All language subtitles for Law Order SVU - 5x07 - Choice.HDTV.br

No sistema criminal de justi�a,
crimes de natureza sexual...

s�o considerados
especialmente hediondos.

Na cidade de Nova lorque,
os detetives que investigam...

esses crimes, fazem parte
de um esquadr�o de elite...

chamado
Unidade de V�timas Especiais.

Essas s�o suas hist�rias.

Vou entrar, Central.

10-1 1, aqui � a Central,
prossiga.

Tenho um 10-10, poss�vel roubo
no Restaurante Momma Sue.

-Favor enviar refor�o.
-Refor�o, entendido.

MORRA ''CAXORRA''!

Pol�cia!

M�os para o alto!
Agora!

-Largue a arma!
-Me ajude...

-Largue-a ou vou atirar!
-Por favor, algu�m me ajude...

-Espere!
-Por favor, algu�m me ajude...

10-11 , h� uma v�tima
no local.

Mandem a ambul�ncia
e algu�m da UVE.

A senhora est� bem,
sra. Fulton?

-Est� tudo bem.
-Minha cabe�a...

A ambul�ncia e a UVE
est�o a caminho.

Homem, talvez latino.

Uns 20 anos, jaqueta
escura e uma boina.

Viu o rosto dele?

Desculpe, eu s�
conseguia ver a arma.

Entendi.
Obrigada.

-Oi!
-Oi. Desculpe por te acordar.

Eu ajudava os g�meos
com um projeto de Ci�ncias.

-O que temos?
-A v�tima � Jennifer Fulton.

Ela e o marido
s�o os donos.

Estava fechado, mas as portas
estavam abertas.

Ele a nocauteou
e a estuprou.

Ela sempre fica
at� tarde?

�s vezes, ela fecha;
�s vezes, o marido.

Os policiais os conhecem
e v�m checar sempre.

O policial Breggin
fazia isso

quando flagrou o criminoso.

''C-A-X-O-R-R-A''.
O ignorante roubou o lugar?

Af�ria da noite
ainda estava no caixa.

Ou ele n�o teve tempo,
ou isso foi pessoal.

Para onde a levaram?

Quase n�o
a pegavam mais.

Ela desmaiou
ej� vai receber alta?

-Ela insiste em sair.
-Fez exame de corpo de delito?

Sim. N�s fizemos
o melhor poss�vel.

Jennifer, sou a det. Benson.
Meu parceiro, Elliot Stabler.

Ol�. Preciso assinar
alguma coisa?

Sra. Fulton, eu insisto
para que passe a noite aqui.

Doutor, eu estou bem. Apenas
me mostre onde devo assinar.

Quer�amos fazer algumas
perguntas sobre o que houve.

Tudo bem.

-Jennifer, voc� o conhecia?
-N�o.

-Pode descrev�-lo?
-Tudo aconteceu t�o r�pido...

O que ele vestia?

Notou a cor dele?
Acha que ele bebeu?

Eu estava fechando o caixa,
e ele me acertou por tr�s.

Lamento, mas n�o
me lembro de nada.

Est� bem.

V� para casa descansar,
amanh� n�s conversamos.

Obrigada pela preocupa��o,
mas eu estou bem.

-Foi agredida.
-E sobrevivi.

Por favor, eu quero
esquecer tudo isso.

ESCOLHA

O exame deu negativo
pare fluidos,

mas a equipe m�dica
diz que ela foi violentada.

Negar o estupro
� uma rea��o normal.

Ou, ent�o, ela teme
que ele tente de novo.

Olhe o grafite, capit�o.
� um recado para ela.

Ela pode ter sido amea�ada,
por isso n�o quer falar.

O Esquadr�o Antigangues
viu isso?

N�o reconheceram o estilo
de nenhuma gangue.

Pode ser
um candidato � gangue.

Verifiquem
com a delegacia local

se os Fulton fizeram
alguma queixa recentemente.

Falem com os peritos.

Talvez tenham visto algo,
al�m da p�ssima ortografia.

Um caf�.
Puro.

Encontramos pele,
sangue e maquiagem.

Explica o corte na t�mpora.

-Ela caiu ou foi empurrada.
-�.

Nenhuma c�mera de seguran�a...
E a tinta?

� venda em qualquer loja.

Em outras palavras,
voc�s n�o t�m nada.

V� com calma. Ainda faltam
as digitais do bar.

E achamos isto
na porta dos fundos.

O que �?

A embalagem
de um chiclete novo.

N�o d� para tirar digitais,
mas � um come�o.

-Podia ser de qualquer pessoa.
-Acho que n�o.

Limparam o lugar
logo depois de fecharem.

O ch�o estava impec�vel,

exceto por isto.

Ele entra,

come um chiclete
para acalmar os nervos...

-Pode ter comprado por aqui.
-Ou em Pittsburgh!

Vamos checar as lojas
nas redondezas primeiro.

Liv acabou
de ligar da 29�.

Os Fulton nunca comunicaram,
nada sobre gangues.

-Mas Jennifer foi fichada.
-Por qu�?

Foi pega servindo �lcool
para um menor.

Disse que foi um engano,
que achou que era adulto,

-e pagou a multa.
-O rapaz foi citado?

