All language subtitles for Pimpernel Smith 1941

PIMPERNEL SMITH

Esta � uma hist�ria de fic��o.
Nenhum dos seus personagens � real.

Mas baseada nas fa�anhas
de pessoas corajosas

que arriscaram suas vidas
para ajudar os perseguidos

e exterminados pelo regime nazista.

Esta hist�ria � dedicada a
estes campe�es da liberdade.

Berlim, primavera de 1939

Voc� conseguiu?

Acho que sim.

Weber, a minha agenda.

O que foi?

Parece que ouvi barulhos l� fora.

Est� sempre ouvindo coisas desde
que recebeu aquela mensagem.

Que mensagem?

Uma mensagem que n�o consigo entender.

De quem?

N�o sei, precisamente.

Mas acredita que � daquele
salvador misterioso.

Sim, acho que � dele.
Creio que conseguirei fugir.

N�o seria o primeiro, sabe?

E continuar� o seu trabalho em
outro lugar, longe dos nazistas.

Claro.

Sempre recusou trabalhar
para eles, n�o?

Prefiro morrer.

Meu objetivo � curar, n�o matar.

Weber, disse que apliquei a
inje��o �s quatro?

Sim, a resist�ncia aumentou muito.

Est�o melhorando.
Aparece que funciona.

H� um homem l� fora.
Deu esta nota para voc�.

- Deixa que eu leio.
- Obrigado.

A mente humana � apenas
limitada pelo universo.

O que significa?

Eu sabia.

Weber, meu chap�u
e meu casaco, r�pido.

E traga a minha mala tamb�m.
A minha agenda.

Por favor, tenha muito cuidado.

O que posso perder?

Boa sorte, amigo.
no meu jornal, "Liberdade"

falarei com orgulho de um alem�o
que n�o vendeu sua cabe�a.

Obrigado. Mas eu n�o aconselho.

Eu n�o corro perigo: Sou polon�s.

Meu pa�s n�o est� em guerra. Ainda.

- Adeus.
- Adeus.

Weber, tente melhorar isso.

Estou pronto.

Depressa, depressa.

Acho que vai ficar tudo bem.

O doutor Bekendo.

Ele se foi.

Aquele carro, vamos, sigam-no.

Est� perdendo tempo.

Sidimir Koslowski, n�o?

N�o pense que perdemos tempo.
Economizamos uma viagem.

Entrem.

MINIST�RIO DA PROPAGANDA

Aten��o, anota:
Outra fuga divulgada.

N�o, ningu�m sabe onde est�.

Senhores, por favor.

O Minist�rio da Propaganda informa
aos correspondentes estrangeiros

que os boatos sobre a personagem
que dirige as fugas da Alemanha

n�o tem fundamentos.
N�o houveram tais fugas.

N�o existe esse tal salvador.

Al�m disso, na Alemanha nazista

ningu�m espera ser salvo por algu�m.

CAMBRIDGE, MUSEU DE ANTIGUIDADES

Jordan. Jordan!

Senhor?

Jordan, voc� � um aut�ntico
v�ndalo. Um godo.

Um descendente espiritual dos hunos.

Cujo objetivo foi profanar a beleza.

Eu n�o entendo, senhor.
N�o sem um dicion�rio.

Jordan tem o privil�gio �nico
de cuidar da deusa mais bela.

A mulher mais sublime.
E como a trata?

Olha, homem. Olha.

Lamento, senhor. Na verdade,
eu amo Afrodite. Muito.

Mas h� tantas. . .

Tantas?

Bem, de certa forma sim, n�o acha?

S� h� uma mulher como esta.

Olha que simetria, que gra�a.
Olha que poeira, Jordan.

Desculpa senhor. Vou trazer
o espanador imediatamente.

Disse que gosta.

Olha, meninas, esta � Juno.

N�o senhora. N�o � Juno,
mas Afrodite Calipigia.

Tem certeza?

Mas � claro. Eu a descobri.

N�o me diga.

Acaba de sair do banho,
observe a toalha nas m�os.

N�o � uma toalha, � um qu�ton,
uma esp�cie de t�nica.

Parece uma toalha.

Certo, para voc� � uma toalha,
para mim, um qu�ton.

� a deusa da fortuna.

N�o, n�o, � a deusa do amor.

Do amor e casamento legal.

� uma deusa respeit�vel, meninas.

� praticamente perfeita,
como podem ver.

Seu l�nguido olhar e seu sorriso
suave revelam uma infinita compaix�o

pela frivolidade e ignor�ncia
de um mundo cego.

Muito bonito.
Sim, muito bonito.

Vamos, meninas.

Professor, o zelador ligou.
Vai chegar tarde.

Aonde?

Na sua aula, senhor.

Bobagem, n�o tenho aula
at� sexta-feira.

Mas hoje � sexta-feira, senhor.

Santo Deus. � extraordin�rio.
O que foi da quinta-feira?

Foi ontem, senhor.

Sim? � s�rio?

Sim, senhor.

- Bom dia.
- Boa tarde, senhor.

Aonde est� o professor?

Se n�o vem,
acabamos antes de come�ar.

Mandei o zelador avisar.

Meia hora n�o � nada.
A semana passada n�o apareceu.

Viram isso, rapazes. N�o � bonito?

Acho que � uma ofensa
chegar t�o tarde.

O que esperava, baby? Os arque�logos
est�o milhares de anos atrasados.

N�o, senhor Maxwell, foram apenas
trinta e cinco minutos.

Ent�o eu pulo dois ter�os da aula.

Algo que com certeza agradecer�.

Ent�o vou apenas dar-lhes
um tema para reflex�o

para o nosso pr�ximo encontro.

A constitui��o da Gr�cia Antiga

revela influ�ncias ao mesmo
tempo pr�ticas e espirituais.

Por exemplo, cada linha do
Partenon volta para a terra m�e

ou se eleva suavemente para o c�u.

O que � isso?

Isso? � um dado.

Um dado? E o que est� fazendo a�?

Mostra uma lament�vel tend�ncia
de voltar para a terra m�e.

Recolha-o.

Sim, senhor.

Me d�.

Senhor Maxwell, me pergunto por
que se matriculou neste curso?

Meu pai pensou que a
arqueologia me acalmaria.

Pois se equivocou.

Estava louco para me mandar
para a Inglaterra.

Entendo isso muito bem.
Vamos continuar.

Professor, se importaria
de me devolver os dados?

Vamos continuar.

No Partenon, notamos claramente
a influ�ncia espiritual.

E nas casas dos gregos,
a influ�ncia pr�tica.

Enfatizada por uma rigorosa
separa��o entre homens e mulheres.

Um sistema que para mim,
demonstra a superioridade

da civiliza��o grega.

Sempre mexendo conosco.

As mulheres gregas viviam
praticamente confinadas.

Um costume admir�vel que
Infelizmente n�o � praticado aqui.

Se op�e a nossa presen�a aqui,
Professor?

N�o posso me opor.
Apenas lamentar.

E agora que conseguimos
nos livrar das alunas

queria falar com voc�s.

Venho a v�rios anos fazendo
escava��es na Europa Central.

Com o objetivo de descobrir
restos de uma civiliza��o ariana.

Falo muito s�rio, senhores.

Talvez se surpreendam do governo
alem�o se interessar pelo projeto.

O curso termina na pr�xima semana.

Sim, senhor Maxwell,
o curso termina.

Durante as f�rias,
eu decidi que poderia levar

alguns alunos de
arqueologia comigo.

O que acham da ideia?

Muito me atrai, senhor.

E a mim, senhor.

Gostaria de ir.

E a mim. Se a expedi��o
n�o for muito cara.

Isso eu garanto, senhor Mcintyre.

Isso fazem quatro. Quatro.

N�o � um resultado muito animador.

Posso levar minha irm�
mais nova, senhor?

N�o, senhor Elstead. Quero evitar
a presen�a de mulheres em geral.

E de irm�s mais jovens especialmente.

Acho que n�o se interessa, Maxwell.

N�o senhor. Passo minhas f�rias
no presente, n�o no passado.

Bem. Bem.

Professor, n�o ter� problemas
estando a Alemanha como est�?

Problemas?

Gostaria de ir, mas aquilo pode
explodir a qualquer momento.

N�o tinha pensado nisso.
Isso sim me atrai.

Senhor Maxwell,
j� aceitei a sua negativa.

Eu retiro professor. Conte comigo.

Mas. . .

N�o, n�o, Professor,
vai precisar de ajuda.

Sou um g�nio organizando.
Deixa comigo e levarei tudo.

Senhor Maxwell, um dos
maiores atrativos da viagem

era te perder de vista
por tr�s meses.

No entanto. . .

Isso era para me lembrar de algo.

Claro, os bolos para o ch�.

Bem, pensem nisso, senhores.

Se quiserem mais informa��es,
venham me ver pela manh�.

Bom dia.

Preparei o calend�rio depois
do jantar. Vamos, rapazes.

"E o escorregadio sapo
saltava nos p�ntanos. . ."

Professor, boa tarde.

Boa tarde.

Como voc� est�?

Com saudade dos meus bolos,
que ao contr�rio do vinho

n�o melhoram com o tempo. Tchau.

Um momento. N�o se esqueceu
que sou o decano da faculdade.

Sim, eu sei, desculpe.

Mas n�o se esqueceu
do doutor Bekendorf.

Meu Deus, o coelhinho da �ndia.

Meu amigo, muito prazer em v�-lo.

Bem, bem. Vinte anos se passaram.

Sim, professor, acho que sim.

Isso � maravilhoso.
E suas experi�ncias?

Por que n�o vem ao meu quarto
e comemos e falamos longamente?

Lhe recordo que o doutor
� meu convidado.

N�o, n�o, ambos s�o meus
convidados. Vamos.

Tchau.

Um tipo especial.

Bem, agora que decano nos deixou

me conte tudo.
O soro foi um sucesso, n�o?

Sa� antes do teste final.

Que pena.

No entanto, continuo vivo.

� dif�cil de acreditar que a
situa��o foi t�o terr�vel.

Foi pior, meu amigo.
Escapei por milagre.

Assim parece.

Sinto muito que n�o pude
agradecer o meu salvador.

Quem era?
E como diabos voc� conseguiu?

N�o fa�o ideia.
Veio e se foi como uma sombra.

Um guarda-costas invis�vel.
Estava tudo planejado.

Desde o momento em que sa�.

Como uma viagem de Thomas Cook.

Enfim, est� vivo e seguro.
Poder� continuar trabalhando.

Sim.

Gostaria de pensar que
me ajudou pelo meu trabalho.

