All language subtitles for As Bruxas (The Witches)

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Amarre bem, Mark.
N�o quero perder nenhum.

Mark, pare.

� o que dizem na vila.

N�o � verdade!
Isso n�o pode acontecer!

S� querem nos atemorizar
com este ru�do constante.

Levemos o resto.

N�o pode nos acontecer nada,
tenho certeza.

� prov�vel que saibam
que v�m nos ajudar.

Mais livros, Mark!
O que foi isso?

Tantas coisas para empacotar...

Encostem algumas mesas.

� in�til. Est� vindo.

Querem apenas nos aterrorizar.

� o seu sinal. Est� vindo.

Vai comer a sua alma.

Ningu�m pode comer a alma.

Adam!

Mark, voltem!

N�o me...!

Adam!

AS BRUXAS

- H� algum recado para mim?
- Vou ver.

Pode vir por aqui, senhora?
O seu sobretudo.

Desculpe.

- Senhorita Gwen Mayfield?
- Sim.

- Muito prazer. Sou Alan Bax.
- Muito prazer.

- Por favor, sente-se.
- Obrigada.

Empregado.
Gostaria de um ch�?

- Quer comer alguma coisa?
- N�o, obrigada.

Traga apenas um ch�.

- Obrigado por ter vindo.
- Obrigada por me chamar.

Houve muita gente respondendo
ao an�ncio.

A sua carta pareceu-me
excepcional.

O seu trabalho no �frica
parecia mais interessante.

Sim, na carta contava tudo.

Trabalho como professora
desde que voltei.

- � uma escola religiosa?
- N�o, privada.

A minha fam�lia fundou-a
h� muitos anos.

- Privada?
- O sal�rio � bom.

N�o queria...

J� sei o que dizem das privadas,
mas a nossa tem uma base s�lida.

Somos uma fam�lia rica.

Bem, j� n�o somos t�o ricos
e s� resta mos a minha irm� e eu.

E pensamos...

que algu�m que viveu fora
estimularia as crian�as.

- Esteve numa miss�o africana?
- Sim.

Mencionou problemas de sa�de.

Estive doente,
mas agora j� estou bem.

- Desculpe perguntar-lhe...
- N�o se preocupe, entendo.

- Ao tratar com crian�as...
- Sr. Bax, j� estou bem.

Foram circunst�ncias especiais.

Uma revolta tribal
e tudo se descontrolou.

N�o foram as pessoas.

Foram os feiticeiros
que os incitaram.

Queriam expulsar-nos
e usaram m�todos terr�veis.

N�o posso falar do que aconteceu,
n�o posso.

Gostar� de Heddaby,
senhorita Mayfield.

� bel�ssimo, n�o porque seja meu,
mas cuidamos muito.

E sei que gostar� da escola.

Ent�o o emprego � meu?

Se quiser.

- Adeus.
- At� amanh�.

- Posso ajud�-la?
- Sim. Onde est� a escola?

Depois de virar a esquina.

- � a nova diretora?
- Sim.

- Muito prazer em conhec�-la.
- Obrigada.

Senhorita Mayfield.

- Bem-vinda.
- Obrigada.

Encarregaram-me de lhe dizer isto.
Sou Valerie, Valerie Creek.

Muito prazer.

- Levo-lhe as malas?
- Sim, obrigada.

- Boa tarde.
- Boa tarde.

Sou Dowsett.
Encarrego-me do jardim.

� lind�ssimo.

� bonito, n�o �?

Est� bem cuidado.

A senhorita Westelton, a antecessora,
nunca teve de fazer nada.

N�o a deixavam.

O Sr. Bax pediu-me esta manh�...

que estivesse tudo perfeito
quando chegasse.

N�o a esperava t�o cedo.
Sen�o, teria preparado um ch�.

Vou faz�-lo num instante.

Aqui est� o dormit�rio.

- Tudo bem?
- Muito bem, obrigada, Valerie?

Sim. Virei todas as manh�s.

- Mostro-lhe o resto?
- Prepare o ch�. Eu me arrumo.

Ol�, gatinho. Ol�.

O gato � daqui?

N�o, mas est� sempre por aqui.

Talvez esteja � procura de casa.

Tamb�m gosta deste lugar.
Aonde � a casa do p�roco?

- A casa do p�roco?
- Queria cumprimentar o Sr. Bax.

- Refere-se � casa dos Bax.
- � longe?

N�o, � s� ao virar da esquina.
Depois eu lhe mostro.

- Sou a senhorita Mayfield.
- Entre.

Senhorita Mayfield,
sou Stephanie Bax, a irm� de Alan.

- Muito prazer.
- Muito prazer.

Quer ir ao meu est�dio?

Desculpe a desordem.
Estou escrevendo.

- Desculpe a interrup��o.
- N�o se preocupe. � terr�vel.

N�o estou inspirada.
Talvez amanh�.

O que quer beber?
Gim?

Tamb�m h�... Bem, gim.

N�o � poss�vel, mais gim.

Pensemos que �
um Martini muito seco.

- Sente-se.
- Obrigada.

- Voc� � a famosa Stephanie Bax?
- Famosa? Que novidade.

Reconheci o seu nome,
mas n�o sabia se era voc�.

Leio os seus artigos de domingo,
� s�rio.

