All language subtitles for The Story of O

Certo dia, seu amante levou O

onde eles nunca
tinham ido antes:

Parque Monceau, Parque
Montsouris e outros,

por um caminho claro, limitado
por uma densa e escura floresta.

Breve anoiteceria e
sentia-se o Outono no ar.

Uma vez no carro, Ren� pediu a
O que tirasse a roupa interior.

Indo sabe Deus para onde,

ela temia que o
motorista se voltasse.

Tire tudo.

Tem que estar em
contato com o assento.

Nunca cruze as pernas
ou junte os joelhos.

Aqui estamos.

Escute-me, ao sair do carro
v� l� e bata na porta.

Seguir� quem te abrir e
obedecer� �s suas ordens.

Far� isso?

Sim.

E voc�?

Eu irei depois.

Vai.

Um outro in�cio revelar-se-ia
muito mais simples e brutal.

O foi levada de carro

pelo seu amante e por um amigo
que a ela lhe era desconhecido.

Foi esse amigo desconhecido
que explicou � jovem

que o seu amante teria sido
instru�do para a preparar.

O perguntou-se porque raz�o
suas m�os teriam sido atadas,

se ela tinha inten��es de
obedecer ao seu amante.

Seria mais um dos
desejos de Ren�,

como teria sido a
sua espera solit�ria.

Esperou por ele durante
meia hora, uma hora

ou mesmo duas, j� n�o sei.

Pareceu um s�culo.

N�o deve manter as
pernas juntas, � proibido.

Virem-na.
Queremos v�-la.

Ela j� foi acorrentada?

N�o por mim.

E a�oitada?

Se tivesse sido, j� lhe
teria sido dado prazer.

O que importa agora
� tirar l�grimas dela.

Aqui, quando for a�oitada,
ter� sempre os olhos vendados.

Mas n�o esta noite.

Hoje como � a primeira vez
est� permitida a assistir.

Como ela � orgulhosa!

Quero ouvir ela gritando.

Imediatamente!

N�o!
N�o aguento mais!

Eu imploro-lhe!

N�o. Isso deixa-a
muito marcada.

E o castigo com o a�oite
pode fazer a dor durar muito.

Eu pe�o-lhe que o use
somente quando necess�rio.

Como desejar.

Ren�!

- Consegui suportar, viu?
- Sim.

Por voc�.

Sim, por mim.

N�o se levante,
fica onde est�.

Amanh�, ser� vestida assim.

� mais pr�tico.
Mostra-lhe porqu�.

As mulheres que andem pelo
pal�cio e mesmo pelo parque

s�o vestidas desta forma.

Desta forma, estar�
sempre � disposi��o

de todos aqueles que
queiram utiliz�-la.

Como desejarem,
quando desejarem.

No entanto, antes de explicar as
regras �s quais ter� que obedecer,

Tenho que relembr�-la

que voc� est� aqui
de livre vontade

e que poder� ir
embora quando quiser.

Quer ir embora?

N�o me olhe dessa maneira,
que se arrepender�.

Pela �ltima vez,
quer ir embora?

Nesse caso,

estas ser�o as regras
que ter� que obedecer.

Voc� est� na ala que
d� para o parque.

O seu pajem chama-se Pierre.

- Pajem?
- Sim.

Sim, ser� aquele que te
acorrentar� quando for dormir.

E que te a�oitar�
quando for castigada.

Os pajens podem nos usar.
Mas o Pierre, ele �...

Sobretudo, nunca lhe
olhe para a cara!

- Ele � o qu�?
- Voc� ouviu.

Nunca me olhe para a cara!

Preparem-na que eu j� volto.

As duas jovens, Jeanne e Andr�e,
perguntaram-lhe o seu nome.

Ela deu-lhes apenas
a sua inicial, O.

- Foi o seu amante que te trouxe?
- Sim.

Est� com sorte. Eles ser�o
mais severos com voc�.

Mas porqu�?

Ir� descobrir rapidamente.

Ent�o, bela dama?

O questionou-se

porque haveria tanta
do�ura misturada com terror,

ou porque ela achava
o terror t�o delicioso.

Levante-se.

Vire-se.

S�o 9 horas. Quando acabar de comer,
poder� dormir at� ao meio-dia.

Como � que sabe?

Acerca do a��car?
Foi-nos dito v�rias coisas.

J� chega, n�s n�o
devemos falar.

- Vamos, Andr�e.
- Mas expliquem-me...

Meu amor!

Anda, deixa-nos v�-la.

Obedece.

O sentiu-se profanada
e culpada pelo prazer

que teve nos bra�os
de um estranho.