N�o � uma raz�o ruim.

Para as pessoas como n�s
� dif�cil de entender

os verdadeiros motivos
de um aventureiro.

Voc� e eu n�o somos homens
de a��o, amigo.

N�o, eu odeio a viol�ncia.

Acho paradoxal matar um homem
antes de convenc�-lo do seu erro.

� muito incivilizado.

Bendito Deus, o que acontece?

Tudo pronto, professor.
S� falta a revis�o final.

Eu disse amanh�.

Ganhamos vinte e quatro horas.
Veja, chefe.

O itiner�rio, com as
sa�das e chegadas.

Cada um levar� sua pr�pria comida.

A bagagem � limitada em quatorze
quilos. Estamos prontos, senhor.

V�o embora, n�o percebem que. . .

Desculpe, desculpe, senhor.

Professor, devolve minhas coisas?

Meus dados.

N�o. agora s�o meus.

Como quiser, professor,
vejo voc� amanh�.

Santo Deus, ser� que sonhei?

Receio que n�o.
Estamos prontos para ir.

BEM-VINDOS � ALEMANHA ROM�NTICA

Eu moro em Oy.

- Em Oy?
- Em Oy.

Mas quando estou em servi�o,
fico no abrigo.

Morde?

N�o, se eu n�o mandar.

Venham, senhores,
lhes apresento um amigo de Oy.

Ol�, como vai?

Diga, professor, n�o teremos
que sair a p� da Alemanha?

Meus p�s n�o aguentam mais.

Acha que aguentar�o outros
vinte metros, senhor Gregson?

Por que tem tantas cercas?

Esta � a fronteira entre
a Su��a e a Alemanha.

S�o para os su��os oprimidos n�o
fugirem para a Alemanha livre.

Voc� viu o mesmo que eu?

O qu�? A vaca?

Sim, a vaca.

Acredite ou n�o � uma vaca alem�.

D�o menos leite que nossas
vacas de Jersey.

Sim? Tem que me contar
suas experi�ncias leiteiras.

Vamos, "Gretchen",
vamos ouvi-la cantar.

Vai pela estrada e eu pelo caminho.

Tudo em ordem, "Herr" Professor?

Perfeito.

E o caf�, �timo.

Que bom que voc� gosta.

Continua nisso, professor?

Sim, amanh� s� avan�aremos
uns vinte quil�metros.

Isso vai parecer uma ninharia.

Tem o plano de amanh�?

Quer avan�ar mais vinte quil�metros.

Nunca vamos descansar?

� como um homem impulsionado
pela sua consci�ncia.

Ter� uma boa raz�o.

Tem uma: A falta de sexo.

- Vamos, homem.
- Que piada.

Pode ser.

E n�o podemos fazer nada?

Sim, tenho uma ideia.

Continue tocando, Jock.
Entro em a��o.

Senhorita. . .

Bem, senhores,
como os vejo t�o animados

decidi mudar o itiner�rio de amanh�.

Ser�o trinta quil�metros.

Certo, que sejam vinte e nove.

Estamos aqui, em Untersitzenberg.
Altitude 1.500 metros.

Manh� subiremos at� 2.400.

E a tarde. . .

Sim, mas pensado bem

falaremos das opera��es
vespertinas mais tarde.

Bem, senhores, vamos dormir.

Amanh� levantamos �s cinco e meia.

Ol�, Hans.

Ol�, Hans, quer um caf�?

N�o, eu vou para a cama.

Calma, nunca me barbeio � noite.

Est� ficando tarde,
"Herr" Professor.

Obrigado por me lembrar, amigo.

Boa noite, senhoras.

Boa noite, senhoras.

Sil�ncio. Vamos dormir.

Boa noite, senhor.

Se est�o procurando mulheres,
n�o h� suficiente para todos.

Venha aqui.

- Eu, senhor?
- Sim, venha.

Entrou algu�m agora h� pouco?

N�o, senhor,
s� este grupo de ingleses.

N�o vi ningu�m, senhor.

- Tem certeza?
- Sim, senhor.

E estou aqui desde que
terminei a minha guarda.

Sim.

Agora j� deve estar na Su��a.
Algu�m vai ter que pagar.

Ao seu posto.

N�o espera que eu acredite nisso.

Claro.

- N�o pode ser o mesmo.
- Sim.

N�o � poss�vel.
Aqui, aqui, aqui, aqui.

E aqui. Em todos os lugares.

Poderia ser.

E a noite passada esteve aqui,
na fronteira com a Su��a.

Vejamos os relat�rios.

Sim.

O que se sabe de Plancke?

Mensagem de Breslau.
Desconhecem a identidade

do homem que ajudou
Karl Plancke escapar.

N�o sabem nada deste cara.

Alguma not�cia?

Mensagem do Hamburgo.
Desconhecem a identidade do homem

que evitou a execu��o
de Joseph Wurtz.

Breslau, Hamburgo, fronteiras belga
e francesa, o mesmo, n�o sabem nada.

Parece que conseguiu escapar.

Pela fronteira Su��a,
como Josefs e Blumenfeld.

Schenk e Hertz sairam pela Holanda.
Mas Graum procura aquela sombra.

- Se existe.
- Acho que sim.

� isso que chama de relat�rio?

O que adianta a Gestapo prender
as pessoas se voc� deixa fugir?

Foram tomadas precau��es.

Isso n�o � desculpa.

Respondemos ao general Von Graum.
N�o ao seu ordenan�a.

Pe�o que entregue o meu relat�rio.

Acho que se arrepender� disso,
comandante. Espere l� fora.

Schmidt.

Entregue para o general Von Graum.

�s ordens.

- N�o acha. . .?
- Imediatamente.

�s ordens.

Saia de uma vez!

- Hofmann.
- Sim?

Ol�, Schmidt.

Entregue este relat�rio l� dentro.

O que �?

O relat�rio do comandante
sobre a fuga de Karl Plancke.

Desculpa. � hora de comer.

Hofmann, � uma ordem.

Senhor Ministro.

Conhece o seu inimigo.

Dizem que os ingleses t�m uma
arma secreta: Seu senso de humor.

Estou disposto a saber de tudo isso.

Por exemplo, P.G. Woodehouse. Ou�a.

"O homem barbudo suspirou.

Algo no bosque se agitou".
Tem gra�a?

N�o, n�o, nenhuma.

Bem. Agora, o famoso
jornal sat�rico, Punch.

"A jovem ao telefone: Diz que
conheceu um oficial e um cavalheiro.

Bem, diga para os dois
subirem". N�o � engra�ado?

Nenhuma gra�a.

Bem. Agora, Edwin Lear.

"Havia um velho de Bengala
que entrou dan�ando na sala.

"Irei disfar�ado de bolo. Mas
o c�o o comeu como uma galinha".

N�o � engra�ado.

Claro que n�o.

E agora, "Herr" Lewis Carroll.

De "Alice atrav�s do espelho".

"Brilhava e os escorregadios sapos

giravam e saltavam nos p�ntanos".

Lament�vel porcaria.

Muito lament�vel.

Cheguei � conclus�o que o senso
de humor ingl�s � um mito.

N�o t�m senso de humor nenhum,
portanto, arma secreta.

� tudo um blefe
grande como uma casa.

Sim, sim.

Mas quando eu for "Gauleiter"
de Londres

me assegurarei de n�o voltarem
a falar de senso de humor.

Tenho certeza, senhor Ministro.

O que � isso?

O relat�rio sobre a fuga
de Karl Plancke.

Traga o Schmidt e o Marx aqui.

Traga-os!

Tragam o prisioneiro
Koslowski em tr�s minutos.

Entrem, senhores, entrem.

Palha�os incompetentes.

Leram este relat�rio?

Sim senhor. Eu disse ao
comandante o que o esperava.

Sim?

Fronteiras e estrangeiros
est�o vigiados.

Logo vamos pegar quem
organizou essas fugas.

Ou seja, t�m a sua descri��o.

Em absoluto, senhor.

N�o pensaram em interrogar
quem poderia d�-la?

Quem, senhor?

Que entre o Sidimir Koslowski.

Claro.

Justo. Se fosse um homem mais
impaciente que eu se preocuparia

por ter o �nico c�rebro
do minist�rio.

O prisioneiro Koslowski.

Exatamente quem queriamos ver.

Queria falar um pouco com
voc� sobre a liberdade.

N�o do seu jornal,
mas da sua liberdade pessoal.

E ent�o?

Em nossa �ltima entrevista
lhe pedi uma lista

dos que escreveram no seu
jornal contra o Reich.

Sim?

Suponha que esque�amos isso.

Pouparia uma grande decep��o.

Vamos supor que me responda
uma pergunta mais f�cil.

Em troca do qu�?

Uma passagem para Vars�via.
A liberdade em seu pr�prio pa�s.

Enquanto ainda existe.

O que voc� quer?

A descri��o do homem que evitou
a pris�o do doutor Bekendorf.

N�o posso dar-lhe.

Voc� estava presente.

Como bom observador, deve ter
notado alguma caracter�stica.

Como andava, como falava,
sua estatura. Sua nacionalidade.

Eu n�o fa�o ideia.

Vamos, vamos.

Odiaria deix�-lo nas m�os
dos idiotas que acabam de sair.

Muito bem. Se � sob press�o.

Mais ou menos um e noventa
e era ruivo.

Entendo.

Acho que voc� � um homem casado.

Exato.

Mas devido a situa��o,
minha fam�lia est� fora.

Sua fam�lia � composta por uma filha.

Sim. Est� segura, nos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos. Sim.

Obrigado.

Bom dia.

� aut�ntica, senhor?

N�o, Gregson. � apenas cascalho.

De uma das novas estradas de Hitler.

Uma carta, professor.

Obrigado.

Sinto muito, senhor Gregson.

Bem, vamos ver, que surpresa.

Um convite da nossa embaixada
em Berlim.

Berlim. Isso est� muito longe, n�o?

Espera. Se esquece que tinhamos
que ir a Berlim amanh�.

- S�rio?
- Claro.

- A que horas saimos?
- �s 9:52hs.

Da manh�?

Sim. E eu vou anotar.

Hora: nove e cinquenta e dois.

Est� aqui, no seu bolso.

Obrigado, obrigado. Bem,
senhores, vejo voc�s no trem.

�s nove e cinquenta e oito.

- E dois!
- E dois!

Aonde vai, senhor? N�o fica?

Provavelmente. Sim. Obrigado.

N�o se preocupem comigo.

Alguns caras deviam usar correias.

"O �nico limite da mente
humana � o Universo"

- Chegou.
- O que eu disse?

