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O GOLPE

Bom dia.

Cutter.
O teu advogado est� c�.

N�o h� nada que possa fazer.
O recurso foi negado.

Mas faltam-te menos
de onze meses...

Dez meses.

Dez meses, est� bem.
� melhor.

Tenta aguentar.
Tens de cumprir a tua pena.

Liga ao Keegan.

- N�o.
- Liga-lhe.

Como teu advogado, aconselho-te
a aguentar os onze meses...

Dez meses.
Martin, liga-lhe. Hoje.

- Um SUV?
- Sabes como � a Daphne.

O que � que posso fazer?

Mas que raio, Ray?

Faltam-te s� nove meses
e ligas ao Keegan?

Porque fizeste isso?
� um pre�o alto a pagar.

Raios.

- Vais-me contar o que se passa?
- Sim, eu conto-te.

Meu Deus.

O que est�s aqui a fazer?

- N�o fugiste, pois n�o?
- Sim, pai, escavei um t�nel.

Que engra�adinho.

- Onde est� ele?
- L� em cima.

Como � que sa�ste, Raymond?

Sim?

Ol�.

Pai?
O que...

Como � que sa�ste?

Sei que custa a acreditar,
mas o juiz aceitou o meu recurso.

N�o sabia que gostavas disto.

Est�s a trabalhar em qu�?
Est� muito bom.

S�o s� pe�as de pl�stico.

Sim, mas tens de as montar
e pintar os pormenores...

Pai.

N�o vamos fazer isto.

Est� bem.

Como � que correu?

Ele tem uns exames amanh�.

Gostaria de pensar que
n�o fizeste nenhuma estupidez

para estar aqui.

Que se lixe.

Com licen�a. Obrigado.

Deixem-me passar.

Tommy.

Estava a sacudir a minha pila

e a pensar quando � que
chegava o falsificador.

- Tommy.
- O que foi?

Olha para ali.

Raios. N�o d� para ver por
esta c�mara, mas este tipo

tem uma grande lata.

A vender droga
atr�s do meu balc�o.

- Eu trato dele.
- Tenho de lidar com este idiota.

O que se passa, Ray?

Ligas-me, quando te faltavam
dez meses porque...

Est�s aborrecido?

Agrade�o o que fizeste por mim,
mas preciso de tempo.

50 mil, Ray.

� a taxa para ju�zes.

E quanto ao tempo...

� algo que tu n�o tens.

N�o fiques com essa cara.

Desde que te foste embora,
tenho feito neg�cios com uns tipos...

Usam serras el�ctricas.

Comparado com eles,
eu sou um santo.

- Conheces este quadro?
- Conhe�o.

- Ent�o faz.
- Como assim?

Queres dizer falsific�-lo?

� um Monet.
Para qu�?

Para que possas
roubar o verdadeiro.

Roubar? O que queres dizer
com roubar o verdadeiro?

Daqui a tr�s semanas,
vai estar em exposi��o aqui.

E o tipo que o quer
tamb�m vai estar em Boston.

S� por uma noite.

� imposs�vel em tr�s semanas.
N�o sou capaz.

Ou dizes que sim
ou eu fa�o um telefonema.

E voltas para a cadeia.

Sim ou n�o.
Tens 48 horas para decidir.

Bem-vindo a casa, Ray.

Pe�o desculpa.

Onde vais? J� te
tinha visto por aqui.

- Sou a Catherine.
- Sou o Ray.

Ray? Muito prazer.

- Conheces o Tommy?
- O Tommy?

Conhe�o. Tenho de...

Queres ir dar uma volta?

Obrigada.

� o teu carro?

- Muito bonito.
- Posso deixar-te em algum lado?

- Deixar-me?
- Sim.

Tenho coisas para fazer.
N�o te queiras envolver.

Mant�m-te afastada daqui.
Afasta-te do Tommy Keegan.

H� pessoas melhores
e lugares melhores.

A s�rio?

Ol�.
Tens fome?

Disso n�o.

Est� bem.

Ovos ent�o.

Onde est� o av�?

Teve de sair.
Hoje levo-te eu.

Por causa da localiza��o
na parte central do c�rebro,

a extrac��o cir�rgica
� muito complicada.

Lamento, Mr. Cutter.
Sei que isto � dif�cil.

- Quer colocar alguma quest�o?
- Sim, o que v�o fazer agora?

- Qual � o plano?
- O plano?

Sim, ele vai ter dores?
O que vai acontecer?

Temos de tentar manter o William
o mais confort�vel que conseguirmos,

durante o processo.
- E depois?

� imposs�vel de saber.

Cada paciente � muito diferente.

E ent�o?

Ent�o o qu�?

O que � que disseram?

- O av� tirou-a.
- Tirou-a? Porqu�?

Buzinou tanto
que torceu o pulso.

A quimioterapia vai curar-me?

- Porque tirou a buzina?
- Pai.

- A quimioterapia vai curar-me?
- Will...

Pelo menos uma vez na vida,
podes contar-me a verdade?

