All language subtitles for King Kong (1933) 720p.pt

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E o profeta disse:

"E Lo, o monstro contemplou
o rosto da beleza.

E impediu a sua m�o de matar.

E, a partir desse dia,

foi como se estivesse morto".

Antigo prov�rbio �rabe

Diga-me uma coisa,
� este o barco do filme?

O Venture? �, pois...

Tamb�m vai nessa viagem louca?

- Por que acha que � louca?
- N�o sei,

mas toda a gente fala nesse tipo
lun�tico que est� a organiz�-la.

- O Carl Denham?
- Acho que � assim que se chama.

Dizem que ele
n�o tem medo de nada.

Se quiser a fotografia de um le�o,
vai directamente ao p� dele

e diz-lhe: "Olh� passarinho".
- Sim, ele � um tipo duro,

mas por que dizem
que esta viagem � uma loucura?

Bem, por um lado, todo o pessoal
da doca fala sobre a carga.

E nunca vi um navio deste tamanho
com uma tripula��o assim.

- N�o � suficiente para a gerir?
- N�o � suficiente?

Tem tr�s vezes mais
do que o navio precisa.

N�o sei onde arranjam espa�o
para dormirem l� todos.

Voc�s a�, o que querem?

- O Denham est� a bordo?
- Quem � voc�?

Chama-me Weston,
sou agente teatral.

Por que n�o disse logo?
Suba a bordo!

O Denham est� a ficar nervoso.
Espero que traga boas not�cias.

Sr. Denham, sabe t�o bem quanto
eu as raz�es para haver pressa.

A seguradora descobriu
que transportamos explosivos

e o inspector vir� a bordo
amanh� ou no dia seguinte.

Se legitimarmos o caso, ficaremos
no porto durante meses?

Com muni��es suficientes bordo
para fazer explodir o porto?

Que acha que ele vai dizer das suas
bombas de g�s asfixiante?

Nas suas palavras, basta uma delas
para matar um elefante.

Temos de chegar ao nosso destino
antes de come�ar a mon��o.

Pode confiar em mim para
o fazer atravessar um vendaval.

N�o se irrite, capit�o.
Mas sabe o que significa

apanhar as chuvas tropicais
quando se quer filmar no exterior.

Meses e dinheiro perdidos
e nada que se veja.

Mas trar� sempre um filme

e toda a gente vai dizer:
"O Carl Denham � �nico."

Weston, ia agora mesmo
cham�-lo � terra.

Se eu soubesse, teria esperado.

Este � o capit�o.
O sr. Weston, o agente teatral.

E creio que j� conhece o Driscoll,
o primeiro imediato.

Bem, Weston, e a rapariga?

- N�o pode ser, Denham.
- O qu�? Tem de ser.

Escute, Weston, algu�m interferiu
em todas as que eu quis contratar

e agora todos os agente da cidade
me fecharam as portas, menos voc�.

- Sabe que sou honesto.
- Toda a gente sabe isso, Denham.

Mas tem fama de ser importante,

o que � dif�cil de ultrapassar.
E tamb�m � bastante reservado.

A quem o diz!

Se nem o Capit�o nem o imediato
sabem para onde v�o...

A� tem.
Eu tenho escr�pulos, Denham.

N�o posso mandar uma rapariga
bonita como as que voc� quer

para um trabalho destes,
sem lhe dizer o que a espera.

E o que � que a espera?

Partir numa viagem que ningu�m
sabe quanto tempo vai durar,

para um lugar no meio do oceano
que voc� nem nos quer dizer

e ser a �nica mulher num navio
com os rostos mais rudes que j� vi.

Estou a referir-me � tripula��o.

Meu Deus, fala como se eu nunca
tivesse trazido ningu�m com vida.

O capit�o e o Driscoll fizeram duas
viagens comigo e parecem estar bem.

Claro, n�s somos saud�veis.

Mas p�r uma rapariga
em perigo � diferente.

Parece que n�o existem perigos
em Nova Iorque.

Esta noite, h� dezenas
de raparigas nesta cidade

que correm mais perigo
do que se estivessem comigo.

Sim, mas sabem qual � esse perigo.

Nunca teve mulheres nos seus
filmes. Para qu� ter uma neste?

Raios! Acha que tenho interesse em
andar com uma mulher atr�s de mim?

- Ent�o, qual � o motivo?
- Porque o p�blico, aben�oado seja,

precisa de um rosto belo para ver.
- Toda a gente gosta de romances.

O mundo n�o tem romance nem
aventura se n�o houver uma mi�da?

J� agora, sr. Denham, por que
n�o fazer um filme num mosteiro?

Isto irrita-me. Farto-me de suar
para fazer um bom filme

e depois os cr�ticos
e exibidores v�m dizer:

"Se o filme tivesse uma aventura
amorosa teria ganho o dobro."

O p�blico quer uma rapariga e eu
vou dar-lhes o que eles querem.

- N�o sei onde a vai arranjar.
- Tenho de arranj�-la, Weston.

Partiremos com a mar� da manh�.
Ao nascer do dia, n�o estaremos c�.

- Porqu�?
- Bem, h� uma boa raz�o.

Tudo o que oi�o sobre este assunto
faz-me gostar cada vez menos dele.

Ainda bem que n�o lhe arranjei
uma rapariga.

