All language subtitles for Fort Saganne (1984) HDTV Oldies_Eng

O que faz aqui? Cai fora.

V�.

Charles. Charles.

Vem, por aqui.

N�o � educado olhar nas
casas das pessoas.

JULHO DE 1911

Charles.

Charles.

Papai espera por n�s.

Mam�e ficaria orgulhosa.

Agora � nossa.

Ainda n�o.

J� est�o cansados?

Papai, pensei muito sobre isso.

Sua agricultura "tropical".

- El�trica.
- Certo, el�trica.

Gastar� todo seu dinheiro

e se endividar� por um
empreendimento arriscado.

Arriscado?

Sim, muito arriscado.

Bobagem. � o futuro, estou dizendo.

Pare, papai.

Quero que Lucien se forme
na academia militar.

E a casa ainda n�o est�
totalmente paga.

Ser� a nossa casa.

Voc� deve terminar seu contrato
em Madagascar e voltar.

Charles, voc� � um chato.
N�o estou pronto para me aposentar.

Impe�o voc� de ir para
o maldito Saara?

V� enterrar sua carreira na areia.
Voc� � livre.

Est� realmente me dizendo isso?

Depois de terminar meus estudos,
me mandar� para uma escola militar?

Se continuarem discutindo,
pegarei o pr�ximo trem de volta.

Quase n�o passamos
tempo nenhum juntos.

Quando vai?

Embarco em Marselha em tr�s dias.

Voc� � igual a mim. Precisa de espa�o.

FORTE SAGANNE

Ahmed. Os piv�s.

Calma. Mantenham a fila.

Olhem para a esquerda.

Mantenham-se pr�ximos, droga.

Desculpe pelo atraso.

Meus respeitos, sr. ministro.

Ent�o, seus bedu�nos
est�o se rebelando?

Qual � a palavra de novo? Dissid�ncia?

- Estou partindo esta manh�.
- Eu sei.

Por isso o presidente
solicitou minha presen�a.

O presidente?

Ele agora se interessa por n�mades.

Talvez a Rep�blica
finalmente tenha percebido

que meus bedu�nos tamb�m s�o dela.

A Rep�blica tem sido boa para voc�.

O Saara � todo seu.
Seus poderes s�o ilimitados.

N�o pode reclamar porque a
Rep�blica lhe deu carta branca.

Por aqui. Far� um favor
ao nosso presidente

para uma senhora prima dele.

Cuidado, Saganne.

O pai dela � um De Saint-Ilette.

A m�e dela � prima do presidente.

Ela � burra, mas tamb�m cruel.

Est� assustando eles, Saganne.

Mas voc� n�o tem nada a perder.

N�o aceitar�o voc�

a menos que morra por eles.

Depois far�o de voc� um her�i.

Eles permitiram que voc�
fosse um oficial,

voc�, com suas grandes patas.

J� se perguntou por que, caipira?

- S� pra o usarem.
- Deixe eles me usarem.

N�o me importo com a filha deles.
N�o me importo com nada.

Estou enterrado neste
buraco h� seis meses.

Entendo, "O chamado do
Saara" e todo o resto.

A prop�sito, "sua majestade" Dubreuilh

- est� vindo para uma visita.
- Coronel Dubreuilh?

- Pensei que estivesse na Fran�a.
- Ele est� voltando.

As tribos outrora amig�veis fugiram.
As coisas est�o esquentando.

- Quando ele vem?
- Pr�xima quarta.

Estamos preparando um grande
churrasco na casa do chefe

com todos elegantes.

Deixe-me mostrar a ele meus
homens e meus cavalos.

Quero que me leve com ele.

Voc� � um cara e tanto.

Quando vejo voc� assim,

quase quero viver.

Espadas na m�o.

Frente.

Numa linha.

Ent�o, � ele?

Espadas.

Embainhar.

A garota francesa.

Des�a desse cavalo.

- Me deixe em paz.
- Madeleine, des�a do cavalo.

Est� feliz agora?

Solte minha filha.

Esp�cimes bons. Se tiverem
filhos, guarde um para mim.

Coronel, o destino de uma
fam�lia est� em suas m�os.

Padre, o destino da humanidade
est� nas m�os de Deus. Desculpe.

Continue espalhando a palavra de Deus.
O mundo precisa.

Tenente Saganne, meu coronel.

Tenente, n�o gosto de m�scaras.

O ex�rcito n�o � um circo.

� hora de aprender

e eu o quero ensinar.

Partir� amanh� �s 5h da manh�.

Levarei voc� comigo,

para sul de Hodh.

� tudo.

Dispensado.

Fiz isso para voc�.

N�o quero comer.

N�o quero dormir.

Ele voltar�.

N�o quero viver sem ele.

Ele voltar�.

Caro Lucien,

recebeu o dinheiro que mandei?

� preciso trabalho para
subir nas fileiras.

Estude bastante.
Se forme como suboficial

e s� depois ser� capaz
de relaxar se quiser.

Vamos para o sul,

com metade do Saara para atravessar.

As coisas est�o ruins l�.

Mekalla, nosso antigo aliado,
fugiu com suas tribos.

O que � pior, al�m da fronteira
est� outro chefe poderoso,

o sult�o Omar.

O sult�o Omar tem um objetivo,

guerra santa contra a Fran�a.

Dubreuilh � um l�der modelo,

mesmo que n�o o tenha visto
durante tr�s semanas.

Ele continua me enviando em miss�es,

reconhecimento, provis�o, treinamento.

Ele guarda tarefas para mim.

Ele est� me testando, mas
n�o vai me desanimar.

Gosto das longas e solit�rias
caminhadas com Embarek.

Estou descobrindo o deserto.

Aqui, tudo fica parado.

Nos certificaremos de colocar
as coisas em movimento.

O coronel est� indo r�pido demais.

Em tr�s dias, os camelos caem mortos.

Ele n�o abrandar�. Est� com pressa.