Leon Ardilles, 18 anos.
Est�o mandando a foto por fax.

Algu�m querendo
prejudicar o restaurante?

N�o achamos nada.

O Momma Sue � uma cadeia
origin�ria de Nova Orleans.

Jennifer e o marido s�o donos
da franquia do West Village.

Achamos
o ''chiclete do crime''.

Do que ele est� falando?

Checamos as c�meras
das lojas de conveni�ncia

em um raio de dez quadras
do restaurante,

e achamos isto.

Um rapaz latino,
cerca de 20 anos,

15 minutos antes do chamado
do policial Breggin.

-O dono da loja o conhece?
-N�o.

lmprima e fa�a
uma busca no bairro.

N�o precisa.

Este � Leon Ardilles,
nosso menor infrator.

Esse aqui tamb�m.

APARTAMENTO DOS FULTON
SEGUNDA-FElRA, 27 DE OUTUBRO

Viu quem a atacou?

Eu n�o estou certa,
estava... escuro.

N�o tenha pressa, Jen.

-Acho que era este.
-J� o tinha visto antes?

Parece o garoto que foi preso
no nosso bar m�s passado.

Ele era menor.

Teve a aud�cia de acusar
a Jen pelo que aconteceu.

Eu n�o devia ter deixado
voc� sozinha.

Era sua noite
de folga, sr. Fulton?

Fui aojogo do knicks,
segunda fileira.

Quejogo, n�o?

Achei que o Houston
ia detonar no 4� tempo.

Ele foi expulso no 3� tempo,
a quejogo voc� assistiu?

Devo estar confundindo
com outro.

Sei.

V�o prender o bandido
que atacou a minha mulher?

-Lembra-se dela?
-Nunca a vi antes.

Vou refrescar
a sua mem�ria.

Voc� foi preso
por beber no bar dela.

N�o significa
que a violentei!

Voc� a estuprou,
pichou a parede

e foi flagrado
por um tira!

Por que ser�
que um mach�o como voc�

tinha que nocaute�-la
antes de violent�-la?

Devia estar nervoso
com seu desempenho.

-Juro que n�o toquei nela!
-Mas tocou em algo.

-Me larguem!
-N�o � tinta laranja?

Eu devia ter adivinhado.

Os campe�es em desrespeito
aos direitos humanos.

-O que quer aqui, Balthus?
-Conversar com o meu cliente.

Lamento, vamos lev�-lo
para a per�cia.

-Para qu�?
-Testar a tinta na m�o dele.

Ent�o, � aqui que voc�s
forjam as provas.

Por que isto aqui
n�o est� embalado?

Porque � o meu almo�o.

-Olhem s�, a cena do crime.
-N�o se aproxime, Balthus.

Posso ver agora
ou durante o processo.

Vou fazer a verifica��o
da amostra no EMCG:

Espectr�metro de Massas
em Cromatografia de Gases.

Que vai nos dizer
que a tinta na m�o do Leon

bate com um milh�o
de outras tintas.

Ent�o, havia uma ta�a

e uma garrafa de vinho
aberta no bar,

de onde voc�s
coletaram digitais.

-Que digitais encontraram?
-As de Jennifer Fulton.

Aqui temos outra prova:
uma ta�a de vinho quebrada.

O que diz o relat�rio?

''Encontrado no lixo,
atr�s do bar.

A ta�a foi limpa,

mas duas digitais
foram encontradas.''

-Da sra. Fulton tamb�m?
-N�o, ainda estamos checando.

Ent�o, depois de fechar
o restaurante,

a sra. Fulton tomou vinho
com esta pessoa misteriosa,

que limpou suas digitais
da ta�a e foi embora.

Leon,

a sra. Fulton o convidou
para uma ta�a de vinho?

-N�o, senhora.
-Como eu imaginava.

-� a mesma tinta.
-Leon, voc� est� ferrado.

Est� bem, eu encontrei
a porta aberta.

Eu entrei e pichei
o restaurante.

Eu ouvi um gemido,
e a vi deitada l�.

Eu ia ajud�-la,
quando o tira chegou.

Foi invas�o, deve receber
s� uma advert�ncia.

lnvas�o?
Ele estava armado!

Armado? Acharam uma arma?
N�o.

Vejo voc�s na pron�ncia.
Nem mais uma palavra.

O garoto admite
ter estado l�.

O Bregginjura
que estava armado.

E a v�tima o identificou.
� um bom caso.

Era, at� levarem
a advogada

para passear na per�cia.

-Por que a deixou entrar?
-N�o tive escolha.

Ela teria acesso �s provas
de qualquer modo.

Ainda falta saber quem era
o amiguinho da sra. Fulton.

Olivia e Elliot
est�o checando

todo mundo que trabalhou
no restaurante at� tarde.

-V�o ajud�-los.
-Nem vamos precisar.

Eu chequei o marido,
Craig.

Ele foi preso algumas vezes
por viol�ncia dom�stica.

-Ent�o, temos suas digitais.
-Est�o lacradas.

N�o foi ajulgamento,
Jennifer retirou as queixas.

N�o prova que foi
ele desta vez.

Mas pode ser o motivo
da sua separa��o.

Craig se mudou
h� seis meses.

E por que a ceninha
de casal apaixonado?