Acha? Bem, vou mostrar-lhe.

Pensa que vou desistir s� porque
n�o me encontra uma rapariga?

Ou�a, eu vou fazer
o melhor filme do mundo,

algo que ningu�m nunca viu
ou ouviu falar.

Quando eu voltar, v�o ter de
inventar alguns adjectivos novos.

- Aonde vai?
- Buscar uma rapariga para o filme,

nem que tenha de casar com ela.

Miss�o Feminina

Fiquem desse lado, por favor.
Os bilhetes, por favor.

- Pare de me empurrar, est� bem?
- N�o foi com inten��o.

- Desculpe.
- O que nos d�o nesta espelunca?

Sopa � noite, e sonhos
e caf� de manh�.

Apanhei-te, sua ladra. E agora,
gostavas que chamasse a pol�cia?

N�o, n�o. Eu n�o roubei.
Largue-me!

- Pensei em faz�-lo, mas n�o fiz.
- Estou farto de ladras.

Pare com isso!
A mi�da n�o tirou nada.

- Pois n�o. A s�rio que n�o tirei.
- Foram tr�s, esta semana.

Tome, aqui tem um d�lar.
V�-se embora!

T�xi!

Sente-se melhor?

Sim, obrigada.
� muito gentil.

N�o se iluda.

N�o estou preocupado consigo
apenas por simpatia.

Como � que chegou
a esta situa��o?

Foi pouca sorte, acho eu.
Mas h� muitas raparigas como eu.

N�o h� muitas com a sua apar�ncia.

Eu at� posso ter boas roupas,

mas quando se est� assim...
- N�o tem fam�lia?

Acho que tenho um tio algures.

Alguma vez representou?

De vez em quando, fazia trabalhos
em Long Island.

Agora os est�dios est�o fechados.

- Como se chama?
- Ann Darrow.

�ptimo. Tenho um trabalho para si.

As roupas que est�o no navio
v�o servir-lhe.

Se as lojas da Broadway estiverem
abertas, arranjamos-lhe mais roupa.

Mas... mas o que �?

� dinheiro e aventura e fama.
Uma excita��o �nica na vida,

e uma longa viagem por mar que
come�a amanh� �s seis da manh�.

N�o, espere!
Eu... n�o estou a entender!

Tem de dizer-me.
Eu quero fazer o trabalho, mas...

mas... n�o posso.
- Estou a ver.

Percebeu mal.
Isto � apenas trabalho.

- Eu s� queria...
- Claro, claro que sim.

Fiquei entusiasmado e esqueci-me
que n�o estava a perceber.

Oi�a, chamo-me Carl Denham.
J� ouviu falar em mim?

Sim, claro.

Faz filmes nas selvas
e lugares desses.

Vim busc�-la para ser a actriz
principal no pr�ximo filme.

Partimos �s seis horas.

- Para onde?
- � uma longa viagem at�...

Escute bem. Ann, sou um tipo
s�rio. Nada de confus�es.

- Que vou ter de fazer?
- Confie em mim

e mantenha o queixo levantado.

Voc�s a�!

Des�am ao conv�s e d�em
uma ajuda naquelas escotilhas.

Puxem a corda
mais para a frente!

Para a frente, seu camp�nio,
e para aqui!

- Que faz aqui em cima?
- S� queria ver.

S� queria ver...
Bem, desculpe...

Puxem essa corda, depressa!

� a rapariga que o Denham trouxe
ontem � noite, n�o �?

Acho isto muito interessante.
Nunca tinha estado num barco.

E eu nunca estive num barco
com uma mulher.

Parece que voc�s nos barcos n�o
pensam muito em mulheres, n�o �?

N�o, s�o um empecilho.

- Eu vou tentar n�o ser.
- J� est� a ser.

Puxem a escada para bordo!

Bem, � melhor ficar l� em baixo.

O qu�? Durante toda a viagem?

Acho que n�o lhe pedi desculpa
como deve ser, por lhe ter batido.

Foi uma forte pancada no queixo.

- Bem, partimos.
- Partimos!

Charlie, quantas batatas achas
que descascaste em seis semanas?

Demasiadas.

Os marinheiros comem muito,
n�o comem?

A toda a hora. Um dia, volto para
a China. Nunca mais vejo batatas.

Charlie, n�o � lindo o oceano?

Muito. Um destes dias,
fica como os marinheiros,

s� n�o come tanto como eles.

Gostava de ser. Mas, � claro,
n�o era t�o bom l� no Norte,

quando fazia frio e vento,
pois n�o?

O oceano � muito bonito
quando encomendamos o tempo,

como se fossem ovos
para o pequeno almo�o.

- Ol�, Ann.
- Ol�, Jack.

Onde esteve toda a manh�?

A experimentar algumas roupas
para o sr. Denham.

Esta tarde vai fazer-me testes
aqui no conv�s, se a luz for boa.

Testes? Porqu�?

Para ver qual � o melhor lado da
minha cara e coisas desse g�nero.

A mim parece-me
que os dois lados est�o bem.

Sim, mas n�o � voc�
realizador de cinema.

Se fosse, n�o estaria aqui.

Acha que isso � uma coisa
simp�tica para se dizer?

Isto n�o � s�tio
para um rapariga.

Gostava que parasse de dizer isso.
Est� a ser muito mau.