N�o sei.

- Posso ajud�-lo?
- Quero falar com o respons�vel.

Av�, posso beber uma?

Onde foi cometido?

Em S�o Francisco,
a noite passada.

Quem foi assassinado?

Eu.

Sean McGill.
Vivia em Cambridge.

- Faria hoje 28 anos.
- Eu conhecia-o.

Era barman no Palace.

Falei com ele anteontem.
Vi-o a ser despedido.

O Finn Gerrity disse-lhe para
ir embora, quando ele chegou.

Foi como se o tivessem apanhado,
parecia assustado.

- Podemos ligar isto ao Keegan?
- Gostaria muito.

Pessoal, podem entrar,
venham fazer o vosso trabalho.

Se encontrarem hero�na,
levem-na para o laborat�rio.

Tira as impress�es digitais
deste s�tio inteiro.

Sabes o que � dif�cil? Depender
da pol�cia local para tratar disto.

� tudo dif�cil.
Queres um len�o de papel?

O que queres saber?

Um tipo chamado Ray. Encontrou-se
com o Keegan naquela noite.

Tinha um Buick Skylark,
matr�cula J433K6.

- O que tem esse tipo?
- N�o sei, qualquer coisa.

- Acho que ele me topou.
- Topou-te?

Sabe que �s dos Narc�ticos?

- S� que sou pol�cia.
- Que �s pol�cia.

Falaste com o Keegan?

- O que quer ele?
- Uma resposta. Amanh�.

- Sobre o qu�? Um trabalho?
- Sim.

O que � que tu queres?

O que eu quero...

O que eu sempre quis, Carl.

Ir para o Taiti
e viver como o Gauguin.

No Taiti?

O que quer o Will?

N�o sei.

Will, olha aquilo.

- Nem penses nisso.
- Porque n�o?

N�o me vais inscrever
numa coisa daquelas.

- N�o queres conhecer ningu�m?
- N�o.

N�o quero ir � Disneyl�ndia,
nem quero conhecer o Tom Brady.

Porque n�o?

Porque � embara�oso.
Para qu�?

N�o queres fazer nada?

Quero parar de falar sobre isto.

Ol�, jeitoso. Esperaste muito tempo?

N�o, nem por isso.

- E se eu fizesse isso?
- Pai, esquece.

N�o, a s�rio.
Se te concedesse um desejo.

Ou tr�s.
Como um g�nio.

Pai, um g�nio?
Tu n�o �s um g�nio.

A s�rio, Will.

Pede um desejo.
Qualquer coisa.

Tudo o que tu quiseres.

Como se o fosses realizar.

Como � que sabes?
Posso surpreender-te.

- D�-me uma oportunidade.
- Est� bem.

Sabes o que desejo?
Desejo n�o ter cancro.

Parece-te justo?

N�o sei, pai, diz-me tu.
Tu � que �s o g�nio.

Acho que elas estavam
a olhar para ti.

Pai, p�ra.

- T�m vinte e tal.
- Estava a brincar contigo.

Tu tinhas namorada, n�o tinhas?
Tracy, Trixie ou assim?

- Como � que soubeste?
- Pelo av�.

Perguntei sempre sobre ti,
enquanto estive fora.

Estavas a falar da Tricia?

Sim, a Tricia.
Quanto tempo andaram?

Pai, esquece.

Tenho de ir ao WC.
Eu volto j�.

O meu filho est� ali.
Sirva-lhe o que ele quiser.

Para mim � um cheeseburger
e um caf�.

- Sabes que dia � hoje, Cutter?
- Sei muito bem que dia �.

Estou a almo�ar
com o meu filho.

Porque n�o dizes ao Tommy
que nos vemos depois?

N�o me esqueci.

Vai-te lixar.

Quem era o tipo que
seguiste at� ao WC?

- Qual tipo?
- Pai, eu vi-te a ir atr�s dele.

Um hamb�rguer sem cebola
e uma tosta de queijo.

- Mais alguma coisa?
- � tudo, obrigado.

S� vais comer isso?

- Sim.
- Porqu�?

N�o sei. D�i-me o est�mago.
N�o te preocupes.

N�o me vais dizer
quem era aquele tipo?

Devo dinheiro ao chefe dele
e ele veio c� lembrar-me.

Quanto � que lhe deves?

N�o te quero incomodar
com este assunto.

Pai, podes contar-me.

N�o entendo o teu medo
em contar-me as coisas.

50 mil.

- 50 mil d�lares?
- Sim.

Como lhe deves
tanto dinheiro? De qu�?

Porque foi preciso subornar
o juiz para eu sair mais cedo.

Para que possa passar
mais tempo contigo.

Quero conhecer a minha m�e.

O qu�?

Quero conhecer a minha m�e.

- A tua m�e?
- Sim, pai, quero conhec�-la.

- Meu Deus, Will.
- �s o g�nio ou n�o �s?

N�o sei onde ela est�.