Porque a franquia
est� no nome dos dois.

A matriz do Momma Sue
em Nova Orleans me disse

que, se eles se separarem
ou tiverem problemas legais,

podem perder
o restaurante.

Est�o casados
pelo dinheiro?

N�o, eles n�o t�m dinheiro.

Disseram que o restaurante
vai mal.

Est�o pensando
em fechar o estabelecimento.

Prato cheio para
viol�ncia dom�stica.

J� sei quem tem as digitais
do marido:

o �rg�o de Controle
de Bebidas.

Mandem a per�cia verificar.

E perguntem a Jennifer

com quem ela dividiu
aquela garrafa de vinho.

Por que est�o me interrogando?
Pensei que eu fosse a v�tima!

A defesa vai examinar
sua vida pessoal

para prejudicar o caso.

-Tem que me contar tudo.
-Euj� contei.

N�o me contou que estava
separada do seu marido.

N�o � oficial. Eu quero
o div�rcio; ele, n�o.

Escute, eu realmente
n�o quero falar sobre isso.

Sra. Fulton, pense
no que est� fazendo.

Sei o que estou fazendo:
arrumando a minha vida.

Se n�o podem me ajudar,
me deixem em paz!

-Estamos do seu lado.
-Sabemos que foi agredida.

Sabemos que Leon
guardou ressentimentos.

Mas ele tentou
estuprar voc�?

Jennifer,

foi o Leon?

N�o. Eu sinto muito,
n�o foi ele.

Foi o seu marido,
n�o foi?

Ele chegou na hora
de fechar,

disse que queria conversar.

E abriram uma garrafa
de vinho?

No come�o,
estava civilizado.

Ent�o, come�ou a me acusar
de afundar o restaurante.

Disse que, se eu
pedisse o div�rcio,

ele me tiraria da franquia.

Eu disse: ''S� por cima
do meu cad�ver.''

E ficou violento.

Rasgou a minha blusa,

enfiou a m�o entre
as minhas pernas e...

disse que podia fazer
o que quisesse comigo.

Eu implorei que parasse,
mas ele continuou,

at� eu dizer que estava
gr�vida. A�, ele me soltou.

Eu tentei fugir
e acabei caindo.

Voc� est� gr�vida?

De 11 semanas.

E Craig � o pai?

Tentamos ficarjuntos
por causa do restaurante.

Transamos uma ou duas vezes,
mas n�o deu certo.

Bom, obviamente,
o sexo ''deu certo''.

Vai testemunhar contra ele?

-N�o, n�o posso.
-Podemos proteg�-la.

Jennifer,

se n�o fizer nada
de novo,

ele pode matar voc�
da pr�xima vez.

-V�o me proteger?
-Vamos.

Por que estamos aqui?

A sra. Fulton identificou
Leon Ardilles.

Ela mudou de id�ia.

Ent�o, ela n�o �
uma testemunha confi�vel.

-Quem ela vai culpar agora?
-Seu cliente.

-Eu n�o encostei nela!
-Voc� � um mentiroso!

Voc� bateu nela,
como tinha feito antes,

e quando a per�cia
confirmar isso,

vamos mandar voc�
para a cadeia.

A per�cia
s� vai confirmar

que ele estava
no seu pr�prio restaurante.

Bebendo vinho
com sua esposa.

N�o tirou todas as digitais
da ta�a, espertinho.

Voc�s n�o t�m
minhas digitais.

Um �rg�o p�blico as coletou
quando tirou sua licen�a.

-Lembra-se?
-Craig, n�o fale nada.

N�o, eu quero falar.

Jennifer falou a verdade,
eu fui ao restaurante.

Depois dojogo, fui at� l�
para falar sobre os neg�cios.

Ela tinha bebido,
n�o queria me escutar.

Ela disse que tinha problemas
maiores, como a gravidez.

-Perdi a cabe�a.
-E deu uma surra nela.

N�o, eu implorei para
que parasse de beber!

Se n�o por ela,
pelo nosso filho!

Ela disse que n�o era
da minha conta!

Ela pegou a bolsa,
e eu tentei pegar as chaves!

Foi a� que a blusa
dela rasgou.

Foi! Eu a segurei
pelo bra�o, e ela se soltou.

Ela n�o conseguia
ficar em p�!

Ela caiu
e bateu a cabe�a.

E voc� foi embora.
Que cavalheiro!

Eu sei que devia
ter ficado com ela,

mas achei que ela ia
p�r a culpa em mim!

GABlNETE DE CASEY NOVAk
TER�A-FElRA, 28 DE OUTUBRO

Ela est� gr�vida, e Craig n�o
quer submet�-la a um processo.

Que gentil da parte dele!
Que acordo ele quer fazer?

Ele vai se declarar culpado
de les�es corporais.

Cai na real, Nikki.

N�o posso ignorar
uma tentativa de estupro

de algu�m com um hist�rico
de viol�ncia dom�stica.

Jennifer retirou
a representa��o.

Tenho uma confiss�o
e uma querelante,

eu vou em frente.

Com o qu�? N�o tem prova
material de estupro,

e sua querelante culpou
um garoto, no in�cio.

Sem falar no fato de que ela
bebe estando gr�vida.

Por isso ela
merecia apanhar?