At� podem pensar que tenho
dado problemas.

E n�o tenho. N�o pode dizer
que causei problemas a algu�m,

pois n�o?
- Claro que causou, claro.

N�o percebo... Como?

S� o facto de estar aqui
j� � um problema.

Meu Deus, e eu que achava
que estava tudo a correr t�o bem.

� simp�tica, mas...
Mas as mulheres...

...s�o sempre um inc�modo.
Acho que foram feitas assim.

Bem, de qualquer forma,

tenho passado o melhor tempo
da minha vida neste barco.

Isso � simp�tico.

Diga l�, est� mesmo
a falar a s�rio, Ann?

Claro que sim.
S�o todos t�o simp�ticos comigo.

O Denham e o capit�o...

N�o acha que o capit�o
� um cordeirinho amoroso?

Odiava que ele me ouvisse
dizer isso.

O Iggy � simp�tico comigo. Aqui no
barco, � de mim que ele mais gosta,

n�o �, Iggy?

- Isso mesmo. Claro que �.
- A bela e o monstro, n�o �?

Bem, eu nunca me achei bonito...

Importa-se de ir vestir uma das
roupas? A luz est� boa para testes.

Muito bem, sr. Denham.
Volto num minuto.

A bela e o monstro.

Sr. Denham,
vou intrometer-me um pouco.

- Que se passa, Driscoll?
- Quando saberemos o nosso destino?

Em breve.

Vai dizer-nos o que vai acontecer
quando l� chegarmos?

Como? N�o sou adivinho.

Mas que diabo... Deve ter
uma ideia daquilo que procura.

Que se passa, Jack? Est� a armar-se
em esperto comigo?

N�o, n�o � isso.
N�o � por mim.

- � pela Ann.
- Arma-se em esperto com ela?

N�o preciso de uma paixoneta para
piorar os problemas que j� tenho.

- � melhor parar com isso, Jack.
- Paixoneta?

Acha que vou cair nos encantos
de uma mulher qualquer?

Eu sabia que n�o falhava.
Um rude ovo cozido

p�e os olhos numa cara bonita
e pronto... parte-se e fica mole.

Quem � que est� a ficar mole?
N�o o deixei ficar mal, pois n�o?

N�o. � um tipo rijo, Jack,
mas quando v� uma beleza, fica...

Vou fazer disto uma can��o.

De que est� a falar?

� a ideia para o meu filme.
O monstro tamb�m era um rijo.

Podia dominar o mundo mas, quando
viu a beleza, ela apanhou-o.

Perdeu o ju�zo, a sabedoria

e os pequenotes dominaram-no.
Pense bem, Jack.

Sr. Denham, o capit�o
chama-o � ponte.

Diz que cheg�mos
ao local que assinalou.

�ptimo. Vamos, Jack! Isto diz-lhe
respeito. Vou revelar tudo.

Estamos na posi��o meio-dia.
Dois a sul, noventa a leste.

Prometeu dar mais informa��es
ao chegarmos a estas latitudes.

Estamos muito para oeste
de Sumatra.

Estamos muito longe de quaisquer
�guas que eu conhe�a.

Conhe�o as �ndias Orientais
com a palma das minhas m�os,

mas nunca estive aqui!
- Daqui para onde vamos?

- Para sudoeste.
- Sudoeste! Porqu�?

N�o h� nada durante quil�metros
e quil�metros.

N�o se preocupe, capit�o.
N�o vamos andar isso tudo.

Esta � a ilha que procuramos.

Bem, essa posi��o...
Vamos ver no mapa grande.

N�o vai encontrar
essa ilha em mapa nenhum.

Foi inventada pelo capit�o
de um barco noruegu�s.

- Ele devia estar a brincar.
- N�o, n�o estava.

Uma canoa cheia de nativos desta
ilha foi arrastada para o mar.

Quando o barco os encontrou,
s� havia um vivo.

Morreu antes de chegarem ao porto,

mas n�o antes de o capit�o
recolher a descri��o da ilha

e ter ficado com uma boa ideia
de onde ela se situava.

- Onde � que ficou a saber isso?
- Em Singapura, h� dois anos.

O tal Capit�o sabia
que eu iria ficar interessado.

- Ele acreditava nisso?
- N�o sei, mas eu acredito.

Aqui est�!
Eis o aspecto da ilha!

Tem uma longa pen�nsula de areia.

A �nica maneira
de l� chegar � por aqui.

O resto da costa � um precip�cio
�ngreme com muitos metros.

Ao longo da base da pen�nsula,
separando-a do resto da ilha,

h� um muro.
- Um muro?

Constru�do h� tanto tempo
que as pessoas que l� viviam

recuaram, esquecidas
da civiliza��o que o construiu.

O muro � t�o resistente hoje
como era h� s�culos atr�s.

Os nativos reparam-no
constantemente. Precisam dele.

Porqu�?

H� uma coisa do outro lado.
Algo que eles temem.

Uma tribo hostil.

Alguma vez ouviram
falar de... Kong?

Sim, claro.

� uma esp�cie de supersti��o
dos nativos, n�o �?

Um deus ou um esp�rito
de qualquer coisa.

Seja como for, n�o � um monstro
nem um homem,

� algo monstruoso,
todo-poderoso

e que ainda vive,
ainda domina aquela ilha

atrav�s de um terror grandioso...