Mas mais tarde, o seu
amante explicou-lhe

que quanto mais dada ela
fosse, mais querida lhe era.

O fato dele a oferecer a outros,
era prova que ela lhe pertencia.

Algu�m s� pode dar o que
realmente possui. N�o fale.

Foi-lhe dito ontem,
que enquanto estiver aqui

n�o pode olhar os homens
na cara nem lhes falar.

A partir de agora, essa regra
aplica-se a mim tamb�m.

Voc� � minha.

Mas antes que te silencie,

eu quero que pronuncie
apenas duas palavras.

O nome do homem que
me fezte trazer aqui,

e que mais tarde
te apresentarei.

Sir Stephen.

� o claustro.

O qu�?

N�o, eu n�o disse nada!
Eu pe�o perd�o!

Eu pe�o perd�o!

N�o, por favor! Fa�a o
que quiser menos isso!

N�o, eu farei tudo o que
quiser, mas isso n�o!

N�o, tudo menos isso!

Jeanne quebrou uma regra
ao falar do claustro.

O nunca ficou sabendo
o que aconteceu.

Monique, aproxime-se.

Anda c�!

Vou embora. Voltarei
somente para te levar comigo.

Quando?

Mas quantos dias?

Hoje mesmo, se desejar.

Quer ver-me
ser a�oitada?

Sim, assim poderei levar
essa lembran�a comigo.

Ficar� satisfeito?

Sim, eu sei que �
dif�cil de entender.

J� n�o poderei mais falar
com voc� nem olhar para voc�.

Olha para mim.

- � dif�cil, mas voc� entende, certo?
- Sim.

Porqu�?

Um certo dia uma menina

ia passeando quando viu um coelho
branco que levava um rel�gio.

O seu nome era Alice.

O coelho branco disse-lhe que estavam
atrasados e que tinham que se apressar.

Ela n�o ficou surpreendida
pelo fato dele falar.

E depois?

Depois, ela seguiu-o.

E o que aconteceu?

Ela ca�u num po�o,
num po�o profundo.

E teve imensas aventuras.

Continua.
O que estava nesse po�o?

Sir Stephen.

As minhas m�os.

Eu te amo. Eu te amo.

Ela n�o te olhar�.

Olhar� sim.

N�o, n�o olhar�.

Voc� est� assim por
ela ser nova aqui.

Ela � orgulhosa.
Ela me agrada.

Deixa-a l�.

O Pierre est�
olhando para voc�.

Gosta dele?

Sim.

Gosta do Pierre?

N�o consigo compreender.

O que ela n�o
conseguia compreender

era que O amava tudo o que viesse
do seu amante, at� mesmo Pierre.

Era o seu amante que a possu�a
atrav�s de todos aqueles estranhos

aos quais ela j� se rendera.

Eu vou te preparar.

N�o ir� jantar com
as outras esta noite.

Por favor, poderia ir um
pouco para o corredor?

Porqu�?

Porque eu gostaria de usar o
banheiro, e n�o h� porta.

N�o h� portas de prop�sito.

Olha para mim.

Olha-me s� uma vez.
Eu n�o te bato.

� s� o que eu pretendo.

Eu tomei-a �
for�a nas escadas?

O perdeu a no��o do tempo.
A relva escureceu.

Os dias j� n�o eram dias,
nem as noites eram noites.

As luzes nunca se esvaneciam.

Passados alguns dias, o tempo
perdeu a sua imobilidade.

Numa aveludada noite, as suas
correntes foram retiradas.

Bem vinda.

Temos que ir.

Pegue-o e v� se te
serve no dedo indicador.

Adeus.

Serviu-me bem.

Roissy.

Est� tudo na mesma.
Vivi aqui muitos anos.

Quatro anos.

Vou l� em cima.

O banheiro.
� t�o agrad�vel!

Esse � o meu quarto.

O seu quarto?
Voc� nunca dorme!

Deixei-lhe um presente
em cima da sua cama.

Estranho, n�o tenho recorda��o
da cozinha ter aquele piso.

Sim, obrigada.

Mais tarde, ele explicou que
ela n�o poderia ser livre

a menos que j� n�o o amasse
e o abandonasse de imediato.

Tal atitude deixou-a
surpreendida.

Ele queria mais provas
de que ela lhe pertencia.

J� n�o restavam d�vidas que ela lhe
pertencia, mas ele precisou refor��-lo

como se tirasse
algum prazer da�.

E essa n�o � a forma correta
de me escutar. Venha c�.

Venha c�.

Assim?

Deve manter os l�bios
ligeiramente afastados.

Pela manh�, ir� separar as suas coisas.
Eu levarei as que n�o t�m utilidade.

Al�?

