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UMA S�RIE ORIGINAL NETFLIX

DIA TR�S, 7H00

Amar!

N�o sejas tolo.
Volta aqui, ou haver� problemas!

Volta aqui!

Amar!

Vou dizer aos teus pais
o que tu e o teu irm�o fizeram.

� isso que queres?

Envergonhar e arruinar a tua fam�lia?

N�o, senhor. N�o fa�a isso, por favor!

- Vamos.
- Farei o que mandar!

- Mas n�o diga � minha m�e!
- Fique onde est�!

N�o sei como vamos encontrar o Alok.

Com paci�ncia e trabalho.

Sim, diga.

Temos o Amar Singh.

�timo.

Informamos o comandante da esquadra?

N�o temos tempo.

Temos de o apresentar
a um juiz em 24 horas.

Tragam-no.

Sim, senhora.

Mais um apanhado.

Est� l�? Sim, sou o Subhash Gupta,
da Pol�cia de Deli.

- Quem fala?
- � o Bittu.

Bitu?

Procuro um indiv�duo chamado Sonu.

Quem � o Sonu?

- Conhece o Sonu?
- Quem � o Sonu? Eu...

Qualquer Sonu serve. Deve conhecer algum.

Ol�.

Onde encontro o Bhaskar Kumar?

- N�o sei.
- N�o?

Mi�do, d�-me um chai.

Conheces o Bhaskar Kumar?

N�o, mas ele talvez conhe�a.

Onde posso encontrar
o Bhaskar Kumar, o soldador?

Trabalha na f�brica de vagonetas.

Estar� l� agora?

Abrem �s 10 horas.

- Sabe onde ele mora?
- Claro.

- Leva-nos l�?
- Quem s�o?

Pol�cia.

- Irm�o.
- O que foi?

Toma conta do carro. Eu j� volto.

- Onde �?
- Por aqui.

- Teve oportunidade de a ver?
- Falei com os m�dicos.

Disseram-me que os intestinos dela
foram arrancados.

N�O CONSEGUIA DORMIR.
E, QUANDO ADORMECI, TIVE PESADELOS.

Muitas pessoas
est�o indignadas com os sistemas.

SINTO-ME ENJOADA.
O QUE ANDA A TUA M�E A FAZER?

N�O SEI.

Ainda n�o recuperou os sentidos,
desde o sucedido.

Est� num estado lastim�vel.

Chandu, pequeno-almo�o!

Porque o fizeram?

Fiz-te uma pergunta!

Ficaste surdo? Porque o fizeram?

Est�vamos a divertir-nos e aconteceu.

Tentei fazer com que parassem,
mas n�o me escutaram.

- De quem � este telem�vel?
- J� o tenho h� anos.

N�o parece ser o teu tipo de telem�vel.
Onde est� o cart�o?

D�-lhe com ele na cabe�a,
para ouvir melhor.

N�o. Temos de o entregar inteiro,
f�sica e emocionalmente.

Fizemos o nosso trabalho.
Os maiorais que fa�am o resto.

- Acorda.
- O que quer?

- Como te chamas?
- Quem s�o voc�s?

Pol�cia de Deli. Como te chamas?

- Bhaskar Kumar.
- Bhaskar Kumar.

- Onde arranjaste estas roupas?
- N�o sei.

- N�o sabes?
- Eu digo.

S�o do meu primo Alok.

- Eu digo, mas n�o me bata.
- Ent�o, fala.

Ontem, ele apareceu de repente,
deixou c� isso e saiu.

Veio s� trocar de roupa?
Podia t�-lo feito noutro s�tio.

Foi s� isso.

- Achas que somos parvos?
- N�o me bata.

- Diz-nos. Deste-lhe dinheiro?
- Sim, 500 rupias e o telem�vel. S� isso.

Ele saiu ontem
com o telem�vel e o dinheiro.

- Isso � verdade?
- Sim.

- Para onde foi ele?
- N�o sei, juro.

- N�o perguntei e ele n�o me disse.
- Fazes ideia?

Sim. Para a terra dele,
no estado de Bihar.

- Os pais moram l�?
- Sim.

- Onde?
- Chapara. Uma aldeia perto de Aurangabad.

- Ele tem mais fam�lia?
- A mulher, a Pallavi.

- � casado?
- Sim. Ela � de Jharkhand.

Mora com os pais dele.

- Vamos para a esquadra.
- N�o fiz nada.