Jogue-a, idiota.

O que faz, voc�s dois?

Nada.

Estavam olhando alguma coisa.

Estava olhando suas m�os.

Por qu�?

Porque s�o as do melhor
pianista do mundo.

Quem se importa com as
m�os sujas de um pregui�oso?

Vou comunicar isso. Nome?

Meyer. Karol Meyer.

Continue trabalhando ou
comprovarei isso.

Como espera que te regatem daqui?

S� tem campo aberto e terreno plano.

N�o sei. Mas tenho f�.

Tiveram outros, sabe?

Voc�s, parem de falar.

No pr�ximo problema,
colocarei voc�s de espantalhos.

Bem, a sombra agiu novamente.

"Famoso pianista foge do
campo de trabalho".

Vamos ver. "Diz que Karl
Meyer, o pianista

cruzou a fronteira francesa
a beira da exaust�o".

"As autoridades sugerem
que sua fuga foi organizada

pelo personagem misterioso que
ajudou outros inimigos do Relch".

Que jogada. Inacredit�vel.

Melhor que se esconder como um
coelho. Tem garras, o cara.

At� um coelho pode
ter, senhor Maxwell.

Eu acho �timo.
Me pergunto como faz.

Se arriscando.

Sim. E um dia desses o pegar�o.

Acabar�o pegando-o, certo, senhor?

Digo na sua deplor�vel
linguagem moderna: N�o fa�o ideia.

Aquele cara entrou no campo
disfar�ado de espantalho.

Disfar�ado de espantalho?
Deixe-me ver.

"De espantalho. . .
Sem d�vida foi ferido.

Pois um casaco com uma
manga manchada de sangue

foi achada no local".

Um casaco ensanguentado.
Muito melodram�tico.

Atiraram no seu bra�o, heim?

Eu n�o acreditaria muito nos jornais.

Acho que vou me lavar.

Sim, � uma boa ideia.

Eu tamb�m vou me refrescar.

Sim, um pouco de limpeza.

Bem, estou com as m�os limpas.

Mas o que h� com voc�s, rapazes?

Professor.

Exato, senhor Maxwell. Mas um
cara sensato fecharia a boca.

Meu Deus.

N�o posso acreditar que esteve
me dando pontap�s sem eu saber.

Deixando a express�o de lado,
eu � quem deveria receb�-las.

Por cometer o erro de
subestimar sua intelig�ncia.

Mas como entrou nisso?

O dificil era n�o entrar. Veja

quando se pensa que o progresso
e a civiliza��o dependem

das m�os e mentes de
algumas pessoas excepcionais,

� dificil se manter a margem
e ver como s�o destru�dos.

Mas como se saiu com essa?
Especialmente voc�.

Senhor Maxwell, n�o sou excepcional.

Na verdade, meu dom natural para

passar despercebido
mostrou ser muito �til.

� um dos caras mais
impressionantes do mundo.

Isso � um exagero, senhor Maxwell.

Na verdade sou uma pessoa
especialmente fraca.

Que sempre se deixa levar
por seus impulsos.

Rapazes, voltem aqui. Depressa.

Bem, senhores, se limparam bem?

Sim, obrigado, senhor.

Professor, posso apertar sua m�o?

Claro, senhor Mcintyre. Especialmente
porque logos nos despediremos.

Nos despedir?

Como n�o? Agora que descobriram
a minha culpa secreta.

Sim, mas temos algo a dizer.

Sim, n�s conversamos.

Queremos participar.

Al�m disso, j� estamos
nisso at� o pesco�o.

Nada disso.

Mas claro que sim. Teremos
que falar. Certo, rapazes?

Claro. � s�rio senhor.
Queremos participar.

O que � isso, senhores? Chantagem?

Uma linda chantagem.

Sim Sim, senhor. Imediatamente.

Ouve?

Senhores, por favor, n�o ou�o nada.

Desculpa.

N�o pode ir com a m�sica
para outro lugar?

� tipicamente francesa.

Anda logo. Este estilo
musical aparece pelo menos

em sete obras do primeiro
per�odo de Lubach.

Pelo menos concordamos no tempo.

Insisto na modula��o
do segundo movimento.

Bem, eu ouvi a grava��o e nada.

Se ouvir atentamente, ver� que
o ritmo do segundo movimento

� mais lento que do terceiro.

De jeito nenhum! Nem faz ideia!

Por favor!
Querem se calar de uma vez?

Sup�e-se que neste edif�cio sabemos
tudo o que acontece na Alemanha.

N�o acreditar�o que essas fugas s�o
feitas sem algum tipo de suborno.

Senhor Ministro. . .

Dissemos tudo o que sabemos.

Se duvida da minha lealdade, renuncio.

Ent�o renuncia. Ser� uma valiosa
contribui��o. Sente-se.

Bem, vamos ver mais uma vez
as provas dispon�veis.

Primeiro, umas notas musicais
assobiadas na noite.

Desculpa, senhor Ministro,
era mais ou menos assim.

N�o, n�o, era assim.

N�o, n�o.

J� chega.

Tentamos descobrir a origem
da m�sica com especialistas.

Em segundo lugar, temos o cart�o
encontrado no bolso do espantalho.

Chamem o Zigor. Aonde est�?

Aqui, senhor.

Um peda�o de cartolina
com a borda dourada.

Escrito num lado,
"Por favor confirme".

E os n�meros "9:52"
escrito atr�s. E ent�o?

Deve ser um cart�o de convite, senhor.

Magn�fico, senhor Schauzi.

Sendo assim, enviaram v�rios
para a mesma recep��o.

Seria demais pedir para a Gestapo
identificar tal recep��o?

O senhor Zigor est� aqui.

Alguma novidade?

Infelizmente, nenhuma das
pessoas que ouviram os assobios

recebeu educa��o musical.

Tentamos unificar seus
testemunhos numa frase s�.

E refleti-la numa partitura.
Aqui est�.

Pedi para localizar a obra original.

Come�a com a vig�sima s�tima
nota do terceiro movimento

do concerto de Lubach em Sol Menor.

Quer que a toque?

N�o, eu fa�o. Sente-se.
Prepare o disco aduaneiro.

Mas n�o coloque ainda.

O concerto de Lubach.
Acho que n�o.

Coloque o disco.

Chega.

Bem. Aqui finalmente temos algo.

Venham, se aproximem.

V�em? Id�nticos.
Absolutamente id�nticos.

A recep��o da embaixada
brit�nica. Deve ser um ingl�s.

Sim? Que interessante.

E como eu tamb�m recebi um,
significa que sou ingl�s, n�o?

Obrigado a todos, senhores, pela
ajuda inestim�vel. Podem ir.

E voc�.

O que est� fazendo aqui?

Estava recolhendo os pap�is.

Para qu�?

N�o sei. Sempre recolho.

Como se chama?

Wagner, senhor.

Gosta de m�sica, Wagner?

N�o muito, senhor.

Gosta desta m�sica?

N�o est� ruim. Por ser inglesa.

Disse que � inglesa?

Sim, senhor.
� uma velha can��o inglesa.

"H� uma taverna na cidade."

Vem c�, Wagner.

Senhor general. . .

N�o fique nervoso. Ser�
recompensado. Voc� � um g�nio.

Receber� uma foto autografada
do F�hrer. Pega um chocolate.

Sua excel�ncia o embaixador
do Peru e a senhora Gordia.

Milord e Milady Grabbage.

- Ol�, querida.
- Como vai?

O embaixador est�?

Teve que ir a Londres.

Qu�o ruim a coisa est�?

H� sempre esperan�a.

O Ministro do Reich, general Von Graum.

Quero parabeniz�-lo.

Bom te ver aqui.

Nunca perco oportunidade de
consolidar nossas rela��es.

Muito gentil da sua parte.

Espero que assista o com�cio
de Nuremberg.

Vou tentar.
O que comemora este ano?

A paz.

O capit�o e a senhora Leroy.

O coronel e a senhora
Jailing. Lady Eva Plant.

Aquele homem l�.

- Aonde?
- Junto � mesa.

E o pr�ximo � lareira, com barba.

Idiota, aqueles s�o nossos.

O honoravel conde de Meadowbrook.

Ol�, Bussie. O que tem feito?

Absolutamente nada.

Cuidado, n�o se canse.

Terei cuidado.

A bela senhorita Cole.

Boa noite, general. . .

General Von Graum.

Sim, claro.

N�o tem boa mem�ria. Est� nervosa?

Nem um pouco.

Sabe o que est� procurando?

Tenho uma pequena ideia.

Um t�pico oficial brit�nico,
um homem do mundo.

Ou um explorador.
Forte, silencioso, determinado.

Sim. Um oficial ingl�s forte,
mundano ou um explorador.

Talvez aquele.

Ou aquele.

Ou aquele.

N�o, acho que aquele
n�o � o tipo que eu procuro.

N�o?

N�o.

Procuro um c�rebro, n�o um m�sculo.

Como quiser. S� lhe digo que o
nosso homem est� aqui esta noite.

Fa�a o que puder.

N�o torne a esquecer
o nome do general.

Obrigada.

Sir Roger e Lady Tadworth.

O seu cart�o, por favor.

Obrigado. Por aqui.

Obrigado, senhor.

Sua Excel�ncia
o embaixador do Chile.

Tem fogo?

- Um instante, senhor.
- Obrigado.

O senhor e a senhorita Goya.

- Veteranos, heim?
- Sim, senhor.

Desculpa, senhor.

Professor Horacio Smith.

Ol�, George.

Ol�, Horace.

Mantive a promessa.

�timo.

Eu posso ir agora?

Fique um pouco e se divirta.

Tudo bem.

Roupa bonita. Voc� que fez?

Claro que n�o. Eu fiz num
alfaiate aos dezessete anos.

Alice, esse � o meu irm�o,
o professor Smith.

Lady Willoughby.

O verdadeiro professor Smith?

Outro dia me disseram que eu
era a cara da sua Afrodite.

O que voc� acha?

� dificil dizer. Eu s� conhe�o
a minha Afrodite nua.

N�o sei se esses detalhes
da sua vida privada. . .

Para os puros,
todas as coisas s�o puras.

Devia beber com mais calma.

Tranquilo, tenho a cabe�a dura.

Em mais de um sentido, acredite.

Olha, a� est� o professor.
E parece que precisa de mim.

Precisava de n�s.

Quem �?

N�o fa�o ideia.

Est� aqui.

Como voc� sabe?

Estive l� em cima e. . .

Voc� fixou, senhor?

Tento n�o olhar, senhor Gregson.