- Concorda com tudo o que digo?
- N�o.

Muito melhor.

- Discorda com frequ�ncia?
- �s vezes. Bastante.

Gostar� disto.
� primitivo, com fossas s�pticas,

mas � real.

- A igreja.
- O que tem?

N�o a vi pelo caminho.

N�o existe.

Deveria haver uma.

- Alan?
- N�o � o p�roco?

O reverendo Alan Bax? N�o.

- E o colarinho?
- � inofensivo, voc� ver�.

Senhorita Mayfield.
Desculpe, ouvia uma fita.

Alegro-me de v�-la novamente.
Pensei que era verdadeira.

- � da catedral de Salisbury.
- Pelo menos n�o h� vizinhos.

Que sala t�o fascinante.

O colecionador � Alan.
A mim isto n�o me atrai.

Quase tudo j� estava aqui.

- Esta senhora...
- � da igreja.

- N�o disse que...?
- Antes havia uma.

Depois eu lhe mostro.

O que resta dela.
Fique para jantar.

- Gostaria, mas n�o posso.
- Fica para outra vez.

Que seja r�pido,
queremos v�-la com frequ�ncia.

- � muito am�vel, senhorita Bax.
- Nada de formalidades.

Gwen, Alan, Stephanie.

Agrade�o.
Vou gostar de Heddaby.

Irei v�-la.

- H� quanto tempo est� assim?
- H� quase 200 anos.

Sofreu danos. N�o a reconstru�ram.
Deixaram assim.

Foi uma tempestade?

A Stephanie disse-lhe alguma coisa?
Que n�o sou padre?

Antes tivesse dito.
N�o h� nada de mal nisso.

N�o pretendo celebrar missas
nem converter ningu�m.

Quis entrar para a igreja,

mas n�o pude.

�s vezes o colarinho...

me d� seguran�a.

Senhor Bax?

Alan?

Bom, vou regressar.

N�o � t�o gorda.

Como querem que os entenda
se falam todos? Vamos ver, voc�.

Como � que se chama?

N�o estou na sua turma.

- Em qual?
- Na dela!

Senhorita Mayfield? Sou Sally Benson.

Talvez tenha pensado
que n�o viria.

Desculpe, cheguei atrasada
da Fran�a.

Tanto faz, depois falamos.
Os da minha turma que venham.

Esta � tua.

Sim, vamos, Jean, vamos.

- Maureen Crowther.
- Presente.

- Ronnie Dowsett.
- Presente.

- Mary Parker.
- Presente.

- Gordon Parker.
- Presente.

Linda Rigg?

- Linda?
- Presente.

- Linda, o que tem a�?
- Isto, senhorita.

Uma boneca.
N�o tem mais idade, n�o �?

Guarde.

Tentarei me lembrar
de seus nomes.

Para voc�s � mais f�cil,
s� t�m de se lembrar de um:

senhorita Mayfield.

Sim, senhorita Mayfield.

Sente-se e beba o leite.
Eu j� volto.

- Como chorou! Ouviu?
- � o seu primeiro dia.

J� os conhece?

Eu tento, mas parecem-se tanto.

� a cara de Heddaby.
S�culos de endogamia.

- Menos esse moreno.
- Ronnie Dowsett?

S�o muito amigos.
Melhor para eles.

- Gosta de Heddaby?
- Sim, voc� n�o?

N�o viveria aqui.
O meu namorado vive na cidade.

� calmo.
Bom para a alma, como diz o povo.

� um bom lugar para esquecer.

Isto �, � agrad�vel,
com gente simples.

Bom, aqui toda a carne � fresca.
Nada de congelados.

Isso � para os esquim�s.

N�o h� nada como o sangue quente,
n�o �?

"Que charlat�o", pensa.

Quanto?

- Seis pe�as.
- Seis xelins.

Boa pe�a.

Dar� um bom assado.

Asse-a em fogo lento.

Aqui est�.

Obrigada.

Bom dia.

Ol�.

- Bom dia, Joe.
- Bom dia, senhorita Mayfield.

- Bom dia, Linda e Ronnie.
- Bom dia, senhorita Mayfield.

O seu troco de dois pences.

- Senhorita Mayfield.
- Valerie.

Est� cheio,
como todos os s�bados.

D�-me o seu pedido.

- Eu levo-lhe.
- De certeza?

- Tenho de ir para engomar.
- Muito obrigada.

Antes tenho de ajudar a minha m�e.

Ol�. Porta-se bem?

Mima-me demasiado.
N�o me deixa fazer nada.

A Val � muito trabalhadora, n�o �?

� terr�vel, mam�e.
Passo vergonha com ela.

Deixe de piadas.

Mam�e.

Viram isso?

Linda Rigg, a tua av�
estava � tua procura.

A deixou esperando.
V� busc�-la.

- Deve ter se esquecido.
- Imposs�vel.

Pe�a desculpas.
E voc�, rapaz, deixe que ela v�.

- Viu esses dois namorando?
- Est�o apenas olhando.

Deveriam vigi�-los.

N�o se preocupe, mam�e.
A senhorita Mayfield vai vigi�-los.

- Farei o que for correto.
- Fa�a isso.

- Mais tarde lhe levo isto.
- Obrigada.

- Ronnie?
- Sim, senhorita?