- N�o fizeste?
- N�o.

Ajudaste um criminoso.
Sabias que cometeu um crime e fugiu.

N�o sabia. Pensava que ele
tinha atropelado uma vaca por acidente.

- Vamos conhecer a vaca.
- N�o fiz nada.

A vaca vai apresentar queixa.

Onde est�o?

No tr�nsito.

Estamos a chegar, mas isto deve demorar.

Sudhir, vem pelas traseiras.
Os protestos recome�aram.

Est� bem.

Diz-me uma coisa.

Como � que dois irm�os
fizeram isto juntos?

Uma coisa � um grupo de amigos.

Mas dois irm�os?

Voc�s n�o nasceram
numa fam�lia de criminosos.

Os vossos pais s�o simples alde�os.

O que aconteceu?

A ideia foi do Jai.

E ningu�m contesta o que o Jai diz.

Tens medo do teu pr�prio irm�o?

Sim, senhor.

Sim, farei um comunicado � imprensa.

Claro. Ser� o primeiro a saber.

Claro.

Obrigada.

Tenho algo que pode ser importante.
Outra v�tima deste caso.

A 16 de dezembro,
o Banke Lal entrou num autocarro

e foi atacado por seis pessoas.

Foi assaltado e agredido,
antes de o atirarem para fora,

no cruzamento de Hauz Khas,
em Aurbindo Marg.

Banke Lal?

Sim, senhora.

Subcomiss�ria do Distrito Sul.

- Este � o Inspetor Bhupendra Singh.
- Ol�.

Diga-nos, o que lhe aconteceu
na noite de 16 de dezembro?

Eu estava na paragem de Munirka
� espera do autocarro para Sangam Vihar.

Vi o autocarro e entrei.

A que horas?

Por volta das 20h30.

Quando entrei, as luzes apagaram-se
e o autocarro arrancou.

Estavam seis homens no autocarro,

todos junto � cabina do motorista.

De repente, atacaram-me, sem dizerem nada.

Levaram-me a carteira e o telem�vel.

Depois, atiraram-me do autocarro.
Junto ao viaduto do IIT.

Se batesse com a cabe�a, estaria morto.

- Consegue identific�-los?
- Alguns deles.

- Onde estava o motorista?
- Ele participou em tudo.

- Porque n�o apresentou queixa?
- A quem?

Pedi ajuda a toda a gente
e ningu�m quis saber.

O motorista de um autorriquex� parou

e usei o telem�vel dele
para ligar ao meu irm�o.

Ele disse-me para ir para casa.
O que faria a Pol�cia?

Quando vi as not�cias na televis�o,
percebi que devia ser o mesmo grupo.

- Descreva o interior do autocarro.
- Era branco.

Com bancos azuis e cortinas amarelas.

E havia uma estatueta de Shiva no tablier.

Registem uma queixa por assalto
contra os mesmos suspeitos.

- Certo.
- Ele que identifique os suspeitos.

Sim, senhora.

Lamento que tenha passado por isto.

E agrade�o que tenha vindo ajudar-nos.
Muito obrigada.

Ser� que h� mais?

Se ele tivesse apresentado queixa,
talvez tiv�ssemos evitado isto.

N�o sabemos.

N�o temos culpa.

Diga isso � Deepika.

A coisa boa � que temos
mais uma testemunha. Caso seja necess�rio.

Trate dele.

E certifique-se
de que n�o fala com a imprensa.

V� descansar.

N�o. Eu estou bem.

- Ol�, querida.
- Ol�, m�e. Ligaste?

Sim. Como est�s?

O que achas?
Como est�o todos, nesta cidade?

A quem o dizes.

Mas n�o te preocupes.

Como posso n�o me preocupar, porra?

N�o fales comigo nesse tom.

Como est� a correr?
J� os apanharam a todos?

Estamos a tratar disso.

Vamos apanh�-los.

Espero que sim.

Por favor, afasta-te dos protestos.
Volta para casa depois da escola.

Porqu�?

Porque estas coisas
podem dar para o torto sem motivo.

M�e, h� um motivo.

Eu sei.

Mas n�o ajuda
quando tentamos fazer o nosso trabalho.

A quest�o � essa.
Se tivessem feito o trabalho,

nada disto teria acontecido.

N�o pod�amos ter evitado isto.

Toda a gente da cidade est� errada?

Sabes que mais? Falamos mais tarde.

M�e.

