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O Deus da Chama

finalmente se levantou
para nos aquecer, princesa.

Bom dia, Majestade.

Est� um lindo dia, Maghra.

A cidade inteira
se alegrar� com voc�.

� uma pena
que o papai n�o esteja aqui

para celebrar o dia
do seu casamento.

Lil�s, lavanda e mel.

Voc� ser� uma noiva
muito atraente.

Deixe isso.

Precisa estar sem adornos
para a cerim�nia de casamento.

- N�o vou tirar esta bra�adeira.
- � a lei.

Serva,
qual � o seu nome?

Harmony, Majestade.

Harmony?
� um lindo nome.

Me d� sua m�o, Harmony.

Harmony,

tem o h�bito de dizer a princesas
o que elas podem fazer?

Talvez possa dizer
a sua rainha tamb�m?

- N�o, Majestade, nunca.
- Ent�o fique quieta e deixe-a.

A princesa est� totalmente
banhada. Pode ir, Harmony.

Sim, Majestade.

O povo de Pennsa, todos eles,

mesmo servos insignificantes,

devem acreditar
que a uni�o � verdadeira.

N�o se preocupe.
Vou fazer minha parte.

Voc� n�o est� sozinha nisso.

Sim, estou. N�o � voc�
quem est� sendo infiel.

Esse casamento
vai servir a todos n�s.

Quando seus filhos forem achados
e trazidos a voc�,

esse arranjo os manter� seguros.

Alguns ficariam ofendidos
se sua irm� os ignorasse.

Sibeth,
voc� n�o pode ser silenciada.

Deus sabe que tentei.

Aqui.

Lembra quando voc� era pequena
e eu lavava seu cabelo?

N�o pare.

Por favor.

legendas.dev

SEE - S02E04
O Ca�ador de Bruxas

Legendas:
AppleTV+

Subpack e adapta��o:
WesleyP.

Voc� pode, por favor,
ficar para tr�s?

Juro que ningu�m
vai me matar neste caminho.

Bem, n�o comigo aqui.

Haniwa, espere.

Escuta,

n�o h� mal nenhum em ter uma
guerreira dedicada ao seu lado.

Eu sou grato
por voc� e suas flechas.

Posso ouvir voc� pensando.

Ontem, eu estava de luto
pela minha m�e.

Hoje, ela � uma princesa viva,

e estou pensando em cada momento
da minha inf�ncia,

me perguntando o que
era verdade e o que ainda �.

Logo saberemos, meu amor.

N�o cedo o suficiente.

Sabe, eu n�o sou
uma amea�a para voc�.

Voc� confunde
meu desprezo com medo.

General dos Ca�adores de Bruxas,
quantas vidas voc� tirou?

O suficiente para condenar
minha alma muitas vezes.

E, ainda assim, voc� matar�
a rainha a quem serviu.

N�o h� condena��o
suficiente para voc�.

�. Suspeito que n�o.

- Voc� est� bem?
- Sim, estou bem.

Dev�amos ter ficado
mais uma noite.

- N�o � nada.
- Se sua cabe�a ca�sse,

voc� a pegaria
e a carregaria para Pennsa.

N�o,
eu faria voc� carreg�-la.

Ai.

Esses bravos soldados morreram

tentando impedir o assassino,
Baba Voss, de escapar.

Eles morreram como her�is
e ser�o vingados.

Um valente soldado da rep�blica
lembrado para sempre.

Um filho sagrado de Trivantes,
agora unido a n�s.

Rendayo. Meu filho.

Madame Orrie.

Rendayo era um patriota
e um her�i.

Eu o admirava imensamente
como se fosse meu pr�prio filho.

Os respons�veis
por sua morte sofrer�o.

Voc� tem minha palavra.

Alguma novidade?

Sim, general Voss. Um Ca�ador
de Bruxas procurando asilo.

Um Ca�ador de Bruxas.

Se for verdade, � a primeira vez
que um soldado deserta.

O que ele quer?

Ele insiste em falar
apenas com voc�.

Ele se arrepender� disso.
Traga-o at� mim.

Venha.

Sou o comandante-geral
Edo Voss.

- Voc� deseja falar comigo?
- Sim, senhor.

� o primeiro Ca�ador de Bruxas
da rainha que conhe�o

sem estar empalado
na ponta da minha espada.

Tenho informa��es para o senhor.

E por que eu confiaria
em um soldado

que trai seu pr�prio reino?