- Sou eu.
- Bom dia, meu querido.

- Est� separarando suas coisas?
- J� separei.

- Est� vestida?
- S� com roupa de dormir.

Tire-a.

Ren�?

Tem o anel?

Sim, meu senhor.

Coloca numa mala toda a
roupa que seja dif�cil tirar

ou que seja
fechada � frente.

Vendo que ela fez
tudo o que ele disse

Ren� ficou fascinado por
ela lhe pertencer tanto.

OK. Obrigada.

Ser� que pode imprimir
algumas para mim?

Sim, com certeza.

Est� com um
ar muito feminino.

Voc� mudou muito.

Mas olha que as ligas...

fazem mal �s pernas.

S�o muito pr�ticas.

O tirou cerca de cinquenta
fotos de Jacqueline,

e todas elas diferiam de
outras tiradas anteriormente.

Ela captou um charme
provocativo...

no seu corpo e face.

Ren�, querido.

Tenho que sair
imediatamente.

Esteja preparada
dentro de uma hora.

Deve ficar bem bonita.
Um motorista vir� busc�-la.

V� vestida de preto.

E leva o seu
casaco de peles.

Mas � t�o antigo!

Fica-lhe muito bem.

Vamos, voc� entende!

Faz-me parecer
uma vi�va.

Por favor,
� importante para mim.

OK.

Est� ador�vel, minha querida.

Eu te apresento,
Sir Stephen.

O Ren� n�o mentiu.

Martini, por favor.

- Era isso que queria, n�o era?
- Obrigada.

Sente-se.

Se quiser, podemos
jantar na cave.

� mais agrad�vel l�.

Tomaremos o caf�
em minha casa.

Sente-se no sof�.

O Ren� servir� o caf�.

Agora ou�a com aten��o.

O Ren� � capaz de te ter
falado da sua fam�lia.

Muito antes dele ter nascido,

a sua m�e sempre me
tratou como um filho.

At� que um dia ela
deixou o meu pai.

Por conseguinte, n�o temos
qualquer rela��o de parentesco.

Mas de algum modo,
somos irm�os.

N�s sempre partilhamos tudo.

Em princ�pio, eEsse anel que traz no
dedo, me d� certos direitos sobre voc�.

Tal como dar� a qualquer homem
que conhe�a o seu significado.

Contudo, com outros apenas
ter� la�os tempor�rios.

Comigo, ir� ter
algo mais s�rio.

Se voc� aceitar, eu revelarei
as suas prefer�ncias.

Meu caro Ren�, n�o prefer�ncias.
Exig�ncias!

Eu perten�o a Ren�.
Farei tudo o que disser.

N�o, agora ser� de
n�s dois. Repete.

"Eu perten�o a voc�s dois
e farei o que desejarem."

Quero ouvir de seus l�bios
que � tanto minha

como � do Ren�.

Contudo continuar� a
ter apenas um amo,

um mais exigente,
pois n�o nego

a minha prefer�ncia
por rituais.

Ent�o?

Ambos voc�s, fora daqui!

N�o!

Eu aceito.

Serei castigada
com o a�oite?

Sim, algumas vezes.

Eles examinaram-lhe o corpo

de uma forma brutal
e abomin�vel.

Ela sentiu-se coberta
de vergonha.

Mas apesar da vergonha,
ela sentiu-se como algu�m

que est� no in�cio de um
sonho que lhe � familiar.

Fica com Sir Stephen.
Deixa-se estar.

Ele a deixar� voltar para casa
quando estiver adaptada.

Acompanho-lhe at� l� fora.

Obrigado, Ren�.
Quer levar o carro?

Por muito que se queira
que um sonho acabe

saber como ele vai acabar prevalece
sobre qualquer outra vontade.

Levante-se.

- Quer um cigarro?
- N�o, obrigada.

Eu quero te ver nua.

Dispa a blusa.

N�o gosto da
sua maquiagem.

A cor � demasiado p�lida.

Voc� � demasiado f�cil.

O Ren� sabe que voc� deseja
todos os homens que te querem?

A sua obedi�ncia a
ele � apenas um �libi.

� mentira, eu amo Ren�!

Voc� ama Ren�, mas � uma conquista
f�cil. Fica quieta a�!

Acaricie a si mesma.

- Eu n�o entendi.
- Voc� entendeu bem.

N�o, n�o consigo!

� assim que � obediente?

Temo que o Ren� n�o foi
suficientemente severo.

Eu sempre obedeci Ren�.

Voc� confunde amor
com obedi�ncia.

A partir de agora vai me obedecer
mesmo n�o havendo amor entre n�s.

O meu quarto �
aqui ao lado.