Ela foi mesmo estripada
com uma barra de ferro?

Era este o lado bom de Deli
que me querias mostrar?

Tenho de ir.

Vamos saltar esta veda��o
e correr l� para dentro, percebeste?

Primeiro o rio, agora a veda��o.
Que � isto?

Podemos ir pela frente,
onde a multid�o te quer linchar.

� contigo.
Preferes ser preso, ou desmembrado?

Toca a andar.

Bom dia, senhor ministro.

Tem um minuto?

Sim, senhor.

Quando pode vir ao meu gabinete?

Posso ir esta tarde.

�timo. E traga a subcomiss�ria
do Distrito Sul consigo.

Mas que raio?

Entre, bem-vindo!

Sudhir, excelente trabalho.
E a sua apar�ncia n�o engana.

V� trocar de roupa.
Coma e descanse. Depois, volte.

Obrigado. Vimla, ele � todo teu.

Ele aceitou ser identificado pela v�tima.

Transferimo-lo para Tihar
ap�s os exames m�dicos.

Pol�cia de Deli. Vergonha!

Fa�a-me um favor.

Sim, senhora.

- Vergonha!
- Pol�cia de Deli.

- Vergonha!
- Pol�cia de Deli.

Irm�o, qual � o plano?
Cheguei tarde. S� sa� agora do trabalho.

- O que vamos fazer?
- Vamos linchar os cabr�es.

- Quem?
- Os violadores que est�o l� dentro.

Apanharam-nos?

Achamos que sim.

Quando sa�rem para ir para o tribunal,
atacamos e linchamo-los aqui.

Isso � que � justi�a!

E se n�o estiverem l� dentro?

Temos gente junto ao Tribunal de Saket.

Vamos apanh�-los aqui ou l�.
N�o os pouparemos.

Ele � bom.

� esse o plano deles?

V�o atacar-nos, se puderem.

E, se o fizerem em conjunto,
talvez escapem impunes.

N�o seria a primeira vez.

Tem de conseguir lev�-los
at� ao juiz ilesos.

Vou ao minist�rio. D� conta do recado?

Sim, claro.

V�o. Depressa.

- Toca a andar.
- Segurem-no.

Entra no carro.

- � ele!
- Calem-se!

O que querem? N�o se mexam!

Metam-se no nosso caminho
e tamb�m ser�o detidos.

Toca a andar.

Vem para este lado.

Voc�s tornaram-se celebridades.

Todos vos querem apanhar.

� o carro � frente, � esquerda.

Anda.

De que se trata?

Sei que n�o poderia ter vindo
em pior altura.

S�o os l�deres pol�ticos
a tentar safar-se.

Tentei proteg�-la disto,
mas o ministro insistiu.

Responda �s perguntas que ele fizer.
Vai correr bem.

N�o � verdade. A carrinha da PCR
chegou e saiu em sete minutos.

Temos registos. Fizeram um �timo trabalho.

Estavam a lidar
com uma v�tima nua e a sangrar.

Tiveram de pedir len��is
para a tapar e p�r confort�vel.

O que ouviu n�o � verdade.

Pararam muitas viaturas civis,
mas ningu�m ajudou.

O que se passa
com as pessoas desta cidade?

Senhor, acho que ver as not�cias
n�o est� a ajudar ningu�m.

Os factos foram distorcidos.

Eu vejo o que toda a gente v�.

E, se as pessoas acreditam
que o crime � evit�vel,

eu tamb�m tenho de acreditar.

A cidade est� mergulhada no caos.

A sociedade civil insulta a Pol�cia

e h� protestos na Porta da �ndia.

Digam-me.

Porque estava o autocarro a circular?

Onde estava a Pol�cia, quando ela entrou?

Porque � que as carrinhas da PCR
n�o viram o que se passava l� dentro?

Imagine um agente que est� num cruzamento.

Passam milhares de viaturas.

Como pode um agente ver
dentro de um autocarro em movimento,

de noite,
com vidros escurecidos, sem luzes.

E acrescento que outros carros,
ao lado ou atr�s, n�o repararam em nada.

Falando hipoteticamente,

n�o creio que crimes deste g�nero
possam ser prevenidos,

nem com tr�s milh�es de agentes nas ruas,
quanto mais com 80 mil.

J� temos quatro suspeitos detidos.

Quando tivermos os outros dois,
revelaremos tudo ao p�blico.

� o sonho de qualquer ministro-chefe.