Deve dar-lhe enxaqueca
segurar tudo isso.

Que lhes sirva de lembrete, senhores.

O encontro � as onze e meia
no bar do Dvorak.

Acho que sei quem �.

Sim?

N�o vou dizer at� ter certeza.

Disse que havia mais de
Seis cart�es sem cantos.

Sim, mas apenas um encaixa
com o peda�o que tenho aqui.

� dificil crer que � t�o
esperto para cortar os cart�es

e t�o tolo a ponto de
deixar o seu.

� uma mulher muito inteligente.

Como voc� por perceber.

Se estiver aqui, prometo
general, que n�o sair�.

Tenho muitas queixas.

A champanhe n�o est� t�o
quente. Est� apenas morna.

O que esperava, Gregson? � gr�tis.

Ver N�poles e morrer.
V� o mesmo que eu?

� � a sua chance.

Tem que fazer as coisas com arte.
Tem que variar a estrat�gia.

Aten��o.

Desculpa. Sinto muito, lhe
confundi com outra pessoa.

Von Graum.

Smith.

Uma identidade equivocada.
Procurava o Jekyll e encontro o Hyde.

Jekyll? Hyde?
� uma brincadeira inglesa?

Mais ou menos.

Desculpa.

N�o v�. Fale sobre voc�.
Me interessam os costumes locais.

Por exemplo, o que voc� faz?

Ca�o os inimigos do Reich.

Sim? E atira muito? Gar�om.

Desculpa, acho que perguntam por mim.

N�o, n�o, tome um caf�.
Dizem que a embaixada brit�nica

� o �nico lugar da
Alemanha que tem.

Descobrimos que o substituto
pode superar o original.

A raposa e as uvas.

� verdade que no seu pa�s j�
n�o h� liberdade de express�o?

Mentira. Asneiras da degenerada
imprensa plutocr�tica.

S�rio? Ent�o n�o se pode
confiar nos jornalistas?

Posso perguntar o que o traz
a Alemanha, "Herr" Smith?

A sede de conhecimento.
Tento descobrir se existiu

ou n�o existiu uma civiliza��o
ariana neste pa�s.

Existiu.

Outros n�o concordam.
Mas vou descobrir.

O seu u�sque. Como voc� toma?

Com absolutamente nada.

� fant�stico. O vocabul�rio
de Bussie consiste

em absolutamente nada.

� sublime.

� rid�culo.

Significa qualquer coisa.

Ou absolutamente nada.

Pode ser um insulto.

Ou uma senha.

Diga-me, por curiosidade, esse
humorista ingl�s, Lewis Carroll

por que diz essas besteiras? Ou�a.

"Brilhava e os escorregadios sapos

giravam e saltavam nos p�ntanos."

N�o faz sentido.

Claro que sim. Ao amanhecer,
os sapos escorregadios

saltavam nos p�ntanos.

"Enlouquecidos com o coachar

os ratos escoregadios se
divertiam". Est� bem claro.

O que significa?

Significa o que voc� quiser.

Pode ser usado liricamente
ou, como eu fa�o �s vezes

em vez de palavr�es.

Extraordin�rio.

Desde a minha chegada na Alemanha

me sinto como Alice no
o pa�s das maravilhas.

A Alemanha � maravilhosa.

Sim, �.

Mas h� um problema: "Ser ou n�o
ser" como disse o grande
poeta germ�nico.

Germ�nico? Isso � de Shakespeare.

Como? Voc� n�o sabe?

Sei o que disse,
mas pensei que fosse ingl�s.

N�o, n�o, Shakespeare era alem�o.

O professor Schwurtzbacher demonstrou.

Nossa, que decep��o.

Mas admite que a tradu��o
inglesa � mais que admir�vel.

Boa noite.

"Boa noite, que doce
pena � a despedida".

O que � isso?

Um dos melhores versos alem�es.

Ainda n�o me disse o seu nome.

Ludmile.

Que bonito. Millie � o diminutivo?

N�o. Lucinka.

Voc� notou que n�o h� mais m�sica?

Bem, de volta � realidade.

Fale sobre voc� para variar.

Al�m de americano, o que �?

Estudante de arqueologia.

Muito engra�ado.

N�o, falo s�rio.

Sou membro da expedi��o
Smith e aprecio isso.

Smith? Aquele homem estranho
com quem o vi falar.

Parece aterrorizado
para atravessar uma sala.

� o cara mais genial
sobre a face da Terra.

S�rio? Sempre digo que n�o se
deve confiar em apar�ncias.

Poderia contar coisa dele
que a deixaria pasma.

Voc� acha? V� em frente.

N�o, ter� que confiar
na minha palavra.

Bem, mas em troca me traga
uma ta�a de champanhe.

Imediatamente.

Tenho certeza que � ele. Eu ouvi.

O que disse?

Absolutamente nada.

- E por que me incomoda?
- Isso foi o que ele disse.

Me chamava?

Sim, nosso amigo Marx acha
que � aquele homem l�.

O que voc� acha?

Eu diria que n�o.

Tem alguma sugest�o?

Sim, prefiro dizer que
� aquele l�.

Junto � est�tua.

N�o fala s�rio. Por que ele?

Intui��o.

Aquele bobo alegre? Perdi
tempo conversando com ele.

Essa � a minha opini�o.

Intui��o.

- Ol� George.
- Ol�, Horace.

George, eu posso ir agora?

Sim, claro. Voc� se divertiu?

Estranhamente sim. Foi um prazer
voltar a pisar territ�rio brit�nico.

General.

Desculpa, tenho alguns amigos. . .

Sem d�vida, mas voc� j� ouviu
falar da morsa e o carpinteiro?

Obviamente que n�o.

Na Am�rica consideram a
propaganda alem� uma brincadeira.

Est�o errados. Nunca brincamos.

Este sujeitinho me perseguiu
durante a noite toda.

Me segue como uma sombra.

Desculpem. E agora o que quer?

Deter aquele homem.

Quem?

O Bussie, conde de Meadowbrooke.

Na embaixada? N�o seja est�pido.

Isso � precisamente. . .

O que fazia com isso?

Absolutamente nada.

Belas �rvores.

O sonho de uma noite de ver�o.

Desculpem.

Desculpada.

Conhe�o um terra�o com
muito menos tr�fego.

Este lugar � muito agrad�vel.

Estava te procurando.
O professor j� vai.

E ent�o?

N�o devemos ir com ele?

Me esque�a, sim?

Tenho ordens para n�o
te perder de vista.

Por favor, vai para l�.

Bem, te espero na escada.

Certo.

Outra festa?

Ficamos para tomar umas cervejas.

Numa cervejaria sem terra�o, claro.

Bem, sim. Mas seria bom se viesse.

Claro que � um boteco. N�o ia gostar.

N�o creio que seja pior que o
Smoky Joe, na Sexta Avenida.

Nossa. Conhece o Smoky Joe?

Sim, mas ent�o vamos.

Vamos. Acho que j� temos outra festa.

Me d� o seu chap�u?

Obrigado.

Bem, bem, bem, bem.

Continua em liberdade e
dizem que n�o existem milagres.

Sim e voc� engordou, Dvorak.
Que not�cias tem?

Os democratas est�o com problemas.

Outra vez?

Prenderam aquele polon�s, o Koslowski.

Aqueles exaltados.

N�o, o Koslowski � um grande homem.

Desculpa,
n�o me interesso por pol�tica.

Eu sei, mas deveria.

Boa noite, senhores.

Boa noite, senhor.

Como foi a festa?

Muito instrutiva, senhor Spencer.

O que vai tomar?

Tomarei uma Pilsner.

Sim, senhor.

� um novo gar�om?

Sim, trabalhava na telef�nica.

Sim?

Foi expulso por um problema
com um SS.

Entendo.

Tudo pronto, senhor?

N�o muito alto. Pode ter
microfone embaixo da mesa.

N�o diga que. . .

N�o, senhor Elstead. Quero
dizer que estamos seguros aqui.

Olha quem acabou de chegar.

E eu n�o pude trazer a minha irm�.

Quem � ela?

Desculpa senhor, fiz o que pude.

Mas algu�m pode mais. Entendo.

Ol�. Deixe-me lhe apresentar
o professor Smith.

Professor, ela � Ludmile,
um poema de Nova York.

Prazer. N�o conhecia seu interesse
pela poesia moderna, senhor Maxwell.

- Sente-se.
- Obrigada.

N�o, muito obrigado, professor.
J� nos veremos.

Bem, senhores, desculpa t�-los
reunido desnecessariamente.

N�o se faz nada hoje?

Por causa da infeliz
afei��o do senhor Maxwell

pela poesia americana,
n�o faremos nada esta noite.

Mas nos veremos nas
escava��es, amanh�.

Podem tomar a minha cerveja.
Boa noite.

Depois de seguir a rota de
Hannibal, para onde foram?

N�o, n�o, estou muito interessada.

Bem, eu vou contar.

Perdoem interromper, mas

n�o nos vimos antes?

Sim, esta noite na embaixada.

� verdade, como sou bobo.

Professor, desculpa, vamos dan�ar.

J� dan�amos muito hoje.

Tinha que ver como � leve.
Parecia uma borboleta numa flor.

N�o � uma analogia muito precisa.

Nesta �poca as borboletas
s�o apenas larvas.

Professor,
isso n�o � muito lisonjeiro.

Mas � cientificamente exato.

N�o esperava menos do professor.

Obrigado.

Quer me trazer a bolsa?
Eu deixei no carro.

- Bem, eu. . .
- Por favor.

Certo.

Bem. Parece que estamos a s�s.

Isso mesmo.

Seu jovem amigo me disse
maravilhas de voc�.

S�rio? Espero que n�o acredite.

Prefiro julgar pessoalmente.

Ent�o vou tentar merecer.

N�o quero que se v�
com uma m� impress�o.

E eu n�o gostaria de lev�-la.

Naturalmente, naturalmente.

- Quem �?
- N�o sei.

Mas n�o se separavam.

Esteve com ele, n�o?

Mas n�o sei quem �.

� muito bonita.

Procurei por todo lado e n�o est�.

Quem, n�o est�?

Sua bolsa.

Est� aqui.

Esteve aqui desde o
princ�pio. Boa noite.

Boa noite.

Um homem muito estranho.

� boa gente.
Embora estravagante.

Eu n�o diria isso.

N�o vai agora, Professor?

Dvorak, v� o meu jovem e
impulsivo aluno americano?

Sim.

E a jovem misteriosa?

Tamb�m.

Seja um bom amigo e investiga.

O que voc� acha?