Tinhas-me dito que ela se mudou
para um condom�nio de luxo.

- Sim, foi isso.
- Muito bem.

� o meu primeiro desejo.

Agente Paisley, j� sei
quem � o tipo, Raymond Cutter.

Cinco anos por falsifica��o,
acabou de sair de Northport.

Saiu antes por bom comportamento.

- Falsifica��o? N�o � muito comum.
- Pois n�o.

Apanharam-no em 87 por falsifica��o
de arte e depois disso, mais nada.

At� que o denunciaram.

- Quem?
- O Tommy Keegan.

Exactamente, o teu mauz�o.

Parece que o Cutter
arcou com as culpas.

O Buick est� registado
em nome do pai, Joseph Cutter.

Um vigarista � moda antiga.
Carteirista, ladr�o.

Cumpriu penas na Costa Leste.

Paga-me um copo
e leio-te o cadastro dele.

E o Keegan � um criminoso,
o Cutter violou a condicional,

quando o foi visitar.
- Queres prend�-lo?

N�o, quero vigi�-lo.

- Quem � o comprador?
- Comprador? N�o h� comprador.

� s� um tipo
que o quer.

E vou ter de pagar
a um avaliador.

D� para acreditar?
Fazer-me pagar.

N�o sei.

Conheces algum?

- Para arte roubada?
- Sim.

Um a s�rio?

N�o sei, talvez
o Owensby de Minnesota.

- Ou algu�m do g�nero.
- Minnesota.

- E por quanto?
- Por nada, Ray.

Eu tirei-te da cadeia
e tu safas-me desta.

Queres voltar para a cadeia?
Ou queres fazer isto?

O que � que queres?

Preciso de uma pintura
do mesmo ano, do mesmo tamanho.

Quando a encontrar,

custe o que custar,
ter�s de ser tu a pagar.

Fala Ronald Chambers.

Chambers.

Procuro algo muito espec�fico.

Procuro algo franc�s,
por volta de 1875.

1 metro por 80 cent�metros.

Anda.

N�o faz mal.
S� o per�odo e o tamanho.

Av�, como era a av�?

A tua av� era uma santa.

Ela nunca mentia,
nunca falava em boatos.

E de certeza que te daria
o �ltimo c�ntimo da carteira.

N�o sei.

N�o merecia a vida
que teve comigo.

Meu Deus.

Que idade tinha o pai,
quando ela morreu?

Quatro anos.

Ficaram s� voc�s os dois.
Davam-se bem?

Que raio de pergunta � essa?

- S� por curiosidade.
- Mas porqu�?

N�o sei, nunca
vos vi a abra�arem-se.

A dizerem que gostam um do outro.

Eu n�o fa�o isso,
mas ele sabe.

Tens a certeza?

Tamb�m n�o o dizia � tua av�,
mas ela sabia.

Porqu�? Porque as palavras
nada valem neste mundo, William.

O que fazemos � que conta.

E a minha m�e?
Conheceste-a?

Ent�o � isso?

Sim.

O meu pai perguntou-me
o que eu queria

e eu disse que queria
conhecer a minha m�e.

Que se lixe isso.
Entra no carro.

S� sei que um dos homens
do Keegan foi apanhado.

Perdeu o carregamento de hero�na.
Agora o Tommy deve a algu�m.

A quem?

N�o fa�o ideia,
mas era muita droga.

Fazes ideia do que est�s a fazer?

N�o.

Ainda bem.

Ol�.

- Tio Carl.
- Ol�, Will.

- Como est�s?
- Tudo bem, � bom ver-te.

Tu, l� para cima.
Tu, desanda daqui.

- Tu, l� para tr�s.
- Ligo-te amanh�.

- Porqu�?
- L� para tr�s.

O que andas a fazer?
Prometeste-lhe que podia ver a m�e?

Como achas que ele se vai sentir,
quando n�o cumprires isso?

E Deus nos livre de tu o fazeres.

S� lhe vais dizer mentiras.

H� quatro anos que
aqui estamos, Ray.

Eu e o Will.
Estava tudo a correr bem.

E depois apareces,
de repente, vindo da cadeia.

Diz-me a verdade.

Como � que conseguiste sair?

- O Keegan.
- Raios.

Diz-me que � mentira. N�o andas
metido com o Tommy Keegan.

Meu Deus.
Quanto?

Quanto lhe deves?
N�o me digas.

N�o quero saber.

Vai, pega no Will
e sai da cidade.

Preciso da tua ajuda, pai.

Sabes uma coisa?

Devias ter continuado preso.

- Estamos fechados.
- Rodney, lembras-te de mim?

- O Ray?
- N�o.

O ex da Kim.

- O que � que queres?
- Preciso de saber onde ela est�.

N�o a tenho visto.

Por favor, tu sabes onde ela est�.

J� te disse, Ray.
N�o vejo essa cabra h� anos.

Rodney, n�o vim c�
para arranjar problemas.

- S� quero saber onde est�.
- A s�rio?

N�o � esse tipo de visita.