Bem, todas as lendas
t�m uma base de verdade.

H� algo naquela ilha que nenhum
homem branco alguma vez viu.

- E espera fotograf�-lo?
- Se estiver l�, claro que sim.

E se ele n�o gostar
que lhe tirem fotografias?

Bem, agora j� sabem porque trouxe
aquelas bombas de g�s asfixiante.

Vestiu a roupa
da Bela e do Monstro?

� a mais bonita.

Muito bem, fique a�.

Estou um pouco nervosa.
E se eu n�o for fotog�nica?

N�o tem de se preocupar
com isso.

Se n�o tivesse a certeza disso,
n�o a teria trazido para aqui.

Que devo fazer?

Bem, vamos come�ar pelo perfil.

Quando eu come�ar,
sustenha uns minutos,

e depois vire-se suavemente
pra mim. V�-me,

sorri um pouco.
Depois ouve...

Depois ri.
Est� bem?

C�mara.

- Parece um bocado tolo, n�o achas?
- � uma bela dama.

Achas que ele me filma a mim?

Aquela c�mara custou dinheiro.
Acho que ele n�o arrisca.

Muito bem, Ann.
Agora vamos tentar com um filtro.

� sempre o senhor a filmar?

Desde uma viagem que fiz a �frica.

Teria tido uma excelente foto
de um rinoceronte a carregar,

mas o cameraman assustou-se.
Eu estava l� com uma arma.

Parece que n�o confiava que eu
apanhava o rinoceronte a tempo.

Desde ent�o nunca mais tive
cameraman. Fa�o eu pr�prio.

- Acha que ele � maluco?
- S� entusiasta.

Agora vai ficar a olhar
para baixo.

Quando eu come�ar,
olhe para cima lentamente.

Est� bastante calma.
N�o est� � espera de ver nada.

Depois segue as minhas
instru��es. Entendido?

C�mara...

Olhe para cima, devagar.
Isso mesmo.

N�o est� a ver nada.
Agora olhe mais para cima.

Mais para cima...

Agora j� est� a ver...

Est� espantada.
Nem pode acreditar.

Os seus olhos est�o muito abertos.

� horr�vel, mas n�o consegue
afastar o olhar.

N�o tem hip�tese de escapar.
N�o h� sa�da.

Est� indefesa, Ann,
totalmente indefesa.

S� h� uma hip�tese,
se puder gritar...

A sua garganta est� paralisada.
Tente gritar, Ann, tente.

Talvez n�o tenha percebido
que pode gritar.

Ponha os bra�os � frente dos olhos
e grite, grite para salvar a vida.

Que acha ele que ela vai ver?

Que nevoeiro infernal! Est� certo
da sua posi��o, Capit�o?

Claro. Na noite passada, antes
do nevoeiro, havia boa visibilidade.

Devemos estar perto da ilha.

Se n�o a virmos quando o nevoeiro
levantar, nunca veremos.

J� vimos tudo aqui � volta.

N�o se v� um palmo
� frente do nariz.

Gostava que fizesses uma sopa
t�o espessa como isto.

Nada a trinta.

O capit�o noruegu�s devia ter
adivinhado a posi��o.

Como � que sabemos
que � a ilha certa?

Tem uma montanha que parece
um cr�nio.

Sim, j� me tinha esquecido.
J� me tinha dito.

Profundidade, vinte.

�guas pouco profundas, sr. Briggs.
O mais lento poss�vel.

O mais lento poss�vel.

- Vamos entrar no nevoeiro.
- Profundidade dezasseis.

- Quanto � que ele d�?
- Quatro.

Por que � que o velho n�o quer
esperar at� clarear?

N�o � o velho, � o maluco
do Denham.

Oi�am... Ouviram alguma coisa?

N�o.

- Vagas � frente.
- Largar.

N�o s�o vagas,
s�o tambores.

Agora que o nevoeiro levantou,
consegue ver algu�m?

- Nem vivalma.
- � curioso n�o nos terem visto.

Achei que a popula��o
toda iria estar na praia.

Oi�a...

Talvez nos tenham visto
e estejam a fazer sinais.

Bem, Capit�o, agora j� acredita
em mim? C� est� ela.

A montanha do cr�nio. O muro.
Tudo como o tipo disse.

V� vamos come�ar.

Doze homens v�o consigo a terra
e o resto fica a bordo.

Tem um homem bom para
trabalhar com as bombas?

Acho que � melhor vir, capit�o.
Talvez consiga falar com eles.

- Muito bem. Sr. Adams!
- Sim, senhor?

- Tome conta do navio.
- Sim, senhor.

- Eu tamb�m vou, n�o vou!
- Claro que sim.

Acho melhor ela n�o ir at�
sabermos o que se passa.

Espere a�! Quem � que manda?

Descobri, a partir da experi�ncia,
que devo manter o elenco

e os meus c�maras ao p� de mim.
Nunca se sabe quando s�o precisos.

- � uma loucura arriscar.
- V� l�, Jack, venha connosco

e trate das armas e muni��es.

Arranje-me dois c�es
para levar as minhas coisas.

N�o se esque�a da mala
das roupas. Se tivermos sorte,

talvez se consiga filmar j�.

Vamos, Ann.