Boa noite.

Espere um momento.

Isto � seu.

Mantenha-o. O ferro a
veste, como seu anel.

Ou deveria dizer, ferros?

Por favor!

N�o diga ao Ren� que o desobedeci.
Eu o obedecerei, eu juro.

Bom dia.

Bom dia.

Um motorista vir� busc�-la
quando estiver pronta.

O seu amo deixou-lhe
uma mensagem.

O Ren� ligou-me dizendo que
ir� te buscar no est�dio.

Esse a�oite ser� para
a sua pr�xima visita.

Pronto, j� terminei.

Mas que bem que te fica essa
boquilha, � uma mulher fatal.

Huhm! Fatal para quem?

Ela quereria ter respondido:
"Fatal para o Sir Stephen".

Mas ela temia do que ele tivesse contado
a Ren�. Temia que o Ren� n�o viesse mais.

Se Sir Stephen n�o a amasse,
Ren� deixaria de a amar tamb�m.

Voc� viu Sir Stephen?

N�s conversamos.

Olhe isso!

Foi ele que te deu?

Foi mesmo?

A s�rio?

Formid�vel! Voc�
� maravilhosa!

Eu tamb�m penso o mesmo.

S� passei para saber se j�
tem as minhas fotos.

Sinto muito, ainda
n�o tive tempo.

OK. Desculpem-me,
vou indo...

N�o, fique.

- N�o v�.
- Est� bem.

Depois disso, Jacqueline
acompanhou-os in�meras vezes.

Situa��o que agradou Ren�, que
a achava uma jovem atraente

e a queria seduzir.

O provavelmente teria ci�mes,

mas havia outra coisa
que a preocupava.

O poder que Sir Stephen
tinha sobre seu amante.

N�o fique com raiva, � tolice.

N�o estou com raiva.

Mas eu raramente te vejo!

Voc� j� nem me toca!

E quando me toca,

� para encontrar
marcas do seu senhor.

� por ele que est�
apaixonado, n�o por mim.

N�o seja est�pida!

Se eu tivesse dito isso dois meses
atr�s, voc� teria me esbofeteado

tanto que at� as
paredes estremeceriam.

Mas sou sua!
Eu juro!

Primeiro voc� pertence
a Sir Stephen!

- Escute-me.
- N�o.

Eu compreendo.

Telefone-lhe, diga-lhe que esta noite
n�o poderei ir, que eu vou amanh�.

Inventa qualquer coisa.

Esta noite quero ser sua.

Isso est� fora de quest�o.

E vou lhe contar tudo o
voc� disse esta noite.

Ela n�o acreditou
que ele fizesse isso.

Mas quando ele a levou, ficou apenas
o tempo necess�rio para tra�-la.

Adeus.

Obrigado, Ren�.

Ele estava t�o
p�lido quanto ela.

O n�o queria acreditar que
ele estivesse se apaixonando.

Ele nunca a tinha
beijado antes.

Mas ele castigou-a pela sua
desobedi�ncia nessa noite.

Ele foi t�o cruel, que ela
at� perdeu a consci�ncia.

- � voc�?
- N�o � para mim que est� ligando?

Sim. Aconteceu-me agora uma coisa.
N�o tenho bem certeza do que fazer.

Encontrei Pierre de Roissy.

- E ele quer lev�-la para onde?
- Para um hotel, n�o sei.

E voc�, gostaria de ir?

Sim, gostaria.

Tome um taxi
diretamente para casa.

N�o me quer ver?

S� quero que voc� me obede�a.

� voc�, Ren�?

Ren� deu-me uma chave.

Estou vendo que
me obedeceu.

� uma menina crescida, agora.

Vamos sair para almo�ar.

Mas primeiro, responda-me
a umas quest�es.

Sente-se.

Desde que voltou de Roissy,

pertenceu a mais algu�m?

N�o.

Desejou outros homens?
Al�m de Pierre, obviamente.

Uma mo�a, talvez?

� uma mo�a, n�o �?

Eu mostro a voc�.

Esta � a Jacqueline que
o Ren� me tem falado?

Voc� a deseja.

A Jacqueline tem
uma vida incr�vel.

Sir Stephen a fez
falar de Jacqueline.

Mas estaria ele
realmente ouvindo?

Ela apreciou a fato
dele estar atento

� sua voz, ao movimento
dos seus l�bios.

Obrigado.

O que vou dizer agora � do
conhecimento do Ren�.

Lembra-se da primeira vez
que esteve l� em casa?

Eu lhe dei uma ordem
que n�o cumpriu.

Cumpriria agora?

Sim, quando voc� desejar.

Beba o caf�.