Ainda n�o acho nada,
mas me intriga. Boa noite.

Boa noite, professor.

Obrigada, senhor.

Acho que est� enganada.
Este � o meu quarto.

N�o parece muito imprudente?

Quero falar com voc�.

Bem, mas este n�o � o
momento nem o lugar.

N�o se preocupe.
Ningu�m me viu entrar.

Esperemos que ningu�m
a veja sair. Boa noite.

N�o. Voc� tem que me ouvir.

Estou desesperada.
Preciso da sua ajuda.

Pode n�o crer nas minhas palavras.

Mas antes de eu sair, acreditar�.

Minha querida jovem, eu acho. . .

Por favor, n�o diga nada sem me ouvir.

Conhece um jornal chamado "Liberdade"?

Conhe�o, sim.

Ouviu falar do seu diretor,
Sidimir Koslowski?

Sim.

H� uma semana, veio a Berlim
em busca de not�cias.

Ele foi preso.

Sim, � normal.

Est� num campo de concentra��o.

� normal.

Ele � meu pai.

Recebi um telegrama em Nova
York que pensei que era dele.

Pedia para eu vir imediatamente.

N�o foi ele que mandou, mas a Gestapo.

Tentam for��-lo a denunciar
seus companheiros alem�es.

Mas recusou falar. N�o
conseguiram que abrisse a boca.

Decidiram me usar para convenc�-lo.

E o convenceu?

Voc� n�o conhece o meu pai.

Ele � corajoso e inabal�vel.

N�o h� duas pessoas que se
amam tanto quanto n�s.

Encheu minha vida de amor e ternura.

� maravilhoso.

Ent�o estou disposta a
tudo para libert�-lo.

N�o h� nada nem ningu�m que
n�o sacrificasse por isso.

Acho que ele merece.

Sim, acho que sim.

Isso mesmo.

Fiz um pacto com Von Graum.

Prometeu libertar o meu pai.

Se eu ajudar encontrar o
respons�vel por todas essas fugas.

Voc� achou?

Sim, mas n�o gostaria de ter
que delat�-lo.

Por que n�o?

Porque admiro o que est� fazendo.

Por que est� me contando tudo isso?

Voc� � esse homem.

Que absurdo diz.

Eu soube assim que o vi.

E a admira��o do seu amigo
acabou de me convencer.

Voc�s estavam perto da fronteira
quando o Plancke fugiu.

Suas escava��es estavam perto de
onde um espantalho veio � vida.

Voc� � esse homem. N�o � isso?

Diga-me.

N�o acha que j� basta?

Diga-me.

Sei que � inofensiva,
mas por favor, v� embora.

Antes de sair, ter� que escolher.

Ou ajuda o meu pai fugir ou irei
� Gestapo dizer o que sei.

Muito bem. N�o perca tempo. Espero
que sejam menos c�ticos que eu.

Por que diabos est� chorando?
O que eu fiz?

Tudo isso � coisa sua.
N�o pedi para voc� vir.

Me horroriza a id�ia de ter
uma estranha no meu quarto.

E ainda chorando.

Ou n�o est� chorando?

Sim, est� chorando.

Mas n�o me afeta, acredite.
Toma, limpe-se, est� horr�vel.

E n�o me conte mais
hist�rias fantasiosas.

Toma, esqueceu a. . .

N�o perceberam que delicioso
cheiro tem esta manh�?

Se refere ao ovo?

Para mim tudo cheira deliciosamente,
mas voc� n�o entenderia.

Tem certeza que est� bem, professor?

Espl�ndidamente, obrigado.

Dvorak, me diz porque est�
aqui t�o cedo.

Me pediu informa��o
sobre certa jovem.

Isso mesmo.

Bem, eu tenho.

Primeiro, n�o se chama Cole
mas Koslowski. Segundo. . .

N�o me diga mais nada.
Me sinto ainda melhor.

Agora est� investigando a
garota com quem vou comer?

- S�rio?
- Sim.

Bem. Economizarei um telefonema.

Professor, eu n�o entendo.

Exato. Cometeu o mesmo erro que eu.

Nosso fracasso, senhor Maxwell,
� que n�o entendemos as mulheres.

Inclusive esquecemos que
colocam p� no rosto.

"Monsieur".

Posso ajudar?

� francesa?

Sim.

N�o � alem�?

N�o, sou francesa.
Esta loja � francesa.

Um o�sis franc�s num deserto alem�o.

Bem, o que deseja, "monsieur"?

Sim. P�.

P�?

Sim, queria p�.

Sim, mas qual? De banho,
dentrif�cio, talco, para o rosto?

Para o rosto, � claro.

De alguma marca?

O qu�?

Qual marca prefere?

Bem, o que voc� sugere?

Bem, eu sempre uso Dor�.

Tem certeza?

Sempre.

Ent�o, desses.

N�o se arrepender�. Que tom?

Quais tem?

"Ros�e, Rachelle, Naturelle,
Ochr�, Mauresque, P�che".

Acho que � demais para mim.

Voltarei amanh�.

Mas, "monsieur".

Como ela �?

Bem, n�o me lembro muito bem.

Qual a cor do seu cabelo?

Escuro.

Castanho? J� sei o que precisa.

Leve este.

Me d� meio quilo.

- Meio quilo?
- Sim.

Vai durar a vida toda.

Esta � a caixa maior.

Certo, me d� duas.

Duas?

Muito bem.

N�o se preocupe em embalar.
Me d�, eu levo assim.

Obrigado, quanto �?

Quarenta e dois marcos, "monsieur".

Quarenta e dois marcos.

- Obrigada.
- A voc�.

Me permite?

Melhor assim, n�o?

Nascida na Fran�a?

Nascida na Fran�a.

Inacredit�vel.

- Tchau.
- Tchau.

Ol�, professor, vem de um casamento?

Bom dia, senhor Maxwell. Bom dia.

Espero que n�o se importe
que me ofere�a para comer.

N�o, � claro. Pode ficar.

Isso � seu, eu acho.

O que � isso?

- Sua bolsa.
- Obrigada.

Ia sair para devolver, mas
caiu e tudo se espalhou.

N�o percebi at� chegar em casa.

E quando aconteceu isso tudo?

Infelizmente, seu p�
tamb�m caiu no ch�o.

Eu comprei estas para repor.

N�o precisava se incomodar.

N�o foi inc�modo.

Bem, meu tom favorito.
Como sabia?

Intui��o.

O que acontece aqui? Primeiro
se tratam mal e agora isto.

Ao ponto. Onde est� o card�pio?

- Na verdade, quem convida?
- Eu.

N�o, n�o, eu convido.

Certo, aceito.

Senhor Maxwell, se soubesse
que um homem importante

foi preso pelos nazistas,
o que faria?

O imposs�vel para libert�-lo.

N�o � incr�vel?

De vez em quando pensamos o mesmo.

Me d� um copo de �gua?

Nada disso. Dvorak, traga champanhe.

De que tipo?

Vamos sempre na mesma.

Qualquer uma. Rachelle, Naturelle,
a melhor. Mas r�pido.

N�o sei o que dizer.

N�o acredito que seja verdade.

Por que n�o come�amos com
uma boa truta? Ent�o. . .

Eu nem sei para onde o levaram.

Ningu�m sabe. Exceto a Gestapo.

Est� em Grossberg.

O que � isso?
Vitela no creme de hortel�.

Que coisas inventam.

Tem sido vigiada constantemente.
Este � o relat�rio.

Subiu ao seu quarto.
Que atrevida.

Acho que perde tempo.

A quest�o � perder o nosso.

Aquele est�pido arque�logo.

A refei��o durou duas horas.

Conversa amig�vel e animada.

Ele deu-lhe duas caixas
de p�. Que galante.

Muito �til hoje em dia. N�o sei
o que a Gestapo faria sem p�.

Isso � bobagem. Bem, que entre.

Bom dia, senhorita Cole.

Sente-se.

Parece radiante. Deve ser o amor.

Acho que n�o. Embora ontem
� noite fui ao quarto dele.

Ao quarto de quem?

Do professor. N�o sabia?

Sendo nova nisso, tive
certeza que me seguiam.

� verdade, mas gostamos de ter
informa��es em primeira m�o.

Entendo. Ent�o eu darei.

Tinha raz�o, estava errada.
Aquele homem � louco.

Como eu, pensando que
era o famoso salvador.

Boa intui��o, heim?

Cometi um erro.
E acho que foi rid�culo.

Bem, Roma n�o foi constru�da
num dia. Nem mesmo por Mussolini.

Os agentes secretos n�o aprendem
numa noite. Fez o que p�de.

O nosso pacto continua em p�?

Naturalmente, tem a minha
palavra de membro do partido.

N�o � suficiente?

Mais do que suficiente.

Voc� ter� outras tarefas.
Existem v�rios suspeitos.

Voc� � muito am�vel.

Por favor, me diga uma coisa.
Como est� o meu pai?

Vou descobrir. Agora, est� em...

Em Grossberg.

Claro. Traga o registro
do Koslowski.

Gostaria de ver o seu pai?

Mais do que tudo no mundo.

De jeito nenhum.
N�o est� no nosso pacto.

Queria lhe dar algum incentivo.

Ficaria muito agradecida.

Obrigado.

Goza de excelente sa�de.

Sim?

H� uma ordem de transfer�ncia.
Ir� para um campo mais confort�vel.

Posso v�-lo?

Eu n�o vejo porque n�o.

Desculpa. Al�?

Certo. Vou agora mesmo.

Desculpa, volto logo.

Bem, senhorita,
agora tenho muito a fazer.

Logo lhe avisarei, eu prometo.

Espero que se encontre o mais
breve poss�vel com seu pai. Tchau.

Obrigada. Tchau.

Marx!

Antes n�o acreditava,
Marx, n�o acreditava.

Mas agora sim.
Suspeito daquele arque�logo idiota.

Senhor?

Mas precisamos de provas.

Mas n�o temos nada contra ele.

Vamos ver, amigo, vamos ver.

E o conde de Meadowbrook?

S�bado de manh� quero
que v� para Grossberg.

� tarde eu irei pessoalmente.

Quero presenciar o desfecho,
como costumam dizer.

Pega um chocolate.

Descobri algo que pode ser �til.
Anotei neste papel.

Meu pai ser� transferido de
Grossberg para Relsenfeld.

S�bado � tarde com outros quatro.

Quem s�o?

Schumann, Fleck.

Gruber e Holsteln. Total, cinco.

Sim, como voc� sabe?

Isso n�o importa. Siga.

Sair�o de Grossberg �s quatro e meia.