Muito bem, rapazes, vamos.

- Calma com essa c�mara.
- Tudo bem.

- H� muni��es para as armas?
- Sim, senhor.

Cuidado com as bombas.

Muito bem, Briggs, agora vamos
ver a ilha do Denham.

Aguardar para baixar.

Tu a� com a c�mara,
n�o te afastes de mim.

- Quem � que tem as bombas?
- Tenho eu.

Cuidado! � tricloreto para
adormecer uma manada de elefantes.

Mas que barcos
t�o curiosos.

Sim, s�o canoas
com suportes exteriores.

Quero dois homens
para ficarem aqui de guarda.

- Est� tudo tratado
- �ptimo.

Est�o todos prontos?
Vamos.

N�o se v� vivalma. As pessoas
devem estar reunidas l� em cima.

Olhe para o muro, capit�o.
Que me diz a isto?

Colossal.
Deve ser quase eg�pcio.

Mas que h� do outro lado do muro?
� isso que quero saber.

Quem acha que construiu isto?

Uma vez estive em Angkor.

� maior do que isto e ningu�m
sabe quem o construiu.

Caramba, que sorte!
Que imagem.

Vamos!

Ouviram?
Est�o a dizer Kong, Kong...

Espero que saiba falar
a l�ngua deles, capit�o.

- Apanhou alguma palavra?
- N�o tenho a certeza.

Parece uma l�ngua igual
� dos Nias.

- Que acha que se passa?
- Devem estar a comer,

mas n�o se apresse para ver.

- Mas n�o � excitante?
- Claro.

- Gostava de a ter deixado l�.
- Ainda bem que n�o deixou.

Agora tenham calma. Esperem
at� eu ver o que se passa.

Kong! Kong!

Com mil raios!
Que espect�culo!

Capit�o, venha c� ver isto!

Alguma vez viu
uma coisa destas na vida?

Kong! Kong!

Kong! Kong!

Se eu conseguisse filmar
antes de eles nos verem...

Tu a� com a c�mara...
Anda c�.

- Quero ver.
- Est� bem.

Venha, mas tenha cuidado.

Parar! Chegaram estrangeiros.

Tarde de mais...
Eles viram-nos.

- Vamos fugir.
- Para que est�s a correr?

N�o vale a pena tentarem
esconder-se. Apare�am todos.

Venham dois comigo.

- Vamos fugir daqui.
- Est� quieto, seu idiota.

Calma, vamos engan�-los.

Espera! Quem s�o voc�s?
Quem s�o voc�s?

Vamos, Capit�o.
Fa�a um discurso amistoso.

Sauda��es!

Somos vossos amigos.

Amigos... amigos...

N�o queremos amigos.
V�, v�o-se embora!

A si compreendemo-lo,
Capit�o. Que diz ele?

Est� a dizer-nos
para irmos embora.

Dissuada-o disso.
Pergunte-lhe o que se passa.

Que est�o a fazer?

Quem � esta mulher?

� a noiva do Kong.

Diz que a rapariga
� a noiva do Kong.

�ptimo.
Descubra o que eles v�o fazer.

Os estrangeiros viram.
Est� acabado.

Acabado. Acabado.

- V�o!
- O que � aquilo?

Deve ser o feiticeiro.

Diz que a cerim�nia est�
estragada porque n�s a vimos.

Bem, acalme l� o rapaz.
Qual � a palavra para amigos?

Amigo... amigo...

Est� acabado.

Calma com essas armas,
rapazes.

Olha...

A mulher... A mulher de ouro...

Que se passa?

Diz para olharem
para a mulher de ouro.

Sim, as loiras aqui s�o escassas.

A mulher de ouro.
O presente do Kong.

Um presente para o Kong.

Diz que � um presente
para o Kong.

Santo Deus!

Estrangeiros vender-nos a mulher?

Querem compr�-la.

Dou-vos seis mulheres
como aquela pela mulher de ouro.

Ele est� a oferecer-se para trocar
seis destas mulheres pela Ann.

Foi voc� que a meteu nisto,
Denham.

N�o, n�o.

A nossa mulher fica connosco.

Vou lev�-lo para o navio.

� melhor sairmos daqui antes
que eles pensem em cortar-nos

a sa�da pela praia.
- Acho que sim.

Mas diga-lhe que voltamos
amanh� para fazer amizade.

Amanh�... Amanh� voltamos.
Amigos... Amigos...

Vamos andando, Ann.
N�o tenha medo, est� tudo bem.

Sorria, Ann
e fale com o Jack.

Mantenha o queixo.

Por que n�o est� na cama?

N�o consigo dormir.

O som dos tambores
p�e-me nervosa, acho eu.

Acho que o Denham cometeu
uma loucura em lev�-la para terra.

Sim, fiquei um pouco assustada.

Acho que n�o foi a �nica.

Que ser� que vamos fazer
a seguir?

� isso que me preocupa.

O Denham adora correr riscos,
n�o se sabe o que pode pedir-lhe

para fazer por causa do filme.

Depois de tudo o que fez por mim,
correria qualquer risco por ele.

N�o fale assim. Ele � louco
suficiente para tentar de tudo.

N�o vou deix�-lo ficar mal.

Quando penso naquilo que poderia
ter acontecido hoje...