Dei-me conta de que ainda ningu�m,
nem mesmo o Ren�,

te possuiu na minha frente.

Isso n�o quer dizer que

um dia n�o te tenha que
se entregar a um estranho

na presen�a do
homem que te ama.

Ele insistiu longamente,
duramente

mas ela j� n�o o estava ouvindo.
Apenas lembrava das palavras

"do homem que te ama".
De que outras provas precisaria?

N�o me est� ouvindo.

Eu farei tudo o que quiser.
Sou sua.

Voc� �?

Absolutamente. E do Ren�.

Ren� e eu concordamos
em voc� ser s� minha.

Se voc� aceitar, eu irei
querer mais que palavras.

Se voc� for minha, ter� que
receber uma marca definitiva.

- Uma marca?
- Uma marca permanente.

Termine o caf�.

Voc� n�o ser�
for�ada a nada.

Pode sempre recusar

e partir.

Vou te dar alguns
dias para decidir.

O tempo necess�rio para
Jacqueline se render.

Jacqueline, minha?

Eu poderia dizer

que gostaria de te
ver com outra mulher.

Mas esse n�o � o caso.

Ela ser� sua depois
de lev�-la a Roissy.

� absolutamente imposs�vel!

Voc� pode faz�-lo.

N�o, � imposs�vel!

N�o quero ficar em
d�vida para com Ren�.

Quando ela voltar, ser� dele.

Do Ren�?

Ele a ama?

Ele ama Jacqueline?

Ele disse isso?

Ele a quer. N�o falou.

Ent�o, comece convencendo-a a
compartilhar seu apartamento.

Pode utilizar aquele roupeiro
ali e h� outro l� em baixo.

- OK.
- Sinta-se em casa.

O Ren� n�o vai se importar?

N�o, pelo contr�rio,
ele est� radiante.

Viu? Ela aceitou
o meu quarto.

Isso n�o quer dizer nada.

Sir Stephen estava certo.

Se ela se entregar
a algu�m, ser� a voc�.

Boa noite.

Venha c�.

Sente-se, vamos conversar.

Tem certeza que o
Ren� n�o voltar�?

Esta noite n�o.

Que penteado estranho!

Solte-o, fica melhor.

Assim fica melhor.

Voc� � linda.

Diga-me o que quer.

Eu quero voc�.

Correu muito bem,
depois lhe conto.

Sim.

Agora?
Irei j�.

- Ren�?
- N�o, n�o era o Ren�.

- Est� feliz por minha causa?
- N�o...

Bem, sim.
Por causa de voc�.

Agora v�, est� atrasada.

N�o me vai beijar?

N�o.

- Vemo-nos � noite?
- OK.

era Norah qua a encaminhava,
despia e preparava.

O nunca se habituou a ser
despida na presen�a desta mulher,

que nunca lhe falou e
raramente a olhava.

Desta vez, ela conduziu-a
diretamente a Sir Stephen,

que estaria num quarto que
ela nunca vira antes.

Bem, eu fiz.

Eu sabia que havia
de desenrascar-se.

Tire isto.

- Quer que lhe conte como foi?
- N�o, eu fa�o isso para voc�.

Interrompa-me
se estiver errado.

Voc� est� bonita
como nunca.

Sei como se passaram as
coisas com a Jacqueline.

- Tirou as suas roupas.
- Sim.

Tirou-lhe o cinto.

Olhou fixamente nos
seus olhos e falou-lhe.

Ele estava certo.

Mesmo conhecendo Jacqueline
apenas por fotos

sabia que ela
adorava o prazer

e que se entregaria facilmente a O,
consequ�ncia do agrad�vel prazer

proporcionado por uma mulher.

Rosas... para mim?

Porque n�o? Eu te amo.

Norah! Norah! Norah!

Toma! S�o para voc�.

Havia me falado de
uma marca permanente.

- Vai aceitar?
- Eu vou, meu senhor.

Breve?

Ela ser� marcada
em poucos dias.

Presumo que voc�
estar� presente.

Sim.

Venham, vamos
entrar na casa.

- Este � o seu quarto. Gosta?
- �timo!

Tire a roupa, vou ajudar voc�.

Linda.

Vou lhe arranjar uma cinta.

Uma bem apertada.
E cada dia ficar� mais apertada

at� que a sua cintura
fique estreita.

Ajoelhe-se.

O, � com prazer que aceitar�

usar os an�is e as
marcas de Sir Stephen,

mesmo desconhecendo como
ser�o colocadas em seu corpo?

Sim, aceito.

Bem, agora irei acompanhar Sir
Stephen at� � sa�da. Fique aqui.

Voc� � verdadeiramente minha.