Me acompanhas?
Queria falar contigo.

� sobre a reda��o
que me entregou ontem.

Mais do que uma reda��o,
era um conto, n�o era?

Suponho que sim.

N�o se preocupe, eu gostei.
� sua maneira, era muito bom.

N�o precisa que te diga
que era bom, n�o �?

- Gordon Parker.
- Presente.

Linda Rigg.

Sabem por que a Linda
n�o veio � aula?

Est� bem.

Geografia.

Sandra, quanto tempo dedicou
a fazer os deveres? 3 minutos?

- N�o, senhorita Mayfield.
- Menos?

A AV� DE LINDA RIGG
MALTRATA ELA

Ronnie, foi voc� que escreveu?

N�o � a minha letra.

Nem a tua ortografia.
Tanto faz. Escreveu?

Ronnie, diga verdade.
� uma brincadeira de mau gosto?

N�o, � verdade.

A sua av� a maltrata?
Foi a Linda que te disse?

- Eu vi.
- O que viu?

Estavam no tanque e pensou
que me tinha ido embora. Eu olhei.

P�s a m�o de Linda
nos cilindros.

Como?

P�s a m�o na secadora.

Senhora Rigg?

Ol�.

- Senhora Rigg?
- Sim, sou eu.

J� sei quem �.
� a nova professora.

- Entre, querida.
- Obrigada.

Linda, boa tarde.

- Veja o que me ofereceu.
- Que bonita.

Tinha-lhe prometido,

e como se sentia mal,
fui compr�-la.

Por que a Linda
n�o foi �s aulas?

Conte-lhe.

Me machuquei nos cilindros,
ao secar a roupa das bonecas...

Sou uma desastrada.

Verdade. �s vezes demais.

N�o vi nenhum osso partido...

e lhe dei umas ervas
para que dormisse bem.

Como uma pedra.
Sabe muito de ervas.

As velhas tradi��es.
Eram �teis antes e agora.

- J� fez uma cataplasma com p�o?
- Acho que n�o.

Mas usa penicilina.
� a mesma coisa.

Faz vinho e tudo.

Deixa-a provar uma dose.

Ganhou um pr�mio.

- Sempre que concorre, ganha.
- Menos com o chutney.

Ronnie est� bem?

Sim, mas est� preocupado.

- Ele contou?
- Mencionou.

Mal feito.
N�o deveria andar por aqui.

N�o queremos saber nada dele,
n�o �?

Esse Ronnie Dowsett?
N�o, a verdade � que n�o.

N�o � um bom rapaz.

Vai virar um folgado
como o pai.

Bem.

- Senhorita Mayfield.
- Obrigada.

- Um copinho para voc�.
- Parece delicioso.

Aqui est�.

Ronnie Dowsett parece
um rapaz inteligente.

Parece.

Ambos est�o chegando a certa idade
e n�o quero que se relacionem.

Acabou. J� falei com ela.

N�o quero que lhe aconte�a
o mesmo que � m�e.

N�o voltar� a acontecer.

Ela entende.

- Tem todo o direito...
- Tenho e devo utiliz�-lo.

Bem...

Vou embora, obrigada pelo
vinho. Linda, espero v�-la amanh�.

- O meu gato. Deve ter me seguido.
- Seu gato?

Adotei-o. Acho que o
chamarei de Smokey.

Est� enganada.
Est� comigo h� cinco anos.

Chama-se Vesper,
n�o �, meu lindo?

Mas vem � minha casa.

� s�rio, Vesper? Mauzinho.
Nunca me tinha dito isso.

- Adeus, senhora Rigg.
- Adeus, senhorita.

V� atr�s dela.

- J� acabou?
- Sim, senhorita Mayfield.

Traga-me e o folheto tamb�m.

Achou dif�cil o enunciado?

N�o, s� um pouco diferente
daquilo que estou habituado.

Para que �?

Bem, � uma esp�cie de teste.
� tudo o que posso dizer.

- Tchau, Ronnie.
- Tchau, senhorita Mayfield.

Senhorita Mayfield, estou
muito agradecida.

J� devia saber que era inteligente.

Achava que era s� orgulho de m�e.

Agora demonstrou que � verdade.
Ter� uma oportunidade.

- � preciso ser pr�tico.
- Sim.

N�o nos entusiasmemos muito.

Tem que recuperar o atraso.
H� duas possibilidades.

O senhor Bax sugere que v�
a uma boa escola especial.

O senhor Bax se ocupar�
de que n�o paguem nada.

� uma oferta generosa.

- Viver� longe de casa?
- Sim, � um internato.

- E deixar Heddaby?
- N�o faria isso?

- Trata-se do seu futuro.
- Sim, mas...

O que acha?
A senhora o conhece.

Acho que n�o ser� feliz.
Ver� que est� atrasado...

e ficar� desmotivado.

E se ficar?

Eu ensinarei.

Mesmo?

Teremos que trabalhar duro,
mas aprender�...

e n�o perder� a confian�a
em si mesmo.

Ter� muitos deveres,
e dever�o tentar que os fa�a.

Depender� de todos.

Querem pensar no assunto?

Acho que n�o.
Se o ajuda, n�s tamb�m.

Espere que n�o pense
que somos ingratos.

Claro que n�o.

- Adeus, senhor Bax.
- Adeus.