Se lhe tivesse acontecido
alguma coisa...

Deixaria de ter o problema
de ter uma mulher a bordo.

N�o se ria.
Tive medo por si.

Sou um bocado...

Bem, tamb�m tenho medo
de si, Ann...

Eu...

Bem,

acho que gosto de si.

Mas o Jack odeia mulheres.

Eu sei, mas a Ann
n�o � uma mulher.

Quer dizer, Ann, acho que...

Quer dizer,

n�o sente nada
desse tipo por mim,

pois n�o?

Est� no conv�s, sr. Driscoll?

Sim, senhor.

Fa�a o favor
de vir at� � ponte.

V� l�, eu espero aqui.

Meu capit�o...

Pronto, acho que � isto.

Vamos ter a certeza absoluta
amanh� ao meio-dia.

Deve ser quase meia noite.

Olhem para aquilo...

Tochas a atravessar a aldeia.

Parece a noite
antes das elei��es.

Est� a ouvi-los?
Que ser� que se passa?

Quem me dera poder filmar
com aquela luz.

Iria at� terra e faria uma cena.

Seja sensato. Temos sorte
em estarmos todos a salvo aqui.

Acho que sim.

Viste a menina, Charlie?

N�o ver... uma... duas horas...

Quando deixar este lugar?
Eu n�o gostar.

Ann...

Ann!

Todos para o conv�s!
Todos para o conv�s! Todos!

Todos para conv�s!
Todos para conv�s!

- Ver o que eu encontrar.
- Uma pulseira ind�gena.

Homens pretos malucos
estiveram aqui.

Que se passa? Quem �
que chamou a tripula��o?

O Charlie encontrou isto.
Esteve algu�m a bordo.

- Onde est� a Ann?
- No camarote dela.

N�o est� nada, acabei de ver.

- Que se passa, sr. Driscoll?
- Revistem o navio.

Encontrem a menina Darrow.

Ann... Ann...
Viu-a?

- N�o.
- Vou ver l� abaixo.

- Encontraram-na?
- N�o a vejo � frente.

- N�o est� l� em baixo.
- N�o a encontro � popa.

A Ann desapareceu.

Peguem nas armas.
Para os barcos.

Levem estas muni��es.

Peguem nas armas
e vamos embora!

Peguem nas armas depressa
e tenham cuidado.

V�o passando estas armas
para o lado. Vamos!

Eu querer ir tamb�m...
Eu querer apanhar menina.

N�o � trabalho para um cozinheiro.

Vamos descer, homens.
Vamos embora!

Eles levaram a Ann.

N�s...

Chamamos-te, Kong.

� grande Kong!

O teu presente est� aqui!

� todo poderoso Kong.

Depressa!
Ela deve estar aqui.

Vamos, rapazes!

Abram este port�o. Depressa!
Voltem aqui, homens.

Puxem essa coisa!
Puxem essa barra!

L�ar... l�ar...

- Quem vem comigo?
- Eu vou.

Fique aqui com metade dos
homens e guarde o port�o.

N�o os deixe fecharem-no.
- N�s tratamos disso.

Eles v�o atr�s
da mulher de ouro.

N�o vamos saber para onde
foram no meio da escurid�o.

� canja. Ele passou por aqui.
Olhem para os ramos partidos.

Olha para aquilo!
Continuem, amigos.

O sol deve estar a nascer.

Oi�am os p�ssaros.
Est� mesmo a amanhecer.

- Que � isto?
- Com mil raios!

- Olhem para esta pegada.
- � mesmo o rasto dele.

Olhem para o tamanho da coisa.
Deve ser grande como uma casa.

Segundo o rasto,
parece que veio para c�.

Vamos, rapazes, e mantenham
as armas levantadas.

Aqui est� outra. Estamos
mesmo na pista dele.

Claro, eu sei isso.
Vamos, vamos.

Olha para aquilo!

Sil�ncio. Ele n�o nos v�.

D�-me uma dessas bombas.

Cuidado, ele vai atacar!

Sil�ncio!

Vamos.

Dispare outra.

- Cuidado, ainda est� vivo.
- Dispare!

Vamos... esta arrumou-o.

Que chamam a esta coisa?

� uma coisa da fam�lia
dos dinossauros.

- Dinossauros...
- Sim, Jack.

Animal pr�-hist�rico.

Olha para o comprimento
do animal...

Se conseguisses levar
uma coisa destas viva...

- Ouviu, Jack?
- Sim, o que �?

� ele, rapazes. Vamos.

Eis outra vez a marca dele.

- H� �gua � frente.
- Est� no p�ntano algures.

Sim, � ele que est� a salpicar.
Vamos.

Deve ter atravessado.

Para n�s, ser� dif�cil,
com estas armas e bombas.

H� toros suficientes
para fazer uma jangada.

Boa ideia, vamos fazer
uma jangada. Vamos, rapazes.

Ponham as armas na margem
e comecem a trabalhar.

Vamos embora com isso.

Est�o todos preparados?

Largar!

- Ouviram alguma coisa?
- Ele est� a quil�metros.

Vamos conseguir
apanhar-lhe o rasto.

Oi�am!

O que �?

Que foi aquilo?

Cuidados, homens!

Cuidado, ele vem a�!

Vamos.

Aguentem-se!

Jack... Jack Driscoll!