O, aqui est�o as
suas companheiras.

Yvonne, Claire

- Andr�e...
- Eu conhe�o-a.

e Th�rese.

Eu tamb�m a conhe�o,
dos tempos de Ex�rcito.

Est� bem, Th�rese.
Vamos l�.

Yvonne,

coloque-lhe a cinta.

- Ajude-a por favor.
- Sim, senhora.

- Estou feliz por te ver.
- Eu tamb�m.

Bem apertada.

Terrivelmente apertada.

Ficar� ainda mais linda.

Venha aqui, agora.

Quando foi a �ltima vez
que foi a�oitada?

H� duas ou tr�s semanas.

Aqui n�o haver� a�oites.

Exceto hoje � noite.

Por ser a sua chegada.

O reencontrou em
casa de Anne-Marie

o mesmo tipo de atitudes de
que se lembrava da sua inf�ncia.

Aviso desde j� que
detesto perder.

Bem, mas j� est� Check Mate!

- N�o vou jogar mais.
- Ei, o que se passa aqui?

Ela � enrolada!

Isso uma grande mentira!

Mentirosa! Ela joga bem.

Venham para tr�s de mim.
Exceto voc�, O.

Iremos tirar a sorte para
ver quem te ir� a�oitar.

Est�o prontas?

Vamos l�.

Quem tem a rainha?

Isso foi propositado?

Eu nunca fa�o nada propositado.
J� devia saber isso.

Levem-na, ela � toda sua.

Pode gritar que
ningu�m ir� te ouvir.

E se gritar muito alto...

isto suavizar� sua voz.

Pode come�ar, Yvonne.

R�pido, com for�a!
Ela tem que gritar!

Ela percebeu que a
sua liga��o a Ren�,

os dias que passou no
castelo e a sua opress�o,

constituiram uma forma segura de
conduzi-la ao amor da sua vida.

Em que pensa?

Stephan.

E ela convenceu-se que se
foi forte o suficiente

para aguentar aquilo
tudo at� ao fim,

ela conseguiria finalmente
conquist�-lo.

Foi o amante da Andr�e
que a trouxe aqui.

Provavelmente n�o voltar�.

Porque diz isso?

Porque voc� n�o � forte
o suficiente, ir� desistir.

- Quem � que a trouxe ?
- A Anne-Marie.

- N�o pertence a ningu�m?
- Pertence sim.

Pertence a mim.

Contudo n�o era
apenas Th�rese que dormia

com Anne-Marie.

E tal como todo o resto,
� o destino que decide.

Anne-Marie!

O que est� fazendo?
Est� maluca!

N�o me fa�a isto!

Voc� � est�pida!

N�o quero saber!

Eu quero morrer,
est� ouvindo?

Pobre desgra�ada.

Castigue-me.
N�o me importo.

V� para o seu quarto.
Voc� tamb�m.

Vamos, minha querida.

A Claire ir� mostrar-lhe
uma coisa.

- Mostre-lhe, Claire.
- Com certeza.

Sir Stephen quer que voc�

use estes mesmos an�is,
com o seu nome inscrito.

Voc� v�? Uma vez colocados,
n�o os dever� retirar.

� doloroso?

� como furar uma orelha.

Mas para voc� ainda haver� mais.

Um anel poder� ser
simplesmente retirado.

� por isso que Sir Stephen quer que
voc� seja marcada de outra forma.

De uma maneira permanente.

Como assim?

Voc� prometeu que
n�o faria perguntas.

Saber� quando
chegar a hora.

Hoje � a sua vez.

Bem, apanhe-a.

N�o chegamos a tirar a sorte.

Eu quero que voc� o fa�a.

OK, v�.

N�o, n�o consigo.

Lembre-se o que
ela fez com voc�.

Ela precisa aprender.

Sir Stephen falou-me
da Jacqueline.

Voc� ter� que a
a�oitar algum dia.

V� em frente.

N�o fa�a hora.

Com toda a sua for�a.

Mais forte!

J� chega!

Perdoe-me.

Perdoe-me.

- Voc� precisa me perdoar.
- N�o.

- Ela est� dormindo?
- Sim, est�.

- Ela te ama?
- N�o.

Eu sei que ela te ama.

O que � que voc�s fizeram?

Eu quero saber de tudo!

Diga-me tudo!

Voc� se julga esperta? Sabe
o que vai acontecer a voc�?

Ser� marcada com
um ferro em brasa.

Sir Stephen est� aqui.

Obrigada, Andr�e.

Estou de partida, � prov�vel
que n�o nos vejamos mais.

O que quer apostar?

Isto.

O, ainda est� a
tempo de desistir.

N�o.

