apagadas?

Ouvimos um barulho, e pens�mos
que podia ser a pessoa

que partiu a montra do caf�

e que tinha vindo c� para partir
as janelas da esquadra.

- N�o te metas nisto.
- Foi o que aconteceu.

- Como � que ele sabia disso?
- Ele contou-me.

Ele contou-te da montra partida
do caf�?

Sim, contou-me tudo.

Ernie!

N�o est� a esquecer-se
de nada?

- De qu�?
- Do papel higi�nico.

Usa a tua t-shirt!

Sabes alguma coisa sobre a montra
que partiram?

Devia saber?

�s mais ou menos o nosso perito
nessa mat�ria, n�o �s?

- Pelo menos, por esta noite.
- Adorava ajud�-Io.

O Ernie foi sincero comigo?

Desde quando trabalho
na Pol�cia?

- Fiz-te uma pergunta.
- E eu n�o lhe respondi.

A verdade vem sempre
ao de cima.

Esteve a ler um livro de cita��es,
Phil?

Desculpe. Agente Phil.
J� agora, Phil � abreviatura

de fil�sofo, galanteador
ou filodendro?

Gostas de palavras grandes, �?

Gosto de tudo com o qual
n�o est� familiarizado.

Porque n�o foste para a faculdade,
se �s assim t�o inteligente?

- � muito caro.
- Isso � treta.

H� diversos tipos
de empr�stimos, bolsas,

e, mesmo sem isso,
as propinas n�o s�o elevadas.

E qual � a sua desculpa?

N�o sou t�o inteligente como tu,
Robin.

Ent�o qual � a explica��o para me
tratar com esse ar de superioridade?

Um homem pode ser inteligente

e n�o saber usar a intelig�ncia
que Deus lhe deu.

Presumo que n�o te candidataste
� faculdade, porque tiveste medo.

Est� bem.

Antes de presumir isso, Phil,

primeiro tenha em conta
que n�o terminei o secund�rio.

Por alguma raz�o maldita,

todas as faculdades
a que me candidatei,

rejeitaram-me por causa
desse pequeno pormenor.

D� para acreditar?

Tens a mania, sabias?

Vais morrer, sendo a crian�a
mais velha do mundo.

Porque n�o ligou ao Bob Kendall?

Voltemos ao assunto inicial.

Sei que tiveste algo a ver com
a segunda montra que partiram.

Ele vai ficar furioso,

se os agricultores lhe roubarem
a loja, de manh�.

N�o te preocupes com isso.

Ele j� vai massacr�-Io, n�o �?

N�o tenho culpa que lhe tenhas
partido as montras.

N�o sou do ramo
da preven��o e seguran�a.

Porque � que ele n�o veio aqui?

Gostas de fazer perguntas, n�o �?
Mas n�o gostas de dar respostas.

Vou responder eu.

N�o lhe ligou, porque tem medo.

Porque deveria ter medo
do Bob Kendall?

O Bob Kendall estala os dedos
e a sua carreira de prest�gio acaba.

E, depois, o que vai fazer?
Ser seguran�a numa sapataria?

Ou podia ser um detective privado
aqui, na cidade,

e descobrir quem anda
a comer quem.

O Bob Kendall tem-o nas m�os.

Sabes uma coisa?

Neste momento...

...estou a segurar-me para n�o
te fazer o que se fazia h� 25 d�cadas,

sen�o a� dentro partir-te
a cabe�a ao meio.

Os fracos � que recorrem
� viol�ncia.

Continua assim.

Emie, responde.

Fala o Ernie.

Esquece a patrulha.
Vai para a cidade.

- Para a cidade?
- Foi o que eu disse.

N�o quero que partam
mais montras.

Vou j� para l�.

Desculpa, querida.
Esta noite tem sido estranha.

Ouve l�, seu est�pido!

Fui da esquadra at� casa
em camisa de noite.

Acordaste-me com a sirene,
vesti-me,

vim c� abaixo e tinhas ido embora!

Tive mesmo de ir.
Mas estamos quase l�.

Queres dar uma volta?