E chegar�o em Relsenfeld �s seis.

A� temos algo. Ser� a nossa
oportunidade, n�o, professor?

Possivelmente.

Genial. Onde est�o os mapas?

Se importaria se eu organizar?

- Nem um pouco.
- Obrigado.

Bem, aqui � Relsenfeld
e aqui Grossberg.

S�o cerca de 90 quil�metros.

Fazemos setenta por horas e
sa�mos �s quatro e meia.

Podemos parar nesta secund�ria.

H� um bosque no sop� da colina.

O cruzaremos �s cinco e quatro.

E colocar uma �rvore na
estrada para det�-los.

Sim, depois podemos pegar esta
secund�ria at� a nacional
para Berlim.

- O que acha, professor?
- Nada mal.

Bem, o fator surpresa
� o mais importante.

Acha que poder�o fazer algo?

Calma, vamos fazer.

Se n�o precisam mais de mim,
vou embora. O t�xi est� esperando.

Tchau, obrigado por vir.
Fez muito bem.

- Tchau.
- Te acompanho.

Para onde vai?

Tarde demais.
Perdeu a oportunidade.

Bem, o que acha do plano, professor?

Que plano?

O plano de fuga.

Senhores, o senhor Maxwell
leva a s�rio.

N�o teremos outra chance igual.

Isso � o que a Gestapo
quer que pense.

Temos que salvar aquele cara s�bado.

Pelo contr�rio.
Se fizermos algo ser� na sexta.

Sexta-feira?

Voc� disse no s�bado.

Veja o que encontrei. Interessa?

Se me interessa? � fant�stico.

Veja, professor, o meu plano. . .

Do ano mil antes de Cristo, creio.
Nunca sonhei achar algo assim aqui.

Em Oxford, ficar�o verdes de inveja.

O meu plano. . .

� incr�vel, incr�vel.
Obrigado, senhor Elstead, obrigado.

Quarenta e oito horas e
n�o disse uma palavra.

Acha que pensou em alguma coisa?

Vamos perguntar.

Professor, desculpa
interrompermos a sess�o.

J� pensou em alguma coisa?

Algo do qu�?

Para resgatar o Koslowski.

Isso mesmo,
temos que resgat�-lo sexta-feira.

E mais quatro.

- O qu�? Cinco?
- Exato.

Diabos!

E a verdade � se planejei algo.

- Sim?
- Sim.

J� pensaram em se dedicar
ao jornalismo?

Veja, professor. . .

N�o, n�o, me escutem.

MINIST�RIO DA PROPAGANDA

Acho que deu.

Sim, � isso.
Grampeei sua linha particular.

Certo, em frente.

Minist�rio da Propaganda?
Quartel da Gestapo falando.

Departamento X 2.

Com respeito aos seis
jornalistas americanos,

t�m permiss�o para visitar Grossberg.

Querem acompanhar o Sr. Vodenschatz.

� o representante da junta.

Como voc� n�o sabe? Ent�o verifique.

Ei, tenha cuidado.

- Heil, Hitler.
- Quem deseja ver?

Eu vou ver.

Heil Hitler.

Visitas somente com hora marcada.

H� quanto tempo est� aqui?
N�o me conhece?

- Sou da se��o americana.
- Sim, senhor.

N�o se desculpe. Tente achar o meu
guarda-chuva. Esqueci outro dia.

- Me chamo Vodenschatz.
- Desculpa.

Queria precisamente ver voc�.

N�o se lembra de mim,
mas eu sim de voc�.

O doutor Goebbels colocou
voc� nas nuvens.

S�rio?

N�o diga para ningu�m.

Como est� o seu filho?

- Vou casar no final do m�s.
- Magn�fico.

E quanto aos jornalistas?

O que acontece com eles?

Eu pergunto.
Se n�o sabe, se informe.

Talvez o senhor Graubitz saiba.

O Graubitz deve saber.

Ei, Graubitz.

Sabe algo dos jornalistas americanos?

N�o. Sim, o Schmidt
acaba de mencion�-los.

A Gestapo nos avisou.

Quem � o diretor?

Steinhof, mas n�o sabe de nada.

Veremos.

Steinhof, e as permiss�es
dos jornalistas americanos?

Permiss�es?

Sim. J� n�o diz "Heil Hitler"?

- Heil Hitler.
- Heil Hitler.

Acho que n�o o conhe�o.

- O que conhece? Conhece a Am�rica?
- Sim.

Bem, me d� as permiss�es.

Mas eu n�o tenho. . .

Ou�a. Sou Vodenschatz.

Consegui boas manchetes para
os nazistas na Am�rica,
onde n�o s�o queridos.

Eu que coloquei o Partido Nazista
Americano no mapa. N�o soa familiar?

Que lhes sirva de li��o, senhores.

- Um momento.
- N�o, n�o, deixe-me falar.

Venho de Nova York para corrigir
seus erros com os americanos.

Passei duas semanas com eles
tentando coloc�-los de bom humor.

Ia lev�-los ao campo de Grossberg.

Para enviarem cr�nicas
aos Estados Unidos

desmentindo as hist�rias que
contam sobre os campos.

V�o estragar tudo.

Pedi as permiss�es, mas n�o tenho.

Ningu�m me disse nada sobre isso.

Ligaram da Gestapo.

� uma obstru��o deliberada � Gestapo.

Isso seria o �ltimo.
Talvez se voltar amanh�. . .

Amanh�?
Quer ter os seis representantes

dos jornais americanos mais
importantes esperando at� amanh�?

Se n�o tiver em dois minutos,
responder� por isso.

- Eu, responder?
- Exato!

J� sei o que fazer.
Ligue para o Dr. Goebbels.

N�o, n�o, espera, senhor Vodenschatz,
procurarei essas permiss�es.

- Encontre-as.
- Aqui est� uma, senhor.

Bem, as preencher� a caminho.

A caminho?

Claro. Vem conosco.

Mas eu. . .

� o c�mulo. Liga para o Dr. Goebbels.

N�o, n�o importa,
levarei o trabalho para casa.

�timo, j� esperamos o suficiente.
Andando. Vamos.

Sabe? O problema dos
funcion�rios da propaganda

� que est�o t�o acostumados mentir,
que n�o reconhecem a verdade.

Ordens s�o ordens.

- Heil Hitler.
- Heil Hitler.

- Graubitz, voc� � muito esperto.
- Obrigado.

Sim, e vai me fazer um favor.

Liga para Grossberg e
diga que estamos a caminho.

Para prepararem tudo ao estilo
do Minist�rio da Propaganda.

Lembra que a democracia americana
tem um cora��o mole, me segue?

Confie em mim, senhor.

Seu guarda-chuva, senhor.

O guarda-chuva. Obrigado.

Botas sujas.

Chegam os jornalistas, comandante.

- Heil Hitler.
- Heil Hitler.

Sou Steinhof,
do Minist�rio da Propaganda.

O senhor Vodenshatz,
da Junta Nazista Americana.

- Uma honra.
- Heil Hitler.

Apresento o Chicago Tribune,
Baltimore Sun, New York Herald,

o Boston Transcript, Philadelphia
Ledger e o Cons�rcio Howard Scripps.

Trezentos e cinq�enta
jornais na Am�rica. Colossal.

Trezentos e quarenta e nove.

Perd�o. Adoro a precis�o.

Bem-vindos, senhores,
mostrarei o nosso campo.

V�o ver o qu�o bem vivem aqui.

Vamos, segue com sua propaganda.
Pode falar, n�o?

Como v�em, h� abund�ncia de comida.

Ovos, legumes, p�o, manteiga e frutas.

Frutas aut�nticas.

Aten��o!

Est�o felizes aqui?

Sim, senhor.

Est�o felizes. Comeram
ovos frescos no desjejum?

Sim, senhor.

Ovos frescos.

- No desjejum.
- Bem.

Nesse barrac�o temos alguns
est�pidos que insultaram o F�hrer.

O diretor de um jornal anarquista
e mais quatro desgarrados.

Aten��o!

- Alguma reclama��o?
- Sim.

Bem. Fico feliz em saberem a verdade.

Na Am�rica temos o
h�bito absurdo de pensar

que estes campos est�o
cheios de miser�veis.

A verdade � que os americanos
apenas fingem ser democratas.

No fundo s�o nacional-socialistas
cem por cento. Obrigado.

Heil Hitler.

Bem, adeus Vodenschatz.

Era a quinta-ess�ncia do
desprez�vel, mas nos foi �til.

N�o costumo ficar nervoso,
mas podemos ir?

Voltar� imediatamente.
S� est� telefonando.

Tendo certeza que n�o ter�o
mais obst�culos.

Tudo em ordem.

Alto! Esquerda!

- Pronto para fazer a ronda, senhor?
- Pronto.

Em frente, sargento.

Esquerda! em marcha!

Ronda de visitas. Todos em p�.

Mas o que fazem no ch�o?
Que se levantem, sargento.

Vamos, em p�!

� o comandante!

O comandante? Aproxime o lampi�o.

O que aconteceu? Est� inconsciente.

Ele recebeu um golpe na cabe�a.

Comandante, comandante!

E voc� sem saber nada, est�pido.

Meu Deus.
Minha cabe�a parece um vespeiro.

Grande martelada.

O que aconteceu?

Jornalistas atacados por terroristas.
A Am�rica foi humilhada.

E o impostor do Vodenschatz?
Foi ele.

Alarme, chamem a guarda,
chamem Berlim!

Senhores, pe�o desculpas,
n�o entendo. Vou pedir um carro.

Deviam lev�-lo ao pared�o.
Vamos, rapazes, vistam-se.

Quem ia pensar?
A Gestapo nos avisou.

Me d�em cinco minutos de confer�ncia
internacional e ver� essa Gestapo.

Minhas desculpas, eu. . .

Como pude ser t�o ing�nuo?

Imaginei que tentaria
resgatar o seu pai amanh�

como eu pretendia,
deixando-a ver o expediente.

E o resgataram hoje.

O que est� falando? O que diz?

Seu desempenho � excelente,
mas come�a me aborrecer.

Seus c�mplices resgataram o
seu pai, mas voc� continua aqui.

O meu pai fugiu?

Sim, incr�vel, n�o?

Senhor Ministro, o senhor Steinhof.

Que entre. Leve-a l� dentro.

Boa tarde.

Voc� � o homem que foi
enganado por tal truque?

Acho que a Gestapo � a respons�vel.

Do qu�? Da inaptid�o e estupidez
do Minist�rio da Propaganda?

Vodenschatz. Como ningu�m
pensou em verificar?