Tira-me este tipo
da minha loja.

- Sai daqui, Ray.
- Vamos l�.

Nunca gostei de ti, Ray.

Onde...
Pela �ltima vez.

- Onde?
- Vai-te lixar.

N�o te volto a perguntar.
Queres "Ray" tatuado na testa?

- Vai-te lixar.
- N�o volto a perguntar.

Onde?

Prescott Road.

Fica em Braintree.
Ela est� a�, juro.

- Como � que me encontraste?
- O Rodney.

- Assim foi f�cil.
- Nem por isso.

- O que queres?
- O teu filho quer ver-te.

- Quantos anos tem agora? Doze?
- Quinze.

Ele lembra-se de mim?

Lembrou-se agora
que me quer ver?

N�o �s tu a tentar
levar-me de volta para...

O teu filho est� doente.
Tem um cancro.

Tem um tumor
de est�dio IV na cabe�a.

Preciso que te arranjes,
que ponhas uma boa cara

e que venhas almo�ar
connosco na quarta.

- N�o consigo fazer isso.
- Tens de o fazer

Acabei de te dizer
que o teu filho est� a morrer.

E tu n�o consegues fazer isso?

Quem �s tu?

Vais ou vou tornar a tua vida
ainda pior do que j� �.

Passo por volta do meio-dia,
� bom que estejas pronta.

N�o te mexas.

- Doeu, Ray?
- Despacha-te.

Precisas de um len�o?

J� acabaste?

Sim, j� acabei.

Foi o Keegan?

O Rodney.

Meu Deus, Ray.

Desculpa, pai.

- Tinhas raz�o.
- Muito bem.

O que posso fazer?

- O Will est� bem?
- Est� a dormir.

Foi uma noite dura
para os Cutter.

Do que � que precisas?

O Ivan.
Ainda est� no ramo?

O Ivan?

Claro que sim.
Esse russo � como uma barata.

E a� vem ele.

- Quem � a v�tima?
- Rodney Hunter.

Tr�s deten��es, viol�ncia
dom�stica, fraude de identidade

e posse de metanfetaminas.

- O que diz ele sobre isto?
- Nada.

Segundo o Hunter, o teu amigo
Cutter procurava uma conhecida.

- Quem?
- A ex-mulher dele. Kim O'Halloran.

Vou investig�-la,
mas at� agora,

o teu tipo j� violou
a condicional uma, duas...

Cinco vezes.

O que queres fazer?

Quero saber porqu�.

Toma.

Sim, � ela.

Porque est� ela
interessada em ti?

N�o, ela quer o Keegan.

Viu-me sair do escrit�rio dele
e deve ter ficado a pensar

que eu estava
com um criminoso condenado.

Se o Rodney me denuncia,
estou feito.

N�o tenho tempo para isto.

Anda, quero mostrar-te
uma coisa.

Estes edif�cios velhos
t�m muitos quartos secretos

da altura da Lei Seca.
Nem se consegue entrar por dentro.

N�o � espectacular?

Muito bom.

� um plano est�pido.

- Qual parte?
- Estou a falar a s�rio.

O que te leva a pensar
que vais conseguir?

J� n�o pintas h� anos.

� verdade, mas n�o quer dizer
que n�o tenha sentido vontade.

Ali�s, s� penso nisso.

Est�s bem?

Vamos.

Podes dizer ao Ivan que o Joseph
Cutter est� aqui, por favor?

- O Ivan n�o est�.
- Sim, est�.

Vi-o a sair da loja.
Est� l� atr�s.

A lambuzar-se
com uma sandu�che.

- Vai dar uma volta, velhote.
- Fazemos assim.

Se eu ganhar,
levas-me at� ao Ivan.

Se tu ganhares,
ficas com isto.

- Est� bem.
- Ao tr�s.

Um.

Dois.

Tr�s.

Seu sacana.

Disse-te para n�o
voltares mais aqui, Cutter.

Acontece que tenho aqui
uma lista de compras.

N�o estou a vender,
estou a comprar

os teus servi�os
como perito em aprovisionamento.

Como rei do submundo.

"Acetato de cobre,
c�dmio, sulfureto de ars�nio,

sulfureto de merc�rio."

- S�o produtos qu�micos.
- E minerais.

E alguns deles s�o venenosos.

L� com aten��o.

Vamos precisar
de todos e depressa.

Ronald Chambers.

� um prazer conhec�-lo.

Estou a renovar a casa.
Era dos meus av�s.

- E agora � tua?
- Agora � minha.

Um Zapic.

Este tipo era um inventor,
um fil�sofo.

Um patrono das artes,
n�o era grande pintor.

Mas era amigo do Degas.

- A s�rio?
- Sim.

Quanto queres pelo pior?

- Este?
- Esse.

Est�s a ver isto?

O que � isso?
Pinturas de crian�as?

As provas da condena��o
do Cutter em 1987.

A maioria foi leiloada como
obras menos conhecidas de Gauguin,

� excep��o desta,
que est� num museu em Paris.