Diluente

Sa� para estarmos juntinhos
e n�o para fazer exerc�cio!

S� mais dois quarteir�es.

Espera aqui. Venho ter contigo,
depois.

Senta-te no passeio
e descansa os p�s.

Oh, Deus! �s maluco e ainda sou
mais maluca por ir na tua conversa.

Fofa, sou um agente da Pol�cia
que est� a tentar fazer amor

com uma mulher muito especial,
enquanto est� de servi�o.

Mas o trabalho est� em primeiro lugar.

Est�s a dizer-me que foste
dar uma volta?

Fui dar uma volta.
Sim, senhor.

Sim, eu estava...
estava com sono,

por isso, fui dar uma volta.

- E, depois, regressaste.
- Mesmo agora.

E viste que roubaram
o teu carro-patrulha

e que partiram mais uma montra.

N�o fazes ideia
de como isso pode ter acontecido?

Ernie, mandei-te para aqui
para isto n�o acontecer,

e, caso acontecesse,
ias estar aqui para ver.

Se fiz algo de errado,
pe�o desculpa.

Se?! N�o h� "se" senhum, Ern!

Roubaram o teu carro-patrulha!
Partiram mais uma montra!

Depois, falo contigo.

Agora, temos de voltar
para a esquadra.

Onde est� o teu carro?

N�o tenho o meu carro.

Fiquei trancado do lado de fora
da esquadra.

Ol�, Ed. Fala o Ernie Plumber
da esquadra.

Sim, sim. Desculpe incomod�-Io
outra vez.

Temos mais duas montras
que t�m de ser arranjadas.

Sim. N�o sei. Uma delas foi...

N�o consegue fazer mais nada
sen�o olhar para mim?

Est�s a deixar-me intrigado,
Robin.

N�o sei como fazes aquilo.

Talvez n�o seja eu.

Diz l�! Como � que sais daqui?

N�o fui a lado nenhum!

Sabes uma coisa?

Vou buscar uma cadeira,
vou p�-la aqui,

e eu e tu vamos ter
uma longa conversa.

N�o vou tirar os olhos
de cima de ti,

e sabes o que vai acontecer?

- Vou morrer de t�dio?
- N�o tinha pensado nisso.

Talvez. Mas n�o vai acontecer...
nada!

N�o se v�o partir montras nem
carros-patrulha v�o desaparecer.

Nada!

� um plano genial!

- Queres falar sobre qu�?
- Sobre a reforma da pris�o.

Kendall Properties, Ltd.
Imobili�ria

N�o tens nada a dizer?

A quem � que ligaste h� bocado?

Para a linha de desporto.
Tem cigarros?

Quando andavas no liceu, n�o
namoravas com a filha do Kendall?

O que lhe aconteceu?
Foi para a faculdade, n�o foi?

Se bem me lembro, ela era...

Meu Deus! Era uma rapariga
muito bonita.

Veio bater � porta errada, Phil.

Estou a bater numa porta?
N�o me tinha apercebido.

Bem, n�o me tinha apercebido
que estava a bater na porta errada.

Voc� sabe tudo sobre ela.

Se quer irritar-me,
assim n�o vai conseguir.

N�o preciso de te irritar, Robin.

S� pensei que talvez voc�s dois
estivessem ligados.

Ligados?

Isso � linguagem policial?

Tu sabes.
Que fossem namorados.

Vai ficar a� sentado a tagarelar
a noite toda?

N�o tem outra forma de ocupar
o seu tempo?

Estou a ocupar o meu tempo
muito bem, Robin.

Diz-me uma coisa. O que acontece
quando um rufia como tu

aparece em casa do Kendall
para ir buscar a filha?

Ele recebeu-te bem?

N�o. Provavelmente, n�o.

Sabes que mais? Aposto que
nunca a foste buscar a casa.

Aposto que tinhas de esperar
por ela perto de casa, n�o era?

Quando era mi�do... havia uma
rapariga como a filha do Kendall

numa cidade pequena em Ohio.

Era bonita como uma constela��o,

inteligente como o cara�as
e uma grande cabra.