"Como ponho a Pol�cia
sob minha jurisdi��o?"

Pode ser a desculpa de que ele precisa
para ter a aprova��o do Parlamento.

Qualquer sentimento antipol�cia na cidade
ser� ben�fico para ele.

Deus vos valha,
se n�o apanharem os outros dois.

O que aconteceu ali dentro?

Tem de ir ao Supremo Tribunal.

- Agora?
- Comiss�rio?

Sim, ligo-lhe pelo caminho. V�.

Agora.

Kumar. Entre.

Sim, senhor.

Podemos falar como amigos?

Claro.

Quer ch� ou u�sque?

N�o, obrigado.

Sente-se.

Sei que est� a fazer o melhor que pode.

Obrigado.

Mas h� poderes superiores em jogo.

O ministro-chefe identificou-o
como sendo o problema.

N�o conseguiu falar com o PM
e veio ter comigo,

a pedir a sua cabe�a numa bandeja
por causa disto.

A minha?

- Porqu�?
- N�o.

O detetive � voc�.

- Sim, Subhash?
- Sim, encontrei o Sonu.

Trabalhava para um tal de Bhatia,
em Karkarduma.

Foi ele que nos falou do empr�stimo
que o Jai Singh pediu ao Sonu.

�timo.

- Vais encontrar-te com ele?
- Vou.

Descobre tudo o que ele sabe sobre o Sonu.

- Certo.
- �timo.

Excelente.

Em breve, juntar-te-�s aos teus amigos.

Vai pelas traseiras.

Este � o Sr. Rai.

O seu advogado de defesa.

Tenho algumas perguntas,
meras formalidades.

Est� disposto
a ser identificado pela v�tima?

N�o.

- N�o, merit�ssimo.
- N�o, merit�ssimo.

Sabe que a recusa
pode ser usada contra si?

Porque parece que receia v�-lo.

Sim, compreendo.

Em que l�ngua
pretende que seja conduzido o processo?

Em hindi.

Foi alvo de press�o ou coa��o,
enquanto esteve detido?

Algu�m o assustou ou for�ou a dizer
ou fazer algo, enquanto esteve detido?

N�o, merit�ssimo.

Creio que a Pol�cia
pediu a pris�o preventiva...

Sim, merit�ssimo.

Reconhece algum deles?

Ele.

O terceiro da direita.
Conduzia o autocarro, quando entr�mos.

Agrediu-me com a barra de ferro.

E foi o �ltimo a molestar a Deepika.

Sim, senhor.

O tribunal est� a analisar
os procedimentos da Pol�cia, Vartika.

A ju�za tamb�m viu as not�cias

e est� a fazer
a sua forma de ativismo judicial.

Senhor, n�o posso tratar disso agora.
Estou no meio de uma...

Eu sei. Mas temos l� o nosso advogado.

D�-lhes os pormenores que n�o sabem e...

... remediaremos a situa��o por agora.

Est� bem.

Desculpe faz�-la passar por isto,
mas n�o temos escolha.

Tudo bem.

Merda.

COMISS�RIO

Sim, senhor?

SUBCOMISS�RIA VARTIKA

Ol�. Chamo-me Neeti.

Tia?

Chunnu.

Chunnu, est�s acordada, querida.

Menina corajosa.

Quero-te na Porta da �ndia.

Os manifestantes
t�m de ser afastados do Parlamento.

Todas as agentes
foram destacadas para a barricada.

N�o queria que eu ficasse aqui?

Sim, mas a ordem
vem diretamente do comiss�rio.

Quando fores dispensada, volta.

Certo. Senhora?

Quero dizer-lhe que ela acabou de acordar.

Como est� ela?

- O que � isto?
- O seu pedido.

Eu pedi feij�o, imbecil. Trouxe-me frango?

- D� frango a um vegetariano?
- J� trago.

"J� trago."

- Tens uma grande reputa��o.
- De qu�?

De localizar pessoas. N�o h� melhor.

A s�rio?

Adoro faz�-lo.

E fazemos melhor aquilo de que gostamos.

- E nunca perdi uma presa.
- A s�rio?

Mas tamb�m depende da miss�o.

Se for um caso merdoso, � diferente.

Experimenta ser comandante.
Todos os casos s�o assim.

Sim, diz.

Localizei o telem�vel do primo do Alok.

Est� ativo no Rajast�o.

Vou mandar a morada por WhatsApp.