Aquilo foi um acidente,
ele tentava proteger o filho.

Se levo isso aoj�ri,
ele ser� absolvido.

Um acordo:
ele aceita uma liminar

impedindo-o de se aproximar
de Jennifer.

Se violar a liminar,
eu mando prend�-lo.

Fez um acordo
com aquele idiota?

N�o tinha certeza
se ganharia.

Do que mais voc� precisa?

Ossos quebrados?
Um cad�ver?

Jennifer Fulton n�o ajudou
muito ao acusar outro cara.

Ent�o, v�timas
t�m que ser perfeitas,

para que voc�
denuncie o estuprador?

Eu prossigo quando acho
que posso ganhar.

Aguarde, isso logo
ser� um homic�dio.

A maior causa de morte
de gr�vidas � homic�dio

praticado por seus parceiros.

Se ele chegar a menos
de 200m dela, vai preso!

Como se isso
fosse det�-lo.

Vamos dar
a boa not�cia a ela!

N�o acredito
que v�o solt�-lo.

Ele se declarou culpado,
isso fica na ficha dele.

lsso � uma puni��o?
Depois de quase me matar?

Voc� prometeu
que ia me proteger!

Se ele se aproximar
de voc� de novo,

se ele amea�ar voc�,
n�s o prenderemos.

E vai ficar do meu lado
24 horas por dia?

Eu n�o devia
ter escutado voc�.

-J� n�o bebeu o bastante?
-Eu sei quando � o bastante!

N�o quero li��o de moral,
quero que v�o embora.

Jennifer, sei que
decepcionamos voc�,

mas, se precisa de ajuda,
podemos indicar um terapeuta.

Eu n�o preciso
de terapia.

O �lcool n�o faz bem
para o beb�.

Eu n�o vou ter o beb�.

Se precisar de mim,

este � o meu telefone
de casa.

Al�?

Sim, sim, sou eu.

Ele fez o qu�?

Onde voc� est�?

Me desculpe.

N�o devia t�-la tirado
da cama no meio da noite.

Tudo bem,
diga o que houve.

Uma mulher apareceu
h� pouco

dizendo que tinha algo
do meu marido e me deu isto.

-� uma liminar.
-Me impedindo de abortar.

A audi�ncia � amanh�.

Ele pode mesmo
fazer isso?

N�o, n�o pode.

A n�o ser que a lei
do Estado de NY tenha mudado.

Ent�o, posso ignorar?

Voc� foi citada,
tem que comparecer.

Mesmo que n�o haja
base legal?

Receio que sim.

Ele pode me arrastar
para a corte,

me expondo publicamente,
quando bem entender?

N�o se preocupe,

O Estado de NY reconhece
o direito � privacidade.

Mesmo um juiz antiaborto
como Rebard ver� isso.

Como Craig conseguiu
ser ouvido por Rebard?

Tamb�m fiquei pensando nisso,
mas acho quej� sei.

Felicity Bradshaw,
uma advogada famosa

que defende ativistas
antiaborto.

At� os mais radicais.

Ela conseguiu levar
o caso aojuiz Rebard.

Mas pode det�-los,
n�o pode?

Sou uma promotora dejusti�a,
n�o posso fazer isso.

Mas posso recomendar
algu�m que pode:

Lorna Scarry.

Ela defendeu os fraudadores
de Wall Street.

E alivia sua consci�ncia

representando grupos
de mulheres gratuitamente.

Euj� a enfrentei
duas vezes.

Ela acabou comigo
nas duas.

AUDl�NClA - PARTE 38
QUARTA-FElRA, 29 DE OUTUBRO

Al�m de n�o ter
nenhuma base legal,

esta ordem judicial
� uma tentativa do sr. Fulton

de importunar
e intimidar sua esposa.

Meu cliente n�o pode dirigir
seu pr�prio restaurante

por causa da liminar
da esposa.

Ele tem que vir � corte
s� para tratar de neg�cios.

lsto aqui n�o � terapia
de casal, sra. Bradshaw.

N�o se trata disso,
Excel�ncia.

O sr. Fulton quer impedir
a morte de seu filho,

mas entende o fardo que
recairia sobre sua esposa.

Ele quer pagar seu tratamento
de alcoolismo.

Como �?
Eu n�o sou alco�lica!

-Sra. Fulton, por favor.
-Que mentiras contou a ela?

O sr. Fulton vai pagar
o tratamento de alcoolismo

e dar apoio financeiro a ela
durante a sua gravidez,

assumindo a guarda
da crian�a quando ela nascer.

Sra. Scarry,

sua cliente quer
considerar a proposta?

Dejeito nenhum,
ele nem gosta de crian�as.

A generosidade do sr. Fulton
nos impressiona,

mas sabemos
que est� falido.

De onde sairiam
os fundos para isso?

O grupo ao qual estou
associada, o Agnus Dei,

concorda em pagar
o tratamento da sra. Fulton.

Este grupo �
uma organiza��o religiosa

que quer dar nova reda��o
� Constitui��o

e privar minha cliente
de seus direitos.

Sra. Scarry, deve estar
ciente de que o Agnus Dei

tamb�m tem direito
de expressar suas cren�as.