Meu reino n�o � mais
o reino que jurei defender.

Por que n�o?

Jurei proteger o reino payan
dos males da feiti�aria e�

Estou familiarizado com
os Ca�adores de Bruxas, garoto.

Incluindo os que tenham vis�o
ou queiram facilitar seu retorno.

E, agora, sua rainha decreta
que os videntes

n�o s�o, de fato, bruxos.

Sim, senhor.

Ela tamb�m afirma
estar carregando

uma crian�a com vis�o
em seu �tero.

Sim, senhor.

Rapaz,

voc� abandonou seu ex�rcito
e enfrentou a morte certa

para vir aqui me dizer algo que
meus espi�es relataram antes?

Prenda-o e venda-o
como escravo.

- Vamos.
- N�o. Senhor.

- Comandante Voss, tem outros.
- Pare!

Outros?

N�o ser� a primeira crian�a
com vis�o na fam�lia real payan.

H� mais duas, j� crescidas.

E essas crian�as j� crescidas�

Uma delas � uma menina
chamada Haniwa?

Sim.

Ent�o, esta � Pennsa?

Sim.

� sempre t�o quieta?

N�o. Nunca.

Tem algo errado.

H� soldados � frente.

Fique aqui e n�o diga nada.

- Devemos nos preocupar?
- N�s, n�o. Voc�.

- Vai ser complicado.
- Por qu�? Onde est� minha m�e?

- Ela est� aqui.
- Ent�o qual � o problema?

O problema � que
ela vai se casar hoje.

Baba, meu amor�

me perdoe.

M�e?

- M�e!
- Kofun?

M�e!

- Voc� est� viva.
- Meu beb�.

Tenho procurado
por voc� todos os dias

desde que nos separamos.

Eu nunca parei.

M�e, eles disseram
que voc� vai se casar hoje.

N�o pode ser verdade!

Vou explicar tudo.

Cad� seu pai? E Haniwa?

Ele foi a Trivantes
para salv�-la.

Trivantes?

Princesa, est� na hora.

Espere. Por que Trivantes?

- O que houve com Jerlamarel?
- Como pode se casar hoje?

Lorde Harlan e a rainha
est�o esperando.

- Estou indo.
- Lorde Harlan?

Explicarei depois.
Tenho que ir.

- Preciso que confie em mim.
- M�e, voc� n�o pode fazer isso.

Eu n�o posso parar isso.
Seu pai entenderia.

Que a falecida esposa dele
est� se casando com outro?

Pare de dizer meu nome
e conserte isso!

N�o sei o que est� acontecendo,
mas n�o pode fazer isso.

Fique quieto!

Ainda sou a m�e que voc� conhecia
e voc� ainda � meu filho.

Mas as coisas mudaram.

Agora, estou fazendo isso
por voc� e por todos n�s.

Ent�o fique aqui.
Fique aqui, no meu quarto,

e n�o fale com ningu�m.

Conversaremos quando
tudo isso acabar. Eu prometo.

- Eu prometo.
- N�o fa�a isso.

- N�o fa�a.
- Eu preciso.

Eu tenho muitas perguntas.

Tudo bem, chega.

- S� preciso de um tempo.
- Paris?

Mulher.

Sinto a febre em suas roupas.

- N�o vai me matar.
- Voc� precisa de um curandeiro.

Acharemos um em Pennsa.

Baba. Voc� estar� morto
quando chegarmos l�.

Estamos nas Lakelands,
n�o muito longe dos valier.

Eles oferecer�o abrigo
e um curandeiro.

Papai?

Por favor.

Est� bem, meu amor.

N�o posso acompanh�-los
ao territ�rio valier.

Bem, � para l� que estamos indo.

As tribos ocultas
n�o eram ocultas para mim.

Os valier sofreram muito
em minhas m�os.

Fique quieto e acampe por perto.
Encontraremos voc� ao sair.

Ou n�o.

Deus, al�m da sua chama acima�

que sua vontade seja feita
neste dia especial,

nesta mais sagrada das uni�es.

Ofere�a orienta��o,
abra caminhos,

condene os que nos ofendem

a se contorcerem
em seu fogo e fuma�a.

Pois Vossa � a escurid�o,

o poder e a gl�ria.

Para sempre.

Princesa Maghra
e lorde Harlan�

voc�s entram nesta uni�o
com um esplendor perfumado.

Voc�s juraram compromisso
um com o outro

atrav�s da uni�o de corpos
e almas diante de Deus.