Porque o falsificou?

Porque � que algu�m rouba uma pintura
famosa que n�o pode vender?

- Nem mostrar a ningu�m?
- Por estatuto.

Olha para isto.
Raul Carlos do Cartel Arroyo.

Diz-se que tem a maior colec��o
privada de arte da Am�rica Latina.

Achas que o Keegan e o Cutter
est�o a planear engan�-lo?

Engan�-lo?

O Carlos � duro,
eu n�o faria isso.

Kim?

Est�s acordada?

Raios.

E ent�o?

Est�s bonita.

- Vais entrar?
- N�o.

Acho que devias.

Ol�, Kim.

- Olha para ti.
- Pai.

- Ol�.
- Ol�.

Vamos andando.

Vamos.

Em que parte de Nova Iorque
� que vives?

Perto de Time Square.

Espero que n�o sejas
f� dos Yankees.

N�o, nem por isso.

� que n�o sei se podia continuar
a ser teu filho, se fosses.

Tens namorada?

N�o.

Com licen�a.

Est�s bem?

- Est�s bem?
- Estou.

- Gostas dela?
- Gosto.

� simp�tica.

Estou esfomeada.
O que se come aqui?

- O salm�o grelhado � bom.
- � o que vais pedir?

- Acho que sim.
- Ent�o tamb�m quero.

Est� bem.

- Como � Nova Iorque?
- Como Boston, s� que maior.

Ningu�m conduz.

Todos andam de t�xi
ou de metro.

- E vives num edif�cio bonito?
- Eu gosto.

Temos uma sala de jogos.

Uma banheira no terra�o.

Gostaria de ver isso.

Quando estiveres melhor,
vens visitar-me.

Est� bem.

Est� muito quente.

Obrigado, senhor.

Toma.

Est� bom.

� pena ires j�.

Gostava que ficasses mais tempo.

Porque n�o vais voar?

Se n�o temos asas,
temos de ir de avi�o.

Adeus, William.
Gostei muito do dia de hoje.

Eu tamb�m.

Espera aqui.

Obrigado.

Ela � simp�tica.

- Ela � simp�tica, pai.
- Sim.

Tinha-te dito.

Obrigado por fingires.

- Por fingir o qu�?
- Tu sabes.

Sobre ela viver
em Nova Iorque e...

E n�o ser toxicodependente.

Fiquei contente por conhec�-la.

- Est�s bem?
- Estou.

- Est�s maldisposto?
- N�o, estou bem.

S�o os pequenos-almo�os do av�.

- Est�s pronto?
- Estou.

- Como � que �?
- O qu�?

A quimioterapia.

N�o sei, � uma porcaria.

Est�s bem?

O que se passa?

Promete-me que n�o
te vais rir.

Eu n�o me vou rir.

Quero ter sexo.

� o meu segundo desejo.

A m� not�cia � que eles
t�m vigil�ncia.

Sensores de movimento
nas portas e janelas,

cada quadro tem um sensor
magn�tico na parte de tr�s.

Se lhes mexerem, o sensor
dispara um alarme

e s� temos um tempo
de resposta de seis minutos.

O sinal do alarme
tem liga��o directa � pol�cia.

� tudo controlado por teclado.

- Os teclados s�o com o meu pai.
- Entendido.

- E os seguran�as?
- S�o cinco � noite.

Toda a noite.

Fazem rondas a p�,
depois de fecharem.

E as boas not�cias?

Toma. Liga primeiro.

Pergunta pela Melanie.
Ela vai tratar bem do Will.

- Onde arranjaste isto?
- Est� online, � uma p�gina.

� como o Yelp, mas de prostitutas.

N�o, esquece.
Tem de haver uma forma melhor.

Se houver, n�o te esque�as
de me avisar, est� bem?

O que queres que ele fa�a, Ray?

Que conhe�a uma rapariga
e a leve a jantar?

Que se apaixone
e v� conhecer a fam�lia?

Para depois terem sexo no Buick,
nas margens do Charles?

Sim, Carl. � isso que quero.

Obrigado.

Seis viola��es da condicional.
E agora leva um menor a um bordel?

Se n�o o detemos agora,
n�o estamos a fazer o nosso trabalho.

Esta tal Melanie,
� amiga do Carl?

Sim.

Est�s bem?
Tens alguma pergunta?

Acho que n�o.

N�o? Lembra-te do que te disse.
Usa preservativo.

N�o inventes.

2-C, 2-D.

2-B. � aqui.

- Melissa?
- Melanie.

Sim, entrem.
O Carl explicou-me tudo.

Tu deves ser o William.

- Ol�.
- Ol�.

N�s ficamos bem.
Vemo-nos daqui a uma hora.

Est� bem.

Will, abre.

Est� tudo bem.

Temos de ir. A pol�cia est� c�.
Aqui tens o teu dinheiro.

V�o-me perguntar coisas
�s quais n�o posso responder.

Eu trato disto, vai.