�timo! Vamos para l�.

- J�?
- Claro, qual � o problema?

Deixa-me comer um roti.

- Nem eu comi. Anda.
- Est� bem.

O feij�o vem de Marte?

Despache-se!

- Sr. Bhatia?
- Sim.

Fal�mos ao telefone.

- Pol�cia de Deli.
- Sente-se, por favor.

- Aceita um ch�?
- Sim, claro.

Quatro ch�s.

- Em que posso ajudar?
- Obrigado pela ajuda.

Ajudar a Pol�cia de Deli
� vantajoso para todos. Diga-me.

- Tem autocarros?
- Sim.

- E n�o sabe onde est� o Sonu?
- Juro que n�o. N�o fa�o ideia.

Contratei-o quando ele era mi�do,
nem tinha 18 anos.

Tive de verificar os antecedentes dele
atrav�s de outro patr�o.

Um minuto.

Este � o n�mero do antigo patr�o dele.

Veja se ajuda.

Os crimes est�o a acontecer
porque a m�e dela � m� pol�cia.

A m�e dela n�o faz nada quanto � viola��o.

Que se passa?

Tens algo a dizer?

Est�vamos a falar de pol�cias corruptos.

O meu pai disse que os crimes acontecem
porque a tua m�e nada faz.

D� um recado ao teu pai.

Cabra!

Obrigada por ter vindo.

Ol�, subcomiss�ria.

O Inspetor Bhupendra Singh,
chefe da nossa for�a especial.

O Sr. Mehta, o nosso advogado.

Ashvin, represento a Central.

O ministro tamb�m est� debaixo de fogo?

Vou aonde me mandam.

� um lit�gio de interesse p�blico

promovido pelo pr�prio Supremo Tribunal.

L� dentro, seremos s� n�s e a ju�za.

N�o se preocupe.

Eu conhe�o o caso e responderei.
Posso perguntar-lhe alguns pormenores.

S� isso. Faz sentido?

Aqui.

Esta sess�o foi convocada
por for�a do interesse p�blico.

O tribunal pede um ponto da situa��o
sobre o caso em apre�o,

a viola��o coletiva e tentativa
de homic�dio de um jovem casal,

na noite de 16 de dezembro,
em Mahipal Pur.

A CHANDNI BRIGOU NA ESCOLA.
EST�O AMBAS BEM.

Constou-nos que o tempo de resposta
da Pol�cia

e os cuidados prestados � v�tima

foram inadequados. Gostar�amos
que respondessem a estas acusa��es.

Merit�ssima.
Foram feitas muitas suposi��es

baseadas em not�cias
assentes em factos n�o confirmados.

E podemos confirm�-los?

Pretendemos saber porque n�o foi a jovem
levada para o melhor hospital.

Porqu� para Safdarjung? Onde estava a PCR?
Houve atraso no tempo de resposta?

E parece ter havido
uma quest�o de jurisdi��o

que provocou um atraso na transfer�ncia
da v�tima para o hospital?

Quem responder� a estas acusa��es?

Seria boa altura para falar.

Merit�ssima, a Pol�cia de Deli

revelar� os pormenores solicitados
na devida altura.

Ali�s, temos aqui
a subcomiss�ria do Distrito Sul.

Agrade�o a perspetiva do governo.

Mas a Pol�cia de Deli tem algo a dizer?

N�o, merit�ssima.

Desculpe. � a subcomiss�ria
do Distrito Sul?

Sim, merit�ssima.

Talvez possa responder
a algumas das quest�es.

Embora imagine
que fique em hot�is de cinco estrelas

e tome caf�s com pol�ticos.

Alguma vez foi ao local de um crime?

Merit�ssima, como representante
da Pol�cia de Deli...

Ele fala. Os seus clientes

poder�o dar respostas adequadas
�s nossas perguntas?

Sim, merit�ssima.

Muito bem, agendamos para dia 20,
daqui a dois dias.

Precisamos de mais tempo.

A investiga��o est� em curso.
N�o posso voltar c�.

E voc� � pat�tico.

Porque n�o pediu a lista de alega��es?

E porque n�o disse que,
como subcomiss�ria do Distrito Sul,

s� posso defender a Pol�cia local,
n�o o Tr�nsito nem a PCR?

Correu bem. Vai ficar tudo bem.

Pare.

Se a nossa investiga��o
for prejudicada por sua causa...

Por favor.

Boa sorte.

Ol�, Poonam.