- Adeus, senhorita Mayfield.
- Adeus, senhor Dowsett.

O que aconteceu?

Teria sido melhor
que fosse embora.

Obrigado.

Se esforce na reda��o,

n�o quero que se
conforme com pouco.

Est� bem.

A partir de agora
dever� trabalhar muito duro.

Nada de distra��es.

- Refere-se a Linda?
- Em parte.

- Quer que deixe de v�-la?
- Seria melhor.

Por causa do meu trabalho?

- Alan.
- Diz: "Hoje n�o, obrigada".

- O que � tudo isso?
- � para o festival.

O qu�?

- O festival escolar de Junho, n�o?
- Sim, senhor.

N�o sabia.
Terei que fazer as roupas?

E dirigir uma obra.
� uma tarefa da diretora.

O espect�culo � assim.

Vou tentar.
H� sempre uma primeira vez.

- Adeus, Ronnie.
- Tchau, senhorita. Tchau, senhor.

Queria perguntar-lhe uma coisa.

Por que preferia
que Ronnie fosse embora?

Era mais f�cil.

- Para quem?
- Para ele.

Tamb�m penso isso,
mas de forma mais suave.

N�o acho que seja
o melhor para Ronnie.

Trata-se de mant�-los separados,

e tamb�m n�o � o melhor
para Linda.

Porqu�, Alan?
Porqu� � t�o importante?

Alan?

Ol�!

- Como est� tudo?
- � um caos.

Deveria ser a torre de Pisa.
Est� bem inclinada?

Parece perigosa.

- Vem ver?
- N�o posso deix�-los.

- At� logo.
- Adeus. Boa sorte. Vamos.

Vamos l� ver, onde est� Galileu?
Onde est� Linda?

- O que aconteceu?
- Desapareceu.

- N�o pode ser.
- � o que aconteceu.

- Tirou?
- N�o � verdade.

- Como ontem n�o vim, se zangou.
- Perdi.

- Onde?
- Se soubesse, acharia.

O que est� acontecendo?

- Jogou fora o boneco que dei.
- N�o � verdade.

Venha, Linda.
� Galileu, lembra?

N�o quero participar.

- Todos participam.
- N�o quero me fazer de homem.

N�o h� pap�is femininos
porque quase n�o houve inventoras.

Suba e tente.
Tem um papel muito bom.

- Ponha o bigode.
- Os acess�rios.

"Eu Galileu, estou aqui."

Eu, Galileu, estou aqui.

"Para fazer uma experi�ncia."

Para fazer uma experi�ncia.

Todos se perguntam...

o que � que cai antes,

um quilo de penas
ou um quilo de chumbo.

Cuidado, que lhes cai o mundo.

Linda, me d� esse bigode.

- E os teus deveres?
- N�o fiz.

- A senhorita Mayfield vai-se zangar.
- Tanto faz.

Ficar� ainda mais zangada
se souber.

O qu�?

Que est� aqui.

Ela n�o gosta de mim.

O que aconteceu?

Ronnie Dowsett.

Algu�m sabe o que
conteceu com ele? Linda?

N�o, senhorita Mayfield.

- O que aconteceu?
- Agora n�o. Tenho de ir com ele.

O que aconteceu?

Ontem � noite sentiu-se mal.

N�o parecia grave.

Uma enxaqueca, alguma febre,
nada mais.

Esta manh�
parecia dormir tranquilo,

mas a minha mulher
telefonou ao m�dico.

Ele o observou
e disse que estava em coma.

Em coma?

Um sono anormal.

Come�ou logo a trat�-lo.

Ontem eu disse pra ele
que consertaria isto.

Eu n�o fui.
Basta que v� a sua m�e.

- O que ele tem?
- Ainda n�o sabem.

A minha mulher
tem id�ias estranhas.

� galesa.

No ano passado teve uma herpes
aqui, muito doloroso.

Achou que algu�m
a tinha provocado.

Provocado?

Que algu�m a tinha provocado
de prop�sito.

- Por causa de uma briga com ela.
- Uma briga?

Por causa do Ronnie.

- Com quem?
- Com a av� Rigg.

Vamos, n�o fiquem para tr�s.

N�o se separem.

Bem, vamos a esse campo.

Depressa ou o ssenhor Curd
vai se aborrecer.

Venha, Sue.

Olhem, ali h� uma sombra.
Vamos l�?

N�o fa�am barulho, v�o assust�-las.

Muito bem,

come�aremos pelo princ�pio.

O da roda e o dinossauro.
Quem � o dinossauro? Voc�.

Muito bem. Vamos.

Sei o que querem.

Bem, comece.

Vivi toda a vida neste p�ntano.
Est� cheio de lama e � �mido.

E quando me deprimo, rujo.

Se n�o, o que fa�o?
Sou um dinossauro.

Bem, ruge.

Quem �?
O que � isso que d� voltas?

- Senhorita Mayfield!
- O que aconteceu?

Tem alguma coisa
ali em cima.

- N�o alcan�o.
- O que �?

- � um boneco!
- � o boneco da Linda!

- Olhem.
- Vejam.

Eu j� devolvo.

Olha, est� cheio de agulhas.
E n�o tem cabe�a.

O que poder� ser?

Bruxaria? Algum amador?
Sim, � o que parece.