Esquerda.

Para cima.

- Raios.
- Pai, vamos saltar.

N�o podemos saltar.

- Pai, est�s com medo?
- Tu n�o podes...

- Achas que n�o consigo?
- Vou procurar escadas.

Anda.

Raios.

Um bordel?

Porque te ris?

Av�, foi espectacular.

Pois, imagino que sim.

N�o, av�, n�s salt�mos
de um edif�cio para outro.

No telhado e ele
abriu uma fechadura.

Eu estava nervoso, com a barriga
�s voltas, mas ele...

- Estava t�o calmo.
- N�o por dentro.

Ent�o n�o chegaste a...

Pai. Porque n�o ligas ao Carl
a pedir que v� buscar o Buick?

Est� bem
e depois o qu�?

Vou passear o c�o imagin�rio
ou outra coisa qualquer?

Se queres passar tempo a s�s
com ele, aproveita.

N�o precisas de ser
condescendente.

Tu �s uma pe�a.

Will, desculpa
aquilo da Melanie.

Est�s a brincar?

Pai, foi um dia espectacular.

- A s�rio?
- Sim.

Porque � que acabaste
com aquela rapariga?

- Com a Tricia?
- Sim.

Ela sorria para todos
os rapazes que passavam por ela.

E eu ficava furioso.

S� isso?
Ela apenas sorria?

Era para me fazer ci�mes
ou algo do g�nero.

E se ela s� queria
ser simp�tica?

Porque n�o lhe ligas?

O mi�do, � filho dele.

William.

Tirou-o da escola, assim que
saiu da pris�o. Pergunta porqu�?

- Porqu�?
- Raz�es m�dicas.

O William Cutter tem cancro.

Meu Deus.

O resultado da hero�na encontrada
no barman morto no hotel.

Condizem com o que
andas � procura.

Est� bem.

V� quem deu a condicional ao Cutter
e d�-me o cadastro do Keegan.

Por favor.

- O que estamos a festejar?
- Vamos, senta-te.

Nem d� para acreditar.

J� descobri qual vai ser
o meu terceiro desejo.

- Mas n�o conseguiste o segundo.
- N�o faz mal, tentamos depois.

Est� bem, diz.

Sei que est�s a planear algo
para pagares �quele tipo.

- Foi o av� que te contou isso?
- N�o.

- Ouve, Will...
- Pai, quero ajudar-te.

Conseguir-te sexo, apresentar-te
� tua m�e � uma coisa,

mas este problema n�o � teu.
- Pai...

Arranjaste este problema
por minha causa.

Isso n�o � verdade.

Eu j� estava enrascado,
antes de tu apareceres.

Mas pai...

Nunca tinha feito nada t�o
empolgante como aquilo de ontem.

E tu e o av�
viveram a s�rio.

- Eu tamb�m quero experimentar.
- N�o.

Acredita em mim.

Eu sabia que n�o ias cumprir
aquilo dos desejos.

�s um mentiroso, falso.

Will?

Will, abre.

Ol�.

O que aconteceu?

O doutor disse que
tiveste um ataque.

Acho que � normal.

Ol�.

- Pai, por favor.
- Por favor, por favor.

O que � que queres, William?

Por favor.

Este � o Claude Monet.
� um impressionista.

Essa corrente veio do nome
de um dos quadros dele chamado:

"Impress�o, nascer do sol."

Ele n�o quer ser exacto,
como uma foto ou um retrato.

Ele tenta...

Pintar um sentimento.

- Como o Paul Gauguin?
- Sim, como Gauguin.

� um dia de sol.

Primavera.

A Camille est� a olhar
para o Monet.

- O Jean...
- Espera a�.

- Quem s�o eles?
- A Camille era a esposa de Monet.

E o Jean era
o filho de oito anos.

Vai ser dif�cil de falsificar?

N�o d� para falsificar isto.

N�o se consegue copiar.

Temos de entrar l� dentro.

� dif�cil de explicar.

Mas se eu conseguir...

Sentir o que ele estava a sentir.
N�o sei, talvez o consiga fazer.

� lindo.

Pois �.

Alguma vez chegar�s a ir para
o Taiti, como o Paul Gauguin?

N�o sei.

Continua a moer.
Estes minerais s�o puros.

Naquela �poca, em 1875,
n�o havia polui��o.

Depois apareceram
as f�bricas e os carros.

E colocaram part�culas
negras nos minerais.

� por isso que n�o posso
usar as minhas tintas.

Deixa-me ver como est�s a ir.

Muito bem.

Um pouco de �leo.

N�o te mexas.

Agora usa isto
para misturar.

- Queres que eu fa�a?
- Sim.

V� como se transforma
em tinta perante os teus olhos.

J� tomaste a medica��o?

- J�.
- Muito bem.

Pai.

Aquilo que fizeste hoje...

� uma loucura.

Obrigado.

Podia ter passado
a vida a fazer aquilo.

E devias.

Porque n�o o fizeste?

Vamos levar isto a cabo.