N�o somos policiais.

Infelizmente. Reconheceria
aquele homem se o visse de novo?

Tenho boa mem�ria para rostos,
obrigado.

Logo lhe darei a oportunidade
de demonstrar. Marx!

Marx, aquele arque�logo.

- O Professor Smith?
- Sim.

Quero v�-lo imediatamente.

Est� aqui.

Me chamava? Quer me ver?

Sim.

� engra�ado. Eu vinha v�-lo.

- Entre.
- Obrigado.

Fico feliz de estar livre
porque investiguei um pouco.

Justo o que vou fazer.

Sobre Shakespeare.

Quero saber onde passou a tarde.

O que foi? Vejo-o muito irritado.

Estava na biblioteca da embaixada.

E isso prova categoricamente
que Shakespeare. . .

n�o foi Shakespeare.

N�o?

N�o. Foi o duque de Oxford.

E n�o me diga que o duque de
Oxford era alem�o, certo?

N�o � mesmo?

N�o, n�o.

Bem, � isto.

General, tenho que ficar aqui?
N�o tem nada para me ordenar?

Por favor, temos visita. Creio
que j� conhece o professor Smith.

N�o. Bom dia. Tchau.

Mas conhece o senhor Vodenschatz.

Vodenschatz? Conhece o Vodenschatz?

N�o. Deveria conhecer?

N�o vim falar sobre Shakespeare.
Se precisa de mim j� sabe onde estou.

O duque de Oxford foi um
grande escritor elisabetano.

Mas este livro mostra que algo mais.

Lhe devo mil desculpas, professor.

Pode me dar alguns minutos?

Ser� um prazer.

Aqui tem algu�m que o reconhecer�.
Entre, senhorita Cole.

A jovem que faz perguntas.

E n�o responde nenhuma.

Professor Smith, o desta
tarde foi uma fa�anha.

Perdi alguma coisa?

Cinco presos fugiram de Grossberg.

�timo. �timo.

Desculpa. Para voc� n�o, � claro.

Por estranha coincid�ncia,
o pai da senhorita era um deles.

Bem, parab�ns, senhorita Cole.

Exatamente.

H� uns dias esta jovem veio e
obteve certa informa��o secreta.

Depois foi direto para
suas escava��es.

Por que n�o? Gostamos de visitas.
Deve vir algum dia.

Nega ter recebido essa informa��o?

Por favor, general Von Graum.

Porque se n�o punirmos
quem a recebeu

puniremos quem a forneceu.

Bem, senhorita Cole, o que prefere?

O que quer saber exatamente?

O nome da pessoa a
quem deu essa informa��o.

N�o dei para ningu�m.

Amanh� ir� a um conselho de
guerra, acusada de espionagem.

E na Alemanha h� apenas
uma pena para esse crime.

Qual �?

O carrasco oficial de Magdeburg.

Ah, sim, claro. Esquecia que
voltaram aos m�todos medievais.

Mas usamos roupas modernas,
luvas brancas, gravata branca.

Colete branco. Como se veste
um ingl�s para o jantar.

Ou um franc�s num casamento.

- Ou um alem�o. . .
- Sim, senhor?

. . . para assassinar.

Muito bom, professor.
Vou lembrar. Desculpa.

Resista.

Querida, para um homem pac�fico
como eu, isso � inacredit�vel.

Mas para o seu pr�prio bem,
se sabe alguma coisa. . .

n�o acha que � mais sensato falar?

Levem-na.

Posso dizer uma coisa?

General Von Graum, tenho a
impress�o que suspeita de mim.

Primeiro me apresenta um
indiv�duo que sup�e

que deve me identificar como
algu�m, mas se nega a isso.

Depois amea�a matar a jovem
supondo que num gesto galante

eu me identificasse como o individuo.
Mas n�o posso fazer isso.

Eu vejo. Siga.

Depois de tal sucess�o de decep��es,

n�o vai cometer a estupidez de
acabar com a vida da sua principal

fonte de informa��o.

Tendo em vista sua aus�ncia
de sutileza, n�o � de admirar

que esse resgatador
tenha tanto sucesso.

Bem, isso n�o me diz respeito,
eu vim falar sobre Shakespeare.

Talvez goste de ler o duque de Oxford.

Gostaria de fazer algo para ajud�-la.

Bem, tchau.

Professor.

Devia ter sido detetive.

Quem, eu? Obrigado.

Certo, senhorita Cole, pode sair.

Me deixa em libertade?

No momento, sim.

Talvez o professor queira
acompanh�-la para casa.

Bem.

Acho que serei uma escolta
muito humilde.

Por favor, permita-me.

Espero que n�o se arrependa.

Acho que n�o.

Por que deixou ela ir?

N�o quero ela, est�pido, mas ele.

Este homem,
com sua superioridade inglesa.

Parece zombar do poder
mundial da Alemanha.

Tenho que ca��-lo. E ca�arei.

Sim, senhor Ministro.

- Como est�?
- Bem.

N�o. N�o fa�a perguntas.
N�o estamos s�s.

Gostaria de uma ta�a de vinho?
Voc� precisa.

Mas se o meu pai est� seguro,
porque n�o posso ir at� ele?

Queremos que continue seguro.

Est� em Berlim?

Quanto menos gente souber
onde est�, melhor.

Toma, beba o vinho.
Se sentir� bem. Desculpa.

- Gosta de m�sica?
- N�o.

Bem. Divirta-se.

- Gar�om.
- Senhor?

Sirva vinho por minha conta
para aquele coitado l�.

Muito bem, senhor.

Cigarro?

� ele?

� ele. Lhe ofere�o vinho e m�sica.

Acho que � tudo o que posso fazer.

Voc� � o sujeito mais
corajoso que conheci.

N�o precisa exagerar.

Voc� tamb�m foi muito corajosa.

Sei que n�o teme por voc�.
Mas e os que dependem de voc�?

N�o existem. Sou solteiro.

Eu me pergunto por qu�.

Vou lhe contar um segredo.

H� anos me apaixonei
e ainda continuo apaixonado.

� bonita?

N�o � bonita. � divinamente bela.

� inglesa?

N�o, � grega.
Gostaria de ver sua foto?

Sempre carrego comigo.

Mas �. . .

Afrodite Calipigia.
A mulher perfeita.

Descobri ela em Lesbos.
A nossa � a rela��o ideal, sabe?

Nenhuma mulher rivaliza com
ela em perfei��o f�sica.

Quanto a suas capacidades
mentais, tento superar.

Nunca quis que revivesse?

Sempre considerei
muito pouco satisfat�rio.

Na verdade, nos �ltimos dias, eu. . .

de repente me tornou muito menos real.

Um peda�o de m�rmore. Pena.

Bem, acho que devemos ir.

E em sentidos opostos, eu acho.
Voc� sai primeiro sozinha.

Quero que confie em mim
cegamente. Ser� dif�cil.

Aconte�a o que acontecer, n�o se
comunique nem tente nos ver.

Ser� uma verdadeira guerra de nervos.

Seremos vigiados dia e noite.

Deve confiar em mim totalmente.

Confiarei.

Confiarei aconte�a o que acontecer.

N�o se preocupe, prometo que n�o
sairei da Alemanha sem voc�.

Dou todo o meu amor ao meu pai.
Mas fica algo para voc�.

Tchau.

Uma semana. Uma semana
toda e o que aconteceu?

Nada para informar.
Nada para informar.

Ela foi ao cabeleireiro e
ele � escava��o.

Porqu�, porqu�, porqu�?
O que � este jogo?

Odeio essa espera.

Professor, j� escavamos metade
da Alemanha. O que fazemos?

Escavar a outra metade.

Obrigado.

Isso vai para o museu de Berlim.

Obrigado. Agrade�o muito.

De nada. Nos ajudou muito, doutor.

Gostaria que fosse mais.
Mas devemos ser cuidadosos.

Eu sei. Obrigado.

O que faz com isso?

Dando luz �s almas subterr�neas.

D�-lhes lembran�as. O que foi?

A Gestapo.

Aonde? Est� bem.

- Agora entro em a��o.
- Depressa.

David, queria dizer. . .

A Gestapo.

Professor Smith?

Entrem, por favor.

Desculpa vir sem avisar,
mas voc� me convidou.

Trouxe meus garotos.

Encantado. Nossa, que fam�lia grande.

Se importa se derem uma olhada?

Se interessam muito
pela sua atividade.

Absolutamente.
Est� tudo � vossa disposi��o.

Conhece o doutor Fuhlrott,
do museu de Belim?

- Heil Hitler.
- Heil Hitler.

Est� catalogando as pe�as que
podemos levar para a Inglaterra.

Os descobrimentos do
doutor Smith s�o admir�veis.

E tem sido muito generoso nas
doa��es ao nosso museu.

Lhe surpreenderiam nossos achados
sobre a civiliza��o ariana.

O que h� a�?

Rel�quias, cer�micas, armas.

E a�?

O mesmo.

E aqui?

Um homem. Um homem morto.

Quer ver?

Aqui est�. Enterrado
com suas armas, como v�.

Talvez acreditasse num programa
de rearmamento no futuro.

Ei, senhor Spencer?

"Ai, pobre Yorick".

"Vai ver a minha dama, diga-lhe
que mesmo colocando uma polegada

de enfeites, acabar� assim.
Fa�a-a rir com isso".

O duque de Oxford que escreveu.

Senhor Ministro. Nada.

- N�o?
- N�o.

Bem.

J� v�o? Nesse caso, nos despedimos.

J� que viajaremos amanh�.

Bem, pessoal, j� se foram.

Nunca sairemos daqui, nunca.
Nos vigiam dia e noite.

Calma, homem.

O professor n�o falhar�.
Sairemos dessa.

Sim, mas como?

Embalados e com etiquetas de fr�gil.

Troca da guarda, senhor.

Tudo em ordem e correto.

O que � que voc�s tanto vigiam?

Arenques vermelhos.

Arenques vermelhos.

Bem, o que disse?

Se foi, "Fr�ulein".

- Se foi?
- Sim.

Para a Inglaterra,
no trem das dez e meia.

Se foram todos.

N�o � poss�vel.

� verdade. Falei com o mensageiro
que colocou a bagagem no t�xi.

Se foram de verdade.

Obrigada.

Senhorita Koslowski. Voc�, saia.

Sente-se.

Preciso de uma informa��o
que s� voc� pode me dar.

Onde estamos?

Perto de Feldenkirchen.

Que horas s�o exatamente?

Duas e quarenta e sete.
Estamos atrasados.

Bem, j� falta pouco.
Sabem o que fazer?