Ela n�o suportava o pai,
entendes?

Ela dava-lhe cabo da cabe�a
sempre que podia!

Chegou o Ver�o

e os veteranos de guerra
organizaram uma feira de divers�es.

Corridas, jogos...

Havia uma grande variedade.

Os comerciantes ambulantes
vieram para a cidade.

Essa gente vive em parques,
em roulotes asquerosas,

enquanto a feira decorre.

Ela escolheu o filho da m�e

mais desleixado
que conseguiu arranjar.

O tipo tinha uma �guia tatuada
no bra�o, p�ra ruiva,

cabelo oleoso...
Tinha tudo o que era mau.

Ela provocou o pobre coitado,
ele caiu que nem um patinho,

e convidou-o para jantar
em casa, no domingo.

O pai dela olhou para esse...

...esse... palha�o...

...e ele foi parar � pris�o.

Os pol�cias deram-lhe
uma sova valente

e mandaram-no ir � sua vidinha.

Ele n�o percebeu porqu�.

Ele n�o percebeu porqu�.

E, depois, quando se deu conta,
a rapariga bonita

estava a andar nos "avi�es"
com a saia na cara...

...mostrando-lhe as cuecas
vermelhas.

� interessante, n�o?

� uma linda hist�ria, Phil.

Sim, sim.
Achei que ias gostar.

Dado que talvez possas identificar-te
com ela.

Se bem conhe�o o Bob Kendall,
se ele soubesse

que a filha entrava em casa
com as tuas "impress�es no rabo",

tinha-te trazido para aqui
e n�s t�nhamos-te dado uma sova.

N�o estou a reagir.
Porque continua a falar?

- Conheceste os pais dela?
- Sim.

Tretas! Nunca conheceste
o Bob Kendall.

Ainda te encontras
com essa rapariga?

Porque n�o falamos antes de si?
Onde � que conheceu a sua mulher?

- Num leil�o de gado?
- O que � que ela gostou em ti?

O que � que a sua mulher
gostou em si?

- Deste-lhe droga ou...
- Ah, claro!

- Ah, foi?
- V�-se lixar, Quinn!

Quer dizer, n�o �s feio.
Ouvi dizer que h� mulheres

que gostam de se meter
com tipos inferiores...

� uma quest�o de poder...

As estrelas de cinema
est�o sempre a fazer isso.

Andam com oper�rios,
alterofilistas...

Achas que pode ser isso?

C'um caneco!

Apaixonaste-te por ela, n�o foi?

O dinheiro n�o te interessava.

Se fossem outros tipos,
eu diria que andavam atr�s

do carro dela
ou da casa com piscina,

do nome de fam�lia. Conhecimentos,
um emprego, algo desse g�nero...

Santo Deus!
Tu s� querias a rapariga.

Os ouvidos doem-me
de o ouvir, Phil.

Ora, Robin!

Podias ter conseguido
um carro ou algum dinheiro!

Acho que n�o tinhas a menor
hip�tese de ela gostar de ti.

Sempre que chega a casa,

pensa no que raio
viu em ti.

Isto �, se ela ainda pensa em ti.

� que o tempo parou para ti,
h� uns quatro anos.

V�s a chefe de claque
que costumava tirar o suti�

sempre que estalavas os dedos.

- Mas ela j� n�o � assim.
- E voc� sabe disso, �?

Quando foi a �Itima vez
que tocaste na rapariga?

Isto � rid�culo!

- N�o. Diz l�!
- Seu pol�cia tarado!

Quer saber a vida sexual
dos prisioneiros.

Porque n�o sai do trabalho
mais cedo e vai �s meninas?

Foi h� anos, certo?
J� foi h� anos.

Cale-se. Cale-se.

N�o! Agora, tinhas de andar
na faculdade de Yale

para conseguires
saltar-lhe para cima.

Se eu n�o estivesse aqui,
dava-lhe uma grande sova.

Os fracos � que recorrem
� viol�ncia.

Foi bom falar contigo.

Esta � a tua �Itima oportunidade.

O que foi agora?

- Ora viva, Ed!
- Est� tudo bem, Phil?