Aqui est� nosso chefe de protocolo,
com ordens.

O coronel disse para estar pronto
para o jantar �s 19h.

Vale para voc� tamb�m.

N�o � grandioso? � como um passeio
nos jardins de seu castelo.

Ouvi dizer que voc� escreve
um livro sobre seitas mu�ulmanas.

- Acha isso estranho, n�o �?
- Por que deveria?

Porque sou judeu.

Um judeu interessado no Isl�.

- N�o sabia?
- Nunca pensei nisso.

Por que a tribo do emir
Mekalla desertou?

Wattignie, o homem no
comando l�, n�o � bom.

Dubreuilh e Mekalla s�o bons homens.

Eu era o int�rprete deles.

Eles s�o como dois senhores medievais,
perdidos em seus sonhos.

Com os n�mades,

precisamos fazer das
tribos nobres aliados.

- Permita-me dizer...
- Um momento.

Calon-S�gur, 1904.

Servir�?

Por favor, continue, sr. Hazan.

Os nobres n�o trabalham, saqueiam.

Vivem pilhando o�sis e caravanas.

Nossa miss�o de acabar com a
inseguran�a amea�ar� seu sustento.

Para os nobres, a lei e a
ordem significam fome.

Isso tudo � fascinante.

Ouvindo voc�, nos perguntamos
o que a Fran�a faz aqui.

Sr. Hazan.

Qual � a opini�o do tenente Saganne?

A origem camponesa de nosso
tenente impede ele de ter opini�o.

Ao contr�rio de voc�.

Senhores,

tenho trabalho a fazer.

Tenham uma boa noite.

Devem pensar que tudo
que fazemos � criticar.

� antissemita, sr. Saganne?

O que h�?

Tenente, ele � meu irm�o.

Ele quer desertar.
Diz que estamos cansados.

Diz que estamos indo r�pido demais.

Cortei a perna dele um pouco para o
acalmar, para n�o perder o sal�rio.

Coloque um torniquete na perna.
Falarei com o coronel.

O coronel est� trabalhando.
N�o ver� ningu�m.

N�o o perturbe.

N�o estou dormindo.
O que faz aqui? Fora.

Tenente.

Estamos indo muito devagar.

A partir de amanh�, avan�aremos
40 milhas por dia.

Instrua seus homens.

Escorbuto. Ele morrer� hoje.

S� Deus habita em Sua
casa para sempre.

Muitos de n�s est�o morrendo
agora, em todos os lugares.

N�s estamos aqui.
Ele n�o morreu sozinho.

Nossos homens est�o longe agora.

Voc� est� se desgastando.

Coronel?

Logo chegaremos ao
forte de Wattignie.

Tente parecer apresent�vel.

R�pido, r�pido.

Aqui est� o comit� de boas-vindas.

N�o � nada. N�o se
deixem impressionar.

Eles n�o s�o nobres.

Apenas uma pequena tribo vassala.

Apresentar armas.

Conhe�a o maior idiota do Saara.

Major Wattignie.

Saganne, tire esse tolo daqui.

Sargento Vulpi, sou eu.

10 anos no Saara,

rebaixado duas vezes, e
n�o tenho vergonha de dizer.

Desculpe, senhor.

Dubreuilh est� aqui,
ent�o chega de porcaria.

- Wattignie est� fora.
- Basta.

Volte para a igreja, menino de coro.

Dane-se, Wattignie. � isso.

Esses n�mades do deserto
s�o guerreiros.

Wattignie fez com que quebrassem
pedras e plantassem feij�es.

Ele fez os senhores do deserto
fazerem tarefas e pagar multas.

Ent�o eles fugiram e agora
estamos numa encrenca.

- Vulpi, ordeno que fique quieto.
- Quem ir� atr�s deles?

- Voc� com �gua benta?
- Vulpi.

Eu sei, estou pronto para a pris�o.

Entretanto, vamos tomar uma cerveja.

Uma chance de beber com
o filho de um soldado.

- Seu pai n�o � um subalterno?
- � verdade.

Se chama tel�grafo do mato,

voc� faz algo estranho no Norte,

no dia seguinte, todo o Saara sabe.

Bom trabalho, Wattignie.

J� viu esse mapa?

Aqui, atr�s das linhas da fronteira,

o sult�o Omar espera uma
chance para nos atacar.

Por que acha que Mekalla e
todas as tribos foram embora?

- Para colher morangos?
- Eles recusaram me obedecer.

Por que acha que temos
um maldito mapa?

Mekalla rompeu sua alian�a
comigo pelo sult�o Omar.

Agora estamos presos e for�ados
a sair da regi�o.

� t�o simples, Wattignie.
At� para voc�.

Disse-lhe para os deixar em paz.

- Eles s�o ladr�es.
- Cale-se.

Voc� simplesmente n�o os entende.

Quero voc� fora daqui.

Voc� voltar� ao norte.

Procurarei Mekalla.

E irei arrast�-lo de volta para c�.

Geindroz, tem alguns camelos?

- Os nossos est�o muito cansados.
- Est�o pastando em Jhallaouia.

- N�o choveu e ent�o...
- Saganne, v� pegar eles.

Descanse no caminho de volta.

Voc� gosta de longas caminhadas.

E essa cidade fantasma vale o suor.

Senhores.

Leve Vulpi com voc�.

Ele o ajudar�.

Iremos rebaix�-lo
quando ele voltar.

� a terceira vez dele,
ent�o n�o tem pressa.

Ao menos ele conhece o Saara.

Eu volto logo.

- Tudo bem, senhor?
- Me deixe em paz.

Os camelos que pegou s�o meus.

- Quem � voc�?
- Os camelos s�o meus.

- Eles pertencem a Tit.
- E Tit me pertence.

Mas n�o o pastor.

Tudo � meu,

os camelos, os pastores, o c�u.

Isso � meu.

Estou lhe dando.

Pegue.