- Quer que te ate as m�os?
- N�o.

N�o me toque.
Eu quero sair daqui!

N�o aguento isto!

- Quero ir embora!
- Est� bem.

O motorista de Sir Stephen
ir� lev�-la a Paris.

Foi naquela tarde que
ele disse que a amava

e que a daria a outros
que n�o a amariam.

Ele faria isso?
E se sim, porqu�?

Aten��o.

Obrigado.

Muito obrigado, senhor.

Fica melhor sem esse chap�u.

Espere.

Fica melhor em voc�.

- A sua filha � ador�vel.
- Est� certo. Ela �.

Quer ser minha filha?

Eu serei tudo.
Para voc�.

Passe-me o robe.

O que s�o esses an�is?

� a primeira vez que
repara em algo

al�m da sua bela pessoa.

Porque � que os usa?

- Quer mesmo saber porqu�?
- Sim.

- Tem certeza?
- Sim.

Agora perten�o completamente
a Sir Stephen.

Eu o amo.

Isso � inacredit�vel!
� incr�vel!

Est� me contando os
seus sonhos, s� pode.

Sir Stephen,

Ren�,

Anne-Marie!

Eu.
Eu?

Inacredit�vel!

H� a� uma personagem na sua
hist�ria que n�o gosto nada.

� a pr�pria garota.

Ela est� ficando dura.

Voc� inventou essa garota?

N�o inventei nada.

E se eu quisesse
ir para Roissy?

Por mim, porque?

Queria muito, mas
s� por curiosidade.

E n�o me poderiam tocar.

Sim, como uma turista.

Tamb�m poderia dormir com
o Ren� se o desejar.

Se quiser.

Ainda n�o.

Quando Stephen for a Bretanha,
darei uma enorme festa.

O poder� ser a rainha.

�timo.

O, aproxime-se.

Vire-se.

Esta marca!
Espl�ndido.

Se desejar pode olhar, lvan.

Est� bem.

Pode levar.

Onde vai, Stephen?

Tenho que sair.

Mais tarde, Ivan levou
O para o seu hotel.

A extrema obedi�ncia de O

e a marca no seu corpo
tocaram Ivan profundamente.

Mas o mais importante � que ele
conseguia receber voluntariamente dela

o que jamais teria coragem
de pedir a uma mulher!

O senhor est� no jardim.

Alguma coisa o aborrece?

Eu tenho que explicar.

H� muito tempo atr�s

eu jurei a mim mesmo que mulher
nenhuma teria mais significado

que uma pedra que
posso apanhar na praia.

Mas voc�, minha querida,
para onde eu for, vir� comigo.

Mas, Stephan, eu nem sabia o que
era o amor antes de te conhecer.

Pode testar-me como quiser.
Eu te amo de verdade.

Porque est� t�o s�rio?

Ivan est� loucamente
apaixonado por voc�.

Ele implorou-me, esta manh�,
para que eu te libertasse.

Ele me contou que quer se casar
com voc�, para te salvar.

Eu a trato do meu jeito,
porque voc� � minha.

E enquanto for minha, ter�
que me obedecer, � a regra.

Mas continua a ser livre de
escolher se quer ir.

Eu j� expliquei isso ao lvan.
Ele vir� �s 15 horas.

Voc�s s�o completamente
doidos. Os dois.

Se o lvan n�o tivesse aparecido,
que planos tinha para mim?

Eu queria... venha.

� como a casa da Anne-Marie!

H� sempre um pouco
de crian�a em n�s

no que toca ao que
realmente gostamos.

Est� exatamente igual!
Mas quando � que fez isto?

Logo ap�s a sua volta.

N�o poderia te mostrar,
at� que fosse dada a outro.

Era para te castigar
posteriormente.

Pobre Ivan.

Mas � isso mesmo
que tem que fazer.

Castiga-me.

Chama a Norah e
deixe-nos sozinhas.

Norah! Norah! Norah!

Sir Stephen espera por mim.

Ele ir� atend�-lo no
primeiro andar, senhor.

Sir Stephen levou O

� Bretanha para umas f�rias.

Levou Jacqueline
e Ren� tamb�m.

Jacqueline, depressa.

Estou indo.

Ei, espere por mim.

Ador�vel!
A praia, o c�u... e voc�.

No que est� pensando?

Gostaria de ser uma
pedra de praia?

Gostaria, se me apanhasse.

Ficaria sempre no seu bolso.

N�o � poss�vel!

- O qu�?
- Perdi uma aposta.

Th�rese!

Estou t�o feliz por te ver!

Est� t�o bonita!

Obrigada, madame.

Um...

- E mais meio.
- Ainda se lembra disso?