Ol�. Gostaria de saber se se vai demitir
de Comiss�rio da Pol�cia.

Demitir-me? Porqu�?

As minhas fontes dizem
que o ministro quer a sua demiss�o.

Lamento desiludi-lo,
mas n�o tenciono demitir-me.

Gostaria de vir ao programa
para falarmos sobre isso?

N�o.

Na verdade, Poonam, gostava.
A minha assistente vai contact�-la.

Obrigado.

Interessante.

Ol�, comiss�rio.

N�o esperava que me ligasse hoje.

Infelizmente, as circunst�ncias
a isso me obrigaram.

O que posso fazer por si?

Pode dizer-me porque me persegue?

Como assim?

Est� a responsabilizar-me por este crime.

Vijay, algu�m tem de assumir
a culpa por isto.

Se n�o tem coragem para a assumir,
culpe patentes inferiores.

Refere-se aos meus oficiais?

Porque n�o?

Talvez o comandante de Vasant Vihar?

Ou a subcomiss�ria?
Onde estavam, quando isto aconteceu?

Quer que responsabilize os melhores,

que est�o a tentar solucionar o caso.

Viajam entre estados,
passam noites em claro...

Deixo a decis�o para si.

Lamento. Acho que teremos
de concordar em discordar.

Ent�o, nada mais h� a discutir.

Obrigado por ter ligado.

Est� l�? Sim.

Ele identificou o Amar, o Vikas
e o Brajesh. Vou mostrar-lhe o autocarro.

- �timo.
- Senhor,

h� atividade no n�mero do Akash.

Algu�m o est� a usar em Kalindi Kunj.

Pode ser um dos nossos suspeitos.

- Lallu, vamos apanhar uma pessoa!
- Sim.

- Sim?
- Pol�cia.

Fant�stico. Vamos.

O qu�?

Talvez seja m� ideia.

A tua m�e n�o se importar�.
� um protesto pac�fico.

Provavelmente, ela concordaria.
E tu gostas de conflitos.

Vamos.

- Pol�cia de Deli!
- Vergonha!

Vigia isso.

- Ol�.
- Ol�, Neeti.

- Como est�s?
- Estou bem.

� de loucos, n�o �?

- Sim.
- Sabes algo do caso?

Sabes alguma coisa do caso?

- N�o.
- N�o est�s em Vasant Vihar?

N�o sei nada.

Aqui tamb�m ningu�m sabe. S�o s� boatos.

Ou�am bem! Todos sabem o que se passa?

As pessoas t�m o direito de protestar.

Mas aproximam-se do Parlamento
e da casa do presidente.

Mont�mos barricadas,
mas voc�s s�o a primeira linha de defesa.

Estejam atentas ao meu sinal,
se for preciso agir.

N�o reajam
a menos que eles ataquem diretamente.

Est� bem? Vamos l�.

A Pol�cia de Deli devia ter vergonha!

Um crime uniu o pa�s inteiro.

Tanto nas cidades grandes
como nas pequenas, pede-se justi�a.

Sim?

Pol�cia. Procuramos o Alok Kumar.

N�o est� c�.

- Como o conhece?
- Sou cunhada dele.

Onde est� ele?

N�o sei. Ele chegou e saiu � pressa.

Quando saiu?

- H� cerca de quatro horas.
- Quatro horas.

Sabe para onde foi?

N�o, estava assustado, agitado,
mas n�o disse nada.

- Ele fez alguma coisa?
- N�o, perguntamos s� por piada.

Se a Pol�cia o apanhar, fica a salvo.
Sen�o, a multid�o mata-o.

Sim, senhor?

Cheg�mos tarde. Veio c� e j� saiu.

A cunhada n�o sabe dele.

Entendido.

Onde arranjou este cart�o?

J� disse. Eu estava numa paragem.

Vi o cart�o no ch�o, apanhei-o e usei-o.

N�o sabia que era ilegal.

- Onde estava no dia 16 � noite?
- Em Jamia Nagar. Porqu�?

Achamos que estava
na paragem de autocarros em Munirka.

Uma mulher foi atacada nessa noite.
Esteve envolvido?

N�o. � a verdade. N�o estava l�.

S� apanhei um cart�o.

Sou engenheiro. Se o tivesse feito,
acha que seria est�pido

a ponto de usar o cart�o roubado no crime?

Juro que n�o fiz nada.

Pela �ltima vez, diga a verdade!