- Jack!
- Denham!

- N�o o apanhou, pois n�o?
- N�o, tamb�m me abriguei.

Acha que estamos a salvo?

S� restamos n�s
para salvar a rapariga.

- Agora n�o consigo atravessar.
- Tamb�m n�o quero que o fa�a.

Volte para tr�s e v� buscar
mais bombas.

N�o pode seguir o animal sozinho!

Algu�m tem de seguir a pista
enquanto est� quente.

Talvez a consiga raptar mas,
sen�o,

hei-de arranjar uma maneira
de lhe dizer para onde a levou.

- Acho que � a �nica hip�tese.
- Claro que �.

V�-se embora e n�o se deixe matar
at� ver o Englehorn.

Muito bem, Jack.
Boa sorte.

Digo-vos que aquele Kong
� a maior coisa do mundo.

Atirou com os homens para
fora do tronco como moscas.

Todos esses homens perdidos!
� incr�vel!

O Driscoll disse que ia tentar
avisar se encontrasse a Ann.

- Nunca mais os veremos
- N�o desista.

O Driscoll ainda tem
uma hip�tese.

Vamos ter de esperar pelo dia,
depois atravessamos a ravina.

- A outra caixa de bombas?
- Est� aqui.

Esse monstro que viram...
Acha que as bombas v�o det�-lo?

Claro, se n�o nos conseguirmos
aproximar o suficiente.

- Houve problemas com os nativos?
- Assim que se foram embora.

Que aconteceu?

Dispar�mos um par de salvas sobre
a cabe�a deles e fugiram assustados.

A p�lvora � uma novidade
na vida deles...

- Est�o aterrorizados.
- Nunca mais apareceram.

Levem outro homem para o muro
e mantenham os olhos abertos.

Partimos ao amanhecer,
com ou sem sinal do Driscoll.

Olha!

Ali em baixo... Sr. Denham...
Sr. Englehorn...

O sr. Driscoll e a senhora
est�o de volta!

Vamos, amigos!

Est�o os dois bem?

Eu estou bem.

Que aconteceu?
Como � que conseguiu?

- Desci o rio.
- Jack!

Pronto, pronto,
agora j� est�o a salvo.

Daqui a nada estar�o
de novo no navio.

Espera a�...
Ent�o e o Kong?

Que tem ele?

Viemos at� c�
por causa de um filme,

mas encontr�mos algo que vale
mais do que todos os filmes do mundo.

O qu�?

Temos aquelas bombas de g�s...
Se o apanharmos vivo...

Est� louco!

Al�m disso, ele est� num s�tio
onde nem um ex�rcito lhe chega.

Sim, se ele l� ficar...

Mas n�s temos uma coisa
que ele quer.

Uma coisa
que n�o voltar� a ter.

Cuidado. � o Kong.
O Kong vem a�.

Fechem os port�es.

Venham c�! Ajudem
a segurar os port�es. Depressa!

Denham, olhe...
Os nativos v�m a�!

- Bom trabalho. Vamos!
- Vamos!

Volta aqui com essas bombas,
seu...

Vamos... vamos...
J� o tenho.

Estar� desmaiado durante horas.
Mande pedir ao navio

correntes e ferramentas.

- Que vai fazer com ele?
- Construir uma jangada

e lev�-lo a flutuar at� ao navio.
O mundo pagar� para ver isto.

- Nenhuma corrente o prender�.
- Ser�o mais do que correntes.

Sempre foi o rei do mundo,

mas vamos ensinar-lhes o que
� o medo. Estamos milion�rios.

Vou partilhar isto com todos.
Daqui a poucos meses

ele estar� sob as luzes
da Broadway.

Kong, a Oitava Maravilha
do Mundo!

O Monstro Gigante
de Carl Denham

Afinal o que � que
o Denham tem?

Espero que seja bom,
depois deste alarido todo.

Caramba, que multid�o.

Tu querias vir e os bilhetes
custaram vinte d�lares.

N�o posso ficar t�o perto.
O ecr� faz-me doer os olhos.

N�o � um filme, minha senhora.

O qu�? O sr. Denham faz aqueles
filmes com os amorosos macacos,

os tigres e esses animais.

Mas isto mais a ver
com uma apresenta��o pessoal.

Nunca pensei, achei que
ia ver qualquer coisa.

- Afinal o que �?
- Uma esp�cie de gorila.

N�o temos j� suficientes
em Nova Iorque?

N�o gosto de olhar para ele, Jack.

Lembra-me aquele dia
horr�vel na ilha.

Eu n�o te teria trazido,

mas sabes como o Denham insistiu.

Tivemos de vir quando ele disse
que ajudava o espect�culo.

Achas mesmo que ele vai ganhar
muito dinheiro?

Bem, vamos ter de lhe pagar
por estas roupas.

� a primeira vez que tenho
um destes fatos.

Viva! Chegaram mesmo a tempo.

Est�s linda, Ann. Fico contente
por te ter vestido para isto.

Dez mil d�lares na bilheteira.

- Que tal para uma noite?
- � muito dinheiro.

N�o � nada. Vamos fazer isto
todas as noites.

- Olha para o tamanho dele.
- Espero que esteja bem preso.

Claro que sim.
O Denham n�o corre riscos.

C� est�o os rep�rteres.
Entrem, rapazes.