Achava que eu ia dizer
que isso n�o pode acontecer aqui?

Acho que a bruxaria ainda se
pratica em lugares remotos.

Lugares como Heddaby.
Sempre me intrigou.

- O que vamos fazer?
- O que fazer?

- Eu come�aria por tirar as agulhas.
- Sim...

N�o, n�o fa�a isso. Sabe porqu�?

Seria admitir
que n�s acreditamos nisso.

Entendo.

Escrevi sobre bruxas, ou
sobre pessoas que acham que s�o.

A sua psicologia.
Tem a ver com o sexo.

Costumam ser mulheres idosas.

Como a senhora Rigg, por exemplo?

Sim, acreditam num poder secreto
quando os normais lhes falham.

Elas acreditar�o,

mas, e n�s?

E se admitimos
a possibilidade de que um rapaz...

� hospitalizado por vontade
alheia? Isso � fascinante.

Entendo. O que admitimos crer
e o que cremos, suponho que...

poderia nos destruir.

Muito bem dito.
Nunca escreve?

- Bem...
- J� sei.

Vamos escrever um artigo juntas.

N�o poderia.

Claro que sim.
Quem melhor que voc�?

Fetichismo em �frica,
bruxaria na Inglaterra.

Ter�o muitas coisas em comum.
� perfeito para publicar no domingo.

- Adoraria.
- Est� combinado. Faremos em dupla.

Podemos nos ajudar.

Escrever reconforta.

Com certeza Ronnie Dowsett
responder� bem � penicilina,

mas ficamos com isto
para as fotografias.

Senhorita Mayfield!

- Como isso chegou aqui?
- O qu�?

Ah, o espanador.

N�o sabia aonde tinha deixado.

� de penas.

Comprou isso?

N�o, estava com as coisas
que o senhor Bax mandou.

Tomou uma p�lula.
N�o me surpreende.

Uma prima costumava tomar
p�pulas e andava dormindo,

veja s�.

N�o se mexa. Vou-lhe
preparar uma x�cara de ch�.

Senhor Dowsett,
n�o esperava v�-lo esta manh�.

Queria me manter ocupado.

- Alguma novidade?
- Continua na mesma.

- Est� assim h� tr�s dias.
- Est�o fazendo exames.

J� sei. A senhorita Benson
me telefonou.

A sua m�e n�o se separou dele.

Ontem fui eu.

Viu ele?

N�o me reconheceu.

Sr. Dowsett,
estas coisas levam algum tempo.

Est� em boas m�os.
Encontrar�o a causa.

- Valerie!
- Sim, senhora.

Prepare um ch� para o senhor Dowsett.

E um caf� da manh�.

- Levei o bast�o para ele.
- Bom.

- Senhora Dowsett.
- O que quer?

- la ver como est� o Ronnie.
- S� deixam entrar a mim.

- S� queria saber como est�.
- N�o sabem nada.

Eles e os seus exames.
E ele l�, estendido.

- Est� pior?
- Podia estar pior.

O que esperavam?
Que estaria pulando e rindo?

- Meu Deus, se eu soubesse.
- Eu a levo para casa.

- N�o, vou de �nibus.
- Eu a levo num momento.

Venha.

O que acha
que aconteceu com Ronnie?

Como quer que eu saiba?

� sua m�e, deve ter o seu instinto.

Talvez.

Acha que �
uma doen�a natural?

Eu sempre cuidei bem dele.
Sempre.

Por que n�o seria natural?

N�o sei se isto lhe diz algo,
mas ontem encontrei...

um boneco numa �rvore.

Um boneco?

Tinha agulhas cravadas
e faltava-lhe a cabe�a.

N�o sei o que est� insinuando...

com esse boneco.

Que estupidez � essa?

- No ano passado teve herpes.
- N�o me lembro.

- Foi o seu marido que me disse.
- Do que est� falando?

Est� me confundindo.
Quer me deixar nervosa.

Me deixe descer.

Me deixe sair aqui.

S� quero o melhor para o Ronnie.

N�o se intrometa.
Podia ter ido para o internato.

Estaria longe, mas voc�
devia fazer as coisas � sua maneira.

- Acredite, � pelo seu bem.
- Parece que ele est� bem agora?

Quem est� a�?

Senhor Dowsett.

Vi a luz.

- Posso entrar?
- Fa�a o favor.

- J� sabe?
- De Ronnie? Sim, � maravilhoso.

Esteve comemorando.
Quando volta a casa?

- Foram embora.
- Como?

Os dois. Ela fez as malas.

Disse que levaria o garoto
para sua fam�lia de Gales.

Disse isso?

Que o garoto nunca mais deve
regressar. Isso ia mat�-lo.

Entendo.

Disse que eu podia ir com eles
ou ficar, mas que eles iam embora.

Que a sua vida est� em jogo.

Claro.

Eu n�o posso ir embora assim.

Vivi sempre aqui.

- Devia t�-la impedido?
- N�o.

O que aconteceu?

Eu acho que sei o que foi.

O qu�?

Bem, ent�o diga!

Ontem � noite a sua mulher
foi ver a senhora Rigg; sabia?

E acho que as duas...

fizeram um pacto.

- Que pacto?
- N�o sei, n�o tenho certeza.

- Aonde vai?
- Averiguar.