Pela ordena��o divina
concedida a mim,

voc�s podem selar sua uni�o.

Obrigada. Igualmente.

Princesa Maghra.

Qualquer esposa do Harlan
� minha irm�.

Maghra, voc� se lembra
do meu irm�o.

- Obrigado.
- Kerrigan. Troquei suas fraldas.

Para a sorte de todos,
agora tenho gente pra isso.

Obrigado.

Muito obrigado.

Sinto muito.

Tudo bem. V�.

- Estamos perto?
- Sim.

O grand�o n�o ir� muito longe,
e n�o conseguiremos carreg�-lo.

Quem est� a�?
Apare�a.

Quem entra no territ�rio valier
sem se anunciar?

Irm�o! N�o trazemos
nenhuma amea�a. Sou Paris.

Somos os �ltimos dos alkenny.

N�o.
Eu sou a �ltima dos alkenny.

- Chet-chet.
- Chet-chet-chet.

Bow!

Lion.

Bow Lion.

Paris!

Kofun?

� voc�?

Voc� est� seguro.
Sou sua tia Sibeth.

Fiquei muito feliz quando soube
que finalmente estava aqui.

Esperamos muito tempo
por voc�.

Pode me abra�ar?

� mais alto que seus pais.

Quer alguma coisa? Bebida?
Posso mandar buscar.

N�o, obrigado.

Que tr�gico s� nos
conhecermos agora!

Voc� nos ca�ou
minha vida inteira.

Se Maghra
tivesse aparecido antes,

eu a teria protegido,
teria protegido voc�.

Ela sabia disso.

Est�vamos ca�ando Jerlamarel
e os filhos dele.

N�o sabia que eram da Maghra.

Fui levada a acreditar
que Jerlamarel matou minha irm�.

Para mim, ele era o diabo.

Sabe que n�o � verdade.
Por que minha m�e se escondeu?

Sei que qualquer erro

que ela tenha cometido foi
para proteger voc� e sua irm�,

o que quero fazer agora.

Bem, mesmo com seu decreto,

as pessoas ainda acreditam
que devem queimar bruxos.

Sei fazer com que mudem de ideia.

Pode levar um pouco de tempo,

mas os payans aprender�o,

como eu,

a considerar aben�oados
aqueles com vis�o.

Deve ter sido dif�cil

viajar at� aqui e chegar
no dia do casamento da sua m�e.

Tudo deve estar confuso.

Mas saiba

que ningu�m machucar� voc�,

n�o enquanto estiver
no meu reino.

Voc� acredita em mim?

N�o sei. Eu quero.

Justo.

Muitas coisas boas
come�am com� desejo.

Arranjei um quarto para voc�.
Conversaremos em breve?

O conselho de guerra da rainha
est� mobilizando ex�rcitos.

E soubemos do desertor payan

que a princesa Maghra voltou

com dois filhos crescidos,
Haniwa e Kofun.

Ambos com vis�o.

Os fan�ticos de Paya
v�o queim�-los na fogueira.

Far�o o que a rainha mandar.

Com dois filhos videntes
e adultos na fam�lia real,

s�o uma amea�a ainda maior.

N�o sabemos as inten��es deles.

Sabemos que libertaram o general
dos Ca�adores de Bruxas.

� inten��o suficiente.
Precisamos atacar.

Seria suic�dio
se os payans nos atacassem.

A rainha pode ser louca,
mas n�o � burra.

Ainda assim,
s�o acontecimentos preocupantes.

- Posso reunir tropas�
- N�o, calma, Edo.

Os ganites ainda est�o
causando problemas no oeste.

E voc� mesmo ouviu aqui
o que o conselho pensa

sobre uma campanha ao leste.

- Voc� nunca vai convenc�-los.
- N�o. Voc� vai fazer isso.

Voc� superestima
a minha influ�ncia.

Sou apenas um ter�o do Tri�ngulo.

Mesmo assim,

vou convencer
o conselho a solicitar

uma c�pula diplom�tica
com os payans.

- Trivantianos n�o pedem paz!
- Fazemos o que � preciso.

E voc� cumprir� suas ordens.
Entendido?

Sim, senhor.

Pelo menos teremos tempo de levar
um ou dois batalh�es ao leste

- se for preciso.
- Entendido.

Eu avisarei
o que o conselho decidir.

Respire lenta e profundamente,
Baba. E beba isto.

Vai te dar for�a.

Quando se tornou curandeira?