Tenho 40 camelos. Darei 10 a voc�.

- 20.
- 15.

- 17.
- 15, e ponto final.

Voc� � como n�s, tenente Saganne.

- Como sabe meu nome?
- Sou Amajar.

Amajar,

chefe dos Nemas, 50 guerreiros,

casado com a filha de Mekalla.

Para um rec�m-chegado, sabe muito.

Tenha cuidado, Saganne. Est� doente.

Geindroz.

Cheque se ele trouxe
os camelos com ele.

Sou de Ari�ge tamb�m.
Eu cuidarei de voc�.

N�o me toque.

Est� apenas exausto.

Me deixe em paz.

Eu estava errado.
N�o consigo fazer isto.

� demasiado.

Dubreuilh est� certo.

Eu gosto do protocolo,

do uniforme,

mas n�o aqui.

Aqui n�o. Estou muito cansado.

- Estou cansado.
- � t�pico.

- Voc� est� exausto.
- Cai fora.

- N�o preciso de uma freira.
- N�o sou freira, sou m�dico.

Cai fora.

Tudo bem, cuide de voc� mesmo.

Ele precisa de quinino e muita �gua.

Meu caro Lucien,

atravessamos este pa�s como uma espada
atrav�s do fogo, uma verdadeira forja.

Como resistir? For�a de vontade
e coragem n�o bastam.

Nem � a resist�ncia.
Simplicidade � fundamental aqui.

Continue tocando.

O nome dela � Demla. Tentado?

N�o vim aqui para abusar de crian�as.

- Por que veio aqui?
- E voc�?

Eu? Como todo mundo, queria fugir.

Mas tenho um objetivo na vida.

Quero ser o �nico violoncelista
montador de camelo na terra.

Tenha cuidado, Saganne.

Cuidado com as besteiras deles.

"O deserto m�stico, o
esfor�o para se superar,

o dever da Fran�a de civilizar."

Tenente, partimos de manh�.

O coronel nos espera no
acampamento de Mekalla.

Aten��o.

Estes s�o meus meninos,
C�sar e Marius.

Emir Mekalla � aquele no meio,
ao lado do coronel.

Est�o conversando h� tr�s dias.

Mekalla concorda em se
juntar a n�s de novo,

mas alguns l�deres da
tribo s�o contra.

Jovens que n�o escutam.

N�o est� mais doente.

Vamos tomar um ch�.

Saganne.

Espere por mim.

N�o tem mais febre?

Est� de volta � sela?

Todo mundo passa por isso, sabe?
Eu tamb�m.

Ent�o fez amizade com aquela mula.

� uma coisa boa.

Ele tem sido um chato
durante tr�s dias.

Voc� tem que faz�-lo mudar de ideia.
Ele tem que tomar uma decis�o.

Ou ele est� com Mekalla e todos n�s,

ou est� com o sult�o Omar,
contra n�s.

- Meu coronel...
- Conto com voc�.

QUERIDA MADELEINE,

ESCREVO PARA VOC� DO GRANDE SUL.

ESTA CARTA PODE LEVAR
MESES AT� CHEGAR A VOC�.

Voc� est� escrevendo para sua esposa?

Ela n�o � minha esposa.

Casem-se e tenham muitos filhos.

Isso � bom.

Por que eles o mandaram aqui?

A Fran�a tem �gua.

Aqui, tem que saber como a encontrar.

E voc� n�o sabe.

O que fez? Matou seu
irm�o ou algo assim?

- N�o, queria estar aqui.
- O que quer?

Qual seu objetivo?

O coronel sabe o que ele quer.

- E voc�?
- Estou comigo mesmo.

Se Mekalla seguir meu
caminho, irei com ele.

Se n�o, vou pelo meu caminho.

Com os franceses...

funciona assim.

Mas aqui...

funciona assim.

Consegui, Saganne.

Fui o primeiro.

Senhor.

Senhor. Amajar partiu.

Com todos seus nemas.

Ontem, as pessoas disseram que
Amajar tinha suas pr�prias ideias.

Dubreuilh n�o deveria ter
apressado as coisas.

Ontem � noite, ele disse a Mekalla
que voc� falou com Amajar

para ele se juntar a n�s.

Ningu�m pediu que ele cedesse.

Mas n�o irei tolerar

e nem meu amigo Mekalla,

l�deres da tribo se
esgueirando no meio da noite.

� um insulto � nossa autoridade.

Do outro lado da fronteira,

o sult�o Omar espera uma
chance para nos atacar.

Conto com voc�.

Saganne,

traga-o de volta.

Caro Lucien,

marchamos h� 17 dias atrav�s
de um verdadeiro deserto,

e sou meu pr�prio mestre, finalmente.

Estou atr�s de Amajar e seus nemas.

Quem sabe o que Amajar far�?
Se juntar� ao inimigo?

Uma coisa � certa,

se n�o o encontrar r�pido,

podemos perder outras tribos tamb�m.

Seria o caos. Ent�o, cada dia conta.

Chegamos a Erg Chech.

Onde nenhum europeu jamais entrou.

Caminhamos na confian�a de Deus,
como dizem os �rabes.

Perdemos todas as pistas deles.

Pouca �gua sobrou.

Se continuarmos, podemos
n�o encontrar nenhuma.

Voc� decide.

Vamos continuar.

Ainda rezando, Geindroz?

N�o estou rezando. N�o consigo mais.

Desculpe, Geindroz.
N�o posso ajudar voc�.

Senhor.

Geindroz parou.

Ele n�o ir� continuar.

Senhor?

Vamos, Geindroz. N�o seja idiota.
Levante-se.

Geindroz.

Vamos.

Prometo encontrar um
po�o antes da noite chegar.

Voc� n�o sabe onde encontrar um.

N�o sabe nada. N�o sabe nada.

Morreremos todos por sua causa.

Pelo qu�? Para mostrar a
Dubreuilh que voc� � um l�der?