Vou ver a senhora Rigg.
Vou averiguar!

Senhor Dowsett.

Tenho de telefonar para a pol�cia!
West Dowsett est� morto!

Encontrei-o
no lago, afogado.

Afogado?
Mas eu o vi ontem � noite.

Devia estar b�bado e caiu.

- Viram-no ontem � noite?
- Tinha bebido muito.

Aonde o viu?

Entrou na escola e conversamos.

Devia ser muito tarde.

N�o foi v�-la?

A mim?

Quem dera tivesse feito.

N�o deixaria ir embora
b�bado, como outros.

Gwen, querida!

Dodo, Thatcher, venham!

J�!

Muito feio! Sentem-se.

Nunca tinham fugido.

- Est� bem?
- N�o � nada.

Ainda bem que te vejo.
Quero mostrar uma coisa.

- O qu�?
- Umas pegadas.

As ovelhas! Desapareceram.

Quem encontrou Dowsett
deixaria pegadas.

Havia umas de p�s descal�os.
Dowsett n�o esteve sozinho.

Foi ver a senhora Rigg.

E se interrompeu alguma coisa,

o trouxeram aqui e o afogaram?

Quem?

Muitos. Viu nas suas caras.
Sabem que eu sei.

Quantos acha que eram
pelas pegadas que viu?

- 10, 12?
- Talvez.

Um sab�.
Essa � a palavra t�cnica.

Talvez tenha interrompido
uma sess�o de bruxaria.

- Acha que � poss�vel?
- � uma hip�tese.

Haver� uma investiga��o.

Vou-lhes dizer tudo o que sei
sobre a morte do senhor Dowsett,

do pacto para os afastar,
o que fizeram com o rapaz.

Por que fizeram isso?

- Para afastar Ronnie de Linda.
- Parece que sim.

A bruxaria n�o funciona assim,
ao contr�rio.

S� h� uma raz�o
para a conservar intacta,

para um sacrif�cio ritual.

Gwen, tenha cuidado com o que diz
se n�o quer que riam de voc�.

Refiro-me aos di�rios:

"Professora denuncia
ritual de bruxaria".

-� a senhorita Gwen Mayfield?
- Sim.

Talvez possa nos ajudar.

Direi o que sei na investiga��o,
na frente de todo mundo.

Olhe, senhorita...

Basta.
At� l� eu tomo conta dela.

Pronto.
N�o precisa de pontos, vai-se curar.

A antitoxina pode causar enj�o,
mas � melhor que ter t�tano.

Tome isto e dormir�. Funciona.

Vou levar isto para arrumar.
Poder�o limp�-lo.

Obrigada.

Quando come�a a investiga��o?

Depois de amanh�. Agora descanse.

Stephanie.

Stephanie, aonde est�?

O que aconteceu?

- Onde estou?
- Tudo vai correr bem.

- Estava na miss�o.
- Acalme-se, n�o se preocupe.

Estou na �frica? Voc� � inglesa.
Estamos na costa?

Voltou a si.

- Pela primeira vez?
- Sim.

Doutor?

Lembra-se de mim?

- N�o.
- H� algum tempo que cuido de voc�.

Est� numa cl�nica.

N�o � a costa, est� frio.

N�o, est� na Inglaterra.

A salvo, em casa.

Sofreu,
mas est� se recuperando.

- N�o lembro de nada desde a miss�o.
- Isso j� foi h� algum tempo.

Quanto tempo?

Dias? Semanas?

Mais de um ano.

Um ano!

Deve descansar.

Se estou aqui h� mais de um ano,
devo ter trabalhado, ter amigos.

Sim, tem amigos.

- S�o eles que pagam a conta?
- Sim.

Quem s�o? Como se chamam?
Tenho o direito de saber!

Acalme-se. Deixe-me explicar.

Teve uma reca�da
da doen�a que teve na �frica.

E est� muito d�bil.

N�o precipite as coisas.

N�o se esforce para recordar
pessoas ou lugares.

Acabar� por recuperar a mem�ria,
mas n�o imediatamente.

�s vezes acontece.
H� coisas piores.

Pode ficar tranquila,
tem amigos que cuidar�o de voc�.

Sempre.

Venha.

Hoje temos uma pessoa nova.
Esta � a senhorita Mayfield.

O senhor Glass, a senhora McDowall...

e a senhorita Walkinshaw.

� a que perdeu a mem�ria.

Eu tenho traumas.

- �?
- Senhorita Mayfield.

A vi na janela.
Ela est� bem?

- Com quem estava?
- Com um amigo.

- Outro m�dico?
- N�o, um amigo.

Boa noite.

- Quer v�-la? Entre.
- N�o.

J� a ouviu, ela te viu,

mas n�o se lembra
do que causou a reca�da.

Sim, fosse o que fosse.

Bem...

Falemos do futuro.
Nestas circunst�ncias...

Senhor Glass.

- L� est� ele outra vez.
- Maldito traste.

Temos de levar para consertar.

Pronto.

Senhora McDowall?
Olhe quem a veio visitar.

A sua neta mais nova.

Julie, que bom que veio.

Que boneca bonita.

� nova, me deram hoje.

Chama-se Susan.

Que nome t�o bonito, n�o �?

Heddaby.

- O que disse?
- Desculpe.