Ainda n�o sou, mas tenho
aprendido com os curandeiros.

Essas ra�zes v�o absorver
as infec��es para a febre passar.

Voc� perdeu tanto
por nossa causa.

E ainda nos recebe.

Somos uma tribo, lembra?

Sim, eu lembro.

Kofun?

N�o. N�o sou o Kofun.

O que est� fazendo aqui?

Maghra, � nossa noite de n�pcias.
Onde mais eu estaria?

Isto n�o � um casamento,
� uma alian�a.

Certo, mas pode ser ambos.

Vista suas cal�as, Harlan.
Preciso da sua ajuda.

- Agora.
- Est� bem.

Me fizeram trazer
fais�o e cerveja para voc�.

N�o se preocupe.
N�o est�o envenenados.

Eu n�o pensei isso.

E eu n�o tinha veneno.

Irm�os e irm�s alkenny,

na �ltima vez que vieram,
n�s os rejeitamos.

Voc�s curaram nossa Bow Lion.
� mais do que poder�amos esperar.

S�o voc�s que nos trazem uma
mensagem de esperan�a ao voltar.

Tem�amos que trouxessem
Ca�adores de Bruxas,

pois eles disseram,
quando vieram,

que havia videntes
entre os alkenny.

Eles massacraram homens,
mulheres, crian�as.

Suas espadas
n�o discriminavam.

S� porque acreditavam
que conhec�amos bruxas.

Os que viveram foram poupados
s� para espalhar o medo.

Mas vamos reconstruir.
J� estamos fazendo beb�s.

Vamos nos recompor para honrar
a mem�ria dos que perdemos.

Pare!

E agora chega a not�cia

de que a rainha
n�o enviar� mais ca�adores,

pois ela n�o procura mais
por bruxas.

A rainha ainda
pode mudar de ideia,

mas, esta noite,
celebramos sua fuga

de Trivantes e saboreamos
nossa liberdade�

[sinaliza]
Tamacti Jun est� aqui.

Mesmo que curta da rainha
e seus Ca�adores de Bruxas.

Estes s�o tempos de incerteza,

mas os enfrentamos
com esperan�a

de um futuro mais pac�fico
do que o nosso passado.

Voc� enlouqueceu?

Os valier merecem vingan�a.
Eu devo isso a eles.

N�o, voc� deve a mim.

Acha que n�o quero rasgar sua
garganta sempre que ou�o sua voz?

Voc� massacrou meu povo tamb�m.

Mas voc� n�o merece morrer.

Sua puni��o � viver
com o que fez.

A morte tamb�m deve ser
conquistada, tanto quanto a vida.

Este � o lugar favorito dele.

E� a cadeira favorita dele.

Kerrigan. Vamos.

Acorda, porra! Vamos.

Princesa.

Ainda sinto o cheiro
de flores em voc�.

Voc�s deviam estar em casa,
rolando em len��is pegajosos.

Preciso da sua ajuda.

- Irm�o, consegue fazer isso?
- Vamos passar � fronteira.

Qual � a carga?

A filha dela, Haniwa.

Ela est�
com o ex�rcito trivantiano.

- �.
- �, v� se foder.

Por favor.

Princesa, no meu of�cio,

o objetivo � evitar militares,
n�o ir atr�s deles.

Kerrigan.

Se ela estiver em um brigue
militar, n�o poderei tir�-la.

Carcereiros podem ser comprados,
como qualquer outra pessoa.

Talvez.
Mas precisaria de muito cobre.

Para voc� ou para eles?

- Estou ofendido, princesa.
- Ele n�o est�.

�, suponho que n�o. Ainda assim,
daria muito trabalho.

Quando a encontrar, como a tirar�
em seguran�a de Trivantes?

Sair da cidade � a parte f�cil.

H� anos contrabandeio
flores espinhosas

ganite de Trivantes
para Pennsa.

Conhe�o cada buraco e t�nel

para dentro
e para fora daquele lugar.

Ent�o vai fazer?

Considere isso�
um presente de casamento.

Partirei quando
o Deus da Chama esquentar.

Partir� agora.

Vamos. Levante-se.

N�o. Agora n�o � a hora.

Paris? Como p�de traz�-lo aqui?

Como pode respirar
o mesmo ar que ele?

Precisamos dele.
Ele tem um novo prop�sito.

N�o. Ele morrer�
na minha m�o esta noite.

Ele matou minha m�e.