Estou aqui intrigado.

Quem anda a partir as janelas?

Quem me dera saber.

Achas que foi o Phil
que partiu as montras?

A carteira dele
estava no escrit�rio.

Porque raz�o o Phil
ia partir as janelas?

- Para incriminar o Phil Fleming.
- Que estupidez!

- N�o, ele detesta o Robbie.
- Detesta o mi�do, porqu�?

Acha que o Robbie
matou o filho da irm�.

N�o havia mais ningu�m
para ele culpabilizar.

Isso � rid�culo.

Sim, mas o Robbie
� a escumalha da escumalha.

O Phil pretende culpar o Robbie
pelas montras partidas?

N�o sei.
Essa � a minha teoria.

Ou�a, Ed, n�o temos de
mencionar esta janela, pois n�o?

S� se n�o me pagar.

N�o volte a ligar-me, Phil.

Vou tirar o telefone do gancho.

- J� n�o acontece mais nada.
- Espero que n�o.

Quinn! Quinn!

Merda!

O que raio aconteceu?

A cama pegou fogo.

Porque n�o te vais embora?
Nada te impede.

Vamos conversar.

Deixa-me fazer-te uma pergunta.

Afinal, quem � que est�
atr�s das grades?

Estou trancado numa cela,
tu est�s trancado numa cidade.

A �nica diferen�a
s�o os metros quadrados.

- Isso � original.
- Pensa bem.

Agora, estou sem alternativas,
aqui, certo?

E tu est�s sem alternativas
desse lado.

Quando o Ernier voltar,
saio daqui e tu voltas para a cela.

Onde quer que estejas,
�s um prisioneiro,

porque n�o tens alternativas.

N�o passas de um rufia
dentro de uma "bolha".

N�o tens a coragem, nem o impulso
nem a vis�o para te libertares.

Isso � muito profundo, n�o �?
E de que maneira.

Deixa-me ir falar com o Phil.

- Vou adormecer.
- N�o, n�o vais nada.

� s� dois minutos.
Vamos at� ao p� do rio.

Phil?

Aqui dentro, Emie.

Ele tem a chave, Ernie.
Vai buscar a chave.

V�, tira-me daqui.
O que se passa contigo?

Ernie, p�e a chave na fechadura
e abre a porta.

Eu agora � que mando.

- Mandas em qu�?
- Est�o os dois detidos.

Enlouqueceste?

Encontrei isto na janela do escrit�rio
da imobili�ria, Phil.

Andas a partir montras
para incriminares o Robbie.

Est�s doido! P�ra de brincar
e abre a porta!

N�o sou amigo do Robin e n�o quero
saber o que lhe acontece,

mas � errado um agente
da Pol�cia andar a partir montras.

N�o andei a partir montras, Ernie!

Ent�o, o que estava a tua carteira
a fazer na janela?

Abre j� esta porta
ou �s expulso da Pol�cia!

O Comandante � que vai expulsar-te.
N�o me venhas com tretas!

Est�s a cometer um grande erro,
Ernie.

Isto � uma prova s�lida, Phil.

Pensei muito
antes de vir aqui.

Isto � coisa tua!
Ernie! Ernie!

Ernie!

Ernie!

V� l�! Raios!

Que noite estranha, n�o?

Donna!

Querida, acorda.
Fofa, acorda. Donna!

V�! Anda para dentro.
� hora do "bem-bom".

- Vamos l� para dentro.
- O qu�?

Depois explico-te, querida.
Vamos para dentro.

J� te conto.

- Porqu�?
- Agora eu � que mando.

Aquele est�pido!

- Porque me quer tramar, Phil?
- E se te calasses?

Aposto que est� arrependido
de ter-me prendido.

- Arrependo-me de muitas coisas.
- De manh�, sai em liberdade.

O Bob Kendall � compreensivo.
Ficar� do seu lado.

Tenho algo a perder!
Tu, n�o!

Pois tem, este emprego fant�stico!

Porque n�o me deixas em paz?

N�o � por causa do emprego,
mas � pela responsabilidade!