N�o h� problema.
� apenas um bolo, n�o se preocupe.

Est� cansada.
Vou lev�-la ao seu quarto.

Investiga��o...

A investiga��o...

Afogado, pegadas no...

A menina, a menina...

Mant�m-na virgem porque...

Continua sem se lembrar de nada
da sua vida na Inglaterra?

N�o se lembra de nada em absoluto?

Venho-lhe dizer
que est� na hora de ir embora.

Foram os seus amigos que
sugeriram. Esta cl�nica � cara.

Felizmente, conhe�o outro centro.

- Onde?
- Na Cornualha, � um s�tio.

Ali poder� trabalhar em alguma coisa;
ser� melhor do que isto.

Uma vida sem press�es no campo.
Ser� o melhor.

Vou pensar nisso, doutor Wallis.

Nunca tinha dito o meu nome.

Soube imediatamente.

Uma das enfermeiras
estava lhe procurando.

Bem.

Nos vemos amanh�?

Aqui est� a sua roupa.

N�o a reconhece?

� tudo seu.

Vamos l�, voc� vai embora �s 10.

Eu come�aria a me vestir.
S�o do seu n�mero.

Me d� uma carona?
O doutor Wallis quer arranjar isto j�.

- Suba.
- Obrigada.

Cuidado!

O que est� fazendo?

Senhorita Mayfield!

Vai para Heddaby?
Quer que a leve?

Suba, n�o seja t�mida.

Que curioso,
trope�ar assim em voc�.

Que estou dizendo?
Quase que a atropelo, n�o �?

Era a �ltima
pessoa que esperava ver.

- Esteve doente.
- Sim.

A aldeia ficou triste ao saber.

- Estava no hospital?
- Numa cl�nica. N�o era grave.

Ainda bem.

Ainda est� um pouco p�lida,
mas isso passa passeando ao sol.

Tenho de parar um minuto na loja.
Volto j�.

Ol�, senhorita Mayfield.
Que bom v�-la outra vez.

N�o fale com estranhos.

Que bom v�-la outra vez.

Obrigada.

Senhora Curd.

Pegaram a garota.

Levarei isto a casa dos Bax.

Ficar�o surpreendidos ao v�-la bem.

Doutor Wallis, chegou muito r�pido.

Meu Deus, que al�vio.

Me assustei ao saber que tinha
ido embora. Deve estar cansada.

Descanse.

Como voc� veio?

Peguei carona,
n�o tinha dinheiro.

Est� cansad�ssima.
Quer beber algo?

Nada de �lcool. N�o aconselho.

S�rio, doutor Wallis? Bem...

E alguma coisa de comer?

- Te alimentavam bem?
- Muito bem.

Parece que n�o est� mal.

O que � isso
de lev�-la � Cornualha?

Achei que, como n�o progredia,
seria o melhor.

Progrediu,
voc� n�o percebeu.

Mas me avisou que n�o fosse
para n�o incomod�-la.

- Conselho profissional.
- N�o me diga.

Deviam inspecionar o centro.

- Stephanie!
- N�o estou brincando.

Liz, traz alguma comida quente
para a senhorita Mayfield.

E muito caf�, r�pido.

- Te abandonamos.
- N�o, devo a voc�s...

Dev�amos ter cuidado melhor de voc�.

Desde aquela noite, se lembra?

Alan te encontrou.

- Ele?
- No teu quarto, inconsciente.

Me chamou.

Lembro-me
de ter tido um pesadelo.

Tem de ter calma.

Devia estar � beira
de um ataque de nervos.

Imaginava coisas sem p�s nem
cabe�a, que havia bruxas...

Ela fica aqui.

Ainda precisa de cuidados.

Ela ter�.

Me chame se precisarem.

Algu�m teve um acidente?

Dowsett se afogou.

Houve uma investiga��o
quando estava doente.

Disseram
que tinha sido um acidente.

Te dou outro quarto,
para evitar m�s recorda��es.

- � perfeito.
- N�o se preocupe, estarei ao lado.

Amanh� a Liz traz as tuas coisas.

Obrigada.

Boa noite.
Durma bem.

- Ainda bem que voltou.
- Eu tamb�m acho.

Senhora Rigg, Senhora Rigg.

Senhora Rigg.

� voc�.

N�o esperava v�-la.

- Quer um copo de vinho?
- N�o, obrigada.

- � bom.
- J� bebi da primeira vez que vim.

Aconteceram muitas coisas.

Bem, vim perguntar por Linda.

A minha Linda.

Quem dera se eu soubesse o que foi...

Est� de f�rias,
com os primos em Great Yarmouth.

O mar vai lhe fazer bem.

Estou acabando um vestido para ela
para o pr�ximo ano.

- Queria saber como estava a Linda.
- Ah, sim.

J� est� aqui.

Est� tudo pronto.

Foi pouco trabalho.

Linda.

- Foi voc� que fez?
- Tive de faz�-lo.

- Porqu�?
- V� embora daqui.

Stephanie.

Estava desejando que viesse.

- E veio.
- Vim.

Veio para se unir a n�s.
E se unir�.

Alan, v� embora.

Ajoelhe-se.

Incline-se, incline-se.

� dos nossos.

Desculpe esse teatro l� em cima.

� necess�rio, sabe?
Como uma terapia de grupo.