Ele n�o d� a m�nima para voc�.
Nunca deu.

Sabe por que ele levou voc� junto?

Ordens de Paris. Para afastar
voc� da garota De Saint-Ilette.

Todo mundo sabe disso, exceto voc�.

Senhor.

Senhor.

Depressa. Encontraram pistas.

N�o s�o nemas.

S�o berabers.

Est�o trazendo de volta prisioneiros.

Atacaram uma vila de Ouled Cheikh.

Ataque eles, senhor.

Eles t�m bens e mulheres.

Se chegar perto deles, atirar�o.

Eles t�m �gua. N�s n�o.

- Alguma vez viu um combate?
- N�o.

Eu tamb�m n�o.

Fogo.

Fogo.

Fogo.

Pegamos eles. Pegamos eles.

Embarek, cheque o Messaoud.

Acho que o mataram.

Corneteiro, re�na as tropas.
N�o podemos continuar.

H� muito tempo que caminham.
Seu pa�s est� longe.

Por esse caminho, h� um rio e animais.

Existem �rvores altas,
mas n�o h� palmeiras.

Nunca fui por esse caminho.

Com eles, nunca alcan�ar� Amajar.

Senhor, senhor.

Senhor, vimos alguns
carabineiros e seu capit�o.

Pare.

Tenente Saganne.

Capit�o Baculard, distrito
3, Sud�o do Norte.

� uma d�diva de Deus, capit�o.

Estava atr�s dos nemas, mas me
deparei com alguns berabers.

Queria saber o que faria com
aquelas mulheres e crian�as.

- Suponho que saiba onde est�.
- Honestamente, n�o sei.

Est� na �frica Ocidental Francesa,

em meu territ�rio.

Essas pessoas s�o minhas.
H� dias que procuro por elas.

As mercadorias s�o suas, ent�o.

Isso inclui os camelos e os rifles

e aquelas pessoas que
precisam ir para casa.

N�o dou a m�nima para esses crioulos.

- Receio estar numa miss�o.
- Brinca comigo?

N�o entrar� em meu territ�rio.

Apenas eu tenho autoridade
para negociar com os Nemas.

De novo, pe�o-lhe para levar
essas pessoas para casa.

N�o sigo ordens de um
desgra�ado como voc�.

Cale a boca e d� o fora daqui.

Ent�o eu os levarei a casa.
Tenente Geindroz.

D� as ordens, vamos
para o rio Senegal.

Seu idiota.

Em frente.

Para tr�s, Saganne. � uma ordem.

Pare ou abro fogo.

Parem.

Deixe-me passar, capit�o.

Apontar.

Quer abrir fogo? Fa�a voc� mesmo
e atire num oficial franc�s.

Em frente.

Bata-me, capit�o. Bata-me.

Em frente.

N�o acreditaria, irm�ozinho.

Eu mal posso acreditar.

Que viagem,

do Mediterr�neo at� o Senegal,

um continente inteiro.

As crian�as est�o agora num
orfanato dirigido por freiras.

Ver�o suas fam�lias de novo?

E quem aceitar� essas
mulheres abusadas de volta?

Nenhum pai, nenhum marido aceitar�.

Um homem se recusou a nos deixar.

Ele se afei�oou ao
meu segundo tenente

um novo recruta para a Fran�a.

Se quer que eles o deixem em
paz, diga que ele � seu.

Choquei voc�?

Sim.

Pare de se torturar, Geindroz.

Ao menos encontrou o que procurava.

Meu querido pai.

Aqui, sou libertador.

Aqui, sou importante.

Desejava que pudesse estar comigo.

Aqui, as pessoas s�o julgadas por
suas a��es, n�o por suas origens.

Agora, preciso achar Amajar.

Se completar minha miss�o, terei
o direito de perguntar a Dubreuilh

se ele recebeu ou n�o
ordens para me afastar

de De Saint-Ilette.

Ali est�o seus Nemas.

Tinha raz�o.

Capit�o Baculard � insano.

Amajar.

Quem costurou voc�?

Ele.

Mas ter� de amputar a perna.

Senhor, imagina como ser�?

N�o.

J� fez algo assim antes?

N�o, sobretudo n�o com uma
caixa de ferramentas.

N�o podemos ficar s� olhando enquanto
ele morre. Temos de fazer algo!

Preciso da agulha. Ele est� sangrando.

Vamos l�.

Segure ele bem, droga.

- Ele est� morto.
- Veremos. Vamos terminar isso.

A placa.

Embarek, coloque as ataduras.

Ele respira.

- Como est� Amajar?
- Ele dormiu muito. Voc� tamb�m.

Sei que foi emboscado.

Foram massacrados.
N�o foi uma batalha.

Andar� e cavalgar� de novo.

Fora.

Madeleine?

N�o consigo jogar.

Estou machucada.

Ent�o, Saganne.

Quais as novidades no rio Senegal?

Coronel, apresento minha
demiss�o oficial.

Agora, os fatos.

O relat�rio da �frica
Ocidental Francesa acusa voc�

de insubordina��o,

amea�ar um superior, etc.

Continua por tr�s p�ginas.

O minist�rio da guerra
solicita um inqu�rito.

Temos outro relat�rio
do governador geral,

e por �ltimo mas n�o menos
importante, os Servi�os de Sa�de

solicitam que voc� seja punido

por pr�tica ilegal de medicina.

- Que registro.
- Senhor, quero deixar o ex�rcito.

Por qu�?

O capit�o Baculard matou
homens sob minha prote��o.

Bobagem.

Houve um combate e voc� nem estava l�.

N�o foi um simples combate.

Foi um massacre deliberado
em retalia��o contra mim.

E da�?

Essas tribos estavam fugindo.

Agora, ficaram t�o assustados
que voltaram para n�s.

N�o � isso que quer�amos?

Ent�o deveria ter deixado aquelas
mulheres e crian�as para morrer,

e ter morto os nemas?

- Claro que n�o.
- Claro, deveria.