Tenho pessoas que confiam
em mim, de quem gosto!

Mas tu l� sabes o que isso �!
N�o queres saber de ningu�m!

N�o matei o seu sobrinho, Phil.

Todos pensam que a culpa
foi minha, mas n�o foi.

Ele arrastou-me da cama
para me levar at� ao rio.

Passei o resto da noite
a tentar lev�-Io para casa.

Tretas!

Como pode discutir esse assunto,
Phil? Voc� n�o estava l�.

- P�ra de falar nesse assunto.
- Porqu�?

Sente-se bem com a sua conclus�o?
Nem sequer quer ouvir a verdade?

A verdade!
Tu l� sabes qual � a verdade!

O Danny tinha mais problemas
do que eu, Phil.

Ele estava bem pior do que voc�
ou os outros pensavam.

Isso � uma bela letra
de rock n'roll.

N�o ajuda muito a m�e dele,
pois n�o?

Mas culpar um mau elemento, ajuda,
quer ele seja culpado ou n�o?

Sei que acha que sou um animal
e que n�o me importo com ningu�m,

mas eu importava-me com o Dan.

Talvez porque ele tamb�m
era um falhado

e tamb�m n�o ia sair da cidade.
Mas �ramos amigos.

N�o o corrompi!
Foi corrompido por este lugar,

corrompido pela falta
de alternativas na sua vida.

- Isso � s� balelas!
- Porqu�?

Porque jogava basebol?
Era um menino querido de 7 anos.

O que correu mal, Phil?

O que correu mal
com o menino da sua irm�?

Ele passou-se.

Olhava em seu redor
e o que via n�o lhe fazia sentido.

Identifica-se com isso?

Tamb�m n�o tive
uma inf�ncia de ouro.

Eu tinha menos do que tu,
menos do que o Danny.

Tinha muito menos.

Sabe o que o Dan dizia?
Dizia: "Olha para mim.

"Olha como estou mal.
Olha no problema que me tornei.

Olha como estou a afundar-me".

Toda a gente olha
e, depois, vira a cara.

Ele foi piorando, ficou cada vez
mais maluco e arisco,

e, depois, morreu.

Est�s a� a falar disso
como se n�o fosse nada.

N�o, n�o � verdade.

Tamb�m tenho saudades do Dan.

N�o vou conseguir
que mude de ideias, Phil.

N�o me parece.

Imagine como se iria sentir mal
se eu tamb�m tivesse morrido?

Devia agradecer-me
por ter sobrevivido.

Porqu�?

Porque se tivesse morrido,
n�o teria ningu�m para culpabilizar.

Emie!

- Emie!
- O que foi?

- � melhor vir aqui.
- Estou ocupado.

� importante.

Qual � o teu problema?

Pus a carteira do Phil na janela.

Tenho entrado e sa�do daqui
a noite toda.

Parti as janelas todas,
roubei os carros-patrulha,

roubei a carteira...

Deixa-me ir buscar a chave.

Phil, nem imaginas como lamento
isto tudo.

- N�o fazia ideia de que...
- Cala-te!

Desta vez, n�o te safas,
espertalh�o.

Phil, lamento imenso.

Pensaste mesmo que eu andava
a partir janelas?

Bem... olha para a prova.

N�o me conheces o suficiente
para pensares que podia ser engano?

E se tivesses encontrado
a minha carteira na janela?

Volta para a patrulha.

Desculpa.

Esta chuva vem mesmo a calhar.

H� muito tempo que amea�ava
chover.

As pessoas ficam inquietas

quando esperam muito tempo
que algo aconte�a.

O que est�s aqui a fazer, Lise?

- O Robin Fleming est� aqui?
- Est�.

Quero pagar-lhe a fian�a.

N�o foi estabelecida nenhuma fian�a.

Ele foi acusado?

Lise... ele...

...partiu montras
em tr�s lojas do teu pai.

N�o vou ligar ao juiz a meio
da noite e acord�-Io.

Tamb�m n�o vou ligar ao teu pai.

Se queres armar-te em advogada,
tudo bem,

mas o Fleming vai ficar aqui
at� amanh� de manh�.