Por�m, a ordem judicial
que tenta impedir o aborto

n�o tem bases legais.
O caso est� encerrado.

Sra. Fulton,

sei que a senhora e seu marido
est�o em p� de guerra.

Mas antes de correr
para uma cl�nica,

pergunte a si mesma:

esta crian�a precisa
ser uma v�tima inocente?

Ele n�o tem direito
de dar conselhos.

A decis�o de interromper
a gravidez � s� sua, Jennifer.

Jen!
Jennifer!

Eu sinto muito,
sinto mesmo.

Afaste-se, sr. Fulton,
lembre-se da liminar.

Eu estava tentando ajudar
e perdi o controle.

H� tanto tempo voc�
quer um beb�!

N�o fa�a isso
s� para me punir!

-Para tr�s, ou eu o prendo.
-Craig, j� chega!

Jennifer, n�o o deixe
intimidar voc�.

Ele s� quer a crian�a
para poder controlar voc�.

-Eu vou ter o beb�.
-Por causa do que ele disse?

N�o, porque � o que
eu quero de verdade.

� uma decis�o que
s� voc� pode tomar.

Eu lhe desejo boa sorte.

Desculpe
por envolv�-la nisso.

Voc� quer mesmo
ficar com a crian�a?

Sim, mais do que tudo.

Mesmo assim, � melhor buscar
ajuda e informa��es a respeito.

Conhece algu�m?

CENTRO DE APOlO � FAM�LlAS
COM S�NDROME ALCO�LlCA FETAL

Se a m�e bebe sete
ou mais doses por semana,

ou quatro ou mais doses
em uma �nica ocasi�o,

o beb� pode nascer com
s�ndrome alco�lica fetal.

Sabe o que � isso?

Mais ou menos...
Na verdade, n�o sei.

As crian�as podem nascer
com deforma��es f�sicas,

al�m de problemas neurol�gicos
e de desenvolvimento.

Podem ter problemas
de mem�ria, fala e audi��o.

Se Jennifer parar de beber,
o beb� vai ficar bem?

Receio que haja uma chance
de isso n�o acontecer.

O consumo intenso
no primeiro trimestre

pode causar
as deforma��es f�sicas.

Quanto se pode beber
com seguran�a?

At� quem bebe socialmente
est� sujeito

a ter um filho
com problemas.

Por garantia, recomendamos
total abstin�ncia.

Certo, eu bebo socialmente.

Fale a verdade, qual �
o meu risco? Me d� um n�mero.

Eu n�o posso.

N�o sabemos por que um beb�
nasce com a s�ndrome,

enquanto outro, nas mesmas
condi��es, nasce saud�vel.

Tudo o que eu posso dizer
� que, se quer ter o beb�,

pare de beber agora.

Pe�a ajuda, se necess�rio,
mas pare.

Obrigada por ter
vindo comigo.

Tudo bem. Se quiser
conversar, me ligue.

Eu vou ficar bem.
Olivia, falo s�rio.

Eu vou me corrigir.

Vejo voc� mais tarde.

Jennifer, posso falar
com voc�?

-O que est� fazendo?
-Craig pediu que eu...

Pol�cia!
M�os para o alto!

-Jen, entre no carro.
-Est� certo, est� certo.

Diga a ela que sou
um parente, vamos!

Vamos, diga que sou
seu parente!

-Conhece esse cara?
-� irm�o do Craig.

O que voc� quer?

Craig pediu que eu
lhe entregasse isto.

Outra ordem judicial.
Ele n�o desiste?

Josh, � melhor voc� ir.

O que � agora?

Ele a est� processando
na Vara de Fam�lia,

por neglig�ncia.

O que diabos
isso quer dizer?

Que voc� � uma amea�a
ao seu beb�.

Quer que fique sob cust�dia
para parar de beber.

Craig tenta impedir o aborto e,
quando ela decide ter o beb�,

continua a persegui-la.
O que esse cara quer?

A Vara de Fam�lia cuida
dos interesses das crian�as,

nascidas ou n�o.

Liv, digamos que Jennifer
perca o caso.

O que de pior pode acontecer?
Ela vai se tratar.

S� vai ajudar a ela e ao beb�.
Qual � o problema?

N�o est�o se esquecendo
de um detalhe?

O marido
tentou estupr�-la,

e ela est� sendo
tratada como criminosa.

E como tratar uma m�e
gr�vida que bebe

sabendo que vai
prejudicar seu beb�?

Ela n�o est� bebendo,
e, mesmo que estivesse,

n�o seria crime.

O que a gente pensa,
n�o importa.

O caso n�o � mais nosso,
vamos seguir em frente.

Capit�o, ela ainda
� uma v�tima.

Craig diria que seu beb�
� a v�tima.

Craig abandonou sua esposa
gr�vida sangrando no ch�o!

Ele n�o d� a m�nima
para essa crian�a!

Est� se aproveitando disso
para atacar Jennifer,

do mesmo modo como usa
a lei para inferniz�-la!

O que voc� quer fazer,
Olivia?

Quero ficar de olho nele

e garantir que ele n�o
cometa nenhum crime.

Acha que ele seria
burro assim?

Se ficar com raiva,
acho que sim.