Seremos consistentes at� o final.

Por isso me demito.

Se sair agora, perde a honra,

e tamb�m todos os
saarianos, inclusive eu.

Senhor, n�o posso usar este
uniforme se oficiais...

Como Baculard, certo?

Pegue, guarde como lembran�a.

Ordens de Paris chamando
Baculard de volta � Fran�a,

onde ele far� medita��o
numa pequena cidade

antes de ser transferido
para o hosp�cio.

Vamos, pegue.

Ent�o, Saganne,

est� satisfeito?

N�o, senhor.

Ouvi que a fam�lia De
Saint-Ilette pressionou...

Uma pergunta para voc�, Saganne.

Acha que o presidente e sua fam�lia

podem me submeter
aos seus caprichos? Acha?

Acha que sou capaz de me cercar
de oficiais que n�o respeito?

Preferiria ter ficado
aqui a apodrecer?

Levei voc� comigo porque
precisava de voc�.

E porque voc� precisava de mim.

Uma �ltima pergunta, Saganne.

Acha que sou uma marionete?

Ainda est� se demitindo?

- Responda.
- N�o.

Finalmente.

Estava preocupado.

Pensou em sua fam�lia?

Voc� os sustenta, n�o �?

Pensei neles, senhor.

Vamos almo�ar amanh�.

Tenho uma �ptima miss�o para voc�.

Entretanto, relaxe um pouco.

Notar� que todo mundo est�
falando sobre voc� aqui.

Pedi a ela para se casar comigo.

Eu me converteria ao islamismo,

parar de beber,

recome�ar.

A cadela partiu no dia seguinte,

sem uma palavra, nada.

Por qu�?

Com os �rabes, sabe.

Vivi com eles muito tempo

e sei que aqueles que gostam de n�s
realmente nos odeiam.

Para eles, somos cachorros
que atacaram �frica.

� tudo o que somos.

E voc�,

um tenente glorioso e bonito.

Os De Saint-Ilette ir�o
rastejar aos seus p�s.

Quem est� a�?

Madeleine. Est� maluca?

Se algu�m vir voc� aqui.

Esperei voc� na quadra de t�nis.

Durante horas.

Por que n�o veio?

� como se eu n�o existisse para voc�.

Se existir, me diga.

Diga o que devo fazer. Porque farei.

- Voc� � uma crian�a...
- Eu n�o sou crian�a.

N�o sou.

N�o chore.

- Eu amo voc�.
- Madeleine, eu...

Amei voc� desde o come�o.

V� para casa agora.

Eu voltarei e nos veremos de novo.

Eu lhe disse. Voc� � o maior.

Eu raramente como fora sozinho

com um subordinado.

Tenente.

Decidi esmagar o sult�o Omar
em seu pr�prio territ�rio.

Al�m da fronteira?

As fronteiras n�o s�o nada
al�m de linhas num mapa.

E n�s decidimos onde as desenhar.

Agora que Mekalla est� conosco,

podemos tamb�m acabar com
todas as dissid�ncias

e assegurar nossa perman�ncia
nessa �rea para sempre.

O governo aprova?

Numa democracia,

podemos agir sem a
aprova��o do governo,

com uma condi��o,

que a opini�o p�blica apoia voc�.

� a� que voc� entra em jogo.
Vou enviar voc� a Paris.

Preciso de um her�i
para os rep�rteres.

N�o discuta, voc� � um her�i.

Quero que Paris toda fale sobre voc�

e o Saara.

Sente-se pronto para isso?

N�o, senhor.

Aprender�.

Saganne.

Ent�o?

Fui reprovado em trigonometria.

N�o chegarei a suboficial.
Nem estou perto.

Desculpe.

Est� tudo bem.

A chuva, o cheiro, tinha
esquecido tudo isso.

Ent�o a casa � quase nossa.
V� passar suas f�rias l�

e comece a mobili�-la.

Charles.

- Quero me casar.
- "Quer" ou "vai"?

Me casarei assim que
receber minha miss�o.

O nome dela � Marthe Vallin.

Conheci ela na casa de uma amiga.
� professora.

Voc� e o papai gostar�o dela.

- Lucien, voc� tem 20 anos.
- 21 em dois meses.

Sem serm�es, por favor,
J� ouvi tudo isso antes.

N�o sabe o qu�o sortudo
voc� � por ser um cadete.

- Sei que devo tudo a voc�.
- N�o foi isso que quis dizer.

Est� arruinando tudo. Voc�
n�o estuda, quer se casar...

um fracasso de 20 anos.

Desculpe, Lucien.

Passarei pelo seu hotel.

Nove vezes o tamanho da Fran�a.

Tudo � grande l�.

Vento, sil�ncio, espa�o,

essas palavras assumem um significado
totalmente diferente l�.

Para aqueles que t�m a honra
de garantir a paz francesa l�,

o deserto ensina energia

e abnega��o.

No Saara, os homens s�o apenas homens,

despojados de toda pretens�o.

S�o mais verdadeiros para eles mesmos.

� por isso que n�o devemos comprometer
o trabalho da Fran�a no Saara.

Sr. ministro, senhoras e senhores,

a paz estar� amea�ada

at� que os rebeldes al�m da
fronteira sejam exterminados.

� necess�rio.

� poss�vel.

� tudo.

Sou o bar�o De Soucy,

chefe da Amizade Colonial Cat�lica.

Queria perguntar,

o que acha da teoria

segundo a qual os n�mades berberes
descendem dos cruzados?

Diz-se que, em sua
viagem � Terra Santa,

eles se perderam no deserto.

O que acho?

Nada.

- Recebi sua nota esta manh�.
- E eu a sua.

Tive que me esgueirar
para chegar aqui.

Charles.

Marthe espera l� embaixo.
Quero que voc� a conhe�a.

N�o tenho nada a dizer a ela.

- Ela tem um filho, mas n�o me importo.
- N�o quero discutir isso.