Posso falar com o Robin?

Acho que n�o � boa ideia.

Isto � rid�culo!

Miss Kendall.

Se for mesmo necess�rio,

o meu pai � dono da cidade
e voc� trabalha para ele...

Lamento ter de mencionar isto,
mas tem o rapaz ali preso

sem estar acusado de nada,
n�o estabeleceu a fian�a.

Est� a agir como um agente livre
num cargo governamental

e como um filho da m�e arrogante!

D�-me licen�a.

Importas-te de deixar a porta...

Isto era mesmo necess�rio?

Queria ver-te.

Viste-me ontem.

Queria ver-te outra vez.

Pensei que nos tiv�ssemos
despedido.

N�o posso falar contigo assim.

D�-me as chaves da cela.

Quero as chaves.

� por isso que t�m grades.
� para falar atrav�s delas.

Ent�o, tranque-me l� dentro.

Foste presa por qu�?

Fala comigo
e diz-me o que vem a ser isto.

Vou-me embora amanh� �s nove.
Tens at� �s sete para me contar.

O que isso significa?

N�o significa nada.

- Est�s a enlouquecer?
- � uma hip�tese.

J� pensaste em arranjar ajuda?

Est�s a falar
como se n�o me conhecesses.

N�o sou um g�nio universit�rio,
mas conheces-me

e podes falar comigo
normalmente.

Temos uma hist�ria juntos.

Sim, e n�o passa disso mesmo,
Robin. Hist�ria!

- O passado � o pr�Iogo.
- A s�rio? O pr�Iogo de qu�?

- Diz-me tu.
- N�o, j� fiz o que me competia.

O qu�, um beijo na face?
Uma despedida agrad�vel?

- Ah, e desejaste-me sorte.
- Estava a falar a s�rio.

Sorte com qu�?

Quantas vezes dormiste comigo?

Fui o teu primeiro.

- O que � que isso vale?
- Diz-me tu.

- Nada.
- N�o.

Vale um desejo de boa sorte
depois de seis anos.

Seis anos? Onde � que foste
buscar os seis anos?

Tive dois anos no liceu.

Negas que estivemos juntos
nos �Itimos quatro anos?

Eu via-te durante os ver�es.
Sabes onde tenho estado?

- Como podia esquecer-me?
- Tenho estado na faculdade.

Tive relacionamentos,
estive apaixonada e n�o estive.

Estive satisfeita. Fui magoada.
Partiram-me o cora��o, sarou,

depois, voltaram a partir-mo.
Tenho 22 anos.

Tenho um emprego
� minha espera em Nova lorque.

Estou interessada num homem
que tamb�m est� em Nova lorque.

Tenho todas estas coisas
entre n�s dois

e a formatura do liceu.

Devias estar grato
por eu estar aqui agora.

Sua cabra arrogante! "Tive isto."
"Estive aqui e ali".

"Senti isto e aquilo..."
E eu devo ser um sortudo

por teres tirado dez minutos para
vires aqui acabar comigo, n�o �?

�. Podia ter-te ignorado.

Pronto, n�o �s uma cabra arrogante,
�s uma cabra pretensiosa!

Ser chamada de cabra pretensiosa
por um falhado

n�o significa nada para mim.
Acho que �s um falhado.

Sempre achei que eras. Acho que era
por isso que gostava de ti.

- Gostavas?
- Tinha problemas com o meu pai.

Tu eras a maneira mais f�cil
e eficaz de o mandar bugiar.

Percebeste? Teria sido muito mais
f�cil, se te tivesses apercebido.

Costumas pensar no tempo?
N�o p�ra.

Este n�o � o dia seguinte
ap�s o nosso primeiro encontro!

N�o estamos no secund�rio,
n�o haver� outro Ver�o!

Isto � o fim!

- Usaste-me.
- Pois foi. Sim, usei-te.

Sinceramente, achei que n�o faria
diferen�a a um homem de 21 anos

que uma rapariga do secund�rio
o usasse.

Tens um estatuto moral
de limita��es?