A menina Darrow
e o sr. Driscoll...

Foi o sr. Driscoll que a salvou
do macaco, n�o foi?

Sim, e estava sozinho.
Os outros tinham morrido todos.

Sozinho?
Como � que arrumou o beb�?

O sr. Denham apanhou-o.

O resto de n�s fugia
como coelhos assustados,

mas o sr. Denham teve coragem
para ficar e disparar as bombas.

- Ent�o o her�i � o senhor.
- D�-nos a hist�ria.

Espera a�, espera a�.
Larguem-me da m�o.

A menina Darrow � a hist�ria.
Se n�o tivesse sido ela,

n�o nos ter�amos aproximado
do Kong. Ele seguiu-a at� � aldeia.

A bela e o monstro?

Isso mesmo. Visto dessa maneira...
A bela e o monstro.

O Kong poderia ter ficado
a salvo onde estava,

mas n�o conseguiu ficar longe
da beleza. Eis a hist�ria, rapazes.

- � uma boa hist�ria.
- � uma beleza.

- E que tal umas fotos?
- S� um minuto.

Quero que v�o ao palco e disparem
os flashes � frente do p�blico.

Agora vou fazer um discurso
sobre o Kong,

e a menina Darrow e o sr. Driscoll
e depois chamo-vos

e voc�s tiram as fotografias.

Aguarde que a chame, Ann.

Est� tudo bem.
Ele agora est� mais controlado.

Senhoras e senhores,

estou aqui esta noite para vos
contar uma estranha hist�ria,

uma hist�ria t�o estranha
que ningu�m acreditar� nela!

Mas, senhoras e senhores,
ver para crer

e n�s, os meus amigos e eu,
trouxemos a prova viva

da nossa aventura, uma aventura
em que doze de n�s

tiveram mortes horr�veis.

Antes de vos dizer mais,

vou mostrar-vos a coisa mais
estranha que os vossos olhos viram.

Ele era o rei e o deus do mundo
que conhecia,

mas agora veio para a civiliza��o
como mero prisioneiro,

um espect�culo para gratificar
a vossa curiosidade.

Senhoras e senhores,
vejam o Kong.

A oitava maravilha do mundo.

Agora quero apresentar-vos
Ann Darrow,

a rapariga mais corajosa
que j� conheci.

Ali est� o monstro
e aqui a bela.

Ela viveu uma experi�ncia
com que nenhuma mulher sonhou.

Foi salva das garras do Kong

pelo seu futuro marido.

Quero apresentar-lhes
um cavalheiro muito corajoso,

o sr. John Driscoll.

E agora, antes de vos contar
a hist�ria toda da viagem,

vou pedir aos cavalheiros
da imprensa para avan�arem,

para que o p�blico tenha
o privil�gio de v�-los tirar

as primeiras fotografias do Kong
e dos seus captores.

Podem vir.

Primeiro a menina Darrow, sozinha.
Em frente do Kong, Ann.

- Tudo pronto, Jack?
- Muito bem.

- Tira uma boa.
- Dispara.

N�o fiquem alarmados,
Senhoras e senhores,

estas correntes
s�o feitas de ferro.

Est� tudo bem, Ann.

Tirem uma aos dois, rapazes.
V�o casar amanh�.

Ponha o bra�o
por cima dela, Driscoll.

Esperem a�!

Ele acha que est� a prender
a rapariga.

Mandem uma patrulha
e ambul�ncias. O Kong fugiu.

Agora j� est�s a salvo, querida.

Parece um pesadelo.

� como estar outra vez na ilha.

Agora est� tudo bem.
N�o te preocupes.

Eu vou ficar aqui
contigo.

De qualquer forma,
eles v�o apanh�-lo.

Ele est� a trepar por fora.

- Tem a Ann. Levou-a.
- O telhado, depressa.

Ann... Ann...

Como podemos segui-lo?
Que vamos fazer?

Os holofotes do departamento
de inc�ndios. No telhado.

Sim, isso vai mant�-lo
� vista.

Aten��o a todos!

O Kong vai para oeste,
para o Empire State Building.

Aguardem mais indica��es.

Se ele for l� para cima,
que podemos n�s fazer?

N�o vamos conseguir
aproximar-nos dele.

O King est� a trepar
pelo Empire State Building.

Ainda leva Ann Darrow.
� tudo.

Isso arrumou-nos.

H� uma coisa
em que n�o pens�mos.

- Em qu�?
- Avi�es.

Se ele largar a Ann e eles
conseguirem aproximar-se

para o apanhar sem a magoar...
- Tem raz�o. Avi�es.

- A� v�m os avi�es.
- Eles v�o apanh�-lo.

Ser� que conseguem alvej�-lo
e n�o atingir a Ann?

N�o v�o para o telhado.
Eles v�o disparar.

Ann! Aguenta, querida.

Deixe-me passar.
Chamo-me Denham.

Tenente...

- Tenente, sou Carl Denham.
- Carl Denham?

Denham? � o homem
que capturou o monstro.

Bem, Denham,
os avi�es apanharam-no.

N�o, n�o foram os avi�es.

Foi a beleza
que matou o monstro.

Tradu��o e Legendagem
Cristina Diamantino/1001 LETRAS

Revis�o e Sincroniza��o por jccr

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