Ao se casar com uma m�e solteira,
arru�na sua carreira e sua vida.

Pe�o para n�o se casar com ela.

Isso � imposs�vel.

Estou avisando,

farei tudo que puder para
acabar com essa loucura.

- Esperava mais de voc�.
- Eu tamb�m.

O sr. ministro o ver� voc� agora.

Tenente, essa opera��o al�m das
fronteiras n�o acontecer�,

apesar de Dubreuilh, que est� atr�s de
suas duas estrelas h� quatro anos.

- Ele?
- Como todos os outros.

Mas Dubreuilh est� fora de
contato com a realidade.

Logo poderemos estar em
guerra com a Alemanha,

ent�o esque�a o sult�o Omar.

O momento certo foi no ano passado.
� tarde demais agora.

Deixe Dubreuilh com sua miragem.

Voc� parece simp�tico,

corajoso e energ�tico.
Voc� conhece os nativos.

Precisa de um emprego de verdade.

Tenho uma oferta para voc�.

A sociedade franco-argelina Alfa
precisa de um novo diretor

para substituir o
decr�pito Saint-Ilette.

Pense nisso antes de
me dar sua resposta.

N�o h� nada para pensar.

- "O Anjo Libertador".
- Perd�o?

N�o leu o jornal?

"O Anjo Libertador", � o t�tulo.

Ele � bonito, corajoso e eloquente.

O tenente Charles Saganne tem tudo

e conseguiu nos encantar com sua voz
calorosa e aventuras emocionantes.

Mas o que o deserto lhe ensinou?

Energia, abnega��o, assim parece.

Mas onde o caminho de
Saganne realmente leva?

Ele � uma magn�fica m�quina cega

correndo � frente sem saber o
que faz com que isso aconte�a.

- Quem escreveu isso?
- Louise Tissot,

nossa contempor�nea Georges Sand.

Sr, ministro, aceitei minha miss�o
em Paris porque a considerei �til.

Acabou sendo grotesca.

O coronel Dubreuilh n�o tinha o
direito de estar t�o enganado.

E voc� tentou me corromper.

Se n�o reagir a esses insultos, ent�o
mere�o ser chamado de marionete.

Aqui est�.

Tinha tudo planejado e adormeci.

Planejado?

Me d� meu roup�o, por favor,

O jornal lhe deu meu endere�o.

Por isso que escrevi aquele artigo.
Para voc� vir.

Meu roup�o, por favor,

Isso tamb�m foi planejado.

O qu�?

Voc� se aproximar,

sua m�o na minha.

Queria ver voc�.

Queria voc�.

Se n�o tivesse vindo,
teria ido ao seu hotel.

Calma.

Calma.

Calma.

Me beije.

Calma, calma.

Espere. Ainda n�o.

Espere. Espere.

Voc� � um jovem com pressa.

- O que faz?
- Trabalho.

N�o se vista. Por favor.

Quero ficar com voc�.

Por quanto tempo?

N�o.

Farei o que diz.

Solte-me.

Solte-me.

- Vou me encontrar com algu�m.
- N�o v�.

Se parar minha vida por voc�,
como ser� daqui a dois dias?

- O qu�?
- Minha vida.

- E eu?
- Sua vida est� l�.

Mas n�o estou preso l�.

Posso ir e vir.

Por favor, n�o v�.

- Imploro.
- Louise.

O que h� de errado? Pare com isso.
Louise.

Voc� representa tudo o que odeio,

o uniforme, poder e
justificativas morais.

Tudo isso parece muito distante agora.

Aprendi muito com voc�.

- Em meu quarto?
- De fato.

Em seu quarto.

Senhor?

H� uma carta para voc�.

Seu hotel mandou.

Obrigado.

O que �?

O que h�?

Por favor, deixe-me s�. N�o quero
parecer pat�tico na sua frente.

H� algo errado?

Deixo voc� sozinho.
Chame se precisar de mim.

Ent�o fiz o que achei correto.

Fui ao minist�rio da guerra

e pedi que evitassem
que Lucien se casasse.

Depois de ele ser
oficialmente informado,

foi ver aquela jovem mulher,

ele disse a ela

e ela se afogou duas horas depois.

Voc� est� p�lido.

Eu fico amarela em tais situa��es.

N�o deveria ter feito isso.
E n�o deveria ter me contado.

V�.

Vulpi.

Vulpi.

Levante-se. Exerc�cio de armas.

H� tr�s meses que dorme.

Ele ficou maluco.

Vai sair hoje � noite?

Agora que Dubreuilh foi expulso,

quanto tempo acha que vamos
ficar neste lugar alegre?

Ficaremos aqui por um tempo.

Wattignie est� descontando em mim.

E voc� neles.

Faz sentido.
Esse � o ponto da hierarquia.

V� tomar banho. Voc� fede.

Claro, claro, claro.

N�o � um bom sinal quando
eles partem de repente.

Eles deixaram a velha para tr�s.

O que ela diz?

Diz que o sult�o Omar est�
voltando para matar todo mundo.

Besteira.

Ainda assim, v� conferir o
que acontece na fronteira.

Querida Madeleine, estou sozinho.

Este lugar est� deserto,

completamente vazio, assim como eu.

Penso em voc� cada vez mais,

e gostaria de ter voc�
nua a meu lado,

minha pele contra a sua,

suas pernas, sua barriga...

Querida Madeleine, como tem estado?

Espero que voc� e sua
fam�lia estejam bem.

Ainda joga t�nis com meu amigo Hazan?

- Meu trabalho aqui...
- Ent�o pegou minha garrafa.

- J� bebeu o suficiente.
- � minha.

Me d�.

"Querida Madeleine ..."

Est� brincando? Ainda tem esperan�a?

� demasiado tarde.

Ferraram voc�.

O caipira p�s tudo a perder.

N�o aguento mais.

N�o tenho desejo por nada.

Parta, ent�o.