Podes manipular algu�m e seis anos
depois isso n�o interessa?

Que est�s livre dos teus pecados,
se o idiota descobrir?

Pecados? Possuiste-me
da maneira que quiseste

e eu � que sou a pecadora?

Ent�o aos 16 anos disseste
para ti pr�pria:

"Detesto o meu pai,
por isso, vou irrit�-Io,

dormindo com um escumalha?"
- Nada disto interessa.

N�o te devo nada.
Sou doida por estar aqui.

Nada disto te interessa.
�s instru�da, tens emprego,

�s amada, �s desejada. Est�s
a caminho de uma grande vida.

Mas a mim interessa-me, porque
n�o tenho nada do que tu tens.

- A culpa � toda tua.
- Eu sei.

Sabes? Ent�o porque n�o te mexes
e fazes alguma coisa?

- Empenha-te.
- Isso � f�cil de dizer.

Pois. Talvez por esse motivo
seja dito muitas vezes.

O que farias se fosses eu?

N�o sou tu.

- Podias rir-te.
- N�o tem piada.

Estou sempre a pensar em ti,
Lise.

No Outono, no Inverno,
na Primavera.

Fico aqui � espera que regresses
no Ver�o

e nunca me desapontaste.

O qu�? De que estavas � espera?

- De ti.
- Oh, c�us!

N�o acredito nisto.

Nunca te dei a entender
que isso era uma possibilidade.

- Porque me fizeste aquilo?
- N�o te fiz nada.

Porque n�o me deixaste em paz?

N�o sou a causa
dos teus problemas, Robin.

N�o podes culpar-me.
N�o caio nisso.

N�o estou a culpar-te de nada.

Foi bom estar contigo, Lise.

Se eu n�o fosse pobre...

...terias olhado para mim?

- Sim.
- A s�rio?

Claro. Nunca disse que n�o
me sentia atra�da por ti.

Nunca disse que n�o iria sentir-me
sempre atra�da por ti.

Ent�o, porque n�o me sinto
lisonjeado?

N�o era pelo teu aspecto f�sico,
mas pela tua forma de pensar

e pela forma como sentias
as coisas.

Mas n�o sou suficientemente
bom.

- �s, sim.
- Mas n�o para ti.

Se n�o consigo explicar a mim
pr�pria o que sinto por algu�m,

n�o posso ter uma rela��o
com essa pessoa.

Algumas pessoas diriam
que, se n�o consegues explicar,

s� pode ser amor.

- N�o �.
- Como � que sabes?

Porque n�o dura. Se sa�sse
daqui agora, desapareceria.

Se n�o voltar a ver-te,
n�o volto a sentir aquilo.

Se eu desse um rumo � minha vida,
se n�o fosse um lixo...?

N�o faria diferen�a.

Anda c�.

Senta-te ao p� de mim.

Anda. Senta-te.

Lembras-te da primeira vez
que fui a tua casa?

N�o.

Disseste-me para esperar
atr�s dos est�bulos

e sa�ste de casa.

Fizeste isso mesmo
debaixo do nariz do teu pai!

Levantaste a saia e sentaste-te
ao meu colo...

...e olhaste para a tua casa.

Foste t�o m�zinha,
t�o maquiav�lica...

...mas eu adorei.

Porque quando fizeste aquilo...

...n�o eras melhor do que eu.

�ramos iguais.

Daqui a pouco, vai amanhecer.

Mais uma vez.

Pelos velhos tempos.

Quero dizer que lamento.

� o rosto mais bonito que j� vi.

Nunca o esquecerei.

Quinn!

O que est�s a fazer?
O que est�s a fazer?

Qual � o teu problema agora?

Tudo o que disseste era verdade.

Fiquei de bra�os cruzados.

Ela vai-se embora.

Saia da minha frente!

O que foi isto?

Importa-se de fechar a porta?

Est� a deixar entrar
os bicharocos todos.

Porque n�o vais para casa?

O pai dela tem seguro.

Segue a tua vida.

Tradu��o e Legendagem
Bruna Ferreira/ CRISTBET, LDA