Sim, senhor.

Duas horas para a fronteira.

Com um pouco de sorte, nossa
�ltima aventura estar� conclu�da.

No caso de n�o ter
a chance mais tarde

quero dizer que o vosso
comportamento em geral

exceto alguns ataques
de loucura, foi exemplar.

Espero que a viagem tenha
resultado instrutiva.

Sim, sim.

Espero nos encontrarmos
em Cambridge, senhor.

N�o sei.

Sinto que o nosso pa�s vai nos
exigir esfor�os significativos.

Enfim, obrigado a todos.
A voc�, Steve.

Adeus, senhor.

A voc�. . . Herbert?

- Bertie, senhor.
- Bertie.

A voc�, Jock.

- E a voc�. . .
- Clarence.

Clarence, claro. E a voc�, David.

Como lembrou todos esses nomes?

Desculpa a familiaridade,
senhor Maxwell.

Com certeza, te devo desculpas.

Em Cambridge fiz o poss�vel
para evitar sua vinda.

Mas reconhe�o que estava errado.

Deixe-me devolver seus dados.

Muito cuidado, professor.

Terei.

Bem senhores, vou tirar um cochilo.

Enquanto isso, voc� ao seu.

Claro.

Boa noite.

Boa noite, senhor.

� o sinal.

Desculpa.

Um dos dois tem que se
retirar e n�o vou ser eu.

� isso.

N�o conseguiremos.
N�o temos a m�nima chance.

Claro que sim.
Estamos em boas m�os.

Eu tamb�m estou um pouco nervoso,
Koslowski.

Aqui n�o me chamo Koslowski.

Quando entrarmos na
Pol�nia e n�o demora,

executar� o plano B
para a restaura��o da ordem.

Entendido?
Depois a Holanda, Dinamarca. . .

- Senhor Ministro.
- N�o me incomode.

Relat�rio do trem.
O professor est� dormindo.

Ent�o que durma.

- Os estudantes vigiam as caixas.
- N�o inco. . .

Voc� disse as caixas?

Sim senhor, deram permiss�o
para embalar.

Caixas, justamente. . .

L� vem o trem. Todos preparados.

Requisitaremos as caixas
quando pararem.

- Aonde est�?
- � esse.

- J� chegamos?
- N�o � ele!

Idiota! O que voc� fez?

Quem est�o procurando?

O professor Smith. Est� detido.

Desculpa, mas n�o est� aqui.

Desculpem, mas acabo de ver
uma pessoa muito suspeita.

- Aonde est�?
- A� dentro.

Mas � uma mulher.

Velha louca, saia do meio.

David, venha, est�o abrindo
as embalagens.

Sim, senhora, eu cuido.
Passaporte. Obrigado.

O grupo Cook, por favor, passaportes.
Grupo Cook, passaportes.

Passaportes, por favor.

- Voc� � do Cook?
- Sim, senhora.

Grupo Cook, por favor,
passaportes, obrigado..

Grupo Cook, passaportes.
Algu�m mais?

O que acontece aqui?
Temos permiss�o do governo.

Cale a boca!

- Quero fazer uma queixa.
- Entre, por favor.

- Fui insultada.
- Desculpe. Avance.

- Fui maltratada.
- Ei, n�o v� que est� ocupado?

Que atropelo.
Sou uma mulher casada.

Em trinta anos de casamento
nunca fui sacudida.

E o que quer que fa�a?
Bem, vai com seu rebanho.

O grupo Cook por aqui, por favor.

Isto � um ultraje.
Vou denunci�-los.

Entrem por aqui, senhor, senhora.
O grupo Cook.

Por aqui Milord, avancem,
avancem, por favor.

Peda�os de pedra.

O que voc� esperava?
Penas de avestruz?

Est�o com o grupo Cook, senhores?

Sim, isso mesmo.

Bem, ent�o voc�s podem passar.

O resto do grupo j� cruzou
a fronteira faz tempo.

Voc�.

N�o o esperava. . .

Eu disse que voltaria por voc�.

Mas pensei que. . .

Que tinha esquecido a minha promessa?

N�o. Sim.

O Graum passou horas aqui.
N�o sei. . .

N�o me deixava em paz.
Disse que voc� tinha ido embora.

Que tinham detido o meu pai.

N�o paravam de fazer perguntas.
N�o paravam de falar.

Seu pai j� cruzou a fronteira.

Sim?

Est� a salvo.

O que eu fiz?

Nunca perdoar� o que eu fiz.

N�o perdoarei se n�o vestir
o casaco. Temos pouco tempo.

� que no final, eu dei informa��es.
Conseguiram me enganar.

N�o sabia o que fazer.

Pensei que era a �nica forma de
salvar o meu pai. Iam fuzil�-lo.

E claro, voc� disse.
� muito humana.

Foram muito r�pidos.

Por que voltou?

Tem outra sa�da a n�o ser
a porta principal?

Sim, a porta de servi�o.
E a escada de inc�ndio.

Por que voltou?

Porque eu prometi. Venha.

Toma, ponha isso.

Sim.

Abram! Vamos! Depressa!

Afasta!

Fechada. Abram, abram!

Se foram. A escada de inc�ndio.

Venha comigo.
Voc� traz o carro por tr�s.

Avisa a Central.
N�o est�o longe. Vamos.

Que vergonha usar sempre o mesmo
truque. Mas quase sempre funciona.

O que fazemos agora?

Agora, nas palavras imortais do
senhor Maxwell, vamos embora.

Amanhecia e o escorregadio
sapo saltava nos p�ntanos.

- Tem not�cias?
- Ainda n�o, senhor.

N�o serei vencido por um arque�logo.
� uma quest�o de orgulho.

Garanto que vigiamos todos os
trens e postos de fronteira.

N�o escapar�. Logo darei
informa��es mais detalhadas.

Vou cuidar disso. Eu mesmo
ca�arei ele, entende?

Quando chegaremos?

Em vinte e cinco minutos.

E depois?

Depois, a Inglaterra.

Inglaterra.
Nunca estive na Inglaterra.

H� opini�o para todos os gostos.

Um ingl�s chamado Rupert Brooke,
que esteve na Alemanha. . .

disse:
"Como gostaria de fazer a mala

e voltar para a Inglaterra de novo.

Por que sei que para a Inglaterra

que v�o homens os de bom cora��o".

E mulheres de bom cora��o tamb�m.

Bom dia, Professor Smith.

Bom dia.

Quer me acompanhar?

Para qu�?

Tenho ordens para prend�-lo.

Eu vou tamb�m.

N�o, seu trem a espera.
Cruze a fronteira.

N�o vou sem voc�.

Est� tudo bem. V� para
Montarier, Hotel Excelsior.

Seu pai a espera.

Mas voc�. . . se arranjar�?

Farei o que puder.

Depressa. Seu trem a espera.

- "Au revoir".
- "Au revoir".

Por aqui, por favor.

Entre a�, professor.

Bem, professor de arqueologia.

Bem, capit�o de assassinos.

N�o se importa de passar um tempo
comigo at� o trem chegar?

Acho que n�o tenho escolha.

Nenhuma.

Um grande momento para voc�, n�o?

Uma pequena satisfa��o.

Queria tir�-lo da minha cabe�a antes
de me dedicar a algo mais importante.

Tornou-se um verdadeiro
inc�modo para mim, professor.

Quase uma obsess�o.

Mas tudo tem um final.

Que final realmente me reservou?

N�o vamos aos detalhes.
Pelo menos, ser� algo r�pido.

Mas violento, suponho.

Final estranho para algu�m
que despreza a viol�ncia.

Morrer nas m�os de quem idolatram.

O novo deus alem�o.

Claro que idolatramos.
A viol�ncia significa poder.

E o poder destroi a oposi��o.

Acabou a farsa parlamentar, professor.

Garanto que o poder, a for�a,
e a viol�ncia reger�o o mundo.

Por que est� suando, meu caro
general? N�o faz calor.

Tem medo de alguma coisa?

Medo? Os alem�es n�o temem nada.

N�o. Porque tem uma pistola.

Sim, tenho uma pistola.

Com oito balas. Oito vidas.

E eu tenho vinte e oito vidas.

O qu�?

Cientistas, escritores,
artistas, doutores.

Vinte e oito seres salvos
da sua pistola.

E voc� s� tem a mim.

N�o � uma transa��o ben�fica.

Podemos arcar com os preju�zos.
Os benef�cios ser�o enormes.

Esta noite invadiremos a Pol�nia.

Amanh� assistiremos o
nascimento de uma nova ordem.

Faremos do mundo um imp�rio alem�o.

Mas por que falar com voc�?
� um homem morto.

Um homem morto pode ilumin�-lo
com algumas palavras, general?

Nunca governar�o o mundo
porque est�o condenados.

Corromperam e desmoralizaram uma
na��o e por isso est�o condenados.

Esta noite dar�o o primeiro passo
por um caminho longo e escuro

que n�o tem volta.

Ter�o que seguir em frente
e em frente.

De uma loucura a outra.

Deixando para tr�s um
deserto de mis�ria e �dio.

Mas ter�o que seguir em frente.

Por que n�o achar�o um horizonte.

Nem ver�o um amanhecer.

At� que no final se
percam e sejam destru�dos.

Est�o condenados,
capit�o de assassinos.

Algum dia, cedo ou tarde

recordar� as minhas palavras.

Alto. Volte aqui.

Nunca esteve t�o perto da morte.

Que melhor forma de morrer
que se despedindo de um amigo?

Certo, levem-no para debaixo
da luz, para que possa v�-lo.

Senhor Ministro, cuidado, pode
facilmente saltar a fronteira.

� exatamente o que quero que fa�a.

Ah, para aplicar o crime de fuga.

E eu vou fazer. Eu mesmo.

Retirem-se.

Eu mesmo o protegerei, professor.

Quer um cigarro ingl�s, general?
Para acalmar seus nervos.

Meus nervos est�o em
perfeitas condi��es.

N�o parece.

Busco um simples f�sforo.

Tem um objeto muito valioso
aos seus p�s, general.

Posso peg�-lo e
preservar para o futuro?

N�o. Eu fa�o.

N�o entendo como esqueceram.
Bonito, n�o?

Demonstra, entre outras coisas,
a absoluta inexist�ncia

de uma civiliza��o ariana neste pa�s.

Cale-se!

Senhor Ministro!

V�o-se. Quem os chamou?

Volte.

N�o se preocupe. Voltarei.

Todos voltaremos.

LEGENDAS : Laercio
GRUPO ALLIED FORCE
Tradu��o da legenda em Espanhol