Sim. Chegar� a hora
de ele pagar por isso.

N�o acredito que � voc�.
Voc� � uma traidora.

Ele � nossa �nica esperan�a
de chegar a Maghra.

Os Ca�adores de Bruxas
massacraram os valier.

Eles ter�o algo a dizer
sobre isso.

Por favor.
Voc� n�o pode contar a eles.

- Eu confiei em voc�.
- Bow Lion.

Voc� me conhece.

Voc� conhece meu cora��o.

Menina.

V� antes do nascer
do Deus da Chama.

N�o guardarei seu segredo
por mais que isso.

Kofun?

Gra�as ao Deus da Chama.

- Falei para ficar no meu quarto.
- Eu sei.

Estou aqui.

Sinto muito.

Sei que tudo isso deve ser
muito estranho

o e perturbador para voc�,
e prometo que explicarei tudo,

mas voc� n�o pode
me desobedecer assim de novo.

N�o � seguro aqui.

- Minha irm� � algu�m que�
- Sibeth.

N�o se preocupe.
J� nos conhecemos.

Ela veio me ver depois
do casamento.

Kofun.

- N�o pode confiar nela.
- Por que n�o?

N�o foi ela quem mentiu
para mim minha vida toda.

N�o � t�o simples assim.

Voc� traiu seu marido hoje.

Voc� traiu todos n�s
e n�o pela primeira vez.

Podia ter se identificado

para os Ca�adores
quando �ramos beb�s.

Podia ter salvado os alkenny.

N�o ter�amos passado
nossas vidas fugindo.

Minha irm�
nunca teria aceitado

crian�as com vis�o
que n�o fossem dela.

Ela teria matado todos n�s.

Tentei proteger voc�s
da melhor maneira poss�vel.

- Mentindo.
- Mentindo, � claro.

- A verdade os queimaria.
- N�o.

Voc� sempre se ressentiu...

de n�s e da nossa vis�o.

Por isso ficou brava quando viu
que t�nhamos aprendido a ler.

N�o foi?

N�o falava conosco. Disse que
nos tornamos irreconhec�veis.

Voc� se reconhece, m�e?

Porque eu, n�o.

Voc� e Haniwa
pertencem a um mundo

que eu n�o
conseguia entender.

Eu tinha muito medo de que um dia
isso os afastasse de mim.

Parece que afastou.

E Haniwa e o papai?

Lorde Harlan enviou algu�m
para encontr�-los.

Seu novo marido deve querer
encontrar o seu antigo.

Voc� me perguntou se eu me lembro
de quantos eu havia matado.

� como se eu perguntasse
quantas vezes voc� respirou hoje.

Quando a rainha me deixou
sangrando at� a morte�

eu fiquei num estado.

N�o morto� mas n�o
mais entre os vivos.

E foi l�.

De repente�

eu tive uma vis�o.

Sabe o que eu vi?

Eu vi rostos.

Eu vi os rostos�

de cada homem,
mulher e crian�a

que eu havia assassinado
e torturado.

Eu ouvi seus gritos.

Eu podia sentir a dor deles.

Mas em todos aqueles rostos�

n�o consegui encontrar
o da minha mulher

nem os dos meus filhos.

Eu n�o estava l�
quando a rainha Kane

os afogou em suas camas.

Em vez disso�

eu estava massacrando
todos aqueles rostos.

Por anos e anos,
voc� lutou pelas trevas.

Agora voc� deve lutar pela luz.

Voc� n�o devia
ter impedido a garota.

Certo. N�o vamos mais parar.
Caminharemos a Pennsa.

N�o tema.

Voc� ter� muitas
oportunidades de morrer.

Todos n�s teremos.

Sempre pensei que o fato
de eu enxergar e voc� n�o

fosse algo que nos separava.

Pensava haver
uma dist�ncia entre n�s.

Mas, toda vez que sinto
que ningu�m pode me ajudar,

na Casa do Esclarecimento,
em Trivantes,

de alguma forma
voc� sempre me encontra.

Voc� � minha garotinha.
Kofun � meu filho,

Maghra � minha esposa.

Enquanto eu estiver vivo,
nada nos separar�. Sim.

Eu sei que n�o facilito.

N�o mesmo.

Daqui,
s�o dois dias at� Pennsa.

Como voc� acha
que ser� Pennsa?

Cheia.

Como voc�
acha que ela ser�?

- Ela ser� como Maghra.
- Certo.

E n�s sabemos
quem essa �?