VARA DE FAM�LlA - PARTE 82
QUlNTA-FElRA, 30 DE OUTUBRO

A sra. Fulton pode
estar bem-intencionada,

e, certamente, deseja
o melhor para o seu beb�.

Mas suas boas inten��es n�o
protegeram o beb� da bebida.

Gentilezas � parte,

a sra. Bradshaw quer que
um nascituro tenha direitos

que nenhuma corte
no pa�s reconheceria.

Se o nascituro n�o sobrevive
fora do �tero,

n�o � uma pessoa
perante a lei.

Cirurgi�es operam fetos
de 18 semanas.

Se o nascituro
pode ser um paciente,

por que n�o pode ser
uma pessoa?

Nestes casos,
a m�e � a paciente,

e sua autoriza��o
� necess�ria.

Doutoras, vamos
nos ater � lei.

A dra. Scarry esquece que NY
reconhece o feto como pessoa

em casos de homic�dio
e neglig�ncia.

Gloria C. contra William C.,
e Nova York contra Sierra k.

A corte decidiu internar
Sierra k.

porque era dependente
de crack,

tinha tido cinco filhos
dependentes,

e estava gr�vida
do sexto.

Minha cliente
nunca teve filhos

nem tem qualquer hist�rico
de neglig�ncia materna.

Al�m disso, crack
� uma droga ilegal.

O consumo social de bebida
da minha cliente � legal.

-Sua cliente � alco�lica.
-Chega, dra. Bradshaw.

Pode provar que o h�bito
da sra. Fulton

est� pondo o beb� em risco?

Declara��es de colegas
e professores de Jennifer

que atestam sua antiga
depend�ncia do �lcool.

Podemos chamar testemunhas,

como o marido da sra. Fulton
e a detetive Benson,

que viram Jennifer beber
depois de saber da gravidez.

Excel�ncia,

agora, que sabe dos males que
o �lcool pode causar ao beb�,

Jennifer prometeu
que vai parar de beber.

Nunca foi indiciada
por perturba��o � ordem

ou por dirigir alcoolizada.

� uma profissional dedicada

sendo perseguida
por um marido vingativo

e uma advogada
cheia de ideologias.

-Excel�ncia.
-Sei qual � a sua posi��o.

Eu vou avaliar
o material

e decidir se quero
ouvir alguma testemunha.

A sess�o est� encerrada.

Como foi?

Tudo bem. Bradshaw
est� for�ando uma barra.

E Jennifer?

Est� firme, mas Bradshaw
quer expor seus podres.

Listaram algumas testemunhas
e me inclu�ram.

Querem ganhar
de qualquerjeito.

Scarry sugeriu
que fal�ssemos com elas,

para evitar surpresas.

S�o seis nomes,
podemos dividir.

Obrigada.

Elliot, a kathy bebia
quando estava gr�vida?

Uma ta�a de vinho,
de vez em quando. Por qu�?

Eu li o material
sobre a doen�a.

Sabia que poucos drinques
podem causar a s�ndrome?

Eu n�o sabia disso.

Tivemos sorte.

Agora que sabe, se ela
engravidasse de novo,

voc� permitiria?

Se kathy engravidasse
de novo, eu me mataria.

Escute, � s�rio,

ela me deu
quatro filhos saud�veis.

Confio nela para tomar
suas pr�prias decis�es.

-At� mais.
-Obrigada.

APARTAMENTO DE MELODY DUNNE
QUlNTA-FElRA, 30 DE OUTUBRO

N�o vejo a Jenny
h� mais de 20 anos,

e voc� � a 2� pessoa a
perguntar por ela esta semana.

� mesmo?
Quem mais esteve aqui?

O marido dela.

Queria fazer uma surpresa
no anivers�rio dela,

com hist�rias
da �poca de escola.

O que disse a ele?

Que ela era uma boa aluna,
muito inteligente e...

um pouco maluquinha,
�s vezes.

Como definiria
''maluquinha''?

Ela erajovem, gostava
de testar seus limites e...

�s vezes, ela chegava
b�bada na sala de aula.

-A escola a suspendeu?
-N�o exatamente.

Ela ficou fora
durante um semestre.

Eu n�o devia estar
lhe contando essas coisas.

Sra. Dunne,

o marido dela mentiu.

Ele s� est� tentando
prejudic�-la legalmente.

Eu preciso saber tudo
o que disse a ele.

Eu n�o contei a ele
por que ela saiu da escola.

Por favor, me conte.

Ela estava gr�vida.

Eu a ajudei a achar
uma institui��o

para m�es solteiras.

Ela me procurou porque
n�o tinha mais ningu�m.

A m�e n�o ligava para ela,
e o pai havia sumido.

O que aconteceu
com o beb�?

Ela o deu para ado��o.

E como acabou tudo isso?

Quatro anos depois, a ag�ncia
de ado��o me procurou...

Jenny tinha dado
o meu nome a eles.

Disseram que tinham perdido
o contato

e que precisavam
encontr�-la.

-Disseram por qu�?
-N�o.

Dei a eles
o contato dela,

e foi a �ltima vez
que ouvi falar disso.

Lily?

Tem visita para voc�.

Oi, Lily.

Sou o Elliot, esta
� minha amiga, Olivia.

Ol�, Elliot. Ol�, Olivia.
Querem jogar baralho?