J� disse. N�o fiz nada.

Sonu.

N�o sei onde anda agora.
Dantes, ele vendia fruta.

Onde?

Sabe onde � a paragem
mais perto da linha do comboio?

Sim.

H� a� uma banca de fruta. Acho que � essa.

Soube que conhece o Sonu.

Se bem me lembro, foi trabalhar
para um propriet�rio de autocarros.

N�o o vejo h� muito tempo.

- Se o visse, reconhecia-o?
- Claro.

Quem � o propriet�rio?

Queremos justi�a!

Queremos justi�a!

- Temos de entrar a p�.
- N�o vamos passar por ali.

N�o temos alternativa.

Mas...

Est� bem, eu digo-lhes quem voc� �
e eles tratam de si.

Anda.

Saia, vamos.

Cuidado, devagar.

Ande devagar.

Por favor, deixem passar.

Desculpem.

Estou mo�da.
Mal posso esperar para ir dormir.

Isto tudo por causa de um caso.
O que se passa?

- Vou-me. Adeus.
- Adeus.

Riquex�!

- Adeus, Chandu.
- Adeus.

Adeus, Chandu.

Abrir-se-�o as portas do lado esquerdo.

Jai Singh.

Um amigo veio visit�-lo.

� ele?

Sim.

Tinha de confirmar.

O registo de chamadas.

Parece ter dito a verdade.

Voc�s s�o doidos. Posso ir?

Ou�a.

Quando encontrar um cart�o SIM,
d�-o � Pol�cia.

Mando-o para si, para o poder usar.

Acabei de o safar. Pelo menos, agrade�a.

Obrigado.

O que se passa?

- H� algo...
- O qu�?

Tamb�m pedi
o registo de chamadas do Akash. Veja.

Est� l�?

- Sim?
- Quem fala?

Sim, diga.

Encontrei um fot�grafo de casamentos
para fotografar a cara da v�tima.

O outro n�o fotografa em digital.

E o Akash identificou o telem�vel
que encontr�mos com o Amar.

�timo. Muito bem.

Al�m disso, o Akash quer ir-se embora.
Est� farto de estar aqui.

N�o pode ir.

� uma testemunha-chave.

Temos de o proteger da imprensa.

Sim, mas quanto tempo
conseguiremos mant�-lo c�?

Deve ficar longe dos acusados.
H� algum s�tio onde o possamos p�r?

N�o temos or�amento.

N�o se preocupe.
Procure um s�tio aqui perto.

Senhora...

Mas n�o � verdade?

Que a Pol�cia de Deli n�o resolveu
ou deixou escapar entre os dedos

a maioria dos casos de viola��o?

N�o, pelo contr�rio.

No ano passado, 87 % dos casos de viola��o
registados em Deli foram resolvidos.

O sistema judicial
pode n�o os ter levado a julgamento

e a maioria est� pendente
algures no sistema,

mas a Pol�cia prendeu
as pessoas certas e fez as acusa��es.

Deixe-me s� dizer...

N�o � boa altura.

Lamento muito. S� queria perguntar

se tem coment�rios
ao caso em que est� a trabalhar.

N�o. N�o comento
uma investiga��o em curso.

Mas quero dizer uma coisa oficiosamente.

Parem de publicar hist�rias falsas
sobre a nossa conduta.

A v�tima est� a morrer
e estamos a fazer tudo

para prender os tipos.

Conhe�o-a e sei que est� a fazer
um �timo trabalho.

Mas o editor exige que publiquemos

artigos negativos sobre a Pol�cia.

Ordenaram-nos que destru�ssemos a Pol�cia.

- O qu�?
- � isso mesmo.

- Est� a falar a s�rio?
- Estou.

Fica entre n�s.
Digo-lho porque a respeito.

A BBC pega no que publicam
e o mundo inteiro v�.

Deve estar muito orgulhosa.
Presta um grande servi�o ao pa�s.

Estes tipos n�o t�m
qualquer integridade, zero.

Questionamo-los e culpam o editor.

Cabra de merda.

Senhora.

Naquela noite, no autocarro, o Akash
recebeu uma chamada durante a viola��o.

Ele n�o atendeu, mas adivinhe de quem era.

Basta de jogos.

De uma mulher. Ao que parece, da namorada.

A namorada � a Deepika.

Eu achava o mesmo.

EM MEM�RIA DE JYOTI SINGH

Legendas: Hernani Azenha