Tire uma licen�a. V� para casa.
Para Ari�ge.

- Ent�o?
- Senhor, todos est�o dizendo

que muitos guerreiros est�o
do lado do sult�o Omar.

Tr�s tribos diferentes.

- 30 vieram ontem.
- Viu eles?

N�o, mas dizem que o sult�o
Omar reunir� 500 guerreiros.

� mentira. 500 guerreiros
n�o podem seguir um l�der.

- Cale-se.
- Por que deveria?

- Mentiroso.
- N�o sou mentiroso.

Parem de discutir!

Senhor, olhe para o doutor.

Louis.

Louis.

Fique onde est�, Saganne.

Descobri por que estamos aqui.

Para servir a Fran�a. Mas quem � ela?

S�o os padres e a pol�cia, e aqueles
idiotas em seus escrit�rios.

Por isso que estamos aqui.
Para n�o os vermos.

Para sermos livres.
Mas esquecemos uma coisa.

Estamos entediados.

Estamos entediados.

Cuidado. Louis.

Voc� escutar�.

Pela primeira vez, ouvir�
sem interromper.

Voc� n�o v� nada, n�o v� ningu�m,

mas sempre soube que
meu fim chegara.

Sou um soldado deplor�vel,

um m�dico lament�vel, um m�sico
lament�vel. N�o sou nada.

Des�a.

E voc� tamb�m n�o � nada.

Voc� � Saganne. N�o � nada
al�m de uma palavra.

Olhe, Saganne.

- � o m�dico?
- Sim.

Isto � para voc�.

E voc�, Saganne?

Eu venho de l�.

Omar � louco. Ele quer lutar.

Ele quer matar todos os franceses.

Ele quer tomar o poder.

N�o permitir� a ningu�m nenhum
direito. Ele � louco.

Ningu�m pode par�-lo agora.

Sabe quando ele passar� a fronteira?

Amanh�. Talvez no dia seguinte.

- D� meus cumprimentos a Mekalla.
- Darei.

N�o fique aqui.

Omar est� vindo para c�.

Omar est� vindo.
Iremos parar ele em Esseyen.

Com 48 homens e sem ordens?

Sairemos �s 5h da manh�.
200 balas por homem

e tudo o que precisamos para
montar um acampamento fortificado.

Mesmo que n�o o paremos,
vamos atras�-lo.

Dar� a Wattignie algum
tempo para se organizar.

Escolha um mensageiro.

Posso fazer outro buraco
para ganhar algum tempo.

Madeleine,

esta carta que escrevo para
voc� � provavelmente a �ltima.

Percebo que tamb�m � a primeira.

Amo voc�, mas n�o consegui dizer,

nem a voc� nem a mim.

Amanh�, teremos uma terr�vel batalha,

mas uma que quero lutar.

Assim como voc�, j� est� perdida,
mas ainda quero.

Quem poderia entender isso?

Conheci outra mulher depois de voc�,

antes de voc�.

At� a conhecer, nunca
me fiz perguntas.

Agora, gostaria de poder passar
minha vida com voc�, longe daqui,

numa casa que n�o tive
a sorte de morar,

uma casa no meio de um parque,
onde nossos filhos brincariam

e onde eu morreria um dia,
mas n�o amanh�.

N�o amanh�.

N�o amanh�.

Adeus, Madeleine.

250.

250.

O primeiro deles est� a 200. 200.

Pare.

O que eles fazem?

- Onde est�o?
- Em toda parte, senhor.

Toda parte.

L�.

Fogo � vontade.

Levantem-se. Contra-atacar.

Todos de p�. Contra-atacar.

Em suas posi��es.

Fogo.

Cessar fogo.

Cessar fogo.

Cessar fogo.

Fogo.

Cessar fogo. Vulpi, cesse fogo.

Ei, irm�os.

Desgra�ados.

Desgra�ados.

Seus viados desgra�ados.

Basta. Voltem aqui e abaixem-se.

O cara ali � primo dele.

Fiquem em seus postos.
Deixem os camelos.

Para os seus postos. Fogo � vontade.

Cessar fogo.

Larbi.

- Qual � o problema?
- Levei um tiro.

Vulpi.

- O que � isso?
- A��car.

� tudo que me resta.

Parar� o sangramento quando secar.

Espere, senhor.

Somos os vencedores.

O sult�o Omar est� com medo agora.

Mesmo se ele nos matar,
voc� � o vencedor.

Fa�a-os atirar de vez em
quando para n�o adormecerem.

Irm�os mu�ulmanos, tenho not�cias
importantes para voc�s.

As tribos mais guerreiras
est�o chegando.

S�o numerosos e implac�veis.

N�o acredito.

� um ex�rcito inteiro.

Ahmed desertou.

Ningu�m viu ele sair.

Escolha seus seis melhores atiradores.

Eles nos dar�o cobertura daqui.

Cobertura para qu�?

Esperamos que eles ataquem e
tiraremos nossas baionetas.

Pe�a aos outros homens
que se juntem a mim.

Temos que morrer de alguma forma.

Apontar.

Muito bem. Espere um pouco mais.

Fogo.

Fogo.

Vamos.

Vamos.

Parem. Preparem-se para atirar.

Fogo.

Fogo.

Fogo.

Vamos nos reagrupar. Eles n�o
ficar�o assustados por muito tempo.

O sult�o Omar vai para casa,
pode ter certeza disso.

Eles nunca viram nada assim.

N�o acreditei no seu maldito ataque.

Obrigado, Madeleine.

Vejo voc� amanh� na quadra de t�nis?

Oi, Madeleine.

Oi. Como tem estado?

- Muito bem.
- Adeus, ent�o.

Ren�, at� amanh�.

Estou feliz por ver voc�.

� um privil�gio ter um
her�i como amigo.

Voc� fez hist�ria.

Tenho que falar com voc�.

Agora?

O que sente sobre Madeleine?