- Posso ir � pol�cia.
- Rec�m-sa�da da cl�nica?

� um lugar bem curioso.
O querido doutor Wallis e tudo isso.

Vou arriscar.

N�o acredito, � vulner�vel
em todos os sentidos.

Foi por isso que me escolheram?

Evidentemente.

E agora que j� � dos nossos
vou te contar tudo.

Vai ser divertido. Venha comigo.

- Aonde � que isto vai dar?
- Na casa.

Antes os padres fugiam por aqui.

Tamb�m eram bruxos?

� um costume local.
Eu me iniciei com a av� Rigg.

Fez com que Ronnie
ficasse doente?

Exato. � t�pico dela.

Eu estudei isto como uma ci�ncia.

Venha.

Pobre Alan. � t�o leal.

Ele sabe.

Mas n�o suporta.

O que � que sabe?

Toda a minha vida...

tentei levar
o meu c�rebro ao limite,

abarcar
todas as id�ias e o seu alcance,

e us�-las
ao servi�o da Humanidade.

- Acredita?
- Sim.

Deve faz�-lo,

porque s� agora que vejo
a minha vida chegar ao fim,

� que acho que estou de fato
aprendendo.

Se tivesse outra oportunidade
e pudesse viver s� mais 50 anos,

quantas coisas poderia fazer.

Isso n�o � poss�vel.

Sim, �.

Encontrei a maneira.

O que �?

A �nica c�pia existente das obras
de Johan de Wurzburgo.

S�culo XIV.

- Sabe latim?
- Antes sabia.

Bem.

N�o.

Sim. � o que est� pensando.

E eu o traduzi.

"Tece uma capa com ouro,

costura-me um vestido
dos p�s � cabe�a.

D�-me uma pele para dan�ar nela."

N�o ser� agrad�vel.

E odeio a id�ia,
mas � o ritual necess�rio.

Ainda � uma crian�a.

Que n�o vale nada.
Como � que nos compara?

Essa pequena idiota...

O meu c�rebro e a intelig�ncia...

perdurar�o no s�culo XXI,
entende, n�o � verdade?

Voc� pode me ajudar.

Algu�m inteligente...

e meticuloso como eu pr�pria.

Est� em tempo de aprender os ritos.

Quando � que vai acontecer?

Lammastide. Amanh� � noite.

Amanh�.

H� dois homens na colina.

Est�o vigiando a casa.

Fui eu que os pus ali.

Sabem o que vai acontecer � noite?

Acham que vai ser um sab�,
uma reuni�o, uma pequena orgia.

N�o te v�o deixar.

N�o poder�o fazer nada para
impedir. E voc� tamb�m n�o.

Acha que vai funcionar?

Tenho certeza.

- Invocar o Diabo?
- N�o o chame assim.

Chame de o poder ou a for�a
que libertaremos.

Talvez esteja em voc�,
dentro de voc�.

Tanto faz.

Poderia saber que cont�m
uma bomba nuclear.

Ur�nio e tal, isso � tudo.

Mas quando a acende...
Isto � um mecanismo de igni��o.

Agora verifique o texto.

Avisa-se
solenemente ao aspirante.

Tudo deve ser feito sem erros.

A donzela deve ser pura
e n�o ter mais de 15 anos.

14 anos e 9 meses. Verificado
na certid�o de nascimento.

Aonde est�?

Deixe de me perguntar isso.

Tem que me deixar v�-la.

Est� na casa?
A afastou de sua av�.

Como ela n�o percebeu?

Isto? A av� Rigg?
N�o � a sua �rea.

Pois eu acho que sabe.

N�o pode fazer nada.

At� o sacrif�cio,
todos devem manter-se puros.

N�o se derramar�
nem uma s� gota de sangue,

nem outra impureza, nem de homem
nem de nenhum animal,

ou todo o poder mortal se voltar�
contra o aspirante e o destru�r�.

A arma dever� ter sido usada
para este fim e ter dele costume.

N�o pode ter nenhuma.

Do antigo M�xico.

Uma adaga cerimonial.

Sabe quantos matou nos altares?

7.000.

O que importa mais um?

E cumpriu a outra tarefa.

Depois de dar o golpe,

me dar� uma pele para dan�ar nela.

Alan, onde est� a garota?

Tua irm� est� louca.
Temos que para-l� para o seu pr�prio bem.

Tem que me ajudar.

Alan, aonde est� Linda?

N�o pode lhe fazer mal.

Ela n�o notar�.

Fa�a entrar
quando for o momento.

Ou mandarei busc�-la.

Acorde, acorde.

Sangue. No momento do sacrif�cio
que n�o se derrame sangue.

A minha Linda.

Sempre esteve dentro dela.

Ol�. Como est�o?
Ainda bem que os vejo.

Venha, pequena. Se prepara.

Espero que se lembrem todos
aonde estavam sentados,

porque � a� que se v�o sentar.

V� para a turma da senhorita Benson.
Voc� tamb�m, querida.

- O que acha?
- Fant�stico.

Acabo de chegar.
O que aconteceu?

Curd foi embora,
h� um supermercado...

Depois te conto.

- Foram todos embora?
- Menos quem importa.

- Senhor, s�o autofalantes?
- Sim.

Legenda revisada por:
.:MGross:.

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