Amanh� recome�amos.

- Boa noite.
- Boa noite.

Estou?

A condicional do Cutter foi
concedida pelo juiz Jacob Brooks.

O mesmo juiz que absolveu o Keegan
da segunda acusa��o em 2003.

O Keegan mete o Cutter na pris�o.

E quatro anos depois, tira-o.

Porqu�? Remorsos?

O Tommy Keegan
n�o sente remorsos.

Ray?

Ela vai agora para a�.

Catherine.

Queres conversar?

Est� tudo bem.

Estamos sozinhos.

Est� tudo bem para ambos.

Como � que me topaste?

N�o sei.

Fizeste muitas perguntas,
por isso...

Isto � por causa
do Tommy Keegan, n�o �?

Talvez.

N�o te posso contar
nada sobre ele.

N�o que me preocupe com ele,
ele n�o me interessa.

Mas eu n�o sou bufo.
Nunca fui, nem serei.

O Tommy Keegan foi.
Meteu-te cinco anos na cadeia.

O Keegan tem uma d�vida
com o cartel Arroyo.

Sabes o que isso significa?

- Alguma vez viste este homem?
- N�o.

- Tens a certeza?
- Tenho.

Chama-se Raul Carlos.
� um patrono de arte.

Voltaste a pintar, Ray?

Preciso de tempo.
Preciso de privacidade.

- Por causa do teu filho?
- Sim.

Seja o que for que achas
que deves ao Keegan,

s� vais destruir o tempo
que te resta com o Will.

Ajuda-me para te ajudares.

Est�s bem?

Tive um sonho e...

- Pai, tenho medo.
- Eu sei.

Ol�, Ray.

Como � que estamos?

O que est�s a fazer aqui?
Eu disse que te levava o quadro.

Meu Deus.
� o pequeno William?

Recebeste uma chamada, rapaz.

Quem � a Tricia?

Vai l� para cima.

Andas com sorte?

Tornou-se num rapaz bonito.

Mas est� com
um aspecto doentio.

Eu disse ao Finn que o matava,
se ele se aproximasse do meu filho.

E isso vale para voc�s os tr�s.

Vais mat�-lo com um pincel.
Para qu� tanta hostilidade?

Hostilidade?

- N�o se mexam.
- Meu Deus.

Pai, n�o fa�as isso.

- Joe, somos s�cios.
- Meu n�o �s.

Esta � a minha casa
e eu n�o te convidei.

Tommy, porque n�o dizes
ao Collin e ao Finn

para esperarem no carro,
enquanto n�s falamos?

- Amanh� � o dia D.
- Eu sei.

- Est� pronto?
- N�o, mas amanh� est�.

O museu fecha �s 9h45,
levo-to � meia-noite.

� meia-noite
j� tem de estar em Conway.

- Tens de mo trazer �s 11.
- Para o comprador?

Pessoalmente.
E o avaliador. Raios.

O avaliador.
Tens o contacto do tal tipo?

- Quanto � que me vai custar?
- Sei l�.

H� anos que n�o fa�o isto.

Minnesota.
Meu Deus.

Est�s mesmo metido em sarilhos
com este tipo, n�o est�s?

Estou.

- Amanh� � noite, �s 11.
- Est� bem.

Estarias t�o orgulhosa do Ray.

Eu sei que dizer que � melhor
pai do que eu n�o significa nada,

mas � assim.
E o teu neto...

� t�o forte como tu.

Por isso...

Quando te encontrares com ele...

Cuida bem dele.

Amo-te, isso � um facto.

Sim?

Sim, sou eu.

Quem fala?

Tr�s idas ao forno de 15 minutos
com intervalos de cinco minutos.

A 190 graus.

Est� tudo bem, o restaurante
abre daqui a uma hora.

Est�s pronto para isto, rapaz?

- Estou a estudar.
- �ptimo.

- T�m alguma pergunta?
- N�o.

Vamos fumar isto agora

para festejar
o nosso sucesso.

Um brinde.

A vida � curta.

E h� coisas que correm mal.

Que tenhamos
sempre o suficiente.

Ele est� aqui.
Fui notificada agora.

O Raul Carlos e mais dois amigos
acabam de chegar a Logan.

Pesquisa os tr�s melhores hot�is.
Avisa-me quando souberes algo.

Eu vigio o Cutter.
Manda algu�m vigiar o Keegan.

O Carlos e os amigos est�o
hospedados no Conway.

Raios.

Minha senhora, tenha cuidado.
Isto � um bairro, h� crian�as.

Senhor, preciso que retire
a sua viatura imediatamente.

Vai-me mostrar o distintivo?
Vai prender-me?

Remova a viatura.

- Senhor, n�o pode beber aqui.
- Diga?

N�o pode beber aqui.

- Senhor, d�-me a bebida.
- Tenho sede.

Por favor, d� c� isso.

- D� c� isso.
- Vamos.

Vamos.

Obrigado.

Estava de sa�da,
de qualquer das maneiras.