- O que isso tem a ver com voc�?
- N�o se fa�a de idiota.

Voc� est� sendo idiota.

O que mudaria se eu
dissesse que a ama?

Voc� n�o a conhece.

Se ela escolher, se casar� com voc�.

Gostaria de ganhar uma competi��o
amig�vel entre n�s, n�o � mesmo?

Desculpe, mas n�o posso
jogar o seu jogo.

Imagina os De Saint-Ilette
indo � sinagoga?

Pare. Voc� tem dinheiro
e eu n�o tenho nada.

- Voc� � bem sucedido.
- E da�?

Tive que pagar um
pre�o alto por isso.

N�s sabemos. Sabemos
que voc� � corajoso.

N�o sou mais corajoso
do que os outros.

Sou como qualquer um.

Ent�o voc� � judeu e ama ela.
Isso � minha culpa?

Desculpe.

N�o precisa se desculpar.
N�o fez nada.

Em nome do presidente,

e pelos poderes investidos em mim,

fa�o voc� Cavaleiro
da Legi�o de Honra.

Sr. e Sra. De Saint-Ilette,

estou pedindo a m�o de
sua filha em casamento.

Senhora, senhor,

planejo casar com sua
filha Madeleine.

N�o.

Sim, mam�e.

JULHO DE 1914

N�o quero que nos separemos.

Nunca.

- N�o quero me intrometer.
- Voc� � bem vindo aqui.

Esta casa � sua.

Bom momento. Preciso de sua ajuda.

Quero que tudo esteja pronto
para a chegada do papai.

- Parto esta noite.
- J�?

- Algo grande est� acontecendo.
- O que houve?

Est� zoando?

Jean Jaur�s foi assassinado
na noite passada.

N�o sabia?

N�o.

Estou sendo enviado para Nancy.

Os idiotas.

Travar essa guerra � a
pior coisa que fazemos.

Charles, temos que retaliar
o ataque dos alem�es.

Entre e conhe�a a Madeleine.

Por que me conta sobre
Baculard agora?

- N�o se demitiu, no final.
- De fato.

Um dia, vi todos alinhados
na minha frente.

Vov�, papai e ele.

Estavam sentados exatamente
na mesma posi��o.

Eram como uma parede de tijolos.

Vamos l� fora.

- Pode nos fazer um caf�?
- Encontro voc�s l� fora.

Logo, papai morar�
aqui com voc�s dois.

A vida continuar�.

Do que fala?

Tenha muito cuidado, Lucien.

Se a guerra for declarada,
tenha muito cuidado.

N�o ser� uma grande
perda para ningu�m.

Seria para mim.

N�o quero ouvir o que pensa.

Entende que adoro voc�

mesmo que n�o possa perdoar?

Por que veio aqui?

Para dizer adeus.

Charles?

Charles!

Senhor, acabei de dar a seus homens
nossos �ltimos frascos de geleia.

- Obrigado, madre.
- Eles parecem t�o perdidos aqui.

Tamb�m queria que soubesse

que rezei pelo seu falecido irm�o.

E rezei por voc� tamb�m.

Desculpe, mas n�o acredito em Deus.

Recebemos novas ordens, senhor.
Estamos voltando para a frente.

Os alem�es est�o atacando.

Senhor?

Pode escrever minha carta
antes de sermos massacrados?

Ao capit�o Marcheux,

3� entreposto,

Arg�lia.

Escreva exatamente o que digo.

� uma honra relatar a voc�...

que estamos na merda.

Dos 50 pelot�es,

restam agora 12.

Todos os outros morreram
ou foram feridos.

Larbi perdeu um bra�o.

O grande Mohammad perdeu um olho.

Agora entendo para que estamos aqui.

Estamos aqui para compartilhar a
primeira linha com os negros.

Os meus cumprimentos.

Deixe-me assinar.

Obrigado, senhor.

Estava procurando voc�
por tanto tempo,

por meses.

Como me encontrou?

Atrav�s do seu amigo, Ren� Hazan.

- Voc� passou pela casa dele.
- Sim.

- Voc� � casado?
- Ele n�o lhe disse?

N�o.

Conhe�o ela?

- Ama ela?
- Sim.

Mais do que me amou?

N�o.

Quero ter um filho com voc�.

Por isso procuro voc�.

Desculpe, senhor.

Todos esperam nos caminh�es.

Todos esperam nos caminh�es?

Isso � para voc�.

Voc� � linda.

N�o se mova.

N�o se mova, nunca.

Em frente. Em frente.

Em frente.

Em frente.

- Estamos liquidados, senhor.
- Temos de ir.

Eles n�o ir�o!

- Eles n�o v�o, senhor.
- Pagar�o com a vida de qualquer modo.

Quando voc� voltar, diga a eles...

V�. V� voc�.

Segundo Regimento, fora da
trincheira e avancem lentamente.

Depressa, droga. N�o adorme�am
e peguem suas armas.

Me ouve, senhor?

Mova suas p�lpebras se me ouvir.

Gostaria que lesse suas cartas?

� de sua esposa.

Ela diz que espera um filho.

Ouviu, senhor?

Um filho.

Esta � do capit�o Flammarin.

Ele diz,

"Parei de beber"

e conheci sua esposa.

Ela me convidou para o almo�o.

Enquanto estava sentado na frente dela

me ocorreu que voc� finalmente
conseguiu o que queria,

"aventura, gl�ria,
sucesso e felicidade."

Jogue o corpo na �gua.
N�o tenho mais espa�o.

Ele foi excepcionalmente focado,

en�rgico e corajoso.

Ele agiu como um her�i em Esseyen

e manteve o Saara sob
controle da Fran�a.

Em seus �ltimos esfor�os

para liderar seus soldados

atrav�s da batalha,

ele fez o sacrif�cio
final pela Fran�a.

Aten��o.

- Qual o seu nome?
- Charles Saganne.

Meu nome � Amajar.

V� o camelo ali?

� seu.