Eu me lembro de tudo.

E a Anne-Marie?

Ela ofereceu-me a um dos
amigos dela, um Comodoro.

Ele tem um iate.
Querem ir l�?

Ele � muito gentil. Ensinou-me
a pescar com molinete.

Voc� sabe pescar
com molinete?

Vou te dizer como �.

Primeiro p�e um
peixinho no anzol.

Depois atira e
fica � espera.

Quando sentir
que est� mexendo,

� quando come�a a luta.

Voc� puxa e deixa,
e volta a puxar.

Quando sentir que est� l�,
puxa e enrola.

Tem as pernas cruzadas!

N�o tem nada com isso!

Tem o Sir Stephen
e companhia.

Estou s� tentando evitar
que seja a�oitada.

Mais ch�?

- Onde � que eu estava?
- Molinete...

J� apanhou peixes grandes?

Sim, enormes...
Deste tamanho.

Minha valente soldadinha.

- J� dormiu com ela?
- Ainda n�o.

Que disse?

Eu disse que ainda n�o!

At� que enfim,
est�o atrasadas!

Sir Stephen
est� � sua espera.

Ele n�o vai ficar satisfeito
quando souber algumas coisas.

Por exemplo?

Por exemplo, que ela
n�o � t�o obediente

quando est� sozinha.
Ela cruza as pernas.

E at� fala com outros homens.

- Isso n�o � verdade!
- �.

N�o � verdade!

Ela esteve com o
Comodoro toda a tarde.

Pare! Largue-as, Ren�.

Venha c�, O.

Eu juro que n�o � verdade!

Eu sei que n�o.

O Comodoro est� aqui.

Boa tarde.

Estou muito feliz por te ver
novamente. Poder� ser da emo��o,

mas voc� est� arrebatadora.

O Comodoro est� organizando
uma festa para hoje � noite.

Ele tem umas coisas para voc�.

- N�o, obrigado.
- Obrigada.

Em Bali, � tudo
bastante diferente.

Se n�o se habitua...

Esteve l� muito tempo?
Deve ter sido fascinante.

Est� obrigada a ir l�.

Deve ter conhecido
muita gente.

Sim, a maioria
durante a viagem.

O viu que Ren� desejava
Jacqueline loucamente.

Ele estava paralizado
pelo amor que sentia.

Mesmo vendo-o assim,
ela que o conhecia t�o bem,

O n�o sentiu nem ci�mes nem
tristeza. Apenas sentia raiva

de Jacqueline.

O ir� persuadir Jacqueline
a se entregar a voc�.

Mas s� a ter�
uma noite ou duas.

N�o significar� muito.

O tem raz�o, ela tem
que ir para Roissy.

E se ela recusar?

Voc� sempre confiou
em mim, Ren�.

Jacqueline ser� sua,
tal como a O � minha.

J� decidi assim.

N�o me deve nada.

Devo-lhe mais do que
pensa, eu a amo.

E isso gra�as a voc�.

E devo-lhe mais a
cada dia que passa.

Entre.
O que quer?

Pedir desculpas.

Estava com ci�mes.

N�o aguento mais
voc� n�o olhar para mim.

Vou fazer o que quer!

Ou ent�o me mato!

Vou ser como a Th�rese.

Ensine-me, O.

Th�rese aprendeu em Roissy,
por amor a outra pessoa.

Eu irei para Roissy.

Leve-me l�.

Depois de cumprida a miss�o que
Sir Stephen lhe havia ordenado,

O escolheu a sua m�scara,
sentindo-se como uma ave de rapina,

naturalmente treinada
para capturar a sua presa.

Eu lamento, O.
Gostaria de cancelar isto.

Mas, o Comodoro

nunca iria me perdoar.

N�o lamente.

Todos sabem que sou sua.

Sabe como me sinto?

Extremamente orgulhosa!

Seria ela feita de
pedra ou de cera?

Ou seria ela uma
criatura de outro mundo?

Sir Stephen admirava O,
triunfante na sua nudez insolente

e no seu poder imenso.

Alguns dias mais tarde,
O conduziu Jacqueline at� Roissy.

E voc�?

Eu irei depois.
V�.

E alguns dias mais tarde,
eu conduzi Jacqueline at� Roissy.

E ela disse:
"E voc�?"

Respondi-lhe:
"Eu irei depois. V�."

E ela foi?

Sim.

Eu te amo.

Porque est� sorrindo?

Voc� diz que me ama.

Mas se eu te pedisse

que passasse por alguns dos castigos
que tive que passar, aceitaria?

Penso que sim.

Mas uma das coisas na vida que
um homem apaixonado aprende �...