-O que est�ojogando?
-Rouba-monte.

Adoro essejogo,
pode me incluir.

Eu e minha esposa adotamos
Lily h� 1 7 anos.

Quando notou
que havia algo errado?

Quando ela tinha
uns 3 anos.

Tinha problemas
de coordena��o

e era mais lenta
que outras crian�as.

Decidimos verificar
o hist�rico da fam�lia.

Ent�o, procuraram
a m�e biol�gica.

Os registros da ag�ncia
estavam uma bagun�a,

mas a encontramos atrav�s
de uma antiga professora.

Escrevemos,
telefonamos, mas...

nunca obtivemos resposta.

Devia ter nos contado,
Jennifer.

Achei que n�o era importante,
eu era uma garota.

Os pais adotivos da sua filha
tentaram falar com voc�.

Por que n�o deu retorno?

Eu tinha desistido
do meu beb�!

N�o podia passar
por aquele sofrimento de novo.

Ent�o, tirou-a da cabe�a.

N�o!
N�o, nunca!

N�o h� um dia na minha vida
em que eu n�o pense nela

e n�o reze para que
a fam�lia dela a ame.

Eles a amam.

-Voc�s a viram?
-Vimos.

E achamos que voc�
devia v�-la tamb�m.

O nome dela � Lily,
uma menina ador�vel.

Ela tem s�ndrome
alco�lica fetal.

Meu Deus!

E se este beb�
tiver tamb�m?

Eu falei com a terapeuta
do Centro.

Ela disse que, em fam�lias
em quej� h� s�ndrome,

as chances de se repetir
sobem dramaticamente.

Por favor, n�o contem
isso a ningu�m.

N�o conte a eles
sobre Lily!

Eu lamento,
mas somos policiais,

n�o podemos omitir
informa��es � justi�a.

No in�cio, achei que
os direitos da m�e

estavam sendo usurpados.

Mas a nova informa��o sobre
a primeira filha de Jennifer

e o riscos extras a que
o nascituro est� submetido

fez com que eu mudasse
de id�ia.

De acordo com o artigo 10
da Lei de Fam�lia,

julgo que h� risco
de neglig�ncia.

Jennifer Fulton, voc� deve
se abster de beber

durante a sua gravidez

e deve se apresentar
em 24 horas

para terapia
e acompanhamento profissional

em um centro de reabilita��o
para alco�licos.

APARTAMENTO DOS FULTON
SEXTA-FElRA, 31 DE OUTUBRO

� tarde,
o que voc� quer?

Dizer que sinto muito
pelo que houve.

Devo me sentir melhor
por isso?

N�o, mas eu s� estava
tentando ajudar.

Vai dirigir
o restaurante para mim?

Voc� n�o vai se internar,
pode se organizar.

Voc� tem resposta
para tudo, n�o �, Olivia?

Voc� est� bem?

Sim! N�o podia
estar melhor!

Jennifer,
voc� est� bebendo?

N�o, me devolve
isso aqui!

O que � isso?
Rum?

Tem id�ia do que est�
fazendo a si mesma?

Sim, e tenho direito
de fazer isso!

E o seu beb�?

Voc� me prometeu que ia
parar, e eu acreditei.

Eu batalhei
por sua causa.

-N�o pedi sua ajuda!
-Pediu, sim!

lsso n�o �
da sua conta!

�, sim!
Sou uma policial,

e est� violando
uma decis�ojudicial.

Queria ver se isso
acontecesse com voc�!

Jennifer Fulton,

-est� presa por desobedecer...
-N�o!

-...uma decis�ojudicial.
-Olivia, n�o, por favor!

-Tem o direito de ficar...
-N�o fa�a isso comigo!

Tem direito a um...

Parab�ns, srta. Novak,

seus policiais arrancam
gr�vidas de suas casas

no meio da noite.

A det. Benson teve
um cuidado com a sra. Fulton

muito al�m
das suas obriga��es.

Estou aqui por causa
do seu ''cuidado'' comigo.

N�o viemos aqui para brigar,
eu vim oferecer um acordo.

Que tipo de acordo?

Se Jennifer
se declarar culpada,

pe�o a suspens�o
da senten�a,

desde que fique em uma cl�nica
durante a gravidez.

N�o vai para a cadeia,
mas fica presa ainda assim.

� um local para reabilita��o,
n�o � uma pris�o.

Est�o privando-a
de sua liberdade!

E enviando uma mensagem
�s gr�vidas com problemas:

evitem m�dicos,
hospitais, terapeutas

e, acima de tudo, policiais,
ou podem acabar presas.

-� um exagero rid�culo.
-Minha cliente n�o acha isso.

Jennifer, estamos fazendo
o melhor para voc� e o beb�,

voc� tem que confiar em n�s.

Eu confiei em voc�,
Olivia!

A melhor op��o
� aceitar o acordo.

N�o, n�o vou mais aceitar
conselhos seus ou dela.

Quero que ojuiz decida.

AUDl�NClA - PARTE 74
SEGUNDA-FElRA, 3 DE NOVEMBRO

Jennifer,

como veio parar aqui,
nesta audi�ncia?

Excel�ncia,
qual � a relev�ncia disso?

V� direto ao assunto,
sra. Scarry.