Senhor, s�o 9h30, vamos
fechar daqui a 15 minutos.

Est� bem.

Tem de sair.

Posso ajud�-los?

Pol�cia Federal. Precisamos
de dar uma vista de olhos.

- Algo fora do normal?
- N�o.

Apenas um idoso que verteu
um refrigerante na ala europeia.

Tenho de ligar ao Will.

Will.

- Est�s bem?
- Sim, estou bem.

Vamos entrar,
tens tr�s minutos.

Est� bem.

Como est� o jogo?

Eu trato disso.

- A ala europeia.
- Mostre-nos.

Com certeza.

Foi aqui.
J� limp�mos tudo.

Como � que ele era?

Um homem idoso.
Um pouco demente.

� triste.

- Vamos dar a volta.
- Boa noite, vamos.

Agora.

Continuam ligadas.

Mas que raio?

Raios.

- A porta est� encravada.
- Vai buscar uma lanterna.

Toca.

Aviso a todas as unidades.
Alarme na galeria de arte.

Anda l�.

Parem.

Andem.

Anda.

Raios.

A pol�cia est� no local,
no museu, ap�s um assalto.

Um pequeno grupo de suspeitos
conseguiu desactivar o alarme.

No entanto, nada foi levado.

Claude Monet.

1875.

"Mulher com Sombrinha".

- E agora?
- Agora?

O Finn vai levar isto ao tipo.

Juntamente com isto.
E eu fico safo.

E eu? Quando eu sair daqui,
n�o te volto a ver.

N�o � bem assim.

Eu conhe�o-te, Ray.

Assim que o meu tipo sair
da cidade com aquele quadro,

vou fazer um telefonema.

Eles v�o ver o que deixaste
pendurado naquela parede

e v�o-te prender.

Outra vez.

Porque n�o te levantas
e te p�es a andar daqui para fora?

Estou a ver o Finn
a entrar no Coffee Plaza.

Meu Deus.

- Precisas de refor�os?
- N�o, h� agentes na entrada.

Vejam.

Que linda,
maravilhosa.

Muito cuidado.

Senhor Owensby.

J� te ligo.

Catherine, deixa
que isto se desenrole.

Se queres apanhar o Carlos,
deixa que isto se desenrole.

Tem o pagamento
para Mr. Owensby?

Sim, tenho o dinheiro.

- Cem mil d�lares.
- Sim, est� todo a�.

Este tipo vem
de Minneapolis, Minnesota?

Para me dizer que
o Tommy Keegan � um idiota.

O que quer dizer isso?

Sempre achei que
Mr. Keegan era est�pido.

Mas n�o sabia
que era assim tanto.

Tretas, esperem a�.

- Mas que raio?
- Vamos visitar o Tommy Keegan.

Mr. Owensby?

- Senhor...
- Carlos.

Lamento.

Al�m de ser uma falsifica��o,
� muito m�.

N�o vale nada?

Isto � para si.
Que Deus o acompanhe.

- Ali est�o eles.
- Raios.

N�o.

Ele vai voltar.

Vai fazer uma visita
e vai regressar.

N�o tem nada contra ele,
de qualquer forma.

Pai.

Jer�nimo.

- O que � que ele fez?
- Est� um quadro l� em cima.

Um Monet verdadeiro.

Quando voltarem, prende-os,
l�-lhes os direitos, tudo.

- Espera, nada foi roubado.
- Confia em mim.

Tem muito cuidado com o quadro.
Leva-o de volta ao museu.

Eles saber�o o que fazer.

- Julguei que n�o eras bufo.
- E n�o sou.

Mas o Carlos n�o � de c�.

Temos de ir.

Meu Deus.

Algum sinal do Finn Gerrity
ou do Collin Corley?

N�o, nada.

J� passou mais de uma hora,
porque est� a demorar tanto?

Na idade dele,
s� precisava de dois minutos.

Isto � rid�culo.

Adeus, Tricia.

Pai.

Obrigado por teres cuidado
dele na minha aus�ncia.

- P�ra com isso.
- A s�rio.

- E que tal?
- Como correu?

- Av�, n�o � da tua conta.
- Est� bem.

- Carl.
- Adeus.

Tamb�m queria vir.

Muito bem, c� estamos n�s.

Pai.

- De certeza que vamos passar?
- Claro, est� tudo legal.

Aqui vamos n�s.

Obrigada.

- Tenham um bom voo.
- Obrigado.

Obrigado.

Nunca o vi t�o feliz.

Pai.

Se tivesses um desejo,
qual seria?

Venham c�, seus maricas.

Venham ter comigo,
a �gua est� �ptima.

Will.

E que tal explorarmos
a Polin�sia?

Podemos ir �s Fiji.

Ou a Tonga.

Podemos ir �s Marquesas,
foi onde viveu Gauguin.

Temos tempo.
O que achas?

Venham ter comigo.

O GOLPE

Tradu��o e Legendagem
Catarina Reis

Ripadas por:
guardiao