Tudo come�ou quando
seu marido tentou estupr�-la?

Sim.

Depois, ele uniu for�as
com um grupo antiaborto

e a processou?

Eles queriam me impedir
de interromper a gravidez.

Eu percebi que queria
a crian�a

e que eu tinha muita sorte
por estar tendo esta chance.

Mas depois de concordar
com o pedido do seu marido

e n�o interromper
a gravidez,

ele a processou novamente,

alegando que voc�
� uma m�e incapaz.

Sim, por causa da bebida.

Ent�o, as �ltimas semanas
da sua vida inclu�ram

uma tentativa de estupro,
v�rias vindas � corte

e, agora, est� aqui ap�s ser
presa em sua pr�pria casa.

Jennifer, se n�o tivesse
sido submetida

a isso tudo,
voc� precisaria beber?

N�o.

-Como voc� sabe?
-Protesto, � especula��o.

Responda � pergunta,
sra. Fulton.

Eu bebo quando estou
estressada.

Se o meu marido
me deixasse em paz,

eu n�o precisaria beber.

E far� o que for poss�vel
para garantir a sa�de do beb�?

Sim, farei.

Jennifer,

acredita que pode controlar
a sua depend�ncia do �lcool?

Sim, acredito.

N�o conseguiu obedecer
� decis�ojudicial

nem por 24 horas.

Eu estava muito estressada.

Voc� est� gr�vida, o estresse
n�o vai desaparecer.

Pode garantir que n�o
vai ter outra reca�da?

Sim.

Como?
Alcoolismo � uma doen�a,

n�o � algo que se desliga
de repente.

Eu sei que posso
me controlar.

-Como sabe, Jennifer?
-Porque eu amo o meu beb�!

N�o vou prejudic�-lo.

Voc� diz isso,
mas, ainda sim, bebe.

Estou dizendo,
eu amo o meu beb�.

Eu o amo!

A argumenta��o da Promotoria
faz sentido.

Se a m�e tem
problemas com bebida,

por que n�o a tratar,

para que seu comportamento
n�o prejudique o beb�?

Tudo dentro de mim,
como esposa e m�e,

concorda com a necessidade
de se preservar o feto.

Ent�o, por que essa ordem
judicial me apavora?

Porque, se pensarmos
como a corte,

chegaremos
� inevit�vel conclus�o

de que toda mulher gr�vida tem
que ser monitorada pelo Estado.

Hoje, � o �lcool. E amanh�?
Como ela dirige?

Ela pode se acidentar.

Rem�dios?
T�m efeitos colaterais.

Dieta?
O beb� pode sofrer.

Na verdade, por que n�o
proibir qualquer atividade

que possa prejudicar o feto?

Se concederem
ao nascituro direitos,

do modo como
a Vara de Fam�lia pretende,

todas as mulheres aqui
ir�o perder os seus direitos.

E onde isso ir� acabar?

Voc�s se tornariam apenas
recept�culos procriadores,

sem direito � privacidade

e sem o direito de controlar
seus pr�prios corpos.

Jennifer Fulton est� aqui

porque ignorou uma ordem
judicial para n�o beber.

Ela prometeu, de novo,
que n�o vai mais beber

e que vai freq�entar
um centro de reabilita��o.

Mas elaj� quebrou
suas promessas antes.

Como ela pode garantir que
n�o ir� quebr�-las de novo?

Ela n�o pode.

Pedem que voc�s considerem
os direitos da m�e,

mas n�o se esque�am
dos direitos da crian�a,

a crian�a que Jennifer
quer ter.

Ela n�o tem o direito
de nascer saud�vel?

Ou ela deve sofrer
pelo resto da vida

s� para que a sua m�e
tenha direito de fazer

o que ela bem quiser
com o seu corpo?

Sabem que Jennifer
n�o consegue se controlar,

ent�o, pe�o que a ajudem
declarando-a culpada.

Sim, ela vai ficar presa,

mas tamb�m vai receber,
atrav�s do Estado,

o tratamento
do qual ela precisa

para assegurar
um parto seguro.

N�o � isso que
todo mundo aqui quer?

Senhoras e senhores doj�ri,
t�m um veredicto?

Sim, Excel�ncia.

Quanto � desobedi�ncia
a uma ordem judicial?

Declaramos a r� inocente.

Sra. Fulton, deve saber que
a decis�o da Vara de Fam�lia

ainda � v�lida.

Ou se apresenta amanh�
para tratamento,

ou vai voltar � corte.

Sess�o encerrada.

O que est� fazendo?

Eu vim ver a minha filha.

Como soube que eu vinha?

O pai da Lily me ligou
dizendo que havia uma mulher

do lado de fora
da casa h� horas.

Eu sabia que era voc�.

Eles n�o me declararam culpada
porque n�o queriam me prender.

Mas eu sou culpada.

E se eu prejudiquei
esta crian�a tamb�m?

E se ela for
igual � Lily?

Por que n�o fala
com a Lily?

Eu n�o posso.

Mas foi por isso
que veio, n�o foi?

Jennifer, est� tudo bem,

eu disse a eles
quem voc� era,

e disseram
que podia entrar.

Fale com a Lily.

Venha.

Eu espero voc� aqui.